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PCA - Modelo

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PICA

PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA


2012 - 2013

CONNECT SERV CS SERVIÇOS DE MECÂNICA, METALÚRGICA E MONTAGEM EM


ALTURA LTDA

Rev. 00

PLATAFORMA —P35
SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO .3

2-OBJETIVO .......................................................................................................................................... 3

3- IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA........................................................................................................ 4

4 RESPONSABILIDADES ..................................................................................................................... 5
-

5-CONCEITOS BÁSICOS..................................................................................................................... 6

6- DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................................ 8

7-CRONOGRAMA............................................................................................................................... 15

8 - METAS ............................................................................................................................................. 16

9-AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA DO EPA............................................................................................... 16

10-CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................... 16

11 - RESPONSABILIDADE PELO CUMPRIMENTO DESTE PROGRAMA.......................................... 17


1 - INTRODUÇÃO

O PCA - Programa de Conservação Auditiva - é parte integrante do conjunto de iniciativas da empresa no


campo da saúde auditiva dos empregados, estando articulado com os dispostos da Norma Regulamentado-
ra NR- 07 09 da Portaria 3124178.

O Programa constitui-se em um conjunto de medidas a serem desenvolvidas com o objetivo de prevenir a


instalação ou a evolução de perdas auditivas.

Este programa foi criado considerando a possibilidade de prevenção da perda auditiva, buscando impedir
que determinadas condições provoquem a deterioração da audição.

Este plano tem como objetivo reforçar as práticas de controle de ruído, que vem sendo aplicadas na empre-
sa, buscando um maior controle técnico e administrativo, além de atender todas as exigências legais.
As ações descritas neste Programa são de responsabilidade da CONNECT SERV CS SERVIÇOS DE MECÂNICA,

METALÚRGICA E MONTAGEM EM ALTURA LTDA e as etapas de definição de estratégias e realização das avalia-
ções ambientais estão descritas no cronoprama de ação do PCA e do PPRA. Após a realização destas ava-
liações ambientais se necessário, será realizada uma revisão deste programa.

=> Legislação:
Este Programa foi realizado atendendo as seguintes especificações e normas legais:
- Ministério do Trabalho:
- NR 7 PCMSO e Anexo 1 (Portaria 19)
- NR9PPRA
INSS:
- OS 608 (05108198)

De acordo com a NR - 9 da portaria NO 3.214 do Ministério do Trabalho, toda empresa deve manter o
PPRA. Em se tendo o Nível de Pressão Sonora como um dos agentes de risco levantado por esse pro-
grama a empresa deve organizar sob sua responsabilidade um Programa de Conservação Auditiva.

2- OBJETIVO

- Estabelecer diretrizes e parâmetros para a avaliação e o acompanhamento da audição do trabalhador


através da realização dos exames audiométrícos;
- Fornecer subsídios para a adoção de programas que visem a prevenção da perda auditiva induzida por
ruído e a conservação auditiva do trabalhador;
- Melhorar a qualidade de vida do trabalhador evitando a surdez e reduzindo os efeitos extra auditivos
causados pela exposição ao ruído;
- Diagnosticar precocemente os casos de perdas auditivas ocupacionais estabelecendo medidas eficazes
para preservar a saúde do trabalhador;
- Adequar a empresa ás exigências legais.
3 - IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

EMPRESA CONNECT SERV CS SERVIÇOS DE MECÂNICA. METALÚRGICA E MON-


TAGEM EM ALTURA LTDA
ENDEREÇO MATRIZ: Rua Bariloche NO37.
Cavaleiros - Macae - RJ
CEP 27920-16OTeI: (22) 2726 0029
CNP.J: 05.220.51410001-76

GRAU DE RISCO: 4 C.N.A.E.: 33.14-7


ATIVIDADE PRINCIPAL: Manutenção e reparação de máquinas e indústria metalúrgica exceto maqui-

CONFRA10 ----
PLATAFORMA - P35

DESCRIÇÃO DO SERVIÇO -
Reparo em tubulações e estruturas e pintura dos tanques carga centrais, laterais e tanques especiais, voids, estrutu-
ras da viga navio, costados, conveses e tubulação para inspeção de crédito da Sociedade Classificadora. Substituição
de juntas de expansão, anodos de sacrifício e válvulas do Interior dos tanques, bem como a inspeção dos reparos,
serviços e pintura executados.Quando houver indisponibilidade de serviços no interior dos tanques (ex. :condiçâes
climáticas adversas, operações com olfloading e outros) a equipe mobilizada será direcionada para trabalhos de
4-RESPONSABILIDADES

4.1 - Qualificação dos Responsáveis


Os principais responsáveis pelo cumprimento do Programa de Conservação Auditiva, serão: os Diretores,
Gerentes, Supervisores e Encarregados.

Aos demais cabe:


- Cumprir as normas e regulamentos de segurança estabelecidos pela empresa;
- Usar obrigatoriamente os EP.l.s de maneira correta e zelar pela sua conservação;
- Eliminar situações de risco, ou na impossibilidade comunicar ao seu chefe imediato;
- Executar as tarefas de maneira correta e segura de acordo com as recomendações da empresa:
- Zelar pela guarda e conservação adequada dos equipamentos e ferramentas de trabalho:
- Comunicar ao seu superior imediato, a ocorrência de acidentes ou incidentes nas áreas de suas
atuações.

4,2 - Contratante
Fornecer as informações pertinentes aos riscos inerentes ao projeto bem como as informações que se
façam necessárias.

4.3 - CONNECT SERV CS SERVIÇOS DE MECÂNICA, METALÚRGICA E MONTAGEM EM ALTURA LT-


DA

- Definir, implantar e divulgar a todos os colaboradores os dados contidos nos programa de conservação
auditiva.
- Estabelecer, implantar e assegurar o cumprimento deste programa.
- Custear e manter os recursos necessários para implantação e manutenção deste programa e quais
ações que se façam necessários.
- Manter arquivado os registros referentes a cada trabalhador, pôr um período mlnimo de 20 anos.

4.4 - Colaboradores:
- Atender ás convocações dos exames audiométricos, obedecendo a periodicidade estipulada no
PCMSO e PCA,
- Utilizar o Protetor Auricular corretamente e durante toda a jornada de trabalho;
- Participar dos Treinamentos;
- Seguir as orientações recebidas nos treinamentos e exames,
- Informar as ocorrências que possam implicar em possíveis riscos à saúde auditiva.
- Compete à empresa fornecer os meios e condições necessárias para a implementação deste pro-
grama.

4.5 - Bienclin:
- Determinar o tipo de Equipamento de Proteção Individual (Protetor Auricular) a ser utilizado;
5— CONCEITOS

5.1 - Sistema Auditivo


O sistema auditivo está dividido em três partes principais: orelha externa, orelha média e orelha interna.
A orelha externa é composta pelo pavilhão auditivo, que é uma fina cartilagem elástica, recoberta de pe-
le, que capta e direciona as ondas sonoras, canalizando-as até o tímpano e pelo meato acústico externo,
que é um cana que se estende até membrana do tímpano. Este canal mede aproximadamente 3,5 cm,
variando de uma pessoa para outra.
Fazem parte da Orelha Média a membrana timpânica, que é constituída por um material muito fino, os
três ossiculos (bigorna, estribo e martelo), que transmitem as vibrações da membrana timpãnica e a tuba
auditiva, que mantém o arejamento das cavidades da orelha média, através de uma abertura intermitente
que se dá no ato de deglutir, bocejar ou espirrar. No final da Orelha Média, está a janela oval.
A janela oval está ligada à Orelha Interna, que é composta por um conjunto de cavidade. Uma delas é a
côdea, parecida com um caracol e repleta de células ciliares externas e internas, responsáveis por
transmitir as vibrações do liquido coclear para o nervo acústico, que leva os impulsos aos centros corti-
cais da audição no cérebro, onde ocorre o fenômeno consciente da sensação sonora.
No processo da faia, por exemplo, são formadas ondas, devido a uma variação de pressão no ar. Se esta
variação de pressão possuir uma intensidade suficiente para vibrar a membrana timpánica, essas vibra-
ções são transmitidas à orelha média, através da alavanca formada pelos três ossículos, chegando à
orelha interna e ao nervo acústico.

5.2 - Som e ruído


O som é qualquer variação de pressão em um meio elástico (ex. ar , água) que o ouvido humano possa
detectar, ou seja, uma vibração que é transmitida na forma de ondas e percebida pelo indivíduo.
Quando o som é indesejado ou incômodo, ou possui uma combinação não harmoniosa, temos o ruído ou
barulho. Uma das principais características do ruído é a mistura de sons. Existem vários fatores respon-
sáveis por transformar um som em um ruído, são eles: duração da exposição, distância da fonte gerado-
ra de ruído, tipos de ruído (intermitente, continuo ou de impacto), freqüência / intensidade e susceptibili-
dade individual.

5.3 - Efeitos do Ruído


O ruído é um fator de risco presente em várias atividades humanas, fazendo parte do cotidiano da
comunidade, no ambiente doméstico e também na maioria dos processos de trabalho.
A perda auditiva é a conseqüência mais imediata causada pela exposição excessiva ao ruído e este risco
aumenta com o nível de pressão sonora e com a duração da exposição, mas depende também das ca-
racterísticas do ruído e da susceptibilidade individual.
Mas os efeitos do ruído não estão só na diminuição da audição. A exposição em excesso ao ruído pode
acarretar outros problemas de saúde ou piorá-los, além dos impactos na qualidade de vida. Por exemplo,
o aumento da pressão arterial, ansiedade, irritação, fadiga, alterações no sistema circulatório, digestivo,
respiratório, entre outros.
Entre os danos do aparelho auditivo que a exposição ao ruído pode causar temos: PAIR (Perda auditiva
Induzida por Ruído) ou PAINPSE (Perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados); o
Trauma Acústico e a Mudança Temporária do Limiar Auditivo.

5.4 - PAIR
É causada pela exposição prolongada a níveis elevados de ruído. Ê uma alteração gradual e seus sinais
são, na maioria das vezes, imperceptíveis. As células cHiadas são destruidas e a orelha interna perde a
capacidade de transformar as ondas sonoras em impulsos nervosos, como as células ciliadas não se
regeneram a alteração é irreversível.

5.5 - Trauma Acústico


É causado por uma única exposição a níveis muito altos de ruído. É conceituado como uma perda súbita,
geralmente é acompanhada de zumbido, podendo causar rompimento da membrana timpânica, hemor-
ragia e danos da cadeia ossicular.

5.6 - Mudança Temporária do Limiar Auditivo


É um efeito em curto prazo de uma mudança temporária do limiar auditivo e depende da susceptibilidade
individual, tempo da exposição, intensidade e freqüência do ruído. A audição volta ao normal após o re-
pouso acústico.

Existem outros fatores que podem levar a perda da audição, além da PAIR ocupacional, são eles:
- Exposição durante o lazer, ou segundo oficio: práticas de tiro ao alvo, música alta, marcenaria do-
méstica, etc.,
- Presbiacusia, que é a perda auditiva ocasionada pelo envelhecimento do sistema auditivo,
- Causas Patológicas, como rubéola, meningite, infecções do aparelho auditivo,
- Surdez hereditária,
- Traumatismos na cabeça,
- Drogas ototóxicas, como por exemplo certos antibióticos, anti-depressivos, etc.,
- Agentes Químicos Ototóxicos.

5.7 - Características da PAIR


As perdas auditivas induzidas por ruído são sempre neuro-sensoriais, geralmente bilaterais e simétricas,
iniciando nas freqüências de 4.000, 6.000 ou 3.000 Hz. Geralmente a maior perda é na freqüência de
4.000Hz. Iniciam-se nos primeiros anos de exposição e atingem um limiar máximo com 10 15 anos de
exposição. Geralmente não progridem significativamente depois de cessada as exposições.
A audição é de extrema importância para a vida social e profissional do ser humano. É por isso que a
perda auditiva deve ser prevenida em qualquer segmento em que haja a possibilidade de adquiri-Ia.
A perda auditiva induzida por ruído ocorre de forma lenta, progressiva, irreverslvel e silenciosa. Portanto
a melhor forma de evitá-la é a prevenção.
6 - DESENVOLVIMENTO

6.1 - Diretrizes básicas para a elaboração de um Programa de Conservação Auditiva

6.1.1 Reconhecimento e avaliação dos riscos para a audição;


Identificar e avaliar, todos os riscos que possam afetar a audição, como: níveis elevados de pressão so-
nora, produtos químicos, vibrações e outros levando em conta as possibilidades de interações entre es-
tes agentes.
Serão reconhecidas e avaliadas todas as fontes de ruído presentes na unidade através de uma análise
quantitativa e com base destes dados será estabelecido um plano de controle. O monitoramento dessas
exposições será realizado a partir do acompanhamento dos dados Audiométrícos.
A legislação brasileira considera como prejudicial á saúde, as atividades ou operações que implicam em
exposições a níveis de ruído continuo ou intermitente, por tempos superiores aos limites de tolerância
fixados pela NR-15.
Ruídos com intensidade superior à 85 dB são considerados danosos à audição se o indivíduo esta ex-
posto a ele por um tempo prolongado, podendo trazer como conseqüências: perda gradativa da audição,
irritação, problemas digestivos, stress, alterações cardiovasculares, entre outros sintomas.
Para a implementação de ações preventivas será considerado o nivel de ação, definido na NR 9, como
sendo o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade
de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir
o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle módico, para o
ruído, a dose de 0.5 (dose superior a 505vo), conforme critério estabelecido na NR - 15, Anexo n° 1; item 6.

Sendo assim, o nível de ação para o ruído será de 80 dB.

MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA


NIVEL DE RUIDO Db (A)
PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 floras
87 6horas
88 5 horas
89 4 horas e 40 minutos
90 4
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7minutos
A Perda Auditiva Induzida por Ruído é uma lesão de caráter irreversível, como não existe nenhum tipo de
tratamento a prevenção é a principal medida a ser tomada antes de sua instalação.

Nível de Pressão Sonora:


Os dados de medição de ruído são necessários para determinar o grau de exposição ao risco e para
definir quais serão as medidas adotadas para proteger os trabalhadores expostos.

Para a avaliação ocupacional do ruído será utilizada a seguinte metodologia:

- Seleção do grupo homogêneo de exposição;


- Realização de dosimetria nos empregados desses grupos homogêneos de exposição duran-
te suas atividades normais. O tempo de dosimetria deve variar em função do ciclo de traba-
lho, variações dos níveis de ruído e locais, natureza do ruído, entre outros.

Será realizada a avaliação do ruído nos diversos ambientes de trabalho, e a partir dos valores obtidos
serão comparados com os Limites de Tolerância estabelecidos.

6.1.2 Antecipação e Reconhecimento (Função, agente, Fontes, Meios de Propagação e Caracteri-


zação da exposição.

Agentes
Ambien-
tais Pre- Causas elou Meios de Caracterização da expo-
Função propagação
sentes ou Fontes sição
Suspeitos:
Jf) Físico
Exposição intermitente a
Motorista (F) Ruído Ar ruído durante a jornada
___________ de trabalho.
- Ruído do veículo automotor e da
Exposição intermitente a
bomba de sucção, ruído de fun-
Servente (F) Ruído ruído durante a jornada
do de Máquinas e equipamentos
de trabalho
em operação na obra.
Exposição intermitente a
Supervisor (F) Ruído Ar ruído durante a jornada
detrabalho.

6.2 - Gerenciamento audiométrico (Padronização dos procedimentos para a realização e análise


de exames com o objetivo de identificar alterações audiométricas ocupacionais e não-
ocupacionais);

6.2.1 Gerenciamento Audiométrico


Objetivos: Obter os limiares auditivos dos funcionários a fim de monitorar o sistema audiolõgico dos
mesmos; controlar a evolução de eventuais perdas auditivas e a realização da comparação entre os e-
xames referenciais e sequenciais.
Através da realização da audiometria é possível obter dados importantes para trabalhar o aspecto pre-
ventivo da Saúde Auditiva, identificando precocemente os empregados mais susceptíveis ao ruído ou
com alterações causadas por outras patologias.

O exame audiométrico deverá ser realizado através das seguintes etapas:

- Anamnese clínico ocupacional;


- Meatoscopia;
- Audiometria tonal.
A Anamnese tem como objetivo estabelecer o nexo com o trabalho, bem como identificar o risco ocupa-
cional a que o trabalhador está exposto. Isso ajudará no diagnóstico diferencial com outras patologias da
audição. É importante investigar a função exercida pelo colaborador, exposição a níveis de pressão sono-
ra atual e pregressa, além de queixas auditivas e extra auditivas.
Periodicidade: Os exames são realizados na admissão, seis meses após a admissão, periodica-
meno (anualmente nos casos normais e semestralmente ou trimestralmente nos casos altera-
dos), na demissão, retorno ao trabalho, e mudanca de função.
Para os funcionários que apresentarem alteração auditiva na ocasião da audiometria periódica sugere-se
realizar reavaliação auditiva em 6 meses
Na ocasião da próxima renovação dos exames audiomêtricos os limiares auditivos serão comparados,
com o objetivo de se observar alguma mudança significativa na audição dos funcionários.

Na Interpretação das audiometrias, poderemos ter as seguintes situações:


Audiograma sugestivo de perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados:
Nas frequências de 3, 4 ou 6 kHz, apresentam limiares auditivos acima de 25 dBNA e mais ele-
vados que nas outras frequências testadas, estando estas comprometidas ou não , tanto no teste
da via aérea quanto na óssea, em um ou ambos os lados.
Audiograma sugestivo de desencadeamento de perda auditiva induzida por níveis de
pressão sonora elevados:
São aqueles no qual a diferença entre as médias aritméticas dos limiares das frequências de 3, 4
e 6 kHz, iguala ou ultrapassa 10 dBNA, tomando como base a audiometria de referencia e as
sequenciais com limiares menores ou iguais a 25 dBNA em todas as frequências testadas.
Igualmente é sugestivo de perda auditiva por ruído, quando detectar-se a piora em pelo menos
uma das frequências de 3, 4ou 6 kHz, igual ou superior a 15 dBNA.
Audiograma sugestivo de agravamento de perda auditiva induzida por níveis de pressão
sonora elevada:
São aqueles casos já confirmados pelo exame de referencia e que na comparação dos exames
sequenciais apresentam um valor na media aritmética das frequências de 3, 4 e 6 kHz, igual ou
superior a 10 dBNA. Da mesma forma, a piora em uma frequência isolada igual ou superior a 15
dBNA, é também indicativo de agravamento do caso.

Na ocorrência de qualquer uma das situações acima deverá ser realizada uma nova audiometria, pas-
sando a ser o novo exame referencial e os responsáveis pela área de Segurança e Saúde Ocupacional
deverão ser comunicados, a fim de definir quais as condutas à serem tomadas.
A presença de alteração auditiva no exame audiométrico não deve desclassificar o trabalhador para seu
exercício profissional, pois geralmente não interfere em sua capacidade laborativa, mas devem ser ado-
tadas as medidas preventivas e as orientações sugeridas no Programa de Conservação Auditiva para
que o trabalho não acarrete prejuízos para a saúde do trabalhador.
Os colaboradores que apresentarem perda auditiva na ocasião da admissão deverão assinar a Audi-
ometria, que é o termo de reconhecimento declarando que o mesmo já apresenta alteração auditiva
anterior a sua admissão na CONNECT SERV CS SERVIÇOS DE MECÂNICA, METALURGICA E MON-
TAGEM EM ALTURA LTDA. Este documento será preenchido pela Clínica Prestadora de Serviço.
Todos os colaboradores com exposição a ruído superior ao nível de ação, ou seja, a 80 dB(A),
deverão ser submetidos à Avaliação Auditiva, seguindo a periodicidade estipulada acima.

6.3 - Medidas de Controle e Proteção Individual - Seleção, indicação e acompanhamento da utili-


zação do equipamento de proteção individual adequados aos riscos,

6.3.1 Hierarquia Medidas de Controle

6.3.1.1 Proteção coletiva e Medidas administrativas


Quanto as medidas de proteção coletiva e medidas administrativas, sugere-se que seja priorizado a
contratação e aquisição de equipamentos para suas atividades onde seja possível tratar o ruído em sua
fonte de origem, como por exemplo:

Veículos automotores com tecnologia atual e compatível as práticas de conforto e saúde ocupa-
cional, enclausuramento de motores, bombas etc;
Modificação ou substituição de máquinas com alto nível de ruído;
Isolamento entre superfícies que vibram, etc:

Onde não seja possível a adoção de medidas de proteção coletiva, será adotado as medidas adminis-
trativas de acordo com as necessidades. As medidas administrativas priorizarão:

A instalação dos equipamentos fora das áreas de: circulação, trabalho, postos fixos e móveis de
trabalho;
Manutenção preventiva e corretiva;

6.3.1.2 Proteção Individual

Protetores auditivos - A melhor escolha do protetor auditivo é aquela em que o trabalhador aceite usá-lo
corretamente. Para isso ele precisa saber dos benefícios de usá-lo e perceber a redução do ruído forne-
cida pelo protetor, além de conseguir utilizá-lo com os outros EPIs necessários.
A proteção efetiva contra o ruído é conseguida quando o trabalhador usa o protetor auditivo durante todo
o tempo de exposição ao ruído.

Sendo assim, o treinamento, motivação e acompanhamento do uso dos Equipamentos de Prote-


ção Auditiva são essenciais para a implantação do Programa de Conservação Auditiva.
A falta do uso do Protetor Auditivo deverá ser notificada e anexada advertência no prontuário do colabo-
rador, comprovando o acompanhamento da utilização dos Protetores.

De acordo com a NR 6 da portaria 3214178, cabe ao empregador quanto ao EPI:


a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de
segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

Cabe ao empregado quanto ao EPI:


a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Ë de responsabilidade do profissional de Segurança e Saúde Ocupacional determinar o tipo de protetor


auricular a ser utilizado. Estes EPI devem obrigatoriamente, possuir C.A. Certificado de Aprovação e
C.R.F. Certificado de Registro do Fabricante, ambos emitidos pelo Ministério do Trabalho.
É de responsabilidade do coordenador do programa / médico do trabalho auditar e promover a análise
crítica e a melhoria contínua deste programa.
É de responsabilidade dos Encarregados, Supervisores e Técnicos de Segurança assegurar e fiscalizar o
uso destes equipamentos.
É de responsabilidade de todos os colaboradores utilizarem os equipamentos de proteção individual for-
necidos pela empresa e que constam em sua Ficha de EPI, bem como providenciar a sua troca quando
estes se apresentarem fora das condições de uso.
Os EPI's devem sempre ser inspecionados pelo seu usuário, quanto a conservação e higiene antes de
sua utilização, a fim de garantir o perfeito funcionamento.
A limpeza e higienização dos EPrs devem ser realizada sempre ao final das tarefas e antes de sua guar-
da.
Protetores utilizados

- Protetor Auditivo: 3M - CA 5745 (Anexo B)

O NRR - Nível de Redução de Ruído é apenas uma aproximação simplificada, são dados de natureza
estatística, é incorreto afirmar que um determinado indivíduo terá atenuação igual ao NRRsf. Atenuações
individuais podem ser superiores ou inferiores aos valores citados.
A atenuação de ruído não deve ser utilizada como critério exclusivo de escolha entre diferentes proteto-
res. Outros fatores são fundamentais, como o conforto, adequação ao ambiente de trabalho, uso de ou-
tros EPIs e questões de higiene.
Devemos levar em consideração que na Avaliação Ambiental será considerado o maior valor aferido,
visando o desenvolvimento de ações preventivas, partindo das situações mais extremas.
Todos os funcionários expostos ao ruído deverão fazer uso do Protetor Auditivo, seguindo a indicação
deste Programa.

Colocação do Protetor Auditivo:

A atenuação do Protetor Auditivo está relacionada com a sua correta utilização.

Utilização de Equipamento de Proteção Auditiva:


- Seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade
exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o con-
forto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
- Programa de Treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização;
- Estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a
higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições
de proteção originalmente estabelecidas.
Comparação entre os Abafadores e Protetores de Inserção:

Protetores Tipo Concha Protetores Tipo Inserção


Vantagens Vantagens
São pequenos e fáceis de carregar
O nível de proteção de um bom protetor auricular
Geralmente atenuam melhor as baixas
do tipo concha é maior nas frequências altas
frequências.
Modelos simples deste protetor podem ser Podem ser utilizados com outros EPIs,
utilizados pelos diferentes biótipos confortavelmente
São mais rapidamente aceitos pelos
O custo individual é bem menor que os do tipo
trabalhadores que não tenham o hábito de utilizar
concha
o protetor auditivo,
Podem ser utilizados por pessoas que tenham
São mais indicados nos casos em que os
pequenas infecções auditivas, são trocados com
movimentos de cabeça são mais exigidos.
menor frequência.

Protetores Tipo inserção Protetores Tipo Concha


Desvantagens Desvantagens
Os protetores moldáveis ou rígidos levam mais Não são confortáveis em ambientes quentes
tempo para serem colocados e exigem maior
paciência
A proteção é mais variável entre um modelo e Não são práticos de se carregar ou guardar
outro.
A sujeira pode ser transferida para o canal Não são facilmente compatíveis com os outros
auditivo com mais facilidade caso os mesmos EPIs, como Óculos de proteção e viseiras
selam manipulados c/ mãos sujas
O custo final dos protetores pode ser tão alto A tensão de ajuste pode ser reduzida
quanto o tipo concha, no caso de se exigir uma significativamente peio uso diário, diminuindo a
troca constante dos mesmos atenuação inicial. São mais caros que a
maioria dos modelos de inserção.
Só podem ser utilizados em canais auditivos Dificultam a atividade em locais apertados e
sadios e por um período limitado de tempo. que exijam muitos movimentos

Todos os funcionários expostos ao ruído, seja ele de intensidade moderada ou leve, devem fazer uso
rotineiro do protetor auditivo quando expostos.

Registro
È de responsabilidade da Picanço Fiúza fornecer o Protetor Auricular, quando este for requisitado, e ano-
tar na "Ficha de EPI" (Anexo A), a Data de Entrega, Quantidade, Descrição do EPI fornecido, Marca,
Número do CA e Assinatura do colaborador que o solicitou.
O Programa de Conservação Auditiva deve estar perfeitamente integrado com o PCMSO e PPRA.

6.4 - Desenvolvimento de atividades que propiciem Informação, treinamento e motivação.

6.4.1 Treinamento Individual documentado


Todos funcionários deverão ser treinados quanto ao conteúdo deste programa. Dentre os itens contidos,
salientamos:

Conhecendo o riscos;
Efeito do ruido provocados pela exposição sem proteção:
Seleção do protetor;
Medidas de controle e exposição;
Uso de Equipamentos de Proteção Individual: (Utilização correta, uso, guarda, conservação e higi-
enização.

6.4.2 Campanhas de Conservação Auditiva


Consideramos de extrema necessidade a orientação e a conscientização de nossos colaboradores no
que diz respeito a prevenção da perda auditiva.
A transmissão das informações preventivas será realizada através de palestras, materiais didáticos, car-
tazes, matérias em jornais, entre outros instrumentos que ajudem na conscientização do uso dos EPIs.
Os objetivos principais do Programa de Conservação Auditiva são melhorar a qualidade de vida do traba-
lhador evitando o aparecimento ou agravamento de uma alteração auditiva e evitando os efeitos extra
auditivos causados pela exposição a níveis de pressão sonora elevados. Além de adequar a empresa às
exigências legais.

7—CRONOGRAMA

7.1 - Cronograma de ação

AÇÕES (Junho de2Ol2á Junho de2ol3) 8 t


Exames médico específico X X X X X X X X X X X X
Levantamento Ambiental Qualitativo X X
Fiscalizar o uso dos EPA's X X X X X X X X X X X
Levantamento Ambiental Quantitativo X X
DDS - DiogoDiáriodeSegurança X X X X X X X X X X X X
* Treinamento quanto a utilização correta, higienização e
descarte dos EPAs x X x x x x
Revisão do documento X
Anal ise Global X X X
Ou sempre que se tlzer necessario.
8—METAS

8.1 Metas

METAS DO PROGRAMA
FUNÇÃO META
(Junho de 2012 á Junho de 2013)

Realização de exames médico especifico (admissional, periódico, mudança de função.


*Todos 100010
retorno ao trabalho ou demissional).

Treinamento quanto ao uso, guarda conservação e higienização dos Equipamentosde


*Todos 100%
Proteção Individual (Protetor Auricular).

Implantação e Treinamento do PCA. Todos 100%

* Funcionários expostos a ruído;

- 9—AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA DO EPA

A avaliação de eficácia dos equipamentos de proteção auditiva, serão confrontadas com a atenuação
descrito no C.A, bem como o monitoramento por meio dos exames médicos complementares que se
façam necessários.

10— CONSIDERAÇÕES FINAIS

No Planejamento do Programa de Conservação Auditiva deve ser considerado como prioridade a ori-
entação, conselentização e o treinamento quanto ao uso do Protetor Auditivo. O Treinamento é uma
exigência legal que valida a entrega do Equipamento de Proteção Individual.

Além disso, será realizado o monitoramento do desempenho do PCA através das audiometrias realiza-
das, possibilitando a adoção de medidas preventivas e a verificação da eficácia do Programa.

O Cronograma de Ações do Programa de Conservação Auditiva deverá ser cumprido pela empresa, o-
bedecendo a dinâmica da mesma, sendo assim poderão ser agendadas palestras sobre Ruído e Prote-
ção Auditiva, bem como a solicitação de materiais de apoio como vídeos, Jornais Informativos, entre
outros.
11 - RESPONSABIUDADE PELO CUMPRIMENTO DESTE PROGRAMA

• Viabilizara implantação;
• Providenciar recursos materiais, humanos e financeiro.
o Coordenação do programa.

CONNECT SERV CS SERVIÇOS DE MECÂNICA, META-


LÚRGICA E MONTAGEM EM ALTURA LTDA

Elaboração:
o Assessoria técnica:

3.

Dr& Maristela R. Carc


Médica do Tra
CRM 52-591

Macaé. 22 de Junho de 2012.


ANEXO A — MODELO DA FICHA DE EPI

FICHA DE EPI
FICHA INOMDLJAL DE FUNCIONÁRIO

Nono do Iunciosi&io: RE: Fuaçio:

jD.c4.roqtje reccõlo. EPIsIEquipamento* Proteç1ItvIdualflgistr.dono,I,documw,(oa, orIentaçOnoantoa iosu1fSflçioØo5e.vaç1oprazoøe carÕncIae finalic


lSu.daP S.gonnça Mediclodo Trabiton. obra,o que olsi e. adapu,rà presorvaçioda Integridadeflelca. ao d.nmponhoae minhasfunçõesfico clonti
to.iedad. de SOU USO. d. SI.. devoluçio ao W.~ de nw41 ~,W de c~ m de indflZ*ÇSO no e^ 49 .xtnvto. - -
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Asematura do funciomiriu: Data:
ANEXO B-CA5745

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