RT BM5 001 2016 Parametros - Isencao - Sprinkler

REGULAMENTO TÉCNICO Nº EMG-BM/5-001/2016
ISENÇÃO DE REDE DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS DO TIPO SPRINKLER PARA

GALPÕES COMERCIAIS E/OU INDUSTRIAIS COM ÁREA DE ESTOQUE OU
INDUSTRIALIZAÇÃO COMPOSTA POR MATERIAIS CONSIDERADOS
INCOMBUSTÍVEIS.
1 – OBJETIVO
Definir regras específicas para isenção da rede de chuveiros automáticos do tipo
sprinkler para galpões comerciais e industriais, cuja respectiva área de estoque ou
industrialização seja superior a 1.500 m² (um mil e quinhentos metros quadrados) e
possuidora de materiais considerados incombustíveis.
2 – CAMPO DE APLICAÇÃO
Elaboração de projetos de segurança contra incêndio e pânico com enquadramento
na Seção I do Capítulo I do Anexo à Resolução SEDEC N° 300 de 21 de março de 2006.
3 – FUNDAMENTOS JURÍDICOS E TÉCNICOS

3.1) Nos termos do disposto no artigo 233 do Decreto n° 897 de 21 de setembro de
1976, que estabelece ser de competência do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros
Militar do Estado do Rio de Janeiro, baixar instruções que regulamentem os casos
omissos do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (CoSCIP).
3.2) A Resolução SEDEC N° 300 de 21 de março de 2006 fora omissa quanto aos
critérios de isenção da rede de chuveiros automáticos do tipo sprinkler para áreas de
estoque ou industrialização dos galpões comerciais e industriais, destinados à
armazenagem ou manipulação de materiais considerados incombustíveis.
3.3) Os fatores de natureza ocupacional, como a combustibilidade do material
contido na edificação, dispostos no subitem 3.2 do anexo I à Resolução SEDEC n° 109 de
21 de janeiro de 1993, foram preponderantes para a classificação das edificações quanto
aos riscos de incêndio.
3.4) O critério de incombustibilidade dos produtos fora parâmetro para classificação
de edificações comerciais ou industriais em um risco mais moderado, conforme
consagrado na letra “a” do sub item 4.2 da Resolução SEDEC n° 109 de 21 de janeiro de
1993, onde tais edificações estão inseridas no risco médio sujeito a canalização
preventiva, em detrimento das redes preventivas previstas no letra “b” do subitem 4.2 e
subitem 4.3, ambos da mesma Resolução citada neste subitem, sendo estas redes
próprias para áreas de estocagem e industrialização de produtos combustíveis.
3.5) A letra ”b” do subitem 1.4 da ABNT-NBR 13792, que tem por objetivo fixar as
condições exigíveis para projeto, cálculo, instalação e manutenção de sistemas de
chuveiros automáticos do tipo sprinkler para áreas de armazenamento em geral; isenta de
tal sistema as edificações destinadas a produtos considerados incombustíveis, incluindo
suas embalagens e acessórios para armazenagem.
3.6) A determinação se um produto poderá ou não ser considerado incombustível
se dá através do respectivo ensaio de inflamabilidade.
3.7) A acreditação fornecida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (Inmetro), segundo aquele órgão, representa o reconhecimento formal da
competência de um laboratório ou organismo para desenvolver as tarefas de avaliação da
conformidade, segundo requisitos estabelecidos.
4 – PARÂMETROS TÉCNICOS
4.1) Na aplicação do disposto na Seção I do Capítulo I do Anexo à Resolução
SEDEC N° 300 de 21 de março de 2006, ficarão ISENTOS da adoção da rede de
chuveiros automáticos do tipo sprinkler, os galpões comerciais e industriais destinados ao
estoque ou industrialização de produtos considerados incombustíveis e que sejam
acondicionados em embalagens e/ou acessórios para armazenagem também
incombustíveis, mesmo que as áreas especificamente destinadas a estoque ou
industrialização seja superior a 1.500 m² (um mil e quinhentos metros quadrados).
4.2) Acessórios para armazenagem são os dispositivos utilizados para
armazenamento de produtos, tais como: paletes, apoios ou calços, divisores, recipientes
com rodas e similares.
4.3) Para aplicação da presente Norma Técnica, serão considerados
incombustíveis os seguintes produtos:
a) Materiais metálicos, tais como: ferro e suas ligas (ferro fundido, aço, etc), cobre,
alumínio, níquel e similares.
b) Concreto, gesso, produtos cerâmicos, pedra natural, alvenaria, vidros e
similares.
c) Qualquer produto que assim for classificado através do respectivo ensaio
laboratorial de inflamabilidade.
4.4) Quando o produto for considerado incombustível através de ensaio laboratorial
de inflamabilidade, o laboratório realizador do ensaio deverá possuir a respectiva
ACREDITAÇÃO fornecida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
(Inmetro).
4.5) Os ensaios de inflamabilidade deverão adotar métodos descritos em normas
específicas para o produto a ser armazenado ou industrializado, sendo aceitas normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), assim como, outras com reconhecida
notoriedade mundial, tais como: National Fire Protection Association (NFPA),
Underwriter’s Laboratory (UL), International Organization for Standardization (ISO),
International Electrotechnical Commission (IEC), American Society for Testing and
Materials (ASTM). Quando forem utilizados métodos descritos em Normas escritas em
língua estrangeira, esta deverá ser apresentada traduzida para a língua portuguesa por
tradutor juramentado.
4.6) Outras normas definidoras de métodos para ensaio de inflamabilidade poderão
ser aceitas a critério da Diretoria Geral de Serviços Técnicos do CBMERJ, desde que seja
mantido o critério de reconhecida notoriedade mundial.
4.7) No caso do galpão comercial ou industrial ser um híbrido de materiais
considerados incombustíveis e outros considerados combustíveis, será aceita a
compartimentação horizontal prevista no art. 3° da Resolução SEDEC N° 300 de 21 de
março de 2006 como critério para isenção da rede de chuveiros automáticos do tipo
sprinkler.
4.8) A presente Norma Técnica não se aplica a líquidos inflamáveis ou
combustíveis, a gases inflamáveis, aos metais combustíveis, aos metais pulverizados,
assim como, a todo material sujeito a controle específico em virtude de sua
periculosidade, tais como: materiais radiativos, pólvoras, fogos de artifícios, munições e
similares.
5 – OUTRAS EXIGÊNCIAS
5.1) No projeto de segurança contra incêndio e pânico a ser aprovado pelo
CBMERJ deverá conter o leiaute do galpão especificando os materiais a serem
armazenados em cada espaço e sua respectiva forma de acondicionamento.
5.2) No caso de galpões industriais, deverá ser apresentado o memorial descritivo
de processo industrial devidamente assinado por responsável técnico competente,
contendo todas as matérias primas utilizadas com suas respectivas características físico-
químicas.
5.3) Naqueles casos em que for adotada a compartimentação deverá ser
apresentada, por ocasião da solicitação do Certificado de Aprovação, a Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) referente às características construtivas da
compartimentação horizontal.

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