Implementação Da Reciclagem em Uma Instituição Hospitalar Privada
Implementação Da Reciclagem em Uma Instituição Hospitalar Privada
Implementação Da Reciclagem em Uma Instituição Hospitalar Privada
Raquel Giacomin
Enfermeira graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais, MBA em controle de in-
fecções hospitalares pela Faculdade INESP de São Paulo.
e-mail: raquelgiacominenf@hotmail.com.
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Abstract: The residues produced in hospital present biological and chemical components as
well as piercing cutting material, and they should be analyzed in all phases of handling so as to
avoid the contamination of people and the environment. To manage these residues reduce
costs, promote a salubrious environment for the employees and links a market tendency:
knowledge and environmental preservation. The recycling of hospital residues decreases costs
in the treatment, reduces energy and gas emissions. This work aimed at evaluating the level of
information of the professionals about the handling of residues, stimulating the recycling of
Group D. We fulfilled a field quantitative research, of evaluating type, through questionnaires
passed in May and June 2011 for 107 employees of a private hospital: of these, 35,5% make
selective collect at home; 46,7% know what PGRSS is; 31,8% know its stages; 18,7% know the
legislation RDC 306/2004 ANVISA, and 15,9% know the resolution 358/2005 CONAMA. About
the destination, 6,5% do not know it; 7,5% believe it is deposited in landfills; 10,3% in con-
trolled embankment; 13,1% in sanitary embankment; 2,8% in septic trench; and 59,8% in in-
cinerator. About recycling of hospital residues, 64,5% claimed to know that these can be recy-
cled; 62,6% were able to inform which could be recycled. All interviewees affirm the necessity
to implement the selective collect in hospital. To include the recycling in the management of
residues of health service brings benefits for the institution, for the labors and for environ-
ment. The achievement of this plan comes every day, through continuing education, since the
generation of residues is variable.
Keywords: selective collect; environment; management of residues
Introdução
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Referencial teórico
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mento de 3% para 8% ao ano; dentre estes, os que podem ser reciclados correspondem
a cerca de 36%.
Os resíduos que podem ser reciclados em um estabelecimento de saúde são es-
tes: a matéria orgânica para a compostagem nos restos de alimentos provenientes da
cozinha, das podas de árvores, dos jardins; papéis de blocos de anotações, de copiado-
ras, revistas, embalagens, baldes, garrafas plásticas, frascos de produtos de limpeza,
embalagens de vidro que não possua risco biológico, radiológico e químico, entre ou-
tros (BRASIL, 2006).
Além destes, os resíduos de construção civil provenientes de restos de tijolo,
madeira, concreto, vindos de reformas ou construções dos estabelecimentos de saúde,
também podem ser reciclados. Resíduos como pilhas e baterias, lâmpadas fluorescen-
tes, contidos em embalagens, também são passíveis de reciclagem e possuem regula-
mentação específica (BRASIL, 2006).
Os materiais recicláveis citados acima, com simbologias padronizadas, são des-
critos a seguir pela figura 1.
Outro tipo de resíduo que pode ser reciclado, que representa uma grande novi-
dade para a população e até para os profissionais de saúde, é o perfurocortante: por
meio de uma nova tecnologia que separa a agulha da seringa elevando a uma tempera-
tura de 1680º, esterilizando e derretendo as partes da seringa, o aço e o plástico derreti-
dos são transformados em blocos que podem ser vendidos e reciclados. Assim, é que-
brado o mito de que em instituições de saúde só são gerados resíduos contaminados ou
que o que pode ser aproveitado são apenas resíduos administrativos como papéis e
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Metodologia
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Resultados e discussão
A pesquisa foi aplicada a 107 funcionários, dentre estes profissionais dos dife-
renciados setores, dos quais 50 são da equipe de enfermagem, 5 médicos, 9 secretárias,
1 fisioterapeuta, 1 nutricionista, 2 funcionários da portaria, 6 da equipe de farmácia, 6
da limpeza e 27 da equipe administrativa. Dos 107 entrevistados, 38 realizam coleta
seletiva em casa e 69 não fazem coleta seletiva. As justificativas mais frequentes de
quem não realiza a coleta seletiva foram a falta de tempo (23) e o fato de a prefeitura
não selecionar os resíduos após coletados. Sendo assim não adianta fazer a coleta sele-
tiva em casa, se depois tudo será misturado (20). Outras justificativas encontradas fo-
ram a falta de informação (6), o hábito, a cultura ou “costume” (10) e a praticidade (2),
sendo que 8 entrevistados não justificaram.
O gráfico 1 retrata as justificativas encontradas pelas pessoas que não fazem a
coleta seletiva em domicílio.
25
20
15
10
5
0
O que pode ser observado quanto aos que fazem a coleta seletiva em domicílio é
que muitos, apesar de afirmarem que na cidade não é realizada a separação do lixo
pela prefeitura, os próprios moradores separam seus resíduos e encaminham para “ter-
ceiros”, e estes são reciclados ou reaproveitados. Exemplos dados pelos entrevistados
foram: garrafas pet, latas e papelão que são doados para catadores que vendem estes
para depósitos, e óleos para a fabricação de sabão. Dessa forma, podemos observar que
estas ações podem beneficiar o meio ambiente com a minimização dos resíduos, e con-
sequentemente, a saúde pública e até o aumento da renda financeira (JÁCOMO, 2004).
Sobre o conhecimento PGRSS, 50 conhecem o plano e 57 desconhecem. No entan-
to, somente 34 conhecem as etapas do plano. O PGRSS é definido como o documento
que descreve ações relativas ao manejo dos resíduos em todas as suas etapas, assim
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Conclusão
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APÊNDICE A
Questionário
07- Dentre as opções abaixo, onde você acredita que está sendo desprezado este resí-
duo gerado no hospital?
( ) Lixão a céu aberto.
( ) Aterro controlado.
( ) Aterro sanitário
( ) Vala séptica
( ) Incinerado
( ) Não sei o destino
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10- Você acha necessário que a coleta seletiva seja implantada no hospital?
( ) Sim. ( ) Não.
Referências
DAGNINO, Ricardo de Sampaio. Lixo ou matéria prima? Profissão Geógrafo. 2006. Dispo-
nível em: <http://www.artigos.com/artigos/sociedade/residuos-solidos:- lixo-ou-
materia%11prima?-687/artigo/>. Acesso em: 10 fev. 2011.
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PREVIDÊNCIA, CBS.
Coleta seletiva de lixo. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:
<http://www.cbsprev.com.br/web/images/Coleta_Seletiva_de_lixo.pdf>. Acesso em: 08
maio. 2011.
SILVA Correiada; AMARAL, Mendonça do. Resíduos de Serviço de Saúde. Boletim Informa-
tivo Ambiental nº 01, abr, 2003. Disponível em: < http: // www. correiadasilva.com.br
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