Liquens Como Bioindicadores Da Qualidade Do Ar Numa Área de Termoelétrica, Rio Grande Do Sul, Brasil
Liquens Como Bioindicadores Da Qualidade Do Ar Numa Área de Termoelétrica, Rio Grande Do Sul, Brasil
Liquens Como Bioindicadores Da Qualidade Do Ar Numa Área de Termoelétrica, Rio Grande Do Sul, Brasil
, 2008 425
ABSTRACT - (Lichens as bioindicators of air quality in an area of thermoelectric power plant, Rio Grande do Sul, Brazil).
Lichens are recognized for being very sensitive to atmospheric pollution, so their use as biological indicators of environmental
quality has been an ampler procedure. This work shows the results of the passive monitoring realized within the area of a
thermoelectric power plant, in the Southern region of Brazil. The lichens were evaluated in five points of the power plant and
a total of 50 host-trees were sampled. There were 45 taxa registered, five of them are cited in the literature as bioindicators
of air quality. The sampled areas have not presented appropriate conditions for the establishment and development of the
lichenized mycota, as they suffer direct anthropic influence. The occurrence of pollution tolerant species can be explained
by the disappearance of most sensitive species, providing more space for their development.
Key-words: atmospheric pollution, bioindication, lichenized mycota, thermoelectric power plant
RESUMO - (Liquens como bioindicadores da qualidade do ar numa área de termoelétrica, Rio Grande do Sul, Brasil). Os
liquens são reconhecidos por serem muito sensíveis à poluição atmosférica, sendo assim sua utilização como indicadores
biológicos da qualidade ambiental, tem sido um procedimento cada vez mais amplo. Este trabalho apresenta os resultados do
monitoramento passivo realizado na área de abrangência de uma usina termoelétrica, na região sul do Brasil. Os liquens foram
avaliados em cinco pontos da usina onde foi amostrado um total de 50 forófitos. Foram registrados 45 táxons, cinco destes
são citados na literatura como bioindicadores da qualidade do ar. As áreas amostradas não apresentam condições adequadas
para o estabelecimento e desenvolvimento da micota liquenizada, pois sofrem influência antrópica direta. A ocorrência de
espécies tolerantes à poluição pode ser explicada pelo desaparecimento das espécies mais sensíveis, proporcionando mais
espaço para o seu desenvolvimento.
Palavras-chave: bioindicação, micota liquenizada, poluição atmosférica, usina termoelétrica
1. Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Museu de Ciências Naturais, Caixa Postal 1188, 90620-000 Porto Alegre, RS, Brasil
2. Prefeitura de Eldorado do Sul, Estrada da Arrozeira 270, 92990-000 Eldorado do Sul, RS, Brasil
3. Autor para correspondência: suzana.martins@fzb.rs.gov.br
Os liquens são reconhecidos por serem muito numa área urbano-industrial, na região metropolitana,
sensíveis à poluição atmosférica e, desde o século 19, no sul do Brasil.
são utilizados como bioindicadores, sendo objeto de
vários trabalhos que visam o controle das alterações Material e métodos
atmosféricas em vários locais (Hawksworth et al. 1973,
Marcelli 1998, Scutari & Theinhardt 2001, Kricke & O trabalho foi realizado durante o ano de 2003,
Loppi 2002, Valencia & Ceballos 2002, Calvelo & na área de abrangência de uma usina termoelétrica
Liberatore 2004, Giordano et al. 2005, Wolseley et localizada no município de Canoas, entre as
al. 2006, Munzi et al. 2007). Muitas espécies são coordenadas 42°80’S e 66º54’W, a oeste da BR 116,
sensíveis aos dióxidos de nitrogênio e enxofre, assim ao sul da BR 386 e distante aproximadamente 20 km
como a metais pesados, compostos que podem estar da região metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande
presentes em maior ou menor grau na atmosfera de do Sul, Brasil.
áreas industriais (Baddeley et al. 1973, Schlensog A região metropolitana de Porto Alegre
& Schroeter 2001, Nimis & Purvis 2002, Minganti compreende em torno de 23 municípios, é caracterizada
et al. 2003, Rinino et al. 2005, Mikhailova 2007). por uma área urbano-industrial densamente povoada e
Alterações na estrutura da comunidade liquênica constituída por estreita ligação funcional e por fluxos de
como freqüência, cobertura, diversidade e vitalidade deslocamento de pessoas entre seus municípios (EIA/
das espécies estão relacionadas com a concentração RIMA 2000). A região de abrangência caracteriza-se
de poluentes na atmosfera (Hawksworth 1973, van por apresentar áreas alteradas desde a década de 40,
Haluwyn & van Herk 2002). onde as matas ciliares e áreas úmidas (regionalmente
Dentre os efeitos que os poluentes podem chamadas de banhados) deram lugar às culturas de
ocasionar na comunidade liquênica estão à inibição arroz e milho (Rambo 1956). Atualmente, restam
do crescimento e desenvolvimento do talo, alterações somente fragmentos da mata original, onde a
nos processos metabólicos e mudanças anatômicas vegetação nativa encontra-se num estágio secundário
e morfofisiológicas (Barkman 1958, Baddeley et de regeneração e presença de plantações de Eucalyptus
al. 1973, Coppins 1973, Gries 1996, Schlensog & sp. (EIA/RIMA 2000).
Schroeter 2001). O componente algáceo (fotobionte) O local avaliado foi dividido em quatro áreas de
do líquen é o primeiro a ser afetado ocorrendo o influência direta da usina: Horto florestal de eucaliptos
desenvolvimento das anormalidades no talo, como o (A1), Mata ripária do arroio Guajuviras (A2), Mata
branqueamento da clorofila e o desenvolvimento de do açude (A3) e Mata do apiário (A4); e uma de
áreas pardas nos cloroplastos. A clorofila se degrada influência indireta, Parque de Exposições Assis Brasil
em feofitina pela ação de soluções de dióxido de (A5). Estas foram delimitadas no trabalho de EIA/
enxofre ainda que em baixas concentrações (Barkman RIMA (2000) utilizando-se fotografias aéreas com
1958, Bargagli & Mikhailova 2002). escala 1:40.000 e identificando-se zonas de interesse
Dos diferentes métodos empregados para botânico (figura 1).
monitorar a qualidade do ar, o monitoramento passivo Para mapeamento da micota liquenizada, em cada
consiste na análise das espécies vegetais existentes no área foram amostrados de seis a 10 forófitos, onde os
local onde se quer avaliar as condições atmosféricas, no liquens foram analisados ao longo do tronco, entre
caso específico o estudo fitossociológico da micoflora 100 e 120 cm de altura acima do solo e, na face em
liquenizada local. Para tanto se faz necessário levantar que se apresentavam mais abundantes. O mapeamento
dados quanto à abundância, cobertura e freqüência das espécies foi realizado em folhas de acetato fixadas
de cada espécie liquênica. Este método proposto por nos troncos, onde se delineava o contorno do talo
Le Blanc & De Sloover (1970) tem sido amplamente das amostras para análise posterior (Le Blanc & De
utilizado para avaliar a micota liquenizada em Sloover 1970).
ambientes urbano e/ou industrial (Hawksworth et al. As espécies não passíveis de identificação no
1973, Nimis et al. 1989, Wetmore 1989, Loppi 1996, local foram coletadas e identificadas em laboratório.
Estrabou 1998, Marcelli 1998, Geebelen & Hoffmann A identificação dos táxons realizou-se com auxílio
2001, Scutari & Theinhardt 2001, Kricke & Loppi de microscópio esteroscópico e óptico, fazendo-se
2002, Saiki et al. 2003, Calvelo & Liberatore 2004). secções do talo e frutificações, assim como testes de
Deste modo este estudo teve por objetivo apresentar coloração histo-químicos comumente empregados
os resultados do monitoramento passivo realizado em taxonomia de liquens. Para tal, as principais
Figura 1. Áreas amostradas sob influência direta e indireta da usina termoelétrica, no Rio Grande do Sul, Brasil. A1 = Horto florestal de eu-
caliptos; A2 = Mata ripária do arroio Guajuviras; A3 = Mata do açude; A4 = Mata do apiário; A5 = Parque de Exposições Assis Brasil.
bibliografias utilizadas foram: Aptroot (1987), liquens fruticosos. Dos táxons identificados, cinco são
Arvidsson (1983), Awasthi (1988), Brodo (1972), citados como bioindicadores da qualidade do ar, ou
Eliasaro & Adler (2000), Elix (1994), Elix & Galloway seja, mostram sintomas e efeitos indicando a presença
(1984), Fleig (1985, 1988, 1990), Fleig & Grüninger dos poluentes, sendo eles: Heterodermia obscurata,
(2000a, b), Fleig & Medeiros (1990), Galloway Parmotrema tinctorum, Physcia aipolia, Teloschistes
(1985), Hayward (1977), Jørgensen & James (1983), exilis e Usnea sp. (tabela 1).
Krog (1982), Moberg (1989), Scutari (1992, 1995a, Os táxons que apresentaram maior freqüência nas
b), Sérusiaux (1983), Sierk (1964), Swinscow & Krog áreas analisadas foram Graphis sp. 1, ocorrente em
(1988), Verdon et al. (1992), Marcelli et al. (1998). todas as áreas, Canoparmelia texana, Dirinaria picta,
A estimativa de freqüência das espécies liquênicas Lecanora pallida, Parmotrema tinctorum e Punctelia
baseou-se na presença/ausência dos táxons nas áreas graminicola, com registro em 80% das áreas, seguidas
amostradas, enquanto que para a cobertura foi utilizada por Parmotrema praesorediosum e Physcia aipolia,
a escala de Daubenmire (1968). A riqueza das espécies presentes em 60% das áreas avaliadas.
foi considerada como o número total de espécies de Para áreas urbanas ainda são poucos os trabalhos
liquens ocorrentes nos 10 forófitos analisados, em relacionados com ecologia de liquens, sendo que a
cada área. A diversidade α de Shannon-Wiener (Krebs maioria se refere à listagem de espécies. Os primeiros
1999) foi calculada levando-se em conta a presença trabalhos para o Estado datam do século 19 por Malme
das espécies nos forófitos analisados em cada área. (1902, 1925, 1926, 1928, 1934) e Redinger (1934,
Aspectos como a vitalidade e danos aparentes foram 1935) que incluíram coletas de liquens em áreas de
considerados. Porto Alegre. Para a região metropolitana de Porto
Alegre temos a contribuição dos trabalhos realizados
Resultados e Discussão por Fleig (1985), Osorio & Fleig (1988) e de Osorio
et al. (1997), além do trabalho de Martins-Mazzitelli
Foram identificados 45 táxons liquênicos et al. (1999) com o registro de 72 táxons para a cidade
distribuídos em 23 gêneros e 10 famílias, sendo 71,1% de Porto Alegre.
representados pelos liquens foliosos, incluindo os Em Martins-Mazzitelli et al. (1999) as espécies
gelatinosos, 22,2% ao grupo dos crostosos e 6,7% aos Lecanora pallida e Physcia aipolia foram as mais
Tabela 1. Táxons ocorrentes nas áreas de influência da Usina Termoelétrica de Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil. A1 = Horto florestal
de eucaliptos; A2 = Mata ripária do arroio Guajuviras; A3 = Mata do açude; A4 = Mata do apiário; A5 = Parque de Exposições Assis
Brasil.
A1 A2 A3 A4 A5
ARTHONIACEAE
Cryptothecia rubrocincta (Ehrenb.) G. Thor x x crostoso
Cryptothecia sp. x x crostoso
BIATORACEAE
Bacidia sp. x crostoso
COLLEMATACEAE
Leptogium austroamericanum (Malme) Dodge x folioso
Leptogium sp. x folioso
GYALECTACEAE
Coenogonium sp. x x x crostoso
GRAPHIDACEAE
Glyphis cicatricosa f. confluens (Ach.) Vain. x x crostoso
Graphis cf. scripta (L.) Ach. x crostoso
Graphis sp. 1 x x x x crostoso
Graphis sp. 2 x x crostoso
Thalloloma sp. x crostoso
LECANORACEAE
Lecanora pallida (Schreb.) Rabh. x x x x crostoso
PARMELIACEAE
Bulbothrix isidiza (Nyl.) Hale x folioso
Canomaculina consors (Nyl.) Elix & Hale x folioso
Canomaculina muelleri (Vain.) Elix & Hale x folioso
Canomaculina subsumpta (Nyl.) Elix x folioso
Canoparmelia caroliniana (Nyl.) Elix & Hale x x folioso
Canoparmelia texana (Tuck.) Elix & Hale x x x x folioso
Myelochroa lindmanii (Lynge) Elix & Hale x folioso
Parmelinopsis cryptochlora (Vain.) Elix & Hale x
Parmelinopsis minarum (Vain.) Elix & Hale x folioso
Parmotrema austrosinense (Zahlbr.) Hale x folioso
Parmotrema catarinae Hale x x folioso
Parmotrema cf. flavomedullosum Hale x folioso
Parmotrema praesorediosum (Nyl.) Hale x folioso
Parmotrema sancti-angeli (Lynge) Hale x x folioso
Parmotrema spinibarbe (Kurok.) Fleig x x folioso
Parmotrema tinctorum (Nyl.) Hale x folioso
Parmotremopsis antillensis (Nyl.) Elix & Hale x x x x folioso
Punctelia graminicola (B. de Lesd.) Egan x x folioso
Usnea sp. x x fruticoso
PHYSCIACEAE
Dirinaria applanata (Fée) Awasthi x folioso
Dirinaria confluens (Fr.) Awasthi x x folioso
Dirinaria picta (Sw.) Clem. & Schear x x x x folioso
Heterodermia albicans (Pers.) Swinscow & Krog x x folioso
Heterodermia diademata (Taylor) Awasthi x folioso
Heterodermia obscurata (Nyl.) Trev. x x folioso
Heterodermia speciosa (Wulfen) Trevis. x folioso
A1 A2 A3 A4 A5
freqüentes na região urbana de Porto Alegre, corroborando Coccaro et al. (2000) e Saiki et al. (2003)
com os dados apresentados neste trabalho. utilizaram Canoparmelia texana para analisar a
Saipunkaew et al. (2005) relata a baixa diversidade presença de elementos-traço e metais pesado numa
de espécies em ambientes urbano-industriais e cita região de São Paulo, SP. Ambos citam esta espécie
Dirinaria picta como tolerante em regiões urbanas como tolerante à poluição atmosférica. O primeiro
poluídas. autor ainda comenta que a taxa de crescimento de
Canoparmelia texana, Dirinaria picta e Punctelia Canoparmelia texana nos troncos depende diretamente
graminicola apresentaram os maiores índices de das condições ambientais.
cobertura registrada em praticamente todas as áreas, Os valores mais elevados de riqueza (26) e
com exceção da A1-Horto florestal de eucaliptos. diversidade (1,3) foram registrados na área A4 - Mata
Estas espécies pertencem ao grupo dos liquens do apiário (figura 2). A área A1 - Horto florestal de
foliosos que são medianamente tolerantes à poluição, eucaliptos apresentou o maior percentual de espécies
e se enquadraram na categoria seis da escala de crostosas (88,9%) e ausência de espécies fruticosas.
cobertura, ou seja, apresentaram cobertura acima Este fato possivelmente esteja relacionado com a
de 100% no conjunto de forófitos analisados. São baixa disponibilidade de forófitos adequados para
espécies consideradas fracas na competição, isto o desenvolvimento da micota liquenizada, pois se
é, em ambiente natural perdem na competição por trata de uma área predominantemente formada por
espaço para as foliosas de talo grande, as quais são eucaliptos. Os maiores percentuais de espécies foliosas
competidoras mais agressivas; com o desaparecimento foram registrados nas áreas A5 - Parque de Exposição
destas, ocupam o seu espaço com o aumento de seu Assis Brasil (77,3%) e A3 - Mata do açude (75%)
talo e, conseqüentemente, com maior cobertura. (tabela 2).
Tabela 2. Valores de cobertura, riqueza de espécies e percentuais dos hábitos da comunidade liquênica ocorrente nas áreas de influência
da Usina Termoelétrica de Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil. A1 = Horto florestal de eucaliptos; A2 = Mata ripária do arroio Guajuviras;
A3 = Mata do açude; A4 = Mata do apiário; A5 = Parque de Exposições Assis Brasil.
Hábito (%)
Áreas Cobertura Riqueza
crostosos foliosos fruticosos
Valores de riqueza
Áreas amostradas
Figura 2. Índice de cobertura e riqueza de liquens nas áreas sob influência direta e indireta da usina termoelétrica, no Rio Grande do
Sul, Brasil. A1 = Horto florestal de eucaliptos; A2 = Mata ripária do arroio Guajuviras; A3 = Mata do açude; A4 = Mata do apiário; A5
= Parque de Exposições Assis Brasil.
Em todas as áreas foram observadas espécies Brodo, I.M. 1973. Substrate ecology. In: M.E. Hale (ed.).
oportunistas, isto é, espécies que por natureza são The Lichens. Academic Press, New York, pp. 401-
menos agressivas como competidoras aparecendo em 436.
ambientes naturais com baixa freqüência e cobertura. Calvelo, S. & Liberatore, S. 2004. Applicability of
Em áreas alteradas, com o desaparecimento das in Situ or transplanted lichens for assessment of
atmospheric pollution in Patagonia, Argentina. Journal
espécies mais sensíveis, as espécies oportunistas
of Atmospheric Chemistry 49: 199-210.
encontram espaço para o seu desenvolvimento
Coccaro, D.M.B, Saiki, M.B.A., Vasconcelos, M.P. &
devido a sua resistência e/ou tolerância aos efeitos Marcelli, M.P. 2000. Analysis of Canoparmelia texana
da poluição. lichens collected in Brazil by neutron activation analysis.
Dessa forma, são espécies características de In: Biomonitoring of atmospheric pollution (with
ambientes alterados: Canoparmelia texana, Dirinaria emphasis on trace elements) BioMAP. International
picta e Punctelia graminicola, todas apresentando Atomic Energy Agency, Lisboa, pp. 143-148.
altos índices de cobertura na área. A baixa ocorrência Coppins, B.J. 1973. The drought hypothesis. In: B.W.
de forófitos adequados para o estabelecimento de Ferry, M.S. Baddeley & D.L. Hawksworth (eds.). Air
micota liquenizada também foi um dos fatores que pollution and lichens. The Athlone Press, London, pp.
contribuiu para a redução de espécies nas áreas 124-142.
amostradas. Daubenmire, R.F. 1968. Plants communities. A textbook
of plant synecology. Harper & Row, New York.
Agradecimentos EIA/RIMA. 2000. Relatório de Impacto Ambiental. v. 7.
Estudos Ambientais, Porto Alegre.
Os autores agradecem ao Consórcio O&M-Steag Eliasaro, S. & Adler, M. 2000. The species of
Canomaculina, Myelochroa, Parmelinella and
Encotec / Camargo Corrêa pelo auxílio financeiro,
Parmelinopsis (Parmeliaceae, lichenized ascomycotina)
permitindo a realização do trabalho na área da Usina
from the “Segundo Planalto” in the state of Paraná,
Termoelétrica de Canoas. Brazil. Acta Botanica Brasilica 14: 127-39.
Elix, J.A. 1994. Flora of Austrália. Lichens-Lecanorales 2,
Literatura citada Parmeliaceae. Australian Biological Resources Study
55: 5-360.
Aproot, A. 1987. Pyxinaceae (Lichens). In: A.R.A. Görts
Elix, J.A. & Galloway, D.J. 1984. Addicional notes on
Van Rijn. Flora of the Guianas. Series E: Fungi and Parmelia and Punctelia (lichenised ascomycotina) in
Lichens. Koeltz Scientific Books, Koenigstein, pp. Australasia. New Zealand Journal of Botany 22: 441-
1-53. 445.
Arvidsson, A. 1983. Taxonomical studies in the lichen Estrabou, C. 1998. Lichen species identification and
families Coccocarpiaceae and Pannariaceae. Department distribution according tolerance to airbone contamination
of Systematic Botany. University of Göteborgs, in the city of Córdoba (Argentina). In: M.P. Marcelli &
Göteborg, pp. 4-96. M.R.D. Seaward (eds.). Lichenology in Latin America:
Awasthi, D.D. 1988. A key to the macrolichens of India history, current knowledge and application. CETESB,
and Nepal. Journal of the Hattori Botanical Laboratory São Paulo, pp. 165-169.
65: 207-302. Fleig, M. 1985. Estudo preliminar da família Parmeliaceae
Baddeley, M.S., Ferry, B.W. & Finegan, E.J. 1973. (Liquens) no Rio Grande do Sul, Brasil. Comunicação
Sulphur dioxide and respiration in lichens. In: B.W. do Museu de Ciências PUCRS, série Botânica 35:
Ferry, M.S. Baddeley & D.L. Hawksworth (eds.). Air 79-91.
Pollution and Lichens. The Athlone Press, London, pp. Fleig, M. 1988. Liquens da Estação Ecológica do Taim,
299-313. Rio Grande do Sul, Brasil. Napaea 6: 9-16.
Bargagli, R. & Mikhailova, I. 2002. Accumulation of Fleig, M. 1990. Liquens da Estação Ecológica de Aracuri.
inorganic contaminants. In: P.L. Nimis, C. Scheidegger Novas ocorrências. Iheringia, série Botânica 4: 121-125.
& P.A Wolseley (eds.). Monitoring with lichens – Fleig, M. & Grüninger, W. 2000a. Levantamento
Monitoring lichens. Kluwer Academic Publishers, preliminar dos liquens do Centro de Pesquisas e
Dordrecht, pp. 65-84. Conservação da natureza Pró-Mata, São Francisco de
Barkman, J.J. 1958. Phytosociology and ecology of Paula, Rio Grande do Sul, Brasil. Napaea 12: 5-20.
cryptogamic epiphytes. Van Gorcum, Assen. Fleig, M. & Grüninger, W. 2000b. Liquens do pomar Cisne
Brodo, I.M. 1972. Lichens of the Ottawa área III - The Branco e arredores, São Francisco de Paula, Rio Grande
crustose species. Trail and Landscape 6: 15-26. do Sul, Brasil. Iheringia, série Botânica 53: 67-78.
Fleig, M. & Medeiros Filho, J.W. 1990. Gêneros dos Malme, G.O.A. 1925. Die Collematazeneen des
liquens saxícolas, corticícolas e terrícolas do Morro Regnellschen Herbars. Arkiv für Botanik 19: 1-29.
Santana, Porto Alegre, RS, Brasil. Acta Botanica Malme, G.O.A. 1926. Die Pannariazeen des Regnellschen
Brasilica 4: 73-99. Herbars. Arkiv für Botanik 20: 1-23.
Galloway, D.J. 1985. Lichens. In: P.D. Hasselberg Malme, G.O.A. 1928. Buelliae itineris Regnelliani primi.
(ed.). Flora of New Zealand. Government Printer, Arkiv für Botanik 21: 1-42.
Wellington. Malme, G.O.A. 1934. Die Gyalectazeen der ersten
Geebelen, W. & Hoffmann, M. 2001. Evaluation of Regnellschen Expedition. Arkiv für Botanik 26: 1-10.
bio-indication methods using epiphytes by correlating Marcelli, M.P. 1996. Biodiversity assessment in lichenized
with SO2 pollution parameters. The Lichenologist 33: fungi: the necessary naive roll makers. In: C.E.M.
249-260. Bicudo & N.A. Menezes (eds.). A first approach. CNPq,
Giordano, S., Adamo, P., Sorbo, S. & Vingiani, S. 2005. São Paulo.
Atmospheric trace metal pollution in the Naples urban Marcelli, M.P. 1998. History and current knowldge of
area based on results from moss and lichen bags. Brazilian lichenology. In: M.P. Marcelli & M.R.D.
Environmental Pollution 136: 431-442. Seaward (eds.). Lichenology in Latin America: history,
current knowledge and application. CETESB, São
Gries, G. 1996. Lichens as indicators of air pollution. In:
Paulo, pp. 25-45.
T.H. Nash (ed.). Lichen Biology. Cambridge University
Marcelli, M.P., Pereira, E.C. & Iacomini, M. 1998. A
Press, Cambridge, pp. 240-254.
bibliography on Brazilian lichenology. In: M.P. Marcelli
Hawksworth, D.L. 1975. Lichens – New Introductory, & M.R.D. Seaward (eds.). Lichenology in Latin
matter and supplementary. Index by Smith, A. L. 1921. America: history, current knowledge and application.
The Richmond Publishing, Cambridge. CETESB, São Paulo, pp. 47-63.
Hawksworth, D.L., Rose, F. & Coppins, B.J. 1973. Martins-Mazzitelli, S.M.A., Käffer, M.I. & Cardoso, N.
Changes in the lichens flora of England and Wales 1999. Liquens corticícolas de Porto Alegre, Rio Grande
attributable to pollution of the air by sulphur dioxide. do Sul. Iheringia, série Botânica 52: 53–63.
In: B.W. Ferry, M.S. Baddeley & D.L. Hawksworth Martins-Mazzitelli, S.M. A., Mota Filho, F.O., Pereira,
(eds.). Air pollution and lichens. The Athlone Press, E.C. & Figueira, R. 2006. Utilização de liquens no
London, pp. 330-367. biomonitoramento da qualidade do ar. In: L. Xavier
Hayward, G.C. 1977. Taxonomy of the lichen families Filho, M.E. Legaz, C.V. Córdoba & Pereira, E.C. (eds.).
Graphidaceae and Opegraphaceae in New Zealand. New Biologia de Liquens. v. 3, 4 ed. Âmbito Cultural, Rio
Zealand Journal of Botany 15: 565-584. de Janeiro, pp. 101-133.
Jørgensen, P.M. & James, P.W. 1983. Studies on Mikhailova, I.N. 2007. Populations of epiphytic lichen
some Leptogium species of Western Europe. The under stress conditions: survival strategies. The
Lichenologist 15: 109-125. Lichenologist 39: 83-89.
Krebs, C.J. 1999. Ecological methodology. 2 ed., Addison- Minganti, V., Capelli, R., Drava, G., Pellegrini, R.D.,
Welsey Publishers, Menlo Park. Brunialti, G., Giordani, P. & Modenesi, P. 2003.
Kricke, R. & Loppi, S. 2002. Bioindication: The I.A.P. Biomonitoring of trace metals by different species
of lichens (Parmelia) in north-west Italy. Journal of
approach. In: P.L Nimis, C. Scheidegger & P.A.
Atmospheric Chemistry 45: 219-229.
Wolseley (eds.). Monitoring with lichens–Monitoring
lichens. Kluwer Academic Publishers. Dordrecht, pp. Moberg, R. 1989. The lichen genus Physcia in Central
and South America. Nordic Journal of Botany 10:
21-38.
319-342.
Krog, H. 1982. Punctelia, a new lichen genus in the
Munzi, S., Ravera, S. & Caneva, G. 2007. Epiphytic
Parmeliaceae. Nordic Journal of Botany 52: 303-311.
lichens as indicators of environmental quality in Rome.
Le Blanc, F.S.C. & De Sloover, J. 1970. Relation Environmental Pollution 146: 350-358.
industrialization and the distribution and growth of Nimis, P.L., Ciccarelli, A., Lazzarin, G., Bargagli, R.,
epiphytic lichens and mosses in Montreal. Canadian Benedit, A., Castello, M., Gasparo, D., Lausi, D.,
Journal of Botany 48: 1485-1496. Olivieri, S. & Tretiach, M. 1989. I licheni come
Loppi, S. 1996. Lichens as bioindicators of geothermal air bioindicatori di inquinamento atmosferico ne’ll area di
pollution in central Italy. The Bryologist 99: 41-48. Schio-Thiene-Breganze (Vicenza). Bollettino del Museo
Malme, G.O.A. 1902. Die Flechten der ersten Regnellschen Civico di Storia Naturale di Verona 16: 1-154.
Expedition II. Die Gattung Rinodina (Ach.) Stiz. Nimis, P.L. & Purvis, O.W. 2002. Monitoring lichens as
Bihang Till Kuglinge Svenska Vetenskaps Akademien indicators of pollution. In: P.L. Nimis, C. Scheidegger
Handlingar 8: 1-53. & P.A. Wolseley (eds). Monitoring with Lichens –
Monitoring Lichens. Kluwer Academic Publishers, Scutari, N.C. 1992. Estudios sobre PYXINACEAE foliosas
Dordrecht, pp. 7-10. (Lecanorales, Ascomycotina) de la Argentina, IV:
Osorio, H.S., Aguiar, L.W. & Martau, L. 1997. claves de los generos y las especies de la Provincia de
Contribuição da flora liquênica do Brasil XXXIII. Buenos Aires. Boletín Sociedad Argentina de Botánica
Liquens do Estado do Rio Grande do Sul: Depressão 28: 169-173.
Central. Iheringia, série Botânica 49: 11-20. Scutari, N.C. 1995a. Los macrolíquenes de Buenos Aires, I:
Osorio, H.S. & Fleig, M. 1988. Contribution to the lichen Dirinaria, Heterodermia e Hyperphyscia (Physciaceae,
flora of Brasil XXI. Lichens from Morro Santana, Rio Ascomycotina). Darwiniana 33: 149-176.
Grande do Sul State. Comunicacciones Botânicas del Scutari, N.C. 1995b. Los macrolíquenes de Buenos Aires,
Museo de Historia Natural de Montevideo 5: 1-14. II: Phaeophyscia, Physcia y Pyxine (Physciaceae,
Rambo, B. 1956. A flora fanerogâmica dos Aparados Ascomycotina). Darwiniana 33: 211-231.
Riograndenses. Sellowia 7: 235-298. Scutari, N.C. & Theinhardt, N.I. 2001. Identification of
Redinger, K. 1934. Die Graphidinen der ersten urban lichens in the field: a case study for Buenos Aires
Regnell’schen Expedition nach Brasilien 1882-94 city (Argentina). Mycotaxon 53: 427-445.
I. – Glyphis medusulina und Sarcographa. Arkiv für Sérusiaux, E. 1983. New data on the lichen genus Punctelia
Botanik 25: 1-20. (Parmeliaceae). Nordic Journal Botany 3: 517-520.
Redinger, K. 1935. Die Graphidinen der Regnell’schen Sierk, H.A. 1964. The genus Leptogium in North America
Expedition nach Brasilien 1892-94. Graphis und North of Mexico. The Bryologist 67: 246-317.
Phaeographis, nebst einem Nachtrage zu Graphina.
Swinscow, T.D.V. & Krog, H. 1988. Macrolichens of East
Arkiv für Botanik 27: 1-107.
Africa. British Museum (Natural History), London.
Rinino, S., Bombardi, V., Giordani, P., Tretiach, M.,
Valencia, M.C. & Ceballos, J.A. 2002. Hongos
Crisafulli, P., Monaci, F. & Modenesi, P. 2005. New
liquenizados. Universidad Nacional de Colombia,
histochemical techniques for the localization of metal
Bogotá.
ions in the lichen thallus. The Lichenologist 37: 463-
466. van Haluwyn, C. & van Herk, C.M. 2002. Bioindication:
Saiki, M., Fuga, A., Alves, E.R., Vasconcellos, M.B.A. The community approach. In: P.L. Nimis, C. Scheidegger
& Marcelli, M. 2003. The use of Canoparmelia & P.A. Wolseley (eds.). Monitoring with Lichens-
texana lichenized fungi in the study of atmospheric Monitoring Lichens. Kluwer Academic Publishers,
air pollution. In: Third International Workshop on Dordrecht, pp. 39-64.
Biomonitoring of Atmospheric Pollution, Ljubljana, Verdon, D., Filson, R.B. & Henssen, A. 1992.
pp. 705-708. Collemataceae. Flora of Australia 54: 159-192.
Saipunkaew, W., Wolseley, P. & Chimonides, P.J. 2005. Wetmore, C.M. 1989. Lichens and air quality in Cuyahoga
Epiphytic lichens as indicators of environmental health Valley National Recreation Area, Ohio. The Bryologist
in the vicinity of Chiang Mai city, Thailand. The 92: 273-281.
Lichenologist 37: 345-356. Wolseley, P.A., James, P.W., Theobald, M.R. & Sutton,
Schlensog, M. & Schroeter, B. 2001. A new method for the M.A. 2006. Detecting changes in epiphytic lichen
accurate in situ monitoring of chlorophyll a fluorescence communities at sites affected by atmospheric ammonia
in lichens and bryophytes. The Lichenologist 33: 443- from agricultural sources. The Lichenologist 38: 161-
452. 176.