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Bonda Victorino

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INSTITUTO SUPERIOR MUTASSA

Trabalho de Pesquisa

Cadeira de História Económica II

1ano

Licenciatura em História e Geografia

Tema:

Economia na idade moderna

Nomes:

Bonda Victorino

Docente: Mário Simões Tauzene

Beira; Setembro 2024


Índice
Introdução ......................................................................................................................... 2

Objectivo Geral................................................................................................................. 3

Economia na Idade Moderna .............................................................................................. 4

Progresso comercial .......................................................................................................... 5

Fases do capitalismo ......................................................................................................... 6

Grandes navegações ......................................................................................................... 6

A península ibérica e as grandes navegações ................................................................... 7

Linha do tempo Idade Moderna...................................................................................... 10

Conclusão ....................................................................................................................... 12

Bibliografia ..................................................................................................................... 13

1
Introdução

Neste presente trabalho irei abordar sobre um tema muito importante na historia da
economia na idade moderna, dizer que dentro do tema irei mostrar cada fase que a
economia teve nesta época ate no surgimento da idade contemporânea, a economia na
idade media nesse processo, fortes mudanças económicas ocorreram. O Feudalismo,
baseado na relação servo - senhor feudal foi aos poucos desaparecendo em diferentes
regiões da Europa. No seu lugar, surgiu o capitalismo comercial, uma das primeiras
fases desse modo de produção. Devido à manutenção de algumas características, esse
modo de produção necessitou inicialmente de uma forte intervenção estatal, que foi
denominada Mercantilismo.

2
Objectivos

Objectivo Geral

• Conhecer a evolução da economia na idade moderna.

Objectivos Específicos

• Mostrar cada processo e fases da economia na idade moderna;

• Argumentar sobre as grandes melhorias da economia;

• Demostrar as grandes potências que fizeram a economia evoluir tanto na idade


moderna

3
A Idade Moderna

A Idade Moderna é o período histórico entre a queda do Império Bizantino, em 1453,


até a Revolução Francesa, em 1789. É marcada pela ascensão do pensamento racional,
desenvolvimento de novas ideologias e fortalecimento do homem como instrumento de
racionalização da humanidade.

Idade Moderna está inserida em um processo de transição da sociedade feudal para os


Estados Nacionais. Durante a Baixa Idade Média, entre os séculos VII e XIV, o
feudalismo perdia seu vigor, devido às intensas crises, guerras, a fome que se alastrava
pelo território, a doenças que dizimavam as populações e as cruzadas, que contribuíram
para baixas significativas.

Diante disso, era necessário que um novo sistema trouxesse mais ordem e oportunidades
para a população. A partir do século XV, muitos pensadores começaram a discutir o
assunto e pensar em novas formas de produzir e viver.

Foi nessa época que as técnicas agrícolas passaram por melhorias técnicas, que
dependiam da observação e pensamento racional. Ainda assim, os burgos estavam em
ascensão na sociedade, contexto que foi o berço para o capitalismo moderno.

Economia na Idade Moderna

O primeiro momento da economia moderna está relacionado com o mercantilismo. A


rivalidade entre países estava atrelada à quantidade de materiais valorosos existentes em
cada território, inclusive, havia uma característica metalista, ou seja, o acúmulo de
riquezas era igual ao acúmulo de metais preciosos como o ouro e a prata.

O mercantilismo é o processo de transição de uma economia feudal para a economia


capitalista. A visão desse sistema traz consigo a necessidade de sempre vender mais que
comprar, conceito denominado de balança comercial favorável.

Dada a competição entre países, pouco a pouco, as diferentes nações europeias


possuíam grande quantidade de materiais preciosos. Por meio dessas riquezas, no
momento oportuno, ocorreu o investimento para o desenvolvimento das manufaturas e
indústrias europeias.

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A passagem econômica da Idade Média para a Moderna se deu com o aparecimento
do capitalismo.

Gradativamente, o comércio foi se desenvolvendo, a princípio dentro da própria cidade,


depois entre duas ou mais cidades e, por fim, entre países.

Com o sistema capitalista, os trabalhadores começaram a ter um salário. Os produtos


foram produzidos em maior quantidade, e nascia assim a passagem do feudalismo ao
capitalismo.

O desenvolvimento das navegações vai fortalecer as rotas marítimas e comerciais


abertas na Idade Média.

Crescia o comércio por terra e por mar e mudava o quadro político, econômico e social
da Europa.

Grandes associações surgiram (associações livres), formando as hansas. A mais


conhecida foi a Liga Hanseática ou Hansa Teutônica. Era uma associação que agrupava
mais de 160 cidades no comércio com o leste da Europa.

Progresso comercial

O progresso comercial e urbano, a burguesia, o artesanato, as feiras, as rotas terrestres e


marítimas deram ao rei a certeza de que, se ele não aceitasse o comércio e se aliasse aos
burgueses, certamente não teria sucesso financeiro.

Surgiu a aliança rei-burguesia, e tal fato foi, sem dúvida, a abertura do sistema
capitalista.

O capitalismo é um sistema político, social e econômico que tem como características:

✓ produção voltada para os mercados;


✓ relações monetárias;
✓ lucro, neste sistema, é fundamental;
✓ acúmulo de capitais;
✓ livre iniciativa;
✓ relações assalariadas de produção.

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Fases do capitalismo

✓ Na sua fase pré-inicial, recebeu o nome de pré-capitalismo, porque nessa fase as


relações de produção ainda não foram totalmente assalariadas (séculos XII e
XV).
✓ Capitalismo comercial, fase em que começam a existir relações de trabalho e
produção assalariadas (séculos XV ao XVIII).
✓ Capitalismo industrial, que surgiu na Inglaterra, com a Revolução Industrial. A
acumulação de capital começou a se concentrar em grandes produções e o
capital passou a dominar o processo de distribuição e consumo de mercadorias.
O trabalho assalariado instalou-se definitivamente (séculos XVIIIa XX).
✓ Capitalismo financeiro é a base do capitalismo em que se vê grande quantidade
de concentração financeira. Grandes movimentos e sistemas bancários
dominaram o mercado. (É o sistema predominante nos dias atuais para os países
que adotam o capitalismo como sistema econômico.)
✓ A globalização é um dos processos de aprofundamento da
integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios
de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início
do século XXI.

Portanto, a Idade Moderna surge com novos empreendimentos políticos, econômicos e


sociais.

Surgiu a organização empresarial e o espírito de lucro, dando início aos tempos


modernos. Abre-se um novo contexto sociocultural e econômico na Europa.

Grandes navegações

No período de transição da Baixa Idade Média para a Idade Moderna, o Mar


Mediterrâneo continuou a principal ligação entre os países conhecidos. Esse
intercâmbio se fazia através das rotas das especiarias, que eram monopólio das grandes
cidades italianas, como Gênova e Veneza. As mercadorias orientais (sedas, porcelanas e
principalmente condimentos, como a pimenta e a canela, indispensáveis para a
conservação dos alimentos), depois de passarem por muitos portos e intermediários,
eram vendidas a preços altíssimos para as nações europeias, obrigando-as a uma
situação de dependência dos comerciantes italianos.

6
A tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453, dificultou ainda mais o tráfico de
mercadorias. Dominando a maioria dos portos mediterrâneos, os turcos exigiam
elevadas taxas das caravanas comerciais, forçando assim novo aumento nos preços dos
produtos.

Era necessário descobrir novas rotas que livrassem a Europa da supremacia turca e
italiana. Os reinos ibéricos (Portugal e Espanha) foram os primeiros a reunir condições
técnicas e financeiras para explorar as novas terras.

A península ibérica e as grandes navegações


Reino português

Portugal foi a primeira nação a financiar expedições marítimas. Vários


fatores contribuíram para esse pioneirismo: a existência de bons portos; a familiaridade
portuguesa com o mar, devido à grande atividade pesqueira desenvolvida na região;
uma burguesia enriquecida e disposta a investir para aumentar seus lucros; a paz interna
e a centralização do poder. Portugal foi o primeiro reino a se unificar, formando
um estado nacional.

A Escola de Sagres também contribuiu grandemente,


fornecendo condições tecnocientíficas para a navegação num oceano ate então
desconhecido: o Atlântico.

Bússolas e astrolábios trazidos da China, sextantes, mapas feitos pelos melhores


cartógrafos da época e, principalmente, a caravela com suas velas triangulares
possibilitaram aos navegantes resistir e atravessar o bravio "Mar Tenebroso".

A expansão portuguesa iniciou-se pelo norte da África, com a tomada de Ceuta, em


1415 (importante centro de especiarias). Seguiram-se as ilhas da Madeira e Açores.
Gradativamente, em expedições sucessivas, sempre contornando o continente africano,
em 1487, Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperança no sul da África. Em
1498, Vasco da Gama chega ao porto de Calicute, na costa ocidental da Índia.

A descoberta desse novo caminho trouxe lucros fabulosos para os mercadores


portugueses e, ao mesmo tempo, estabelecia concorrência com os produtos trazidos
através das rotas italianas.

7
Reino espanhol

Formado pela união dos reis Dom Fernando de Aragão e Dona Isabel de Castela,
a Espanha lançou-se à exploração dos mares quase um século depois de Portugal. Dois
motivos provocaram esse atraso:

✓ Era necessário primeiramente expulsar os mouros (muçulmanos) do território


espanhol;
✓ Era preciso descobrir um novo caminho para não utilizar a rota portuguesa.

A Espanha não hesitou em dar o empreendimento ao estrangeiro Cristóvão Colombo.


Sua teoria da esfericidade da Terra (confirmada pouco depois pelo cientista Nicolau
Copérnico) não mereceu muito crédito na época.

Acreditando na possibilidade de atingir as índias sempre navegando para oeste,


Colombo dirigiu suas três caravelas nessa rota, e teria alcançado as índias caso
o continente americano não estivesse no caminho.

As naus espanholas desembarcaram na ilha de Guanaani (atual ilhas Bahamas) e depois


em Cuba e São Domingos. Era o ano de 1492. Certo de que obtivera sucesso, Colombo
deu o nome de índios aos habitantes encontrados na nova terra. Realizou ainda outras
viagens, sempre explorando as ilhas americanas.

Intervenção católica

A descoberta da América por Colombo provocou disputa entre os reinos ibéricos,


interessados na posse de terras. Portugal preocupou-se em firmar um tratado que lhe
assegurasse o domínio das terras existentes a leste do oceano Atlântico.

O acordo entre os dois países foi julgado pelo papa Alexandre VI, que confirmou um
novo tratado. Partindo-se de uma linha imaginária traçada a partir do pólo (37°),
o Tratado de Tordesilhas estabeleceu que as terras encontradas a oeste dessa linha
pertenceriam à Espanha e aquelas situadas a leste seriam de Portugal.

Por esse motivo, a esquadra de Pedro Álvares Cabral, que se dirigia às Índias, fez
um desvio proposital para oeste para garantir ao rei português a posse das terras
do Brasil.

8
Os outros países europeus desconsideraram esse tratado, que os excluía, e procuraram se
estabelecer e explorar o novo continente.

Renascimento

O Renascimento foi um movimento surgiu depois da chamada “Idade das Trevas” e


provocou importantes mudanças de ordem artística, cultural e científica que começou na
passagem da Idade Média para a Moderna.
Nesse período, ainda na Idade Média que, por domínio da igreja, várias áreas científicas
foram impedidas de serem pesquisadas. Após essa época, o Renascimento se propôs a
ser um movimento laico - sem ligação com uma entidade religiosa -, mas na prática
recebeu muita influência da igreja católica.

Reforma Religiosa

A reforma religiosa do século XVI causou diversas mudanças desde a Idade Média,
através dos teólogos John Wycliffe e Jan Huss. Apesar se inicialmente contidos, na
Inglaterra e na Boêmia, os ideais reformistas continuaram em razão ocultas às
tendências que fizeram romper a revolta religiosa na Alemanha.

Nesse período, houve um enfraquecimento da igreja que enfrentava um período difícil


com o comércio de cargos eclesiásticos e de indulgências e o declínio das influências
papais causado prestígio crescente dos soberanos europeus, que muitas vezes atuavam
diretamente nas decisões da Igreja. Tudo isso proporcionou um ambiente favorável a
um movimento reformista.

Absolutismo

O absolutismo foi uma forma de governo que predominou durante a Idade Moderna e
consistia, basicamente, no poder é concentrado nas mãos do rei, enquanto que
os cidadãos eram cortados das decisões. Nesse sistema, o rei estabelecia leis, decretos,
impostos, escolhia seus funcionários e militares, além de tomar várias decisões em
relação ao estado e também à religião. Dessa forma, o povo não era consultado, o que
prevalecia era a decisão dos monarcas.

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Iluminismo

O iluminismo surgiu como uma forma de contradizer as ideias do absolutismo assim


como outros costumes do período que surgiram na Inglaterra, na França e na Holanda
no decorrer da Idade Moderna. A finalidade do movimento era trocar o
aspecto teocêntrico da Europa que se espalhou durante a Idade Média por uma
perspectiva mais racional.

De acordo com a filosofia iluminista, deveria-se levar luz às trevas em que a sociedade
se encontrava, rodeada de questões e conceitos religiosos. Essa nova forma de analisar
as questões levava uma liberdade tanto na área política, quanto na econômica. Ainda
segundo eles, o homem não poderia evoluir de outra maneira e precisava ser capaz de
apurar cientificamente e procurar por respostas sobre perguntas que anteriormente
somente eram respondidas através da fé.

Início da Revolução Francesa

O fim da Idade Moderna foi marcado pela Revolução Francesa, que foi um movimento
social e político ocorrido na França em 1789 e destruiu o Antigo Regime, abrindo
espaço para uma sociedade moderna com a formação do Estado democrático.

Linha do tempo Idade Moderna


Os principais acontecimentos da Idade Moderna:

1453- Tomada de Constantinopla pelo império Turco-Otomano.


1455 a 1485- Guerra das Duas Rosas na Inglaterra.
1479- Criação da Monarquia Nacional Espanhola.
1492- Cristóvão Colombo chega à América. Espanhóis chegam ao continente
americano.
1492- Os espanhóis conquistaram Granada e puseram fim ao domínio da
Espanha pelos mouros muçulmanos.
1500- Chegadas dos portugueses ao Brasil, liderados por Pedro Álvares Cabral
(Descobrimento do Brasil).
1517- Início da Reforma Protestante começou na Alemanha.

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1519-1522 Fernão de Magalhães comandou a primeira viagem ao redor do
mundo.
1526- Baber, um governante muçulmano, conquistou a Índia e estabeleceu o
Império Mogol.
1532- Francisco Pizarro invadiu o Peru, iniciando a conquista espanhola do
império inca.
1588- A marinha real da Inglaterra derrotou a armada espanhola e consolidou a
posição da Inglaterra como grande potência naval.
1613- Miguel Romanov tornou-se czar da Rússia e iniciou o domínio de 300
anos da Rússia pelos Romanov.
1644- Os manchus conquistaram a China e estabeleceram seu governo que
durou até 1912.
1688- A Revolução Gloriosa derrubou Jaime II da Inglaterra.
1763- O Tratado de Paris pôs fim à Guerra dos Sete Anos na Europa e à guerra
entre franceses e índios na América do Norte.
1776- As 13 colônias inglesas da América do Norte assinaram a Declaração de
Independência.
1789- Início da Revolução Francesa.

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Conclusão
Por fim, conclui que após o desenvolvimento comercial a partir do século XV, o
aumento da população, o crescimento das cidades e desenvolvimento das manufacturas,
foi natural a superação da Idade Média. Assim, foi se estruturando um sistema
comercial que está no cerne do Capitalismo: o Mercantilismo.

Todas as colónias no ultramar possuíam o "exclusivo comercial", um rígido sistema de


monopólio estruturado principalmente pela obrigatoriedade das rotas comerciais
passarem pela metrópole.

12
Bibliografia
SCHUMPETER,J.A. A teoria do desenvolvimento económico. São Paulo: Nova
Cultural, 1988.

PIRENNE, H. História económica e social da Idade Média. São Paulo: Mestre Jou,
1963.

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