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6 Resumo

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Discente: Daniele Pereira Rodrigues

Docente: André Telles do Rosário


Disciplina: Teoria Literária 2018.2
LIVRO BASE: TEORIA LITERÁRIA – JONATHAN CULLER

VI RESUMO

“NARRATIVA”

Em sua obra “Teoria Literária: uma introdução”, no capítulo seis, Jonathan


Culler, faz uma reflexão sobre diversos questionamentos acerca da formação da
identidade dentro da narrativa literária. O autor começa comentando de como a
literatura era vista. E como ela era vista?

A literatura, era tida como um romance, o qual era bem próximo da biografia ou
da crônica para ser literário, uma forma popular que não poderia aspirar às altas
vocações da poética lírica e épica. No século XX, o que interessava no romance? Tanto
a maneira de como os escritores escrevem, como o que os leitores leem e desde os anos
60, a narrativa passou a dominar a educação literária.

Jonathan Culler, relata que uma das contribuições da narrativa literária teria sido
a construção da identidade de leitores, através das abordagens de diferentes pontos de
vistas, com os quais os leitores se identificariam e se reconheceriam. Podemos dizer que
essa característica da narrativa é algo inato, por exemplo, em seu livro faz uma
comparação utilizando a competência das crianças, muito cedo elas desenvolvem uma
competência narrativa básica, exigindo histórias, elas sabem quando estamos tentando
engana-las, parando antes de chegar ao final da história. Dessa maneira, surgem as
seguintes pautas: o que sabemos implicitamente sobre a configuração das histórias que
nos fazem diferenciar entre uma história que acaba adequadamente e uma que não o
faz, em que as coisas são deixadas penduradas? De acordo com o seu livro, a teoria da
narrativa poderia então ser concebida como uma tentativa de explicar detalhadamente,
torna explicita essa competência narrativa, assim como a linguística é uma tentativa de
torna explicita a competência linguística, o que os falantes de uma língua sabem
inconscientemente ao saber uma língua; “A teoria aqui pode ser concebida como uma
exposição de uma compreensão ou conhecimento cultural intuitivo” (pág.85).

O autor relata que há 3 níveis na narrativa que são os acontecimentos, enredo ou


história e o discurso, onde há oposição entre acontecimentos e enredo e entre história
do discurso. O enredo se trata do que é apresentado para o leitor, a partir de certo ponto
de vista pelo discurso, onde ocorre diferentes concepções de uma mesma história,
podemos então dizer que a partir desses pontos de vista de cada leitor, é que se constrói
o enredo. A distinção básica da narrativa, portanto, é entre enredo e apresentação,
história e discurso. O leitor compreende identificando a história e depois vê o texto
como uma apresentação específica daquela historia. Ele destaca que: “(...) identificando
o que acontece somos capazes de pensar no resto do material verbal como sendo a
maneira de retratar o que ocorre" (pág.87). A partir daí, podemos perguntar que tipo de
apresentação foi escolhida e que diferença faz. Culler, aborda algumas questões chave
para identificar uma variação significativa, a qual é crucial para os efeitos das
narrativas; são elas quem fala? Toda narrativa precisa de um narrador, que pode ou não
ser um personagem dentro dela. Quem fala pra quem? Os leitores inferem a partir do
texto um narrador, uma voz que fala. Quem fala quando? A narração pode estar situada
na época em que os eventos ocorre uma retrospectiva. Quem fala que linguagem? As
vozes das narrativas podem ter sua própria linguagem distintiva, na qual narram tudo na
história, ou podem adotar e relatar a linguagem de outros. Quem fala com que
autoridade? Narrar uma história é reivindica uma certa autoridade, que os ouvintes
concebem, hesitando sobre como conta-la ou até mesmo o fato que pode determinar o
final da história. Quem vê? As discussões sobre a narrativa frequentemente falam do
ponto de vista a partir da qual uma história é contata. Dentre essa variante, há outras
como, temporal, distância e velocidade, limitações de conhecimento.

Contudo, as narrativas fornecem uma modalidade de critica social, expõe a


difícil situação dos oprimidos, em histórias que convidam os leitores a ver certas
situações intoleráveis permitindo sentir aquilo que está escrito e em oculto. É uma
estrutura retórica que produz a ilusão de perspicácia e uma busca de sentido a nossa
disposição que muitas vezes é baseado em fatos reais, narrativas que escrevem aquilo
que ocorre dentro de uma sociedade.

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