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Estatuto Consórcio Público 2017

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ESTATUTO DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL GRANDE ABC

TÍTULO I
DO CONSÓRCIO E DOS CONSORCIADOS

CAPÍTULO I
DO CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL GRANDE ABC

Art. 1º O CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL GRANDE ABC, associação pública,


constituída sob a forma de pessoa jurídica de direito público interno, integra a
administração indireta dos seguintes Municípios:

I - Município de Santo André, CNPJ nº 46.522.942/0001-30;

II - Município de São Bernardo do Campo, CNPJ nº 46.523.239/0001-47;

III - Município de São Caetano do Sul, CNPJ nº 59.307.595/0001-75;

IV - Município de Diadema, CNPJ nº 46.523.247/0001-93;

V - Município de Mauá, CNPJ nº 46.522.959/0001-98;

VI - Município de Ribeirão Pires, CNPJ nº 46.522.967/0001-34; e

VII - Município de Rio Grande da Serra, CNPJ nº 46.522.975/0001-80.

§ 1º O CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL GRANDE ABC terá sede no Município


de Santo André, na Avenida Ramiro Colleoni, nº 5, Centro, podendo haver o
desenvolvimento de atividades em escritórios ou unidades localizadas em
outros Municípios.

§ 2º A alteração da sede do CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL GRANDE ABC


poderá ocorrer mediante decisão da Assembleia Geral, devidamente
fundamentada, com voto da maioria absoluta dos Municípios Consorciados.

§ 3º O CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL GRANDE ABC terá duração por prazo


indeterminado.

CAPÍTULO II
DO OBJETO DO ESTATUTO

Art. 2º O presente estatuto disciplina o CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL


GRANDE ABC, doravante referido simplesmente como CONSÓRCIO, de forma
a complementar e regulamentar o estabelecido no Contrato de Consórcio
Público, resultante da ratificação, por lei, do Protocolo de Intenções firmado
pelos Chefes dos Executivos Municipais em 26 de outubro de 2009.

SEÇÃO I
DAS FINALIDADES GERAIS

Art. 3º São finalidades gerais do CONSÓRCIO:

I - representar o conjunto dos entes que o integram, em matéria de


interesses comuns, perante quaisquer outras entidades de direito
público e privado, nacionais e internacionais, mediante decisão da
Assembleia Geral;

II - implementar iniciativas de cooperação entre o conjunto dos entes


para atender às suas demandas e prioridades, no plano da integração
regional, para promoção do desenvolvimento regional da Região do
Grande ABC;

III - promover formas articuladas de planejamento ou desenvolvimento


regional, criando mecanismos conjuntos para consultas, estudos,
execução, fiscalização e controle de atividades que interfiram, na área
compreendida no território dos Municípios consorciados, entre outras;

IV - planejar, adotar e executar, sempre que cabível, em cooperação


técnica e financeira com os Governos da União e do Estado, projetos,
obras e outras ações destinadas a promover, melhorar e controlar,
prioritariamente, as ações relativas às suas finalidades específicas;

V - definir e monitorar uma agenda regional voltada às diretrizes e


prioridades para a região;

VI - fortalecer e institucionalizar as relações entre o poder público e as


organizações da sociedade civil, articulando parcerias, convênios,
contratos e outros instrumentos congêneres ou similares, facilitando o
financiamento e gestão associada ou compartilhada dos serviços
públicos;

VII - estabelecer comunicação permanente e eficiente com secretarias


estaduais e ministérios;

VIII - promover a gestão de recursos financeiros oriundos de convênios


e projetos de cooperação bilateral e multilateral;

IX - manter atividades permanentes de captação de recursos para


financiamento de projetos prioritários estabelecidos pelo planejamento;
X - arregimentar, sistematizar e disponibilizar informações sócio-
econômicas;

XI - acompanhar, monitorar, controlar e avaliar os programas, projetos e


ações, no sentido de garantir a efetiva qualidade do serviço público;

XII - exercer competências pertencentes aos entes consorciados, nos


termos das autorizações e delegações conferidas pela Assembleia
Geral.
SEÇÃO II
DAS FINALIDADES ESPECÍFICAS

Art. 4º São finalidades específicas do CONSÓRCIO atuar, através de


ações regionais, como gestor, articulador, planejador ou executor, nas
seguintes áreas:

I – Infraestrutura:

a) integrar a região aos principais sistemas viários da Região


Metropolitana de São Paulo aos portos e aeroportos;

b) aprimorar os sistemas logísticos de transporte rodoviário e ferroviário


de cargas;

c) aprimorar os sistemas de telecomunicações vinculados às novas


tecnologias;

d) promover investimentos no saneamento integrado básico e serviços


urbanos;

e) colaborar para o gerenciamento regional de trânsito;

f) implantar programas de operação e manutenção do sistema de


macrodrenagem;

g) aprimorar o transporte coletivo urbano municipal e metropolitano;

h) desenvolver plano regional de acessibilidade.

II - Desenvolvimento Econômico Regional:

a) atuar pelo fortalecimento e modernização de complexos e setores


estratégicos para a atividade econômica regional, destacando-se o ramo
da cadeia produtiva automotiva, do complexo petroquímico, cosmética,
moveleira, gráfica, construção civil, metal-mecânica, turismo, comércio e
serviços;
b) fortalecer o parque tecnológico regional;

c) desenvolver políticas de incentivo às micro e pequenas empresas;

d) desenvolver atividades de apoio à modernização da economia


regional, como a logística, tecnologia da informação, telecomunicações,
design, engenharia e gestão da qualidade;

e) promover ações visando a geração de trabalho e renda.

III - Desenvolvimento urbano e gestão ambiental:

a) promover o desenvolvimento urbano e habitacional;

b) desenvolver ações de requalificação urbana com inclusão social;

c) desenvolver atividades de planejamento e gestão ambiental;

d) atuar pela implantação de um sistema integrado de gestão e


destinação final de resíduos sólidos industrial, residencial, da construção
civil e hospitalar;

e) promover a articulação regional dos planos diretores e legislação


urbanística;

f) desenvolver atividades de controle e fiscalização integrada das


ocupações de áreas de manancial, com participação da sociedade civil
no processo de monitoramento;

g) desenvolver atividades de educação ambiental;

h) executar ações regionais na área de recursos hídricos e saneamento;

i) criar instrumentos econômicos e mecanismos de compensação para a


gestão ambiental;

j) estabelecer programas integrados de coleta seletiva do lixo,


reutilização e reciclagem.

IV - Saúde:

a) organizar redes regionais integradas para assistência em diversas


especialidades, envolvendo os equipamentos municipais e estaduais da
região;

b) aprimorar os equipamentos de saúde;


c) ampliar a oferta de leitos públicos e o acesso às redes de alta
complexidade;

d) melhorar e ampliar os serviços de assistência ambulatorial e de


clínicas;

e) fortalecer o sistema de regulação municipal e regional;

f) aprimorar o sistema de vigilância sanitária;

g) fortalecer o sistema de financiamento público, municipais e regional


de saúde;

h) oferecer programas regionais de educação permanente para os


profissionais da saúde;

i) promover ações integradas voltadas ao abastecimento alimentar;

V – Educação, Cultura e Esportes:

a) fortalecer a qualidade do ensino infantil nos principais aspectos,


dentre outros: regulamentação, atendimento à demanda, gestão
educacional, melhoria dos equipamentos públicos, gestão financeira,
manutenção da rede física, informatização, educação inclusiva,
participação da família, qualificação dos profissionais;

b) atuar pela qualidade do ensino fundamental; ensino médio regular e


profissionalizante;

c) desenvolver ações de alfabetização de jovens e adultos;

d) promover a elevação da escolaridade e qualificação profissional;

e) desenvolver ações de capacitação dos gestores públicos e


profissionais da educação;

f) desenvolver ações em prol do acesso e melhoria da qualidade do


ensino superior;

g) atuar em prol das políticas de preservação e recuperação do


patrimônio cultural e histórico;

h) estimular a produção cultural local;

i) desenvolver atividades de circulação e divulgação da produção cultural


regional;
j) atuar para a excelência da região em modalidades esportivas, tanto
amadoras quanto dos esportes de competição;

l) desenvolver ações e programas voltados especificamente para a


terceira idade;

VI – Assistência, Inclusão Social e Direitos Humanos:

a) desenvolver atividades de articulação regional visando superar a


violação de direitos da infância e adolescência em risco, em especial
nas situações do trabalho infantil, da vida na rua e da exploração
sexual;

b) definir fluxos e padrões de atendimento à população de rua para a


operação em rede dos serviços e programas da região, de forma
integrada com ações para geração de trabalho e renda, atendimento em
saúde e garantia de moradia;

c) fortalecer o sistema de financiamento público das políticas de


assistência social;

d) ampliar a rede regional de serviços voltados à proteção das mulheres


em situação de violência e risco de vida;

e) desenvolver ações em favor da defesa dos direitos humanos, da


promoção da igualdade racial, de grupos vulneráveis e contra quaisquer
discriminações;

VII - Segurança Pública:

a) desenvolver atividades regionais de segurança pública capaz de


integrar as ações policiais nos níveis municipal, estadual e federal com
ações de caráter social e comunitário, tendo por meta reduzir
drasticamente os níveis de violência e criminalidade;

b) integrar ações de segurança pública regional à rede de serviços de


assistência e inclusão social, re-qualificação profissional dos servidores
públicos, campanhas e ações de prevenção, mediação de conflitos e
promoção da cultura de paz;

c) dar atenção específica à segurança dos equipamentos públicos


destinados a atividades educacionais, culturais, esportivas e de lazer,
garantindo o direito à sua utilização;

VIII - Fortalecimento Institucional:


a) colaborar para a redefinição das estruturas tributárias dos Municípios
para ampliação de suas capacidades de investimentos;
b) promover o aperfeiçoamento das bases políticas institucionais da
região;

c) desenvolver atividades de fortalecimento da gestão pública e


modernização administrativa;

d) desenvolver atividades de promoção do marketing regional visando o


fortalecimento da identidade regional;

e) instituir e promover o funcionamento das escolas de governo ou


estabelecimentos congêneres;

f) realizar licitações compartilhadas das quais, em cada uma delas,


decorram dois ou mais contratos celebrados por Municípios
consorciados ou entes de sua administração indireta.

CAPÍTULO III
DA CONDIÇÃO DE CONSORCIADO

Art. 5º Não há, entre os Consorciados, direitos e obrigações recíprocas.

Art. 6º Os Consorciados não são titulares de quota ou fração ideal do


patrimônio do CONSÓRCIO.

CAPÍTULO IV
DA RETIRADA E DA EXCLUSÃO

Seção I
Da Retirada

Art. 7º Os Consorciados poderão se retirar do Consórcio mediante autorização


legislativa prévia, obtida em projeto de iniciativa do Chefe do Executivo, e
comunicação formal a ser entregue em Assembleia Geral, com antecedência
mínima de 180 (cento e oitenta) dias.

§ 1º Os bens destinados pelo Consorciado que se retira não serão revertidos


ou retrocedidos, salvo em caso de extinção do CONSÓRCIO.

§ 2º A retirada não prejudicará as obrigações já constituídas entre o


Consorciado que se retira e o CONSÓRCIO.

Art. 8º A comunicação de retirada a ser apresentada em Assembleia Geral


deverá conter expressamente:
I – qualificação e a assinatura do Chefe do Executivo do ente consorciado que
se retira, bem como os motivos que a ensejaram;

II – declaração de estar ciente de que a retirada não prejudicará as obrigações


já constituídas entre o Consorciado que se retira e o CONSÓRCIO.

Seção II
Da Exclusão

Subseção I
Das Hipóteses de Exclusão

Art. 9º A exclusão de ente consorciado só será admissível havendo justa causa


e após decorrido o prazo de suspensão, de que trata o parágrafo segundo da
Cláusula Cinquenta e Nove do Contrato de Consórcio Público, sem que tenha
ocorrido a reabilitação do ente consorciado.

Art. 10 Considera-se justa causa, para os fins de que trata o art. 9º deste
Estatuto, dentre outras as seguintes:

I – a não inclusão, pelo ente Consorciado, em sua lei orçamentária ou em


créditos adicionais, de dotações suficientes para suportar as despesas que
devam ser assumidas por meio de contrato de rateio para o custeio do
CONSÓRCIO;

II - o atraso injustificado no cumprimento das obrigações financeiras com o


CONSÓRCIO;

III - a desobediência às cláusulas previstas:

a) no Contrato de Consórcio Público;


b) no Estatuto;
c) no Contrato de Rateio;
d) no Contrato de Programa;
e) nas Deliberações da Assembleia Geral;
f) na proposta de adimplência de que trata o §3º deste artigo.

IV – o atraso, ainda que justificado, no cumprimento das obrigações financeiras


com o CONSÓRCIO, superior a 120 (cento e vinte) dias consecutivos ou
intercalados.

§ 1º A exclusão prevista no inciso I somente poderá ocorrer após prévia


suspensão, período em que o Consorciado poderá se reabilitar.
§ 2º A reabilitação se dará mediante comprovação à Assembleia Geral de
dotação de crédito adicional suficiente para suportar as despesas assumidas
por meio de contrato de rateio.

§ 3º A justificativa do atraso deverá ser formalizada e encaminhada à


Assembleia Geral, com exposição de motivos relevantes e de interesse público
que obstaram o cumprimento da obrigação, acompanhada de proposta de
adimplência.

Art. 11 Poderá ser excluído do CONSÓRCIO o ente que, sem autorização dos
demais Consorciados, subscrever protocolo de intenções para constituição de
outro consórcio com finalidades, a juízo da maioria da Assembleia Geral,
iguais, assemelhadas ou incompatíveis.

Subseção II
Do procedimento de Exclusão

Art. 12 Após o período de suspensão de que trata o § 2º da Cláusula


Cinqüenta e Nove do Contrato de Consórcio Público, sem que o ente
consorciado tenha se reabilitado, será instaurado o procedimento de exclusão,
mediante portaria do Presidente do Consórcio, da qual deverá constar:

I - a descrição dos fatos;

II - as penas a que está sujeito o Consorciado; e

III - os documentos e outros meios de prova.

Art. 13 O representante legal será notificado a oferecer defesa prévia em 15


(quinze) dias, sendo-lhe fornecida cópia da portaria de instauração do
procedimento, bem como franqueado o acesso, por si ou seu advogado.

Art. 14 A notificação será realizada pessoalmente ao representante legal do


consorciado ou a quem o represente.

Art. 15 O prazo para a defesa contar-se-á a partir do primeiro dia útil que se
seguir à juntada, aos autos, da cópia da notificação devidamente assinada.

Art. 16 Mediante requerimento do interessado, devidamente motivado, poderá


o Presidente prorrogar o prazo para defesa em até 15 (quinze) dias.
Art. 17 A apreciação da defesa e de eventual instrução caberá ao Presidente
do Consórcio, na condição de relator.
Parágrafo único. Relatados, os autos serão submetidos à Assembleia Geral,
com a indicação de, ao menos, uma das imputações e as penas consideradas
cabíveis.

Art. 18 O julgamento perante a Assembleia Geral seguirá os princípios da


oralidade, informalidade e concentração, cuja decisão final deverá ser lavrada
em ata, com voto da maioria absoluta dos membros Consorciados.

Parágrafo único. Será garantida, na sessão de julgamento, a presença de


advogado do Consorciado, do contraditório até a tréplica, em períodos de
quinze minutos, sendo, após, proferida a decisão.

Art. 19 Aos casos omissos, e subsidiariamente, será aplicado o procedimento


previsto pela Lei Federal nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

Seção III
Da Admissão

Art. 20 O ente da Federação que pretenda integrar o CONSÓRCIO, e cujo


nome não tenha constado do Protocolo de Intenções, somente poderá fazê-lo
mediante alteração no Contrato de Consórcio Público, aprovada pela
Assembleia Geral e ratificada mediante lei, por cada um dos Consorciados.

TÍTULO II
DA ASSEMBLEIA GERAL

CAPÍTULO I
DA CONVOCAÇÃO

Art. 21 A Assembleia Geral, instância deliberativa máxima, constituída pelos


Chefes do Poder Executivo dos entes Consorciados reunir-se-á,
ordinariamente, uma vez por mês, havendo a possibilidade de convocações
extraordinárias.

§ 1º Os respectivos suplentes dos Chefes do Poder Executivo dos


Consorciados serão, obrigatoriamente, seus substitutos legais, nos termos das
respectivas Leis Orgânicas.

§ 2º A Assembleia Geral poderá se reunir em caráter extraordinário mediante


convocação de seu Presidente ou por maioria absoluta de seus membros, em
ambos os casos com antecedência mínima de 15 (quinze) dias.

Art. 22 As Assembleias Ordinárias serão convocadas mediante edital publicado


no sítio que o Consórcio manterá na internet.
§ 1º O aviso mencionado no caput deste artigo deverá estar publicado pelo
menos 72 (setenta e duas) horas antes da realização da Assembleia
Extraordinária.

§ 2º A Assembleia Extraordinária será tida por regularmente convocada


mediante a comprovação de que, em até 72 (setenta e duas) horas de sua
realização foram notificados os representantes legais de, pelo menos, a
metade mais um dos Consorciados.

CAPÍTULO II
DO QUÓRUM DE INSTALAÇÃO

Art. 23 O quórum exigido para a realização da Assembleia Geral em primeira


convocação é da maioria absoluta dos Consorciados.

§ 1º Caso a Assembleia Geral não se realize em primeira convocação,


considera-se automaticamente convocada e, em segunda convocação, se
realizará 1 (uma) hora depois, no mesmo local, com qualquer número de
Consorciados.

§ 2º Em havendo quórum, a presença dos entes Consorciados supre a


notificação de que trata o Art. 25 deste Estatuto.

CAPÍTULO III
DAS DELIBERAÇÕES DA ASSEMBLEIA GERAL

Art. 24 As deliberações da Assembleia Geral serão tomadas por maioria


simples dos membros presentes, ressalvadas as deliberações que este
Estatuto e o Contrato de Consórcio fixarem.

§ 1º A decisão final nos processos de exclusão de ente consorciado se dará


por voto da maioria absoluta dos membros Consorciados.

§ 2º A aprovação da cessão de servidores com ônus para o CONSÓRCIO se


dará mediante decisão unânime, presentes a maioria absoluta dos
Consorciados.

§ 3º A aprovação da cessão de servidores, sem ônus para o CONSÓRCIO, se


dará mediante os votos da maioria simples.

§ 4º As abstenções serão tidas como votos brancos.


CAPÍTULO IV
DAS DELIBERAÇÕES DE ALTERAÇÃO DO ESTATUTO

Art. 25 Para a alteração de dispositivos do Estatuto exigir-se-á a apresentação


de proposta subscrita pela maioria simples dos Consorciados, a qual deverá
ser submetida à Assembleia Geral para deliberação.

Art. 26 Antes da deliberação da Assembleia Geral, a proposta de alteração do


Estatuto deverá ser submetida ao Grupo Técnico Jurídico para análise quanto
a legalidade e juridicidade da mesma.

Art. 27 O quórum para deliberação de alteração deste Estatuto pela


Assembleia Geral, será da maioria absoluta dos Consorciados.

CAPÍTULO V
DO REGIMENTO INTERNO

Art. 28 As disposições sobre o funcionamento da Assembleia Geral poderão


ser consolidadas e complementadas por Regimento Interno que a própria
Assembleia Geral venha a adotar.

TÍTULO III
DO MANDATO, DA ELEIÇÃO E DA POSSE DO PRESIDENTE

CAPÍTULO I
DO MANDATO

Art. 29 O mandato do Presidente e do Vice-Presidente é de 1 (um) ano,


permitida a reeleição por 1 (uma) única vez, para o mandato subsequente.

Art. 30 O mandato do Presidente cessará automaticamente no caso do eleito


não mais ocupar a Chefia do Poder Executivo do Município representado,
hipótese em que será sucedido pelo Vice-Presidente do CONSÓRCIO.

Art. 31 Se o término do mandato do Prefeito que ocupar a Presidência da


Assembléia Geral ocorrer antes da eleição para a Presidência do
CONSÓRCIO, seu sucessor na Chefia do Poder Executivo assumirá
interinamente o cargo de Presidente até a realização de nova eleição.

CAPÍTULO II
DA ELEIÇÃO E POSSE DO PRESIDENTE

Art. 32 O Presidente e o Vice-Presidente serão eleitos em Assembleia Geral


especialmente convocada, podendo ser apresentadas candidaturas nos
primeiros 30 (trinta) minutos, somente sendo válidas as dos candidatos Chefes
de Poder Executivo de Consorciado.

§ 1º O Presidente será eleito mediante voto público, aberto e nominal;

§ 2º Será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos.

Art. 33 Proclamados o Presidente e o Vice, ao Presidente será dada a palavra


e prazo para que nomeie o Secretário Executivo.

Art. 34 A eleição do Presidente e do Vice-Presidente será realizada no mês de


dezembro de cada ano, sendo a posse dos eleitos no mês de janeiro.

Parágrafo único – No último ano de mandato dos Prefeitos, a eleição do


Presidente e do Vice-Presidente do Consórcio será realizada em janeiro do ano
seguinte.

TÍTULO IV
DA GESTÃO ADMINISTRATIVA

Art. 35 Compõem a estrutura administrativa do CONSÓRCIO:

I - Assembleia Geral;

II - Conselho Consultivo; e

III - Secretaria Executiva.

CAPÍTULO I
DA ASSEMBLEIA GERAL

Art. 36 A Assembleia Geral, instância deliberativa máxima, é constituída pelos


Chefes do Poder Executivo dos Consorciados, sendo que os respectivos
suplentes serão, obrigatoriamente, seus substitutos legais, nos termos das
respectivas Leis Orgânicas.

§ 1º Os vice-prefeitos poderão participar de todas as reuniões da Assembleia


Geral como ouvintes.

§ 2º O voto é único para cada um dos Consorciados, votando os suplentes


apenas na ausência do respectivo titular.

§ 3º O voto será público, aberto e nominal, admitindo-se o voto secreto


somente nos casos de julgamento em que se suscite a aplicação de penalidade
a ente consorciado.
§ 4º O Presidente do CONSÓRCIO, salvo nas eleições, destituições e nas
decisões que exijam quórum qualificado, votará apenas para desempatar.

Art. 37 Compete à Assembleia Geral:

I - homologar o ingresso no CONSÓRCIO de ente federativo que tenha


ratificado o Protocolo de Intenções após 2 (dois) anos de sua subscrição;

II - homologar o ingresso da União e do Estado de São Paulo no CONSÓRCIO;

III - aplicar ao Consorciado as penas de suspensão e exclusão do


CONSÓRCIO;

IV - aprovar os estatutos do CONSÓRCIO e as suas alterações;

V - eleger ou destituir o Presidente do CONSÓRCIO;

VI - aprovar:

a) o orçamento plurianual de investimentos;

b) o programa anual de trabalho;

c) o orçamento anual do CONSÓRCIO, bem como respectivos créditos


adicionais, inclusive a previsão de aportes a serem cobertos por recursos
advindos de contrato de rateio;

d) a realização de operações de crédito;

e) a fixação, a revisão e o reajuste de tarifas, taxas e outros preços públicos; e

f) a alienação e a oneração de bens, materiais ou equipamentos permanentes


do CONSÓRCIO ou daqueles que, nos termos de contrato de programa, lhe
tenham sido outorgados os direitos de exploração;

VII - aprovar a cessão de servidores por Consorciado ou conveniado ao


CONSÓRCIO;

VIII - aprovar planos e regulamentos dos serviços públicos prestados pelo


CONSÓRCIO;

IX - aprovar a celebração de contratos de programa;

X - apreciar e sugerir medidas sobre:

a) a melhoria dos serviços prestados pelo CONSÓRCIO;


b) o aperfeiçoamento das relações do CONSÓRCIO com órgãos públicos,
entidades ou empresas privadas.

XI - aprovar o ajuizamento de ação judicial;

XII - deliberar sobre a necessidade de contratação e ampliação do quadro de


pessoal, e preenchimento das vagas existentes;

XIII - deliberar sobre alteração ou extinção do CONTRATO DE CONSÓRCIO


PÚBLICO;

XIV - adotar as medidas pertinentes em caso de retirada de Consorciado;

XV - deliberar sobre a participação do CONSÓRCIO em instituições e órgãos


relacionados às suas finalidades institucionais;

XVI – referendar a nomeação do Diretor Administrativo-Financeiro;

XVII - referendar a nomeação do Diretor de Projetos;

XVIII - referendar a nomeação do Diretor Jurídico; e

XIX - referendar a nomeação do Assessor de Comunicação.

Parágrafo único. A Assembleia Geral poderá delegar a aprovação de


suplementação de créditos orçamentários ao Presidente.

CAPÍTULO II
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE

Art. 38 Além do previsto no Contrato de Consórcio Público e nos dispositivos


deste Estatuto, incumbe ao Presidente:

I - representar o Consórcio judicial e extrajudicialmente;

II - convocar e presidir as reuniões da Assembleia Geral;

III - zelar pelos interesses do Consórcio, no âmbito de suas competências;

IV - prestar contas ao término do mandato;

V - providenciar o cumprimento das deliberações da Assembleia Geral;

VI - convocar o Conselho Consultivo;

VII - convocar reuniões com a Secretaria Executiva;


VIII - nomear o Secretário Executivo;

IX - movimentar as contas bancárias;

X - firmar acordos, contratos, convênios e outros ajustes;

XI - exercer o poder disciplinar no âmbito do CONSÓRCIO, julgando os


procedimentos e aplicando as penas que considerar cabíveis;

XII - autorizar a instauração de procedimentos licitatórios relativos a contratos


cujo valor estimado seja deliberado pela Assembleia Geral;

XIII - homologar e adjudicar os objetos de licitações, desde que, deliberado


pela Assembleia Geral; e

XIV – nomear, ad referendum da Assembleia, os Diretores Administrativo-


Financeiro, de Programas e Projetos e Jurídico, bem como o Assessor de
Comunicação.

§ 1º Com exceção das competências estabelecidas nos incisos I, II, IV, VIII e
XIV, o Presidente poderá delegar o exercício das demais ao Secretário
Executivo.

§ 2º A competência prevista no inciso X, delegada pelo Presidente ao


Secretário Executivo, restringe-se a celebração de ajustes cujo valor da
contratação não ultrapasse o limite definido no artigo 23, inciso II, alínea “a”, §
8º, da Lei Federal nº 8.666/93.

Art. 39 Compete ao Vice-Presidente substituir o Presidente nas suas


ausências, vacâncias e impedimentos.

CAPÍTULO III
DO SECRETÁRIO EXECUTIVO

Art. 40 Ao Secretário Executivo, além do previsto no Contrato de Consórcio


Público e nos dispositivos deste Estatuto, compete:

I - implementar e gerir as diretrizes políticas e plano de trabalho definido pela


Assembleia Geral, praticando todos os atos que não tenham sido atribuídos
expressamente por este Estatuto ao Presidente do Consórcio;

II - auxiliar o Presidente em suas funções, cumprindo as suas determinações,


bem como o mantendo informado, prestando-lhe contas da situação
administrativa e financeira do CONSÓRCIO;
III - movimentar as contas bancárias do Consórcio, de acordo com as
deliberações do Presidente;

IV - exercer a gestão patrimonial;

V - praticar atos relativos aos recursos humanos, cumprindo e se


responsabilizando pelo cumprimento dos preceitos da legislação trabalhista;

VI - coordenar o trabalho das diretorias;

VII - instaurar sindicâncias e processos disciplinares;

VIII - constituir a Comissão de Licitações do Consórcio;

IX - autorizar a instauração de procedimentos licitatórios, desde que delegado


pelo Presidente, para valores autorizados pela Assembleia Geral;

X - homologar e adjudicar objeto de licitação, desde que delegado pelo


Presidente, para valores autorizados pela Assembleia Geral;

XI - autorizar a instauração de procedimentos para contratação por dispensa ou


inexigibilidade de licitação;

XII - secretariar a Assembleia Geral, lavrando a competente ata;

XIII - poderá exercer, por delegação, atribuições de competência do


Presidente; e

XIV – coordenar as atividades dos órgãos vinculados à Secretaria Executiva.

§ 1º O exercício delegado de atribuições do Presidente dependerá de ato


escrito e publicado no sítio que o Consórcio manterá na internet.

§ 2º O Secretário Executivo exercerá suas funções em regime de dedicação


integral.

CAPÍTULO IV
DA SECRETARIA EXECUTIVA

Art. 41 A Secretaria Executiva do Consórcio é composta pelos seguintes


órgãos:

I - Diretoria Administrativa/Financeira;

II - Diretoria de Projetos;
III - Diretoria Jurídica; e

IV - Assessoria de Comunicação.

Seção I
Da Diretoria Administrativa/Financeira

Art. 42 À Diretoria Administrativa/Financeira, além do previsto no Contrato de


Consórcio Público e nos dispositivos deste Estatuto, compete:

I - responder pela execução das atividades administrativas do CONSÓRCIO;

II - responder pelas diretrizes das atividades contábil-financeiras do


CONSÓRCIO;

III - elaborar a prestação de contas dos auxílios e subvenções concedidos e/ou


recebidos pelo CONSÓRCIO;

IV - responder pelas diretrizes do balanço patrimonial/fiscal do CONSÓRCIO;

V – providenciar a publicação do balanço anual do CONSÓRCIO na imprensa


oficial;

VI - movimentar as contas bancárias, em conjunto com o Secretário Executivo


e/ou Presidente, mediante delegação;

VII - responder pela execução das compras e de fornecimentos, dentro dos


limites do orçamento aprovado pela Assembleia Geral;

VIII - autenticar livros de atas e de registros próprios do CONSÓRCIO;

IX – elaborar a peça orçamentária anual e plurianual;

X - programar e efetuar a execução do orçamento anual;

XI – ordenar despesas;

XII - controlar o fluxo de caixa, elaborando boletins diários de caixa e de


bancos;

XIII - prestar contas de projetos, convênios, contratos e congêneres e promover


o respectivo gerenciamento.
Seção II
Da Diretoria de Programas e Projetos

Art. 43 À Diretoria de Programas e Projetos, além do previsto no Contrato de


Consórcio Público e nos dispositivos deste Estatuto, compete:

I - elaborar e analisar projetos sob a ótica da viabilidade econômica, financeira


e dos impactos, a fim de subsidiar o processo decisório;

II - acompanhar e avaliar projetos;

III - avaliar a execução e os resultados alcançados pelos programas


implementados;

IV - elaborar relatórios de acompanhamento dos projetos/convênios para as


instâncias superiores;

V - estruturar, em banco de dados, todas as informações relevantes para


análise e execução dos projetos em execução;

VI - levantar informações do cenário econômico e financeiro externo;

Seção III
Da Diretoria Jurídica

Art. 44 À Diretoria Jurídica, além do previsto no Contrato de Consórcio Público


e nos dispositivos deste Estatuto, compete:

I - exercer toda a atividade jurídica, consultiva e contenciosa do CONSÓRCIO,


inclusive representando-o judicial e extrajudicialmente, em todas as causas
propostas em face da instituição ou pela própria, inclusive perante o Tribunal
de Contas do Estado de São Paulo e perante o Tribunal de Contas da União;

II - exarar parecer jurídico em geral;

III - aprovar edital de licitação.

Seção IV
Do Assessor de Comunicação

Art. 45 Ao Assessor de Comunicação, além do previsto no Contrato de


Consórcio Público e nos dispositivos deste Estatuto, compete:

I - estabelecer estratégia de inserção das atividades do CONSÓRCIO na mídia;


II - divulgar as atividades do CONSÓRCIO; e

III - responder a eventuais demandas de informações por parte dos órgãos de


imprensa.

CAPÍTULO IV
DO CONSELHO CONSULTIVO

Seção I
Da competência

Art. 46 Ao Conselho Consultivo, além do previsto no Contrato de Consórcio


Público e nos dispositivos deste Estatuto, compete:

I - atuar como órgão consultivo da Assembleia Geral do CONSÓRCIO;

II - propor planos e programas de acordo com as finalidades do CONSÓRCIO;

III - sugerir formas de melhor funcionamento do CONSÓRCIO e de seus


órgãos;

IV - propor a elaboração de estudos e pareceres sobre as atividades


desenvolvidas pelo CONSÓRCIO.

Seção II
Da composição e do funcionamento

Art. 47 O Conselho Consultivo será constituído por:

I - Representantes de entidades civis, legalmente constituídas, com sede ou


representação nos municípios Consorciados, dos seguintes segmentos:

a) Instituições de Ensino Superior;

b) Sindicatos;

c) Empresarial; e

d) Sociedade Civil organizada não representada nos segmentos anteriores.

II - 2 (dois) representantes titulares e 2 (dois) suplentes integrantes do Poder


Legislativo dos Municípios consorciados.

III – 1 (um) representante titular e 1 (um) suplente integrantes do Poder


Executivo do Estado de São Paulo.
IV – 1 (um) representante titular e 1 (um) suplente integrantes do Poder
Executivo da União.

V – 1 (um) representante titular e 1 (um) suplente integrantes do Poder


Executivo do Município de São Paulo.

§ 1º O Conselho Consultivo será composto por 1 (um) representante titular e 1


(um) suplente de cada um dos segmentos previstos nas alíneas “a”, “b” e “c” do
inciso I, e 3 (três) representantes titulares e 3 (três) suplentes do segmento
previsto na alínea “d” daquele inciso.

§ 2º O Regimento Interno do Conselho Consultivo deverá ser aprovado pela


Assembleia Geral.

§ 3º A forma, prazos de eleição e respectiva data de posse dos membros do


Conselho representantes de entidades civis serão disciplinados no Regimento
Interno.

§ 4º A forma, prazos de indicação e respectiva data de posse dos membros do


Conselho a que se referem os incisos II, III, IV e V serão disciplinados no
Regimento Interno.

Art. 48 Os representantes do Conselho Consultivo serão devidamente


empossados pelo Presidente do CONSÓRCIO, para exercerem mandato de 2
(dois) anos.

Parágrafo único. Do ato formal da posse será lavrado o respectivo termo que
será subscrito pelos representantes escolhidos.

Art. 49 Os representantes do Conselho Consultivo não receberão salários,


proventos ou quaisquer tipos de remuneração pelo exercício de suas
competências.

Art. 50 As reuniões do Conselho Consultivo serão mensais e convocadas pelo


Presidente do CONSÓRCIO.

Art. 51 O Conselho Consultivo instalar-se-á com a presença de, pelo menos, 5


(cinco) de seus representantes.

Art. 52 As decisões do Conselho Consultivo serão tomadas mediante a maioria


absoluta de seus votos.
Art. 53 Cada representante do Conselho Consultivo terá direito a 1 (um) voto.
CAPÍTULO V
DOS RECURSOS HUMANOS
Seção I
Do Pessoal

Art. 54 O quadro de pessoal do CONSÓRCIO será regido pela Consolidação


das Leis do Trabalho – CLT, e será formado pelos empregos públicos no
número, forma de provimento, requisitos de nomeação, remuneração e
atribuições gerais previstos no Anexo II do Contrato de Consórcio Público.

§ 1º Aos empregos públicos aplicam-se as vedações e exceções previstas na


Constituição Federal quanto ao acúmulo de empregos e cargos públicos.

§ 2º Aos empregados do CONSÓRCIO são assegurados os direitos


trabalhistas garantidos pela Constituição Federal e pela Consolidação das Leis
do Trabalho.

§ 3º Os empregados do CONSÓRCIO não poderão ser cedidos.

Art. 55 A dispensa dos empregados do CONSÓRCIO dependerá de motivação


prévia, respeitados a ampla defesa e o contraditório.

Parágrafo único. A dispensa do empregado por justa causa, obedecerá o


disposto na CLT.

Seção II
Da Cessão de Servidores pelos Entes Consorciados

Art. 56 Os Consorciados poderão disponibilizar servidores, na forma da


legislação local.

§ 1º Os servidores disponibilizados permanecerão atrelados ao regime jurídico


originário, havendo possibilidade da concessão de gratificações ou adicionais,
pelo CONSÓRCIO, nos termos e valores previamente definidos.

§ 2º O pagamento de gratificações ou adicionais não configurará o


estabelecimento de vínculo laborativo distinto, tampouco serão computadas
para fins trabalhistas ou previdenciários.

§ 3º Caso o ente consorciado assuma o ônus integral da disponibilização do


servidor, poderá contabilizar tal despesa para fins compensatórios em relação
aos compromissos assumidos no contrato de rateio.
Seção III
Da Contratação por Tempo Determinado para Atender
Necessidade Temporária de Excepcional Interesse Público

Art. 57 As contratações por tempo determinado, para atender necessidade


temporária de excepcional interesse público, somente poderão ocorrer,
mediante justificativa expressa do Secretário Executivo e aprovação da maioria
dos membros da Assembleia Geral.

Art. 58 Consideram-se necessidades temporárias de excepcional interesse


público as seguintes hipóteses, dentre outras:

I - o atendimento a situações de calamidade pública que acarretem risco de


qualquer espécie a pessoas ou a bens públicos ou particulares;

II - o combate a surtos epidêmicos;


III - o atendimento a situações emergenciais; e

IV - a realização de censo sócio-econômico, de pesquisa cadastral ou de


qualquer outra forma de levantamento de dados de cunho estatístico junto à
população do Município, bem como campanhas específicas de interesse
público.

Art. 59 O recrutamento do pessoal a ser contratado nas hipóteses previstas no


art. 58 deste Estatuto, com exceção das hipóteses previstas nos parágrafos 1º
e 2º do art. 81 deste Estatuto, dar-se-á mediante processo seletivo público
simplificado, cujos critérios de seleção e requisitos da função serão
estabelecidos em edital, com ampla divulgação em jornal de grande circulação,
previamente autorizado pela Assembleia Geral.

Art. 60 As contratações temporárias para atender necessidade de excepcional


interesse público ficam restritas àquelas situações em que, em razão da
natureza da atividade ou evento, não se justifica manter o profissional no
quadro do CONSÓRCIO, podendo ter a duração máxima de 1 (um) ano,
admitindo-se a prorrogação, uma única vez, por período não superior a 1 (um)
ano.

Art. 61 Na hipótese de, no curso do prazo contratual, cessar o interesse do


CONSÓRCIO no prosseguimento do contrato sem que o contratado tenha
dado causa para isso ou se o contratado solicitar o seu desligamento, sem
justa causa, antes do termo final do contrato, aplicar-se-á o disposto nos arts.
479 e 480 da Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 62 Nas contratações por tempo determinado a remuneração será àquela
correspondente aos cargos similares previstos nos Anexos II e III do Contrato
de Consórcio Público.

Art. 63 Não havendo atribuições similares, os salários serão fixados com base
em pesquisa de mercado e mediante aprovação da Assembleia Geral.

TÍTULO V
DO PLANEJAMENTO

CAPÍTULO ÙNICO
DOS PROCEDIMENTOS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 64 A elaboração e a revisão dos planos e regulamentos de serviços


públicos que venham a ser prestados pelo CONSÓRCIO obedecerão às
diretrizes estabelecidas no Contrato de Programa afeto ao seu objeto.

Seção II
Das Audiências e Consultas Públicas

Art. 65 Os procedimentos das audiências públicas e das consultas públicas


para a divulgação e o debate das propostas de plano ou de regulamento serão
estabelecidos por resolução da Assembleia Geral.

TÍTULO VI
DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 66 O CONSÓRCIO executará as suas receitas e despesas em


conformidade com as normas de direito financeiro aplicáveis às entidades
públicas.

Art. 67 O CONSÓRCIO não possui fundo social.

Art. 68 A Assembleia Geral, por maioria absoluta, aprovará o orçamento e os


planos plurianuais, em única convocação.

Art. 69 Os Chefes dos Executivos aprovarão, por decretos municipais, o


orçamento do CONSÓRCIO, já aprovado em Assembleia Geral.
Parágrafo único. O orçamento poderá ser plenamente executado com a
publicação dos decretos dos executivos municipais da maioria absoluta dos
Consorciados.

Art. 70 O orçamento do CONSÓRCIO vincular-se-á ao orçamento dos


Consorciados, pela inclusão:

I – como receita, salvo disposição legal em contrário, de saldo positivo previsto


entre os totais das receitas e despesas; e

II – como subvenção econômica, na receita do orçamento do beneficiário, salvo


disposição legal em contrário, do saldo negativo previsto entre os totais das
receitas e despesas.

Art. 71 O orçamento e balanço do CONSÓRCIO serão publicados como


complemento dos orçamentos e balanços dos Consorciados.

CAPÍTULO II
DO ORÇAMENTO

Art. 72 A elaboração da proposta de orçamento do CONSÓRCIO, pela


Diretoria Administrativo/Financeira, será estabelecida por resolução da
Assembleia Geral.

Art. 73 Aprovado o orçamento, será ele publicado no sítio que o CONSÓRCIO


manterá na internet.

CAPÍTULO III
DA GESTÃO PATRIMONIAL

Art. 74 Têm direito ao uso compartilhado de bens apenas os entes


Consorciados.

§ 1º O direito ao uso compartilhado poderá ser cedido mediante instrumento


escrito.

§ 2º Poderão ser fixadas, pela Assembleia Geral, normas para o uso


compartilhado de bens e cessão de bens, por meio de resolução, dispondo em
especial sobre a manutenção, seguros, riscos, bem como despesas e fixação
de tarifas, se cabíveis.
TÍTULO VII
DA ALTERAÇÃO DO CONTRATO DO CONSÓRCIO PÚBLICO

CAPÍTULO ÚNICO
DOS PROCEDIMENTOS

Art. 75 A alteração do Contrato de Consórcio Público dependerá de


instrumento aprovado pela Assembleia Geral, ratificado mediante lei por todos
os Consorciados.
Art. 76 A alteração do Contrato de Consórcio Público obedecerá ao seguinte
procedimento:

I - apreciação da proposta de alteração do Contrato de Consórcio Público pelo


Grupo Técnico constituído pelos Secretários de Assuntos Jurídicos ou seus
representantes, de cada um dos entes consorciados;

II - aprovação da proposta de alteração do Contrato de Consórcio Público pela


Assembleia Geral;

III - à Diretoria Jurídica do CONSÓRCIO caberá a elaboração da minuta de lei


específica para alteração do Contrato de Consórcio Público, com mensagem e
anteprojeto, para encaminhamento aos executivos dos entes consorciados;

IV - aprovada a lei para alteração do Contrato de Consórcio Público, em cada


um dos municípios consorciados, a mesma deverá ser publicada nos mesmos
moldes da lei ratificadora do Protocolo de Intenções;

V - o Contrato de Consórcio Público, com suas alterações, deverá ser


publicado no sítio que o CONSÓRCIO manterá na internet; e

VI - para alteração do Contrato de Consórcio Público será necessária a


presença e o voto da maioria absoluta dos membros da Assembleia Geral, em
única convocação.

TÍTULO VIII
DA EXTINÇÃO DO CONSÓRCIO

Art. 77 Extinto o CONSÓRCIO:

I - os bens, direitos, encargos e obrigações decorrentes da gestão associada


de serviços públicos custeados por tarifas ou outra espécie de preço público
serão atribuídos aos titulares dos respectivos serviços; e

II - até que haja decisão que indique os responsáveis por cada obrigação, os
Consorciados responderão solidariamente pelas obrigações remanescentes,
garantindo o direito de regresso em face dos entes beneficiados ou dos que
deram causa à obrigação.

TÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 78 O CONSÓRCIO sujeitar-se-á ao princípio da publicidade, publicando


todas as decisões que digam respeito a terceiros e as de natureza
orçamentária, financeira ou contratual, inclusive as que concernem à admissão
de pessoal.

Art. 79 Serão publicados os termos dos contratos de gestão, dos termos de


parceria celebrados e do contrato de rateio anual, na imprensa oficial ou no
veículo de imprensa com âmbito regional.

Parágrafo único. As publicações acima referidas poderão ser resumidas,


desde que indiquem o local e sítio da internet em que possa ser obtida a
versão integral dos referidos documentos.

TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 80 Os bens e recursos do Consórcio Intermunicipal do Alto Tamanduateí e


Billings ficam, automaticamente, revertidos ao acervo patrimonial do
CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL GRANDE ABC, oportunamente
providenciadas as alterações cadastrais e imobiliárias necessárias.

Parágrafo único. Os municípios associados ao Consórcio Intermunicipal das


Bacias do Alto Tamanduateí e Billings que se encontram em débito com a
contribuição associativa ao tempo da aprovação deste Estatuto, poderão
parcelar seus débitos junto ao CONSÓRCIO, mediante deliberação da
Assembleia Geral, por maioria simples dos votos.

Art. 81 No prazo máximo de 6 (seis) meses, a contar da constituição do


CONSÓRCIO, nos termos da Cláusula Terceira do Contrato de Consórcio
Público, serão realizados os concursos públicos necessários às contratações
para os empregos públicos previstos no Anexo II do Contrato de Consórcio
Público.

Parágrafo único. O prazo ora fixado poderá ser prorrogado por mais 6 (seis)
meses, desde que justificada sua necessidade e aprovado pela Assembléia
Geral.
Art. 82 O presente estatuto e suas respectivas alterações passarão a viger
após a sua publicação, por extrato na imprensa oficial ou no veículo de
imprensa que vier a ser adotado como tal.

Parágrafo único. A publicação acima referida poderá ser resumida, desde que
indique o local e sítio da internet em que possa ser obtida a versão integral dos
referidos documentos.

Grande ABC, 5 de dezembro de 2017.

ORLANDO MORANDO JÚNIOR


Presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC
Prefeito do Município de São Bernardo do Campo

PAULO HENRIQUE PINTO SERRA


Prefeito do Município de Santo André

JOSÉ AURICCHIO JUNIOR


Prefeito do Município de São Caetano do Sul

ÁTILA CESAR MONTEIRO JACOMUSSI


Prefeito do Município de Mauá

ADLER ALFREDO JARDIM TEIXEIRA


Prefeito do Município de Ribeirão Pires

LUIS GABRIEL FERNANDES DA SILVEIRA


Prefeito do Município de Rio Grande da Serra

Visto de advogado nos termos


do art. 1º, § 2º, da Lei 8.906/94:

URIEL CARLOS ALEIXO


OAB/SP nº 98.776
Diretor Jurídico

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