Antibioticos
Antibioticos
Antibioticos
RESUMO
Os antibióticos são substâncias naturais ou sintéticas que levam a inibição ou a morte das
bactérias, causando um efeito bacteriostático e bactericida, respectivamente. O consumo
irracional dos antibióticos associado a alta capacidade de adaptação dos microorganismos
ocasionou o aparecimento de bactérias resistentes. Atualmente, a resistência bacteriana
contra antibióticos tornou-se um sério problema de saúde pública mundial e é responsável
por causar sérios impactos tanto na saúde pública como na comunidade. A desinformação
dos consumidores sobre a indicação do tratamento com antibióticos e o pensamento que o
medicamento é a “chave” da cura também cooperam para o uso indiscriminado dos
antibióticos. Devido ao fácil acesso aos antibióticos e o uso incorreto dos mesmos pela
população, como também, o uso exacerbado dessa classe de fármacos nos serviços de
saúde, fizeram com que houvesse o surgimento de cepas de bactérias resistentes adquiridas
na comunidade que antes eram restritamente encontradas em ambientes hospitalares, como
por exemplo, a bactéria Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) e
enterobactérias produtoras de beta-lactamase de espectro ampliado (ESBL+). Foi realizado
estudo bibliográfico com abordagem narrativa utilizando as bases de dados eletrônicas
SciELO, LILACS, PubMed/MEDLINE, Google Acadêmico, também foram utilizados
livros e Resoluções vigentes. Diante do exposto, foi concluído que o uso indiscriminado
dos antibióticos é o principal fator para o desenvolvimento de resistência bacteriana e que a
falta de informação dos pacientes, a má qualidade e o difícil acesso aos serviços de saúde,
são os principais motivos que levam a população a se automedicarem e fazerem uso
indiscriminado desses medicamentos.
Palavras-chave: Antibióticos; Resistência aos antibióticos; Automedicação; Uso de
medicamentos.
ABSTRACT
The antibiotics are natural or synthetic substances that lead to the inhibition or death of
bacteria, causing, respectively, a bacteriostatic and a bactericidal effects. The irrational
consumption of antibiotics, associated to the microorganism’s high adaptation capacity,
1
Centro universitário Uninassau. Discente do curso de Biomedicina. Fortaleza – CE.
2
Centro universitário Uninassau. Discente do curso de Biomedicina. Fortaleza – CE.
3
Autora correspondente. Centro universitário Uninassau. Docente do curso de Farmácia. Mestre e Doutora
em Microbiologia Médica-UFC. Fortaleza – CE. Rua José de Barcelos 660, apartamento 1102, Parque Araxá.
CEP: 60450510, Fortaleza – CE. Email: joycebio@hotmail.com. Telefone: (85)989906433.
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1 INTRODUÇÃO
Os antibióticos são substâncias naturais ou sintéticas que levam a inibição ou a
morte das bactérias, causando um efeito bacteriostático e bactericida, respectivamente,
sendo esses medicamentos usados no tratamento e prevenção de doenças. A descoberta da
Penicilina por Alexander Fleming em 1928 e a prescrição de antibacterianos pela primeira
vez em 1940 para o controle de infecções graves, representou um acontecimento histórico
para a medicina, visto que tornou possível o tratamento de doenças que até então eram
responsáveis por uma alta taxa de mortalidade no mundo. Durante a Segunda Guerra
Mundial, a penicilina foi vastamente usada no combate à infecções e curou milhares de
enfermos, porém, devido ao uso do antibiótico em larga escala, surgiram por volta de 1950,
os primeiros casos de resistência bacteriana (GUIMARÃES, 2010; ROCHA et al., 2011;
REGINATO, 2015; OLVEIRA, AIRES, 2016).
Como forma de reverter a situação, foram descobertos, desenvolvidos e
comercializados novos antibióticos, contudo, em virtude do consumo indiscriminado
desses fármacos, a resistência bacteriana virou uma constante conforme novos antibióticos
foram surgindo. Atualmente, estima-se que o Brasil seja o quarto país em todo o mundo
que mais consume medicamentos e que 40% deles são antibióticos, essa classe de
medicamentos também é amplamente usada em pacientes hospitalizados, sendo
responsável por quase 50% dos gastos dos serviços de saúde. O consumo irracional dos
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2 METODOLOGIA
Foi realizado um estudo bibliográfico com abordagem narrativa com a seleção de
artigos relacionados à temática em questão, a partir da busca nos bancos de dados Scientific
Eletronic Librany Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LILACS), PubMed/MEDLINE, Google Acadêmico e também foram usados
livros e resoluções vigentes. Os descritores utilizados na busca desses estudos foram
selecionados segundo a classificação dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e
foram: antibióticos, resistência a antibióticos, automedicação e uso de medicamentos. Com
a combinação entre os descritores foi obtido acesso a um número significativo de materiais
nos idiomas português, inglês e espanhol, após a leitura suas informações foram
compactuadas e organizadas de forma coerente e estruturada, expondo as principais ideias
dos autores acerca da temática.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Antibióticos
Os antimicrobianos foram inicialmente definidos como substâncias naturais
produzidas por diversas espécies de microrganismos que impediam o desenvolvimento ou
à vida de outros microrganismos, contudo, com o passar do tempo, as substâncias sintéticas
antibacterianas também foram inseridas nessa definição. Para ser efetivo e tolerável, o
antibiótico precisa ser uma substância nociva às bactérias, mas relativamente segura para o
ser humano. Isso não significa que não possa haver efeitos colaterais, mas por definição,
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um antibiótico deve ser muito mais tóxico para microorganismos invasores do que para o
organismo invadido. O conhecimento dos princípios gerais que conduzem o consumo de
antibióticos, assim como das propriedades e características básicas, tais como: químicas,
físicas, farmacológicas, espectro e mecanismo de ação, são primordiais para uma escolha
terapêutica apropriada (GOODMAN, GILMAN’S, 2008; CORDEIRO, BRITO, 2012;
KATZUNG, 2010).
O primeiro antibiótico (Penicilina) foi descoberto em 1928, por acaso, quando o
médico inglês Alexander Fleming deixou em seu laboratório uma amostra da bactéria
Staphylococcus aureus (S. aureus) que era causadora de abscessos em feridas abertas de
soldados da Primeira Guerra Mundial ocasionadas por armas de fogo, ser contaminada por
esporos do fungo Penicillium notatum, que então se desenvolveu na placa de Petri
interrompendo assim o crescimento da bactéria em questão. Após a descoberta da
penicilina, começaram a ser sintetizadas novas classes de antibióticos com atuações
exclusivas a depender da bactéria, da área e da importância da infecção (AMINOV, 2010;
MURRAY, 2017).
No decorrer dos anos, os antibióticos passaram a ser imprescindíveis para facilitar o
nascimento de prematuros e aumentar a sobrevida após traumas graves; auxiliar no sucesso
do tratamento com quimioterápicos e cirurgias em geral; e impedir que os ambientes
nosocomiais sejam responsáveis por doenças infecciosas com alto índice de mortalidade,
com isso, os mesmos passaram a ser usados em larga escala e muitas vezes de forma
indiscriminada, sendo uma das classes de medicamentos mais vendidos em todo o mundo
(CÔRREA JUNIOR, 2011; BRITO, CORDEIRO, 2012; VAN BOECKEL et al., 2014).
Com a inserção de novos antimicrobianos com o passar dos anos no mercado,
tornou-se necessário criar uma classificação, baseada comumente nos mecanismos de ação
dos mesmos. Assim são descritos as três principais formas de ação dessa classe de
medicamentos (MURRAY, 2017).
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cura também cooperam para o uso indiscriminado dos antibióticos. Nicolini et al. (2008)
comprovaram isso em um estudo realizado com usuários de uma farmácia pública da
região Oeste da cidade de São Paulo/SP onde foi constatado que 30% dos casos de
tratamento com antibiótico pode estar comprometido, pois 10,74% dos pacientes
desconhece o diagnóstico da sua doença; 15,44% não entendem a dosagem do antibiótico e
3,65% desconhece tanto o diagnóstico quanto a dosagem, essa falta de entendimento
possui maior prevalência na população com faixa etária superior a 50 anos.
O pouco conhecimento dos usuários também foi comprovado em estudo realizado
por Thiago, Barros e Jimenez (2009), onde somente 48% dos pacientes que fazem uso de
antibióticos sabem que os mesmos são usados para o controle de infecções bacterianas;
31% dos pacientes declararam que os antibióticos são usados para tratamento de
inflamações e dores em geral; 13% não souberam informar a indicação do uso de
antibióticos; 7% dos pacientes declaram que são usados para gripes/resfriados e 1% dos
entrevistados declararam que são usados para qualquer tipo de doença.
A falta de compreensão de como irá funcionar o método terapêutico, leva muitas
vezes, a má adesão dos usuários ao tratamento, fazendo com que os mesmos abandonem
parcial ou totalmente o uso das medicações antes da sua finalização, a principal causa para
o abandono da terapia com antibióticos é o desaparecido dos sinais e sintomas que
representa para os pacientes a cura da doença que estava sendo tratada. Esse fato foi
confirmado em um estudo transversal feito com 246 clientes de duas farmácias localizadas
na cidade de Rio Grande no estado do Rio Grande do Sul/RS no qual mostrou que 44,3%
dos entrevistados não aderiram ao tratamento, sendo que 20,7% abandonaram o tratamento
antes do período estabelecido; 17,1% seguiram a posologia de forma inadequada e 6,5%
declararam que não cumpriram o tratamento devido a aparecimento de efeitos adversos
causados pelo uso do antibióticos prescrito (MUCCILLO-BAISCH et al., 2009;
TRAVASSOS, MIRANDA, 2010).
Com a não finalização do tratamento de forma adequada pelos usuários e
consequemente, a não utilização de toda a quantidade de medicamentos previamente
prescrita, cria-se possibilidades para a prática de outro hábito da população brasileira,
armazenar medicamentos em domicílio, incluindo os antibióticos. Conforme foi observado
em um estudo realizado na cidade de Palmitos no estado de Santa Catarina/SC com
usuários do SUS que receberam prescrição de antibióticos, no qual 88,2% dos indivíduos
entrevistados que interromperam o tratamento, guarda as “sobras” do medicamento em
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anos de idade para o tratamento de infecções das vias áreas superiores, a amoxicilina foi o
antibiótico mais prescrito.
Na geriatria, os antibióticos devem prescritos com bastante prudência e
principalmente de forma individualizada para os idosos, pois com o avançar da idade e o
declínio da defesa do sistema imunológico, o surgimento de comorbidades é comum, com
isso, os mesmos tornam-se mais propensos a desenvolverem infecções e também a fazerem
uso de medicamentos com mais frequência, incluindo os antibióticos, se tornando também
mais passível de erros no tratamento e indução a prática da automedicação, situação que
representa inúmeros problemas para os idosos, pois essa prática pode culminar em altos
níveis de toxicidade medicamentosa, devido a diminuição das funções renais e hepáticas
natural desta classe (DEL FIOL, et al., 2010; DAMBROS, ORTIZ, TONIOLO NETO,
2009).
Devido os antibióticos serem largamente usados de maneira irracional pela
população em decorrência do livre comércio desde a sua descoberta até meados de 2010 e
o seu uso está diretamente ligado ao aumento das taxas de resistência bacteriana, que por
sua vez, é responsável por ocasionar sérios danos à saúde pública do Brasil, a ANVISA,
também estabeleceu a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC), nº 44 de 26 de outubro de
2010 que dispõe sobre a dispensação de antimicrobianos em farmácias e drogarias, a RDC
diz que a venda de antimicrobianos deve ser realizada apenas mediante prescrição médica
carimbada e assinada e que a mesma deve possuir duas vias, sendo que a primeira via deve
ficar retida no estabelecimento farmacêutico para fins de fiscalização e a segunda via deve
ser devolvida ao paciente como forma de comprovação do atendimento, além da
obrigatoriedade de escrituração das receitas com medicamentos antimicrobianos no
Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) que é um sistema
de informação de vigilância sanitária que capta dados de dispensação e consumo de
antibióticos (ANVISA, 2010);
Em 05 de maio de 2011, a ANVISA revogou a RDC 44/10 substituindo pela RDC
20/11 que dispõe sobre o controle de fármacos que tenham como base substâncias
antimicrobianas, de uso sob prescrição, isoladas ou em associação. A atual Resolução
manteve, basicamente, o mesmo teor da RDC 44/2010 mas algumas alterações foram
feitas, a via a ser retida na farmácia ou drogaria passou a ser a segunda e não a primeira
como constava na antiga RDC, o tempo que o estabelecimento farmacêutico devia arquivar
a prescrição para fiscalização reduziu de 5 para 2 anos, a prescrição médica passou a ter
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validade de 10 dias e determinou novo prazo de 180 dias para a inserção das receitas no
SNGPC, assim como, a utilização de Livro de Registro Específico para antimicrobianos
em localizadas desprovidas de internet, onde o registro deve ser feito a caneta de forma
legível, sem rasuras ou emendas e assinada pelo responsável técnico pelo estabelecimento,
ou em um sistema informatizado autorizado pela vigilância sanitária local ou estadual
(CRF-MT, 2010; ANVISA, 2011; LADEIRA et al., 2017).
Através da aprovação dessa nova resolução no Brasil, esperava-se que ocorresse
uma diminuição do uso irracional dos antimicrobianos e uma consequente, redução da
resistência bacteriana. Visto que antes da sua aprovação, havia dificuldades na elaboração
de critérios de controle sobre a avaliação das prescrições médicas, a utilização dos
antibióticos e suas consequências (BRITO, CORDEIRO, 2012; CAMARGO, 2012;
LADEIRA et al., 2017). Com a criação da lei como medida regulatória para
dispensação dos antibióticos, houve uma diminuição imediata da venda dessa classe de
medicamentos, porém de forma momentânea e pouco eficaz. Uma vez que a ANVISA
concentra suas fiscalizações principalmente em farmácias de grande porte, entretanto a
mesma ocorre de forma ineficaz, pois se verifica apenas a saída dos medicamentos
conforme a quantidade de receitas retidas, não havendo fiscalização nos estoques, fazendo
com que se crie possibilidades para desvios de cargas e roubos de medicamentos para
repasse à farmácias de pequeno porte, já que essas não são fiscalizadas regularmente
quanto a venda de medicamentos formalmente prescritos, possibilitando o funcionamento
da farmácia ou drogaria sem a presença do responsável técnico; cooperando para que os
usuários sejam influenciados a comprar medicamentos oferecidos por balconistas de
farmácias e fazendo com que a população consiga facilmente antibióticos sem receita
médica. Como foi visto em um estudo realizado por Silva, Galato e Alano (2012), no
período de dezembro de 2011 a julho de 2012 na cidade de Tubarão no estado de Santa
Catarina/SC com 383 indivíduos que frequentava lugares públicos, que dentre a população
estudada, 78 deles utilizaram antibióticos nos últimos seis meses e que 14 deles
conseguiram comprar o medicamento sem prescrição médica mesmo após as
regulamentações da Anvisa, contribuindo assim para o aumento da prática da
automedicação e consequentemente, para o crescimento da resistência bacteriana
(ANVISA, 2013; NOVARETTI, AQUINO, PSICOPO, 2014).
Apesar do grande número de doenças infecciosas que puderam ser tratadas, curadas
e evitadas de ser transmitidas com o uso de antibióticos, dessa forma, impedindo a morte
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profissionais de saúde da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica, foi visto que após
serem indagados sobre a frequência de higienização das mãos, cerca de 67, 57% dos
profissionais declararam realizar o procedimentos às vezes e apenas 32, 43% responderam
que sempre fazem a higiene das mãos. Com isso, torna-se necessário a implantação de
programas de prevenção de infecção hospitalar por parte das instituições, assim como
campanhas informativas que incentivem a higienização adequada das mãos (ALMEIDA;
FARIAS, 2014).
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4 CONCLUSÃO
Diante do exposto, conclui-se que o uso indiscriminado dos antibióticos é o principal fator
para o desenvolvimento de resistência bacteriana e que a falta de informação dos pacientes,
a má qualidade e o difícil acesso aos serviços de saúde, são os principais motivos que
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