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Uma Batalha Vencida

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Uma batalha vencida?

Hoje iremos continuar nossa conversa sobre o pecado. Nas últimas aulas temos
pensado bastante a respeito do tema. Pensamos em relação a origem do pecado, como
podemos fazer para evitar pecar, como podemos estar atentos ao que o pecado causa em
nossas vidas, como ele começa em nossos corações e as razões pelas quais devemos evita-lo.

Hoje iremos falar um pouco sobre o que nos leva a pecar, falaremos sobre tentação.
Vamos refletir sobre o que é a tentação, como evitar e resistir a ela.

O principal objetivo da aula de hoje é que nós possamos entender que mesmo sendo
salvos, a tentação do pecado ainda continua em nossas vidas. Mesmo estando satisfeitos em
Jesus, ainda assim estamos na presença constante da tentação. Sabemos que Deus quer
satisfazer as nossas necessidades, mas ainda assim sentimos a presença do pecado nos
cercando e muitas vezes vencendo dentro de nós.

Bom, para começarmos, vamos imaginar a seguinte circunstância: Imagine que você
está em uma festa infantil e lá tem uma pinhata cheia de doces. Cada um terá uma chance
com um taco de baseball para acertar esta pinhata. Parece algo fácil e na verdade é fácil
acertar a pinhata com o taco de baseball. Só que aí, o dono ou dona da festa te avisa que você
terá que acertar a pinhata com os olhos vendados e depois de desnorteado. Você tenta várias
vezes, mas acertar o alvo é difícil, afinal você não enxerga a direção. Qual é a sensação?

(Frustrante)

Essa alegoria é muito parecida com a vida cristã. Nós temos um alvo enorme que
devemos seguir, sabemos onde Ele está, sabemos como chegar até Ele. Mas aí o mundo vem e
coloca uma venda em nossos olhos. Distrações para lá e para cá. Netflix, amizades, estudos
demais, rotina cansativa, namoros, planos... Enfim, a lista é enorme. E lá estamos nós,
tentando acertar o alvo enorme mas vendados, desnorteados, isso é frustrante.

É neste momento quando estamos vendados, distraídos com coisas que parecem ser
comuns e inofencivas que as tentações chegam. De fato todas essas coisas que eu apresentei
são interessantes e foram criadas por Deus para nós. Amigos são importantes na caminhada
cristã, estudos são importantes, rotina é importante para a nossa organização,
relacionamentos e planos são importantes e são coisas criadas por Deus, mas será que essas
coisas podem nos atrapalhar e ajudar para que sejamos alvo fácil do pecado? Sim. Quando
permitimos que tudo isso nos deixe cegos e faça com que nossa visão esteja ofuscada na busca
por agradar a cada uma destas coisas mais do que buscar a Deus.

Ainda sobre a frustração, o que tem a ver o sentimento de frustração como o exemplo
da pinhata com o assunto da aula? O que tentação tem a ver com frustração? Bom, na minha
opinião, ficamos frustrados quando nos vemos tentados a pecar. Afinal, podemos saber tudo
sobre tentação, como enfrenta-la, podemos estar satisfeitos em Deus, podemos estar prontos
na teoria, e mesmo assim seremos tentados. Muitas vezes a sensação de frustração vem por
conseguirmos resistir a tentação por um dia, mas no outro falhamos e caímos. Podemos ser
tentados rotineiramente com a mesma coisa, mesmo resistindo todos os dias. Tudo isso é
frustrante.

Mas temos que lembrar que mesmo com tudo isso, Deus nos ajuda a “tirar as vendas”
e lutar mais efetivamente contra a tentação.

Crer é ver

Temos que entender que nossas ações estão diretamente relacionadas a nossas
crenças. Em todas as áreas da nossa vida, fazemos as coisas de acordo com o que acreditamos.
Se acreditamos que certos tipos de pessoas são boas, vamos nos cercar destas pessoas, por
exemplo. Se acreditamos que certos ambientes são bons, tendemos a estarmos presentes
mais vezes em determinados ambientes, e por aí vai.

Quem acredita que o mundo é plano (espero que não tenha ninguém que acredite
nisso aqui), você provavelmente vai agir de acordo com o que crê, falar sobre isso, tentar
seguir sua vida baseado nisso.

Quem acredita que tem potencial para determinado campo profissional,


provavelmente vai focar sua vida para atingir este objetivo.

Algumas pessoas acreditam que sexo é a forma de se obter amor, provavelmente irá
até o fim nesta prática.

Alguém tem mais algum exemplo de como nossas crenças cotidianas podem
influenciar nossas ações?

Bom, vamos olhar mais de perto sobre isso. Qual a relação entre este assunto e a
tentação? O fato é que nós acreditamos em uma porção de coisas, somos seres complexos que
tem opiniões formadas sobre quase todos os aspectos da vida que nos cerca. Uma das nossas
crenças, provavelmente é crer em coisas que podem satisfazer nossas necessidades básicas,
como amor, aceitação social e importância.

A maioria de nós tem algo esquematizado para tentar encontrar a solução para isso de
acordo com a sua realidade. Algo desejamos fazer para melhorar ainda mais esses campos na
nossa vida. Talvez seja ficar mais bonito (malhar), talvez seja melhorar na questão do carisma
para cativar as pessoas, talvez seja chamar a atenção com alguma habilidade diferente. Enfim,
todo mundo pensa sobre essas coisas em algum momento.

Imagine outra situação: Uma menina chamada Paula.

Paula precisa de amor e atenção. Ela acredita que ser aceita por Deus não é suficiente e que
sua mãe pode satisfazer essa necessidade por atenção. Ela quer que a mãe dela dê mais
atenção, mas por falta de tempo ou por não saber disso, a mãe não consegue dar toda a
atenção que Paula acha que precisa.

Paula então fica zangada pois não se sente querida, e todas as vezes que as duas tentam
conversar, elas acabam brigando, discutindo por alguma razão.
Quando elas discutem, Paula consegue pelo menos um pouco da atenção que ela julga ser
necessária.

Como uma mudança de crenças poderia ajudar esta menina? (Entendendo através da verdade
bíblica que ser aceita por Deus é suficiente e que o amor de Deus pode preencher suas
necessidades.)

Paula talvez não possa mudar sua necessidade de ser amada e obter atenção, mas ela
poderia mudar sua crença em relação a isso. Talvez conversando com um cristão mais
experiente, buscando ajuda em meio aos cristãos para ter aconselhamento, etc...

O exemplo de Paula é fictício mas a situação não. Ele serve para nos mostrar que
quando nossas convicções e crenças mudam, ou quando mudamos a perspectiva deles, nossas
atitudes também mudam.

Quando Paula entender isso, muito provavelmente ela se valorizará mais, não entrará
em relacionamentos abusivos, e terá menos propensão a abrir brechas para o pecado nas
áreas relacionadas a amor e sensação de pertencimento.

O fato é que ela ainda talvez sinta-se triste pelo fato da mãe não poder dar atenção
que ela queira, terá que lutar muito para se afastar da sua velha convicção, talvez diariamente.
Mas ao menos ela saberá para que lado ir para se afastar do seu antigo modo de pensar.

Paula estará tentando construir um novo hábito, um bom hábito. Basta lembrar como o
pecado começa: Com maus hábitos.

Normalmente é sempre quando tentamos satisfazer uma necessidade legítima por


conta própria, normalmente com uma sensação boa, mas pecaminosa. E aí começamos a
achar que esta maneira é a maneira correta e agimos assim repetidamente, criando um hábito
mau e pecaminoso.

Que nós possamos evitar isso e largar esses hábitos ruins.

Acreditando em alguém

As crenças erradas sempre serão corrigidas com as verdades bíblicas.

Muitas vezes entramos em crenças erradas por falta de conhecimento bíblico, por não
sabermos a real verdade sobre alguns aspectos. Por exemplo:

1. O mundo diz que conhecer e obedecer aos mandamentos de Deus faz de você um
perdedor fracassado e motivo de chacota, incapaz de ser bem sucedido. (Provérbios 3:
1.4) Olha a verdade bíblica exposta sobre este tema.
2. O mundo diz que Jesus é insensível quanto as nossas fraquezas e que devemos fazer o
que queremos pois Deus é um tirano e que não se importa conosco. (Mateus 4: 1-3) –
Jesus sofreu tentações, sabe de nossas fraquezas, passou fome e sede, Ele entende o
que nós passamos.
3. O sexo é algo impuro, ruim, não devemos falar sobre isso na igreja, não devemos
orientar os jovens pois abordar esse assunto seria incentivar. Resultando em jovens e
adolescentes descobrindo o assunto por si mesmos e muitas vezes caindo em pecado.
A verdade bíblica diz o oposto, como vemos em (Mateus 19:4-6)

Desta forma podemos entender que o sexo é uma parte importante da criação de Deus. A
atitude de Deus é positiva em relação a sexualidade, e a bíblia aborda o assunto de forma
construtiva e não destrutiva, quando as ordens de Deus são seguidas.

4. Trapacear para alcancar as coisas é ser esperto, o mundo é dos espertos. O jeitinho
brasileiro te garante vantagens, diz o mundo. Mas a bíblia diz o oposto em 1
Tessalonicenses 4:6 e 2 coríntios 7:2

Vamos para mais alguns exemplos de como podemos pensar na aplicação do que vimos até
então sobre mudança de crenças e perspectivas.

1. Imagine a situação de um garoto chamado Jairo. Ele precisa de amor e aceitação. Seus
pais se separaram quando ele tinha 7 anos. Seu pai foi embora e ele se sentiu
abandonado, revoltado e desprezado. Ele começou a acreditar que não poderia ser
aceito por ninguém, principalmente as pessoas que se aproximavam dele. Ele criou o
hábito de manter as pessoas longe dele, não confiando em adultos. Ele começou a
usar drogas posteriormente pois sentiu que isso iria ajuda-lo a esquecer desses
sentimentos negativos. Quais convicções corretas poderiam substituir essas crenças
erradas de jairo?

Talvez entender que mesmo que o pai dele não o aceitou, Deus o aceita e o ama. Que Deus
não é homem para mentir, fugir e abandonar ninguém que vá até Ele. Que Deus é um bom pai,
o pai perfeito, ao contrário do pai biológico de Jairo.

2. Imagine agora Catarina, ela é a filha do meio entre 3 filhos. Ela é esquecida, afinal os
pais bajulam muito o filho mais velho, que é o primogênito e protegem muito o mais
novo. Ela não é crescida o suficiente para ter autonomia, e nem nova demais para ser
perdoada quando comete erros. Ela começou a acreditar que ela não é importante
para ninguém, ela acha que precisa de algo a mais para se sentir importante. Ela então
começou a namorar um cara bem mais velho para ser vista com respeito pelas
pessoas. Para não perder o namorado que garante status, criou o hábito de fazer sexo
com o namorado. Ela acha que o preço que ela está pagando pelo status que ela tem
de namorar este rapaz vale a pena. Que crenças corretas poderiam substituir as
crenças erradas de catarina?

Que ela é importante para Deus. Que Deus quer vê-la bem, feliz, e que ela é amada por
Deus e não é esquecida por Ele. Que Ele mandou o próprio filho para morrer por ela e
perdoa-la de seus pecados, tudo isso por amor a Ela.
Conclusão: Agora vamos deixar paula, Jairo e catarina de lado. Vamos voltar para a nossa
realidade. E você? Será que temos convicções erradas que estão nos impedindo de deixar
que Deus cuide das nossas necessidades do jeito Dele? Pensem nisso com carinho,
meditem na aula de hoje quando chegarem em casa, durante a semana, durante a rotina.

Todos temos algo que podemos melhorar, maus hábitos que estão abrindo portas para
tentações e tentações que estão vencendo e abrindo portas para o pecado.

Quando for pensar sobre isso eu sugiro que pensem assim: “Eu tenho um mau hábito
nesse aspecto e me incomoda muito continuar com isso.”

“Acho que a minha necessidade nessa questão é essa.”

“Com respeito a suprir minhas necessidades, eu sempre busquei fazer isso dessa forma.”

“Mas acredito agora que o melhor jeito de satisfazer a minha necessidade é fazendo desta
forma.”

Talvez você até acredite que realmente existe uma forma melhor de agir, uma forma
bíblica, mas talvez essa crença seja apenas mental, esteja apenas na sua mente. Em tiago
2:18-19 podemos ver algo a respeito disso.

Ele está dizendo que entender só na mente não é o que realmente conta, mas sim nossas
ações baseadas no conhecimento e na fé. Uma fé verdadeira resulta em ações e mudança
de vida.

Você escolhe como deve reagir a uma tentação. Uma crença forte sobre como satisfazer
sua necessidade por meio do pecado pode fazer com que essa escolha seja mais difícil,
mas nada tira a escolha de você. É você que escolhe o que fazer.

Que todos possamos fazer a escolha certa, mediante a crença correta.

(oração para finalizar)

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