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PGRS Saude - Farmacia de Manipulação Do Recife

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS EM SAÚDE

FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO DO RECIFE

PERNAMBUCO

RECIFE 2024
PLANO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS
DE SERVIÇO DE SAÚDE

PGRSS Emissão: 04/2024

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................04
OBJETIVO.................................................................................................................. 08
DEFINIÇÕES.............................................................................................................. 08
MANEJO................................................................................................................ 08
SEGREGAÇÃO DOS RSS.................................................................................... 08
ACONDICIONAMENTO DOS RSS.....................................................................08

IDENTIFICAÇÃO DOS RSS................................................................................ 09

TRANSPORTE INTERNO.................................................................................... 10

ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO................................................................ 10

TRATAMENTO DOS RSS.....................................................................................11

ARMAZENAMENTO EXTERNO........................................................................ 11

COLETA E TRANSPORTE EXTERNO............................................................... 11

DISPOSIÇÃO FINAL............................................................................................ 11

MINIMIZAÇÃO DOS RSS................................................................................... 12

REDUÇÃO NA FONTE........................................................................................ 12

RECICLAGEM...................................................................................................... 12

REÚSO................................................................................................................... 12

RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE.................................................................... 12

DEFINIÇÃO DOS GRUPOS DE RESÍDUOS...................................................... 12

RESPONSABILIDADES…………………………………………………………13

FLUXOGRAMA E CONSIDERAÇÕES FINAIS………………………………..13


PLANO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS
DE SERVIÇO DE SAÚDE

PGRSS Emissão: 04/2024

INTRODUÇÃO
O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é o documento
que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, que corresponde
às etapas de: segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,
tratamento e disposição final. Deve considerar as características e riscos dos resíduos, as
ações de proteção à saúde e ao meio ambiente e os princípios da biossegurança de
empregar medidas técnicas administrativas e normativas para prevenir acidentes. O
PGRSS deve contemplar medidas de envolvimento coletivo. O planejamento do
programa deve ser feito em conjunto com todos os setores definindo-se
responsabilidades e obrigações de cada um em relação aos riscos.
A Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no País, sua concepção, o
equacionamento da geração, do armazenamento, da coleta até a disposição final, têm
sido um constante desafio colocado aos municípios e à sociedade. A existência de uma
Política Nacional de Resíduos Sólidos é fundamental para disciplinar a gestão integrada,
contribuindo para mudança dos padrões de produção e consumo no país, melhoria da
qualidade ambiental e das condições de vida da população, assim como para a
implementação mais eficaz da Política Nacional do Meio Ambiente e da Política
Nacional de Recursos Hídricos, com destaque aos seus fortes componentes
democráticos, descentralizadores e participativos. A preocupação com a questão
ambiental torna o gerenciamento de resíduos um processo de extrema importância na
preservação da qualidade da saúde e do meio ambiente.
A gestão integrada de resíduos deve priorizar a não geração, a minimização da geração e
o reaproveitamento dos resíduos, a fim de evitar os efeitos negativos sobre o meio
ambiente e a saúde pública. A prevenção da geração de resíduos deve ser considerada
tanto no âmbito das indústrias como também no âmbito de projetos e processos
produtivos, baseada na análise do ciclo de vida dos produtos e na produção limpa para
buscar o desenvolvimento sustentável.
Além disso, as políticas públicas de desenvolvimento nacional e regional devem
incorporar uma visão mais pró-ativa com a adoção da avaliação ambiental estratégica e
o desenvolvimento de novos indicadores ambientais que permitam monitorar a evolução
da eco-eficiência da sociedade. É importante, ainda, identificar ferramentas ou
tecnologias de base socioambiental relacionadas ao desenvolvimento sustentável e
responsabilidade total, bem como às tendências de códigos voluntários setoriais e
políticas públicas emergentes nos países desenvolvidos, relacionados à visão sistêmica
de produção e gestão integrada de resíduos sólidos.
Com relação aos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), é importante salientar que das
149.000 toneladas de resíduos residenciais e comerciais geradas diariamente, apenas
uma fração inferior a 2% é composta por RSS e, destes, apenas 10 a 25% necessitam de
cuidados especiais. Portanto, a implantação de processos de segregação dos diferentes
tipos de resíduos em sua fonte e no momento de sua geração conduz certamente à
minimização de resíduos, em especial àqueles que requerem um tratamento prévio à
disposição final. Nos resíduos onde predominam os riscos biológicos, deve-se
considerar o conceito de cadeia de transmissibilidade de doenças, que envolve
características do agente agressor, tais como capacidade de sobrevivência, virulência,
concentração e resistência, da porta de entrada do agente às condições de defesas
naturais do receptor.
As Resoluções RDC ANVISA nº 306/04 e CONAMA nº 358/05 tratam do
gerenciamento interno e externo dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS),
respectivamente. Elas enfatizam a importância da segregação na fonte, orientam sobre
os resíduos que requerem tratamento e permitem soluções diferenciadas para a
disposição final, desde que aprovadas pelos órgãos competentes. Apesar de serem
responsabilidade dos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, essas resoluções
refletem a integração e transversalidade necessárias para lidar com questões complexas
e urgentes.
O descarte inadequado de resíduos tem produzido passivos ambientais capazes de
colocar em risco e comprometer os recursos naturais e a qualidade de vida das atuais e
futuras gerações. Os resíduos dos serviços de saúde - RSS se inserem dentro desta
problemática e vêm assumindo grande importância nos últimos anos. Tais desafios têm
gerado políticas públicas e legislações tendo como eixo de orientação a sustentabilidade
do meio ambiente e a preservação da saúde. Grandes investimentos são realizados em
sistemas e tecnologias de tratamento e minimização.
Através da Lei nº 9.782/99 (capítulo II, art 8º) coube a ANVISA a missão de
“regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos e serviços que envolvam riscos à saúde
pública”, disponibilizando informações técnicas aos estabelecimentos de saúde, assim
como as técnicas adequadas de manejo dos RSS, seu gerenciamento e fiscalização,
dentro dos princípios de detectar riscos e tomar medidas que elimine, previnam ou
minimizem esses riscos, considerando:
● Os princípios da biossegurança de empregar medidas técnicas, administrativas e
normativas para prevenir acidentes ao ser humano e ao meio ambiente;
● A necessidade de prevenir e reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente, por
meio do correto gerenciamento dos RSS;
● A necessidade de desenvolver e estabelecer diretrizes para uma política nacional
de RSS, consoante às tendências internacionais e que reflita o atual estágio do
conhecimento técnico-científico estabelecido;
● Que os serviços de saúde são responsáveis pelo correto gerenciamento de todos
os RSS por eles gerados, atendendo às normas e exigências legais, desde o
momento de sua geração até a sua destinação final;
● Que a segregação dos RSS, no momento e local de sua geração, permite reduzir
o volume de resíduos perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais dentre
outros benefícios à saúde pública e ao meio ambiente.
A ANVISA adotou a RDC nº 33/03, que dispõe sobre o gerenciamento dos RSS, passou
a considerar os riscos aos trabalhadores, à saúde e ao meio ambiente, o que causou
divergências com as orientações estabelecidas pela Resolução CONAMA nº 283/01,
causando polêmica em todo o Brasil (BRASIL, 2003).
Desta forma visando harmonizar a legislação existente foi revogada a RDC ANVISA nº
33/03 e publicada a RDC ANVISA nº 306/04, e a RDC CONAMA nº 358/05, o que
definiu com regras equânimes o tratamento dos RSS no país, considerando as
especificidades locais de Estados e Municípios (BRASIL, 2004).
A partir da RDC ANVISA nº 306/04 torna-se necessário que todos os estabelecimentos
de saúde apresentem um PGRSS, onde deverá ser apontada e descrita as ações relativas
ao manejo, observando suas características, anotando os aspectos internos e externos ao
estabelecimento, referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta,
armazenamento, transporte, tratamento e destinação final, com aspecto de prevenção e
promoção de saúde. Além destas medidas, quando envolver outras pessoas que
trabalham no estabelecimento, devem-se realizar treinamentos relativos ao manejo dos
resíduos e ações no caso de emergência e acidentes compreendidos como medidas
preventivas e corretivas. (BRASIL, 2004).
O PGRSS acaba por gerar a necessidade de conscientização de todos os profissionais de
saúde referente à problemática ambiental de forma ampla. Os problemas ambientais
causados por grandes acidentes, tornam-se pequenos quando comparados aos danos
cumulativos causados por um grande número de poluentes menores, entre eles
consultórios médicos e clínicas odontológicas, compondo o desequilíbrio ambiental,
tornando-se uma urgente preocupação.
OBJETIVO

O presente plano constitui-se de procedimentos de gestão, planejados e implementados


a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar
a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento
seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde
pública, dos recursos naturais e do meio ambiente.

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Nome fantasia: Farmácia de Manipulação do Recife

Endereço: AV. Gusmão, Imbiribeira, 57

CNPJ: 17.900.473/0001-48

Tipo de estabelecimento: Farmácia de manipulação

Responsável técnico: José Augusto Diniz Magalhães

Horário de funcionamento: 07:00 às 17:00

Início de funcionamento: Janeiro/2025

Abastecimento de água: Compesa

DEFINIÇÕES
O PGRSS elaborado é compatível com as normas locais relativas à coleta, transporte e
disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde, estabelecidas pelos órgãos
locais responsáveis por estas etapas:

MANEJO
O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos
intra e extra estabelecimento, desde a geração até a disposição final e que possam
oferecer riscos ocupacionais aos profissionais envolvidos, desde a geração até a
disposição final.

SEGREGAÇÃO DOS RSS


Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com
as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos
envolvidos.
ACONDICIONAMENTO DOS RSS
Consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem
vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos recipientes de
acondicionamento deve ser compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo.

IDENTIFICAÇÃO DOS RSS

Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos


nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos RSS:
● Os resíduos do Grupo A são identificados pelo símbolo de substância
infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos.

● Os resíduos do Grupo B são identificados através do símbolo de risco associado


e com discriminação de substância química e frases de risco.

● Os resíduos do Grupo C são representados pelo símbolo internacional de


presença de radiação ionizante (trifólio de cor magenta) em rótulos de fundo
amarelo e contornos pretos, acrescido da expressão Material Radioativo.

● Os resíduos do Grupo D utiliza-se código de cores e suas correspondentes


nomeações, baseadas na Resolução CONAMA 275/01, e símbolos de tipo de
material reciclável.
● Os resíduos do Grupo E são identificados pelo símbolo de substância infectante,
com rótulos de fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da
inscrição de Resíduo Perfurocortante.

TRANSPORTE INTERNO
Consiste no traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao
armazenamento temporário ou armazenamento externo com a finalidade de
apresentação para a coleta.

ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO
Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados,
em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta dentro do
estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto
destinado à apresentação para coleta externa. Não poderá ser feito armazenamento
temporário com disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a
conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.

TRATAMENTO DOS RSS

Consiste na aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características


dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de
acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. O tratamento pode ser aplicado no
próprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas nestes casos,
as condições de segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do
tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de serviços de saúde devem ser
objeto de licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997
e são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de
meio ambiente.

ARMAZENAMENTO EXTERNO
Consiste na guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta
externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.

COLETA E TRANSPORTE EXTERNO


Consistem na remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a
unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a
preservação das condições de acondicionamento e
a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, devendo estar de
acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.

DISPOSIÇÃO FINAL
Consiste na disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los,
obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento
ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97.

MINIMIZAÇÃO DOS RSS

A minimização de resíduos reduz eficientemente a quantidade de material perigoso que


deixa um certo processo, e consiste em redução na fonte e reciclagem, antes de recorrer
ao tratamento e/ou disposição final.

REDUÇÃO NA FONTE
É qualquer atividade que diminui ou elimina a geração de resíduos perigosos na origem,
ou que alterem propriedades que o classifiquem como perigoso. Modificações no
processo ou em equipamentos, alterações de insumo, mudanças de tecnologia ou de
procedimento, substituição de materiais, mudanças na prática de gerenciamento, de
administração interna do suprimento e da eficiência dos equipamentos e dos processos.

RECICLAGEM
A RDC ANVISA 306/04 definiu reciclagem como “o processo de transformação dos
resíduos que utiliza técnicas de beneficiamento para processamento ou obtenção de
matéria-prima para a fabricação de novos produtos”, cujos benefícios são: diminuição
da quantidade de resíduos dispostos ao solo, economia de energia, entre outros.

REÚSO
Através da RDC ANVISA 30/06 foi regulamentado o uso e restringe a reutilização de
produtos médicos (produto para a saúde, tal como equipamento, aparelho, material,
artigo ou sistema de uso ou aplicação médica, odontológica ou laboratorial, destinado à
prevenção diagnóstico, tratamento, reabilitação ou anticoncepção e que não utiliza meio
farmacológico, imunológico ou metabólico para realizar sua principal função em seres
humanos, podendo, entretanto, ser auxiliado em suas funções por tais meios) no país,
prática largamente encontrada nos serviços de saúde do Brasil e do exterior. (BRASIL,
2006).

RESÍDUOS DO SERVIÇO DE SAÚDE

De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e a Resolução CONAMA no 358/2005, são


definidos como geradores de RSS todos os serviços relacionados com o atendimento à
saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos
de campo; laboratórios analíticos de produtos para a saúde; necrotérios, funerárias e
serviços onde se realizem atividades de embalsamamento, serviços de medicina legal,
drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e
pesquisa na área da saúde, centro de controle de zoonoses; distribuidores de produtos
farmacêuticos, importadores, distribuidores produtores de materiais e controles para
diagnóstico in vitro, unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura,
serviços de tatuagem, dentre outros similares.
Os resíduos dos serviços de saúde ganharam destaque legal no início da década de 90,
quando foi aprovada a Resolução CONAMA no 006 de 19/09/1991 que desobrigou a
incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos provenientes
dos estabelecimentos de saúde e de terminais de transporte e deu competência aos
órgãos estaduais de meio ambiente para estabelecerem normas e procedimentos ao
licenciamento ambiental do sistema de coleta, transporte, acondicionamento e
disposição final dos resíduos, nos estados e municípios que optaram pela não
incineração.
Posteriormente, a Resolução CONAMA no 005 de 05/08/1993, fundamentada nas
diretrizes da resolução citada anteriormente, estipula que os estabelecimentos
prestadores de serviço de saúde e terminais de transporte devem elaborar o
gerenciamento de seus resíduos, contemplando os aspectos referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e
disposição final dos resíduos. Esta resolução sofreu um processo de aprimoramento e
atualização, o qual originou a Resolução CONAMA no 283/01, publicada em
12/07/2001.
A Resolução CONAMA no 283/01 dispõe especificamente sobre o tratamento e
destinação final dos resíduos de serviços de saúde, não englobando mais os resíduos de
terminais de transporte. Modifica o termo Plano de Gerenciamento de Resíduos da
Saúde para Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde - PGRSS.
Impõe responsabilidade aos estabelecimentos de saúde em operação e àqueles a serem
implantados, para implementarem o PGRSS.
Define os procedimentos gerais para o manejo dos resíduos a serem adotados na ocasião
da elaboração do plano, o que, desde então, não havia sido contemplado em nenhuma
resolução ou norma federal.
A ANVISA, cumprindo sua missão de "regulamentar, controlar e fiscalizar os produtos
e serviços que envolvam riscos à saúde pública" (Lei no 9.782/99, capítulo II, art. 8º),
também chamou para si esta responsabilidade e passou a promover um grande debate
público para orientar a publicação de uma resolução específica.

DEFINIÇÃO DOS GRUPOS DE RESÍDUOS


Pela classificação definida na RDC 306 (ANVISA, 7/12/2004) os resíduos gerados na
farmácia de Manipulação do Recife, localizado na Av. Gusmão, 57 se enquadram nos
seguintes grupos:

Resíduos Grupo A

Resíduos resultantes de atividades de vacinação com microrganismos vivos ou


atenuados, incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de validade, com
conteúdo inutilizado, vazios ou com restos do produto, agulhas e seringas.
Resíduos Grupo B
Resíduos contendo substâncias químicas que possam apresentar risco à saúde pública
ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade:
● Resíduos de medicamentos.

Resíduos Grupo D
Resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente:
● Copos descartáveis, papel reciclável, papel toalha, papel higiênico, embalagens.

Grupo A Grupo B Grupo C Grupo D Grupo E


Recepção X
Sanitários X
Depósito de X
materiais de
limpeza
Sala de X
administração
Sala de PICS X
Sala de estudos X
Sala de
X
supervisão
Sala de atenção X X
X
farmacêutica
Sala de
X
paramentação
Sala de pesagem X

Almoxarifado X
X
Sala de rotulagem
X
e conferência
Laboratório de X
X
sólidos
Laboratório de X
semissólidos e
líquidos não
estéreis
Laboratório de X
controle de
qualidade

RESPONSABILIDADES
No gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (RSS), todas as partes envolvidas têm
responsabilidades específicas. É necessário que todos realizem a segregação, identificação e
acondicionamento dos resíduos de acordo com suas categorias. O farmacêutico técnico
responsável deve elaborar, atualizar e garantir o cumprimento do Plano de Gerenciamento de
Resíduos, além de providenciar capacitação para a equipe e requerer licenças ambientais
para empresas terceirizadas. A equipe de limpeza é encarregada de recolher os resíduos
conforme os procedimentos estabelecidos e de limpar o local em situações de emergência.
Técnicos e estagiários auxiliam na elaboração e fiscalização do PGRSS, além de participar
do isolamento em casos de emergência. Essas responsabilidades visam garantir um
gerenciamento eficaz e seguro dos resíduos de saúde.

FLUXOGRAMA

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração e implementação deste projeto visa demonstrar a importância da
sustentabilidade em todas as fases de produção da empresa, enquanto também incentiva
todos os funcionários a desempenharem um papel ativo nessa iniciativa, tornando-os
protagonistas das ações sustentáveis. O plano de ações tem como principal estratégia
orientar a correção de não conformidades e a implementação de práticas para atingir as
metas e objetivos estabelecidos. Destaca-se a relevância do envolvimento dos gestores e a
disseminação da educação ambiental na execução do plano de ações. Com a participação
de todos, o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) alcançará o sucesso
almejado.
PLANO DE GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS
DE SERVIÇO DE SAÚDE

PGRSS Emissão: 04/2024

Bibliografia

BRILHANTE, O. M. & CALDAS, L. Q. A. Gestão e avaliação de risco em saúde


ambiental. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz, 1999.

BROLLO, M. J. & SILVA, M. M. Política e gestão ambiental em resíduos sólidos.


Revisão e análise sobre a atual situação no Brasil. In: Anais do 21º Congresso Brasileiro
de Engenharia Sanitária e Ambiental. Rio de Janeiro, CD-ROM, 2001.

SCHNEIDER, Vania Elisabete (org.). Manual de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de


Saúde. Caxias do Sul (RS), Editora da Universidade de Caxias do Sul - Educs, 2ª. ed.
rev. e ampl., 2004.

GUNTHER, Wanda (resp.). Curso de elaboração de plano de gerenciamento de resíduos


de serviços de saúde. São Paulo: USP/FSP, fev. 2004.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde ambiental e gestão de resíduos de serviços de saúde.


Projeto Reforsus. Brasília: Ministério da Saúde, 2003. Jornais, revistas e guias

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