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Resumos TESTE 2

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Potenciais de membrana

Distribuição dos iões dentro e fora da célula:

Meio intracelular – K+ Meio extracelular – Na+

As células excitáveis (musculares e nervosas) podem alterar a permeabilidade da membrana aos iões,
o que altera a diferença de voltagem.

As proteínas são sintetizadas no interior da célula e não se difundem para fora. Atraem catiões K+ para
dentro da célula e repelem aniões Cl-.

Canais iónicos: principal fonte de fluxo do gradiente elétrico, respondem a estímulos

 Canal com portão de voltagem – alteração do potencial de membrana


 Canal com portão ligante – estímulo químico
 Canal com portão mecânico – estímulo mecânico

Os canais iónicos são proteínas integrais e são específicos. Permeabilidade pode ser afetada por:
tamanho, carga elétrica, estrutura tridimensional e proteínas de portão

Movimentos de Na+ e K+ através da membrana

Dois grandes sistemas deslocam iões K+ e Na+ através da membrana:

 Por difusão: canais iónicos


 Transporte ativo: bomba sódio potássio

Bomba Sódio-Potássio

Consome ATP. Transporta 3 Na+ para fora da célula e 2 K+ para dentro da célula.

Eletrogénica – cria pequena diferença de voltagem. Mantém os gradientes normais de [K+] E [Na+]
entre o interior e o exterior da celula

Diferença de potencial

Pequena diferença de carga elétrica junto à membrana celular – Diferença de potencial

O interior da membrana é negativo em comparação com o exterior. Apesar da diferença de


concentrações iónicas o MIC e MEC são eletricamente neutro.

Potencial de repouso

Diferença de carga elétrica transmembranar quando a célula se encontra numa situação de não
estimulado. É proporcional ao potencial dos iões K+ para se difundirem para fora da célula.

Em equilíbrio o movimento de K+ ou outros iões é muito reduzido.

Hiperpolarização – aumento do
Despolarização – diminuição do
potencial de membrana.
potencial de membrana. Aumento
Diminuição de K+ no meio
de K+ no meio extracelular
extracelular
Potencial Local

Pequena alteração no potencial de repouso. É gerado quando o canal iónico ligante ou mecânico abre
ou fecha em resposta a um estímulo. Propagam-se de forma decrescente (diminuem a amplitude com
o aumento do intervalo da estimulação) e os despolarizantes são capazes de gerar potenciais de ação.

Discreto – diferença de potencial depende da força do estímulo

Aumento da permeabilidade da membrana:

 A Na+ (despolarização local)


 Iões K+ ou Cl- (hiperpolarização local)

Potencial de ação

Alteração maior no potencial de membrana que se propaga sem alteração da amplitude por toda a
membrana. É produzido quando um potencial local atinge o potencial limiar.

Potencial limiar – potencial em que um potencial local despolariza a membrana o suficiente para
produzir um potencial de ação.

Lei do “Tudo ou Nada” – um potencial de ação tem a mesma amplitude, seja qual for a “força” do
estímulo

Despolarização: diminuição da permeabilidade da membrana a iões K+ e do


movimento de Na+ para dentro da célula

Repolarização: diminuição da permeabilidade da membrana a iões Na+ e aumento


da permeabilidade da membrana a iões K+

Hiperpolarização: continua a siar K+. O potencial de membrana torna-se mais


negativo que o potencial de repouso. Fecha-se os canais de K+ e estabelece-se
bomba Na+-K+

Período Refratário

Período refratário Absoluto é o tempo após um PA, durante o qual a membrana não consegue iniciar
outro PA, seja qual for a intensidade do estímulo.

Período refratário relativo segue-se ao período refratário absoluto e é o período durante o qual um
estímulo mais forte que o limiar consegue evocar outro PA.

Propagação do Potencial de Ação

 Transmite-se às regiões adjacentes e destas para a membrana celular


 Sentido unidirecional (devido ao período refratário)
 Leva à abertura dos canais de Na+

Sinapse Química – através de Frequência – A intensidade do estímulo


neurotransmissores determina a frequência dos PA

Sinapse Elétrica – O PA propaga-se entre Acomodação – o PL regressa ao potencial de


células adjacentes repouso após curto período de tempo, e
nenhum PA é produzido depois de o PL ter
descido abaixo do limiar
Estímulo sublimiar: produz PL Estímulo Submáximo: é + forte do que estimulo limiar

Estímulo limiar: produz PL que alcança o limiar Estímulo máximo ou supramaximo: produz frequência
e causa PA máxima de PA
RESUMO:

Despolarização – entrada de Na+ para a célula. Potencial da membrana passa para positivo

Repolarização
. – saída de K+ da célula. Potencial de membrana fica muito negativo

Hiperpolarização – fecham-se os canais K+ e estabelece-se bomba Na+-K+. Potencial de Repouso

Sistema Nervoso
Funções:

 Informação sensorial
 Integração (processamento da informação e iniciação da resposta)
 Controlo dos músculos e glândulas
 Homeostase
 Atividade mental

Sistema Nervoso Central (SNC) – encéfalo + medula espinal

Sistema Nervoso Periférico (SNP) – Nervos cranianos e espinhais

 Aferente: PA para SNC


 Eferente: PA do SNC para órgãos -alvo

Sistema Nervoso Somático (voluntário)– transmite os PA do SNC para o músculo esquelético, pele e
mucosas

Sistema Nervoso Autónomo (involuntário) – transmite os PA do SNC para o musculo liso e cardíaco,
glândulas e vasos.

Neurónio – recebem estímulos e transmitem os PA para outros


neurónios ou para órgãos efetores

Corpo Celular – Local de síntese proteica

Dendritos – extensões do citoplasma. Conduzem sinais elétricos


para o corpo celular

Axónios – fibras nervosas transmitem PA para outras células


Tipos de neurónios:

 Multipolares – vários dendritos e um único axónio. Neurónios de associação e motores


 Bipolares – único axónio e único dendrito. Componentes de alguns órgãos sensoriais.
 Pseudounipolares – um prolongamento aparente. Células sensoriais
Neuróglia

Células não neurais que suportam e apoiam os neurónios SNC e SNP, são muito mais que os
neurónios.

Neuróglia do SNC

 Astrócitos – Suporte estrutural aos neurónios e vasos sanguíneos. Formam parte da barreira
hematoencefálica e processam substâncias que a atravessam
 Microglia – integra o sistema imunitário. Macrófagos que fagocitam microorganismos,
substâncias estranhas ou tecido necrótico
 Células ependimárias – revestem os ventrículos encefálicos e o canal central da medula
espinhal. Algumas são especializadas na produção de líquido cefalorraquidiano
 Oligodendrócitos – formam bainhas de mielina em torno dos axónios dos neurónios do SNC

Neuróglia do SNCP

 Células de Schwann – formam bainhas de mielina em torno dos axónios e dendritos dos
neurónios do SNP
 Células satélite – suportam e alimentam os corpos celulares neuroniais no interior dos gânglios
nervosos

Bainhas axoniais
Axónios não mielinizados – repousam em invaginações de oligodendrócitos
(SNC) ou células de Schwann (SNP) e conduzem os PA lentamente

Axónios mielinizados – estão envolvidos por várias camadas de membrana


celular de oligodendrócitos ou células de Schwann. Os espaços nas bainhas
são os nódulos de Ranvier

Axónio não mielinizado Axónio mielinizado

Os PA são conduzidos mais rapidamente por condução saltatória de um nodo de Ranvier para o
seguinte.

Organização do tecido nervoso


Substância branca – axónios mielinizados

Substância cinzenta – conjuntos de corpos celulares ou axónios não mielinizados, que formam o córtex
cerebral, a região central da medula espinal, núcleos no SNC e gânglios no SNP

Comunicação no Sistema Nervoso


Sinapse: união entre 2 células em que o PA de uma célula pode causar a produção de PA na outra.

 Axodendrítica – entre axónio e dendrito (A)


 Axossomática – entre axónio e corpo celular (B)
 Axoaxónica – entre 2 axónios (C)
 Dendrodendrítica - entre 2 dendritos (D)

Célula pré-sináptica: conduz o impulso à sinapse

Célula pós-sináptica: inicia a resposta ao impulso chegado à sinapse, transportando o PA para longe
da sinapse

Neurotransmissor: mediador químico que induz uma resposta no neurónio pós-sináptico

Sinapses elétricas
O gradiente iónico é transmitido de uma célula a outra através de canis proteicos (junções de
hiato/comunicantes). O impulso elétrico transmite-se livre e instantaneamente entre as células pré e
pós sinápticas. A transmissão pode ser bidirecional.
 Localização : células musculares cardíacas, musculo liso do tubo digestivo, córtex do SNC e retina

Sinal elétrico (impulso nervoso)  Sinal Químico (neurotransmissor)  Sinal elétrico (potencial pós sináptico)
Sinapses químicas
As membranas celulares estão separadas pela fenda sináptica e o gradiente elétrico é transmitido de
uma célula para a outra através de um neurotransmissor. A transmissão é unidirecional e mais lenta.

Regulação – em resposta à entrada de Ca2+ a enzima Ca2+-calmodulina proteína cinase regula a


quantidade do neurotransmissor que é libertada

Remoção do neurotransmissor:

 Difusão: para fora da fenda sináptica segundo o gradiente de concentração


 Degradação enzimática: acetilcolinesterase
 Recaptura: por transportadores para o interior da célula pré-sináptica

Potenciais Pré e Pós-Sinápticos

A atividade do neurónio é a somação de toda a informação proveniente das sinapses.

Potenciais pré-sinápticos – Agem no neurónio pré-sináptico, modulando a atividade pós-sináptica

 Potenciais pré-sinápticos inibitório – O PA de A liberta neurotransmissores  diminuição de Ca2+ no


neurónio B inibe o efeito excitatório do neurónio B sobre o neurónio C
 Potenciais pré-sinápticos excitatório – O PA de A liberta neurotransmissores  aumento de Ca2+ no
neurónio B e estimula o efeito excitatório do neurónio B sobre o neurónio C (excitação pós-
sinaptica).

Potenciais pós-sinápticos – Causados por neurotransmissores sem limiar de estimulação ou período


refratário (potencial local).

 Potenciais pós-sinápticos inibitório – Abertura de canais para K+ ou Cl-  hiperpolarização da


membrana  diminuição da probabilidade de gerar PA
 Potenciais pós-sinápticos excitatório – Abertura de canais com portão ligante para Na+ ou Ca2+ 
potencial local é inferior ao potencial de repouso (não chega até ao limiar de geração de PA). Dura
poucos milissegundos e propaga-se a pouca distância
Facilitação: aumento da probabilidade de gerar PA

Somação espacial e temporal

Somação espacial – Somatório de informação que chega aos dendritos e corpo celular, proveniente de
vários neurónios. Cada informação recebida “ocupa” local na membrana pós-sináptica

Somação temporal – Somatório de informação que chega aos dendritos e corpo celular, proveniente
de neurónio pré-sináptico que envia vários potenciais pós-sinápticos ao longo do tempo

Se a somação temporal + somação espacial excitar o segmento até ao limiar, desencadeia-se um PA.

Vias neuroniais

Vias divergentes –impulso estimula nº crescente


de neurónios ao longo da via neuronial

Ex: estímulo doloroso

Vias convergentes –impulso estimula nº decrescente de


neurónios ao longo da via neuronial

Ex: neurónios da medula espinal que controlam mov.


musculares
Circuitos oscilantes – neurónios estabelecem circuitos circulares e neurónios pós-sinápticos também estimulam
os pré-sinápticos  um PA desencadeia vários PA prolongando a resposta ao estímulo.

Uma vez estimulado, o circuito só para quando as sinapses estão fatigadas ou por ação de neurónios inibitórios.

Ex: Ventilação (insp/exp)


Regeneração e reparação do tecido nervoso
Plasticidade – capacidade de se modificar com base na experiência.

 Formação de novos dendritos


 Síntese de novas proteínas
 Alterações nos contactos sinápticos

Reparação de tecido Nervoso no SNP

Axónios e dendritos associados a neurolema podem ser reparados se:

 Corpo celular estiver intacto


 Células de Schwann estiverem funcionais
 Não se formar tecido de cicatrização muito rapidamente

Reparação do axónio

 24-48 horas.
Cromatólise – corpos Nissl degradam-se em massas granulares muito finas. Inibição pela neuróglia.
Corpo celular dilata (max. 10-20 dias apos a lesão)
 3-5 dias – degeneração
Walleriana: parte distal à lesão dilata e degrada-se em pequenos fragmentos, a mielina deteriora-se
e os macrófagos fagocitam os dendritos
Retrógrada: parte proximal à lesão altera-se de modo semelhante à parte distal, mas só até ao
nodo de Ranvier mais próximo
Começam a formar-se novos axónios desde a área proximal que crescem em direção aos
recetores ou eferores situados distalmente
 Dias seguintes
Após a cromatólise, há síntese acelerada de proteínas e RNA, que favorece a reparação do axónio.
O neurolema permanece intacto e as células de Schwann de ambos os lados multiplicam-se,
formando-se um tubo de regeneração à volta da lesão
 A reparação completa pode demorar meses

Sistema Nervoso Central


Constituído pelo encéfalo (caixa craniana) e medula espinal (canal vertebral).

O encéfalo e a medula espinal desenvolvem-se a partir da placa neural, que evolui e forma o tubo
neural. Os ventrículos e o canal central medular desenvolvem-se a partir do tubo neural.
Telencéfalo
Prosencéfalo Encéfalo:
Diencéfalo
 Cérebro (telencéfalo)
Metencéfalo
Rombencéfalo  Diencéfalo
Mielencéfalo
o Tálamo
o Hipotálamo
 Cerebelo (Metencéfalo)
Cérebro (telencéfalo)
 Tronco cerebral – liga a medula espinal ao cérebro
o Mesencéfalo
o Ponte (Metencéfalo)
Diencéfalo
o Bulbo raquidiano (Mielencéfalo)
Mesencéfalo

Cerebelo ponte Formação reticular – núcleos dispersos por todo o tronco


Tronco cerebral
(Metencéfalo) cerebral envolvidos na regulação de: ritmo sono, ritmo
Bulbo
raquidiano cardíaco e respiratório.
Medula Espinal
Bulbo raquidiano – parte inferior do tronco cerebral. Contém feixes ascendentes e descendentes.
Núcleos de nervos cranianos que regulam ritmo cardíaco, respiração, deglutição, vómito, tosse…

 Pirâmides bulbares – proeminência par na superfície anterior do bulbo. Passagem e decussação


de feixes nervosos descendentes para controlo consciente dos músculos esqueléticos
 Olivas bulbares – estrutura arredondada par, lateral à margem superior da pirâmide. Envolvidas
no equilíbrio, coordenação e modulação de estímulos sonoros

Ponte – Feixes nervosos ascendentes e descendentes. Contém núcleos pônticos (sono, respiração) e
núcleos de nervos cranianos.
Mesencéfalo- Superfície anterior

Pé ou tegmento: feixes ascendentes e núcleos rubros. Colaboram na regulação


insconsciente das atividades motoras
-
Substancia negra: participa na manutenção do tónus muscular e na coordenação
dos movimentos

Calote dos pedúnculos cerebrais – maior via descendente

Mesencéfalo - Superfície posterior

Teto ou lâmina quadrigémea: 4 núcleos, os tubérculos ou colículos quadrigémeos

 Colículos superiores – reflexos visuais, informação visual


 Colículos inferiores – informação auditiva

Cerebelo - atua na correção das discrepâncias entre o movimento pretendido


e o efetivo. Pode aprender atividades motoras altamente complexas e
especificas

 Córtex cerebeloso
 Substância branca
 Núcleos cerebelosos
Pedúnculos
cerebeloso
 3 pedúnculos cerebelosos (sup/médio/inf) ligam o cerebelo ao resto do
Córtex cerebeloso
SNC
Núcleo cerebeloso
 Lobo floculonodular – equilíbrio e movimentos oculares
verme  Verme – postura, locomoção, coordenação motora fina
 Hemisférios laterais – planeamento e execução
Tálamo – 4/5 peso do diencéfalo

Núcleos pares ligados no centro pela massa intermédia ou adesão


intertalâmica. Principal centro de interface sensorial, influencia o humor e o
movimento
Subtálamo – contem núcleos subtalâmicos, envolvidos no
controlo das funções motoras.

Epitálamo – composto pelos núcleos da habénula (olfato) e


glândula pineal ou epífise (influência na puberdade, produz
melatonina)
Estímulos auditivos – corpo geniculado medial Estímulos visuais – corpo geniculado lateral

Outros estímulos – núcleo ventral posterior Integração sensorial – núcleo lateral posterior e pulvinar

Funções motoras – núcleos ventrais Alteração do humor – núcleos anteriores e mediano

Regulação das emoções – núcleo dorsolateral

Hipotálamo – Principal centro de controlo para a manutenção da homeostasia do organismo e


regulação da função endócrina. Contem diversos núcleos e

 Fibras aferente (órgãos viscerais, recetores do paladar, áreas cutâneas especificas)


 Fibras eferentes (tronco cerebral e medula espinal (SN autónomo))

Centros hipotalâmicos comandam a regulação:

 Autónoma (ritmo cardíaco, esvaziamento da bexiga, diâmetro dos vasos)


 Endócrina (secreção da hipófise, metabolismo)
 Muscular (mov involuntários)
 Térmica
 Fome e sede
 Emoções (medo, raiva)
 Ciclo sono
Cérebro

Fenda inter-hemisférica – Divide em 2 hemisférios

Circunvolunções – acidentes mais evidentes na superfície

Sulco – fendas entre circunvoluções

Regos – sulcos mais evidentes (de Sylvius ou lateral, de Rolando


ou central)

Lobo frontal – função motora, motivação, olfato e humor

Lobo parietal – centro sensorial, excepto olfato, audição e visão

Lobo Occipital – recepção e integração dos estímulos visuais


ínsula
Lobo temporal – memória, pensamento abstrato, capacidade de julgamento,
receção e integração dos estímulos auditivos e olfato

~ Ínsula – emoções sociais, homeostasia, aprendizagem e controlo motor

Organização do cérebro
Córtex cerebral – substância cinzenta na superfície exterior do cérebro

Núcleos da base – substância cinzenta na profundidade do cérebro. Envolvidos


no controlo das funções motoras

Fibras de associação – ligam áreas do cortéx do mesmo hemisfério

Fibras comissurais – ligam os dois hemisférios

Fibras de projeção – entre o cérebro e outras partes do SNC


Irrigação Sanguínea

O encéfalo e irrigado pelas artérias carótidas internas e artérias vertebrais (forma a artéria basilar ou
tronco basilar). As artérias basilar e carótidas internas contribuem para o polígono de Willis/circulo
arterial cerebral. Os ramos do polígono e do tronco basilar irrigam o encéfalo.

Ventrículos

Canal Central da medula espinal

Quarto ventrículo – liga através do aqueduto mesencefálico ao

Terceiro ventrículo – entre os dois tálamos, no diencéfalo,


ligado pelo buraco interventricular aos

Ventrículos laterais – um por hemisfério cerebral

Líquido Cefalorraquidiano

Produzido a partir do sangue nos plexos coroideus de cada ventrículo (células ependimárias), é semelhante ao
plasma. Desloca-se pelos ventrículos até ao espaço subaracnoídeu, onde é reabsorvido nos seios durais, pelas
granulações subaracnoídeas. Constitui amortecedor em torno do SNC.

Meninges

Camadas que envolvem o SNC.

Dura-máter – mais superficial e espessa, adere à caixa craniana. 2 folhetos cuja separação forma seios venosos
durais

Aracnóideia – muito fina. Espaço subdural separa a aracnóideia e a dura-máter. 2 folhetos, cuja separação forma o
espaço subaracnoideu preenchido por líquido cefalorraquidiano.

Pia-máter– ligada à superfície do encéfalo e medula espinal

Medula Espinal
Integra informações que recebe e produz respostas a partir de movimentos
reflexos. Estende-se do buraco occipital até L2 diminuindo de diâmetro no
sentido caudal

Segmento cervical superior: 3 primeiros nervos cervicais

Dilatação cervical (C4-T1): raízes do plexo braquial. Entrada e saída dos nervos
dos membros superiores

Dilatação Lombar (T10-L1): raízes dos plexos lombar e sagrado

Cone medular: região cónica logo abaixo da dilatação lombar

Cauda equina: cone medular e os nervos que se estendem para baixo deste

Filamento terminal: tecido conjuntivo que fixa a medula ao cóccix


Sulcos medianos – anterior e posterior
Comissuras (cinzentas e brancas) – ligam as duas
metades
Canal central medular – centro da comissura
cinzenta

Substância Branca – periférica


 3 cordões (ant/lat/post)
 cada cordão divide-se em feixes nervosos
(ascendentes e descendentes)
Substância Cinzenta – central
 Cornos posteriores – aqui fazem sinapse os axónios dos neurónios sensitivos
 Cornos anteriores (mais largos) – corpos celulares dos neurónios somáticos
 Cornos laterais – corpos celulares dos neurónios do SN autónomo

Raízes dorsais – transportam PA aferentes e entram próximo dos cornos posteriores/dorsais

Raízes ventrais – transportam PA eferentes e saem perto dos cornos anterior/ventrais. São constituídos por axónios
de neurónios dos cornos anterior e lateral

Gânglios espinhais ou da raiz dorsal – dilatações nodulares que contém os corpos celulares dos neurónios sensitivos

Nervos raquidianos – formados pela união das duas raízes

Sistema Tegumentar
Funções: Cabeça 9%

 Proteção dos órgãos Membro sup. 9%


 Excreção de sais, água e catabolitos
 Regulação da temperatura corporal Tronco 18%
 Síntese de vitamina D
 Armazenamento de nutrientes Genital 1%
 Deteção de sensações e transmissão ao SN
Membro inf. 18%
Hipoderme – Localizada sob a derme. Fixa a pele às estruturas subjacentes

 Também pode ser designado por tecido celular subcutâneo ou fáscia superficial
 Tecido conjuntivo laxo com fibras de colagénio e elastina

Principais células:

 Fibroblastos
 Células adiposas
 Macrófagos

Local de armazenamento de gordura.

Derme – Unida à hipoderme. Responsável pela


resistência estrutural da pele. Linhas de clivagem.

 Tecido conjuntivo denso irregular


 Algumas fibras de elastina e reticulares e +
colagénio
 Fibroblastos, células adiposas e macrófagos
 Terminações nervosas sensitivas
 Folículos pilosos, musculo liso, glândulas e vasos linfáticos
Derme papilar: Derme reticular:

 + superficial  + profunda
 + células e – fibras  Principal camada fibrosa
 Bem vascularizadas  Constituída principalmente por colagénio
 Contem neurónios sensoriais  Contínua com a hipoderme

Epiderme – Epitélio pavimentoso estratificado de descamação, composto por: queratinócitos,


melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel. Dividida em 5 camadas:

 Basal - Queratinócitos produzem as células das camadas mais superficiais. Separa a epiderme da
derme. Fiada única de células cúbicas ou cilíndricas ligadas por hemidesmossomas.

 Espinhosa - 8 a 10 fiadas de células multifacetadas unidas por desmossomas. Achatam-se à


medida que são empurradas para a superfície. Surgem corpos lamelares – organelos contendo
membranas e cheios de lípidos

 Granulosa – 2-5 fiadas de células aplanadas em forma de losango. Células repletas de grânulos de
queratohialina. A morte das células ocorre nesta camada. Corpos lamelares derramam o seu
conteúdo no espaço intercelular

 Translucida – Várias camadas de células mortas transparentes. Apenas em zonas de pele espessa.

 Córnea - 25 ou + camadas de células queratinizadas mortas. Desmossomas fragmentam-se,


permitindo a descamação

Queratinização
 Transformação de células vivas da camada basal em células de descamação mortas da camada
córnea.

As células queratinizadas são repletas de queratina e possuem involucro proteico, ambos contribuindo
para a força estrutural. Espaços intercelulares preenchidos com lípidos, que contribuem para a
impermeabilidade da epiderme.

Queratina mole encontra-se na pele e no interior dos pelos.


Queratina dura encontra-se nas unhas e no exterior dos pelos (não descama)

Tipos de pele
Pele espessa: 5 camadas

 Encontra-se em áreas sujeitas a pressão e fricção (planta dos pés e mãos, pontas dos dedos)
 A derme sob a pele espessa produz as impressões digitais palmares e plantares

Pele fina: 4 camadas

 Camada translucida esta normalmente ausente


 Os pelos encontram-se só na pele fina

Cor da pele
A melanina engloba um conjunto de pigmentos responsáveis pela cor da pele, pelos e olhos. É
produzida a partir da tirosina, pela enzima tirosinase.

Os melanócitos produzem melanina nos melanossomas (vesiculas) e transferem-na para os


queratinócitos. O tamanho e a distribuição dos melanossomas determinam a cor da pele.
A cor da pele é determinada geneticamente, mas pode ser influencia por hormonas e radiação UV. O
caroteno pode induzir aparência amarela. O sague pode alterar a cor da pele quendo circula à
superfície ou tem pouco oxigénio.

Anexos da pele
Pêlo

Característico da pele dos mamíferos. Perto do parto, o pelo fetal (lanugo) é substituído por:

 Pelos definitivos nas pestanas, sobrancelhas e couro cabeludo


 Penugem no resto do corpo (pelos curtos, finos e sem pigmento)

Na puberdade, a penugem pode ser substituída por pelos definitivos.

Constituído por células epiteliais mortas queratinizadas. Dividido em 3 partes:

 Haste – parte que se projeta para fora da pele


 Raiz – parte que se encontra abaixo da superfície
 Bulbo piloso – protuberância na raiz do pelo
o Produz o pêlo em ciclos: Fase de crescimento
e fase de repouso

Constituído por:

 Medula – eixo central de células com queratina mole


 Córtex – células com queratina dura
 Cutícula – 1 só camada de células, forma a superfície
do pelo

O folículo piloso é formado por 2 bainhas radiculares:

 Dérmica: derme que envolve a bainha radicular epitelial


 Epitelial: exterior (camadas epidérmicas variáveis) e interior (unida à cutícula)

No interior do bulbo piloso, a matriz produz o pelo e a bainha radicular.

Musculo eretor do Pêlo

Musculo liso multiunitario. Estende-se da bainha radicular dérmica do pêlo à camada papilar da derme.
Eriça o pelo, em resposta ao frio ou ao medo. Aumenta a espessura da pelagem, armazenando mais ar
e isolando melhor a pele.

Unhas

A unha é constituída por:

 Queratina dura
 Raiz ungueal
 Corpo da unha – várias camadas de células córneas
 Bordos
o Livre (sob:hiponiquio)
o Laterais e proximal

Bordos laterais e proximal, cobertos pela prega ungueal, cuja camada córnea cresce sobre o corpo da
unhas, formando a cutícula ou eponíquio.
A matriz ungueal produz o corpo da unha. A raiz e o corpo das unhas unem-se ao leito ungueal e o
corpo é empurrado ao longo deste – crescimento continuo ao longo da vida

Glândulas

Glândulas sebáceas – Glândulas alveolares holócrinas, na derme, produzem sebo, que engordura o
pêlo e a superfície da pele.

Glândulas sudoríparas merócrinas – Glândulas glomerulares tubulares simples, produzem suor que
arrefece o corpo

Glândulas sudoríparas apócrinas – Glândulas glomerulares tubulares compostas, produzem secreção


orgânica que pode ser degradada por bactérias e originar odor corporal

Outras Glândulas

Glândulas sudoríparas modificadas:

Glândulas ceruminosas: glândulas merócrinas modificadas que produzem cerúmen.

Glândulas mamárias: glândulas apócrinas modificadas que produzem leite

Envelhecimento do sistema tegumentar


 fluxo sanguíneo para a pele

 Epiderme fica + fina


 Derme tem – colagénio e – elastina
 Lesões + fáceis, reparação + demorada

Glândulas sudoríparas e sebáceas ativas.  gordura da hipoderme e  fibras na derme  flacidez e


rugas.

Exposição ao sol   rede de fibras elásticas,  colagénio e  divisão de queratinócitos

Sistema Nervoso Periférico


Estrutura de um nervo

No SNP, cada neurónio é rodeado pelo endonervo. Cada grupo de axónios é unido pelo perinervo,
formando fascículos ou feixes nervosos.

 Os feixes nervosos são ligados pelo epinervo (tecido conjuntivo denso),


formando o nervo.

 Os nervos periféricos são formados por feixes de axónios, células de


Schwann e tecido conjuntivo.

SNP

 Estabelece a ligação entre o SNC e o resto do corpo, bem como com o


meio que o rodeia.
 Recolhe informações sensitivas e sensoriais e transmite-se ao SNC
 Transmite instruções motoras do SNC para os órgãos executores

Constituído por 43 pares de nervos e respetivos gânglios:

 12 pares de nervos cranianos


 31 pares de nervos raquidianos
Nervos Cranianos

Funções: Sensoriais, propriocetivas, motoras e parassimpáticas

I. Olfativo 2. Óptico

Função: sentido especial (olfato) Função: sentido especial (visão)


Origem: recetores do epitélio olfativo Origem: retina
Passa via: lamina crivada do etmoide Passa via: canal óptico do esfenoide
Percurso: recetores olfativos para o córtex cerebral Percurso: NC II para o córtex cerebral

Podem ser considerados mais como prolongamentos do encéfalo (SNC) do que como nervos
cranianos (SNP)

Com ação sobre músculos que movimentam o globo ocular e da orbita :

3. Oculomotor Comum

Função: motora, propriocetiva e parassimpática


Origem: mesencéfalo
Passa via: fenda esfenoidal
Destino: Somático – reto sup, interno, inf, obliquo inf e levantador da pálpebra Parassimpático – músculos
intrínsecos do olho

4. Patético ou Troclear 6. Oculomotor Externo ou abducente

Função: motora e propriocetiva Função: motora e propriocetiva


Origem: Mesencéfalo Origem: ponte
Passa via: fenda esfenoidal Passa via: fenda esfenoidal
Destino: músculo obliquo superior Destino: musculo reto lateral
5. Trigémeo – 3 ramos (oftálmico, maxilar e mandibular). Único NC implicado na inervação sensitiva
cutânea de demátomo.
Origem: bolbo raquidiano ponte e mesencéfalo

 Ramo oftálmico
Função: sensitiva: couro cabeludo, testa, pálpebra sup e córnea
Passa via: fenda esfenoidal

 Ramo maxilar
Função: sensitiva: palato, maxilar sup e dentes, cavidade nasal, pálpebra inf, lábio superior,
pele região malar, nasofaringe e gengiva superior
Passa via: buraco redondo

 Ramo mandibular
Função: sensitiva: mandibula, dentes, gengiva inferior, mucosa da bochecha, lábio inferior, pele
do queixo, pavilhão auricular e região temporal
Motora e propriocetiva: músculos da mastigação, tensor do véu palatino, digástrico, milo-
hioideu e tensor do tímpano
Passa via: buraco oval

7. Nervo Facial

Origem: Ponte Destino: face e pescoço


Função:

 Sensorial: paladar Sensitiva: parte do ouvido externo e palato


 Motora e propriocetiva: músculos da expressão facial, digástrico, estilo-hioideu e estribo
 Parassimpática: glândulas salivares submandibulares e linguais, lacrimais, da cavidade nasal e palato

8. Nervo Vestibulococlear ou estatoacústico

Origem: recetores do vestíbulo e da cóclea (ouvido interno) Destino: Ponte


Passa Via: meato auditivo interno
Função: sentidos especiais (audição) e equilíbrio (ramo vestibular)

9. Nervo Glossofaríngeo

Origem: bolbo raquidiano e ponte


Passa Via: buraco lácero posterior
Função:

 Sensorial: paladar Sensitiva: faringe, amígdalas, ouvido médio, seio e corpos carotídeos
 Motora e propriocetiva: musculo estilofaríngeo
 Parassimpática: glândula salivar parótida e glândulas do 1/3 posterior da língua

10. Vago ou pneumogástrico

Origem: bolbo raquidiano


Passa Via: buraco lácero posterior
Função:

 Sensorial: paladar Sensitiva: faringe inferior, laringe, órgãos torácicos e abdominais


 Motora e propriocetiva: palato mole, faringe, laringe e palatoglosso
 Parassimpática: vísceras torácicas e abdominais
11. Espinhal ou acessório

Origem: bolbo raquidiano e medula espinal


Passa Via: buraco occipital e buraco lacero posterior
Função: motora e propriocetiva – componente craniana (palato mole e faringe) e componente espinhal
(esternocleidomastóideu e trapézio)

12. Grande Hipoglosso

Origem: bolbo raquidiano


Passa Via: canal do hipoglosso
Função: motora e propriocetiva – músculos intrínsecos e extrínsecos da língua e da garganta (tiro-hioideu e genio-
hioideu)

Nervos Raquidianos

31 pares = 8 cervicais + 12 torácicos + 5 lombares + 5 sagrados + 1 coccígeo

Saem pelos buracos de conjugação exceto o 1º (que sai entre a caixa craniana e C1) e os últimos 5
que saem pelos buracos sagrados.

Origem: união das raízes ventrais (eferentes) e dorsais (aferentes). As raízes dorsais e ventrais
resultam da união de 7 a 8 radicelos .

Os nervos raquidianos dividem-se em ramos:

 Ramos dorsais – servem os músculos profundos e pele junto à linha media do dorso
 Ramos ventrais – na região torácica formam os nervos intercostais que inervam o tórax e
porção superior do abdómen, e os restantes juntam-se formando plexos (tranças).

Nervos que saem dos plexos têm axónios de + de 1 nervo espinhal, com
origem em + que 1 nível da medula espinhal cervical, braquial, lombar e
sagrado, e coccígeo.

Ramos comunicantes (simpáticos) – saem das regiões torácica e lombar


superior

Dermatoma ou dermátomo – distribuição sensitiva cutânea especifica


(exceto C1)

Plexo Cervical (C1-C4)

Inerva os músculos hioideus e a pele do pescoço, ombro e cabeça.


Nervos: Frénico – inerva o diafragma (C3-C5)

Plexo Braquial (C5-T1)

Inerva os membros superiores. Os nervos C5-T1, mais anastomose do


ramo ventral de C4 (parte do plexo cervical) formam 3 troncos primários:

 C4 – C6 – tronco primário superior


 C7 – tronco primário médio
 C8-T1 - tronco primário inferior

Estes troncos primários juntam-se e tornam-se a separa em troncos


secundários (posterior, lateral e medial). Os troncos secundários dão
origem a 5 nervos principais:
 N. circunflexo axilar - deltoide, pequeno redondo e pele ombro Ver legenda no livro!!

 N. Radial – músculos extensores do braço e antebraço e pele da superfície posterior do braço, antebraço e
mão

 N. musculocutanêo - músculos anteriores do braço e pele da superfície lateral do antebraço

 N. cubital - maioria dos músculos intrínsecos da mão e a pele do lado cubital da mão

 N. mediano – músculos pronadores, maioria dos flexores antebraquiais, maioria dos tenares, e a pele do
lado radial da palma da mão

 Outros nervos (maioria dos músculos do braço, ombro)

Plexo Lombar e sagrado

Devido à proximidade, sobreposição e distribuição similar, os dois plexos são muitas vezes
considerados em conjunto.

Plexo lombar:

 N. obturador – adução coxa


 N. femoral ou crural – psoas, ilíaco, pectíneo, sartório e quadricípite femoral, flexão da coxa e
extensão da perna

Plexo sagrado:

 N. ciático ou isquiático
 N. ciático popliteu externo ou peroneal
 N. ciático popliteu interno ou tibial

Plexo Coccígeo

É constituído pelos nervos S4,S5 e Co (anococcígeo). Inervação motora dos músculos do pavimento
pélvico e sensitiva da pele que recobre o cóccix.

Sistema Nervoso Autónomo


O SNP divide-se em :

 Sistema aferente somático e visceral


 Sistema eferente somático - inerva a musculatura esquelética
 Sistema nervoso autónomo

O SN entérico é parte do SN Autónomo e consiste em plexos de neurónios simpáticos e


parassimpáticos (corpos celulares e axónios) na parede do tubo digestivo. Esses plexos incluem:

 Neurónios sensitivos (do tubo digestivo para o SNC)


 Neurónios motores do SNA (do SNC para o tubo digestivo)
 Neurónios entéricos (no tubo digestivo)

Tem capacidade de controlar o tubo digestivo independentemente do SNC. Gerakmente o SNC e o


SNE trabalham em conjunto.
SN Somático VS SN Autónomo

No SN somático: No SN Autónomo:

Os corpos celulares dos neurónios Os corpos celulares de neurónios pré-


somatomotores localizam-se no SNC ganglionares localizam-se no SNC e os seus
axónios projetam para gânglios autonómicos.
Os seus axónios terminam nos músculos
esqueléticos onde têm efeito: Nos gânglios autonómicos, estabelecem
sinapse com neurónios pós-ganglionares.
 Excitatório
 Controlado de forma consciente e Os axónios pós-ganglionares (pós-sinápticos)
inconsciente terminam no musculo liso, musculo cardíaco ou
glândulas, onde têm efeitos:

 Excitatórios ou inibitórios
 Controlados de forma inconsciente

Divisões do SNA

 Divisão Simpática (toracolombar)

Os corpos celulares pré-ganglionares estão na substância cinzenta dos cornos laterias da medula
espinhal (T1 a L2).

Os axónios pré-ganglionares passam pelas raízes ventrais para os ramos comunicantes brancos, e
para os gânglios da cadeia simpática. Dos gânglios autonómicos, há 4 vias: Os axónios
pré~ganglionares:

 Fazem sinapse com neurónios pós-ganglionares, que saem dos gânglios pelos ramos
comunicantes cinzentos, e entram nos nervos raquidianos
 Fazem sinapse (ao mesmo ou a diferente nível) com neurónios pós-ganglionares, que saem dos
gânglios pelos nervos simpáticos
 Passam pela cadeia ganglionar sem fazer sinapse e formam nervos esplâncnicos. Os axónios
pré-ganglionares estabelecem sinapse com neurónios pós-ganglionares nos gânglios pré-
viscerais
 No caso da glândula supra-renal, fazem sinapse na medula supra-renal

Resposta simpática: Quando a divisão simpática é ativada, observa-se:

 níveis de alerta
 Sensação de energia e euforia, associada a insensibilidade temporária a estímulos dolorosos
 Atividade nos centros respiratórios e cardiovasculares levando a um aumento da pressão
sanguínea, ritmo cardíaco e respiratório
 Tónus muscular

 Divisão Parassimpática (craniossagrada) – zona do crânio e sagrada

Os corpos celulares pré-ganglionares estão em núcleos no tronco cerebral ou na substancia cinzenta


dos cornos laterais da medula espinal (S2 a S4).

Os axónios pré-ganglionares:

 Do encéfalo passam para os gânglios pelos nervos cranianos III, VII, IX e X


 Da região sagrada passam pelas raízes ventrais dos nervos pélvicos para os
gânglios autonómicos.
Os neurónios pré-ganglionares passam para os gânglios pré-viscerais da parede do órgão inervado ou
perto dele.

Resposta parassimpática

 Constrição das pupilas


 Ativação das glândulas digestivas
 Secreção de hormonas que promovem a absorção e utilização de nutrientes
 Contração bexiga
 SLUDD – salivação, lacrimejo, urina (micção), digestão e defecação

Fisiologia do Sistema Nervoso Autónomo


Neurotransmissores do SNA

Neurónios colinérgicos: segregam acetilcolina

 Axónios pré-ganglionares simpáticos e parassimpáticos e axónios pós-ganglionares


parassimpáticos

Neurónios adrenérgicos: segregam norepinefrina

 Axónios pós-ganglionares simpáticos

Recetores da Acetilcolina no SNA

A acetilcolina liga-se a:

 Recetores nicotínicos – encontram-se em todos os neurónios pós-ganglionares


 Recetores muscarínicos – encontram-se em todos os órgãos efetores parassimpáticos e alguns
simpáticos

Estímulo de:

 Recetores nicotínicos –  Na+  PPSEs


 Recetores muscarínicos -  ou  K+  PPSIs ou PPSEs

Recetores da Noradrenalina

A noradrenalina liga-se a: (ver quadro 16.3)

 Recetores alfa (∝ 1, ∝ 2)
 Recetores Beta (𝛽1, 𝛽2)
 Tipicamente, a ativação pelos nervos simpáticos de ∝ 1, 𝛽1 produz estimulação
 A ativação de ∝ 2 ou 𝛽2 pela adrenalina e noradrenalina da glândula suprarrenal produz respostas
diversas

Regulação do Sistema Nervoso Autónomo


Os reflexos autónomos controlam a maior parte da atividade dos órgãos viscerais, glândulas e vasos
sanguíneos. O SN entérico pode desencadear reflexos locais.

A atividade dos reflexos autonómicos pode ser influenciada pelo hipotálamo e centros cerebrais
superiores.
Generalizações funcionais

 Ambas divisões do SNA produzem efeitos estimulatorios e inibitórios


 A maioria dos órgãos são inervados por ambas divisões, geralmente com efeitos opostos, mas
também complementares e sinérgicos.
 O sistema simpático tem efeitos mais generalizados do que o sistema parassimpático
 Cada divisão por si ou em conjunto, pode coordenar a atividade de diferentes estruturas
 Em geral, a atividade simpática prepara para a atividade física, enquanto a parassimpática é mais
importante para funções vegetativas

Reflexos
Respostas automáticas aos estímulos e que ocorrem sem pensamento consciente.

Arco reflexo – unidade funcional básica do SN, a porção mais simples capaz de receber um estimulo e
produzir resposta. Composto por:

 Recetor sensorial
 Neurónio sensorial ou aferente
 Neurónio de associação
 Neurónio eferente ou motor
 Órgão efetor

Têm o seu centro na Medula espinal e tronco cerebral

 Reflexos do tronco cerebral (Ex: constrição da pupila em resposta a mais luz, aumento do ritmo
cardíaco em resposta a menor pressão arterial, etc)
 Reflexos medulares (Ex: reflexo de extensão, de retirada, etc)

Reflexos Medulares

Reflexo de retirada ou reflexo flexor: Afasta uma parte do corpo de um


estímulo doloroso.

O estímulo é detetado por nociceptor (1), o PA entra na ME pela raiz


posterior (2), onde o neurónio sensitivo faz sinapse (3) com o neurónio de
associação excitatório, que faz sinapse com neurónio motor alfa (4), que
inervam músculos flexores, causam a contração (5) e afastamento do
estímulo doloroso.

Ramificações laterais do neurónio aferente para o encéfalo para que haja


consciência do estímulo doloroso.
Reflexo de extensão:

Fusos musculares detetam estiramento do


musculo esquelético.
Neurónios sensitivos levam o PA até à ME,
fazem sinapse com neurónios motores
alfa, que levam o PA ao músculo e
causam o seu encurtamento reflexo
monossimpatico.

Neurónios motores gama regulam a


sensibilidade (via estiramento) do fuso
muscular.

Reflexos dos órgãos tendinosos de Golgi:

O aumento da tensão num tendão é detetado pelos órgãos tendinosos de Golgi, causa PA, que viaja
até à ME, entrando pela raiz dorsal, faz sinapse com neurónios de associação inibitórios, que fazem
sinapse com neurónios motores alfa, que inervam o músculo associado ao recetor sensorial ativado,
causando o seu relaxamento.

Inervação recíproca: provoca o relaxamento dos músculos antagonistas do movimento de retirada.


Associado aos reflexos de retirada e de extensão.

Reflexo extensor contralateral: associado ao reflexo de retirada. Durante o reflexo flexor de um


membro, o membro oposto é estimulado a estender-se.

Integração de funções do SN
Informação sensitiva: Perceção

Vias nervosas sensitivas

 Córtex cerebral
o Áreas sensitivas
o Processamento sensitivo
 Vias descendentes moduladoras da sensação

Vias nervosas sensitivas

Gânglios espinhais concentram o 1º neurónio (pseudounipolar), que atinge


a ME via corno posterior, daí, feixes ascendentes levam informação até ao
encéfalo.

Sistema anterolateral: Feixes espinhotalâmico, espinhoreticular e


espinhomesencefálico

Via cordonal posterior / lemniscal medial: feixes delgado e cuneiforme

Sistema espinhocerebeloso e outros: Feixe espinhocerebeloso anterior, espinhocerebeloso posterior e


espinho-olivar

O tronco cerebral também recebe vias sensitivas da cabeça.

Sistema anterolateral - Recetores periféricos (cutâneos)

Feixes espinhotalâmicos – 1º neurónio, via corno posterior da ME, faz sinapse com neurónio de associação,
liga ao 2º neurónio. Este cruza e sobe até ao tálamo. Aí faz sinapse com 3º neurónio que termina no córtex
somatossensorial /somestésico primário.

Transporta sensações de dor, temperatura, tato superficial, pressão, cócegas e prurido.


Feixes espinhoreticulares – 1º neurónio, via posterior da ME, faz sinapse com neurónio de associação,
que liga ao 2º neurónio. Este sobe ate à substancia reticular, cruza e faz sinapse com 3º neurónio que
termina aí e no tálamo.

Transporta sensação de dor e tato.  alerta e  s. límbico

Feixes espinhomesencefálico – 1º neurónio, via corno posterior da ME, faz sinapse com neurónio de
associação, que liga ao 2º neurónio, cruza na ME, onde entra. Faz sinapse com 3º neurónio no coliculo
superior que termina ai, a nível do mesencéfalo.

Transporta sensação de dor e toque.

Feixe trigémeo-talâmico – no tronco cerebral. Integram os feixes espinhotalâmicos. As fibras do 2º


neurónio cruzam no tronco cerebral, e trajeto é semelhante ate ao córtex somestésico primário

Sistema cordonal posterior /lemniscal medial- Recetores cutâneos, no tendão, musculo ou articulação

Transporta sensação de tato discriminativo, propriocepção, pressão e vibração.


Desde o recetor periférico, o 1º neurónio, via corno posterior da ME, sobe e faz sinapse com 2º
neurónio na ME torácica ou bolbo raquidiano. No bolbo cruza e sobe ao tálamo. Aí faz sinapse com 3º
neurónio que termina no córtex somestésico primário e cerebelo.

 Feixe cuneiforme – origem superior ao nível medio do tórax


 Feixe delgado – origem inferior ao nível medio do tórax

Sistema espinhocerebeloso e outros – Transportam informação propriocetiva ao cerebelo, a partir de


recetores no tendão, músculo ou articulação, via corno posterior da ME.

Feixe espinhocerebeloso posterior (direto): tórax e região lombar superior, fibras nervosas
homolaterais. Via pedúnculo cerebelosos inferior

Feixe espinhocerebeloso anterior (indireto): tronco inferior e membros inferiores, com fibra cruzadas e
não cruzadas, via pedúnculos cerebelosos superiores. Fibras cruzadas voltam a cruzar no cerebelo.

Espinho-olivar: projeta para núcleo olivar acessório e cerebelo (coordenação motora do equilíbrio)

Espinho-tectal: projeta para coliculo superior (mov. reflexo da cabeça e olhos para ponto de
estimulação cutânea)

A perceção consciente pode ser modulada por neurotransmissor de vias descendentes

Classificação dos sentidos


Os sentidos são os meios pelos quais o encéfalo recebe informação sobre o ambiente e sobre o corpo.

Sentidos especiais – têm localização mais especifica no corpo e estrutura mais especializada (olfato,
paladar, visão, audição, equilíbrio)

Sentidos gerais – recetores estão distribuídos por grande parte do corpo

 Sentidos somáticos – recetores detetam informação sobre corpo e ambiente, localizados na


pele, músculos e articulações (ex: tato, temperatura, pressão, temperatura, dor, proprioceção)
 Sentidos viscerais – recetores nos órgãos internos (ex: pressão, dor)
Perceção ou Sensação
Conhecimento consciente dos estímulos recebidos pelos recetores sensoriais. Exige:

 Estímulo
 Recetor capaz de detetar o estímulo e de o converter em PA
 Condução do PA pelos nervos aferentes para SNC
 Transformação dos PA em informação
 Processamento da informação no SNC

Cada sensação possui quatro dimensões básicas:

 Espacialidade – localização no corpo


 Temporalidade – início e fim do estímulo
 Modalidade – tipo de sensação
 Intensidade – expressão quantitativa

Recetores sensoriais –

Classificação segundo a adaptação ao estímulo:

 Tónicos – não exibem adaptação, estão ativos enquanto o estímulo estiver presente
 Fásicos – ativados por alterações, intensidade e frequência do estímulo

Classificação segundo o tipo de estímulos:

 Fotorrecetores – estímulo luz


 Mecanorrecetores – estímulo mecânico
 Termorrecetores – estimulo térmico
 Quimiorrecetores – estímulo químico
 Nociceptores – estímulo doloroso (mecânico químico ou térmico)

Sentidos gerais
 Tato
 Pressão Mecanorreceptores
 Propriocepção
 Temperatura  termorrecetor
 Dor  nociceptores

Tipos de terminações nervosas aferentes

Terminações nervosas livres: Ramificadas, sem cápsula, as mais simples e mais comuns

Discos de Merkel: Ramificações axonais com expansões achatadas, presentes na camada basal da
epiderme, respondem a tato ligeiro e pressão superficial

Corpúsculo de Meissner: Ramos de um mesmo axónio, permitem a discriminação entre 2 pontos

Corpúsculo de Pacini: Cápsula em camadas

Órgão terminal de Ruffini: Axónio muito ramificado, com pequenas protuberâncias rodeadas por
cápsula de tecido conjuntivo

Órgão tendinoso de Golgi: Terminações nervosas envolvidas na propriocepção, associadas a fibras de


tendão, respondem ao estiramento do tendão
Fuso muscular: Fibras musculares estriadas modificadas, numa cápsula de tecido conjuntivo, com
terminações nervosas no centro, envolvidas na propriocepção associada ao estiramento muscular.
Recetores dos sentidos gerais

Quimiorrecetores:

Detetam pequenas mudanças na concentração de substancias químicas (ex: CO2, O2, pH). Não
enviam informação para o cortéx sensorial (inf. subconsciente), mas sim para os centros que regulam
as funções autonómicas.

Mecanorreceptores:

Canais iónicos mecânicos, sensíveis a estímulos que distorcem membranas celulares, de dois tipos:

 Recetores tácteis
 Propriocetores

Barorreceptores:

Terminações nervosas livres nos tecidos elásticos de órgão extensível (ex: sistema CV, respiratório,
digestivo ou urinário). Sensíveis a alterações na pressão, de adaptação rápida.

Termorreceptores:

Recetores fásicos que são terminações nervosas livres, presentes na pele, músculos esqueléticos,
fígado e hipotálamo.

 Quentes (25ºC-47ºC) e frio (12-35ºC, + numerosos)


 Temperatura fora destes limites ativam recetores da dor
 Ativação repetida pode levar a estado de dor central (dor crónica), resistente à terapêutica,
associada a hipersensibilidade dos recetores periféricos

Nociceptores:

Recetores periféricos, tónicos, cuja ativação, por estímulos químicos, térmicos ou mecânicos intensos,
gera sensação de dor.

 Localizados na membrana plasmática de terminações nervosas livres, convertem os estímulos


em sinais que o cérebro interpreta como dor
 Presentes em todos os tecidos, exceto encéfalo
 Comuns na superfície da pele, articulações, periósteo e paredes dos vasos sanguíneos
 Menos frequentes nos órgãos viscerais

Polimodias: recetores periféricos (cutâneos) que respondem a estímulos dolorosos térmicos,


mecânicos ou químicos

Dor
Sensação ou experiência emocional desagradável associada ao dano efetivo ou potencial de tecidos.
Associada a sensações de desconforto e à vontade de as evitar.

 Componente afectiva
 Componente sensório-discriminativa

Aferentes sensitivos primários – até ao SNC (medula espinhal ou tronco cerebral)


Aferentes sensitivos secundários – da ME ate ao tronco cerebral/tálamo
Projeções talamocorticais
Modulação – transmissão nociceptiva é modificada
Perceção – transdução, transmissão e modulação interagem para criar a experiência emocional
subjetiva da dor
Vias periféricas

O estímulo do nociceptor gera PA, que são conduzidos ao SNC por fibras aferentes sensitivas
periféricas, desde:

 Face – as fibras do nervo trigémio terminam no núcleo espinhal deste nervo


 Tecidos somáticos – (pele, pleura parietal, musculo, osso) – as fibras sensitivas nos nervos
raquidianos entram via raiz posterior, ramificam-se, distribuem-se em vários segmentos da ME,
ate ao corno posterior da ME
 Vísceras – o PA viaja associado a fibras do SNSimpatico, ate ao corno posterior da ME. A
sobreposição das terminações aferentes somáticas e viscerais desde neurónios com projeção
central é responsável pela dor referida ou irradiada em patologias como enfarte do miocárdio e
a apendicite aguda

Sensibilização de nociceptores

A irritação ou lesão de tecidos causa libertação de bradicinina, prostaglandinas e leucotrienos, que


diminuem o limiar de estimulação dos nociceptores.

Prostaglandinas + leucotrienos:  limiar de estimulação dos nociceptores

Substância P:  histamina  reativação do nociceptor

Ouvido: audição e equilíbrio


Tipo de recetores: Mecanorreceptores

 Ouvido externo – orelha ou pavilhão auricular + canal auditivo externo - envolvido na audição
 Ouvido Médio – envolvido na audição
o Membrana do tímpano esticada, perpendicular ao canal auditivo externo
o Ossículos auditivos (martelo, bigorna e estribo) ligam a membrana do tímpano à janela oval no
ouvido interno
o A trompa auditiva ou trompa de Eustáquio liga o ouvido médio à faringe e funciona como
equalizador da pressão
 Ouvido interno – envolvido na audição e no equilíbrio
o Canais semicirculares
o Vestíbulos
o Cóclea
Cóclea – canal em forma de espiral no interior do osso temporal. 3 compartimentos, formados pelas
membranas vestibular e basilar

 Rampa vestibular – contém perilinfa


 Rampa do tímpano – contém perilinfa
 Ducto coclear – contém endolinfa e o órgão espiral

Órgão espiral – células pilosas contêm pêlos auditivos ligados à membrana tectónica

As ondas sonoras são:

 Captadas pelo pavilhão auricular


 Transmitidas pelo canal auditivo externo
 Levam à vibração da membrana do tímpano
 As vibrações da membrana do tímpano são transmitidas pelos ossículos à janela oval, no
ouvido interno
 O movimento do estribo na janela oval faz a perilinfa, membrana vestibular e endolinfa,
produzindo movimento da membrana basilar
 A janela redonda amortece vibrações da perilinfa na rampa timpânica

O movimento da membrana basilar provoca a deslocação das células pilosas no órgão espiral e gera
potenciais de ação, transmitidos ao nervo coclear.
1 – os neurónios do nervo coclear fazem sinapse no núcleo
coclear do bolbo raquidiano. Daí alguns axónios projetam para
o núcleo olivar superior

2 – Do núcleo olivar superior, neurónios eferentes ascendem


para o tubérculo quadrigémeo inferior onde estabelecem
sinapse e tomam 3 vias

3- do mesencéfalo, os neurónios projetam para o núcleo


geniculado interno do tálamo e estabelecem sinapse

4- Os neurónios talâmicos estendem-se para o córtex auditivo

5- As 3 vias seguidas desde o tubérculo quadrigémeo inferior


são projeções: de volta para a cóclea e para núcleos dos NC
V e VII e para tubérculos quadrigémeos superiores

Equilíbrio
Equilíbrio estático: avalia a posição da cabeça em relação à gravidade, deteta a aceleração e
desaceleração linear.

Labirinto estático: O utrículo e o sáculo possuem manchas constituídas por células pilosas, com os
pêlos envolvidos por massa gelatinosa que contem otólitos, a cúpula. As células pilosas fazem sinapse
com neurónios do NC VIII.

Equilíbrio dinâmico: avalia os movimentos da cabeça

Labirinto cinético: a ampola de cada canal semicircular contém a crista ampular, que tem células
pilosas e a cúpula que não contém otólitos. Quando a cabeça se move, a cúpula é deslocada pela
endolinfa no interior do canal semicircular, movendo os estereocílios e produzindo PA.
Vias neuroniais do equilíbrio

Os axónios das manchas e cristas ampulares estendem-se, via


nervo vestibular, para o núcleo vestibular do bolbo raquidiano
(1), que também recebe informação da ME.
As fibras do bolbo projetam para a ME, cerebelo e núcleos do
NCs que controlam os músculos extrínsecos do olho (2) e, via
tálamo (3) para a área vestibular do córtex (4).

O equilíbrio depende ainda da propriocepção e da informação


visual.

Olfato
Único sentido ligado ao Sistema Límbico. Recetores localizados no Recesso olfativo (região superior da
cavidade nasal) têm grande capacidade de regeneração, a partir das células basais.

Epitélio olfativo

Tipo de recetores: quimiorrecetores

Milhões de neurónios bipolares que, nas extremidades distais,


formam vesiculas olfativas, com longos cílios (pêlos olfativos).
Cílios possuem recetores que reagem às substâncias
dissolvidas.

 Limiar muito baixo


 Alta sensibilidade
 Baixa especificidade
 Rápida locomoção

As moléculas odoríferas ligam-se a recetor no cílio. Este recetor, acoplado a proteína G ativa-a. A
subunidade 𝛼 ativa adenilil ciclase, que produz AMPc. O AMPc abre canais iónicos (Na+ ou Ca2+)
produzindo despolarização.

Vias neuroniais olfativo

Axónios dos neurónios olfativos estendem-se como nervos olfativos (NC I) para o bolbo olfativo. Aqui
estabelecem sinapse com as células mitrais e tufadas, cujos axónios formam as vias olfativas. Os
interneurónios nos bolbos olfativos podem modular a informação para as vias olfativas.

As vias olfativas terminam no córtex olfativo junto ao sulco lateral:

 Área olfativa externa ou lateral – perceção consciente do cheiro


 Área intermedia – modulação da perceção
 Área interna – respostas emocionais e viscerais ao cheiro, ligada ao sistema límbico.

Paladar
Tipo de recetores: Quimiorrecetores

Os gomos ou botões gustativos são constituídos por células de suporte e células gustativas, que se
associam em papilas gustativas. As células gustativas têm pelos gustativos que se estendem para os
poros gustativos.
As papilas gustativas dividem-se em:

 Circunvaladas
 Fungiformes
 Foliadas
 Filiformes
Os recetores dos pelos gustativos detetam substâncias dissolvidas. Há 3 tipos de paladar:

 Acido – recetores diferentes


 Salgado (Na+)
 Amargo (via Ca2+)
 Doce (fecha K+)
 Umami (via Ca2+)

Vias neuroniais paladar

A corda do timpano do nervo facial (NC VII) transporta as sensações do paladar dos 2/3 anteriores da
língua. O nervo glossofaríngeo transporta as sensações do paladar do / posterior da língua. O nervo
vago transporta as sensações do paladar da faringe.

As vias neuroniais para o paladar fazem sinapse no nucelo do feixe solitário bulbar, estendem-se para o
núcleo ventral posterior do tálamo e dai para a área do paladar do córtex cerebral.

Visão
Sistema visual: olhos, estruturas acessórias, nervos, feixes e vias ópticas

Estruturas acessórias

Sobrancelhas – evitam que a transpiração entre nos olhos e ajudam a mantê-los à sombra

Pálpebra - camadas de tecido que protegem os


olhos de objetos estranhos e ajudam a lubrificá-
los, disseminando as lágrimas à superfície

Conjuntiva – cobre o interior da pálpebra e a


parte anterior do olho

Músculos extrínsecos do olho – movem o globo


ocular

Glândulas lacrimais – produzem lagrimas que


correm pela superfície do olho, lubrificando e
protegendo-o. O excesso de lagrimas entra nos
canalículos lacrimais, canal nasolacrimal e
atinge a cavidade nasal.

Anatomia do olho

A parede do globo ocular é constituída por 3 túnicas:

Túnica fibrosa - camada + exterior

 Esclerótica – forma os 4/5 posteriores do olho.


Consiste em tecido conjuntivo branco que mantém a
forma do olho e proporciona um local de inserção
para os músculos
 Córnea – forma o 1/5 anterior do olho, transparente,
faz a refração da luz que entra no olho
Túnica média - Coroideia - camada média do olho

 Iris – musculo liso regulado pelo SN Autónomo. Controla a quantidade de luz que entra na pupila. Cor do
olho
 Músculos ciliares – Musculo liso regulado pelo SNA. Controla a forma do cristalino. Os processos ciliares
produzem humor aquoso.
Túnica Nervosa - Retina - camada mais interior do olho. Com neurónios sensíveis à luz

 Fóvea central – ponto de focagem da luz, onde há maior densidade de células fotorrecetoras. Capacidade
de distinguir pormenores
 Papila óptica – ponto de entrada dos vasos sanguíneos e do nervo ótico.

Cristalino – lente biológica, é mantido no seu lugar pelos ligamentos suspensores, ligado aos músculos ciliares

Compartimentos do olho

Compartimento anterior: preenchido por humor aquoso, que sai pelo Canal de Schlemm
Compartimento posterior: preenchido por humor vítreo

Funcionamento do olho

Os humanos vêem parte do espetro eletromagnético (luz visível). Quando a luz se desloca de um meio
para outro, pode convergir ou divergir. Os raios de luz convergentes encontram-se num ponto focal
(são focados).

 A córnea, o humor aquoso, o cristalino e o humor vítreo refratam a luz.


 A córnea é a maior responsável pela convergência
 O cristalino ajusta o ponto focal mudando de forma
o Relaxamento dos músculos ciliares foca objetos distantes
o Contração torna o cristalino mais esférico comoda o olho para objetos a menos de 6 metros

O ponto afastado de visão é a distância à qual o olho já não precisa de mudar de forma para focar um
objeto.

O ponto máximo de visão é a distância mínima a que um objeto pode ser focado

A pupila torna-se mais pequena durante a acomodação, aumentando a profundidade de campo.

Estrutura e funcionamento da retina

A retina pigmentada produz “pano de fundo negro” que aumenta a acuidade visual. A maior parte das
imagens é focada na fóvea, que tem grande concentração de cones. À medida que aumenta a
distância à fóvea, diminui o número de cones e aumenta o número de bastonetes.

Os bastonetes são responsáveis pela visão com iluminação reduzida

 O pigmento rodopsina é desdobrado em reinal e opsina, produzindo no bastonete um PA


 A adaptação à luz redução de rodopsina.
 A adaptação ao escuro  produção de rodopsina

Os cones são responsáveis pela visão a cores e pela acuidade visual. Há 3 tipos, cada um com um
fotopigmento diferente (azul, vermelho e verde)

 A perceção das múltiplas cores resulta da mistura relativa dos diferentes tipos de cones que estão
ativos num dado momento.

Vias neuroniais da visão

Os bastonetes e os cones estabelecem sinapse com células bipolares que fazem sinapse com células
ganglionares, as quais formam o nervo óptico (NC II).

Os axónios das células ganglionares entram na caixa craniana, cruzam parcialmente no quiasma
óptico, e, enquanto fitas ópticas dirigem-se posteriormente.

As fitas ópticas estendem-se para o núcleo geniculado externo do tálamo, onde estabelecem sinapse.
A partir daí formam as radiações ópticas que projetam para o córtex visual.
Campos visuais

Os neurónios do campo visual nasal (retina temporal) de um olho e do campo visual temporal (retina
nasal) do outro projetam no mesmo hemisfério cerebral.

Os axónios da porção temporal do campo visual da retina cruzam no quiasma óptico e os axónios da
retina temporal não cruzam.

Visão binocular – Resulta da ligeira diferença na imagem vista por cada olho. A perceção da
profundidade é a capacidade de avaliar distâncias relativas de um objeto aos olhos, e é propriedade da
visão binocular.

Ponto focal antes da fóvea  dificuldade ver ao longe (miopia)

Ponto focal depois da fóvea  dificuldade ver ao perto (Hipermetropia)

Sentidos especiais e Envelhecimento


Com a idade:

No olho diminui:

 A flexibilidade do cristalino
 A acuidade visual e perceção da cor (- o nº de cones da fóvea, + a ocorrência de cataratas)

No ouvido:

  nº de células pilosas da cóclea, de modo distinto nos 2 ouvidos   capacidade auditiva e de


localizar a origem do som
 Ocorrem alterações nas vias de condução auditiva – dificulta a compreensão de sons com ruídos
de fundo
  nº de células pilosas no sáculo, utrículo e ampolas, e  nº de otólitos  pode surgir instabilidade
postural e vertigens

O paladar e o olfato no envelhecimento:

O olfato e paladar combinam-se na perceção de sabores.

  capacidade de identificar corretamente os odores.


 O paladar deteriora-se:  nº de recetores sensoriais e capacidade do córtex para interpretar essas
sensações

Vias nervosas motoras


O movimento voluntário inicia nas áreas pré-motoras do cortéx, que ativam o 1º neurónio motor, no
cortéx motor primário, que forma as vias motoras, faz sinapse (no corno anterior da ME ou núcleos dos
NC) com 2º neurónio motor, que inerva o musculo esquelético.

Vias diretas: Feixe cortico-bulbar, cortico-espinhais lateral e anterior

Vias indiretas: Feixes rubro-espinhais, vestíbulo-espinhal, reticulo-espinhal e teto-espinhal


Vias diretas

Função: Controlam o tónus, movimentos finos da face e do extremo distal dos membros.
Origem: córtex motor. Neurónio de associação liga 1º e 2º neurónio motor

Feixe cortico-bulbar: inerva músculos da cabeça e face

Feixe cortico-espinhais: inerva músculos abaixo da cabeça e mãos

 Lateral: para pescoço, tronco e membros e dedos


 Anterior: para pescoço e tronco

Vias indiretas

Controlam os movimentos musculares conscientes e inconscientes do tronco e parte proximal dos


membros, na postura e equilíbrio. Não passam nas pirâmides bulbares. Nos seguintes feixes, a sinapse
com 2º neurónio ocorre no corno anterior da ME:

Feixe rubro-espinhal: O: núcleo rubro, cruza no mesencéfalo, desce no cordão lateral da ME F:


coordenação motora fina da mão

Feixe reticulo-espinhal: O: substancia reticular, so algumas fibras cruzam, desce no cordão anterior da
ME F: postura e marcha

Feixe vestibulo-espinhal: O: núcleo vestibular, não cruza, desce no cordão anterior da ME F: postura
ereta, equilíbrio

Feixe teto-espinhal: O:teto do mesencéfalo, cruza no mesencéfalo, desce no corno anterior da ME


superior e via núcleos de NC. F: movimenta cabeça em reflexos auditivos e visuais

Fibras de núcleos basais: formam vias de retroação, excitatórias e inibitórias, que influenciam a
atividade motora

 Vias excitatórias – início do movimento


 Vias inibitórias – inibem músculos antagonistas, diminuem tónus muscular em repouso

Núcleos de base

Grupo de núcleos com relação funcional, envolvidos no controlo das funções motores, localizados:

 Corpo estriado (n. lenticular, n. caudado)


 No diencéfalo: n. subtalâmico
 No mesencéfalo: substancia negra

Funções n. basais: intervêm no planeamento, organização e coordenação motora e da postura

Cerebelo
Vestibulocerebelo: recebe fibras do NC VIII, controla a postura, equilíbrio e movimentos oculares

Espinocerebelo: Coordenação motora fina, via função comparadora, corrige a diferença entre o
movimento desejado e o real

Cerebrocerebelo: memoria de atividade motoras complexas e especificas, comunica com lobo frontal,
participa no planeamento e execução rápida de movimentos complexos e algumas funções cognitivas.
Organização do Córtex cerebral
O córtex de um hemisfério cerebral – controla a atividade muscular e recebe estímulos da metade
contralateral do corpo.

Algumas funções não são partilhadas igualmente:

 Esquerdo  + envolvido em capacidades como matemática e linguagem


 Direito  + envolvido em capacidades como a perceção espacial, reconhecimento de faces e
habilidade musical

A informação sensorial recebida pelo córtex de um hemisfério é partilhada com o outro através das
conexões (comissuras), a maioria das quais forma o corpo caloso na base da fenda inter-hemisferica.

Lateralidade hemisférica:

 Cada hemisfério cerebral controla e recebe estímulos de estruturas contralaterais do corpo


 Os dois hemisférios estão ligados por comissuras

Área da linguagem – córtex esquerdo

 Área de Wernicke (de compreensão) – porção do lobo parietal, necessária à compreensão e


formulação de um discurso
 Área de Broca (área motora) – controla os movimentos necessários à fala

Sistema Límbico
Rodeia o diencéfalo. Constituído por hipotálamo, núcleo anterior do tálamo, amígdala, habenula

 Influencia a motivação, estado de espirito, sensação de dor, medo e prazer


 Estímulos olfativos
 Memoria
 Envolvido no controlo das funções viscerais, através do SNA e sistema endócrino
 Influencia emoções e respostas viscerais a emoções
 Instintos de sobrevivência

Outras funções do encéfalo:

Atividade eletrica cerebral – eletroencefalograma - Método de estudo da atividade cerebral através da


medição de alterações lentas no potencial de membrana dos neurónios do córtex

Memoria – sensorial, de curto prazo e de longo prazo

 Memoria longo prazo


o Declarativa ou explicita – nomes, datas e locais – acedida pelo hipocampo e amígdala
o Processual ou implícita – gestos – envolve o cerebelo e área pré-motora

Implica alterações neuroniais:

Pre sinaptico + produção e libertação de glutamato

Pos-sinaptico  + dos recetores de glutamato  abrem canais de Ca2+ , ocorre influxo de


Ca2+ que se liga à calmodulina e actina causando a produção de proteínas e pode levar a
alterações estruturais. Este processo facilita a transmissão futura de PA

Envelhecimento do SN

Declínio das funções sensoriais e motoras, da memoria de curto prazo. Alterações dos padrões de sono e
vigia.

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