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Civil

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Tratando-se de prescrição e decadência, ambos os institutos se referem a

perda de um direito. Tanto prescrição quanto a decadência estabelecem que o


individuo perdeu um direito pelo decurso do tempo, todavia, na prescrição é
perdido apenas o direito de recorrer aquela ação por meios jurídicos, mas não
se perde o direito material, podendo recorrer a outras vias que envolvam
soluções de conflitos privados como a arbitragem (Ex: resolução de atrasos
salariais). Enquanto na decadência não é perdido somente o direito judicial,
mas também o material, extinguindo-se qualquer via para a resolução do
conflito (Ex: garantia de produtos).
No Código Civil de 2002, os temas são tratados principalmente nos artigos 189
a 206 (prescrição) até os artigos 207 a 211 (decadência). São estabelecidos
conceitos, causas que impedem, suspendem ou interrompem a aplicação dos
institutos, e ainda alguns exemplos de prazo máximo antes da perda da
pretensão do titular do direito.

-De acordo com o código civil vigente:


“Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela
prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206”

Quanto a decadência:
“Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as
normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.”
a decadência pode ser subdividida em duas modalidades, quais sejam:
Legal: que advém de expressa previsão em lei, e;
Convencional: que possui caráter de ordem privada, acordado entre as partes em
negócios jurídicos.

Causas as quais não se aplicam decadência e prescrição:


Há diferenças, também, nas causas que impedem, suspendem ou interrompem
sua aplicação. Enquanto na prescrição é possível, na decadência não é,
EXCETO AOS INCAPAZES
A partir do artigo 197 até o artigo 201 do Código Civil verificamos causas que
impendem ou suspendem a prescrição (Ex: art. 197. “Não corre a prescrição:
I -entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal”).

Em continuação, os artigos 202 a 204 descrevem as causas em que a


prescrição se interrompe (Ex: art. 204.” A interrupção da prescrição por um
credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-
devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados”).

o resultado das causas de impedimento, suspensão ou interrupção é o mesmo,


ou seja, a paralisação do prazo prescricional, entretanto, há algumas
diferenças que vale destacar. a diferença nas causas de interrupção e de
suspensão, ocorre porque o prazo nesta última está parado, e, findada a
hipótese suspensiva volta a contagem, enquanto na primeira situação, após o
término da situação interruptiva, o prazo é reiniciado, ou zerado, recomeçando
sua contagem.

Já na decadência, os prazos decadências não se suspendem ou se


interrompem, de modo que quando iniciados, não há primordialmente como
obstar seu prosseguimento, conforme artigo 207 do Código Civil.

Porém o artigo 208 dispõe que, ao instituto da decadência, aplicam-se


igualmente as previsões dos artigos 195 e 198, inciso I do Código Civil. Ou
seja, O PRAZO DECADENCIAL NÃO SERÁ INICIADO PARA OS
INCAPAZES, confirmado em seu art. 213. “Não tem eficácia a confissão se
provém de quem não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos
confessados.”.

Outra exceção à regra é a convenção de prazo entre as partes por negócio


jurídico processual. E como, a decadência pode ser legal ou convencional. Nesta
segunda hipótese, se as partes assim desejarem, podem alterar a incidência dos
prazos, início ou fim destes.

Em se tratando de direitos potestativos, havendo prazo fixado em lei, é o


conhecimento do fato que dá ensejo à contagem do prazo de decadência, tal como
ocorre também na prescrição. Entretanto, em se tratando de ações de cunho
personalíssimo ou de família, como por exemplo, uma ação de divórcio ou uma
revogação de procuração, não há prazo decadencial, ao que chamamos de
demandas imprescritíveis.

Por fim, pode-se dizer que no campo do direito material fica obstado o poder de exigir
de outrem o cumprimento de um dever jurídico. Por sua vez, a decadência sim é a
positiva perda do direito quando não requerido no prazo legal, normalmente,
vinculados a direitos potestativos do titular.Outra diferença entre estas áreas de
estudo, por exemplo, diz respeito à renúncia: enquanto a prescrição aceita, a
decadência, em regra, não.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

-PRESCRIÇÃO e Decadência: entenda as diferenças entre os


conceitos. [S. l.], 2021. Disponível em:
https://www.aurum.com.br/blog/prescricao-e-decadencia/. Acesso em:
6 dez. 2022.

-Código Civil de 2002

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