A Pena No Estado Democratico de Direito
A Pena No Estado Democratico de Direito
A Pena No Estado Democratico de Direito
teleológica
Shymene Silva Queiroz
1. Introdução
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 instituiu, em seu art. 1º, o
Estado Democrático de Direito e, a pena, por ser uma manifestação do direito de punir
estatal, deve observar os seus fundamentos e princípios decorrentes. No presente
trabalho, a partir de fontes normativas e doutrinárias, será feita uma breve análise
conceitual acerca da pena, com ênfase nos princípios constitucionais que lhe são
aplicáveis e, também, sem desprezar os fins atribuídos a tal instituto, com vistas a
compatibilizar a intervenção penal com a ordem constitucional.
2. Conceito
A pena é uma das espécies de sanção penal, assim como a medida de segurança,
consistente em uma manifestação do direito de punir do Estado. Isso porque quando é
imposta uma pena, restringe-se a esfera jurídica do autor de um fato definido legalmente
como crime, após o trâmite do devido processo legal.
Desse modo, uma vez transgredida uma norma de direito penal objetivo, surge para o
Estado o direito subjetivo de punir[2], o qual culmina com a aplicação/execução de uma
pena cominada no preceito secundário do fato delituoso cometido.
Aníbal Bruno[3] explica que a pena, em seu sentido propriamente jurídico, é uma resposta
que uma comunidade organizada politicamente dá a um fato transgressor de normas
fundamentais à sua estrutura e, portanto, tais fatos são definidos pela lei como delituosos.
Segundo o autor, essa reação “aparece com os primeiros agregados humanos. Violenta e
impulsiva nos primeiros tempos, exprimindo o sentimento natural de vingança do ofendido
ou a revolta de toda a comunidade social, ela se vai disciplinando com o progresso da
cultura, abandonando os seus apoios extrajurídicos e tomando o sentido de uma
instituição de Direito posta nas mãos do poder público para a manutenção da ordem e
segurança social.”
De acordo com Luiz Regis Prado[4], a pena, ao lado da medida de segurança, é uma das
consequências jurídico-penais do delito e “consiste na privação ou restrição de bens
jurídicos, com lastro na lei, imposta pelos órgãos jurisdicionais competentes ao agente de
uma infração penal.”[5] Uma observação: desse conceito, visualiza-se os seguintes
princípios constitucionais: legalidade, juiz natural, devido processo legal, os quais
guardam estreita relação com o direito penal e processual penal como um todo.
Portanto, tem-se que a pena é uma consequência natural (e jurídica) do delito, imposta
pelo Estado, quando do cometimento de um fato típico, antijurídico e culpável, após a
devida persecução criminal, devendo esta, num Estado Democrático de Direito, se dar de
acordo com os ditames da Constituição da República Federativa do Brasil, conforme
explica Rogério Greco[6]
No Brasil, assim como na maioria dos países subdesenvolvidos, a pena foi eleita como o
principal instrumento de controle social do crime e da criminalidade, ou seja, conforme
explica Juarez Cirino dos Santos, a Política Criminal não se orienta por “[...] políticas
públicas de emprego, salário digno, escolarização, moradia, saúde e outras medidas
complementares, como programas oficiais capazes de alterar ou reduzir condições sociais
adversas da população marginalizada do mercado de trabalho e dos direitos da cidadania,
definíveis como determinações estruturais do crime e da criminalidade; por isso, o que
deveria ser a política criminal do Estado, existe, de fato, como simples Política Penal
instituída pelo Código Penal e leis complementares [...]”[7]
Esse autor ainda continua tal raciocínio, com o qual concordamos, explicando que essa
política penal realizada pelo Direito Penal brasileiro legitima-se pela teoria da pena, a qual
se sustenta como uma retribuição do crime e prevenção da criminalidade.
Destarte, pode ser afirmado que a pena é uma consequência jurídica do delito, imposta
pelo Estado, no exercício de seu direito de punir, ao autor de fato típico, ilícito e culpável,
após o trâmite do devido processo legal, com todas as suas garantias que lhe são
inerentes.
3. Princípios
O art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 consagrou
expressamente o Estado Democrático de Direito e arrolou, como fundamentos, a
soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e
da livre iniciativa e o pluralismo político.
Na concepção de Estado Democrático de Direito estão inclusas as noções de Estado
Liberal e Estado Social, as quais se complementam, formando um novo conteúdo, “não
como simples reunião formal dos respectivos elementos, porque, em verdade, revela um
conceito novo que os supera, na medida em que incorpora um componente revolucionário
de transformação do status quo.”[8].
Nessa vertente, o Estado Liberal, oriundo de movimentos burgueses e de independência,
está relacionado ao Estado de Direito, este se baseia na submissão do Estado à lei, na
divisão dos poderes e em garantias dos direitos individuais. Assim, seria possível proteger
os cidadãos contra as arbitrariedades estatais. De acordo com Sérgio Salomão Shecaira
e Alceu Corrêa Júnior[9]: “o conceito de Estado Liberal tem como corolário a busca de
garantias formais ao indivíduo pelo Estado de Direito. No campo do Direito Penal,
portanto, importa ressaltar que os princípios do Estado Liberal implicam programas de
descriminalização e redução da intervenção punitiva estatal.”
Em outro norte, o Estado Social, que surgiu como uma resposta ao individualismo do
Estado Liberal, se baseia na necessidade de conceder aos cidadãos bens materiais, de
modo que sejam diminuídas as desigualdades sociais existentes, ou seja, é almejada uma
justiça social. Nesse modelo de Estado, o Direito Penal deve se voltar à criminalização de
condutas transgressoras de bens jurídicos sociais e coletivos, conforme se segue: “O
Direito Penal democrático, influenciado por princípios inerentes ao Estado Social, por
outro lado, deve considerar tais desigualdades, procedendo a uma criminalização de
condutas de forma mais igualitária e coerente com os objetivos sociais pretendidos […]”
[10]
Desse quadro, denota-se que se acaso o sistema penal se constitui de proibições, ou
seja, se, com vistas a garantir a liberdade dos cidadãos, são previstas condutas das quais
terão de se abster, resta configurado o Estado Liberal. Por outro lado, se o sistema
também prevê prestações positivas, as quais defendem os direitos sociais, está
configurado o Estado Social.[11]
A partir disso, percebe-se que o Direito Penal do Estado Democrático de Direito, além de
estar consoante à CRFB, deve se constituir em um sistema de garantias, de modo a
harmonizar a liberdade (Estado Liberal) e o poder estatal (Estado Social) e, assim, banir
as arbitrariedades. Nesse sentido: “O castigo penal apenas pode surgir da aplicação de
um modelo que exclua a arbitrariedade tanto do legislador no processo de criação da
norma, como a do juiz em sua aplicação. Por isso os processos de criminalização, isto é,
de criação e aplicação da norma penal, devem cumprir condições de validade
democrática”.[12]
Decorre de tal concepção o movimento do garantismo penal, o qual se resume em um
sistema fundado no “máximo grau de tutela dos direitos e na fiabilidade do juízo e da
legislação, limitando o poder punitivo e garantindo a(s) pessoa(s) contra qualquer tipo de
violência arbitrária, pública ou privada.” [13]
Nesse mesmo sentido, Antônio Luís Chaves Camargo[14] afirma que “há uma relação
estreita entre o Direito Penal e a Constituição Federal, pois nesta se encontram os
princípios fundamentais que devem ser levados em consideração por todo o sistema
jurídico-penal. As normas penais são criadas como garantidoras da ordem social, e, por
limitar o direito à liberdade e ao desenvolvimento da personalidade das pessoas, têm, nos
direitos fundamentais, os limites desta intervenção do Estado.”
Esse sistema penal capaz de harmonizar liberdade e poder é constituído por princípios
constitucionais de Direito Penal, os quais serão analisados a seguir, com ênfase nos
princípios aplicáveis à pena. O ponto de partida do modelo garantista é o princípio da
legalidade.
5 Conclusão
Ante todo o exposto, constata-se que a pena, como uma manifestação do jus puniendi
estatal, deve ter como fins a proteção da confiança nas normas, a proteção subsidiária de
bens jurídicos e a ressocialização do condenado, e orientar-se conforme os princípios da
legalidade, da pessoalidade, da proporcionalidade, da humanidade, da individualização e
da culpabilidade e, assim, estará consoante ao Estado Democrático de Direito instituído
pela CRFB/88.
Referências bibliográficas:
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SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 26 ed. São Paulo:
Malheiros, 2006.
Notas
[1] Trabalho realizado sob a orientação da Professora Simone Silva Prudêncio
[2] Nesse sentido, Sérgio Salomão Shecaira e Alceu Corrêa Júnior (em Teoria da Pena:
finalidades, direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo:
RT, 2002. p. 125), mencionando os ensinamentos de José Frederico Marques (Elementos
de Direito Processual Penal, São Paulo: Forense, 1961, vol. 1, p. 9) e Bustos Ramírez e
Hernán Malarée (Lecciones de derecho penal, Madrid: Trotta, 1997, v.I, p. 64)
[3] BRUNO, Aníbal. Das Penas. 4 ed. Rio de Janeiro: Rio, 1976. p. 10.
[4] REGIS PRADO, Luiz. Curso de direito penal brasileiro: parte geral - arts. 1º a 120. 7 ed.
São Paulo: RT, 2007. p. 538.
[5] MASSON, Cleber. Direito Penal: parte geral esquematizado. 2. ed. São Paulo: Método,
2009. p. 514.
[6] GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral. 9 ed. Niterói: Impetus, 2007. v.1
p. 485.
[7] CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Direito penal: parte geral. 2 ed. Curitiba: ICPC; Lumen
Juris, 2007. p. 454.
[8] SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 26 ed. São Paulo:
Malheiros, 2006. p. 112.
[9] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 51.
[10] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 52.
[11] op. cit. p. 52.
[12] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 53.
[13] CARVALHO, Amilton Bueno; CARVALHO, Salo. Aplicação da pena e garantismo. 3 ed.
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2004. p. 20.
[14] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas, dogmática jurídico-penal e
política criminal. São Paulo: Cultural Paulista, 2002. p. 29.
[15] GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral. 9 ed. Niterói: Impetus, 2007. v.1
p. 19.
[16] Citado por LOPES, Maurício Antônio Ribeiro. Princípio da legalidade penal. São Paulo:
RT, 1994. v. 1. p. 42.
[17] op. cit. p. 42.
[18] BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Trad. Torrieri Guimarães. São Paulo:
Martin Claret, 2007. p. 107.
[19] LOPES, Maurício Antônio Ribeiro. Princípio da legalidade penal. São Paulo: RT, 1994.
v. 1. p. 54.
[20] op. cit. p. 55.
[21] LOPES, Maurício Antônio Ribeiro. Princípio da legalidade penal. São Paulo: RT, 1994.
v. 1. p. 22.
[22] Citado por LOPES, Maurício Antônio Ribeiro. Princípio da legalidade penal. São Paulo:
RT, 1994. v. 1. p. 30.
[23] Em Revision der Grundsätze und Grundbegriffe des positiven peinlichen Rechts, 1799,
p. 45 ss. citado por BACIGALUPO, Enrique. Direito penal: parte geral. Trad. André Estefam.
Revisão, prólogo e notas de Edilson Mougenot Bonfim. São Paulo: Malheiros, 2005. p. 87.
[24] NUCCI, Guilherme de Souza Nucci. Código penal comentado. 7. ed. São Paulo: RT,
2007. p. 47.
[25] op. cit. p. 47.
[26] Formulação correntemente atribuída a Feuerbach, conforme ressaltam Juarez Cirino
dos Santos (em Direito penal: parte geral. 2 ed. Curitiba: ICPC; Lumen Juris, 2007. p. 20) e
Guilherme de Souza Nucci (em Código penal comentado. 7. ed. São Paulo: RT, 2007. p.
47).
[27] BACIGALUPO, Enrique. Direito penal: parte geral. Trad. André Estefam. Revisão,
prólogo e notas de Edilson Mougenot Bonfim. São Paulo: Malheiros, 2005. p. 88.
[28] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 77.
[29] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 77.
[30] op. cit. p. 77.
[31] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 78-79.
[32] CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Direito penal: parte geral. 2 ed. Curitiba: ICPC; Lumen
Juris, 2007. p. 20.
[33] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 67.
[34] DOTTI, René Ariel. Bases e alternativas para o sistema de penas. Curitiba: Lítero-
técnica, 1980. p. 160.
[35] DOS SANTOS, Juarez. Direito penal: parte geral. 2 ed. Curitiba: ICPC; Lumen Juris,
2007. p. 31-32.
[36] op. cit. 79.
[37] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 81.
[38] BATISTA, Nilo. et al. Direito penal brasileiro. citado por GRECO, Rogério. Curso de
direito penal: parte geral. 9 ed. Niterói: Impetus, 2007. v.1. p. 81.
[39] MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. Fundamentos da pena. 2 ed. São Paulo: WMF
Martins Fontes, 2008. p. 78
[40] INSTITUTO ANTONIO HOUAISS. Dicionário eletrônico Houaiss. Versão 3.0. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2009.
[41] NUCCI, Guilherme de Souza Nucci. Código penal comentado. 7. ed. São Paulo: RT,
2007. p. 42
[42] SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 26 ed. São Paulo:
Malheiros, 2006. p. 105.
[43] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 86.
[44] DOTTI, René Ariel. Bases e alternativas para o sistema de penas. Curitiba: Lítero-
técnica, 1980. p. 102
[45] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 87.
[46] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 88.
[47] FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. Trad. Ana Paula Zomer
Sica; Fauzi Hassan Choukr; Juarez Tavares; Luiz Flávio Gomes. 2 ed. São Paulo: RT, 2006.
p. 366.
[48] BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Trad. Torrieri Guimarães. São Paulo:
Martin Claret, 2007. p. 70.
[49] CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Direito penal: parte geral. 2 ed. Curitiba: ICPC; Lumen
Juris, 2007. p. 26
[50] op. cit. p. 27.
[51] op. cit. p. 27.
[52] CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Direito penal: parte geral. 2 ed. Curitiba: ICPC; Lumen
Juris, 2007. p. 28.
[53] NUCCI, Guilherme de Souza Nucci. Código penal comentado. 7. ed. São Paulo: RT,
2007. p. 45.
[54] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 59.
[55] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 82.
[56] op. cit. p. 82.
[57] Luiz Regis Prado (em Curso de direito penal brasileiro: parte geral - arts. 1º a 120. 7
ed. São Paulo: RT, 2007. p. 145) aduz que, da redação desse dispositivo, “deve existir uma
medida de justo equilíbrio – abstrata (legislador) e concreta (juiz) – entre a gravidade do
fato praticado e a sanção imposta.”
[58] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 83.
[59] GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte geral. 9 ed. Niterói: Impetus, 2007. v.1.
p. 71.
[60] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 83.
[61] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 85.
[62] Nesse sentido: Rogério Greco (em Curso de direito penal: parte geral. 9 ed. Niterói:
Impetus, 2007. v.1. p. 89-90), Luiz Regis Prado (em Curso de direito penal brasileiro: parte
geral - arts. 1º a 120. 7 ed. São Paulo: RT, 2007. p. 139) e Sérgio Salomão Shecaira e Alceu
Corrêa Júnior (em Teoria da Pena: finalidades, direito positivo, jurisprudência e outros
estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002. p. 90).
[63] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 89.
[64] Aqui será utilizada a explicação de Rogério Greco (em Curso de direito penal: parte
geral. 9 ed. Niterói: Impetus, 2007. v.1. p. 90-92).
[65] REGIS PRADO, Luiz. Curso de direito penal brasileiro: parte geral - arts. 1º a 120. 7
ed. São Paulo: RT, 2007. p. 139-140.
[66] Nesse sentido, SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da
Pena: finalidades, direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São
Paulo: RT, 2002. p.124.
[67] Nesse sentido, Sérgio Salomão Shecaira e Alceu CORRÊA Júnior (em Teoria da
Pena..., p. 125), mencionando os ensinamentos de José Frederico Marques (Elementos de
Direito Processual Penal, São Paulo: Forense, 1961, vol. 1, p. 9) e Bustos Ramírez e
Hernán Malarée (Lecciones de derecho penal, Madrid: Trotta, 1997, v.I, p. 64).
[68] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 129.
[69] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas, dogmática jurídico-penal e
política criminal. São Paulo: Cultural Paulista, 2002. p. 38.
[70] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 130.
[71] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas, dogmática jurídico-penal e
política criminal. São Paulo: Cultural Paulista, 2002. p. 38.
[72] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas, dogmática jurídico-penal e
política criminal. São Paulo: Cultural Paulista, 2002. p. 39.
[73] op. cit. p. 40.
[74] op. cit. p. 40-41. SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da
Pena: finalidades, direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São
Paulo: RT, 2002. p. 130.
[75] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 130.
[76] Essa crítica foi tecida por Claus Roxin (Problemas fundamentais de direito penal, 3 ed.,
trad. Ana Paula dos Santos, Luís Natscheradetz et al. Lisboa, veja, 1998, p. 19) citado por
SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria..., p. 130.
[77] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas, dogmática jurídico-penal e
política criminal. São Paulo: Cultural Paulista, 2002. p. 44.
[78] CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Direito penal: parte geral. 2 ed. Curitiba: Lumen Juris,
2007. p. 457.
[79] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas, dogmática jurídico-penal e
política criminal. São Paulo: Cultural Paulista, 2002. p. 45.
[80] REGIS PRADO, Luiz. Curso de direito penal brasileiro: parte geral – arts. 1º a 120. 7
ed. São Paulo: RT, 2007. p. 541.
[81] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas, dogmática jurídico-penal e
política criminal. São Paulo: Cultural Paulista, 2002. p. 45.
[82] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas, dogmática jurídico-penal e
política criminal. São Paulo: Cultural Paulista, 2002. p. 46.
[83] op. cit. p. 47.
[84] MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. Fundamentos da pena. 2 ed. São Paulo: WMF
Martins Fontes, 2008. p. 137.
[85] op. cit. p. 141.
[86] CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Direito penal: parte geral. 2 ed. Curitiba: Lumen Juris,
2007. p. 461.
[87] CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Direito penal: parte geral. 2 ed. Curitiba: Lumen Juris,
2007. p. 461 menciando ROXIN (Strafrecht, 1997, §3, n. 32, p. 52-53).
[88] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas, dogmática jurídico-penal e
política criminal. São Paulo: Cultural Paulista, 2002. p. 49.
[89] op. cit. p. 51-52.
[90] PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro: parte geral – arts. 1º a 120. 7 ed.
São Paulo: RT, 2007. p. 542.
[91] MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. Fundamentos da pena. 2 ed. São Paulo: WMF
Martins Fontes, 2008. p. 141.
[92] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas... p. 52-53, mencionando
Winfried Hassemer (Fundamientos de Derecho Penal, p. 393)
[93] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas... p. 54,mencionando Claus
Roxin (“Sentido e limites da pena estatal”. Problemas fundamentais de direito penal. Trad.
de Ana Paula S. L. Natscheradetz. Coimbra: Veja Editora, 1974. p. 26-29)
[94] MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. Fundamentos da pena. 2 ed. São Paulo: WMF
Martins Fontes, 2008. p. 144.
[95] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas..., p. 55-56.
[96] MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. Fundamentos da pena. 2 ed. São Paulo: WMF
Martins Fontes, 2008. p. 142-143.
[97] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas..., p. 57.
[98] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena: finalidades,
direito positivo, jurisprudência e outros estudos de ciência criminal. São Paulo: RT, 2002.
p. 133.
[99] CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Direito penal: parte geral. 2 ed. Curitiba: Lumen Juris,
2007. p. 459.
[100] op. cit. p. 459.
[101] CHAVES CAMARGO, Antônio Luís. Sistema de penas..., p. 61.
[102] op. cit. p. 61.
[103] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena... p. 133.
[104] CIRINO DOS SANTOS, Juarez. Direito penal:...p. 458.
[105] PRADO, Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro: parte geral – arts. 1º a 120. 7
ed. São Paulo: RT, 2007. p. 548.
[106] op. cit. p. 550.
[107] SHECAIRA, Sérgio Salomão; CORRÊA JÚNIOR, Alceu. Teoria da Pena... p. 134.