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Avivamento Missionário

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Avivamento missionário

Atos 1
1) Introdução
Acredito que um crente só evangeliza, ganhando vidas para
Cristo, quando sua vida está avivada. Porém, muitos tem
experimentando um vazio espiritual muito grande, no que se
refere a obra missionária.
Sei que muitos aqui já devem ter escutado pregações ou
participado de estudos bíblicos sobre o tema missionário, porém o
que realmente precisamos é experimentar em nossas vidas um
avivamento missionário.
Mas quero inicialmente, definir o que é um avivamento
missionário? Um avivamento missionário é aquela experiência
que temos com o Espírito que nos leva a renovarmos um
sentimento ardente de amor pelos perdidos. A tarefa missionária
só é eficaz quando temos em nosso coração um sentimento de
amor pelas almas.
“O missionário R.L. Stevenson passou os últimos anos de sua
vida em Samoa, no Pacífico. Os nativos chamavam o caminho
para a sua casa de o caminho do coração que ama.” Alguém já
disse que “…o amor é o único tesouro que se multiplica por
divisão. É a única dádiva que aumenta quanto mais você a
reparte.” Na medida que amamos ao pecador sem Cristo,
recebemos mais de Deus.
A igreja primitiva é para nós, um modelo de igreja de cristãos
avivados na prática da evangelização. No capítulo 2 de Atos,
encontramos uma Igreja que estava cheia de ousadia do Espirito
para pregar as boas novas. Em Jerusalém, os discípulos de
Cristo, anunciaram o evangelho aos estrangeiros e habitantes de
Jerusalém e mais de 3000 pessoas se convertem.
Mas, o que me chama atenção na história do primeiro avivamento
missionário aqui em Atos, é que estes cristãos estavam buscando
e aguardando este avivamento. Talvez seja isso que esteja
faltando em nossas vidas: buscar um avivamento missionário.
Vamos ver então como devemos nos preparar para um
avivamento missionário?
a) Um avivamento missionário começa quando obedecemos
e confiamos nas promessas
E, estando com eles, determinou-lhes que não se
ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do
Pai, que, disse ele, de mim ouvistes. Atos 1:4
Jesus ordenou aos discípulos que não se ausentassem de
Jerusalém, mas que esperassem a promessa do pai.
Durante 40 dias Jesus esteve com os discípulos e depois foi
levado para o céu. Em seguida, as perseguições começam a
acontecer contra a igreja. Resta para aqueles discípulos apenas
uma promessa. E Jesus lhes ordenara que “…esperassem em
Jerusalém a promessa do Pai.”.
Mas, o que significa “esperar em Jerusalém”. Jerusalém era o
centro de tudo, da religião, da política, das decisões importantes.
Ali tudo acontecia. Jerusalém era o lugar onde Deus ia começar
uma grande obra de avivamento e fazer com que aquela igreja
crescesse.
Todos nós também temos a nossa Jerusalém. Jerusalém é o
nosso primeiro campo missionário, é o lugar que queremos
alcançar para Cristo. Neste aspecto, Jerusalém pode ser a nossa
casa, nossa vizinhança ou o lugar onde trabalhamos.
As vezes estamos queremos alcançar o mundo, mas não
esqueçamos de alcançar a nossa casa, nossos vizinhos, nosso
bairro, nossa cidade. Se formos fieis ao Senhor em ganhar vidas
para Cristo no lugar estamos, Deus então nos confiará as searas
mais distantes e maiores.
Não podemos esquecer que ao nosso lado existem pessoas
que não foram ainda salvas, e que precisam ser evangelizadas.
A ordem de Cristo era clara: Fiquem em Jerusalém. Talvez
muitos desejassem sair de Lá, mas Deus iria começar algo novo
naquele lugar. E havia uma promessa!
O que faz um cristão, um discípulo permanecer firme em sua
visão, seu trabalho, e sua missão é o fato de todos termos uma
promessa.
Assim foi com Abraão. Certa vez Deus chama Abraão para
fora de sua casa e manda que ele olhe para o céu. E ali lhe faz
uma promessa: “Olha, agora para os céus e conta as estrelas, se
as podes contar. Assim será a tua semente” (Gn. 15:5).
Abraão tinha apenas uma promessa. Ele não tinha a saúde
de uma pessoa jovem, não tinha a juventude, sua esposa Sara
era estéril, e Deus lhe faz uma promessa tão ousada como esta.
Abraão creu contra as próprias circunstâncias.
Em muitos momentos de nossas vidas, todas as
circunstâncias irão apresentar-se contra as nossas
convicções. Surgem muitos momentos assim na vida familiar, na
vida emocional, financeira, ou ainda no ministério, na igreja ou
ainda na tarefa missionária.
Talvez você esteja vivendo um momento assim, pois tem a
promessa de salvação dos seus, mas as circunstancias são ainda
contrarias a sua fé.
Nestes momentos, precisamos rever as promessas de Deus,
e nos apegar a elas. Nessas horas somos sustentados pelas
promessas de Deus para nossas vidas. Um avivamento
missionário começará no momento em que começarmos a crer
nas promessas feitas por Deus para nós.
b) Um avivamento missionário começa quando renovamos
nossa esperança
Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntaram-lhe,
dizendo: Senhor, restaurarás tu neste tempo o reino a Israel? Atos
1:6
Durante 40 dias, Jesus esteve com seus discípulos. Então
alguém lhe pergunta: “Senhor em que tempo restauraras o reino a
Israel?”. Nessa pergunta vemos uma semente de esperança.
Os discípulos de Jesus eram homens esperançosos. E eles
permaneciam juntos renovando a cada dia, nas orações coletivas
o sentimento de confiança, no cumprimento daquilo que Jesus
havia-lhes dito acerca da promessa do Espírito.
Tomas Brook disse que A esperança consegue ver o céu
através das mais densas nuvens.
Foi assim com Estevão. Ele estava cercado por inimigos que
respiravam ódio contra ele. Os inimigos de Estevão estavam tão
dominados pelo mal, que pegaram em pedras.
Mas Atos 7: 55 diz: “Estevão estando cheio do Espírito Santo
e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus que
estava à direita de Deus.”
Haviam nuvens tenebrosas de ódio e morte em torno de
Estevão, mas a vida de Estevão estava cheia de esperança. Por
causa da esperança, Estevão conseguiu ver a glória de deus em
meio a densas trevas que tentaram destrui-lo.
A esperança nos faz olhar além das circunstancias naturais.
Muitos só conseguem ver problemas e dificuldades em muitas
situações da vida. Quando estamos com a vida cheia de
esperança, vemos a água em meio ao deserto, vemos vida em
meio a morte, vemos paz em meio a guerra, vemos alegria em
meio a angustia, vemos restauração em meio a destruição.
No livro de Atos, encontramos no caráter dos discípulos a
presença de um sentimento de esperança que se renovava a
cada dia, mesmo diante das perseguições sofridas. A esperança
os fortalecia, levando-os a orar e buscar cada vez mais. A
esperança os manteve firmes na promessa e os sustentou até o
dia em que o avivamento chegou em seus corações.
c) Um avivamento missionário chega quando aprendemos a
cultivar um sentimento de conquista
(“…Sereis minhas testemunhas… até os confins da terra…” v.8)
Neste versículo vemos uma promessa: “recebereis poder …”. Mas
o que fazer com tanto poder? Tanto poder não poder vir sobre
nossas vidas para que o usemos em nosso próprio benefício. A
Bíblia diz que receberemos poder para ser testemunhas até os
confins da terra.
O PODER DO ESPIRITO NOS É DADO PARA QUE POSSAMOS
GANHAR PARA CRISTO A NOSSA CIDADE, NOSSO ESTADO,
O NOSSO PAIS E OS CONFINS DA TERRA.
O objetivo desse poder é o de nos transformar em
conquistadores de vidas. Os conquistadores aqui, são as
testemunhas. Somos chamados para ser testemunhas do
reino de Deus.
Quando falamos de conquista, devemos nos lembrar de alguns
autênticos conquistadores. Daniel, chega a Babilônia como
escravo, e Deus coloca sobre ele um espírito excelente. Por
causa disso, Daniel conquista as mais elevadas posições no
reino, e marca a história de uma nação e a vida de um rei e
influencia milhares de pessoas com o seu testemunho cristão.
Lembremos também de José. José chega ao Egito como escravo.
A Bíblia diz: “O senhor era com José, e foi varão prospero, e tudo
que José fazia o Senhor prosperava em sua mão”. (Gn. 39:3,4).
Com seu testemunho José conquista grande influência sobre toda
uma nação, e posteriormente influencia até a vida da família.
Testemunhas são chamadas para a tarefa da conquista. Foi o que
aconteceu com Pedro, cheio do Espírito no dia de Pentecostes.
No poder do Espírito pregou a palavra para milhares de pessoas.
Naquela ocasião, aquela pregação inflamada e poderosa levou ao
quebrantamento de mais de 3000 pessoas que se renderam a
Cristo.
Portanto, saiamos para a conquista. Este mundo que jaz no
maligno, precisa ser reconquistado para Cristo.

d) Um avivamento missionário começa quando há


perseverança na oração
(“…perseveraram unanimente em oração…” v.14)
Antes do Pentecoste, a Igreja orava. Este era um comportamento
diário da Igreja. Em Atos 2:1 a Bíblia diz: “Estavam todos reunidos
num só lugar”. Havia uma maioria que orava, que buscava que
clamava pela promessa e pelo poder do Espírito.
A grande necessidade em nossos dias é de intercessão
missionaria. Foi a incessante oração que trouxe no dia de
Pentecostes os céus à terra. De fato, a igreja de joelhos traz os
céus à terra. A igreja de joelhos saqueia o inferno.
Um famoso cientista Isac Newton disse: “Posso usar meu
telescópio e observar milhões de quilômetros no espaço; mas
posso entrar no meu quarto e em oração aproximar-me mais de
meu Deus, sem ajuda de qualquer instrumento”.
Atos 12:5 diz: “…a igreja fazia continua oração a Deus…”. A
oração era uma rotina na vida daqueles fieis. É por isso que
aqueles irmãos eram visitados pelo Espírito. Em todo avivamento
missionário, em toda descida do Espírito, vamos descobrir que
existem aqueles que estão pagando o preço.
Ilustração. O avivamento missionário na Coréia do Sul, neste
século, começou com uma reunião de oração ao meio-dia. Depois
de um mês, um irmão propôs acabar com a reunião. "Estamos
perdendo tempo", argumentou. "Já oramos um mês e nada
mudou, nada aconteceu. Temos sermões a serem pregados e
visitas a serem feitas. Não podemos ficar aqui desperdiçando o
nosso tempo." A maioria, porém, decidiu continuar orando, até
que Deus fendeu o céu e desceu poderosamente. O resultado?
Mais de um milhão de pessoas convertem-se a Cristo por ano.
Temos que voltar a orar pelos perdidos com a intensidade do
sentimento de Ana, que pedia desesperadamente por um
milagre e diz: “venho derramando minha alma perante o Senhor”.
E o milagre aconteceu. Temos que orar pelos perdidos com a
determinação de Elias, que “…pediu que não chovesse, e por
três anos e seis meses não choveu, depois orou outra vez, e o
céu deu chuva”. (Tiago 5:17,18)
ILUSTRAÇÃO: William Burns, orava diariamente durante horas
seguidas quando começou seu ministério. Ele tinha vinte anos.
Um dia de manha, quando a sua mãe chegou ao quarto para o
chamar encontrou-o deitado no chão onde tinha passado toda a
noite em estado de oração. Ele respondeu o chamado da mãe
com as palavras: “Mãe, Deus deu-me a Escócia hoje”. Dentro de
pouco tempo toda a Escocia foi sacudida por um poderoso e
grande avivamento e milhares de pessoas foram salvas e
visitadas pelo Espírito Santo.
Chegou o tempo em que devemos orar assim: “Senhor, nos dá
este bairro, esta cidade, Senhor nos dá este Estado”. Devemos
orar como diz a letra da música da Fernanda Bum: “Senhor, da-
me filhos”.
3) Conclusão
Quero finalizar esta palavra declarando que Não há
avivamento missionário sem preço, assim como Não há parto
sem dor, ou assim como não há colheita jubilosa sem a
semeadura regada de lágrimas. É preciso coragem e
determinação para prosseguir. É preciso fé para não voltar atrás
no objetivo de clamar por um urgente e grandioso avivamento
missionário nos corações de cada crente.
Não podemos perder mais tempo! Jesus esta voltando! É hora
de clamarmos pela intervenção de Deus (SI 119.126). É tempo de
buscarmos um avivamento cada vez maior sobre nossas vidas.
É hora da igreja unir-se em oração e rasgar o coração num
sentimento de quebrantamento e renovação perante de Deus do
amor por missões.
É hora de clamarmos por um avivamento missionário que nos
dobre, que nos leve de volta ao altar, que crie no nosso coração
sede de Deus e compromisso com a santidade.
Necessitamos de um avivamento missionário que mude o nosso
caráter, transforme o nosso falar e o nosso viver na igreja e no
mundo e que nos faça ser o bom perfume de Cristo para o
mundo.

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