Apostila Fertilizantes
Apostila Fertilizantes
Apostila Fertilizantes
FERTILIZANTES
2011
SUMÁRIO
1
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................
2. DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS FERTILIZANTES EM RELAÇÃO AOS CRITÉRIOS
FÍSICOS E QUÍMICOS............................................................................................................................... 2
2.1. Classificação em relação ao critério químico........................................................................................ 2
2.2. Classificação em relação ao critério físico............................................................................................ 2
2.2.1. Pó........................................................................................................................................................ 2
2.2.2. Mistura de grânulos............................................................................................................................ 2
2.2.3 Mistura granulada................................................................................................................................ 3
2.2.4. Complexo granulado.......................................................................................................................... 3
2.2.5. Líquidos ou fluídos............................................................................................................................. 3
2.2.6. Gasosos............................................................................................................................................... 4
3. CARACTERÍSTICAS DOS FERTILIZANTES..................................................................................... 4
3.1. Solubilidade........................................................................................................................................... 4
3.2. Higroscopicidade................................................................................................................................... 5
3.3. Salinidade.............................................................................................................................................. 6
3.4. Reação................................................................................................................................................... 7
3.5. Densidade.............................................................................................................................................. 9
4. COMPATIBILIDADE ENTRE FERTILIZANTES................................................................................ 9
5. O QUE É UMA FÓRMULA DE FERTILIZANTE?.............................................................................. 10
6. CÁLCULOS PARA ENCONTRAR A FÓRMULA DO FERTILIZANTE DESEJADA...................... 12
6.1. Relação básica entre nutrientes............................................................................................................. 12
6.1.1. Outras formas de cálculo da relação básica........................................................................................ 14
6.2. Formulação de misturas de fertilizantes................................................................................................ 15
6.2.1. Adição de micronutrientes em fórmulas de fertilizantes.................................................................... 21
6.3. Combinação de fertilizantes minerais e orgânicos................................................................................ 22
7. DEFINIÇÃO DA QUANTIDADE DA FORMULAÇÃO DO FERTILIZANTE A APLICAR............. 26
8. ADUBAÇÃO FOLIAR............................................................................................................................ 29
9. ASPECTOS ECONÔMICOS DA ADUBAÇÃO.................................................................................... 31
10. SUGESTÃO DE ROTEIRO DE AULA PARA DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE
35
NUTRIENTES DISPONÍVEIS EM FERTILIZANTES.............................................................................
10.1. Objetivo............................................................................................................................................... 35
10.2. Conceitos a serem abordados.............................................................................................................. 35
10.3. Material a ser utilizado........................................................................................................................ 36
10.4. Tempo de aula..................................................................................................................................... 36
10.5. Resumo da informação a ser divulgada aos alunos............................................................................. 36
10.6. Como determinar o percentual de um elemento químico em um composto....................................... 36
10.7. Como ler um rótulo de fertilizante...................................................................................................... 38
10.8. Exemplos práticos de como calcular a composição química dos fertilizantes.................................... 39
10.9. Conclusões.......................................................................................................................................... 43
11. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................. 43
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................... 44
APÊNDICE.................................................................................................................................................. 45
PRINCÍPIOS BÁSICOS PARA FORMULAÇÃO E MISTURA DE
FERTILIZANTES
1. Introdução
Os fertilizantes minerais são materiais produzidos por meio de processos industriais com objetivo
específico de serem utilizados como fonte de nutrientes de plantas. Hoje em dia, os fertilizantes são
essenciais nos sistemas de produção agrícola para reposição de nutrientes extraídos do solo na
Diante disso, com este material objetiva-se esclarecer alguns conceitos básicos sobre a
formulação de fertilizantes.
Espera-se que tais informações possam contribuir para o desenvolvimento das atividades
1
Universidade Federal de Lavras/UFLA - Departamento de Ciência do Solo/DCS - Caixa Postal 3037 - CEP 37200-000
- Lavras - MG. e-mail: douglasguelfi@dcs.ufla.br; ascheidl@dcs.ufla.br.
1
2. Definição e classificação dos fertilizantes em relação aos critérios físicos e
químicos
como produzidos industrialmente e podem ser classificados quanto ao critério químico da seguinte
maneira:
resultante da reação química de seus componentes, e que pode conter dois ou mais nutrientes
2.2.1. Pó
Ocorre quando dois ou três tipos de grânulos diferentes estão presentes na mistura.
2
Exemplo: Mistura de grânulos de sulfato de amônio + Grânulos de SFT + Grânulos de KCl.
É uma mistura de produtos em pó que passa pelo processo de granulação para que os
diferentes nutrientes fiquem no mesmo grânulo. Não ocorre reação entre os componentes da
mistura.
químicos.
São fertilizantes que se encontram no estado líquido. Podem ser divididos em duas classes:
2.2.6. Gasosos
temperatura e pressão. O único fertilizante que se apresenta nesta forma é a amônia anidra.
3.1. Solubilidade
utilizados os teores solúveis em água, enquanto que em fertilizantes fosfatados, são utilizados para
4
Tabela 1. Produto de solubilidade de diferentes fertilizantes utilizados na agricultura.
Fertilizantes Produto da solubilidade (1)
Ácido fosfórico 45,7
Ácido bórico 5,0
Cloreto de cálcio 60
Cloreto de potássio 34
DAP 40
MAP 22
Gesso 0,241
Nitrato de amônio 190
Nitrato de potássio 31
Sulfato de amônio 73
Sulfato de potássio 11
Superfosfato simples 2
Superfosfato triplo 4
Sulfato de manganês 105
Sulfato de zinco 75
Sulfato de cobre 22
Uréia 100
(1)
O produto de solubilidade pode ser definido como a quantidade do fertilizante que pode ser
dissolvida em 100 mL de água.
3.2. Higroscopicidade
absorver água é expressa pela umidade relativa crítica (Urc) que é a umidade relativa máxima a que
determindo fertilizante pode ser exposto sem que ocorra absorção de água. Algumas misturas de
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fertilizantes são incompatíveis porque ocorre uma diminuição do valor da Urc. Um exemplo é a
granulação. Outra alternativa é o recobrimento dos grânulos com materiais como caulim, enxofre,
3.3. Salinidade
É caracterizada pelo índice salino (IS) do fertilizante, que é a pressão osmótica causada pelo
fertilizante quando aplicado no solo. A referência é o nitrato de sódio: NaNO3 (IS = 100).
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Tabela 2. Índice salino de fertilizantes, determinado em relação ao nitrato de sódio, tomado como
Sulfato de amônio 69
MAP 30
DAP 34
Nitrocálcio 61
Ureia 75
Amônia anidra 47
Superfosfato simples 8
Superfosfato triplo 10
Sulfato de potássio 46
3.4. Reação
É a capacidade de alterar a reação do meio no qual eles são solubilizados (reação ácida ou
alcalina).
- Reação ácida: expressa em termos da quantidade de CaCO3 necessária para corrigir a acidez
7
- Reação alcalina: expressa em termos da quantidade de CaCO3 que gera alcalinidade equivalente à
Equivalente CaCO3
Fertilizantes
(kg t-1)
Amônia anidra 1480
Sulfato de amônio 1100
DAP 880
MAP 600
Nitrato de amônio 600
Nitrocálcio 280
Sulfonitrato de amônio 840
Ureia 840
Salitre do Chile - 290
Salitre de potássio - 260
Cloreto de potássio 0
Sulfato de potássio 0
Sulfato de potássio em magnésio 0
Superfosta simples 0
Superfosfato triplo 0
Termofosfato magnesiano -8
Farelo de algodão 90
Composto de lixo - 70
Caule da planta de fumo - 250
(1)
kg de CaCO3 equivalente, em excesso.
8
3.5. Densidade
embalagens. Como exemplos de densidade de fertilizantes sólidos podem ser citados os valores da
ureia: 1,33 g cm-3; fosfato diamônico: 1,78 g cm-3 e; KCl: 1,99 g cm-3.
fluído.
Em virtude das possíveis reações físicas, químicas e físico-químicas que podem ocorrer na
mistura de fertilizantes, pode-se dizer que existem três tipos de misturas entre eles, de acordo com a
Misturas compatíveis: Não ocorre nenhuma reação na mistura dos fertilizantes que possam
Misturas semi-compatíveis: A mistura deve ser feita pouco tempo antes da aplicação para
9
Misturas semi-compatíveis: A mistura deve ser feita pouco tempo antes da aplicação para
Misturas incompatíveis: São misturas de fertilizantes que não podem ocorrer, porque são
contenham sulfato, ureia e nitrato de amônio, nitrato de cálcio e cloreto de potássio e DAP + MAP.
FIGURA 1. Compatibilidade entre fertilizantes e corretivos para misturas a serem aplicadas no solo.
É habitual para se referir a determinada fórmula de fertilizante mineral utilizar uma série de
números separados por traços. Essa série de números é chamada de “fórmula do fertilizante”. Cada
um dos números representa a quantidade de nutrientes que o fabricante garante ter no fertilizante
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comercializado. Esse número inclui o total de nutriente encontrado em análise analítica oficial,
excluindo qualquer nutriente que é considerado indisponível para a nutrição da planta. O conteúdo
nutrientes por peso de 100 kg de fertilizante mineral. Essas porcentagens são o mínimo garantido
Normalmente, três números são usados para representar a concentração dos nutrientes nos
fertilizantes e estes três números sempre se referem, na ordem, à concentração dos macronutrientes
também, pode ser indicada na fórmula do fertilizante; cada número adicional é seguido pelo
fósforo e potássio no fertilizante, não na sua forma química, mas na forma de óxido, P2O5 e K2O.
Quando são feitas referências à concentração de fósforo no fertilizante é usual chamá-lo de fosfato,
que é a forma de fósforo presente na maioria dos fertilizantes, apesar de todos os cálculos e
concentração de nutrientes:
Um fertilizante com uma fórmula 18-46-0 tem a garantia do fabricante de ter a seguinte
concentração de nutrientes:
por 100 kg fórmula do fertilizante; 0% de K2O, ou seja, sem K2O na fórmula do fertilizante.
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Um fertilizante com uma fórmula 12-6-22 + 2% de MgO tem a garantia do fabricante de ter
fórmula do fertilizante.
Os fertilizantes mistos ou complexos (misturas) são produtos que contêm NPK, NP, NK ou
concentração mínima dos nutrientes na fórmula deve ser de 24% e a máxima 54%.
Com os resultados da análise de solo o técnico pode consultar quais as doses de nitrogênio (N),
fósforo (P2O5) e potássio (K2O) devem ser aplicadas. Essas doses apresentam relação definida. Para
nutrientes presentes na fórmula dos adubos. Por exemplo, caso se tenha tivermos em mãos a
12
RECOMENDAÇÃO:
N P2O5 K2O
15 75 30
÷ 15
1 kg de N
RELAÇÃO BÁSICA: 1 5 2 5 kg de P2O5
2 kg de K2O
Dessa forma, pode-se afirmar que para se encontrar as relações básicas em fertilizantes
formulados, deve-se dividir os números da fórmula pelo menor deles, desde que ele seja diferente
de zero.
÷5
1 5 2
5 kg de N
75 kg de P2O5
30 kg de K2O
OBSERVAÇÃO: Vale a pena ressaltar que, pela legislação brasileira, o somotarório do teor dos
∑ % N + % P2O5 + % K2O ≥ 24 e ≤ 54
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6.1.1. Outras formas de cálculo da relação básica
a) Por tentativa:
20-80-40 ÷ 10 = 2 – 8 – 4
fertilizantes).
Como a fórmula deve conter números inteiros poder-se-ia chegar à fórmula: 8 – 30 – 15.
14
c) Divisor comum:
1 – 4 – 2 x 4 = 4 - 16 - 8
1 – 4 – 2 x 5 = 5 - 20 -10
1 – 4 – 2 x 6 = 6 – 24 - 12
1 – 4 – 2 x 8 = 8 - 32 – 16 (ultrapassou 54%)
De acordo com Malavolta (1981), para se obter a quantidade (kg) de nutrientes dos
W = (A x B)/C, em que:
Para aplicação da fórmula vai-se utilizar como exemplo o preparo de uma tonelada da
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Nitrogênio:
Fósforo
No caso do fósforo tem-se a disponibilidade de duas fontes (SFS e SFT). O agricultor deseja
Potássio
100 kg de SFT e;
134 kg de KCl.
O total da quantidade de fertilizantes a ser utilizada na mistura é igual a 990 kg, ainda faltam
10 kg para completar uma tonelada. Esses 10 kg podem ser fornecidos como enchimento que pode
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Outra forma para o cálculo de misturas é por meio de regra de três simples. Utiliza-se como
exemplo o preparo de uma tonelada de 4 -12 -8, utilizando sulfato de amônio, SFS e KCl:
40 kg de N
80 kg de K2O
X -------------------------------- 40 kg de N
X = 600 kg de SFS
X ----------------------- 80 kg de P2O5
X = 133 kg de KCl
Novamente terá que ser utilizado 67 kg enchimento para compor uma tonelada. Assim
supondo que no preparo de uma tonelada da fórmula 4 14-8 foram utilizados ureia, superfosfato
triplo e cloreto de potássio. Se houver enchimento e se este for feito com torta de semente de
algodão, que possui 1,5% de N, 2% de P2O5 e 1,0% de K2O, como ficaria a fórmula final?
17
40 kg de N
80 kg de K2O
X ---------------------------------------------- 40 kg de N
X = 89 kg de ureia
X = 350 kg de SFT
X ----------------------- 80 kg de K2O
X = 133 kg de KCl
Será utilizada para enchimento a torta de algodão que fornecerá as seguintes quantidades de
N, P2O5 e K2O:
18
100 kg de torta de algodão -------------------------- 1,5 kg de N
X = 6,4 kg de N
X = 8,6 kg de P2O5
X = 4,3 kg de K2O
Existem casos em que ocorre a necessidade de utilização de mais de uma fonte para o
mesmo nutriente na fabricação do formulado. Cita-se como exemplo o preparo de uma tonelada da
mistura 5-20-25 (50 kg de N; 200 kg de P2O5; 250 kg de K2O) utilizando como fontes de nitrogênio
Primeiramente deve ser feito o cálculo de quanto será gasto das fontes de fósforo e potássio
SFT:
X = 444,4 kg de SFT
19
KCl:
Y = 416,7 kg de KCl
ultrapassando a quantidade de 138,9 kg dessas fontes. Para saber quanto vai se gastar desses
seguinte maneira:
UR + SA = 138,9 kg (Equação 1)
UR = 138,9 – SA (Equação 2)
12,5/0,25 = SA
SA = 50 kg dessa fonte
Porém, ainda falta a quantidade de ureia que pode ser obtida substituindo valor de SA na
equação 2:
20
UR = 138,9 – SA
UR = 138,9 – 50
UR = 88,9 kg
Diante disso, para o prepararo de uma tonelada da fómula 5-20-25 sem enchimento, precisa-se de:
mostrado para N, P, K, por meio de regra de três simples. Porém, quando é necessário adicionar a
fórmula N-P-K o cálculo é diferente. Como exemplo, tem -se a aplicação de 500 kg de 8-28-16 por
se multiplicar a quantidade necessária a aplicar por 100 e dividir pela quantidade da fórmula que
21
Então temos para o Zn e B:
[Zn] = 1% de Zn no formulado
8-28-16 + 1% Zn + 0,2% B
Para ilustrar como isso pode acontecer, supõe-se que a recomendação para a cultura a ser
adubada seja igual 80 kg de N por hectare, 80 kg de P2O5 por hectare, 50 kg de K2O por hectare. Ele
tem a disposição esterco bovino com 1% de N, 0,8% P2O5 e 0,4% de K2O. Qual a quantidade de
Para se definir a dose de esterco a ser aplicada o primeiro passo é saber quantos kg de N,
22
N=?
P2O5 =?
K2O = ?
0,4 % K2O = 0,4 kg K2O /100 kg esterco = 4 kg K2O /1000 kg esterco = 4 kg K2O /t esterco
10 kg N
8 kg P2O5
4 kg K2O
A partir de agora pode-se calcular a estimativa da quantidade de esterco a ser aplicada por
Nitrogênio:
X --------------------------------------- 80 kg de N
X = 8 toneladas de esterco
Fósforo:
Y --------------------------------------- 80 kg de P2O5
23
Y = 10 toneladas de esterco
Potássio:
Y --------------------------------------- 50 kg de K2O
A quantidade de esterco calculada pelo potássio igual a 12,5 t/ha, levará ao solo uma
Portanto, a saída para esse problema é se basear na quantidade calculada pelo nitrogênio
(menor 8 t/ha), que vai levar ao solo uma quantidade de P2O5 e de K2O inferior àquelas
recomendadas, porém, elas podem ser complementadas com fertilizantes minerais, não havendo,
Para fazer a complementação com os fertilizantes minerais, podem ser utilizados, por
exemplo, o super fosfato triplo - SFT (45% P2O5) e o cloreto de potássio - KCl (60% K2O).
maneira:
1t de esterco -------------------------- 10 kg de N
8t de esterco -------------------------- X
8t de esterco -------------------------- X
24
X = 64 P2O5 por hectare (inferior a recomendada)
8t de esterco -------------------------- X
P2O5.
X -------------------------- 16 kg de P2O5
X = 35,6 kg de SFT
K2O.
X -------------------------- 18 kg de K2O
X = 35,6 kg de KCl
Portanto para fornecer 80 kg de N por hectare, 80 kg de P2O5 por hectare, 50 kg de K2O por
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7. Definição da quantidade da formulação do fertilizante a aplicar
Dessa forma, supondo que um agricultor obteve, com base na análise de solo, a seguinte
Dessa maneira, pode-se utilizar a fórmula 4-26-14. Porém, qual será a quantidade (kg ha-1) a
26
Portanto, no exemplo tem-se:
QNA = a definir;
5 kg de Zn --------------------- X
X = 1% de Zn
4 – 26 - 14 + 1% Zn
Para finalizar é necessário saber quanto do formulado deve ser distribuído na linha de
plantio. Para isso deve-se saber qual o espaçamento da cultura (Figura 2) e o número de linhas de
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Figura 2. Esquema com as linhas de plantio em determinado espaçamento na área de 1 hectare.
Dessa maneira, se utilizado o espaçamento de 0,9 m para a cultura do milho, tem-se que:
Isso quer dizer que a cada metro de movimento da semeadora tem que cair na linha de plantio 45 g
da mistura. Com esse valor o técnico pode fazer a regulagem da máquina no campo. Para isso, deve
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marcar no campo (na área a ser semeada) duas estacas com uma distância conhecida, por exemplo,
Para fazer essa verificação o responsável deve retirar o tubo que liga o compartimento de
8. Adubação foliar
A adubação foliar é uma das alternativas que deve ser utilizada em situações específicas ou
De acordo com Faquin (2005), existem quatro situações nas quais deve-se utilizar a
adubação foliar:
Adubação foliar corretiva: Tem como objetivo corrigir deficiências nutricionais que venham
a ocorrer durante o ciclo da cultura tendo em vista respostas rápidas à aplicação do adubo
foliar;
Adubação foliar preventiva: Deve ser realizada, quando um nutriente está fora da faixa
considerada ideal e sua aplicação via solo não é eficiente. Essa situação ocorre na maioria
adubação via solo, ou seja, parte do(s) nutriente(s) é aplicada via solo e o restante
Existe uma variedade muito grande de fertilizantes, contendo macro e micronutrientes, que
adubação foliar são: ureia, MAP e cloreto de potássio purificado. Para macronutrientes secundários
Essas fontes são aplicadas na formas de caldas e assim como, para misturas sólidas, a
adubação foliar requer atenção em algumas situações para o preparo da calda de aplicação de
nutrientes.
Não deve ser feita a mistura de sulfato de zinco com óleos minerais, nesse caso deve-se
O mesmo sulfato de zinco, calda sulfocálcica e outras fontes com reação alcalina não devem
ser misturados com reguladores do crescimento. Situação que pode ocorrer na cultura do algodão.
O sulfato de zinco, também, é incompatível com o boráx e nessa situação a fonte de boro a
ser utilizada no preparo da mistura é o ácido bórico. O ácido bórico é incompatível com a ureia e
óxido de zinco.
Para ilustrar um pouco mais os métodos de cálculo de adubação foliar a seguir serão
30
O primeiro exemplo é a aplicação de uréia a concentração de 2% na calda a ser aplicada em
plantas de café bem enfolhadas. Para isso, deseja-se utilizar um volume de calda de 250 mL por
X = 5g de ureia/planta
Então tem-se:
5g de ureia/planta ----------------------------------- Y
Supondo-se o cafeeiro com 3 anos e considerando que cada planta tenha 3000 g de massa
seca de folhas e que a adubação foliar tenha uma eficiência de 65%. Tem-se que 2,25 g de N x 0,65
Para o entendimento do mecanismo econômico que propicia a utilização de plantas cada vez
eixos, a despesa por hectare com adubos minerais (todos os fertilizantes e corretivos somados e
31
hectare obtido para uma variedade dada em função da dose de adubo utilizado (Figura 4); Mazoyer
A Figura 4 mostra que a margem M, ou seja, a diferença entre o produto bruto e as despesas
com fertilizantes, varia em função da quantidade de fertilizantes Q utilizada por hectare. Para uma
quantidade de fertilizante igual a zero, a margem tem valor M0; em seguida essa margem aumenta
com a quantidade de fertilizantes utilizados até atingir um máximo Mmax que corresponde a uma
quantidade de fertilizante “ótima ou ideal” Q0; enfim, com quantidades de fertilizantes ainda mais
elevadas, a margem de lucro diminui, mesmo se o produto bruto por hectare continua a crescer até
A dose de fertilizante considerada “ideal” Q0, ou seja, a que reflete em uma margem mais
elevada Mmax, não se confunde com a dose de fertilizante proporcionada pelo produto bruto
máximo Pmax: no geral essa dose é muito inferior em relação ao produto bruto. Além disso, torna-se
necessário enfatizar que, se o preço dos fertilizantes ou do produto colhido aumenta no mercado, a
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dose ideal do fertilizante, também, varia: se os preços dos fertilizantes aumentam, a dose “ideal” Q0
e a margem máxima Mmax diminuem e, inversamente (Figura 5); se o preço do produto colhido
aumenta, a dose de adubos “ideal” Q0 e a margem Mmax aumentam e, inversamente (Figura 6).
Figura 5. Diminuição da dose ideal quando o preço dos fertilizantes aumenta (Q’0 < Q0).
Figura 6. Aumento da dose ideal dos fertilizantes quando o preço do produto colhido aumenta (Q’’0
> Q0).
33
Connsiderando agora quatro variedades de milho M1, M2, M3, M4, sucessivamente
selecionadas e cada vez mais produtivas e representadas as quatro variedades em função de doses
Figura 7. Produto bruto, despesas com fertilizantes e margens por hectare em função da dose de
fertilizante utilizada por quatro variedades de milho M1, M2, M3, M4.
A Figura 7 mostra que a margem máxima acessível para as três variedades M1, M2, M3,
continua crescendo (M1max < M2max < M3max). Ao contrário, ainda que o produto máximo da
variedade M4 seja mais elevado que todos os outros, a margem máxima acessível com esta
variedade (M4max) é inferior àquela obtida com a variedade M3, pois, a variedade M4, mais
produtiva, mas muito exigente, valoriza menos os fertilizantes. Nessas condições, as variedades M1,
M2, M3, serão adotadas uma após a outra porque elas alcançam um benefício crescente. Ao
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contrário, a variedade M4, embora mais produtiva, não será adotada, pois, o benefício que ela
10.1. Objetivo
precisam aprender a tomar decisões informadas sobre os produtos que compram. Dessa forma, o
objetivou-se neste roteiro de aula ensinar aos alunos a tomar decisões corretas sobre a compra de
Todos os fertilizantes não contêm o mesmo percentual de cada um dos nutrientes primários;
fertilizantes são preparados em diferentes composições. Para o agricultor só se pode aplicar o que é
Embora os fertilizantes sejam uma parte importante da produção agrícola eles podem ser
35
10.3. Material a ser utilizado
- Calculadora.
- Tabela Periódica.
40 minutos
Os agricultores decidem qual fertilizante deve ser aplicado com base no tipo de solo, análise
fertilizante. Primeiramente deve ser realizada análise de solo para avaliação de quais nutrientes
devem ser aplicados por meio da utilização de fetilizantes e corretivos. O agricultor escolhe então
qual a melhor combinação de fertilizantes que irá atender as necessidades da área de cultivo.
Fertilizantes minerais e orgânicos, corretivos, rotação de culturas e adubação verde são opções a
serem consideradas em uma abordagem integrada para fonecimento de nutrientes para as plantas.
Quando a adubação é reduzida ocorre diminuição da produtividade das culturas e com o tempo
esgotamento da fertilidade do solo. Por outro lado, quando ela é feita em excesso também pode
reduzir a produtividade das culturas e pode custar caro para o agricultor e ser danoso ao meio
ambiente. Muitas pesquisas estão sendo desenvolvidas com o objetivo de diminuir problemas
indústria de fertilizantes percebeu que deve fazer o seu trabalho na proteção e melhoria da
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qualidade ambiental. A tendência atual é que as atividades ligadas ao agronegócio sejam cada vez
mais sustentáveis. Isso significa que os agricultores devem repor as substâncias, dentre elas os
nutrientes extraídos pelas culturas, que são retirados dos ecossistemas. Fertilizantes minerais e
orgânicos são sustâncias utilizadas para essa reposição. Cálculos com base em princípios químicos
são importantes para determinar quanto de um nutriente está dísponivel no fertilizante para
mais eficientes e com menor custo. Dessa forma é necessário que os alunos aprendam a calcular as
porcentagens de vários nutrientes no fertilizante e em susas misturas. Eles vão ver como essa
informação é útil para si, bem como para as principais operações agrícolas.
elemento que contribui para a massa do composto como um todo. Um químico, muitas vezes
calculada a partir de uma fórumla assumida. Este tipo de cálculo deve ser utilizado na aula.
O sal (NaCl) é composto por dois elementos: sódio e cloro na proporção 1 para 1. Portanto,
os dois elementos estão presentes na mesma proporção em massa. Dessa forma, o percentual de
sódio em toda a amostra de cloreto de sódio é a massa atômica do elemento dividida pela massa da
37
% Na = massa atômica do Na x 100
massa do NaCl
% Na = 23 x 100
35
% Na = 39,3%
mais de um átomo de um elemento aparece. A fórmula do etanol é C2H5OH e sua massa molecular
é 46,1. Pode-se observar que uma molécula de etanol contém dois átomos de carbono com uma
% C = 24 x 100
46,1
% C = 52,1%
Após os cálculos, pode ser realizada uma atividade entitulada “Como ler o rótulo de
fertilizantes”. Para isso, deve ser utilizado o rótulo ou a embalagem de um ou vários fertilizantes
38
10.8. Exemplos práticos de como calcular a composição química dos fertilizantes
nitrogênio de cada um. Se o custo da tonelada desses dois fertilizantes é igual qual a melhor
alternativa de compra?
% N = 28 x 100 % N = 14 x 100
80 17
A amônia é a melhor compra e deve ser aplicada como amônia anidra, um gás incolor. Esse
gás é injetado no solo a cerca de cinco centímetros de profundidade. Embora a amônia anidra seja a
fonte mais barata de N, muitos cuidados são necessários para sua aplicação, porque ela pode causar
danos aos olhos, nariz, garganta, pulmão e pele, se o aplicador entra em contato com o gás. Os
alunos devem entender que outros fatores, além de preço, são considerados na escolha do
fertilizante.
sulfato de potássio (K2SO4) e o outro o cloreto de potássio (KCl). Os dois fertilizantes têm o mesmo
custo por tonelada, mas ele quer usar o que tem a percentagem mais elevada de potássio. Qual
39
K2SO4 KCl
K2 = 39 x 2 = 78 K = 39
S = 32 Cl = 35
O4 = 4 x 16 = 64
Massa molecular = 174 Massa molecular = 74
% K = 78 x 100 % K = 39 x 100
174 74
3. Vamos supor que um agricultor precise saber o teor de nutrientes presentes em amostras do
fertilizante adquirido para comprar com o rótulo e saber se os teores estão dento da garantia. A
Amostra A:
45 45
% Fe = 78 % de Fe % SO4 = 22 % de SO4
40
Amostra B:
215 215
% Fe = 78 % de Fe % SO4 = 22 % de SO4
4. O nitrato de cálcio e o nitrato de amônio são utilizados como fertilizantes. Calcule o precentual
de N de cada um. Se os custos do nitrato de cálcio são de R$ 1225,00 por tonelada e do nitrato de
amônio R$ 1275,00 por tonelada, qual dos dois é mais econômicamente viável? (Dica: Determinar
Ca(NO3)2 NH4NO3
Ca = 40 N = 2 x 14 = 28
N = 2 x 14 = 28 H=4x1=4
O = 6 x 16 = 96 O = 3 x 16 = 48
Para cada tonelada de nitrato de cálcio apenas 17,1% é N. Dessa forma, na aplicação de 300
kg/ha de nitrato de cálcio, somente (0,171 x 300 = 51,3 kg de N) 51,3 kg são na verdade nitrogênio.
41
No caso do nitrato de amônio, 35 % dos compostos é nitrogênio, então uma 300 kg desse
Para o cálculo do custo para saber qual dos dois fertilizantes é mais barato devem ser
Custo do N
300 kg de Ca(NO3) = R$ 1225,00
prensente no R$ 1225,00 x
51,3 kg N 51,3 kg N
nitrato de cálcio 300 kg do Ca(NO3)2
Custo do N
na fonte, determinam qual fertilizante é mais rentável. Neste exemplo, embora o custo da tonelada
do nitrato de amônio seja maior (R$ 1275,00 versus R$ 1225,00) ele tem maior porcentagem de N
(35% versus 17,1 do nitrato de cálcio). A maior concentração de N diluiu o custo do N fato que
42
5. O super fosfato é fabricado por meio do tratamento da rocha fosfática Ca3(PO4)2 com ácido
Se a reação acima tem um rendimento de 52,5 %, quanto Ca(H2PO4)2 poderia ser obtido de
10.9. Conclusões
43
12. Referências Bibliográficas
RAIJ, B. van; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J. A. Estimulantes. In: RAIJ, B. van et al.
(Ed.). Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo. 2. ed. Campinas:
Instituto Agronômico; Fundação IAC, 1996. p. 37-41. (Boletim Técnico, 100).
44
APÊNDICE
(*) Considerando-se densidade aparente de 1,0 kg/dm3 tem-se que 1 mg/dm3 = 1 ppm.
(**) Considerando-se 1 ha de 2.000 t (20 cm de profundidade e densidade do solo: 1,0 kg/dm3).
45
Anexo 2. Quantidade de adubo por aplicar no sulco, em função do espaçamento.
Quantidade do Espaçamento
adubo 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 1,10 1,20 1,30 1,40 1,50
kg/ha ----------------------------------------g/10m-------------------------------------
100 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150
150 75 90 105 120 135 150 165 180 195 210 225
200 100 120 140 160 180 200 220 240 260 280 300
250 125 150 175 200 225 250 275 300 325 350 375
300 150 180 210 240 270 300 330 360 390 420 450
350 175 210 245 280 315 350 385 420 455 490 525
400 200 240 280 320 360 400 440 480 520 560 600
450 225 270 315 360 405 450 495 540 585 630 675
500 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750
550 275 330 385 440 495 550 605 660 725 770 825
600 300 360 420 480 540 600 660 720 780 840 900
650 325 390 455 520 585 650 715 780 845 910 975
700 350 420 490 560 630 700 770 840 910 980 1.050
750 375 450 525 600 675 750 825 900 975 1.050 1.125
800 400 480 560 640 720 800 880 960 1.040 1.120 1.200
850 425 510 595 680 765 850 935 1.020 1.105 1.190 1.275
900 450 540 630 720 810 900 990 1.080 1.170 1.260 1.350
950 475 570 665 760 855 950 1.045 1.140 1.235 1.330 1.425
1.000 500 600 700 800 900 1.000 1.110 1.200 1.300 1400 1.500
1.100 550 660 770 880 990 1.100 1.210 1.320 1.430 1.540 1.650
1.200 600 720 840 960 1.080 1.200 1.320 1.440 1.560 1.680 1.800
1.300 650 780 910 1.040 1.170 1.300 1.430 1.560 1.690 1.820 1.950
1.400 700 840 980 1.120 1.260 1.400 1.550 1.680 1.820 1.960 2.100
1.500 750 900 1.050 1.200 1.350 1.500 1.660 1.800 1.950 2.100 2.250
46
Anexo 3. Cálculo da quantidade de adubo (kg) necessária para fabricação de uma tonelada da mistura.
Porcentagem Porcentagem do elemento no adubo
do elemento
na mistura 6 8 12 14 16 18 20 27 30 45 46 48 50 60
1 167 125 88 72 63 56 50 38 34 23 22 21 20 17
2 333 250 167 143 125 111 100 75 66 45 44 42 40 33
3 500 375 250 215 188 167 150 112 100 67 66 62 60 50
4 667 500 333 286 250 222 200 150 134 90 88 83 80 67
5 833 625 417 357 313 278 250 186 167 112 109 104 100 83
6 1000 750 500 429 375 333 300 223 200 134 131 125 120 100
7 875 583 500 438 389 350 260 234 156 152 146 140 117
8 1000 667 572 500 444 400 297 267 178 174 167 160 133
9 750 643 563 500 450 334 300 200 196 188 180 150
10 833 714 625 556 500 370 334 223 220 208 200 167
11 917 786 688 611 550 410 367 245 240 229 220 183
12 1000 857 750 667 600 445 400 267 261 250 240 200
13 929 813 722 650 482 434 290 283 271 260 217
14 1000 875 778 700 520 467 312 305 292 280 233
15 938 833 750 556 500 334 327 313 300 250
16 1000 889 800 593 534 356 348 334 320 267
Fonte: Malavolta (1981)
47
Anexo 4. Principais fertilizantes nitrogenados utilizados na agricultura.
Fertilizante Garantia mínima Observações
Amônia amidra 82% de N
Nitrato de sódio 15% de N Teor de perclorato de sódio não pode exceder a 1%
Teor de biureto até 1,5 % para aplicação no solo e 0,3%
Uréia 44% de N
para adubação foliar
Nitrato de amônio 32% de N
Nitrato de amônio e cálcio
20 % de N 2 a 8% de cálcio e 1 a 5% de magnésio
(Nitrocálcio)
O teor de tiocianato de amônio não poderá exceder 1%.
Sulfato de amônio 20% de N
Possui 22 a 24% de enxofre
Cloreto de amônio 25% de N 62 a 66% de cloro
Nitrato de cálcio 14% de N 18 a 19% de cálcio; 0,5 a 1,5% de magnésio
48
Anexo 5. Principais fertilizantes fosfatados utilizados na agricultura.
Fertilizante Garantia mínima Observações
16% de N
Fosfato diamônico (DAP)
45% de P2O5
9% de N
Fosfato monoamônico (MAP)
48% de P2O5
Fosfato natural 34% de P2O5 23 a 27% de cálcio
30% de P2O5 (pó)
Hiperfosfato 28% de P2O5 30 a 34% de cálcio
(granulado)
Superfosto simples 18% de P2O5 18 a 20% de cálcio; 10 a 12% de enxofre
Superfosfato triplo 41% de P2O5 12 a 14% de cálcio
Fosfato natual parcialmente 25 a 27% de cálcio; 0 a 6 % de enxofre; 0 a2% de
34% de P2O5
acidulado magnésio
Termofosfato magnesiano 17% de P2O5 7% de magnésio; 18 a 20% de cálcio
Fosfato natual reativo 28% de P2O5 Mínimo de 30% de cálcio
Escória de Thomas 12% de P2O5 20 a 29% de cálcio; 0,4 a 3% de magnésio
Fosfato bicálcico 38% de P2O5 12 a 14% de cálcio
49
Anexo 6. Principais fertilizantes potássicos utilizados na agricultura.
Fertilizante Garantia mínima Observações
Cloreto de potássio 58% de K2O 45 a 48% de cloro
Sulfato de potássio 48% de K2O 15 a 17% de enxofre; 0 a 1,2% de magnésio
18% de K2O
Sulfato de potássio e magnésio 22 a 24% de enxofre; 1 a 2,5% de cloro
4,5% de Mg
44% de K2O
Nitrato de potássio
13% de N
50
Anexo 8. Principais fertilizantes contendo micronutrientes utilizados na agricultura.
Fertilizante Garantia mínima Observações
Boráx 11% de B
Ácido bórico 17% de B
Sulfato de cobre 13% de Cu
Óxido cúprico 75% de Cu
Óxido cuproso 89% de Cu
Sulfato férrico 23% de Fe
Sulfato ferroso 19% de Fe
Sulfato manganoso 26% de Mn 14 a 15% de enxofre
Óxido manganoso 41% de Mn
Molibidato de amônio 54% de Mo 5 a 7% de nitrogênio
Molibidato de sódio 39% de Mo
Óxido de zinco 50% de Zn
Sulfato de zinco 20% de Zn 16 a 18% de enxofre
Cloreto de cobalto 34% de Co
Óxido de cobalto 75% de Co
51
Anexo 9. Composição dos fertilizantes e resíduos orgânicos de origem animal,
vegetal e agroidustrial (elementos na matéria seca)(3).
Materiais orgânicos C/N Umidade C N P 2O 5 K 2O Ca
- % % -- Porcentagem na massa seca --
Esterco bovino fresco 16 62 26 1,6 1,6 1,8 0,5
Esterco bovino curtido 21 34 48 2,3 4,1 3,8 3,0
Cama de frango de corte 22 28 48 2,2 2,4 2,7 2,3
Esterco de galinha 11 54 34 3,0 4,84 2,4 5,1
Esterco de suíno 10 78 27 2,8 4,1 2,9 3,5
Esterco de equino 25 61 35 1,4 1,3 1,7 1,1
Casca de café (1) 28 11 50 1,8 0,3 3,6 0,4
Farinah de ossos 4 6 16 4,1 27,3 4,3 23,2
Composto de lixo (2) 27 41 27 1,0 0,8 0,7 1,9
Lodo de esgoto (2) 11 50 34 3,2 3,6 0,4 3,2
Vinhaça in natura 17 95 20 1,2 0,4 8,0 2,0
Torta de filtro 21 65 32 1,5 1,7 0,3 4,6
Torta de mamona 9 9 49 5,2 1,8 1,6 2,0
Mucuna sp 20 87 46 2,3 1,1 3,1 1,5
Crotalária juncea 25 86 50 2,0 0,6 2,9 1,4
Milho 46 88 50 1,1 0,4 3,3 0,4
Materiais orgânicos Mg S B Cu Fe Mn Zn
----- % na massa seca ----- ---------------- mg kg-1 na massa seca -------------
Esterco bovino fresco 0,3 0,3 15 16 2100 276 87
Esterco bovino curtido 0,9 0,3 24 38 3512 335 329
Cama de frango de corte 0,6 0,4 36 93 1300 302 228
Esterco de galinha 1,1 0,4 27 230 3200 547 494
Esterco de suíno 1,3 0,6 16 937 3700 484 673
Esterco de equino 0,5 0,2 10 22 2732 226 85
Casca de café (1) 0,1 0,1 33 18 150 30 70
Farinah de ossos 0,4 - 0,4 2 11 2 18
Composto de lixo (2) 0,2 0,2 3 181 8300 - 432
Lodo de esgoto (2) 1,2 0,4 37 870 36000 408 1800
Vinhaça in natura 0,8 1,0 - 100 144 13 60
Torta de filtro 0,5 0,6 11 119 22189 576 143
Torta de mamona 0,9 0,2 30 80 1423 55 141
Mucuna sp 0,3 0,3 30 23 370 103 66
Crotalária juncea 0,3 0,2 20 7 281 60 14
Milho 0,2 0,2 16 10 120 110 25
Fonte: adaptado de Berton (1997)
(1)
Produto obtido a partir do beneficiamento do café em coco, formado pela casca do fruto e o pergaminho.
(2)
Resíduos urbanos (composto de lixo e lodo de esgoto) têm uso proibido em hortaliças, raízes e tubérculos conforme
resolução do CONAMA 375/06.
(3)
Para cálculos de adubação orgânica devem ser utilizados os teores na massa seca. Quando necessária, a conversão
das quantidades dos elementos em peso úmido para peso seco deve ser calculada por meio da seguinte fórmula:
concentração do nutriente no resíduo seco em g kg-1 ou mg kg-1 = concentraçãono material sem secar em g kg-1 ou
mgkg-1 x 1000 / (1000 – umidade em g kg-1).
52
Anexo 10. Fatores multiplicativos (fm)(1) entre as unidades e formas dos macronutrientes.
Centimol de Forma Forma de óxido Forma de Forma de sal
Para N Ycarga
cmolc elementar
YgN Y g de NO3- 3/ Yradical
g NH4+ X g NH4NO3
X cmolc 1 (2) 0,14007 0,62007 0,18039 0,80046
XgN 7,1393 1 4,42686 1,28786 2,85736
X g de NO3- 1,6127 0,22589 1 0,29092 1,29092
X g NH4+ 5,5435 0,77648 3,43739 1 4,43739
X g NH4NO3 1,2493 0,34997 0,77464 0,22536 1
Para P Y cmolc YgP Y g de P2O5 X g PO43- Y g Ca(H2PO4)2.H2O
X cmolc 1 0,10325 0,23658 0,31658 1,26037
XgP 9,6855 1 2,29140 3,006624 4,06912
X g de P2O5 4,2269 0,43641 1 1,33815 1,77582
X g PO43- 3,1588 0,32613 0,74730 1 1,32707
X g Ca(H2PO4)2.H2O 0,7934 0,24575 0,56312 0,75354 1
Para K Y cmolc YgK Y g de K2O - Y g KCl
X cmolc 1 0,39098 0,47098 - 0,74551
XgK 2,5577 1 1,20461 - 1,90677
X g de K2O 2,1232 0,83014 1 - 1,58289
X g KCl 1,3414 0,52445 0,63176 - 1
Para Ca Y cmolc Y g Ca Y g de CaO - Y g CaCO3
X cmolc 1 0,20039 0,2839 - 0,50045
X g Ca 4,9903 1 1,39922 - 2,49736
X g de CaO 3,5665 0,71468 1 - 1,78482
X g CaCO3 1,9982 0,40042 0,56028 - 1
Para Mg Y cmolc Y g Mg Y g de MgO - Y g MgCO3
X cmolc 1 0,12153 0,20153 - 0,42158
X g Mg 8,2288 1 1,65830 - 3,46908
X g de MgO 4,9622 0,60303 1 - 2,09195
X g MgCO3 2,3720 0,28826 0,47802 - 1
Para S Y cmolc YgS - Y g de SO42- Y g CaSO4.2H2O
X cmolc 1 0,16033 - 0,48033 0,86072
XgS 6,2371 1 - 2,99588 5,36843
X g de SO42- 2,0818 0,33379 - 1 1,79193
X g CaSO4.2H2O 1,1618 0,18627 - 0,55806 1
(1)
Y = fm.x. (2) Esses fatores, exceto cmolc, podem ser usados em outras transformações com unidades ponderais. Não é
óxido, mas sim radical.
53