INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA

CAMPUS JARAGUÁ DO SUL

DISCIPLINA DE BIOLOGIA

RELATÓRIO DAS AULAS PRÁTICAS

Alunos: Alexander Jason Dutra, Bruna Romig,

Jéssica de Oliveira Silva e Zaira Tauane Dopke
Prof. Julia Helena Ortiz

JARAGUÁ DO SUL, 2024.

 SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................................................
1.1 AULA PRÁTICA - TIPAGEM SANGUÍNEA....................................................................................
2 OBJETIVOS.................................................................................................................................................
3 METODOLOGIA EXPERIMENTAL......................................................................................................
3.1 REAGENTES E MATERIAIS.............................................................................................................
3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................................................................
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................................................
4.1 HEREDOGRAMAS.............................................................................................................................
5 CONCLUSÃO AULA PRÁTICA N°1.......................................................................................................
1 INTRODUÇÃO

1.1 AULA PRÁTICA - TIPAGEM SANGUÍNEA

A tipagem sanguínea se trata do processo de coleta e análise do sangue

para determinar o grupo sanguíneo do indivíduo. O sangue humano possui
quatro diferentes grupos, com apenas dois fatores Rh, que ao serem
analisados, vê-se que existe uma variabilidade maior de tipos sanguíneos.
Para a classificação dos grupos sanguíneos, utiliza-se o sistema ABO,
visto na Tabela 1, descoberto por Karl Landsteiner em 1901. O sistema ABO é
dividido com base nos antígenos presentes em cada grupo sanguíneo. O termo
antígeno é usado para classificar todas as espécies moleculares capazes de
desencadear uma reação imunológica ao entrarem em contato com um
anticorpo, que busca proteger o organismo desse antígeno.

Tabela 1

Grupo Fator Rh

A A+ ou A-

B B+ ou B-

O O+ ou O-

AB AB+ ou AB-

Os organismos que possuem o grupo sanguíneo A, possuem antígenos

A. O grupo B possui antígenos B. No grupo AB os antígenos são tanto
antígenos A, quanto antígenos B. Contudo, o grupo sanguíneo O, é o único
grupo sanguíneo que não possui nenhum antígeno. Ao identificar se o
organismo possui ou não antígenos para determinado grupo, é possível
descobrir a qual grupo sanguíneo o indivíduo pertence.

Embora tenham sido identificados diferentes sistemas de

grupos sanguíneos na membrana das hemácias, apenas os
antígenos do sistema ABO e sistema Rh são tipados antes de
uma transfusão. Isso acontece porque o sistema ABO tem
anticorpos plasmáticos que agem naturalmente contra os
antígenos do sistema ABO dos indivíduos que não os
possuem, causando reações. Já o sistema Rh é tipado para
determinar a presença (Rh positivo) ou ausência (Rh negativo)
 do antígeno D, que é altamente imunogênico. (ARRUDA,
PINHEIRO, 2015, p.199)

Após a descoberta do sistema ABO, Landsteiner em conjunto com o

médico Alexander Wiener, descobriram o fator Rh, que ganhou seu nome
devido aos testes que envolviam o sangue de macacos do gênero Rhesus. O
fator Rh possui mais de cinquenta antígenos, sendo o principal deles, o anti-D.
Segundo Borges-Osório e Robinson (2002, apud ESQUISSATO, ARRUDA,
SOARES, 2007), a teoria Fisher-Race propõe que são três alelos muito
próximos que determinam o fator Rh, sendo eles: o alelo C, D e E, onde o D é
dominante sobre os demais, determinando o Rh+ e o seu recessivo determina
o fator Rh -.
Atualmente é notado que o fator Rh está envolvido em uma doença
denominada como Doença Hemolítica do Recém-nascido, que também é
conhecida como Incompatibilidade de Rh, ela acontece quando os glóbulos
vermelhos do feto são atacados ou degradados pelo sangue da mãe
(WALTER, 22). Isto ocorre quando a mãe possui Rh - e o bebê possui Rh + e
vice-versa.

2 OBJETIVOS

- Identificar o tipo sanguíneo dos participantes, utilizando reagentes anti-

A, anti-B e anti Rh.
- Compreender os diferentes sistemas sanguíneos (ABO) e fator Rh
(positivo e negativo).

3 METODOLOGIA EXPERIMENTAL

3.1 REAGENTES E MATERIAIS

Reagentes / materiais Quantidade utilizada

Soro anti-A 1 gota

Soro anti-B 1 gota

Soro anti-D (anti-Rh) 1 gota

Lâmina de vidro 8
 Lancetas descartáveis 4

Palitos de aplicação (palito de dente) 2

Algodão –

Álcool 70% –

Luvas descartáveis 1 par

Recipiente para descarte de material 1

perfurante

Microscópico 5 ou 6

Corante Azures Deixado por 20 segundos

Azul de Metileno Deixado por 20 segundos

Eosina Deixado por 20 segundos

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Iniciou-se o procedimento experimental com o momento da coleta do

sangue dos alunos voluntários, onde a professora fez a coleta do sangue de
cada um com o uso de uma lanceta descartável, com a qual fez um pequeno
furo no dedo de cada aluno para coletar três gotas de sangue, que foram
depositadas em uma lâmina de vidro. A área a ser perfurada foi higienizada
com algodão e álcool 70% para evitar a contaminação do sangue. Em cada
gota de sangue foi adicionada uma gota de soro anti-B, anti-A e anti-D (anti-
Rh), respectivamente. Após alguns minutos, cada gota foi misturada com um
palito de dente para observar a presença de aglutinação, permitindo identificar
o tipo sanguíneo. Por exemplo, se o sangue coagular nas gotas com soro anti-
A, anti-B e fator Rh (figura X), o tipo sanguíneo é AB+. Se não houver
coagulação em nenhuma gota, o sangue é O-, e se coagular apenas no fator
Rh, o sangue é O+, entre outros resultados possíveis.

Figura X - Soros utilizados.

 Fonte: De autoria própria.

Simultaneamente à coleta das três gotas para identificação sanguínea,

foi coletada uma gota adicional para preparar um esfregaço na lâmina, que
mais tarde seria visualizado no microscópio para observar as células
sanguíneas. Após a realização do esfregaço, cada aluno fez o preparo de sua
própria lâmina com os corantes azures, azul de metileno e eosina, fazendo a
coloração hematológica. Primeiro, a lâmina foi imersa no corante azures por
aproximadamente 20 segundos, seguido pelo mesmo procedimento com o azul
de metileno e, por último, a eosina.

Figura X - Processo geral da coloração hematológica.

Fonte: Autoria própria

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ao realizar a coleta do sangue de cada indivíduo e adicionar as três gotas em

uma lâmina de vidro, juntamente com uma gota de cada anticorpo para cada gota de
sangue em cada lâmina, foi necessário misturar cada gota separadamente, com o auxílio
de um palito de madeira, até observar a coagulação do sangue.
Usando como exemplo a amostra de um tipo sanguíneo AB+ (amostra Zaira),
observou-se que depois de alguns minutos as três gotas, com os soros anti-A, anti-B, e
anti-D coagularam. Quando a gota de sangue onde foi aplicado o soro anti-a coagula,
significa que há nessas células sanguíneas o antígeno A, ou seja, ao aplicar o soro anti-a,
esse anticorpo (proteína) reage com o antígeno A, fazendo com que ocorra a aglutinação
das hemácias, que pode ser observada visualmente a olho nu, como na imagem X. A
mesma reação ocorre quando é aplicado o soro anti-B, se esta gota coagula é porque há
a presença do antígeno B nas células sanguíneas, que se liga com o anticorpo e ocorre a
aglutinação. Para o soro anti-D, este é usado para identificar se há o fator Rh, caso esta
gota coagula, significa a presença do fator Rh, ou seja, diz-se que é + (positivo). Já com
a ausência do mesmo, tem-se que o sangue é - (negativo).

Figura X - Análise de tipagem sanguínea com soros: Sangue AB+.

Fonte: De autoria própria.

No caso das amostras Bruna e Alexander, é possível observar que somente as

gotas de sangue com os soros anti-A e anti-D coagularam, como mostrado nas figuras X
e X, indicando a presença de antígeno A e o fator Rh nas células sanguíneas. A gota de
sangue com o soro anti-B não apresentou coagulação, evidenciando a falta do antígeno
B.

Figura X - Análise de tipagem sanguínea com soros: Sangue A+.

 Fonte: De autoria própria.

Figura X - Análise de tipagem sanguínea com soros: Sangue A+.

Fonte: De autoria própria.

Por fim, na amostra Jéssica somente a gota de sangue com soro anti-D
coagulou (figura X), indicando que apenas há o fator Rh nas células
sanguíneas, pois se não coagulase indicaria a ausência do fator Rh. Foi
determinado como sangue O+, pois as gotas de sangue com soro anti-A e anti-
B não coagularam, indicando a falta de antígeno A e B.

Figura X - Análise de tipagem sanguínea com soros: Sangue O+.

 Fonte: De autoria própria.

Após realizada a tipagem sanguínea de cada integrante do grupo, fez-se

o procedimento com a lâmina contendo o esfregaço. Deu-se início a esta etapa
fazendo o preparo da lâmina, onde esta foi inserida em três corantes
diferentes, sendo estes o azures, azul de metileno e eosina. Para cada corante
a lâmina ficou inserida por cerca de 20 segundos, e após cada corante foi
retirado o excesso de tinta contido na lâmina antes da mesma ser inserida no
próximo. Ao final, a lâmina obteve uma coloração roxa, e esta foi posicionada
no microscópio, a fim de se observar as células sanguíneas.
Com a visualização no microscópio, foi possível identificar as hemácias,
monócitos/macrófagos, linfócitos, eosinófilos, neutrófilos e basófilos, que são
diferentes tipos de células sanguíneas, cada uma com funções específicas na
oxigenação dos tecidos e na defesa imunológica do organismo. As células
coradas estão apresentadas nas figuras X, X, X e X. Algumas imagens
mostram detalhes mais nítidos das células, mas, como cada aluno ajustou o
microscópio de maneira distinta, as visualizações apresentaram algumas
variações.

Figura X - Célula sanguínea O+.

 Fonte: De autoria própria.

Figura X - Célula sanguínea A+.

Fonte: De autoria própria.

Figura X - Célula sanguínea A+.

 Fonte: De autoria própria.

Figura X - Célula sanguínea AB+.

Fonte: De autoria própria.

4.1 HEREDOGRAMAS

Figura Y - Heredograma dos integrantes do grupo.

Fonte: De autoria própria.

5 CONCLUSÃO AULA PRÁTICA N°1

Neste trabalho foi possível observar os diferentes tipos sanguíneos e

como podemos, através de coletas de amostras e análises práticas, determiná-
los, além de analisá-los no microscópio. O primeiro objetivo foi determinar o
tipo sanguíneo de cada integrante do grupo. Depois de realizar os testes com a
amostra de sangue e os soros, o grupo observou dois integrantes com o tipo
sanguíneo A+, um integrante com O+ e o último com AB+, como mostrado
anteriormente nas figuras X, X, X e X.
Com esses dados coletados, é possível também responder ao segundo
objetivo, que era compreender os sistemas sanguíneos e o fator Rh. A partir da
coleta, foi feita uma pesquisa na família de cada integrante do grupo para
descobrir o tipo sanguíneo dos familiares, e assim montar um heredograma de
cada um, como mencionado anteriormente na figura Y.
Nesse heredograma, podemos observar …
 REFERÊNCIAS

Arruda EHP, Ortiz T de A, Pinheiro D de O. Importância do

Autoconhecimento dos Grupos Sanguíneos (ABO e Rh) de Alunos de
Tangará da Serra-MT. Mato Grosso. Universidade de Cuiabá, Faculdade de
Ciências Sociais e Aplicadas, 2 de julho de 2015. Disponível em:
https://journalhealthscience.pgsscogna.com.br/JHealthSci/article/view/671

Esquissato, Giovana Natiele Machado. Arruda, Gisele. Soares, Maria Amélia

Menck. MODELO DIDÁTICO PARA O FATOR Rh. Maringá, Paraná. Encontro
Internacional de Produção Científica Cesumar, 2007. Disponível em:
http://cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2007/anais/giovana_natieloe_machado.
pdf

Walter, Andrew W. Doença hemolítica do recém-nascido. Manual MSD.

Filadélfia, Pensilvânia. Sidney Kimmel Medical College, novembro de 2022.
Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-saúde-
infantil/problemas-sanguíneos-no-recém-nascido/doença-hemolítica-do-recém-
nascido

https://www.infopedia.pt/artigos/$aglutinacao-(biologia)