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Aula 06 - Inflamação

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INFLAMAÇÃO

AGUDA E CRÔNICA
Profa. Joselene Nunes Nascimento
Joselene.nascimento@docente.suafaculdade.c
om.br
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO
ESTÍMULOS
INFLAMAÇÃO

Pele é a
primeira barreira
INFLAMAÇÃO
Eventos:
Irritação – liberação dos mediadores
Presença de microorganismo, queimadura, lesão
física, etc
Modificações vasculares
locais Exsudação plasmática
e celular Lesões
degenerativas e necróticas
Eventos que terminam o
processo Fenômenos
INFLAMAÇÃO

Como a inflamação crônica no tecido


adiposo de indivíduos obesos está
intimamente ligada ao aumento da
resistência à insulina, um fator chave para o
desenvolvimento de doenças metabólicas
TIPOS DE INFLAMAÇÃO
• Recebem o nome do tecido afetado + ite
Gastrite, menigite, hepatite, etc.

• A classificação leva em conta o aspecto morfológico da inflamação e não


sua causa incial

• São majoritariamente calssificadas como:

• Agudas: horas ou dias

• Crônicas: semanas ou meses


INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÃO AGUDA
INFLAMAÇÃO AGUDA
Agudas

Inflamação exsudativa – predomina a exsudação plasmática


(pleura/peritônio)
Fluido – infl. serosa
Rico em fibrina – infl. fibrinosa
Hemorragia – infl. sero-hemorrágica
(pleurites, pericardites e peritonites)

Inflamações catarrais – exsudação líquida e de leucócitos nas mucosas


Ex.: faringites e laringites

Inflamações necrosantes – necrose extensa da área inflamada (isquemia)


Ex.: enterocolite necrosante
INFLAMAÇÃO AGUDA
Agudas

Inflamações purulentas – formação de pus


Presença de bactérias piogênicas (estafilococos e estreptococos)
Pus = células necrosadas + exsudato + fibrina

1) Pústula – infl. purulenta e circunscrita em pele e mucosas


Pus se acumula entre epítélio e o conjuntivo.
Ex.: piodermite por estafilococos

2) Abcesso - infl. purulenta e circunscrita em cavidade neoformada


Formado por cav. central com pus, camada interna de tecido afetado e
leucócitos e camada externa onde ocorre exsudação e irrigação
Cura se dá por absorção do pus e membrana piogênica – pode ser por
ulceração ou drenagem
TIPOS DE INFLAMAÇÃO
Agudas

Inflamações purulentas – formação de pus


INFLAMAÇÃO CRÔNICA
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
TIPOS DE INFLAMAÇÃO
Crônicas

Crônica devido a persistência do agente inflamatório, exposição prolongada a agente tóxico


ou aparecimento de fenômenos autoimunitários
Fenômenos de reparo exacerbado

Inflamações granulomatosas
Cels do exsudato se organizam e formam agregados circunscritos
Mais comuns são os macrófagos – vida longa – fagocitam agentes inflamatórios Estimulados por
ovos de larvas, tuberculose, agentes inertes

Calcificação
TIPOS DE INFLAMAÇÃO
Crônicas

Inflamações granulomatosas

Pode evoluir com necrose e liquefação do material


Pode fibrosar a partir da periferia e encapsular o agente inflamatório

Granulomas do tipo corpo estranho

Ex.: partículas não imunogênicas, observado em fios de sutura

Macrófagos não conseguem remover agente inflamatório e formam célula gigante


Podem também fibrosar e acabar por encarcerar o corpo estranho
TIPOS DE INFLAMAÇÃO
FENÔMENOS IRRITATIVOS
Toda inflamação começa com uma irritação

1) Agente biológico (PAMP – Padrões Moleculares Associados


a Patógenos) – bactérias, virus, parasitas, etc.

2) Do próprio organismo, e induz os tecidos agredidos a liberar


moléculas que indicam a presença de agressão (DAMP –
Padrões Moleculares Associados a Danos) – subprodutos da necrose
celular
FENÔMENOS IRRITATIVOS
• A intensidade e o tipo de agressão irá direcionar a resposta inflamatória

• Alguns mediadores são mais universais

• Com a progressão agentes anti-inflamatórios também são produzidos

• As células do exsudato são a principal fonte dos mediadores

• Estão próximas ao foco de irritação

Mediadores pró-inflamatórios
São substâncias liberadas pelo sistema imunológico para iniciar e manter a resposta inflamatória.
Eles têm como função recrutar células imunológicas, aumentar a permeabilidade vascular e
promover a ativação de várias vias inflamatórias.
FENÔMENOS IRRITATIVOS
Mediadores pró-inflamatórios
RESPOSTA IMUNITÁRIA INATA
Componentes celulares e humorais

Circulação
Neutrófilos Humorais
Basófilos
Eosinófilos Sistema de coagulação
Monócitos Sistema complemento
Células NK Mediadores lipídicos
Células dendríticas Citocinas/quimiocinas
Celulares Proteínas de fase aguda

Residentes em tecidos
Mastócitos
Céls. epiteliais
Céls. endoteliais
Fibroblastos
RESPOSTA IMUNITÁRIA INATA
COMPONENTES HUMORAIS
Presentes no plasma ou no espaço extracelular dos tecidos

Sistema de coagulação sanguínea C2a – vasodilatador e aumenta permeabilidade


vascular

Polimerização do fibrinogênio em fibrina pela C3a, C4a, C5a – induzem liberação de


trombina, auxilia na migração das células de mastócitos, quimiotáticos para

defesa, barreira para entrada de patógenos neutrófilos PMN

Sistema complemento

Sistema em cascata de proteínas que culmina com


formação de um poro na membrana levando a morte
celular.
Produzidos no fígado e inativos na circulação
COMPONENTES HUMORAIS
Citocinas (interleucinas)
Regulam e determinam a resposta imune inata e adaptativa
São sintetizadas por células diversas (leucócitos, endotélio, cels estromais)

As citocinas são redundantes em seus efeitos (sinalização intracelular comum)


Tem efeitos diferentes em células diferentes
Um mesmo receptor pode se ligar a mais de uma citocina

Pró-inflamatórias: IL-1, TNF-α, IL-6, IL-18


Anti-inflamatórias: IL-10, TGF-β, IL-4
COMPONENTES DAS RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS
COMPONENTES DAS RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS
FENÔMENOS VASCULARES
• São representados por modificações vasculares da microcirculação
comandadas por mediadores liberados durante a fase irritativa

• Responsáveis pelo fenômeno de rubor observado macroscopicamente

1. Vasodilatação arteriolar por ação da histamina, e mantida por


prostaglandinas e leucotrienos – hiperemia ativa e fluxo sanguíneo
rápido

2. Vênulas menores dilatam-se, mas as maiores sofrem pequena


constrição, aumentando a pressão hidrostática, aumento da
permeabilidade vascular, exsudação de plasma para o interstício –
hiperemia passiva
FENÔMENOS VASCULARES
Endothelial cells, blood vessels

TNF

Thrombus
Increased
permeability

Vasodilatação Vasoconstrição

Edema
Trombose
FENÔMENOS VASCULARES
Alterações hemodinâmicas aumentam a permeabilidade vascular
Aumento da exsudação de plasma para o interstício

Começa a ocorrer hemoconcentração Hiperemia ativa se torna hiperemia


passiva de fluxo lento

Hipóxia local e aumento de catabólitos Intensificação da vasodilatação e


abertura de capilares

No inicio da fase de fluxo lento os leucócitos começam a sofrer


marginalização Vai auxliar no processo de adesão e diapedese
FENÔMENOS EXSUDATIVOS

Consistem na saída dos


elementos do sangue – plasma e
células – do leito vascular para
o interstício

A exsudação plasmática precede


a celular, sendo que a exsudação
de leucócitos é o elemento
morfológico mais característico
das inflamações
FENÔMENOS EXSUDATIVOS

• A exsudação plasmática começa nas fases iniciais de hiperemia

• O exsudato pode ser pobre ou rico em proteínas e sua quantidade varia bastante

• A saída de plasma depende do aumento da permeabilidade vascular e ocorre


sobretudo em vênulas e resulta da formação de poros interendoteliais

• Contração do citoesqueleto celular induzido por histamina, prostaglandinas e


leucotrienos

• SNC – células endoteliais mais juntas – inflamação o aumento da permeabilidade


vascular envolve diminuição da expressão de proteínas das junções intimas (barreira
hematoencefálica)
FENÔMENOS EXSUDATIVOS
Neutrófilos

Importantes na fagocitose e eliminação, principalmente de bactérias IL-


1 e TNF-α estimulam granulocitopoese

Maioria dos neutrófilos PMN fica aderido a parede vascular


LPS aumentam a adesividade dos PMN ao endotélio

Na infecção vão para a circulação imaturos

Possuem receptores para quimiocinas CXCL 1 a 8


Secretadas nas fases iniciais da inflamação

Possuem grânulos com proteases, Rnases, Dnases, e outras enzimas


FENÔMENOS EXSUDATIVOS
Monócitos/Macrófagos

Livres (circulantes e fixos em tecidos)


Monócitos estimulados por quimiocinas deixam a circulação e vão para o
local do estímulo

Ao sair da circulação se tornam macrófagos


(modificações funcionais induzidas pelos mediadores)
Maiores, mais grânulos, maior capacidade fagocítica

São células apresentadoras de antígeno


FENÔMENOS ALTERNATIVOS
• Degeneração e necrose
• Podem ser por causa direta do agente inflamatório

• Também podem ser originados:


•Trombose na microcirculação
•Atividade de produtos da células do exsudato (degranulação de
cels de defesa)
•Resposta imune (sistema complemento, células NK)
FENÔMENOS RESOLUTIVOS

Normalmente a remoção do agente irritante reduz a intensidade da resposta


inflamatória – reduz a produção de mediadores

No entanto mecanismos anti-inflamatórios já são acionados durante a inflamação

Produção dos agentes anti-inflamatórios vai definir a cura ou cronificação


Pró-inflamatórios

Anti-inflamatórios
FENÔMENOS RESOLUTIVOS
FENÔMENOS RESOLUTIVOS
MECANISMOS LOCAIS DE RESOLUÇÃO

1.Modificações em receptores das células locais e do exsudato

2.Produção local de anti-inflamatórios

3.Mudança no comportamento celular – anti-inflamatório ou


apoptose

4.Exsudação de células reguladoras

PERSISTÊNCIA DO AGENTE CAUSADOR


FENÔMENOS RESOLUTIVOS
MECANISMOS LOCAIS DE RESOLUÇÃO

Produção local de anti-inflamatórios

Inicio inflamação = produção de prostaglandinas e leucotrienos

PGE2 – ativa mediadores pró-inflamatórios em macrofágos e neutrófilos


síntese de COX-2 que aumenta PGE2
Ativa fatores de transcrição que aumentam LOX-12 e 15 (lipoxinas e
resolvinas) – processo mais lento que vai aumentando progressivamente

COX-2 – induz produção de pró-inflamatórios


facilita a produção de anti-inflamatórios

Inibição da COX-2 no inicio da inflamação retarda a cura


MODULAÇÃO DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA
Fatores que interferem na instalação e modulação da resposta imune:
- Qualidade e quantidade do agente causador
- Estado funcional do organismo
- Estado do sistema imune – doenças autoimunes

Inflamação promove a apresentação de antígenos e influencia a montagem da resposta


adaptativa que por sua vez modula a resposta inflamatória

Alguns polimorfismos nos mediadores da inflamação favorecem o aparecimentos


de doenças inflamatórias crônicas

Aumento do tecido adiposo visceral (produção de IL-1, TNF-α e IL-6) Ômega-6 →

pró-inflamatório
Ômega-3 → anti-inflamatório – inibição NFκB
FENÔMENOS REPARATIVOS
Ocorre em paralelo a resolução

Coordenada por citocinas, quimiocinas e fatores de crescimento das céls. do


exsudato

Formas de cura:

Cura com restituição da integridade


Destruição discreta, há absorção do exsudato e do tecido necrosado
Cura por cicatrização
Destruição extensa dos tecidos, formação de zonas fibrosas
Cura por encistamento
Céls. necrosados e do exsudato de misturam, cicatrização periférica (forma cápsula,
abcesso)
Cura por calcificação – prot. ligadoras de cálcio
Incia-se na parte externa e progride para o centro, m.o vivos na lesão
Comum na tuberculose (m.o. dormente em certos períodos)
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO
CASO CLÍNICO

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