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Relatorio TCC Análise Do Rio Cotia

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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC RAPOSO TAVARES


TÉCNICO DE QUÍMICA

ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DO RIO


COTIA – COTIA, SÃO PAULO

Aderley Ricardo
Felipe Silva Oliveira de Freitas
Vinícius Soutelo Noseda

SÃO PAULO
2024
Aderley Ricardo
Felipe Silva Oliveira de Freitas
Vinícius Soutelo Noseda

ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLOGICA DO RIO


COTIA – COTIA, SÃO PAULO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao curso de Técnico em
Química em 2024 da ETEC Raposo
Tavares, orientado pela professora Renata
Pinho como requisito parcial para a
obtenção do título de Técnico em Química.

SÃO PAULO
2024
SUMÁRIO
1. Introdução......................................................................................... 6

2. Objetivos........................................................................................... 7

2.1 Objetivo geral.............................................................................7

2.2 Objetivos específicos.................................................................7

3. Referencial teorico.............................................................................8

3.1 Água no Brasil............................................................................8

3.1.1 Disponibilidade da água.........................................................8

3.1.2 Acesso a água no Brasil.........................................................8

3.2 Água no Estado de São Paulo...................................................8

3.2.1 Disponibilidade da água em São Paulo..................................8

3.2.2 Acesso a Água em São Paulo................................................9

3.3 Água no Município de Cotia.......................................................9

3.3.1 Características do Rio Cotia...................................................9

3.3.2 Tratamento da Água do Rio Cotia........................................10

3.4 Legislação Hídrica no Brasil.....................................................10

3.4.1 Política Nacional das Águas (Lei Nº 9.433/97).....................11

3.4.2 Criação da Agência Nacional de Águas (ANA).....................11

3.4.3 Criação da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)..........12

3.4.4 Manual prático de análise de água da FUNASA..................12

3.4.5 Parâmetros do Ministério da saúde (MS).............................12

3.5 Análise de potabilidade da água da Etec Raposo Tavares......12

3.6 Análises realizadas e sua importância.....................................13

3.6.1 Análise de pH.......................................................................13

3.6.2 Análise de condutividade.....................................................13

3.6.3 Análise de turbidez...............................................................13

3.6.4 Análise de alcalinidade.........................................................14


3.6.5 Análise de cloreto.................................................................14

3.6.6 Análise de dureza.................................................................14

3.6.7 Análise de coliformes totais..................................................15

3.6.8 Análise de coliformes termotolerantes.................................15

3.6.9 Análise de sólidos suspensos..............................................16

4. Materiais e métodos........................................................................16

4.1 Coleta e análise de dados........................................................16

4.2 pH.............................................................................................16

4.2.1 Materiais utilizados...............................................................16

4.2.2 Reagentes............................................................................17

4.2.3 Procedimento.......................................................................17

4.3 Condutividade..........................................................................17

4.3.1 Materiais utilizados...............................................................17

4.3.2 Reagentes............................................................................17

4.3.3 Procedimento.......................................................................17

4.4 Turbidez................................................................................... 18

4.4.1 Materiais utilizados...............................................................18

4.4.2 Preparação da amostra........................................................18

4.4.3 Calibração do turbidímetro...................................................18

4.4.4 Configuração do turbidímetro...............................................18

4.4.5 Medição................................................................................18

4.5 Alcalinidade..............................................................................19

4.5.1 Materiais utilizados...............................................................19

4.5.2 Reagentes............................................................................19

4.5.3 Preparação da solução de NaOH 0,00830 mol/L.................19

4.5.4 Preparação da solução de H2SO4 0,01865 mol/L.................19

4.5.5 Procedimento.......................................................................20
4.6 Cloreto......................................................................................20

4.6.1 Materiais utilizados...............................................................20

4.6.2 Reagentes............................................................................20

4.6.3 Preparo da solução-padrão de nitrato de prata


(0,01376mol/L)...........................................................................................20

4.6.4 Procedimento.......................................................................20

4.7 Dureza......................................................................................21

4.7.1 Materiais utilizados...............................................................21

4.7.2 Reagentes............................................................................21

4.7.3 Preparação da solução-padrão EDTA 0,0100mol/L.............21

4.7.4 Procedimento.......................................................................21

4.8 Coliformes Totais......................................................................22

4.8.1 Materiais utilizados...............................................................22

4.8.2 Reagentes............................................................................22

4.8.3 Preparação da solução........................................................22

4.9 Coliformes termotolerantes......................................................22

4.9.1 Materiais utilizados...............................................................22

4.9.2 Reagentes............................................................................23

4.9.3 Preparação da solução........................................................23

4.10 Sólidos suspensos...................................................................23

4.10.1 Materiais utilizados.............................................................23

4.10.2 Preparação da amostra......................................................23

4.10.3 Procedimento.....................................................................23

5. Resultados e discussão...................................................................25

5.1 Coletas.....................................................................................25

5.2 pH.............................................................................................25

5.3 Condutividade..........................................................................25
5.4 Turbidez................................................................................... 26

5.5 Alcalinidade..............................................................................27

5.5.1 Padrão primário de Biftalato de potássio (C8H5KO4)............27

5.5.2 Padronização do Hidróxido de sódio (NaOH)......................27

5.5.3 Padronização do Ácido sulfúrico (H2SO4).............................28

5.5.4 Resultados...........................................................................29

5.6 Cloreto......................................................................................31

5.6.1 Padrão primário Cloreto de sódio (NaCl).............................31

5.6.2 Padronização do Nitrato de prata (AgNO3)..........................31

5.6.3 Resultados...........................................................................32

5.7 Dureza......................................................................................35

5.7.1 Padrão primário ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA).35

5.7.2 Resultados...........................................................................35

5.8 Coliformes totais.......................................................................36

5.9 Coliformes termotolerantes......................................................38

5.10 Sólidos suspensos totais..........................................................39

6. Conclusão....................................................................................... 40

BIBLIOGRAFIA.......................................................................................41
RESUMO

O presente trabalho realiza a exposição da análise da qualidade da água


do rio Cotia, situado no município de Cotia, SP, realizando a verificação de
diversos parâmetros como: pH, turbidez, alcalinidade, cloreto, dureza e
coliformes totais, coliformes termotolerantes e sólidos suspensos totais.
Realizado pelos discentes da ETEC Raposo Tavares, o projeto utilizou desses
parâmetros comparativos em amostras adquiridas em locais referentes a áreas
de preservação florestal, residencial e industrial. A partir dos resultados, a
pesquisa buscou verificar se a gestão municipal ou estadual atende as normas
com relação ao tratamento e preservação da água elencadas quanto as
exigências de potabilidade apresentadas pela Portaria 888/21 do Ministério da
Saúde. Além disso, concebendo a relevância do monitoramento químico, o
estudo é centrado na necessidade de vigilância constante para que se possa
afirmar a qualidade da água em demanda de exigências sócio sanitárias e
propensas à prejudicialidade ambiental.

Palavras-chave: Análise, impactos, portaria, vigilância, preservação.


6

1. INTRODUÇÃO
Ao longo da história a humanidade buscou os recursos hídricos para o
desenvolvimento dos primeiros agrupamentos humanos até a evolução para as
grandes civilizações, por esse fato é possível dizer que: a água é essencial para a
manutenção da vida e desenvolvimento da sociedade. O avanço da civilização na
Mesopotâmia, o desenvolvimento da civilização egípcia e das civilizações romana e
inca, esteve pautada no fato de que a água sempre foi um recurso de extrema
importância e até mesmo tratada como divindade.

No Brasil a água é um recurso extremamente abundante, sendo o país com


maior reserva de água doce do mundo, ou seja, 12% do deflúvio médio mundial
(EBC,2024), tendo sua disponibilidade hídrica per capita variando entre 1.835
m³/hab./ano, em sua bacia hidrográfica do Atlântico Leste, a 628.938 m³/hab./ano,
na bacia Amazônica (Atlas digital das águas de Minas). Porém, o país ainda tem
problemas de acesso a água potável, visto que 35 milhões de pessoas sofrem com a
escassez de água tratada de acordo com (SNIS, 2024)

Em 1971 foi criado o Plano Nacional de Saneamento que visava melhorar a


entrega de saneamento básico pelo Brasil. Para cumprir com estas metas no Estado
de São Paulo foi fundado a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Paulo (SABESP). Que em 2009 fundou o Fundo Municipal de Saneamento e
Infraestrutura (FMSA), que visa financiar o custo de obras municipais voltadas para
a infraestrutura e o saneamento.

De acordo com o decreto de lei N°8719 de 2020 os recursos do FMSA devem


também ser destinados para a limpeza e despoluição de córregos e rios. O objetivo
deste trabalho de pesquisa foi verificar a partir de análises físico-químicas e
microbiológicas realizadas ao longo do Rio Cotia a qualidade da água segundo os
parâmetros do Ministério da Saúde para assim realizar uma discussão sobre o
cumprimento das responsabilidades do município de Cotia e o Estado de São Paulo,
com a principal bacia hidrográfica da região – Bacia do Rio Cotia.
7

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Realizar análises de água do Rio Cotia comparando com os parâmetros de
potabilidade da portaria 888\21 do Ministério da Saúde.

2.2 Objetivos específicos


Realizar análises microbiológicas de coliformes e físico-químicas de
alcalinidade, pH, dureza e cloreto da água do rio cotia, no intuito de analisar as
condições de potabilidade da água, nos seguintes pontos: Reserva florestal do
morro grande, sua nascente; Jardim Claudio, Rua Mônaco, uma área residencial e
na estrada do Fernando Nobre, uma área industrial. Verificando se o município
cumpre com as suas responsabilidades de tratamento de água.
8

3. REFERENCIAL TEORICO
3.1 Água no Brasil
3.1.1 Disponibilidade da água
De acordo com pesquisas e dados da Agência Nacional de Águas (ANA) o
Brasil possui uma extrema abundância em recursos hídricos, uma vez que possui a
maior reserva de água do mundo, tendo 12% de toda a água doce do planeta

No território do país há uma extensa rede hidrográfica com a presença de


rios, córregos, aquíferos e reservatórios espalhados por toda a região, sendo a
maior parte desta água doce presente na bacia hidrográfica do rio Amazonas, na
região norte do país. De acordo com a (EBC, 2024).

É também citado pela (EBC, 2024) a importância de outras regiões para a


hidrografia brasileira, como o Pantanal, a bacia do rio São Francisco, a bacia do rio
Paraná e o aquífero do rio Guarani, uma das maiores reservas de água doce
subterrânea do mundo.

3.1.2 Acesso a água no Brasil


Mesmo com o Brasil sendo um país com extrema abundância de recursos
hídricos, o Sistema Nacional de Informações de Saneamento (SNIS) afirmou que em
2022 ainda existiam 35 milhões de pessoas que não possuíam o acesso a água
potável e 100 milhões que não tinham a acesso sistemas de coleta e tratamento de
esgoto, ou seja, apenas 84,9% da população brasileira tem acesso a água potável, e
a parcela que tem pode ainda não ter acesso a sistemas de saneamento básico.

3.2 Água no Estado de São Paulo


3.2.1 Disponibilidade da água em São Paulo
De acordo com o Sistema Integrado de gerenciamento dos Recursos Hídricos
do Estado de São Paulo (SigRH) das 12 regiões hidrográficas que cobrem o Brasil
todo, 3 passam pelo Estado de São Paulo, sendo elas:

Bacia do Paraná: A principal bacia hidrográfica da região, ocupando 85% do território


do Estado e tendo como principais sistemas hídricos os rios Tiete, Grande e
Paranapanema.
9

Bacia do Atlântico Sudeste: O culpa 14% do território do Estado e é caracterizada


pelos rios que nascem na serra Mar e atravessam a planície litorânea e
desembocam diretamente no oceano, sendo está a região com maior polo turístico
do Estado.

Bacia do Atlântico Sul: O culpa apenas 1% do Estado e é formada por rios de


pequeno porte que desembocam diretamente no oceano.

3.2.2 Acesso a Água em São Paulo


De acordo com o SNIS (2020) no Estado de São Paulo, dos 46,2 Milhões de
moradores, 96,5% da população tem acesso a água potável e 90,6% moram em
residências com sistemas de coletas de esgoto. Porém apenas 69,6% do volume de
esgoto gerado é tratado.

3.3 Água no Município de Cotia


3.3.1 Características do Rio Cotia
O Rio Cotia tem a maior parte de sua extensão localizada no município de
Cotia, cerca de 79,32% de sua extensão total, sendo de 35,7 km (UNESP, 2021). De
acordo com o Plano de Desenvolvimento e Proteção Ambiental da Bacia do Rio
Cotia (PDPA) a Bacia Hidrográfica do Rio Cotia (BHRC) compreende 262 km 2 da
Bacia do Alto Tietê, estando inserida em sua parte sul, tendo duas Subunidades: a
do Alto Cotia e a do Baixo Cotia. O rio Cotia, nasce na região sul do município de
Cotia, e tem seu percurso com sentido de sul para norte, seus principais rios
contribuintes são: rios Capivari e Cotia do Peixe, o córrego Manoel Góes Serrano e
os ribeirões do Moinho Velho, das Pedras, do Aterrado e da Graça. Ao decorrer de
seu curso, o rio Cotia apresenta, reservatórios naturais na regularização das
enchentes em épocas de chuvas, tais como, cachoeiras, lagos e extensas várzeas.
Estas características de acordo com ONG SOS - Manancial do Rio Cotia, vão
desaparecendo devido à urbanização desordenada. Na Sub-bacia do Alto Cotia
(região sul), se ressalta a Reserva Florestal do Morro Grande, criada originalmente
pela Lei Estadual n° 1.949, de 04 de abril de 1979, e o reservatório Pedro Beicht,
que fazem parte de uma área de grande importância para a proteção dos
mananciais. Já na região norte (Baixo Cotia), é caracterizada por uma grande
10

concentração urbana, devido aos municípios de Carapicuíba, Jandira e Barueri à


sua volta.

3.3.2 Tratamento da Água do Rio Cotia


A Estação de Tratamento de Água (ETA) do Baixo de Cotia, possui uma
capacidade tratamento de 1,1 m3/s. Neste ponto suas águas estão poluídas devido a
atividades de indústrias, residências e agrícolas. Contudo, por passar por áreas
alagadiças naturais, elas acabam por favorecer o processo de autolimpeza do rio.

A ETA do Alto Cotia (Morro Grande) tem suas águas advindas de reserva
florestas protegida e preservada, tendo capacidade de tratamento de 1,3 m 3/s
(SABESB, 2005).

3.4 Legislação Hídrica no Brasil


Em 10 de julho de 1934, é publicado o Decreto 24.643, que aprova o Código de
Águas Brasileiro, mesmo que voltado para a priorização da energia elétrica, o
Código de Águas, iniciou um trabalho de ressignificação quanto ao uso e a
propriedade da água. Segundo o Código aprovado em 1934, as águas brasileiras
são definidas como águas públicas, que podem ser de uso comum ou dominicais.
São encontrados no Código de 34 os primeiros dispositivos legais, que vieram a
possibilitar que atualmente no Brasil, possamos trabalhar com instrumentos de
gestão que auxiliam a cobrança pelo uso da água, dos quais se destacam os artigos:

“Art. 36. É permitido a todos usar de quaisquer águas públicas, conformando-se


com os regulamentos administrativos.

§ 2º O uso comum das águas pode ser gratuito ou retribuído, conforme as leis e
regulamentos da circunscrição administrativa a que pertencerem.”

Que se diz respeito quanto ao aproveitamento das águas no Brasil.

“Art. 43. As águas públicas não podem ser derivadas para as aplicações da
agricultura, da indústria e da higiene, sem a existência de concessão administrativa,
no caso de utilidade pública e, não se verificando esta, de autorização
administrativa, que será dispensada, todavia, na hipótese de derivações
insignificantes.”
11

3.4.1 Política Nacional das Águas (Lei Nº 9.433/97)


A Política Nacional dos Recursos Hídricos (PNRH), comumente chamada de
Política Nacional das Águas, estabeleceu instrumentos para a gestão dos recursos
hídricos de poderio federal e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos. A lei nº 9433/97 dá maior abrangência ao Código de Águas de
34, por estabelecer como fundamento principalmente o respeito aos usos diversos
da água, como prioridade o abastecimento humano. O PNRH é um dos instrumentos
que orientam a gestão das águas no Brasil. Todo o conjunto de diretrizes, metas e
programas que o PNRH se constitui foram construídos em amplo processo de
mobilização e participação social.

3.4.2 Criação da Agência Nacional de Águas (ANA)


A ANA foi criada pela lei nº 9984/2000 como uma agência reguladora que tem
como objetivo cumprir os objetivos da lei nacional das águas e do novo marco legal
do saneamento, seguindo as quatro linhas de atuação:

 Regulação: A agência regula o uso de recursos hídricos pertencentes à


União, serviços públicos de irrigação que estão sobre regime de concessão.
Podendo também editar as normas de referência de regulação de serviços do
saneamento básico.
 Monitoramento: Monitora constantemente o a conjuntura dos recursos
hídricos do Brasil e Coordena a Rede Hidrometeorologia Nacional que capita,
junto de outros Estados e parceiros informações necessárias para prevenir
eventos críticos, como enchentes e secas.
 Aplicação da lei: Conduz a implementação da PNRH, organizando e
oferecendo amparo a programas, projetos, órgãos gestores Estaduais e a
instalação de comitês e agencias de bacias. Visando assim uma gestão
participativa e democrática.
 Planejamento: Elabora e participa de estudos estratégicos como: a criação de
bacias hidrográficas, relatórios de conjuntura de recursos hídricos e entre
outros.
12

3.4.3 Criação da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA)


Surgida em 1991, vinda da ideia de promover a saúde pública, e
principalmente a inclusão social por meio de saneamento e saúde ambiental. A
FUNASA é resultado de uma fusão entre a FSESP (Fundação de Serviços de Saúde
Pública) e a SUCAM) Superintendência de Campanhas de Saúde Pública, entidades
nas quais se baseavam em promover ações de prevenção e combate a doenças,
educação em saúde, saneamento básico, pesquisas cientificas e combate de
endemias.

Sua criação, teve como objetivo continuar os trabalhos já desenvolvidos e


ampliá-los, além de exercer papel fundamental na ampliação e implementação do
Sistema Único de Saúde (SUS). Nos anos 2000, a instituição adotou o nome
Funasa, deixando de lado a antiga sigla FNS, para evitar que a população confunda
com o Fundo Nacional de Saúde (FNS). Em 2010, foi criado o Departamento de
Saúde Ambiental, responsável principalmente pelo controle de qualidade da água
para consumo humano, além de promover a proteção à saúde ambiental.

3.4.4 Manual prático de análise de água da FUNASA


Em 2013 tendo em vista a necessidade de se ter um instrumento de consulta
para o técnico que realiza análises de água a FUNASA criou o seu manual prático
que auxilia o técnico com o passo a passo dos procedimentos mais comuns
realizados na análise de água.

3.4.5 Parâmetros do Ministério da saúde (MS)


Em 4 de maio de 2021 o Ministério da saúde (MS) publicou a portaria 888/21
que atualiza a os parâmetros de potabilidade da água e informa a responsabilidade
dos Estados e Municípios com os recursos hídricos e mananciais.

3.5 Análise de potabilidade da água da Etec Raposo Tavares


Utilizamos como orientação para este trabalho de conclusão de curso, o
trabalho “Análise de potabilidade da água da Etec Raposo Tavares” com o intuito de
avaliar a potabilidade do Rio Cotia, um importante curso d’agua para a região, onde
seguimos a metodologia prescrita pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA),
mesma metodologia adotada no estudo anteriormente mencionado.
13

A escolha pela metodologia da FUNASA se deu pelo seu reconhecimento


legal, essencial para uma análise detalhada de qualidade da água. Ao aplicar este
método, fomos capazes de estabelecer uma linha comparativa com o estudo anterior
da Etec Raposo Tavares, facilitando as discussões das análises das condições do
Rio Cotia ao longo do estudo.

3.6 Análises realizadas e sua importância.


3.6.1 Análise de pH
O pH é uma unidade de medida logarítmica que varia de 0 a 14, sendo de 6 a
7 uma escala neutra, acima disso uma escala alcalina e abaixo uma escala acida. A
análise de pH da água é importante uma vez que tanto a água muito acida quanto
muito alcalina podem ter serias consequências a saúde da população. Além de
poder indicar o descarte indevido de substâncias no córrego do rio.

A análise de pH também apresenta uma grande importância ambiental, uma


vez que a vida marinha é extremamente sensível a alterações no pH da água.

3.6.2 Análise de condutividade


A condutividade é por analisar a capacidade da água de conduzir eletricidade
através de um condutivimetro. Esta análise e medida em siemens (S) e pode ser
alterada pela presença de sais diluídos na água, o que pode indicar inconsistências
no descarte adequado de resíduos.

3.6.3 Análise de turbidez


A turbidez é à medida que descreve o grau de turvação de um determinado
líquido, devido à presença de partículas sólidas suspensas. Podendo incluir sólidos
dissolvidos, micro-organismos, sedimentos, entre diversas outras impurezas que
podem prejudicar a qualidade da água e afetar sua transparência visual. A
determinação da turbidez é fundamental para avaliação da qualidade da água,
garantindo a saúde principalmente de ecossistemas aquáticos. A medição da
turbidez tem fundamento nos seguintes aspectos: Dispersão da luz, ângulo de
espalhamento, unidade de medida NTU (Unidade Nefelométrica de Turbidez) e
calibração.
14

3.6.4 Análise de alcalinidade.


Esta análise mede a quantidade de íons carbonatos, bicarbonatos e
hidróxidos presentes na água, que são responsáveis por neutralizar ácidos e manter
o pH da água estável. A análise de alcalinidade foi realizada através da volumetria
de neutralização. O processo tem como objetivo verificar a capacidade do analito de
absorver substâncias acidas sem sofrer alteração no seu pH. Os principais fatores
que podem alterar a alcalinidade de um analito são a presença de hidróxidos,
carbonatos e bicarbonatos. Esta análise é medida em mg/L de CaCO3.

A análise tem por garantir a qualidade da água em diversos contextos,


principalmente quanto a garantia de uma água própria para consumo humano, e
mais ainda para com a saúde do meio aquático. A alcalinidade influencia diretamente
o pH da água, que é fundamental para a vida aquática. Níveis muito baixos ou altos
de alcalinidade podem prejudicar o desenvolvimento e a reprodução de diversos
organismos aquáticos, além de aumentar a solubilidade de metais pesados,
tornando-os mais biodisponíveis e potencialmente tóxicos.

3.6.5 Análise de cloreto


A identificação de cloreto foi realizada através da titulação com nitrato de
prata (AgNO3), também conhecido como argentometria. Esta técnica consiste em
uma titulação com uma solução e concentração conhecida de nitrato de prata para
que ele reaja com os íons de cloreto formando assim sais de cloreto de prata (AgCl),
quando a reação atinge o ponto de viragem é possível saber, através da quantidade
de nitrato de prata, a quantidade de cloreto na análise.

A identificação e quantificação de íons de cloreto (Cl -) é importante pois a sais


de cloreto que já são presentes na água como o cloreto de potássio (KCl), porém se
tivermos uma quantidade excessiva de cloreto na água pode ser um indicador de
despejo de esgoto, uma vez que o cloreto de sódio (NaCl) é um sal muito presente
na urina.

3.6.6 Análise de dureza


A análise de dureza da água envolve no uso de técnicas de volumetria de
complexação, como a titulação com um agente complexante, sendo o EDTA (ácido
etilenodiaminotetracético), formando complexos estáveis com os íons de cálcio e
15

magnésio. Nesse processo o indicar de complexação muda de cor indicando o ponto


final da titulação, onde todos os íons de cálcio e magnésio são complexados pelo
EDTA. Essa técnica é baseada na formação de complexos estáveis entre o agente
complexante e os íons metálicos, assim permitindo uma determinação precisa da
dureza da água

A dureza da água, é uma medida da concentração de íons de cálcio (Ca² +) e


magnésio (Mg2+) dissolvidos na água, expressa muitas vezes em termos de
miligramas de carbonato de cálcio (CaCO3) por litro de água (mg/L CaCO3), como
também em partes por milhão (ppm CaCO 3). A quantificação da dureza da água é
crucial em várias aplicações, incluindo a manutenção da qualidade da água potável,
o tratamento da água e em diversos processos industriais.

3.6.7 Análise de coliformes totais


Os métodos de medição de coliformes totais na água envolvem tanto o uso de
meios de cultura das amostras que permitem o crescimento apenas de coliformes, e
a identificação e quantificação destes microrganismos.

A análise laboratorial de coliformes totais é um procedimento de extrema


importância utilizado para avaliar a qualidade da água principalmente em sistemas
de abastecimento de água potável, uma vez que este grupo de bactérias pode
indicar a contaminação da água por dejetos fecais, tanto de animais quanto de
humanos.

3.6.8 Análise de coliformes termotolerantes.


Os procedimentos de análise envolvem a cultura das amostras em meios
seletivos que promovem o crescimento de coliformes termotolerantes e a
identificação e quantificação destes microrganismos.

A análise de coliformes termotolerantes é uma análise laboratorial de muita


importância, uma vez que este grupo de coliformes são resistentes ao calor e
incluem bactérias como a Escherichia coli (E. coli) que é indicativa para a
contaminação fecal recente, além de apresentar diversos perigos para saúde
pública, sendo responsável por diversas doenças, dentre elas: a colite hemorrágica,
diarreia sanguínea e síndrome hemolítica-urêmica.
16

3.6.9 Análise de sólidos suspensos


Essa análise é crucial na potabilidade da água, principalmente por questões
de qualidade estética, afetando principalmente a turbidez, prejudicando assim a
aparência da água, sólidos suspensos também podem afetar a temperatura, e
diminuir os níveis de oxigênio dissolvido. Além de que sólidos em níveis elevados
retardam a fotossíntese de plantas aquáticas, ao reduzirem a transferência de luz.

4. MATERIAIS E MÉTODOS
O estudo foi realizado ao longo do Rio Cotia, no município de Cotia/SP. Foram
selecionados três pontos para coleta da água do rio Cotia: Reserva do Morro
Grande, Estrada Fernando Nobre e Jardim Rio Cotia, para a realização das análises
físico-química e microbiológicas.

As metodologias utilizadas para a determinação dos parâmetros físico-


químicos seguiram o manual de metodologia da FUNASA, baseado em
experimentos para testar, manipular e controlar algumas variáveis do estudo já
testado em laboratório.

4.1 Coleta e análise de dados


As amostras de água coletadas para análise química e microbiológicas foram
coletadas em três recipientes âmbar de 1L cada, e devidamente identificados e
esterilizados em autoclave. Após as coletas, realizadas em 14 de março de 2024 e 1
de maio de 2024, as amostras foram acondicionadas em recipiente térmico para
posterior análise em laboratório. As análises físico-químicas e microbiológicas foram
realizadas no laboratório de química da Etec Raposo Tavares. Foram analisados os
seguintes itens: pH, condutividade, alcalinidade, dureza, cloreto, turbidez, coliformes
totais e coliformes termotolerantes e sólidos suspensos na água.

4.2 pH
4.2.1 Materiais utilizados
 PHmetro;
 Béquer;
 Frasco lavador;
 Papel absorvente.
17

4.2.2 Reagentes
 Soluções tampão de pH: 7,0; 4,0 e 10,0;
 Água deionizada.

4.2.3 Procedimento
 Ligar o Phmetro e esperar a sua estabilização;
 Calibrar com as soluções padrão de pH 4.0; 7.0 e 10.0;
 Lavar os eletrodos com água deionizada;
 Induzir os eletrodos na amostra e realizar a análise dos dados;
 Remover os eletrodos da amostra;
 Lavar novamente com água deionizada;
 Desligar o aparelho.

4.3 Condutividade
4.3.1 Materiais utilizados
 Condutivimetro;
 Béquer;
 Papel absorvente.

4.3.2 Reagentes
 Solução padrão de 1413 µS/cm;
 Água deionizada.

4.3.3 Procedimento
 Ligar o condutivimetro;
 Calibrar com a solução padrão de 1413 µS/cm;
 Lavar o sensor com água deionizada;
 Separar uma alíquota do analito em um béquer;
 Aguardar o sensor estabilizar;
 Anotar os resultados;
 Limpar o sensor;
18

 Desligar o condutivimetro.

4.4 Turbidez
4.4.1 Materiais utilizados
 Turbidímetro

4.4.2 Preparação da amostra


 Coleta da amostra: Certifique-se de que a amostra seja representativa do
líquido que você deseja testar;
 Filtração (se necessário): Em algumas situações, você pode precisar filtrar a
amostra para remover partículas maiores que possam interferir na medição.
Use um filtro compatível com o tamanho das partículas que deseja medir.

4.4.3 Calibração do turbidímetro.


 Antes de realizar medições, é importante calibrar o turbidímetro com os
padrões de turbidez apropriados, seguindo as instruções fornecidas pelo
fabricante do equipamento.

4.4.4 Configuração do turbidímetro


 Ligue o turbidímetro e ajuste-o de acordo com as configurações
recomendadas para o tipo de amostra e faixa de turbidez que você deseja
medir;
 Limpe a cubeta ou recipiente transparente que será usada para a medição,
garantindo que não haja resíduos que possam afetar a precisão da leitura.

4.4.5 Medição
 Encha a cubeta com a amostra de líquido que você deseja testar;
 Insira a cubeta no turbidímetro de acordo com as instruções do fabricante;
 O turbidímetro emitirá um feixe de luz através da amostra e medirá a
quantidade de luz espalhada pelas partículas em suspensão;
 A leitura do turbidímetro será exibida em unidades de turbidez, geralmente em
NTU (Unidades Nefelométricas de Turbidez).
19

4.5 Alcalinidade
4.5.1 Materiais utilizados
 Bureta 50ml;
 Pipeta volumétrica 50ml;
 Pipeta volumétrica 25ml;
 Erlenmeyer 250ml;
 Béquer;
 Balão volumétrico 1L.

4.5.2 Reagentes
 H2SO4 0,01865 mol/L
 Azul de bromotimol
 NaOH 0,00830 mol/L
 Biftalato de potássio

4.5.3 Preparação da solução de NaOH 0,00830 mol/L


 Separar uma pequena quantidade de biftalato de potássio
 Colocar na estufa por duas horas a 110°C
 Acomodar em um dessecador até que esfrie
 Diluir 0,2115g de biftalato em 3 Erlenmeyer com 25ml de água deionizada
 Adicionar 3 gotas de azul de bromotimol
 Pesar 0,3999g de NaOH
 Diluir em 1L de água deionizada
 Realizar a titulação com o biftalato em triplicata

4.5.4 Preparação da solução de H2SO4 0,01865 mol/L


 Separar 16ml de ácido sulfúrico concentrado (H2SO4 16mol/L)
 Diluir em 1L de água deionizada
 Titular com NaOH (0,00830 mol/L) em triplicata
20

4.5.5 Procedimento
 Tomar 50 mL da amostra e colocar no Erlenmeyer;
 Adicionar 3 gotas da solução indicadora de Azul de bromotimol
 Titular com a solução de ácido sulfúrico 0,01865 mol/L até a mudança da cor
azul para amarelo
 Anotar o volume total de H2SO4 gasto (V) em mL.

4.6 Cloreto
4.6.1 Materiais utilizados
 Bureta de 50 mL;
 Becker de 250 mL;
 Frasco Erlenmeyer de 250 mL;
 Medidor de pH;
 Proveta de 50 mL

4.6.2 Reagentes
 Solução-padrão de nitrato de prata 0,01376 mol/L;
 Solução-padrão NaCl 0,0100 mol/L
 Solução indicadora de cromato de potássio K2CrO4;
 Hidróxido de sódio 1mol/L;
 Ácido sulfúrico 1mol/L;

4.6.3 Preparo da solução-padrão de nitrato de prata (0,01376mol/L)


 Pesar 0,5845g de AgNO3
 Diluir em 1L de água deionizada
 Realizar a titulação utilizando a solução padrão de cloreto de sódio
 Anotar o total de volume gasto em mililitros (ml)
 Calcular a concentração da solução

4.6.4 Procedimento
 Colocar 50 mL de amostra no Erlenmeyer;
 Ajustar o pH entre 7 e 10, se necessário, com NaOH ou H2SO4;
21

 Adicionar 5 gotas da solução indicadora de K2CrO4;


 Titular com a solução-padrão de nitrato de prata 0,01376 mol/L até a viragem
para amarelo avermelhado.
 Anotar o volume de nitrato de prata gasto (ml)

4.7 Dureza
4.7.1 Materiais utilizados
 Bureta de 50mL;
 Pipeta volumétrica de 25mL;
 Pipeta volumétrica de 50 mL;
 Balão volumétrico de 1L;
 Béquer de 100 mL;
 Frasco Erlenmeyer de 250 mL

4.7.2 Reagentes
 Solução-padrão de EDTA 0,0100mol/L;
 Solução tampão de Hidróxido de amônia;
 Indicador Preto de Eriocromo T

4.7.3 Preparação da solução-padrão EDTA 0,0100mol/L


 Separar uma pequena porção de EDTA
 Deixar por duas horas na estufa a 120°C
 Pesar 3,722g de EDTA
 Diluir em 1L de água deionizada com o balão volumétrico

4.7.4 Procedimento
 Tomar 50 mL da amostra e colocar no Erlenmeyer;
 Ajustar o pH para 10 utilizando a solução tampão de hidróxido de amônia
 Adicionar 3 gotas da solução indicadora de Eriochromo black T
 Titular com a solução de EDTA 0,0100 mol/L até a mudança da cor azul para
amarelo
 Anotar o volume total de EDTA gasto (V) em mL
22

4.8 Coliformes Totais


4.8.1 Materiais utilizados
 Tubo de ensaio;
 Estante para tubo de ensaio; Tubo de Durhan;
 Pipeta graduada de 10 mL;
 Micropipeta de 1-0,1 ml;
 Fluxo laminar;
 Estufa bacteriológica.

4.8.2 Reagentes
 Caldo Lauril Sulfato
 Água deionizada.

4.8.3 Preparação da solução


 Colocar em uma bateria contendo 9 tubos de ensaio distribuídos de 3 em 3;
 Nos primeiros 3 tubos, inocular, com pipeta esterilizada, 10 mL da amostra de
água a ser examinada, em cada tubo. (Diluição 1:1);
 Nos 6 tubos restantes, inocular nos 3 primeiros 1 mL da amostra (Diluição
1:10) e nos 3 últimos tubos, inocular 0,1 mL da amostra, em cada tubo.
(Diluição 1:100);
 Misturar;
 Incubar a 35 ± 0,5 ºC durante 24/48 horas;
 Se no final de 24/48 horas, houver a formação de gás dentro do tubo de
Durhan, significa que o teste foi positivo. Se não houver a formação de gás
durante o período de incubação, o exame termina nessa fase e o resultado do
teste é considerado negativo.

4.9 Coliformes termotolerantes


4.9.1 Materiais utilizados
 Tubos de ensaio com meio de cultura;
 Fluxo Laminar;
 Estufa.
23

4.9.2 Reagentes
 Caldo Verde Bile Brilhante 2%

4.9.3 Preparação da solução


 Tomar todos os tubos do Teste de coliformes totais que deram positivo
(Formação de gás), nas 3 diluições (1:1; 1:10 e 1:100);
 Transferir, com a micropipeta, 1ml para os tubos de ensaio contendo o meio
de cultura;
 Incubar em uma estufa a 44,5 ± 0,2ºC durante 24 horas;
 Se no final de 24 horas ou menos houver a formação de gás, está indicada a
presença de coliformes termotolerantes;
 Calcular o NMP;

4.10 Sólidos suspensos


4.10.1 Materiais utilizados
 Capsulas de porcelana;
 Proveta de 50 mL;
 Dessecador;
 Estufa.

4.10.2 Preparação da amostra


 Aliquotagem: Certifique-se de que alíquota da amostra seja representativa;
 Transferência da amostra: Transfira a amostra com cuidado para a capsula
utilizando uma proveta, lembre-se de usar água deionizada para limpara
proveta a cada amostra realizada.

4.10.3 Procedimento
 Pesar capsulas anteriormente;
 Tomar 50 mL da amostra e passar para a capsula de porcelana;
 Ligar a estufa;
 Colocar a capsula na estufa a 120º de 15 a 24 horas;
 Após o período de 15 a 24 horas, transferir a capsula para o dessecador;
 Pesar a capsula em balança analítica.
24

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Coletas
Como dito anteriormente no tópico 4.1 foram realizadas duas coletas para
serem analisadas onde para organizar a leitura foram chamadas de coleta 1,
realizada em 14 de março de 2024, e coleta 2, realizada em 1 de maio de 2024.

5.2 pH
Os resultados foram derivados das análises conduzidas de cada ponto, com
os resultados, apresentados na tabela 1, dentro da faixa aceitável de tolerância de 6
a 9 de pH

Tabela 1 - Resultados pH
Coleta Nascente Área residencial Área industrial

1° 8,02 7,78 7,99

2° 7,56 6,84 7,65

Fonte: Autoria própria

Analisando os dados das duas medições de pH, é possível se afirmar que o rio
possui uma tendência a ser alcalina com apenas o ponto na área residencial sendo
levemente mais ácido que os demais.

Com base nos resultados é possível afirmar que não há grandes preocupações
perante o pH do Rio Cotia, por mais que ele sofra alterações ao longo de seu
percurso.

5.3 Condutividade
Os resultados foram derivados dos testes conduzidos através do
condutivimetro, apresentados na tabela 8 e abaixo do valor máximo permitido de 500
μS/cm.
25

Tabela 2 - Resultados de condutividade


Coleta Nascente Área residencial Área industrial

1° (μS/cm) 31,6 273 276

2° (μS/cm) 40,2 373 368

Fonte: Autoria própria

Por mais que os valores apresentados na tabela 8 estejam abaixo do valor


máximo permitido pela portaria, eles ainda apresentam uma preocupação em
relação ao salto surpreendente das amostras ao longo do Rio Cotia, uma vez que
em ambas das coletas a diferença da nascente para o bairro residencial é mais de o
dobro, fator esse que pode indicar o descarte de dejetos residenciais e industriais no
corpo do rio.

5.4 Turbidez
Os resultados conduzidos através da medição com o turbidímetro na tabela 9
apresentam valores extremamente preocupantes uma vez que em todos os pontos
analisados a turbidez está acima do valor máximo permitido de 5 NTU.

Também é importante enfatizar que devido a erros experimentais não foi


possível medir a turbidez da 1° coleta.

Tabela 3 - Resultados de Turbidez


Coleta Nascente Área residencial Área industrial

1° (NTU) - - -

2° (NTU) 9,01 175 6,05

Fonte: Autoria própria

A análise de turbidez nos apresenta uma preocupação muito grande, uma vez que
além de todos os pontos estarem acima do valor máximo permitido a diferença do
primeiro ponto de coleta para o segundo é novamente mais que duas vezes maior, e
esta diferença volta a diminuir na região industrial o que nos leva a mais um indício
de descarte de resíduos domésticos no corpo do rio.
26

5.5 Alcalinidade
5.5.1 Padrão primário de Biftalato de potássio (C8H5KO4).
O Biftalato de potássio(C8H5KO4) é utilizado como padrão primário devido a sua
estequiometria bem conhecida em reações com bases fortes como o hidróxido de
sódio (NaOH). Devido a estabilidade do biftalato a sua concentração pode ser
calculada diretamente com base na quantidade pesada, eliminando assim a
necessidade de uma titulação

Tabela 4- Padrão Biftalato de potássio


Massa Molar (g/mol) 204,23

Concentração desejada (mol/L) 0,001

Valor pesado (g) 0,2115

Concentração real (mol/L) 0,0010

Fonte: Autoria Própria

Através dos valores observados na tabela 1 é possível se concluir que a preparação


da solução de biftalato foi realizada de maneira adequada, estando extremamente
próxima da concentração desejada de 0,001mol/L e, portanto, podendo ser utilizada
para padronizar o hidróxido de sódio (NaOH).

5.5.2 Padronização do Hidróxido de sódio (NaOH)


A padronização do hidróxido de sódio foi feita através de uma titulação
utilizando 100ml do padrão primário de biftalato de potássio (0,001mol/L) como
titulado chegando aos valores observados na tabela 5.
27

Tabela 5- Padronização do Hidróxido de sódio (NaOH)


Repetição Volume de titulante Concentração (mol/L)
gasto (ml)

1° 11,9 0,00840336134

2° 12,0 0,0083333333

3° 11,9 0,00840336134

Média(mol/L) 0,00830

Desvio padrão 0,00004

Desvio Padrão Relativo 0,48247


(%)

Fonte: Autoria Própria

Através da tabela 4 é possível dizer que se teve um baixo desvio na


preparação da solução de hidróxido de sódio e que a mesma pode ser utilizada para
padronizar a solução de ácido sulfúrico com uma grande precisão.

5.5.3 Padronização do Ácido sulfúrico (H2SO4)


A padronização do ácido sulfúrico (H2SO4) foi feita através de uma volumetria
de neutralização, utilizando o hidróxido de sódio padronizado como titulante e 5ml de
ácido como titulado.
28

Tabela 6 - Padronização do ácido sulfúrico (H2SO4)


Repetição Volume de titulante gasto Concentração
(ml) (mol/L)

1° 11,3 0,018758

2° 11,2 0,018592

3° 11,2 0,018592

Média(mol/L) 0,01865

Desvio padrão 0,00010

Desvio Padrão Relativo 0,51396


(%)

Fonte: Autoria própria

Através da tabela 5 é possível afirmar que esta solução-padrão pode ser


usada para realizar a análise de alcalinidade com precisão, uma vez que a solução
tem uma concentração conhecida e um baixo desvio.

5.5.4 Resultados
Os resultados foram derivados dos testes de alcalinidade feitos em triplicata
com o volume de titulante gasto por análise apresentado na tabela 7

Tabela 7 - Volume de titulante gasto


1° Coleta 2° Coleta

Repetição Nascente Residencial Industria Nascente Residencial Industria

1° (ml) 0,2 1,6 1,5 0,1 0,3 1,5

2° (ml) 0,2 1,7 1,4 0,1 0,4 1,4

3° (ml) 0,2 1,6 1,5 0,1 0,4 1,5

Fonte: Autoria própria

Importante se citar que a 2°coleta da amostra na área residencial o analito foi


diluído em 5 vezes fazendo necessário levar esta diluição em conta para realizar os
cálculos apresentados na tabela 8.
29

Tabela 8 - Cálculos de concentração e erro da análise


1° Coleta

Concentração Nascente Residencial Industria

1° (CaCO3 mg/L) 14,921292 119,371936 111,9111900

2° (CaCO3 mg/L) 14,921292 126,832682 104,450444

3° (CaCO3 mg/L 14,921292 119,371936 111,9111900

Média (CaCO3 mg/L) 14,9 122 109

Desvio Padrão 0,04 4 4

Desvio Padrão Relativo (%) 0,238 4 4

2° Coleta

Concentração Nascente Residencial Industria

1° (CaCO3 mg/L) 7,460746 111,91119 111,91119

2° (CaCO3 mg/L) 7,460746 149,21492 104,450444

3° (CaCO3 mg/L 7,460746 149,21492 111,91119

Média (CaCO3 mg/L) 7,461 137 109

Desvio Padrão 0,018 21 4

Desvio Padrão Relativo (%) 0,238 16 4

Fonte: Autoria própria

Importante se enfatizar que a portaria 888/21 do MS não apresenta valores máximos


ou mínimos para a análise de alcalinidade, porém é dito que o ter de alcalinidade
não deve afetar a saúde humana, padrões organolépticos e interferir nos processos
de tratamento da água.
Com isso é possível afirmar que de acordo dados analisados na tabela 8, o Rio
Cotia tem tendencia a ter características menos alcalinas em sua nascente, que
pode ocorrer devido a fatores geológicos do ambiente em que o rio se encontra,
porém quando o rio segue o seu curso e entra em contato com Bairros residenciais e
industriais onde ele está mais disposto a alterações antropológicas, é notado um
aumento repentino na sua alcalinidade.
Crescimento este que pode significar um grande despejo de efluentes não tratados
30

no corpo do rio que de acordo com a revista (Britannica, 2024), pode ocasionar no
processo de eutrofização do ambiente aquático onde o aumento de dejetos
orgânicos realizam um aumento na quantidade de algas de forma que se ocasiona
uma redução drástica nos níveis de oxigênio na água impactando toda a fauna
aquática, trazendo assim maior importância para análises microbiológicas de
coliformes totais e termotolerantes.

5.6 Cloreto
5.6.1 Padrão primário Cloreto de sódio (NaCl)
O Cloreto de sódio (NaCl) é utilizado como padrão primário devido a sua
estequiometria bem conhecida em meio aquoso. Por ser uma substância bastante
estável a sua concentração pode ser decidida através da sua pesagem direta, sem a
necessidade de titulação.

Tabela 9- Padrão Cloreto de sódio (NaCl)


Massa Molar (g/mol) 58,44

Concentração desejada (mol/L) 0,01

Valor pesado (g) 0,5845

Concentração real (mol/L) 0,0100

Fonte: Autoria Própria

Através dos valores observados na tabela 2 é possível se concluir que a preparação


da solução de cloreto de sódio (NaCl) foi realizada de maneira adequada, estando
extremamente próxima da concentração desejada de 0,01mol/L e por tanto podendo
ser utilizada para padronizar o Nitrato de prata (AgNO3).

5.6.2 Padronização do Nitrato de prata (AgNO3)


A padronização do Nitrato de prata (AgNO 3) foi realizada através de uma
volumetria de precipitação utilizando o próprio nitrato como titulante e 10ml da
solução primaria de Cloreto de sódio como titulado. Os valores das viragens foram
corrigidos pela remoção do valor do branco de 0,2 e expressos na tabela 10.
31

Tabela 10- Padronização do Nitrato de Prata (AgNO3)


Repetição Volume de titulante Concentração (mol/L)
gasto (ml)

1° 7,1 0,013698630

2° 7,0 0,013888889

3° 7,1 0,013698630

Média(mol/L) 0,01376

Desvio padrão 0,00011

Desvio Padrão Relativo 0,79818


(%)

Fonte: Autoria própria

Através da análise da tabela 10 é possível afirmar que a solução de Nitrato de


prata preparada pode ser utilizada para realizar a análise de cloretos nas amostras,
uma vez que ela possui uma concentração conhecida e baixo desvio dentro dos
parâmetros analíticos, o que permite que a análise seja feita com precisão.

5.6.3 Resultados
Os resultados foram derivados dos testes de cloreto feitos em triplicata com o
volume de titulante gasto por análise apresentado na tabela 11 e com a correção do
branco de 0,2 já realizada

Tabela 11 - Volume de titulante gasto


1° Coleta 2° Coleta

Repetição Nascente Residencial Industria Nascente Residencial Industria

1° (ml) 0,2 2,2 2,4 0,3 0,7 2,7

2° (ml) 0,1 2,3 2,3 0,4 0,6 2,7

3° (ml) 0,2 2,2 2,4 0,4 0,7 2,8

Fonte: Autoria própria


32

Importante se citar que a 2°coleta da amostra na área residencial o analito foi


diluído em 5 vezes fazendo necessário levar esta diluição em conta para realizar os
cálculos apresentados na tabela 12.
33

Tabela 12 - Cálculos de concentração e erro da análise


1° Coleta

Concentração Nascente Residencial Industria

1° (Cl- mg/L) 1,951168 21,462848 23,414016

2° (Cl- mg/L) 0,998064 22,438432 22,438432

3° (Cl- mg/L) 1,951168 21,462848 23,414016

Média (Cl- mg/L) 1,5 21,9 23,1

Desvio Padrão 0,5 0,5 0,6

Desvio Padrão Relativo (%) 33 2,3 2,4

2° Coleta

Concentração Nascente Residencial Industria

1° (Cl- mg/L) 2,926752 34,145440 26,340768

2° (Cl- mg/L) 3,902336 29,26752 26,340768

3° (Cl- mg/L) 3,902336 34,145440 27,316352

Média (Cl- mg/L) 3,6 33 26,7

Desvio Padrão 0,6 3 0,6

Desvio Padrão Relativo (%) 15,7 9 2,1

Fonte: Autoria própria

Através da tabela 13, é possível afirmar que o teor de cloreto se encontra


abaixo do valor máximo permitido de 250 mg/L de Cl - pela portaria 888/21 do MS,
porém o baixo teor de cloreto não condiz com o aumento da condutividade da água
ao longo do rio, fator este que pode indicar uma possível alta em resíduos sólidos
orgânicos dissolvidos no Rio Cotia ou que pode indicar a presença de outros sais
além dos sais de cloreto. Vale destacar a possibilidade de os teores do cloreto
estarem diluídos devido a alta de chuvas comum durante o período em que as
coletas foram realizadas.
34

5.7 Dureza
5.7.1 Padrão primário ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA)
O EDTA também é utilizado como padrão primário devido a sua
estequiometria bem conhecida em reações de formação de íons complexos. Por ser
uma substância bastante estável a sua concentração pode ser decidida através da
sua pesagem direta, sem a necessidade de titulação.

Tabela 13 - Padrão de EDTA


Massa Molar (g/mol) 372,24

Concentração desejada (mol/L) 0,01

Valor pesado (g) 3,7225

Concentração real (mol/L) 0,0100

Fonte: Autoria Própria

Através dos valores observados na tabela 13 é possível se concluir que a


preparação da solução de EDTA foi realizada de maneira adequada, estando
extremamente próxima da concentração desejada de 0,01mol/L e por tanto podendo
ser utilizada para realizar a volumetria de complexação.

5.7.2 Resultados
Os resultados foram derivados dos testes de dureza feitos em triplicata com o
volume de titulante gasto por análise apresentado na tabela 14

Tabela 14 - Volume de titulante gasto


2° Coleta

Repetição Nascente Residencial Industria

(Preto de
eriocromo-t)

1° (ml) 0,6 0,9 2,6

2° (ml) 0,5 0,8 2,5

3° (ml) 0,6 0,9 2,5

Fonte: Autoria própria


35

Importante se citar que não foi possível realizar a análise de dureza da


primeira coleta devido a erros experimentais e que a 2°coleta da amostra na área
residencial o analito foi diluído em 5 vezes fazendo necessário levar esta diluição em
conta para realizar os cálculos apresentados na tabela 15

Tabela 15- Cálculos de concentração e erro da análise


Análise com Preto de Eriocromo-T

Concentração Nascente Residencial Industria

1° (CaCO3 mg/L) 12,0012 90,009 52,0052

2° (CaCO3 mg/L) 10,0010 80,008 50,0050

3° (CaCO3 mg/L 12,0012 90,009 50,0050

Média 11,2 87 50,7

Desvio Padrão 1,1 6 1,16

Desvio Padrão 10,2 7 2,28


Relativo (%)

Fonte: Autoria própria

Analisando os dados apresentados na tabela 15, é possível afirmar que os teores de


dureza estão abaixo do valor máximo permitido de 300 mg/L de CaCO 3 e a água do
Rio Cotia pode ser classificada como branda ou mole na maioria do seu percurso,
por tanto não há grandes preocupações com os parâmetros de dureza da água do
Rio Cotia.

5.8 Coliformes totais


A análise de coliformes totais foi realizada seguindo a triplicata de cada
diluição apresentada no tópico 4.8.3 e seus resultados organizados e apresentados
na tabela 16
36

Tabela 16 - Resultados da Análise de coliformes totais


Coleta 1

1:1 1:10 1:100

Presença Presença Presença

Nascente Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Bairro Presença Presença Ausência

Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Industria Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Coleta 2

1:1 1:10 1:100

Presença Presença Presença

Nascente Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Bairro Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Industria Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Fonte: Autoria própria

Conforme a tabela 16 é possível verificar que o Rio Cotia não está de acordo
com as normas de potabilidade da portaria 888/21 do MS, uma vez que de acordo
com a portaria o valor máximo permitido é de ausência em 100ml, caso que não é
37

presente na amostra uma vez que mesmo em uma diluição 1:100 obteve a maior
parte dos resultados como positivo e nenhuma identificação de contaminação pelo
branco realizado na análise, por tanto esta observação reforça ainda mais
possibilidade de despejo de efluentes não tratados diretamente no corpo do rio já
levantada na discussão do tópico 5.5.4

5.9 Coliformes termotolerantes


A análise de coliformes termotolerantes foi realizada através de triplicata e
seguindo a metodologia explicada no tópico 4.9. e seus resultados organizados e
apresentados na tabela 17. É importante enfatizar que devido a erros experimentais
os resultados da primeira coleta foram contaminados invalidando a sua análise

Tabela 17 - Resultados coliformes termotolerantes


Coleta 2

1:1 1:10 1:100

Presença Presença Presença

Nascente Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Bairro Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Industria Presença Presença Presença

Presença Presença Presença

Fonte: Autoria própria

Tendo em vista os resultados observados na tabela 17, a suspeita de alta


matéria orgânica estar dissolvida no rio se torna cada vez mais provável,
considerando isso e procurando uma justificativa para a alta turbidez, foi realizada a
análise de sólidos suspensos totais.
38

5.10 Sólidos suspensos totais


A análise de sólidos suspensos foi realizada em triplicata e os resultados
organizados na tabela 18

Tabela 18 – Resultados da análise de sólidos suspensos totais


Coleta 2

Amostra Leitura 1 Leitura 2 Leitura 3 Media

Nascente 220 mg/L 212 mg/L 198 mg/L 210 mg/L

Área residencial 1318 mg/L 1318 mg/L 1224 mg/L 1286 mg/L

Área industrial 204 mg/L 208 mg/L 206 mg/L 206 mg/L

Fonte: Autoria própria.

Importante se enfatizar que a portaria 888/21, usada de referência para os


parâmetros da análise realizada, não estabelece valores máximos ou mínimos
permitidos de sólidos suspensos totais, porém através da tabela 18 e de outras
análises feitas ao longo do trabalho, é possível afirmar que há um alto teor de
matéria orgânica e efluentes não tratados ao longo de todo o corpo do rio que
justificam a alta turbidez analisada, o aumento repentino de condutividade presente
no rio e a grande presença de coliformes.

Padrões estes que podem causar sérios impactos na biodiversidade aquática região
e apresentar perigo para a população que vive entorno do rio devido a grande
exposição aos efluentes não tratados presentes no Rio Cotia.
39

6. CONCLUSÃO
O estado do Rio Cotia emite um alerta inequívoco: a saúde pública e a
preservação do nosso patrimônio natural estão em risco iminente. Essas análises de
potabilidade da água revelam um panorama preocupante com os resultados
demonstrando interferências antropológicas.

E as analises microbiológicas trazem resultados alarmantes, com altos teores


de coliformes fecais e totais, contaminação essa q já indica altos teores desde a
nascente do rio. uma vez que mesmo em diluição 1 para 100 ocorreu apenas uma
ausência.

Em um mundo onde a água é vida, a qualidade dos recursos hídricos é uma


preocupação central para a saúde pública. O Rio Cotia, uma vez um orgulho local e
uma fonte vital de água para comunidades circundantes, agora enfrenta sérios
desafios que comprometem sua potabilidade e, consequentemente, a saúde da
população ao redor dele e sua biodiversidade.

É crucial promover a conscientização pública sobre a importância da


conservação dos recursos hídricos e incentivar práticas sustentáveis que minimizem
o impacto negativo sobre o ambiente aquático. Somente por meio de uma
abordagem holística e colaborativa, que envolva governos, comunidades locais,
empresas e organizações ambientais, podemos esperar restaurar a saúde e a
vitalidade do Rio Cotia.

Preservar o Rio Cotia não é apenas uma questão ambiental, mas uma
questão de saúde pública e proteção do nosso patrimônio natural para as gerações
futuras.
40

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