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Roteiro Júri - Magistrado

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1. Conferência das cédulas jurados.

- De posse das cédulas, o Magistrado diz:


“Dando início a este julgamento, procedo à conferência das cédulas dos 25 jurados
sorteados para esta Sessão do Júri.
Conforme os Srs Jurados forem anunciados, solicito por gentileza que fiquem de pé
e respondam: PRESENTE”.
- Juiz declara a abertura dos trabalhos:
“Havendo o número de jurados necessário, declaro abertos os trabalhos, sessão de
julgamento do Processo nº 0834257-32.2016.8.23.0010”. (nº fictício)
2. Entrada do Réu.
“Solicito à guarnição que conduza o Réu ao interior do Plenário”.
3. Sorteio do Conselho de Sentença.
“Vamos proceder ao sorteio do Conselho de Sentença.
Oriento aos Jurados que os Srs não poderão ter atuado anteriormente em qualquer
fase deste julgamento ou possuir qualquer grau de parentesco com o juiz, os
advogados, os promotores, o réu ou a vítima.
Defesa e Acusação, nesta ordem, se manifestarão sobre a aceitação ou rejeição dos
jurados sorteados”.
- Jurados vão sendo sorteados e juiz procede a chamada dos sorteados. Defesa e
Acusação, nesta ordem, passam à escolha, “rejeitando” ou “aceitando” o jurado:
- Após a escolha de sete jurados, o Magistrado dispensa os jurados não sorteados:
“Agradeço aos demais jurados presentes, os senhores estão dispensados”.
4. Juramento dos jurados.
- Juiz fica de pé e diz:
“Peço aos Jurados que fiquem de pé para que procedam ao juramento.
Senhores Jurados, estendam sua mão direita”.
- Juiz declara o juramento:
“Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir
a vossa decisão, de acordo com a vossa consciência e os ditames da Justiça.
Assim que eu disser o nome do jurado, por favor responda: “ASSIM O
PROMETO”.
- Neste momento Juiz procede a leitura do nome dos 7 jurados sorteados. Após, os Jurados
podem sentar novamente.
5. Juiz determina a entrega da cópia da Sentença de Pronúncia aos Jurados.
“Determino aos Oficiais de Justiça que entreguem aos Jurados cópia das Sentenças
de Pronúncia”.

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6. Juiz faz as orientações aos jurados:
“A partir deste momento os Srs não podem utilizar seus aparelhos celulares,
conversar entre si ou manifestar qualquer expressão em relação aos apontamentos
feitos tanto pela acusação como pela defesa, sob pena de decretação de nulidade
deste Júri. Os Srs poderão fazer perguntas às testemunhas e ao Réu, mas não
diretamente, devendo direcioná-las a mim para eu procedê-las. Entendido?”.
7. Oitiva de testemunhas
“Passaremos agora aos depoimentos das testemunhas”.
- Primeiro as 2 testemunhas de acusação, depois as 2 testemunhas de defesa, sempre nesta
sequência:
(ACUSAÇÃO: Verbena Rodrigues Guimarães e Carlos Endel Sousa Silva / DEFESA:
Carla Brito Silva e Bianca do Nascimento Cavalcante)
(REPETE)
“Sr(a) XXX, o(a) Sr(a) foi arrolado(a) na condição de testemunha neste processo e
passaremos agora ao seu depoimento”.
a. Qualificação:
“Peço que o(a) Sr(a) informe, por gentileza, seu nome completo e a sua profissão”.
“O(a) Sr(a) possui algum grau de parentesco ou amizade íntima com o réu JUAN
GABRIEL LIMA DE SOUSA ou com a vítima SAULO FERNANDES BEZERRA?”
b. Juramento:
“O(a) Sr(a) será ouvido(a) na condição de testemunha, o(a) Sr(a) está
comprometido(a) com o dever de falar a verdade, sob pena de cometer o crime de
falso testemunho. Entendido?”.
c. Questionamento:
“Nós estamos aqui apurando os fatos que aconteceram no dia 27 de maio de 2016,
por volta de 06h00, no posto Caxirimã, localizado na rua Pedro Ademar Bantim, no
Sílvio Botelho, consta que o réu JUAN GABRIEL deste processo retirou a vida da
vítima SAULO FERNANDES, mediante um disparo de arma de fogo. O que o(a)
Sr(a) sabe a respeito destes fatos?”.
d. Passo a palavra à Acusação/Defesa para seus questionamentos.
“Certo, irei passar a palavra agora à Acusação e, em seguida, à Defesa.
Peço que o(a) Sr(a) ouça as perguntas e responda atentamente, relatando o que o(a)
Sr(a) souber.”
“Passo a palavra à Acusação”. / “Passo a palavra à Defesa”.
e. Ao fim das perguntas, o Juiz:
“Agradeço a sua participação, o seu depoimento está encerrado”.

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7. Interrogatório.
“Neste momento passaremos ao interrogatório do Réu.
a. Qualificação.
“Peço que o Sr nos informe:
- “Seu nome completo?”
- “Idade?”
- “Estado civil?”
- “Sua profissão?”
b. Regra de Miranda:
“O Sr na condição de Réu tem o direito de permanecer calado, sem que isso possa
lhe imputar qualquer prejuízo. Tudo bem?
Caso queira, essa é a sua oportunidade de se manifestar e dar sua versão sobre os
fatos. Caso queira confessar, a confissão será considerada como atenuante na sua
sentença, se assim for condenado. Entendido?”.
c. Leitura denúncia (Juiz se limita à leitura da parte fática):
“Passo à leitura da denúncia: Consta contra o Sr, que foi pronunciado pela prática
do art. 121 do Código Penal (matar alguém), com 2 qualificadoras. A acusação fática
contra o Sr é que no dia 27 de maio de 2016, por volta de 06h00, no posto Caxirimã,
localizado na rua Pedro Ademar Bantim, no Sílvio Botelho, o réu JUAN GABRIEL
LIMA DE SOUSA mediante a utilização de uma arma de fogo veio a disparar e
retirou a vida da vítima SAULO FERNANDES BEZERRA”.
“O Sr se declara culpado ou inocente desta acusação?”.
“O Sr pretende dar sua versão a respeito desses fatos?”.
d. Perguntas do juiz:
“Então o Sr pode nos explicar o que aconteceu naquele dia?”.
“O Sr atirou contra a vítima Saulo?”.
e. Perguntas da acusação:
“Passo a palavra à Acusação”.
f. Perguntas da defesa:
“Passo a palavra à Defesa”.
g. Ao fim das perguntas, o Juiz:
“Seu interrogatório está encerrado, agradeço a sua participação”.

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8. Fim da instrução.
a. Sustentação do MP:
“Declaro encerrada a instrução e concedo a palavra à Acusação para se pronunciar
pelo tempo regimental de 20 minutos”.
b. Sustentação da defesa:
“Concedo a palavra à Defesa para se pronunciar pelo tempo regimental de 20
minutos”.
c. Réplica:
“Pergunto à Acusação se fará uso da réplica”.
- Sim, Excelência.
“Terá o tempo regimental de 10 minutos”.
d. Tréplica:
“Pergunto à Defesa se fará uso da tréplica”.
- Sim, Excelência.
“Terá o tempo regimental de 10 minutos”.
9. Julgamento
a. Juiz explica os jurados sobre o procedimento do julgamento.
“Vamos ao julgamento, com a votação dos quesitos.
Cada um dos Srs jurados receberá 2 cédulas, uma contendo a palavra SIM e outra
contendo a palavra NÃO.
Para cada pergunta que eu lhes fizer, os Srs utilizarão apenas uma cédula em
resposta a ela, depositando-a na urna que será passada pela Oficial de Justiça.
Em seguida, será passada uma segunda urna, a chamada urna de descarte, para que
os Srs depositem a cédula que não foi utilizada anteriormente, e assim se preserve o
sigilo da votação de cada um dos Jurados. Alguma dúvida?”
- Vamos proceder à votação”.
1ª PERGUNTA: “No dia 27 de maio de 2016, por volta das 18 horas, no posto
Caxirimã, localizado na rua Pedro Ademar Bantim, no bairro Doutor Silvio Botelho,
nesta Capital, a vítima SAULO FERNANDES BEZERRA, foi atingida por um
disparo de arma de fogo, sendo a causa suficiente de sua morte, conforme laudo de
exame de cadavérico, constante no EP. 167.1?”
“Peço à assessoria que passe a urna para a resposta dos Jurados”.
Ao fim, o Juiz procede a contagem dos votos:
“Vamos à contagem dos votos:
- 1ª Resposta: SIM/NÃO” (...)

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- Caso haja 4 respostas SIM, o juiz encerra a contagem desse quesito e passa à próxima
pergunta:
“Passo à próxima pergunta”.
2ª PERGUNTA: “O acusado RUAN GABRIEL LIMA DE SOUSA é autor do
disparo de arma de fogo, causando lesões na vítima SAULO FERNANDES
BEZERRA?”
“Peço à assessoria que passe a urna para a resposta dos Jurados”.
Ao fim, o Juiz procede a contagem dos votos:
“Vamos à contagem dos votos:
- 1ª Resposta: SIM/NÃO” (...)
- Caso haja 4 respostas SIM, o juiz encerra a contagem desse quesito e passa à próxima
pergunta:
“Passo à próxima pergunta”.
“Neste momento, caso os Srs depositem a cédula com a palavra SIM, por qualquer
motivo ou por uma questão de convicção, significará que estarão absolvendo o Réu.
Caso entendam que o Réu deverá ser condenado, deverão depositar a cédula com a
palavra NÃO. Entendido?”
3ª PERGUNTA: “O Jurado absolve o acusado JUAN GABRIEL LIMA DE
SOUSA?”
“Peço à assessoria que passe a urna para a resposta dos Jurados”.
Ao fim, o Juiz procede a contagem dos votos:
“Vamos à contagem dos votos:
- 1ª Resposta: SIM/NÃO” (...)
- Caso haja 4 respostas SIM, o juiz afirma que os Jurados decidiram absolver o Réu e
encerra o julgamento:
“Os Jurados, portanto, absolveram o Réu. Está encerrado o julgamento”.
Caso haja 4 respostas NÃO, o juiz afirma que os Jurados decidiram não absolver o Réu e
passa a analisar as circunstâncias qualificadoras:
“Uma vez que o Réu não foi absolvido, passaremos aos próximos quesitos, a respeito
da existência ou não das circunstâncias qualificadoras imputadas a ele”.
“A Acusação atribui ao Réu a existência de duas qualificadoras: a primeira a
respeito da prática do homicídio por motivo fútil e a segunda a respeito do recurso
que dificultou a defesa do ofendido. Entendido? Passemos às perguntas”.
4ª PERGUNTA: “O crime foi cometido por motivo fútil, uma vez que o fato foi em
decorrência de desentendimento anterior por causa de uma mulher?”

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“Caso os Srs entendam que o crime foi praticado por motivo fútil, deverão votar
SIM. Se entenderem que esta circunstância qualificadora não está presente, deverão
votar NÃO. Podem votar”.
“Peço à assessoria que passe a urna para a resposta dos Jurados”.
Ao fim, o Juiz procede a contagem dos votos:
“Vamos à contagem dos votos:
- 1ª Resposta: SIM/NÃO (...)
- Ao fim, Juiz declara o resultado da votação da qualificadora:
“Os Jurados entendem que o crime foi praticado/não foi praticado por motivo fútil.
- Juiz inicia a votação da segunda qualificadora:
5ª PERGUNTA: “O crime foi cometido com recurso que dificultou a defesa do
ofendido, uma vez que a vítima foi surpreendida pelo acusado, sem qualquer chance
de defesa?”
“Caso os Srs entendam que o crime foi praticado com recurso que dificultou a defesa
do ofendido, deverão votar SIM. Se entenderem que esta circunstância qualificadora
não está presente, deverão votar NÃO. Podem votar”.
“Peço à assessoria que passe a urna para a resposta dos Jurados”.
Ao fim, o Juiz procede a contagem dos votos:
“Vamos à contagem dos votos:
- 1ª Resposta: SIM/NÃO (...)”
- Ao fim, Juiz declara o resultado da votação da qualificadora:
“Os Jurados entendem que o crime foi praticado/não foi praticado com recurso que
dificultou a defesa do ofendido”.
10. Resultado: Por fim, Juiz anuncia o resultado:
“Conforme o veredito dos jurados, o autor foi considerado/não foi considerado autor
do crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil e com recurso que dificultou a
defesa do ofendido (ou não)”.
Juiz solicita que todos os presentes se levantem para a leitura da Sentença:
“Peço a todos que se levantem para a leitura da sentença”.

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SENTENÇA
HOMICÍDIO SIMPLES (art. 121 do CP)
O Egrégio Conselho de Sentença, na votação dos quesitos propostos, entendeu que
o Réu JUAN GABRIEL LIMA DE SOUSA deve ser condenado, dando incurso na
pena do art. 121 do Código Penal.
Na 1ª FASE, aquilatadas as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, denota-
se que a culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, motivos,
circunstâncias, consequências e o comportamento da vítima, não serão causas para
valoração negativa.
O delito de homicídio simples comporta uma reprimenda que flutua entre 6 a 20 anos de
reclusão. Sendo favoráveis as circunstâncias judiciais acima pontuadas, fixo a pena-base
no mínimo legal em 6 anos de reclusão.
Na 2ª FASE, não incidem circunstâncias agravantes, todavia, denota-se a incidência da
circunstância atenuante da confissão espontânea prevista no art. 65, III, alínea “d”, do
Código Penal, haja visto a confissão do acusado em seu interrogatório, razão pela qual
mantenho pena provisória em 6 anos de reclusão, por ser inviável fixar-lhe abaixo,
nesta fase, em observância ao teor da Súmula 231 do STJ.
Na 3ª FASE, à míngua de causas de diminuição ou aumento, fixo a pena definitiva em
6 anos reclusão.
Observadas a quantidade de pena, reincidência, assim como os critérios previstos no art.
59 do CP, considerando por si a quantidade da pena, por ser superior a 4 anos e que não
excede a 8 anos, deve ser aplicado o regime inicial semi-aberto, na forma do art. 33, §
2º, alínea “b”, do Código Penal.
DECLARO ENCERRADA A SESSÃO.

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SENTENÇA
HOMICÍDIO QUALIFICADO POR MOTIVO FÚTIL (art. 121, § 2º,
II, do CP)
O Egrégio Conselho de Sentença, na votação dos quesitos propostos, entendeu que
o Réu JUAN GABRIEL LIMA DE SOUSA deve ser condenado, dando incurso na
pena do art. 121, § 2º, II, do Código Penal.
Na 1ª FASE, aquilatadas as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, denota-
se que a culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, motivos,
circunstâncias, consequências e o comportamento da vítima, não serão causas para
valoração negativa.
O delito de homicídio qualificado comporta uma reprimenda que flutua entre 12 a 30 anos
de reclusão. Sendo favoráveis as circunstâncias judiciais acima pontuadas, fixo a pena-
base no mínimo legal em 12 anos de reclusão.
Na 2ª FASE, não incidem circunstâncias agravantes, todavia, denota-se a incidência da
circunstância atenuante da confissão espontânea prevista no art. 65, III, alínea “d”, do
Código Penal, haja visto a confissão do acusado em seu interrogatório, razão pela qual
mantenho pena provisória em 12 anos de reclusão, por ser inviável fixar-lhe abaixo,
nesta fase, em observância ao teor da Súmula 231 do STJ.
Na 3ª FASE, à míngua de causas de diminuição ou aumento, fixo a pena definitiva em
12 anos reclusão.
Observadas a quantidade de pena, reincidência, assim como os critérios previstos no art.
59 do CP, considerando por si a quantidade da pena, por ser superior a 8 anos, deve ser
aplicado o regime inicial fechado, na forma do art. 33, § 2º, alínea “a”, do Código Penal.
DECLARO ENCERRADA A SESSÃO.

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SENTENÇA
HOMICÍDIO QUALIFICADO POR RECURSO QUE DIFICULTOU
A DEFESA DO OFENDIDO (art. 121, § 2º, IV, do CP)
O Egrégio Conselho de Sentença, na votação dos quesitos propostos, entendeu que
o Réu JUAN GABRIEL LIMA DE SOUSA deve ser condenado, dando incurso na
pena do art. 121, § 2º, IV, do Código Penal.
Na 1ª FASE, aquilatadas as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, denota-
se que a culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, motivos,
circunstâncias, consequências e o comportamento da vítima, não serão causas para
valoração negativa.
O delito de homicídio qualificado comporta uma reprimenda que flutua entre 12 a 30 anos
de reclusão. Sendo favoráveis as circunstâncias judiciais acima pontuadas, fixo a pena-
base no mínimo legal em 12 anos de reclusão.
Na 2ª FASE, não incidem circunstâncias agravantes, todavia, denota-se a incidência da
circunstância atenuante da confissão espontânea prevista no art. 65, III, alínea “d”, do
Código Penal, haja visto a confissão do acusado em seu interrogatório, razão pela qual
mantenho pena provisória em 12 anos de reclusão, por ser inviável fixar-lhe abaixo,
nesta fase, em observância ao teor da Súmula 231 do STJ.
Na 3ª FASE, à míngua de causas de diminuição ou aumento, fixo a pena definitiva em
12 anos reclusão.
Observadas a quantidade de pena, reincidência, assim como os critérios previstos no art.
59 do CP, considerando por si a quantidade da pena, por ser superior a 8 anos, deve ser
aplicado o regime inicial fechado, na forma do art. 33, § 2º, alínea “a”, do Código Penal.
DECLARO ENCERRADA A SESSÃO.

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SENTENÇA
HOMICÍDIO QUALIFICADO POR MOTIVO FÚTIL E POR
RECURSO QUE DIFICULTOU A DEFESA DO OFENDIDO (art. 121,
§ 2º, II e IV, do CP)
O Egrégio Conselho de Sentença, na votação dos quesitos propostos, entendeu que
o Réu JUAN GABRIEL LIMA DE SOUSA deve ser condenado, dando incurso na
pena do art. 121, § 2º, II e IV, do Código Penal.
Na 1ª FASE, aquilatadas as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, denota-
se que a culpabilidade, antecedentes, conduta social, personalidade, motivos,
circunstâncias, consequências e o comportamento da vítima, não serão causas para
valoração negativa.
O delito de homicídio qualificado comporta uma reprimenda que flutua entre 12 a 30 anos
de reclusão. Sendo favoráveis as circunstâncias judiciais acima pontuadas, fixo a pena-
base no mínimo legal em 12 anos de reclusão.
Na 2ª FASE, desloco a qualificadora por motivo fútil em razão da pluralidade de
qualificadoras, assim como denota-se a incidência da circunstância atenuante da
confissão espontânea prevista no art. 65, III, alínea “d”, do Código Penal, haja visto a
confissão do acusado em seu interrogatório, razão pela qual são preponderantes e,
portanto, são compensadas, sendo assim, mantenho a pena intermediária de 12 anos
de reclusão.
Na 3ª FASE, à míngua de causas de diminuição ou aumento, fixo a pena definitiva em
12 anos reclusão.
Observadas a quantidade de pena, reincidência, assim como os critérios previstos no art.
59 do CP, considerando por si a quantidade da pena, por ser superior a 8 anos, deve ser
aplicado o regime inicial fechado, na forma do art. 33, § 2º, alínea “a”, do Código Penal.
DECLARO ENCERRADA A SESSÃO.

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