Lição 8 A Resistência de Mardoqueu
Lição 8 A Resistência de Mardoqueu
Lição 8 A Resistência de Mardoqueu
La Iglesia de la Familia
Que es lugar de
“Comunión con Dios y de gente feliz”
– Tupã Renda –
TEXTO ÁUREO
“Então, os servos do rei, que estavam à porta do rei, disseram a Mardoqueu: Por que traspassas
o mandado do rei?” (Ester 3.3)
VERDADE PRÁTICA
Como cristãos, somos sujeitos a conflitos ético morais e devemos decidir sempre de acordo com
a vontade e a orientação de Deus.
INTRODUÇÃO
A ascensão de Ester ao trono foi celebrada com grande festa. Assuero decretou feriado e se
mostrou muito generoso, distribuindo presentes aos seus súditos. Mesmo na condição de rainha,
Ester permaneceu obedecendo a Mardoqueu: não revelou a ninguém que era judia. Havia muito o
que acontecer na corte. Conspiração, inveja e tramas. A história continua.
- A busca por uma nova rainha é o ponto de partida do segundo capítulo do livro de Ester, e é
nesse contexto que a trama começa a se desenrolar. A decisão de Assuero de procurar uma nova
rainha é um reflexo do poder absoluto dos reis persas da época. Seu desejo não podia ser negado,
e a beleza e a juventude de uma nova rainha eram de importância vital para a estabilidade do
reino. Esse contexto cultural e político nos ajuda a compreender a seriedade e o significado da
busca por uma nova rainha. A inclusão de Ester na competição para se tornar rainha é claramente
um elemento crucial na providência divina que molda os eventos do livro de Ester. Embora os
planos humanos estejam em jogo, Deus trabalha nos bastidores para cumprir Seus propósitos,
usando uma jovem judia aparentemente comum para proteger seu povo da ameaça iminente que
se aproxima.
PALAVRA-CHAVE: RESISTÊNCIA
Hamã obviamente chegou cedo a fim de pedir ao rei permissão para enforcar Mardoqueu na
forca que ele havia preparado por sugestão de seus amigos e esposa. Mas antes que pudesse fazer
o seu pedido, o rei falou: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Ou: Que se fará ao
homem a quem o rei deseja honrar? (6) Embora um pouco surpreso, Hamã não se mostrou
despreparado para esta súbita abordagem. Ele pensou que ele mesmo seria o objeto de honra e
que o rei apenas dava-lhe uma oportunidade de escolher a maneira pela qual seria honrado. Então
ele descre-veu ao rei o tipo de honra que mais o agradaria: a veste real... o cavalo em que o rei
costuma andar montado, e... a coroa real (8). E então disse: Seja entregue a veste e o cavalo à
mão de um dos príncipes do rei... e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja
honra o rei se agrada! (9).
Mas agora vem o choque: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para
com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e nenhuma coisa tu deixes cair de
tudo quanto disseste (10). E Hamã, embora hu-milhado, cumpriu a ordem do monarca em
detalhes. Ele levou Mardoqueu, vestido com as vestes reais, montado no cavalo do rei pelas ruas
da cidade, e apregoou diante dele as palavras que ele mesmo havia prescrito.
"Aqui foi, na verdade, uma virada de mesa! Hamã prestando honras ao humil-de judeu, que se
recusou a honrá-lo. Certamente naquele dia o antigo refrão deve ter tocado no coração de
Mardoqueu: 'Levanta o pobre do pó e, desde o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar
entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são os alicerces da
terra' (1 Sm 2.8). E uma antecipação de outras palavras: — 'Tendo pouca força, guardaste a
minha palavra e não negaste o meu nome. Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se
dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus
pés, e saibam que eu te amo' (Ap 3:8-9). "Como Deus trabalhou tão claramente a favor de seu
filho! A cova de fato esta-va preparada, mas ela seria usada por Hamã; enquanto que as honras
que ele pen-sava estarem preparadas para si mesmo, seriam usadas para Mardoqueu". O Dr.
Meyer conclui o seu sermão: "Permaneça confiante, amado irmão, mesmo em meio ao escárnio,
ao ódio, e às ameaças de morte. Contanto que a tua causa seja de Deus, ela há de vencer. Ele
mesmo a justificará. Aqueles que o honrarem, serão honrados; enquanto aqueles que o
desprezarem serão desprezados". "Embora os moinhos de Deus trabalhem lentamente, eles
trituram ao máximo; embora Ele espere com paciência, tudo tritura".
SINÓPSE I
Mardoqueu demonstrou um ato de fidelidade ao rei ao descobrir uma conspiração contra a coroa.
AMPLIANDO CONHECIMENTO
“Hamã, o primeiro ministro da Pérsia, é a primeira figura política na Bíblia a idealizar um plano
sinistro para, em sua esfera de influência e autoridade, exterminar os judeus. Este plano de
genocídio (isto é, um esforço sistemático de matar todas as pessoas de um grupo étnico, nacional
ou religioso) contra a raça dos judeus se compara ao plano de Antíoco Epifânio, no século II a.C.
(veja Dn 11.28, nota), aos perversos planos de Adolf Hitler […].”
3. Evitando frustrações. Quando nutrimos altas expectativas, nos tornamos sujeitos a muitas
frustrações. Mardoqueu era servo do rei, mas não tinha acesso direto ao palácio. Para alertar
Assuero da conspiração, precisou de que Ester levasse a informação (Et 2.22). Mardoqueu não
pertencia ao primeiro escalão real e permaneceu exercendo a mesma função de antes, não se
abalando emocionalmente. A Bíblia nos ensina a nos contentar com o que temos e não viver
ambicionando coisas altas (Hb 13.5 Rm 12.16). Considerar merecer mais do que tem, gera
constante insatisfação e não contribui em nada para o nosso progresso.
- A palavra grega traduzida por “contente” significa “estar satisfeito”, “ter o bastante”. Ela indica
independência e desnecessidade de auxílio. Algumas vezes, foi usada para qualificar uma pessoa
que se mantinha sem a ajuda de ninguém. Parafraseando, Paulo estava dizendo: “Aprendi a ficar
satisfeito – não propriamente por mim, mas suprido por Cristo”. As situações exasperantes
roubam nosso contentamento, mais do que qualquer outra coisa. Nós desmoronamos e perdemos
nosso senso de satisfação e paz, quando deixamos as circunstâncias nos vitimarem. Sem dúvida
alguma, Paulo era humano e sofreu por causa disso, também, mas ele aprendeu algo diferente:
“Aprendi a viver contente”, diz ele, “em toda e qualquer situação” (Fp 4.11, grifos do autor).
Como cristãos, também podemos nos sentir contentes diante de qualquer situação – não temos de
esperar pela vida por vir para ficar contentes. Contudo, precisamos manter um pé nela. Paulo
colocou dessa maneira: “Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra” (Col 3.2). “A
nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda
comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que
se veem são temporais, e as que se não veem são eternas” (2Co 4.17-18).
SINÓPSE II
Enquanto Mardoqueu foi aparentemente esquecido, o rei honrou Hamã, elevando-o ao posto
mais alto da corte.
SINOPSE III
Enquanto Hamã era reverenciado por todos, Mardoqueu o resistia.
CONCLUSÃO
Uma das aplicações práticas da inteligência espiritual é não nos deixar iludir com a natureza
humana (Col 1.9 Jr 17.5). Embora não devamos viver desconfiando de tudo e de todos, também
não podemos deixar de ser prudentes e ignorar a malignidade do coração humano (Mt 10.16;
15.19). O Maligno pode suscitar ódio contra nós de onde menos esperamos. Mardoqueu
experimentou isso. Precisamos estar atentos e revestidos de toda a armadura de Deus para que
possamos resistir e vencer o mal. Nossa luta não é contra carne e sangue (Ef 6.11-16 Rm 13.12).
- A inteligência espiritual é a capacidade de questionar o sentido da vida e de se relacionar com o
mundo, adaptando-se aos aspectos imateriais do dia a dia, como valores, propósito e consciência
social. Também está relacionada a como as pessoas lidam com questões essenciais e as ajudam a
viver as emoções e sentimentos de maneira equilibrada. A inteligência espiritual pode ser
considerada uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais
amplo de sentido e valor, tornando os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica
ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso
de finalidade e direção. Algumas das características de quem desenvolve a inteligência espiritual são:
- A capacidade de pensar com profundidade
- A facilidade para perceber o aspecto interdisciplinar da vida
- O tornar-se compassivo e empático
Alguns princípios da inteligência espiritual incluem:
- Ter pensamentos positivos, sempre
- Descobrir quem você é
- Ter humildade
- Viver a compaixão
- Rever seus valores
- Viver o presente
- Estarmos conectados, e o jeito que vivo minha vida afeta a vida do outro.
REVISANDO O CONTEÚDO
1. Que virtude ética Ester revelou no episódio de informar ao rei acerca da conspiração?
O fato de ter sido promovida a uma posição elevada não envaideceu Ester: ela não se
envergonhou do primo e nem aproveitou da informação para projetar ainda mais o próprio nome.
2. O que aprendemos com Assuero a respeito de como tratar uma acusação?
O rei, mesmo ouvindo da rainha, teve o cuidado de apurar a informação. É uma questão de
justiça. Nesse ponto, Assuero agiu como um líder sensato. Não exerceu o poder de forma
precipitada.
3. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, por qual razão Mardoqueu não se prostrava perante
Hamã?
Tudo indica que a homenagem prestada a Hamã pelos servos do rei e por outros, ou era
imerecida, ou conflitava com atos religiosos que os judeus reservavam exclusivamente à
adoração a Deus.
4. O que pode ter movido Hamã a desejar a morte de todos os judeus?
Além de sentir-se ferido em seu orgulho, é possível que Hamã estivesse agindo movido por uma
inimizade intergeracional – Flávio Josefo diz isso –, o que confirmaria sua descendência de
Agague, o rei amalequita morto por Samuel (1 Sm 15.32-33).
5. O que são inimizades intergeracionais?
São conflitos, alimentados e repetidos ao longo de muitas gerações.