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Cirurgias Articulares 8P

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Clínica Cirúrgica de Pequenos Animais - @vet.

malu

CIRURGIAS
Articulação é a união de dois ou mais ossos do lesão nos componentes articulares e muita dor –
esqueleto, conferindo maior estabilidade ao osteocondrite dissecante;
corpo, tendo certos graus de mobilidade, e desta
Acomete animais jovens em fase de crescimento –
forma observamos diferentes enfermidades.
4 a 8 meses; sendo comum ocorrer bilateralmente;
Anatomia da Articulação Sinovial
• Sinais Clínicos
• Cavidade articular; cartilagem articular;
Claudicação unilateral de membro torácico e dor
cápsula articular; membrana sinovial;
á flexão ou extensão extrema do membro;
líquido sinovial; osso subcondral;
ligamentos; meniscos. • Diagnóstico
DAD- Doença Articular Degenerativa: qualquer Radiografia: projeções laterais e rotação externa
patologia que comprometa as estruturas das do membro;
articulações;
• Tratamento
Osteocondrose
Conservador: restrição de exercício com anti-
É uma doença que acomete as articulações do inflamatório – pouco sucesso;
ombro e cotovelo, caracterizada por ser uma falha
na ossificação, observada frequentemente Cirúrgico: realizar a curetagem da região com
bilateral, podendo ter origem multifatorial, como: falha, e o osso irá crescer novamente, porém a
manejo, genética, nutricional. É observada em cartilagem irá crescer com tecido fibroso,
raças grandes e gigantes e rara em gatos. causando dor porém o animal vive normalmente;

É indicada a castração pois o animal pode passar


esta condição para seus descendentes;

MEDICAÇÕES: Analgésicos – dipirona e tramal;

Antibioticoterapia: ATB fraco;

NUPA- Não União do Processo Ancôneo

O processo ancôneo é uma estrutura óssea da


ulna que participa da mobilidade da articulação
radio-ulnar. Nesta patologia o processo ancôneo
não consegue se unir a metáfise ulnar proximal.

Acomete cães de grande porte, jovens entre 4 e 5


meses, tendo causa multifatorial a influência
hormonal, traumatismo, hereditariedade,
displasia do cotovelo;

• Sinais Clínicos

Claudicação de um ou ambos os membros, e


diminuição de extensão do cotovelo;
Animal possui falha na ossificação do osso
subcondral, causando o espessamento da • Diagnóstico
articulação que com o impacto pode causar o
Radiografia:
desprendimento de um fragmento, que irá causar
• Tratamento

Cirúrgico: Colocefalectomia – remoção da cabeça


e colo do fêmur. O fêmur ficará sustentado pela
• Tratamento musculatura do membro e a articulação será
preenchida por tecido de substituição; Possui
Conservador: Repouso e exercícios limitados; bom prognóstico.
Acompanhamento por radiografias;
Luxação Coxofemoral
Cirúrgico: remoção do fragmento (padrão);
redução cirúrgica e fixação com parafuso, e em É o deslocamento da cabeça femoral a partir do
cães jovens realizamos osteotomia ulnar para acetábulo, sendo mais comum a luxação
aliviar a pressão sobre o processo ancôneo; craniodorsal. Também podemos observar a
ruptura do ligamento redondo e cápsula articular;

• Pós-Operatório

Atadura no membro por 1 semana, repouso por 4


semanas, repetir radiografia com 6 meses;

• Prognóstico

Bom para cães operados com menos de 1 ano de


idade;

Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur

Também conhecido como osteocondrite juvenil,


necrose avascular, necrose asséptica, doença de
Legg-Calve-Perthes;

É a perca ou interrupção do aporte sanguíneo


para a cabeça do fêmur. Ocorre em pacientes
jovens de 6 a 10 meses, não possuindo predileção • Diagnóstico
de sexo. Até 17% dos casos são bilaterais, e ainda
Palpação da região – sentimos a tuberosidade do
possui etiologia desconhecida, porém com
ísquio, trocanter maior, crista ilíaca – que devem
desconfiança de ser ligada a hereditariedade.
formar um triângulo;
• Sinais Clínicos

Dor, claudicação, movimentação restrita, atrofia


muscular, mastigação na pele sobre a articulação.
• Sinais clínicos

Acomete animais entre 5 e 10 meses, causando


intolerância ao exercício, claudicação
intermitente, dor durante a extensão, abdução da
articulação.

• Diagnóstico

Radiografia, sinais clínicos e anamnese;

• Tratamento Radiografia – índice de norberg (angulação da


pelve e articulação);
CONSERVADOR: Com o animal sedado,
envolvemos o membro pélvico com uma
corda/gaze e rotacionamos o osso até que volte a
sua posição anatômica. Após isso deve ficar
imobilizado.

Problemática: o tempo de imobilização pode


causar atrofia muscular, sendo necessária
fisioterapia para fortalecer a musculatura.

CIRÚRGICO: colocefalectomia, ou sutura ílio


trocantérica.
• Tratamento

CONSERVADOR: repouso, compressas mornas,


analgésicos e AINES, controle de peso,
acupuntura, chão emborrachado;

CIRÚRGICO: colocefalectomia, denervação da


cápsula articular, sinfiodese púbica, artroplastia
total de quadril, osteotomia dupla e tripla da
pelve.
Sutura em formato de infinito, realizando a
MEDICAMENTO: pode-se utilizar a
fixação do fêmur ao acetábulo, causando
Gabapentina – 10 mg/kg – BID; Tramal +
estabilização;
Dipirona;

Displasia Coxofemural
Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial – RLCC
É o desenvolvimento anormal da articulação
coxofemoral, que pode ser hereditário ou
ambiental (aumento de peso, piso liso etc.). É raro
em gatos.
Na anatomia da articulação que liga o fêmur á
tíbia (fêmoro-tíbio-patelar), observamos o
ligamento cruzado, que é um ligamento que em
sua função normal “prende” estes dois ossos,
para evitar que ele saia de sua posição normal
durante o impacto dos movimentos.

Nos casos de RLCC observamos a ruptura deste


ligamento, causando a movimentação da tíbia e
sua saída do eixo normal.

Com o impacto
do fêmur sob a
tíbia, em casos de
ruptura
observamos o
deslocamento do • Diagnóstico
osso. Teste de Gaveta e Teste de Compressão Tibial – o
diagnóstico é clínico e a radiografia pode auxiliar;
• Tratamento Em cães de pequeno porte o deslocamento da
CONSERVADOR: tolerado em pacientes em fíbula é medial e em cães de grande porte é
menos de 10kg, sendo indicado o repouso e uso lateral;
de AINES. Em alguns casos observa-se também a É uma enfermidade que requer pronto
ruptura do ligamento contralateral (12 a 18 atendimento e não há técnica de estabilização que
meses); impeça a evolução da enfermidade articular
CIRÚRGICO: Intracapsular x Extracapsular – degenerativa.
SUTURA FABELO TIBIAL O não tratamento da instabilidade acelera o
- Osteotomia corretiva – TPLO – Osteotomia de desenvolvimento da enfermidade articular; Deve
Nivelamento do Platô da Tíbia. ser realizada a ARTROTOMIA e Inspeção dos
meniscos – principalmente medial;
TPLO – é feito o corte da cabeça da tíbia, fixando
ao corpo por meio de uma placa realizando a Tratamento conservativo em animais muito
fixação permanente dos ossos. pequenos ou com DAD avançada.

Luxação de Patela

É o sinal de alguma patologia primária, como


desalinhamento de quadríceps, patela, tróclea,
ligamento patelar, tuberosidade tibial; ou
anormalidade músculo-esquelética, como
deslocamento medial do quadríceps, torção
lateral da extremidade distal do fêmur, displasia
epifisária femoral proximal e distal, instabilidade
rotacional do joelho, deformidades tibiais.

Pode ser classificada em GRAUS:

GRAU 1: Só luxa se for forçada;

GRAU 2: Você tira e ela permanece fora, voltando


depois;
GRAU 3: Permanece fora e só volta se você
retornar;

GRAU 4: Não volta para o lugar – solto;

• Diagnóstico

Radiografia e exame clínico;

Exames de Imagem: auxilia a visualizar o grau de


deformidade óssea e alterações articulares;

Projeções: CC; ML; TG;

• Tratamento

CIRÚRGICO: correção dos tecidos duros

Trocleoplastia: em bloco (retira-se um pedaço e


reposicionam na fossa trocantérica); cunha
(realizam a abertura da fossa), condroplastia;

Pateloplastia;

Sutura anti-rotacional da tíbia;

Transposição da crista tibial;

Ligadura antirotacional.

• Pós-operatório

Tão importante quanto a cirurgia, necessitando


de repouso e rápidas caminhadas.

Analgésico: tramadol e dipirona;

AINES: Meloxicam;

ATB: Amoxicilina com Clav. De Potássio – 12,5 a


25mg/kg – BID);

Espaço restrito – emborrachado;

Fisioterapia;

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