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AS REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS

As Revoluções Industriais tiveram grandes impactos na história, posto que


transformaram profundamente a sociedade, a economia e a forma como o trabalho
é realizado. Elas marcaram o início de uma era de industrialização em larga escala,
impulsionando o desenvolvimento tecnológico e econômico de maneira sem
precedentes. Cada uma delas trouxe consigo avanços tecnológicos significativos
que impulsionaram o progresso e moldaram o mundo em que vivemos hoje. Ao
longo dessas Revoluções, pode-se frisar a transição de uma economia baseada na
agricultura e na manufatura artesanal para uma economia industrializada,
mecanizada e globalizada. Mas onde e como tudo isso começou?
A eclosão da Revolução Industrial se deu na Inglaterra durante o século XVIII
(1760 a 1850), atribui-se a ela esse pioneirismo por ser a nação que possuía as
condições mínimas necessárias para desencadear esse processo, além de ter sido
por lá que surgiu a primeira máquina a vapor, em 1698, construída por Thomas
Newcomen e aperfeiçoada por James Watt, em 1765.

A Primeira Revolução
Industrial é marcada pelo início
do processo de industrialização
que transformou o cenário
econômico e social.

Primeira Revolução Industrial

A Primeira Revolução Industrial possui como marco a substituição da


manufatura pela maquinofatura, ou seja, a substituição do trabalho humano e a
introdução de máquinas capazes de realizar essa tarefa com maior precisão e em
menor tempo. Esse processo desencadeou uma série de novas tecnologias que
transformaram de forma rápida a vida do homem. Esses avanços contribuíram para
a consolidação de novo padrão de consumo na sociedade e novas relações de
trabalho. As indústrias expandiam-se cada vez mais, criando, então, um cenário de
progresso jamais visto.

A utilização de máquinas nas indústrias, que desempenhavam grande força


e agilidade movida à energia do carvão, proporcionou uma produtividade
extremamente dinâmica, com isso a indústria tornou-se uma alternativa de trabalho,
nesse momento milhares de pessoas deixaram o campo em direção às cidades.

Um dos primeiros ramos industriais a usufruir a nova tecnologia da máquina a


vapor foi a produção têxtil, que antes da revolução era desenvolvida de forma
artesanal. Logo mais, diversos setores resolveram utilizar deste meio de
"automação de processos" e inseriram máquinas em seus sistemas produtivos.

Os principais avanços tecnológicos conhecidos nessa fase foram:

● uso do carvão como fonte de energia para a máquina a vapor;


● desenvolvimento da máquina a vapor e criação da locomotiva;
● invenção do telégrafo;
● aparecimento de indústrias têxteis, como a do algodão;
● ampliação da indústria siderúrgica.

Essa revolução transformou profundamente a sociedade, levando à urbanização


em larga escala, ao aumento da produtividade e ao crescimento econômico. No
entanto, também gerou desafios sociais, como condições de trabalho precárias,
jornadas exaustivas e poluição ambiental.

Segunda Revolução Industrial

No desenrolar da Revolução Industrial percebemos que a necessidade crescente


por Novas tecnologias se tornou uma demanda comum a qualquer nação ou dono
de indústria que quisesse ampliar seus lucros. Com isso, o modelo industrial
estipulado no século XVIII sofreu diversas mudanças e aprimoramentos que
marcaram essa busca constante por novidades. Particularmente, podemos ver que, a
partir de 1870, uma nova onda tecnológica sedimentou a chamada Segunda
Revolução Industrial.

Uma das
invenções na Segunda
Revolução Industrial foi a
locomotiva

A Segunda Revolução Industrial teve início em meados do século XIX e


perdurou até a primeira metade do século XX, quando teve início a Segunda Guerra
Mundial. As inovações tecnológicas que surgiram nesse período propagaram-se
para outros países além da Inglaterra, sendo eles: Alemanha, França, Bélgica, Itália,
Holanda, Japão e Estados Unidos.

Novas fontes de energia foram incorporadas ao processo produtivo e ampliaram,


assim, a capacidade das fábricas. Foram elas o petróleo e a energia elétrica, que até
então eram utilizadas somente em pesquisas e experimentos.

Foi nesse período que surgiu o capitalismo financeiro, que acabou por moldar
essa fase, que ficou conhecida como o período das grandes inovações. Esse avanço e
aperfeiçoamento tecnológico possibilitou aumentar a produtividade nas indústrias,
bem como os lucros obtidos. O mundo vivenciou novas criações e o incentivo à
pesquisa, principalmente no campo da medicina.

Na Segunda Revolução Industrial, destacaram-se:


● a substituição do ferro pelo aço;
● o surgimento de antibióticos;
● a construção de ferrovias e navios a vapor;
● a invenção do telefone, da televisão e da lâmpada incandescente;
● o uso de máquinas e fertilizantes químicos na agricultura.

Terceira Revolução Industrial

A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Digital,


teve início na segunda metade do século XX, com o surgimento da informática, da
automação, da robótica e da internet. Essas inovações transformaram radicalmente
a forma como as empresas operam, comunicam-se e interagem com os
consumidores, dando origem a novas indústrias e modelos de negócios baseados na
tecnologia da informação. Outro aspecto importante é a descentralização industrial.
Isso acontece porque as inovações nas técnicas de comunicação e transporte (como
a internet e o avião a jato) permitem que as indústrias migrem para qualquer região
que lhe seja vantajosa, onde encontram matérias-primas abundantes, mão de obra
mais barata, leis ambientais menos eficientes e um maior e mais amplo mercado
consumidor.

Essa fase da Revolução Industrial foi marcada, especialmente, pelo


aprimoramento de técnicas e avanços tecnológicos tanto no processo produtivo
como no campo científico. Houve diversas inovações na área da robótica, genética,
telecomunicações, eletrônica, transporte e infraestrutura.

A Terceira Revolução
Industrial representa o
desenvolvimento tecnológico
no campo científico.
Muitas tecnologias desenvolvidas nesse período foram utilizadas para servir
à Segunda Guerra Mundial. Mas os avanços técnico-científico-informacionais
foram muito além, possibilitando um novo cenário econômico e industrial no
mundo todo. O surgimento da eletrônica foi um dos pontos marcantes dessa fase.
Investimentos nessa área e na área de robótica por meio de computadores, satélites,
softwares e robôs transformaram o modo de produzir, bem como a produtividade
alcançada.

O mundo modernizou-se. Nas indústrias, passou a ser empregada a alta


tecnologia capaz de realizar trabalhos de muita precisão em menos tempo e em
maior quantidade. O campo da medicina também se transformou, e a biotecnologia
fez possível a produção de medicamentos, de instrumentos médicos, bem como de
técnicas e métodos que revolucionaram o setor da saúde.

A área da telecomunicação, além de sofrer modificações significativas,


transformou também a vida das pessoas no mundo todo. Televisão, internet, rádio,
celulares possibilitaram a difusão de informações instantaneamente e o que antes
parecia distante, hoje tornou-se próximo. Romperam-se os limites físicos
geográficos. As distâncias entre as culturas, tradições, línguas e histórias
diminuíram.

As principais consequências da Terceira Revolução Industrial foram:

● muitos avanços no campo da medicina;


● criação de robôs capazes de fazer trabalhos minuciosos e mais precisos;
● técnicas na área da genética que melhoraram a qualidade de vida da população;
● consolidou-se o capitalismo financeiro;
● aumento do número de empresas multinacionais;
● maior difusão de informações e notícias, integrando o mundo todo
instantaneamente;
● aumento dos impactos ambientais negativos e esgotamento de recursos naturais;
● preocupação com o desenvolvimento econômico que explora os recursos naturais
sem se preocupar com as gerações futuras, gerando a necessidade de buscar um
modelo de desenvolvimento sustentável.
Quarta Revolução Industrial

Atualmente, vivemos em um período de transição para a chamada Quarta


Revolução Industrial, caracterizada pela convergência de tecnologias digitais,
físicas e biológicas. Neste novo cenário, a inteligência artificial, a Internet das
Coisas, a impressão 3D e a biotecnologia estão redefinindo os limites da inovação e
prometem transformar radicalmente a sociedade, a economia e o trabalho nos
próximos anos.

Inteligência artificial, robótica, nuvem e internet das coisas. Termos que há


alguns anos não eram nada conhecidos, hoje já fazem parte do cotidiano de todos.
São tecnologias que fazem parte de um conceito bem familiar no setor industrial: a
Indústria 4.0. Batizada também de 4ª Revolução Industrial, esse fenômeno está
mudando, em grande escala, a automação e troca de dados, bem como as etapas de
produção e os modelos de negócios, por meio do uso de máquinas e computadores.

Há tempos a interligação entre os mundos digital e real tornou-se fato.


Usamos nossos smartphones para descobrir, em tempo real, se um avião está
atrasado. Em casa, rastreamos as encomendas que estamos esperando com poucos
cliques. Esta rede de dispositivos de acesso, pessoas e sistemas de informação está
nos preparando para a “internet das coisas”, um tema já popular em discussão. Um
aumento na interconectividade não somente afetará nossas vidas pessoais, a
tecnologia da informação também levará mudanças permanentes para a indústria.

Os especialistas
concordam: a “Quarta
Revolução Industrial” logo se
tornará realidade.
Já se pode ver os primeiros sinais dessa mudança. Um exemplo é a
crescente automatização dos processos de produção. E reforçando esta tendência na
Indústria 4.0 está o desenvolvimento dos sistemas inteligentes para monitoramento
e tomada de decisões. Neste contexto, os produtos ficam “cientes” de sua história,
de seu estado atual, de como deverão ficar no final e das várias opções que existem
para chegar lá. E mais, eles estão ligados aos processos de negócios da companhia.

No momento, a questão é, principalmente, criar a tecnologia da informação


necessária para a Indústria 4.0. Para isso, os especialistas estão testando diversos
métodos para emprestar inteligência aos produtos sendo fabricados. Duas opções
em potencial são os códigos de resposta rápida (códigos QR) e os chips de
identificação por radiofrequência (RFID). Estes meios de comunicação são
somente uma parte dos assim chamados sistemas de produção ciber-físicos (CPPS),
que nada mais são que uma rede de produção na qual máquinas inteligentes,
sistemas de armazenamento e recursos de operação, autonomamente, trocam
informações e, se necessário, disparam ações.

Consequências da Revolução Industrial

É inegável que a Revolução Industrial representou um marco na história,


transformando as relações sociais, as relações de trabalho, o sistema produtivo e
estabeleceu novos padrões de consumo e uso dos recursos naturais. As
consequências foram muitas e estão relacionadas à cada fase vivida no processo
evolutivo das tecnologias que proporcionou a industrialização dos países. As
principais consequências desse período foram:

● substituição do trabalho humano por máquinas, o que ampliou o êxodo rural e


intensificou o crescimento urbano;
● crescimento desenfreado das cidades, acarretando favelização, marginalização de
pessoas, aumento da miséria, fome e violência;
● aumento significativo de indústrias e, consequentemente, da produção;
● organização da sociedade em dois grupos: a burguesia versus o proletariado;
● aumento da produção em massa e em curto espaço de tempo, aumentando também
o comércio;
● avanços nos setores de transporte e telecomunicações que ampliaram o mercado
consumidor, bem como o escoamento dos bens produzidos;
● surgimento das grandes cidades e, com elas, dos problemas de ordem social, como
a superpopulação;
● aumento de doenças;
● desemprego e maior disponibilidade de mão de obra barata;
● avanços no setor da saúde que possibilitaram melhorias na qualidade de vida da
população.
CONCLUSÃO

O presente trabalho teve como propósito de estudo proporcionar uma síntese de


estudo sobre a REVOLUÇÃO INDUSTRIAL seus benefícios e consequências para
a sociedade.

A Revolução Industrial teve grande importância para o avanço e


desenvolvimento do capitalismo, que surgiu com o fim do feudalismo no século
XV e com o renascimento urbano e comercial. Cada revolução trouxe uma
contribuição vital para

É inegável que as Revoluções Industriais representam momentos cruciais na


história, marcados por transformações profundas nos modos de produção, no
trabalho, na sociedade e na economia. Cada uma dessas revoluções trouxe consigo
avanços tecnológicos significativos que impulsionaram o progresso e moldaram o
mundo em que vivemos hoje. Ao longo das Revoluções Industriais, testemunhamos
a transição de uma economia baseada na agricultura e na manufatura artesanal para
uma economia industrializada, mecanizada e globalizada. Essas transformações não
apenas aumentaram a produtividade e a eficiência da produção, mas também
tiveram impactos sociais, ambientais e culturais profundos.

As Revoluções Industriais abriram caminho para o surgimento de novas indústrias,


a criação de empregos em larga escala, o desenvolvimento de infraestruturas de
transporte e comunicação, e a expansão do comércio internacional. No entanto,
também geraram desafios, como a desigualdade social, a degradação do meio
ambiente, a exploração da mão de obra e a mudança nas relações de trabalho.

Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preço e


estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de
desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão de obra
humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o
crescimento desordenado das cidades também foram consequências nocivas para a
sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

Bahamonde, Miguel & Villares, Ramón - El mundo contemporáneo, siglos XIX e


XX. 2008. Ed. Taurus: Madrid. 01/06/2024, às 19h: 23

NETO, J. A. Freitas; TASINAFO, Celio Ricardo. História Geral e do Brasil. São


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Schlutz, Helga - História econômica de Europa, 1500-1800. Artesanos, mercaderes


y banqueros. 2001. Siglo XXI Editores: Madrid. 29/05/2024, às 12h:51

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Scipione, 2011. 30/05/2024, às 11h:05
.https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-industrial.htm
29/05/2024, às 12h:13

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