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Legislação Extravagante

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REVISÃO DE VÉSPERA DELTA/SP – LEGISLAÇÃO EXTRAVAGANTE

CONTRAVENÇÕES PENAIS

A tentativa não é punível

A ação é sempre pública incondicionada

Há penas de prisão simples e multa

A pena de prisão simples é cumprida sem rigor penitenciário, apenas em regime semiaberto ou
aberto (essa inclusive é a diferença para a pena de detenção que, embora só possa iniciar em
regime aberto ou semiaberto, pode regredir para o regime fechado).

O trabalho é facultativo para penas de até 15 dias

A contravenção praticada no estrangeiro não gera reincidência

A suspensão condicional da pena prevista na lei é de um a três anos

Nas vias de fato a pena aumenta de 1/3 se a vítima é maior de 60 anos

Na CP de jogos de azar a pena é aumentada de 1/3 se entre os empregados ou jogadores há


menor de 18 anos

A CP de molestamento foi revogada pela Lei que introduziu o crime de perseguição no CP

CRIMES CONTRA A ECONOMIA POPULAR

Todos os crimes são punidos com detenção

São agravantes: grave crise econômica; grave dano individual; dissimulação da natureza de
usura; cometido por militar, funcionário público, ministro de culto religioso ou pessoa com
condição econômica muito superior à da vítima; quando praticado contra operário ou agricultor,
menor de 18 anos ou deficiente mental

ATENÇÃO: vítima analfabeta não é agravante

As sentenças de absolvição e decisões de arquivamento de IP (crimes contra a economia popular


e saúde pública) estão sujeitas ao recurso de ofício (reexame necessário)

O IP deve ser concluído em 10 dias e a denúncia oferecida em 2 dias

GENOCÍDIO

É norma penal em branco às avessas ou invertida, pois o legislador tipifica o crime, mas não
individualiza a previsão de pena

As penas dos crimes de genocídio estão no código penal

Direitos reservados. Juliana Menezes.


São condutas previstas na lei:

 Matar (pena do homicídio qualificado)


 Lesão grave à integridade física ou mental (pena da lesão qualificada)
 Submeter a condições de existência que possam destruir o grupo (pena do
envenenamento de água potável ou de substância alimentícia ou medicinal)
 Impedir nascimentos (pena do aborto provocado por terceiro)
 Transferir crianças forçadamente de um grupo para outro (pena do sequestro e cárcere
privado)

A associação criminosa para a prática de conduta de genocídio (a partir de 4 pessoas) será


punido pela metade da pena da conduta respectiva

A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime incitado, se este se consumar

A pena será aumentada de 1/3 quando a incitação for cometida pela imprensa.

A pena será aumentada de 1/3 quando praticado por governante ou funcionário público

A tentativa será punida com 2/3 da pena dos crimes

Os crimes não serão considerados crimes políticos para efeitos de extradição

CRIMES ELEITORAIS

Há crimes de detenção e de reclusão

Muitos crimes não preveem a pena mínima, somente a máxima

Sempre que não indicar o grau mínimo, entende-se que será de 15 (quinze) dias para a pena de
detenção e de 01 (um) ano para a de reclusão

Vários crimes preveem somente a pena de multa

No crime de coação para votar ou não votar praticado por servidor público (crime próprio), a
pena será agravada se o agente é membro ou funcionário da Justiça Eleitoral e comete o crime
prevalecendo-se do cargo

CALÚNIA ELEITORAL

A exceção da verdade, tanto na calúnia como na difamação, segue a mesma regra do CP

Em regra admite-se a exceção da verdade, exceto se:

 constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido, não foi condenado por
sentença irrecorrível
 o fato é imputado ao Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro
 do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença
irrecorrível.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


DIFAMAÇÃO ELEITORAL

A exceção da verdade somente se admite se ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa


ao exercício de suas funções

FIGURAS ACRESCIDAS EM 2021

Art. 323. Divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que
sabe inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante
o eleitorado:

Pena - detenção de dois meses a um ano, ou pagamento de 120 a 150 dias-multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem produz, oferece ou vende vídeo com conteúdo inverídico
acerca de partidos ou candidatos.

§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até metade se o crime:

I - é cometido por meio da imprensa, rádio ou televisão, ou por meio da internet ou de rede
social, ou é transmitido em tempo real;

II - envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia.

Art. 326-B. Assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio,
candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou
discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou
de dificultar a sua campanha eleitoral ou o desempenho de seu mandato eletivo.

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço), se o crime é cometido contra mulher:

I - gestante;

II - maior de 60 (sessenta) anos;

III - com deficiência.

Art. 327. As penas cominadas nos arts. 324, 325 e 326 aumentam-se de 1/3 (um terço) até
metade, se qualquer dos crimes é cometido:

I - contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro;

II - contra funcionário público, em razão de suas funções;

III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da ofensa.

IV - com menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia;

V - por meio da internet ou de rede social ou com transmissão em tempo real.

CRIME ACRESCIDO EM 2019

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Art. 326-A. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, de investigação
administrativa, de inquérito civil ou ação de improbidade administrativa, atribuindo a alguém a
prática de crime ou ato infracional de que o sabe inocente, com finalidade eleitoral:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.

§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve do anonimato ou de nome


suposto.

§ 2º A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.

§ 3º Incorrerá nas mesmas penas deste artigo quem, comprovadamente ciente da inocência do
denunciado e com finalidade eleitoral, divulga ou propala, por qualquer meio ou forma, o ato
ou fato que lhe foi falsamente atribuído.

Equipara-se a para os efeitos penais, a fotografia, o filme cinematográfico, o disco fonográfico


ou fita de ditafone a que se incorpore declaração ou imagem destinada à prova de fato
juridicamente relevante.

A maioria dos prazos processuais são de 10 dias, na dúvida, chute 10 dias

Em nenhum caso haverá recurso de ofício

REMOÇÃO DE PESSOAS E DE VEÍCULOS EM ACIDENTES DE TRÂNSITO

A primeira autoridade ou policial que chegar ao local do acidente pode determinar a remoção:

 das pessoas lesionadas


 dos veículos que estiverem prejudicando o tráfego
 independente de perícia
 desde que lavre BO consignando tudo que é importante

LEI DE PARCELAMENTO DE SOLO URBANO

Loteamento: subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias
de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias
existentes.

Desmembramento: subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento


do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros
públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

CRIMES:

 loteamento ou desmembramento sem autorização do órgão ou em desacordo com a


lei; em desacordo com a licença (RECLUSÃO);
 proposta, contrato, propaganda com informação falsa (RECLUSÃO);

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 Qualificado se: loteamento não registrado no Registro de Imóveis; com inexistência de
título ou omissão fraudulenta (RECLUSÃO);
 Registrar loteamento ou desmembramento não aprovado pelo órgão competente
(DETENÇÃO);

CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Instituição financeira: pessoa jurídica de direito público ou privado ou pessoa natural que exerça
atividades financeiras, mesmo que de forma eventual

Todos os crimes tem pena de RECLUSÃO, com exceção da figura de FALSA IDENTIDADE que é
punida com detenção

Art. 21. Atribuir-se, ou atribuir a terceiro, falsa identidade, para realização de operação de
câmbio:

Pena - Detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, para o mesmo fim, sonega informação que devia
prestar ou presta informação falsa.

O crime de obtenção fraudulenta de financiamento tem a pena aumentada em 1/3 se cometido


em detrimento de instituição financeira oficial ou por ela credenciada para o repasse de
financiamento

A ação penal será promovida pelo Ministério Público Federal, perante a Justiça Federal

PRECONCEITO RACIAL

Todos os crimes são de reclusão

A maior pena da Lei é de 5 anos

O crime de impedir ingresso de aluno em escola ou faculdade pública ou privada será


aumentada de 1/3 se a vítima for menor de 18 anos

Constitui efeito da condenação a perda do cargo ou função pública, para o servidor público, e a
suspensão do funcionamento do estabelecimento particular por prazo não superior a três meses
(efeito não automático, pois efeitos automáticos somente na ORCRIM ou TORTURA)

O crime de incitação de preconceito será qualificado se praticado por meios de comunicação

O recolhimento de materiais com veiculação preconceituosa e similares poderão ser retirados


de circulação por decisão judicial mesmo antes do IP

A destruição do material será efeito da condenação após o trânsito em julgado

PRISÃO TEMPORÁRIA

Direitos reservados. Juliana Menezes.


ROL LEGAL

 Homicídio doloso
 Sequestro
 Roubo
 Extorsão e extorsão mediante sequestro
 Estupro
 Epidemia com morte
 Envenenamento com morte
 Associação criminosa
 Genocídio
 Tráfico de drogas
 Sistema Financeiro
 Terrorismo

O mandado de prisão será expedido em duas vias e uma delas será entregue ao preso e servirá
como nota de culpa

O mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão temporária


estabelecido no caput deste artigo, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado.

Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela custódia


deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr imediatamente o preso
em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da prisão temporária ou da
decretação da prisão preventiva.

Inclui-se o dia do cumprimento do mandado de prisão no cômputo do prazo de prisão


temporária.

ECA

A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco
dias.

Medidas que podem ser aplicadas:

 Advertência (prova da materialidade e indícios suficientes da autoria);


 obrigação de reparar o dano (pressupõe a existência de provas suficientes da autoria e
da materialidade da infração);
 prestação de serviços à comunidade de no máximo 6 meses, por 8h semanais
(pressupõe a existência de provas suficientes da autoria e da materialidade da infração);
 liberdade assistida de no mínimo 6 meses (pressupõe a existência de provas suficientes
da autoria e da materialidade da infração);
 semi-liberdade (pressupõe a existência de provas suficientes da autoria e da
materialidade da infração);
 internação em estabelecimento educacional (pressupõe a existência de provas
suficientes da autoria e da materialidade da infração);

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
 orientação, apoio e acompanhamento temporários;
 matrícula e freqüência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
 inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e
promoção da família, da criança e do adolescente;

A semi-liberdade pode ser uma medida aplicada logo de início ou ser uma medida de transição
para a liberdade total. Na semi-liberdade a realização de atividades externas independe de
autorização judicial

Não há prazo determinado para a semi-liberdade

INTERNAÇÃO

 princípios da brevidade e excepcionalidade


 permitida atividades externas, a não ser que o juiz proíba
 não há prazo determinado, devendo a medida ser reanalisada a cada 6 meses
 prazo máximo de 3 anos ou até os 21 anos de idade
 para desinternar precisa de decisão judicial
 só caberá quando o AI for praticado com grave ameaça ou violência à pessoa; reiteração;
descumprimento reiterado de outras medidas
 No caso de aplicação de medida de internação pelo descumprimento reiterado de
outras medidas, o prazo máximo será de 3 meses

REMISSÃO: é a exclusão do processo, que poderá ocorrer antes do seu início pelo Ministério
Público, ou após o início, pelo Juiz.

A remissão não implica o reconhecimento da responsabilidade, não gera antecedentes, mas


pode ser combinada com a aplicação de medidas que não sejam de semi-liberdade ou
internação

Os prazos são contados em dias corridos, excluído o dia do começo e incluído o dia do
vencimento, vedado o prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério Público

Haverá auto de apreensão em caso de flagrante de AI cometido mediante violência ou grave


ameaça à pessoa ou quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social, deva o
adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal ou manutenção
da ordem pública

Infiltração de agentes: não poderá exceder o prazo de 90 (noventa) dias, sem prejuízo de
eventuais renovações, desde que o total não exceda a 720 (setecentos e vinte) dias

A infiltração de agentes de polícia na internet com o fim de investigar os crimes de: invasão de
dispositivo informático; estupro de vulnerável; corrupção de menores; satisfação de lascívia na
presença de criança ou adolescente; favorecimento da prostituição ou de outra forma de
exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável; além dos crimes indicados no
ECA

Direitos reservados. Juliana Menezes.


CRIMES CONTRA A CRIANÇA E ADOLESCENTE

A ação é sempre incondicionada

Há crimes de detenção e reclusão

A perda do cargo quando o crime for praticado por servidores públicos com abuso de
autoridade, são condicionados à ocorrência de reincidência, mas independerá da pena aplicada
na reincidência.

Figuras que admitem a modalidade culposa: deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de


estabelecimento de atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades
desenvolvidas e deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à
saúde de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente.

No crime de produção de cena de sexo ou pornográfica a pena será aumentada de um terço


quando o agente estiver no exercício de cargo ou função pública; prevalecendo-se de relações
domésticas ou de parentesco consangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor,
curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha
autoridade

No crime de manter material pornográfico a pena será diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços)
se de pequena quantidade o material

HEDIONDOS

ROL

1. Homicídio simples (atividade de extermínio) e qualificado


2. Lesão funcional gravíssima ou seguida de morte
3. Roubo com restrição da liberdade da vítima; arma de fogo; com lesão grave ou morte
4. Extorsão qualificada pela restrição da liberdade com lesão ou morte
5. Extorsão mediante sequestro simples ou qualificada
6. Estupro e estupro de vulnerável
7. Epidemia com morte
8. Falsificação de produto medicinal
9. Favorecimento de prostituição de criança ou adolescente
10. Furto com emprego de explosivo
11. Genocídio
12. Posse ou porte de arma de fogo de uso proibido
13. Comércio Ilegal de arma de fogo
14. Tráfico internacional de arma de fogo
15. Organização criminosa para a prática de crime hediondo ou equiparado
16. Tortura, tráfico e terrorismo

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Será de três a seis anos de reclusão a pena da Associação Criminosa, quando se tratar de crimes
hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.

O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando ou quadrilha, possibilitando


seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a dois terços.

ATENÇÃO: o crime de organização criminosa para a prática de crimes hediondos é hediondo,


mas o crime de associação criminosa não é!

CRIMES DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Todos são de detenção

Figuras que admitem a forma culposa: omitir dizeres ou sinais ostensivos sobre a nocividade ou
periculosidade de produtos; fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante
sobre a natureza e etc de produtos e serviços

São agravantes: grave crise econômica ou calamidade; grave dano individual ou coletivo;
dissimulação da natureza ilícita; servidor público ou pessoa com condição econômica muito
superior à da vítima; quando praticado contra operário ou rurícola, menor de 18 anos ou maior
de 60 ou deficiente mental; em operações que envolvam alimentos, medicamentos ou
produtos e serviços essenciais.

CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA

Os crimes materiais exigem a constituição definitiva do débito tributário, são as figuras de:

Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição
social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:

I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;

II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de


qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;

III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro
documento relativo à operação tributável;

IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou
inexato;

Os crimes materiais são punidos com reclusão e os formais com detenção (regra geral, mas há
exceções)

A lei traz figuras contra as relações de consumo, punidas com pena de detenção

Figuras que admitem a forma culposa (a pena de detenção será reduzida de 1/3 e a multa de
1/5):

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 vender mercadoria com informações em desacordo com as prescrições legais ou
classificação oficial;
 misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-los como puros ou
por preço maior;
 vender, ter em depósito ou entregar matéria-prima ou mercadoria, em condições
impróprias ao consumo;

Quando o preço ao consumidor é estabelecido ou sugerido pelo fabricante ou concedente, o


ato por este praticado não alcança o distribuidor ou revendedor.

CAUSAS DE AUMENTO (1/3 até a ½):

 grave dano à coletividade


 praticado por servidor público
 bens essenciais à vida ou à saúde

DELAÇÃO PREMIADA: redução de 1/3 a 2/3

CRIMES CONTRA A ORDEM ECONÔMICA

Todas as penas são de detenção de 1 a 5 anos

Os crimes se referem a produtos de exploração exclusiva pela União, como petróleo, gás natural,
álcool e etc

LOCAÇÃO DOS IMÓVEIS URBANOS

A lei não se aplica aos imóveis públicos, destinados à publicidade, hotéis e equiparados e
arrendamento mercantil.

Havendo mais de um locador ou locatário presume-se à solidariedade.

O contrato a partir de 10 anos depende de vênia conjugal.

A lei prevê uma CONTRAVENÇÃO PENAL (prisão simples de 5 dias a 6 meses e multa de 3 a 12
alugueres):

 exigir quantia indevida


 exigir mais de uma modalidade de garantia
 cobrar antecipadamente

A lei prevê um CRIME (detenção de 3 meses a 1 ano ou PSC):

 recusar o fornecimento de recibo


 deixar o retomante de ocupar o imóvel para o fim declarado em 180 dias ou não
permanecer por no mínimo 1 ano
 não iniciar a demolição ou reparação em 60 dias
 executar o despejo antes de 30 dias da morte do morador

Direitos reservados. Juliana Menezes.


ESTATUTO DA OAB

CRIME (detenção de 3 meses a 1 ano): violar os seguintes direitos ou prerrogativas de advogado:

 inviolabilidade de seu local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho,


de sua correspondência, desde que relativas ao exercício da advocacia;
 comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração,
quando estes se acharem presos;
 ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado
ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo;
 não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de
Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em prisão
domiciliar

§ 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação puníveis


qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem
prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.

ATENÇÃO: não abrange desacato

§ 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão,
em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.

IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao
exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais
casos, a comunicação expressa à seccional da OAB;

§ 6o Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado,


a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o
inciso II do caput deste artigo (correspondências), em decisão motivada, expedindo mandado
de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de
representante da OAB, SENDO, EM QUALQUER HIPÓTESE, VEDADA A UTILIZAÇÃO DOS
DOCUMENTOS, DAS MÍDIAS E DOS OBJETOS PERTENCENTES A CLIENTES DO ADVOGADO
AVERIGUADO, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações
sobre clientes.

§ 7o A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado


que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática
do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade.

PRÁTICAS DISCRIMINATÓRIAS RELATIVAS À GRAVIDEZ NO TRABALHO

Os sujeitos ativos são a pessoa física empregadora, o representante legal da pessoa jurídica ou
o dirigente no caso de Administração Direta e Indireta.

Somente pena de detenção de 1 a 2 anos e multa:

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 exigência de teste de gravidez ou procedimento de esterilização;
 indução ou instigamento à esterilização genética;
 promoção do controle de natalidade, assim não considerado o oferecimento de serviços
e de aconselhamento ou planejamento familiar.

LEI DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Todos os crimes são de detenção.

Todos os crimes são de ação penal privada, com exceção de um: reproduzir ou imitar, de modo
que possa induzir em erro ou confusão, armas, brasões ou distintivos oficiais nacionais,
estrangeiros ou internacionais, em marca, título de estabelecimento, nome comercial, insígnia
ou sinal de propaganda, ou usar essas reproduções ou imitações com fins econômicos.

Há crimes contra as patentes, contra os desenhos industriais, contra as marcas, por meio de
marca, titulo de estabelecimento e sinal de propaganda, contra indicações geográficas e outras
indicações e de concorrência desleal.

CAUSAS DE AUMENTO (1/3 a ½):

 o agente é ou foi representante, mandatário, preposto, sócio ou empregado do titular


da patente ou do registro, ou, ainda, do seu licenciado; ou
 a marca alterada, reproduzida ou imitada for de alto renome, notoriamente conhecida,
de certificação ou coletiva.

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

Prazo para juiz decidir o pedido: 24h.

A interceptação de comunicação telefônica, de qualquer natureza, ocorrerá em autos


apartados, apensados aos autos do inquérito policial ou do processo criminal.

A apensação somente poderá ser realizada imediatamente antes do relatório da autoridade,


quando se tratar de inquérito policial ou na conclusão do processo ao juiz.

CAPTAÇÃO AMBIENTAL:

 infrações criminais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em


infrações penais conexas;
 A instalação do dispositivo de captação ambiental poderá ser realizada, quando
necessária, por meio de operação policial disfarçada ou no período noturno, exceto na
casa;
 A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15 (quinze) dias, renovável por
decisão judicial por iguais períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de
prova e quando presente atividade criminal permanente, habitual ou continuada.

CRIMES

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Penas de reclusão de 2 a 4 anos

Realizar ou autorizar interceptação ou captação ou escuta sem autorização judicial ou com


objetivos ilegais;

Não há crime se a captação é realizada por um dos interlocutores.

Pena em dobro: funcionário público que descumprir determinação de sigilo das investigações
que envolvam a captação ambiental ou revelar o conteúdo das gravações.

LEI DE TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Há crimes de reclusão e detenção

 Remoção de partes do corpo humano em desacordo com a lei;


Será qualificado se mediante paga ou outro motivo torpe
Se é realizado em pessoa viva e resulta lesão grave ou gravíssima ou morte
 Comprar ou vender partes do corpo humano;
 Deixar de recompor cadáver, devolvendo-lhe aspecto condigno, para sepultamento ou
deixar de entregar ou retardar sua entrega aos familiares ou interessados;
 Publicar anúncio ou apelo público relacionado a doação de órgãos, transplantes,
arrecadação de fundos e etc com exceção de campanhas públicas.

TORTURA

As condutas comissivas são punidas com reclusão de dois a oito anos;

A omissão é punida com detenção de um a quatro anos;

CAUSAS DE AUMENTO (1/6 a 1/3):

 Praticada por agente público;


 Vítima menor de 18 anos, maior de 60 anos, gestante ou PCD;
 Mediante sequestro

PERDA DO CARGO: efeito obrigatório. Perda do cargo e interdição pelo dobro do prazo da
pena aplicada.

LEI DO SOFTWARE

Significado de programa de computador segundo a lei:

conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte


físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento
da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos, baseados em técnica
digital ou análoga, para fazê-los funcionar de modo e para fins determinados.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Não se aplicam ao programa de computador as disposições relativas aos direitos morais.

A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.

REGRA DA RECIPROCIDADE: Os direitos atribuídos por esta Lei ficam assegurados aos
estrangeiros domiciliados no exterior, desde que o país de origem do programa conceda, aos
brasileiros e estrangeiros domiciliados no Brasil, direitos equivalentes.

A lei traz o crime de violar direitos autorais de programa de computador, punido com detenção
de seis meses a dois anos (impo).

A lei traz modalidades QUALIFICADAS, que serão punidas com reclusão de um a quatro anos:

 Violação para fins de comércio;


 Vender, importar, adquirir, ocultar, ter em depósito, para fins de venda, programa
violado.

A ação será em regra PRIVADA, com as seguintes exceções:

 Contra a Adm direta ou indireta (AÇÃO INCONDICIONADA);


 Resultar em sonegação fiscal ou outros crimes contra a ordem tributária ou relações de
consumo (AÇÃO CONDICIONADA À REPRESENTAÇÃO);

LEI SOBRE DIREITOS AUTORAIS

REGRA DA RECIPROCIDADE: aplica-se o disposto nesta Lei aos nacionais ou pessoas domiciliadas
em país que assegure aos brasileiros ou pessoas domiciliadas no Brasil a reciprocidade na
proteção aos direitos autorais ou equivalentes.

Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens móveis.

Interpretam-se restritivamente os negócios jurídicos sobre os direitos autorais.

Esta lei se aplica subsidiariamente aos programas de computadores: os programas de


computador são objeto de legislação específica, observadas as disposições desta Lei que lhes
sejam aplicáveis.

A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.

PROGRAMA DE PROTEÇÃO À TESTEMUNHA

As medidas de proteção serão requeridas por vítimas ou testemunhas e prestadas pela União,
Estados ou Distrito Federal (não inclui Municípios).

A proteção poderá ser dirigida ou estendida ao cônjuge ou companheiro, ascendentes,


descendentes e dependentes que tenham convivência habitual com a vítima ou testemunha,
conforme o especificamente necessário em cada caso.

Estão EXCLUÍDOS DA PROTEÇÃO:

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 os indivíduos cuja personalidade ou conduta seja incompatível com as restrições de
comportamento exigidas pelo programa;
 os condenados que estejam cumprindo pena;
 os indiciados ou acusados sob prisão cautelar em qualquer de suas modalidades.

Tal exclusão não trará prejuízo a eventual prestação de medidas de preservação da integridade
física desses indivíduos por parte dos órgãos de segurança pública.

O ingresso no programa de proteção depende de anuência do protegido e será precedida de


consulta ao Ministério Público.

Quem pode solicitar o ingresso de alguém no programa?

 Interessado;
 Ministério Público;
 Autoridade policial da investigação;
 Juiz do processo;
 Órgãos públicos e entidades dos Direitos Humanos.

Em casos excepcionais e considerando as características e gravidade da coação ou ameaça,


poderá o conselho deliberativo encaminhar requerimento da pessoa protegida ao juiz
competente para registros públicos objetivando a alteração de nome completo. A alteração
poderá ser dirigida ou estendida ao cônjuge ou companheiro, ascendentes, descendentes
(inclusive menores de idade) e dependentes que tenham convivência habitual com a vítima ou
testemunha

A proteção oferecida pelo programa terá a duração máxima de dois anos. Em circunstâncias
excepcionais, perdurando os motivos que autorizam a admissão, a permanência poderá ser
prorrogada.

COLABORAÇÃO PREMIADA PREVISTA NA LEI

 Perdão judicial e extinção da punibilidade; Redução da pena de 1/3 a 2/3;


 Acusado primário que colabore voluntariamente;
 Identificando coautores, localizando a vítima íntegra; recuperando total OU
PARCIALMENTE o produto do crime.

Terão prioridade na tramitação o inquérito e o processo criminal em que figure indiciado,


acusado, vítima ou réu colaboradores, vítima ou testemunha protegidas.

Qualquer que seja o rito processual criminal, o juiz, após a citação, tomará antecipadamente o
depoimento das pessoas incluídas nos programas de proteção previstos nesta Lei, devendo
justificar a eventual impossibilidade de fazê-lo no caso concreto ou o possível prejuízo que a
oitiva antecipada traria para a instrução criminal.

ESTATUTO DE DEFESA DO TORCEDOR

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Torcedor é toda pessoa que aprecie, apoie ou se associe a qualquer entidade de prática
desportiva do País e acompanhe a prática de determinada modalidade esportiva.

Considera-se torcida organizada, para os efeitos desta Lei, a pessoa jurídica de direito privado
ou existente de fato, que se organize para o fim de torcer e apoiar entidade de prática esportiva
de qualquer natureza ou modalidade.

É vedado proceder alterações no regulamento da competição desde sua divulgação definitiva,


salvo nas hipóteses de: interrupção das competições por motivo de surtos, epidemias e
pandemias que possam comprometer a integridade física e o bem-estar dos atletas, desde que
aprovada pela maioria das agremiações partícipes do evento. (Incluído pela Lei nº 14.117, de
2021)

JUSTIÇA DESPORTIVA

É direito do torcedor que os órgãos da Justiça Desportiva, no exercício de suas funções,


observem os princípios da impessoalidade, da moralidade, da celeridade, da publicidade e da
independência.

As decisões proferidas pelos órgãos da Justiça Desportiva devem ser, em qualquer hipótese,
motivadas e ter a mesma publicidade que as decisões dos tribunais federais.

Não correm em segredo de justiça os processos em curso perante a Justiça Desportiva.

Todos os crimes são de reclusão.

 Praticar tumulto/violência ou invasão de local restrito aos competidores;


 Praticar tumulto/violência num raio de 5 mil metros ao redor do local do evento ou no
caminho de ida e volta;
 Portar objeto que possa servir à violência em dia de evento nas suas imediações;

Na sentença penal condenatória, o juiz deverá converter a pena de reclusão em pena


impeditiva de comparecimento às proximidades do estádio, bem como a qualquer local em
que se realize evento esportivo, pelo prazo de 3 (três) meses a 3 (três) anos, de acordo com a
gravidade da conduta, na hipótese de o agente ser primário, ter bons antecedentes e não ter
sido punido anteriormente pela prática de condutas previstas neste artigo.

A pena converter-se-á em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento


injustificado da restrição imposta.

A sentença deverá determinar, ainda, a obrigatoriedade suplementar de o agente permanecer


em estabelecimento indicado pelo juiz, no período compreendido entre as 2 (duas) horas
antecedentes e as 2 (duas) horas posteriores à realização de partidas de entidade de prática
desportiva ou de competição determinada.

Outras condutas que são similares a condutas previstas no CP, mas voltada aos esportes:

 Corrupção ativa
 Corrupção passiva
 Fraude de resultado
 Vender ingresso por preço superior ao do bilhete

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CAUSA DE AUMENTO (1/3 ATÉ ½) se o agente for:

 Servidor público;
 Dirigente ou funcionário de entidade de prática desportiva;
 Entidade responsável pela organização da competição;
 Empresa contratada para o processo de emissão, distribuição e venda de ingressos;
 Torcida organizada.

ESTATUTO DO IDOSO

É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com


idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

IMPORTANTE EM DIREITO CIVIL: É assegurada prioridade na tramitação dos processos e


procedimentos e na execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou
interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.

TRANSPORTE:

 Gratuito aos maiores de 65 anos; Aos idosos entre 60 e 65 depende de lei local;
 10% de assentos preferenciais;
 Interestadual: 2 vagas gratuitas para idosos de baixa renda e 2 vagas com desconto de
50%;

A prioridade não cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do cônjuge


supérstite, companheiro ou companheira, com união estável, maior de 60 (sessenta) anos.

Dentre os processos de idosos, dar-se-á prioridade especial aos maiores de oitenta anos.

Aplica-se o rito da 9.099/95 aos crimes que a pena máxima não supere 4 anos.

A ação é pública incondicionada e não se aplicam as escusas absolutórias dos crimes contra o
patrimônio previstas no CP.

Palavras-chave das condutas previstas como crimes:

PUNIDOS COM RECLUSÃO:

 Acesso banco; meio de transporte; contrato ou cidadania.


 Desdenhar, humilhar e etc.
Causa de aumento (1/3): vítima sob cuidados do agente.
Não é crime: negar empréstimo a idoso superendividado
 Maus-tratos do idoso com resultado lesão grave ou morte;
 Obstar cargo público; emprego; atendimento médico; cumprimento de ordem judicial;
fornecimento de dados para ACP;
 Apropriação indébita de rendimentos e bens do idoso;
 Induzir ou coagir a assinar procuração ou lavrar ata notarial;
 Atrapalhar o MP ou ente fiscalizador.

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PUNIDOS COM DETENÇÃO

 Omissão de socorro;
Causa de aumento (1/2): lesão grave;
Causa de aumento (3x): morte:
 Abandono em hospital ou similar;
 Maus-tratos sem resultado lesão grave ou morte;
 Não cumprir ou retardar execução de ordem judicial;
 Negar acolhimento por não assinar procuração;
 Reter cartão para pagar dívida;
 Imagem depreciativa do idoso em meios de comunicação;

LEI DE RECUPERAÇÃO E FALÊNCIAS

A lei não se aplica a:

 empresa pública e sociedade de economia mista;


 instituição financeira pública ou privada;
 cooperativa de crédito;
 consórcio;
 entidade de previdência complementar;
 sociedade operadora de plano de assistência à saúde;
 sociedade seguradora;
 sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.

Os prazos são contados em dias corridos.

Os atos processuais terão prioridade, EXCETO O HABEAS CORPUS.

Todas as vezes que a Lei se referir a devedor ou falido, compreender-se-á que a disposição
também se aplica aos sócios ilimitadamente responsáveis.

CRIMES

Só há UMA figura punida com detenção, todas as outras são de RECLUSÃO!

Figura punida com detenção:

Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença, os documentos de


escrituração contábil obrigatórios.

 Violação de sigilo;
 Divulgação de informações falsas;
 Indução a erros;
 Favorecimento de credores;
 Desvio, ocultação ou apropriação de bens;
 Omissão de documentos;
 Violação de impedimento;

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 Habilitação ilegal;
 PRATICAR ATO FRAUDULENTO ANTES OU DEPOIS DA SENTENÇA
Há causa de aumento (1/6 a 1/3) se envolver manipulação de dados, documentos e etc.

Artigo incluído em 2020:

Contabilidade paralela e distribuição de lucros ou dividendos a sócios e acionistas até a


aprovação do plano de recuperação judicial.

A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até metade se o devedor manteve ou movimentou
recursos ou valores paralelamente à contabilidade exigida pela legislação, inclusive na hipótese
de violação do disposto no art. 6º-A desta Lei.

CONCURSO DE PESSOAS: contadores, técnicos contábeis, auditores e outros profissionais que,


de qualquer modo, concorrerem para as condutas criminosas descritas neste artigo, na medida
de sua culpabilidade.

REDUÇÃO DE PENA (1/3 a 2/3):

 Microempresa ou EPP
 Sem habitualidade
 Redução de pena ou substituição por PRD, perda de valores ou PSC

Os sócios, diretores, gerentes, administradores e conselheiros, de fato ou de direito, bem como


o administrador judicial, equiparam-se ao devedor ou falido para todos os efeitos penais, na
medida de sua culpabilidade. (CUIDADO COM QUESTÕES QUE TRAGAM SOLIDARIAMENTE)

A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede a recuperação


extrajudicial é condição objetiva de punibilidade.

São efeitos da condenação:

 a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;


 o impedimento para o exercício de cargo ou função em conselho de administração,
diretoria ou gerência;
 a impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio.

Os efeitos não são automáticos e perdurarão até 5 (cinco) anos após a extinção da
punibilidade, podendo, contudo, cessar antes pela reabilitação penal.

CUIDADO: não são 5 anos após a sentença ou trânsito em julgado.

A prescrição dos crimes previstos nesta Lei começam a correr do dia da decretação da falência,
da concessão da recuperação judicial ou da homologação do plano de recuperação extrajudicial.

A decretação da falência do devedor interrompe a prescrição cuja contagem tenha iniciado com
a concessão da recuperação judicial ou com a homologação do plano de recuperação
extrajudicial.

Ação é INCONDICIONADA.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Competência: juiz CRIMINAL do local em que tenha sido proferida a sentença da falência e etc.

Cabe ação penal subsidiária da pública pelo administrador judicial ou credor habilitado.

LEI DE BIOSSEGURANÇA

OGM: organismo geneticamente modificado;

Só há UMA conduta punida com detenção: utilizar embrião humano em desacordo com a Lei;

Demais condutas:

 Engenharia genética;
 Clonagem humana;
 Descartar OGM no meio ambiente de forma irregular
+ 1/6 a 1/3: dano à propriedade
+1/3 a ½: dano ao meio-ambiente
+1/2 a 2/3: lesão corporal grave;
+2/3 ou 2x: morte.
 Tecnologias genéticas de restrição de uso;
 OGM sem autorização

IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL DO CIVILMENTE IDENTIFICADO

Documentos admitidos:

 Identidade; carteira de trabalho ou profissional; passaporte; funcional; outro


documento equivalente (que tenha foto).

Casos que permitem a identificação criminal:

 Ausência de documento;
 Documento rasurado, insuficiente ou com indício de falsificação;
 Mais de um documento com informações conflitantes;
 Essencial às investigações policiais (inclusive coleta de material genético);
 Nomes diferentes em registros policiais;
 Documento muito antigo ou de local que não dê muitas informações.

MATERIAL GENÉTICO

 não poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, exceto


determinação genética de gênero;
 terão caráter sigiloso;
 será excluído do banco de dados com a absolvição ou 20 anos após o cumprimento da
pena (requerimento);

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 Poderão ser colhidos os registros biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz
dos presos provisórios ou definitivos quando não tiverem sido extraídos por ocasião da
identificação criminal;
 A autoridade policial e o Ministério Público poderão requerer ao juiz competente, no
caso de inquérito ou ação penal instaurados, o acesso ao Banco Nacional
Multibiométrico e de Impressões Digitais.

ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

 discriminação racial ou étnico-racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência


baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto
anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições,
de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social,
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada;
 desigualdade racial: toda situação injustificada de diferenciação de acesso e fruição de
bens, serviços e oportunidades, nas esferas pública e privada, em virtude de raça, cor,
descendência ou origem nacional ou étnica;
 desigualdade de gênero e raça: assimetria existente no âmbito da sociedade que
acentua a distância social entre mulheres negras e os demais segmentos sociais;
 população negra: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme
o quesito cor ou raça usado pelo IBGE;
 políticas públicas: as ações, iniciativas e programas adotados pelo Estado no
cumprimento de suas atribuições institucionais;
 ações afirmativas: os programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela
iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da
igualdade de oportunidades.

Na produção de filmes e programas destinados à veiculação pelas emissoras de televisão e em


salas cinematográficas, deverá ser adotada a prática de conferir oportunidades de emprego para
atores, figurantes e técnicos negros, sendo vedada toda e qualquer discriminação de natureza
política, ideológica, étnica ou artística.

A exigência não se aplica aos filmes e programas que abordem especificidades de grupos
étnicos determinados.

O Estado adotará medidas especiais para coibir a violência policial incidente sobre a população
negra.

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO

Conceitos importantes:

 informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e
transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou
formato;
 informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público
em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado;
 informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável;
 tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção,
classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da
informação;
 disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por
indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;
 autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida
ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
 integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem,
trânsito e destino;
 primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de
detalhamento possível, sem modificações.

IMPORTANTE: artigos incluídos em 2021

Art. 12. O serviço de busca e de fornecimento de informação é gratuito.

§ 1º O órgão ou a entidade poderá cobrar exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento


dos custos dos serviços e dos materiais utilizados, quando o serviço de busca e de fornecimento
da informação exigir reprodução de documentos pelo órgão ou pela entidade pública
consultada.

§ 2º Estará isento de ressarcir os custos previstos no § 1º deste artigo aquele cuja situação
econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada
nos termos da Lei nº 7.115, de 29 de agosto de 1983.

Não poderá ser negado acesso à informação necessária à tutela judicial ou administrativa de
direitos fundamentais.

Informações que podem sofrer restrição:

 risco à vida, segurança ou saúde da população;


 elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País;
 risco a planos das Forças Armadas;
 risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a
sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;
 risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e
seus familiares;
 comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em
andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações.

PRAZOS:

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Ultrassecreta: 25 anos

Secreta: 15 anos

Reservada: 5 anos

RESERVADA até o fim do mandato: risco do Presidente, Vice, cônjuges e filhos;

Poderá ser estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência de determinado
evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo máximo de classificação.

Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da administração pública federal é


de competência:

I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades:

a) Presidente da República;

b) Vice-Presidente da República;

c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas;

d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e

e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior;

II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos titulares de autarquias,


fundações ou empresas públicas e sociedades de economia mista; e

III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II e das que exerçam funções
de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, ou superior, do Grupo-Direção e
Assessoramento Superiores, ou de hierarquia equivalente, de acordo com regulamentação
específica de cada órgão ou entidade, observado o disposto nesta Lei.

§ 1º A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere à classificação como


ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela autoridade responsável a agente público,
inclusive em missão no exterior, vedada a subdelegação.

O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à
intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias
individuais.

§ 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada,
honra e imagem:

I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo
de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos legalmente
autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e

II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou
consentimento expresso da pessoa a que elas se referirem.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer
natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às
seguintes sanções:

I - advertência;

II - multa;

III - rescisão do vínculo com o poder público;

IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a


administração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e

V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que
seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade.

A revisão de ofício deverá ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, quando se tratar de
documentos ultrassecretos ou secretos.

MARCO CIVIL DA INTERNET

Princípios:

 liberdade de expressão, comunicação e manifestação de pensamento;


 privacidade;
 proteção dos dados pessoais;
 neutralidade de rede;
 estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, por meio de medidas técnicas
compatíveis com os padrões internacionais e pelo estímulo ao uso de boas práticas;
 responsabilização dos agentes;
 preservação da natureza participativa da rede;
 liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet, desde que não conflitem
com os demais princípios estabelecidos nesta Lei.

Conceitos Importantes:

 internet: conjunto de protocolos lógicos, estruturado em escala mundial para uso


público e irrestrito, com a finalidade de possibilitar a comunicação de dados entre
terminais por meio de diferentes redes;
 terminal: o computador ou qualquer dispositivo que se conecte à internet;
 endereço de protocolo de internet (endereço IP): o código atribuído a um terminal de
uma rede para permitir sua identificação, definido segundo parâmetros internacionais;
 administrador de sistema autônomo: a pessoa física ou jurídica que administra blocos
de endereço IP específicos e o respectivo sistema autônomo de roteamento,
devidamente cadastrada no ente nacional responsável pelo registro e distribuição de
endereços IP geograficamente referentes ao País;
 conexão à internet: a habilitação de um terminal para envio e recebimento de pacotes
de dados pela internet, mediante a atribuição ou autenticação de um endereço IP;

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 registro de conexão: o conjunto de informações referentes à data e hora de início e
término de uma conexão à internet, sua duração e o endereço IP utilizado pelo terminal
para o envio e recebimento de pacotes de dados;
 aplicações de internet: o conjunto de funcionalidades que podem ser acessadas por
meio de um terminal conectado à internet.

São nulas de pleno direito as cláusulas que:

 impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações privadas, pela internet;


ou
 em contrato de adesão, não ofereçam como alternativa ao contratante a adoção do
foro brasileiro para solução de controvérsias decorrentes de serviços prestados no
Brasil.

Em qualquer operação de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de


aplicações de internet em que pelo menos um dos atos ocorra em território nacional, deverão
ser obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira.

O disposto aplica-se mesmo que as atividades sejam realizadas por pessoa jurídica sediada no
exterior, desde que oferte serviço ao público brasileiro ou pelo menos uma integrante do
mesmo grupo econômico possua estabelecimento no Brasil.

SANÇÕES

Aplicadas de forma isolada ou cumulativa:

 advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas;


 multa de até 10% (dez por cento) do faturamento do grupo econômico no Brasil no seu
último exercício, excluídos os tributos, considerados a condição econômica do infrator
e o princípio da proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção;
 suspensão temporária das atividades;
 proibição de exercício das atividades.

Tratando-se de empresa estrangeira, responde solidariamente pelo pagamento da multa de


que trata o caput sua filial, sucursal, escritório ou estabelecimento situado no País.

Seção IV
Da Requisição Judicial de Registros

Art. 22. A parte interessada poderá, com o propósito de formar conjunto probatório em
processo judicial cível ou penal, em caráter incidental ou autônomo, requerer ao juiz que
ordene ao responsável pela guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros de
acesso a aplicações de internet.

Parágrafo único. Sem prejuízo dos demais requisitos legais, o requerimento deverá conter, sob
pena de inadmissibilidade:

Direitos reservados. Juliana Menezes.


I - fundados indícios da ocorrência do ilícito;

II - justificativa motivada da utilidade dos registros solicitados para fins de investigação ou


instrução probatória; e

III - período ao qual se referem os registros.

Art. 23. Cabe ao juiz tomar as providências necessárias à garantia do sigilo das informações
recebidas e à preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem do usuário,
podendo determinar segredo de justiça, inclusive quanto aos pedidos de guarda de registro.

ESTATUTO DA JUVENTUDE

São consideradas jovens as pessoas com idade ENTRE 15 (QUINZE) E 29 (VINTE E NOVE) ANOS
de idade.

Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos aplica-se o ECA, e,
excepcionalmente, este Estatuto, quando não conflitar com as normas de proteção integral do
adolescente.

PRINCÍPIOS:

 autonomia e emancipação dos jovens;

A emancipação dos jovens refere-se à trajetória de inclusão, liberdade e participação do jovem


na vida em sociedade, e não ao instituto da emancipação disciplinado pelo CC.

 participação social e política, de forma direta e por meio de suas representações;


 criatividade e da participação no desenvolvimento do País;
 jovem como sujeito de direitos universais, geracionais e singulares;
 bem-estar, da experimentação e do desenvolvimento integral do jovem;
 respeito à identidade e à diversidade individual e coletiva da juventude;
 vida segura, da cultura da paz, da solidariedade e da não discriminação; e
 diálogo e convívio do jovem com as demais gerações.

O direito à profissionalização e à proteção no trabalho dos adolescentes com idade entre 15


(quinze) e 18 (dezoito) anos de idade será regido pelo disposto no ECA.

É assegurado aos jovens de até 29 (vinte e nove) anos pertencentes a famílias de baixa renda
(renda mensal de até 2 salários) e aos estudantes, o acesso a salas de cinema, cineclubes,
teatros, espetáculos musicais e circenses, eventos educativos, esportivos, de lazer e
entretenimento, em todo o território nacional, mediante pagamento da metade do preço do
ingresso cobrado do público em geral (40% do total de ingressos).

TRANSPORTE COLETIVO INTERESTADUAL:

 duas vagas gratuitas para jovens de baixa renda;


 duas vagas com 50% de desconto;

Direitos reservados. Juliana Menezes.


LEI CONTRA DISCRIMINAÇÃO CONTRA PORTADORES DE HIV

Prevê um único crime punido com RECLUSÃO, de 1 a 4 anos.

Condutas:

 recusar, cancelar e etc: aluno em creche ou estabelecimento de ensino de qualquer


grau público ou privado;
 negar emprego ou trabalho;
 demitir;
 segregar na escola ou trabalho;
 divulgar a condição para ofender a dignidade;
 recusar ou retardar tratamento de saúde.

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Conceitos importantes:

 pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza
física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras,
pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições
com as demais pessoas.
 acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, de espaços,
sistemas e etc, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;
 desenho universal: concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem
usados por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou de projeto específico,
incluindo os recursos de tecnologia assistiva;
 tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos e etc que objetivem promover a
funcionalidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida;
 barreiras: obstáculo ou comportamento que limite ou impeça a participação social da
pessoa, classificadas em:
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços públicos e privados
abertos ao público ou de uso coletivo;
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos e privados;
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios de transportes;
d) barreiras nas comunicações e na informação: expressão ou o recebimento de
mensagens;
e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que impeçam ou prejudiquem a
participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e
oportunidades com as demais pessoas;
f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o acesso às tecnologias;
 comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange as línguas, inclusive a
Língua Brasileira de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de
sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos

Direitos reservados. Juliana Menezes.


multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os
meios de voz digitalizados e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos
de comunicação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações;
 adaptações razoáveis: ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus
desproporcional e indevido;
 elemento de urbanização: pavimentação, saneamento, encanamento para esgotos,
distribuição de energia elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de comunicação,
abastecimento e distribuição de água, paisagismo e etc;
 mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias e nos espaços públicos, tais
como semáforos, postes de sinalização e similares, terminais e pontos de acesso coletivo
às telecomunicações, fontes de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e
etc;
 PESSOA COM MOBILIDADE REDUZIDA: aquela que tenha, por qualquer motivo,
dificuldade de movimentação, PERMANENTE OU TEMPORÁRIA, gerando redução
efetiva da mobilidade, da flexibilidade, da coordenação motora ou da percepção,
incluindo IDOSO, GESTANTE, LACTANTE, PESSOA COM CRIANÇA DE COLO E OBESO;
 residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de Acolhimento do Sistema Único
de Assistência Social (Suas), com apoio, destinadas a jovens e adultos com deficiência,
em situação de dependência;
 moradia para a vida independente da pessoa com deficiência: moradia com estruturas
adequadas capazes de proporcionar serviços de apoio coletivos e individualizados que
respeitem e ampliem o grau de autonomia de jovens e adultos com deficiência;
 atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, que, com ou sem
remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e essenciais à pessoa com deficiência;
 profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividades de alimentação, higiene e
locomoção do estudante com deficiência e atua em todas as atividades escolares;
 acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com deficiência, podendo ou não
desempenhar as funções de atendente pessoal.

A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de benefícios decorrentes de ação
afirmativa.

CRIMES

Há uma ÚNICA conduta com pena de DETENÇÃO (e também única IMPO): utilização ou retenção
de cartão ou documento de PCD a fim de obter vantagens. Com causa de aumento se praticado
por tutor ou curador.

Os crimes desse estatuto são MUITO similares às do Estatuto do Idoso.

 Discriminação
Causa de aumento se praticado por quem está nos cuidados da vítima;
Qualificado se por meios de comunicação
 Apropriação indébita;

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Causa de aumento se por tutor, curador, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial ou em razão da profissão;
 Abandono;

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA

Primeira infância: período que abrange os primeiros 6 (seis) anos completos ou 72 (setenta e
dois) meses de vida da criança.

A expansão da educação infantil das crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos de idade, no


cumprimento da meta do Plano Nacional de Educação, atenderá aos critérios definidos no
território nacional pelo competente sistema de ensino, em articulação com as demais políticas
sociais.

ALTERAÇÃO NO CPP

No interrogatório: colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se


possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos
filhos, indicado pela pessoa presa.

Substituição por prisão domiciliar no caso de: mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos; homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze)
anos de idade incompletos.

LEI ANTITERRORISMO

Terrorismo: prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de
xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com
a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a
paz pública ou a incolumidade pública.

ATOS DE TERRORISMO (RECLUSÃO de 12 a 30 anos além da ameaça ou violência).

 Usar, portar e etc. explosivos, gases tóxicos, venenos, conteúdos biológicos, químicos,
nucleares ou outros meios capazes de causar danos ou promover destruição em massa;
 Sabotar ou se apoderar com violência ou grave ameaça a pessoa ou por meios
cibernéticos, de meios de transporte, comunicação, saúde, escolas, serviços essenciais
em geral;
 tentar contra a vida ou a integridade física de pessoa.

Promover, constituir, integrar ou prestar auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa, a


organização terrorista: 5 a 8 anos;

Atos preparatórios: delito consumado diminuída de ¼ até a ½; É ato preparatório recrutar


indivíduos que viajem para país distinto ou receber treinamento em país distinto;

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Se a conduta não envolver treinamento ou viagem para país distinto daquele de sua residência
ou nacionalidade, a pena será a correspondente ao delito consumado, diminuída de metade
a dois terços.

OU SEJA:

ATOS PREPARATÓRIOS DENTRO DO PAÍS: REDUÇÃO DE ¼ ATÉ ½;

ATOS PREPARATÓRIOS COM TREINAMENTO FORA DO SEU PAÍS: REDUÇÃO DE ½ A 2/3;

Tudo que envolva RECURSOS para planejamento e execução de atos de terrorismo: 15 a 30


anos!

Salvo quando for elementar da prática de qualquer crime previsto nesta Lei, se de algum deles
resultar lesão corporal grave, aumenta-se a pena de um terço, se resultar morte, aumenta-se
a pena da metade.

Para todos os efeitos legais, considera-se que os crimes previstos nesta Lei são praticados contra
o interesse da União, cabendo à Polícia Federal a investigação criminal, em sede de inquérito
policial, e à Justiça Federal o seu processamento e julgamento.

NÃO SÃO ATOS DE TERRORISMO:

 conduta individual ou coletiva de pessoas em manifestações políticas, movimentos


sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional, direcionados por
propósitos sociais ou reivindicatórios;

MEDIDAS ASSECURATÓRIAS

 O juiz;
 de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação do
delegado de polícia;
 ouvido o Ministério Público em vinte e quatro horas;
 havendo indícios suficientes de crime previsto nesta Lei;
 poderá decretar;
 no curso da investigação ou da ação penal;
 medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores do investigado ou acusado, ou
existentes em nome de interpostas pessoas, que sejam instrumento, produto ou
proveito dos crimes previstos nesta Lei.

Alienação antecipada para preservação do valor dos bens sempre que estiverem sujeitos a
qualquer grau de deterioração ou depreciação, ou quando houver dificuldade para sua
manutenção.

O juiz determinará a liberação, total ou parcial, dos bens, direitos e valores quando comprovada
a licitude de sua origem e destinação, mantendo-se a constrição dos bens, direitos e valores
necessários e suficientes à reparação dos danos e ao pagamento de prestações pecuniárias,
multas e custas decorrentes da infração penal.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


A liberação dos bens depende do comparecimento pessoal do acusado ou da interposta pessoa
proprietária do bem.

Poderão ser decretadas medidas assecuratórias sobre bens, direitos ou valores para reparação
do dano decorrente da infração penal antecedente ou da prevista nesta Lei ou para pagamento
de prestação pecuniária, multa e custas.

O juiz determinará, na hipótese de existência de tratado ou convenção internacional e por


solicitação de autoridade estrangeira competente, medidas assecuratórias sobre bens, direitos
ou valores oriundos de crimes descritos nesta Lei praticados no estrangeiro.

Na falta de tratado ou convenção, os bens sujeitos a medidas assecuratórias por solicitação de


autoridade estrangeira serão repartidos entre o Estado requerente e o Brasil, na proporção de
metade, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé.

LEI DE ESCUTA ESPECIALIZADA

Na aplicação e interpretação da Lei, serão considerados os fins sociais a que ela se destina e,
especialmente, as condições peculiares da criança e do adolescente como pessoas em
desenvolvimento, às quais o Estado, a família e a sociedade devem assegurar a fruição dos
direitos fundamentais com absoluta prioridade.

A aplicação da Lei é facultativa para as vítimas e testemunhas de violência entre 18 (dezoito)


e 21 (vinte e um) anos.

São formas de violência:

 Física
 Psicológica: discriminação, desrespeito, bullying; alienação parental; conduta que
exponha a criança ou o adolescente, direta ou indiretamente, a crime violento contra
membro de sua família ou de sua rede de apoio;
 Sexual: abuso; exploração; tráfico de pessoas;
 Institucional: revitimização.

A criança e o adolescente serão ouvidos sobre a situação de violência por meio de escuta
especializada e depoimento especial.

ATENÇÃO: a lei traz algumas vezes a expressão “prioridade absoluta”, então fique atento,
porque aprendemos a desconfiar de termos assim, mas nesse caso está correto.

A criança e o adolescente vítima ou testemunha de violência têm direito a pleitear, por meio de
seu representante legal, medidas protetivas contra o autor da violência.

Escuta especializada é o procedimento de entrevista sobre situação de violência com criança


ou adolescente perante órgão da rede de proteção, limitado o relato estritamente ao
necessário para o cumprimento de sua finalidade.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Depoimento especial é o procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou
testemunha de violência perante autoridade policial ou judiciária.

A criança ou o adolescente será resguardado de qualquer contato, ainda que visual, com o
suposto autor ou acusado, ou com outra pessoa que represente ameaça, coação ou
constrangimento.

O depoimento especial seguirá o rito cautelar de antecipação de prova:

I - quando a criança ou o adolescente tiver menos de 7 (sete) anos (qualquer crime);

II - em caso de violência sexual (até os 17 anos).

Não será admitida a tomada de novo depoimento especial, salvo quando justificada a sua
imprescindibilidade pela autoridade competente e houver a concordância da vítima ou da
testemunha, ou de seu representante legal.

Pontos importantes sobre o depoimento especial:

 Profissionais especializados
 Vedação de leitura de peças processuais
 Livre narrativa pela criança ou adolescente
 Transmitido em tempo real para a sala de audiências
 Gravado em áudio e vídeo
 Pode a vítima optar em falar diretamente para o juiz

Medidas de proteção que podem ser requisitadas pelo Delegado ao Juiz:

 evitar o contato direto da criança ou do adolescente com o suposto autor da violência;


 solicitar o afastamento cautelar do investigado da residência ou local de convivência;
 requerer a prisão preventiva do investigado;
 solicitar aos órgãos socioassistenciais a inclusão da vítima e de sua família nos
atendimentos;
 requerer a inclusão da criança ou do adolescente em programa de proteção a vítimas
ou testemunhas ameaçadas; e
 representar ao Ministério Público para que proponha ação cautelar de antecipação de
prova, sempre que a demora possa causar prejuízo ao desenvolvimento da criança ou
do adolescente.

Os órgãos policiais envolvidos envidarão esforços investigativos para que o depoimento especial
não seja o único meio de prova para o julgamento do réu.

CRIME: violar sigilo processual, permitindo que depoimento de criança ou adolescente seja
assistido por pessoa estranha ao processo, sem autorização judicial e sem o consentimento
do depoente ou de seu representante legal. Reclusão de 1 a 4 anos.

LEI DE MIGRAÇÃO

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se
estabelece temporária ou definitivamente no Brasil;
 emigrante: brasileiro que se estabelece temporária ou definitivamente no exterior;
 residente fronteiriço: pessoa nacional de país limítrofe ou apátrida que conserva a sua
residência habitual em município fronteiriço de país vizinho;
 visitante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para estadas de
curta duração, sem pretensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no
território nacional;
 apátrida: pessoa que não seja considerada como nacional por nenhum Estado, segundo
a sua legislação.

ASILO POLÍTICO

O asilo político, que constitui ato discricionário do Estado, poderá ser diplomático ou territorial
e será outorgado como instrumento de proteção à pessoa.

Não se concederá asilo a quem tenha cometido crime de genocídio, crime contra a humanidade,
crime de guerra ou crime de agressão, nos termos do Estatuto de Roma do Tribunal Penal
Internacional.

A saída do asilado do País sem prévia comunicação implica renúncia ao asilo.

A repatriação consiste em medida administrativa de devolução de pessoa em situação de


impedimento ao país de procedência ou de nacionalidade.

Não será aplicada medida de repatriação à pessoa em situação de refúgio ou de apatridia, de


fato ou de direito, ao menor de 18 (dezoito) anos desacompanhado ou separado de sua família.

A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste na retirada


compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em território
nacional.

A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de migrante ou visitante


do território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por prazo determinado.

Não se procederá à repatriação, à deportação ou à expulsão coletivas.

Art. 82. Não se concederá a extradição quando:

I - o indivíduo cuja extradição é solicitada ao Brasil for brasileiro nato;

II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente;

III - o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando;

IV - a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2 (dois) anos;

Direitos reservados. Juliana Menezes.


V - o extraditando estiver respondendo a processo ou já houver sido condenado ou absolvido
no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido;

VI - a punibilidade estiver extinta pela prescrição, segundo a lei brasileira ou a do Estado


requerente;

VII - o fato constituir crime político ou de opinião;

VIII - o extraditando tiver de responder, no Estado requerente, perante tribunal ou juízo de


exceção; ou

IX - o extraditando for beneficiário de refúgio, nos termos da Lei nº 9.474, de 22 de julho de


1997 , ou de asilo territorial.

CRIME ACRESCIDO AO CP:

Promoção de migração ilegal

Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada
ilegal de estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro:

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

§ 1º Na mesma pena incorre quem promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem
econômica, a saída de estrangeiro do território nacional para ingressar ilegalmente em país
estrangeiro.

§ 2º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) se:

I - o crime é cometido com violência; ou

II - a vítima é submetida a condição desumana ou degradante.

§ 3º A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo das correspondentes às infrações
conexas.”

LEI DE PROTEÇÃO DE DADOS

Dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural
ou por pessoa jurídica de direito público ou privado.

A Lei aplica-se a qualquer operação de tratamento realizada por pessoa natural ou por pessoa
jurídica de direito público ou privado, independentemente do meio, do país de sua sede ou
do país onde estejam localizados os dados, desde que:

 a operação seja realizada no Brasil;


 os dados tenham sido coletados no Brasil;

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 a atividade tenha por objetivo a oferta ou o fornecimento de bens ou serviços ou o
tratamento de dados de indivíduos localizados no território nacional (2019).

Consideram-se coletados no território nacional os dados pessoais cujo titular nele se encontre
no momento da coleta.

A LEI NÃO SE APLICA:

 por pessoa natural para fins particulares não econômicos;


 para fins jornalísticos, artísticos ou acadêmicos;
 para fins de segurança pública, defesa nacional, segurança do Estado ou atividades de
investigação de crimes (em nenhum caso a totalidade desses dados poderá ser tratada
por pessoa de direito privado, salvo por aquela que possua capital integralmente
constituído pelo poder público);
 provenientes de fora do Brasil.

CONCEITOS IMPORTANTES:

 dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável;


 dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa,
opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou
político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando
vinculado a uma pessoa natural;
 dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado, considerando
a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu tratamento;

PRINCÍPIOS: finalidade, adequação, necessidade, livre acesso, qualidade dos dados,


transparência, segurança, prevenção, não-discriminação e responsabilização e prestação de
contas.

Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóteses:

VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de


saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária;

OBS: a tutela de saúde veio como exceções em vários pontos da Lei no ano de 2019 em razão
da Pandemia.

O titular dos dados tem direito a solicitar a revisão de decisões tomadas unicamente com base
em tratamento automatizado de dados pessoais que afetem seus interesses, incluídas as
decisões destinadas a definir o seu perfil pessoal, profissional, de consumo e de crédito ou os
aspectos de sua personalidade.

Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas previstas


nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis pela autoridade
nacional:

I - advertência;

Direitos reservados. Juliana Menezes.


II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito
privado, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de
reais) por infração;

III - multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II;

IV - publicização da infração;

V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização;

VI - eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração;

X - suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a que se refere a infração pelo


período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período, até a regularização da
atividade de tratamento pelo controlador;

XI - suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais a que se refere a


infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período;

XII - proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas a tratamento de dados.

LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE

Praticados por agente público, servidor ou não.

É abuso de autoridade quando o agente pratica com a finalidade específica de prejudicar


outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação
pessoal.

São crimes de ação incondicionada.

Cabe ação penal privada subsidiária da pública, no prazo de 6 meses após o esgotamento do
prazo para denúncia.

EFEITOS DA CONDENAÇÃO NÃO AUTOMÁTICOS

 indenizar;
 inabilitação para o cargo, de 1 a 5 anos (havendo reincidência);
 perda do cargo (havendo reincidência);

PRD (autônomas ou cumulativas)

 PSC
 Suspensão do exercício do cargo de 1 a 6 meses;

Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal
que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

TODOS OS CRIMES SÃO DE DETENÇÃO!

Infração de menor potencial ofensivo:

Direitos reservados. Juliana Menezes.


 Deixar de comunicar a prisão em flagrante, temporária ou preventiva ao juízo e à pessoa
indicada pelo preso;
 Não entregar a nora de culpa em 24h;
 Não cumprir o alvará de soltura quando esgotado o prazo da prisão;
 Violência institucional (acrescentado em 2022);
 Não se identificar no momento da prisão;
 Interrogatório no período noturno;
 Impedir a entrevista reservada com o advogado;
 Procedimento criminal ou administrativo não havendo indícios;
 Informação falsa sobre procedimento;
 Estender a investigação;
 Negar acesso aos procedimentos já documentados;
 Exigir informação ou obrigação não prevista em lei;
 Demorar no exame de processo;
 Antecipar o culpado antes da conclusão das investigações.

ARTIGOS MAIS RELEVANTES

Violência Institucional

Art. 15-A. Submeter a vítima de infração penal ou a testemunha de crimes violentos a


procedimentos desnecessários, repetitivos ou invasivos, que a leve a reviver, sem estrita
necessidade:

I - a situação de violência; ou

II - outras situações potencialmente geradoras de sofrimento ou estigmatização:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.

§ 1º Se o agente público permitir que terceiro intimide a vítima de crimes violentos, gerando
indevida revitimização, aplica-se a pena aumentada de 2/3 (dois terços).

§ 2º Se o agente público intimidar a vítima de crimes violentos, gerando indevida revitimização,


aplica-se a pena em dobro.

Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno,
salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar
declarações:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante,


imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem
determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem:

I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou


suas dependências;

III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou
antes das 5h (cinco horas).

§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados
indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante delito ou de
desastre.

REESTRUTUÇÃO DO COAF

O Coaf dispõe de autonomia técnica e operacional, atua em todo o território nacional e vincula-
se administrativamente ao Banco Central do Brasil.

ATRIBUIÇÕES:

 Informações de inteligência financeira para prevenção e combate da lavagem de


dinheiro;
 Interlocução institucional entre entes nacionais e internacionais.

PRESIDÊNCIA PLENÁRIO QUADRO TÉCNICO


Escolhido pelo presidente do Presidente + 12 servidores Gabinete da Presidência, a
BC. (escolhidos pelo presidente Secretaria-Executiva e as
do BC): Diretorias Especializadas
Banco Central do Brasil; definidas no Regimento
Comissão de Valores Interno do Coaf.
Mobiliários;
Superintendência de Seguros
Privados;
Procuradoria-Geral da
Fazenda Nacional;
Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil;
Agência Brasileira de
Inteligência;
Ministério das Relações
Exteriores;
Ministério da Justiça e
Segurança Pública;
Polícia Federal;
Superintendência Nacional
de Previdência
Complementar;
Controladoria-Geral da
União;
Advocacia-Geral da União.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Caberá recurso das decisões do Plenário relacionadas ao processo administrativo ao Conselho
de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

É vedada a redistribuição para os quadros de pessoal do Banco Central do Brasil de servidor


oriundo de outros órgãos e entidades, em razão do exercício no Coaf.

VEDADO AOS MEMBROS DO COAF:

 Participar como administrador, controlador e similares de pessoas jurídicas que


trabalhem com ativos financeiros, ouro, seguros, cartões e etc.;
 Manifestar-se publicamente sobre processo pendente de julgamento;
 Fornecer informações que conhece em razão das funções;

LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

Revogou os crimes da Lei nº8.666/93 e acrescentou um novo capítulo ao CP.

A maioria dos crimes é punido com reclusão, apenas duas condutas com detenção:

 Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato de processo licitatório;


 Devassar o sigilo de proposta apresentada em processo licitatório ou proporcionar a
terceiro o ensejo de devassá-lo;

Punidos com reclusão:

 Contratação direta ilegal;


 Frustração do caráter competitivo;
 Patrocínio de contratação indevida;
 Modificação ou pagamento irregular;
 Afastamento do licitante (violência, ameaça, fraude ou vantagem);
 Fraude em licitação ou contrato;
 Contratação inidônea;
 Impedimento indevido (ÚNICA INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO)
 Omissão grave de dado ou de informação de projetista.

A pena de multa cominada aos crimes previstos neste Capítulo seguirá a metodologia de cálculo
prevista neste Código e não poderá ser inferior a 2% (dois por cento) do valor do contrato
licitado ou celebrado com contratação direta.

POLÍTICA NACIONAL DE DADOS E INFORMAÇÕES RELACIONADAS À VIOLÊNCIA CONTRA AS


MULHERES (PNAINFO)

Diretrizes do PNAINFO:

 Integração das bases de dados dos três poderes;


 Transparência das informações;
 Incentivo à participação social.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Objetivos (sempre com verbos):

 Subsidiar as políticas de enfrentamento;


 Produzir informações com disponibilidade, autenticidade, integridade e
comparabilidade;
 Manter as informações disponíveis em sistema eletrônico;
 Integrar a subsidiar a Polícia de enfrentamento
 Disponibilizar indicadores, estatísticas e etc.
 Padronizar informações sobre políticas públicas.

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão aderir à PNAINFO mediante


instrumento de cooperação federativa.

LEI DE EXECUÇÃO PENAL

Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para


orientar a individualização da execução penal.

O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será


submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada
classificação e com vistas à individualização da execução.

Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da pena
privativa de liberdade em regime semi-aberto.

O Superior Tribunal de Justiça já consolidou o entendimento de que o exame criminológico


não é obrigatório para que o preso tenha direito à progressão de regime prisional, mas o
magistrado pode solicitar a realização desse exame quando considerar necessário, desde que
o pedido seja devidamente fundamentado.

Art. 9º-A. O condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, bem
como por crime contra a vida, contra a liberdade sexual ou por crime sexual contra vulnerável,
será submetido, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA
(ácido desoxirribonucleico), por técnica adequada e indolor, por ocasião do ingresso no
estabelecimento prisional.

§ 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso


de inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético.

§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou
esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa.

§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido
à identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá
ser submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


§ 5º A amostra biológica coletada só poderá ser utilizada para o único e exclusivo fim de
permitir a identificação pelo perfil genético, não estando autorizadas as práticas de
fenotipagem genética ou de busca familiar.

§ 6º Uma vez identificado o perfil genético, a amostra biológica recolhida nos termos do caput
deste artigo deverá ser correta e imediatamente descartada, de maneira a impedir a sua
utilização para qualquer outro fim.

§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de


identificação do perfil genético.

Será assegurado tratamento humanitário à mulher grávida durante os atos médico-


hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, bem como
à mulher no período de puerpério, cabendo ao poder público promover a assistência integral à
sua saúde e à do recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 14.326, de 2022)

O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.

O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser inferior a 3/4
(três quartos) do salário mínimo.

As tarefas executadas como prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas.

O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida de suas


aptidões e capacidade. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser
executado no interior do estabelecimento.

Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade.

A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito) horas, com
descanso nos domingos e feriados.

O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado somente em serviço ou
obras públicas realizadas por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades
privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. O limite máximo
do número de presos será de 10% (dez por cento) do total de empregados na obra.

A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá


de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da
pena.

DIREITOS QUE PODEM SER SUSPENSOS OU RESTRINGIDOS PELO DIRETOR:

 proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;


 visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;
 contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de
outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.

Direitos reservados. Juliana Menezes.


É vedado o emprego de cela escura.

São vedadas as sanções coletivas.

FALTA GRAVE:

 subversão da ordem e disciplina e fuga;


 instrumentos que podem atingir a integridade física;
 acidente de trabalho;
descumprir as condições do regime aberto;
 desobediência;
 não executar o trabalho e ordens recebidas;
 ter/usar aparelho de comunicação;
 recusar procedimento de identificação de perfil genético;
 descumprir restrições da PRD ou demorar a cumprir a obrigação;
 crime doloso

RDD

 fato doloso que ocasione subversão da ordem e disciplina OU


 presos de alto risco OU
 indícios de envolvimento em ORCRIM, Associação Criminosa ou Milícia (ainda que não
tenha praticado nada). Se for indícios de exercer a liderança ou com atuação em dois
estados, o RDD será cumprido em estabelecimento federal
 preso provisório ou condenado, nacional ou estrangeiro
 independente da sanção penal
 duração máxima de 2 anos
 cela individual
 visitas quinzenais de 2 pessoas por vez sem contato físico por duas horas (gravadas em
áudio e vídeo ou fiscalizadas mediante autorização judicial)
 se após os primeiros 6 meses do RDD o preso não receber visita, poderá fazer ligação
telefônica agendada 2 vezes por mês por 10 minutos
 se a visita não for familiar precisa de autorização judicial
 2 horas de banho de sol por dia em grupos de até 4 presos
 entrevistas monitoradas, salvo com o defensor
 fiscalização da correspondência
 audiências preferencialmente em videoconferência (o defensor com o preso);

FATO DOLOSO ALTO RISCO GRUPO CRIMINOSO


Máximo de 2 anos por fato Renovado por períodos de um ano se continuam as razões
Alta segurança interna e
externa

Direitos reservados. Juliana Menezes.


Diretor do Estabelecimento ou autoridade administrativa requer a inclusão do preso no RDD ->
ouve-se MP e defesa -> juiz decide em 15 dias

SANÇÕES:

 advertência
 repreensão de máximo de 30 dias
 suspensão ou restrição de direitos (falta grave)
 isolamento na cela de máximo de 30 dias (falta grave)
 RDD (única penalidade que exige decisão judicial) (falta grave)
 Isolamento preventivo por 10 dias;

O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado será


computado no período de cumprimento da sanção disciplinar.

A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, serão recolhidos a estabelecimento


próprio e adequado à sua condição pessoal.

Os estabelecimentos penais destinados a mulheres serão dotados de berçário, onde as


condenadas possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até 6 (seis)
meses de idade.

São indelegáveis as funções de direção, chefia e coordenação no âmbito do sistema penal, bem
como todas as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e notadamente:
classificação de condenados; aplicação de sanções disciplinares; controle de rebeliões;
transporte de presos.

CRITÉRIOS PARA SEPARAR PRESOS PROVISÓRIOS:

 Hediondos e equiparados;
 Violência ou grave ameaça;
 Funcionário da Adm. Da Justiça Criminal;
 Demais.

CRITÉRIOS PARA SEPARAR PRESOS CONDENADOS:

 Hediondos ou equiparados;
 Violência ou grave ameaça reincidentes;
 Violência ou grave ameaça primários;
 Preso ameaçado;
 Demais.

PROGRESSÃO DE REGIME
16% Primário sem VGA
20% Reincidente sem VGA

Direitos reservados. Juliana Menezes.


25% Primário com VGA
30% Reincidente com VGA
40% Primário Hediondo
50% Primário Hediondo com morte (vedado o LC)
50% Comando de Orcrim para crime hediondo
50% Milícia Privada
60% Reincidente Hediondo
70% Reincidente Hediondo com morte (vedado o LC)

Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta
carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a
progressão.

PROGRESSÃO DE REGIME GESTANTE E MÃE OU


RESPONSÁVEL DE CRIANÇA OU PCD
Sem VGA
Vítima que não seja o filho o dependente
1/8 da pena
Primária
Bom comportamento
Não ter integrado orcrim

O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o


prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o
reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente.

O bom comportamento é readquirido após 1 (um) ano da ocorrência do fato, ou antes, após o
cumprimento do requisito temporal exigível para a obtenção do direito.

PRISÃO DOMICILIAR

 Maior de 70 anos
 Doença grave
 Filho menor ou PCD
 Gestante

PERMISSÃO DE SAÍDA SAÍDA TEMPORÁRIA


(PS – PODE SOFRER) (ST – SEM TRISTEZA)
Regime semi-aberto

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Visita família
Curso ou escola
Regime fechado ou semi-aberto Atividades de convívio social
Morte ou doença grave do CADI Pode ter uso de tornozeleira eletrônica
Tratamento médico Não cabe para o condenado em crime
Duração necessária hediondo com resultado morte
Concedida pelo diretor Cumprido 1/6 da pena (primário) e ¼
(reincidente)
7 dias por 4 vezes no ano
Concedida pelo Juiz da execução
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto poderá remir,
por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena.

§ 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à razão de:

I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar divididas, no mínimo, em 3
(três) dias;

II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho.

§ 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste artigo poderão ser desenvolvidas de


forma presencial ou por metodologia de ensino a distância;

§ 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou nos estudos continuará


a beneficiar-se com a remição.

§ 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 1/3 (um terço) no caso
de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da pena;

§ 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui liberdade
condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de educação
profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova;

§ 7o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão cautelar.

Art. 127. Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido,
recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar.

Da Monitoração Eletrônica

Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando:

II - autorizar a saída temporária no regime semiaberto;

IV - determinar a prisão domiciliar;

Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá adotar com o
equipamento eletrônico e dos seguintes deveres:

I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus
contatos e cumprir suas orientações;

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II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo
de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça;

Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres previstos neste artigo poderá acarretar, a
critério do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa:

I - a regressão do regime;

II - a revogação da autorização de saída temporária;

VI - a revogação da prisão domiciliar;

VII - advertência, por escrito, para todos os casos em que o juiz da execução decida não aplicar
alguma das medidas previstas nos incisos de I a VI deste parágrafo.

Art. 146-D. A monitoração eletrônica poderá ser revogada:

I - quando se tornar desnecessária ou inadequada;

II - se o acusado ou condenado violar os deveres a que estiver sujeito durante a sua vigência ou
cometer falta grave.

JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS

A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal.

Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia
da semana, conforme dispuserem as normas de organização judiciária.

A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado. Não
encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum
para adoção do procedimento previsto em lei.

A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o


encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as
requisições dos exames periciais necessários.

Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado
ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se
exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de
cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima.

Comparecendo o autor do fato e a vítima, e não sendo possível a realização imediata da


audiência preliminar, será designada data próxima, da qual ambos sairão cientes.

Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não


sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena
restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.

Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.

Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:

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I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade,
por sentença definitiva;

II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena
restritiva ou multa, nos termos deste artigo;

III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os
motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.

Durante a audiência, todas as partes e demais sujeitos processuais presentes no ato deverão
respeitar a dignidade da vítima, sob pena de responsabilização civil, penal e administrativa,
cabendo ao juiz garantir o cumprimento do disposto neste artigo, vedadas:

I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios aos fatos objeto de apuração nos
autos;

II - a utilização de linguagem, de informações ou de material que ofendam a dignidade da


vítima ou de testemunhas.

Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não
por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do
processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não
tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a
suspensão condicional da pena.

As disposições desta Lei não se aplicam no âmbito da Justiça Militar.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Não se aplica a composição de danos civis, aplicação de PRD, TC e será de ação incondicionada:

 Influência de álcool;
 Racha;
 Velocidade 50km/h acima da máxima;

A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a permissão ou a habilitação, para dirigir


veículo automotor, tem a duração de dois meses a cinco anos. A penalidade não se inicia não
se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a
estabelecimento prisional.

Se o réu for reincidente na prática de crime previsto neste Código, o juiz aplicará a penalidade
de suspensão da permissão ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das
demais sanções penais cabíveis.

AGRAVANTES:

 Dani a duas ou mais pessoas ou risco de GRAVE dano patrimonial a terceiro;


 Sem placas ou placas falsas/adulteradas;
 Sem CNH da categoria;

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 Profissional de transporte de passageiros ou carga;
 Veículo adulterado
 Faixa de pedestres provisória ou permanente

Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá
a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.

CAUSAS DE AUMENTO NO HOMICÍDIO E LESÃO CULPOSOS:

 Sem CNH;
 Faixa de pedestre ou calçada;
 Não prestar socorro;
 Transporte de passageiros;

HIPÓTESES QUALIFICADAS PELA EMBRIAGUEZ

 Homicídio culposo;
 Lesão grave;
 Lesão gravíssima

OBS: se a lesão for leve haverá concurso da lesão com a embriaguez do 306;

CRIMES COM RECLUSÃO:

 Homicídio com embriaguez


 Lesão grave ou gravíssima com embriaguez
 Racha com lesão grave ou morte

EMBRIAGUEZ: concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou


igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar ou outras provas.

O crime de inovação artificiosa se consuma ainda que não iniciados, quando da inovação, o
procedimento preparatório, o inquérito ou o processo aos quais se refere.

CRIMES AMBIENTAIS

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em
rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou
em desacordo com a obtida:

I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;

II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;

III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito,
utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória,
bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de criadouros não autorizados ou
sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente.

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§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada de extinção,
pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no local da
infração;

II - em período proibido à caça;

III - durante a noite;

IV - com abuso de licença;

V - em unidade de conservação;

VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em massa.

§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profissional.

§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda
que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

§ 1º-A Quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste
artigo será de reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, multa e proibição da guarda.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação primária ou secundária, em estágio avançado ou


médio de regeneração, do Bioma Mata Atlântica, ou utilizá-la com infringência das normas de
proteção:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:

Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.

Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em


terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente:

Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.

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§ 1o Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do
agente ou de sua família.

§ 2o Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a pena será aumentada de 1 (um)
ano por milhar de hectare.

LAVAGEM DE CAPITAIS

A tentativa segue a regra do CP;

A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos
de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.

A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou
semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por
pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com
as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à
identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores
objeto do crime.

Para a apuração do crime de que trata este artigo, admite-se a utilização da ação controlada e
da infiltração de agentes.

Serão da competência da Justiça Federal:

 quando praticados contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira, ou


em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, ou de suas entidades
autárquicas ou empresas públicas;
 quando a infração penal antecedente for de competência da Justiça Federal.

No processo deve o acusado que não comparecer nem constituir advogado ser citado por edital,
prosseguindo o feito até o julgamento, com a nomeação de defensor dativo.

O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou mediante representação do


delegado de polícia, ouvido o Ministério Público em 24 (vinte e quatro) horas, havendo
indícios suficientes de infração penal, poderá decretar medidas assecuratórias de bens,
direitos ou valores do investigado ou acusado, ou existentes em nome de interpostas pessoas,
que sejam instrumento, produto ou proveito dos crimes previstos nesta Lei ou das infrações
penais antecedentes. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)

§ 3o Nenhum pedido de liberação será conhecido sem o comparecimento pessoal do acusado


ou de interposta pessoa.

Feita a avaliação e dirimidas eventuais divergências sobre o respectivo laudo, o juiz, por
sentença, homologará o valor atribuído aos bens e determinará sejam alienados em leilão ou
pregão, preferencialmente eletrônico, por valor não inferior a 75% (setenta e cinco por cento)
da avaliação.

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ESTATUTO DO DESARMAMENTO

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar
arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 2º Se as condutas envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4


(quatro) a 12 (doze) anos.

Comércio ilegal de arma de fogo

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.

Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de
prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em
residência.

Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem
autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial
disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.

Tráfico internacional de arma de fogo

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente
policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal
preexistente.

Nos crimes de comércio de tráfico de armas a pena é aumentada da metade se a arma de fogo,
acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.

Nos crimes de porte de uso permitido, posse ou porte de uso restrito e proibido, disparo de
arma, comércio e tráfico, a pena é aumentada da metade se:

I - forem praticados por integrante da Segurança Pública, segurança privada e congêneres.

II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.

LEI MARIA DA PENHA

Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual ou psicológica e dano
moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir todos os danos causados, inclusive
ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos
serviços de saúde prestados para o total tratamento das vítimas em situação de violência

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doméstica e familiar, recolhidos os recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do ente
federado responsável pelas unidades de saúde que prestarem os serviços.

Os dispositivos de segurança destinados ao uso em caso de perigo iminente e disponibilizados


para o monitoramento das vítimas de violência doméstica ou familiar amparadas por medidas
protetivas terão seus custos ressarcidos pelo agressor.

O ressarcimento não poderá importar ônus de qualquer natureza ao patrimônio da mulher e


dos seus dependentes, nem configurar atenuante ou ensejar possibilidade de substituição da
pena aplicada.

É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o atendimento policial e


pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores - preferencialmente do sexo
feminino - previamente capacitados.

No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial


deverá, entre outras providências: informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e
os serviços disponíveis, inclusive os de assistência judiciária para o eventual ajuizamento
perante o juízo competente da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de
casamento ou de dissolução de união estável.

Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da


ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem
prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: verificar se o agressor possui registro
de porte ou posse de arma de fogo e, na hipótese de existência, juntar aos autos essa
informação, bem como notificar a ocorrência à instituição responsável pela concessão do
registro ou da emissão do porte.

Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou
psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o
agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:

I - pela autoridade judicial;

II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou

III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível
no momento da denúncia.

§ 1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo
máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a
revogação da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente.

§ 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de


urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.

A ofendida tem a opção de propor ação de divórcio ou de dissolução de união estável no Juizado
de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Exclui-se da competência dos Juizados de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher a pretensão relacionada à partilha de bens.

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Iniciada a situação de violência doméstica e familiar após o ajuizamento da ação de divórcio ou
de dissolução de união estável, a ação terá preferência no juízo onde estiver.

Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta
Lei:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos

§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu as


medidas.

§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança.

§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.

LEI ANTIDROGAS

Configura tráfico: vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico


destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal
ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios
razoáveis de conduta criminal preexistente.

CONDUTAS PUNIDAS COM DETENÇÃO:

 Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga;


 Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu
relacionamento, para juntos a consumirem;
 Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o paciente, ou
fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
 Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano
potencial a incolumidade de outrem;

TRÁFICO PRIVILEGIADO

 reduzidas de um sexto a dois terços;


 primário, de bons antecedentes;
 não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.

Associação para o tráfico: abrange o crime de tráfico (33), maquinário (34) e financiamento (36);

CAUSAS DE AUMENTO (aumentadas de um sexto a dois terços)

 transnacionalidade do delito;
 função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou
vigilância;
 dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares,
de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou
beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos
ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de

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drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes
públicos;
 violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de
intimidação difusa ou coletiva;
 tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal;
 envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer
motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação;
 financiar ou custear a prática do crime.

O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigação policial e o processo


criminal na identificação dos demais co-autores ou partícipes do crime e na recuperação total
ou parcial do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um terço a dois
terços.

As multas, que em caso de concurso de crimes serão impostas sempre cumulativamente, podem
ser aumentadas até o décuplo se, em virtude da situação econômica do acusado, considerá-
las o juiz ineficazes, ainda que aplicadas no máximo.

Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da materialidade do


delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, firmado por
perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.

A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15
(quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária.

A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante será feita por
incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da apreensão, guardando-
se amostra necessária à realização do laudo definitivo.

O juiz, a requerimento do Ministério Público ou do assistente de acusação, ou mediante


representação da autoridade de polícia judiciária, poderá decretar, no curso do inquérito ou
da ação penal, a apreensão e outras medidas assecuratórias nos casos em que haja suspeita
de que os bens, direitos ou valores sejam produto do crime ou constituam proveito dos crimes
previstos nesta Lei.

INVESTIGAÇÃO CONDUZIDA PELO DELEGADO

O inquérito policial ou outro procedimento previsto em lei em curso somente poderá ser
avocado ou redistribuído por superior hierárquico, mediante despacho fundamentado, por
motivo de interesse público ou nas hipóteses de inobservância dos procedimentos previstos
em regulamento da corporação que prejudique a eficácia da investigação.

A remoção do delegado de polícia dar-se-á somente por ato fundamentado.

LEI DE REPRESSÃO ÀS ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS

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Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente,
com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a
prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que
sejam de caráter transnacional.

A Lei aplica também:

I - às infrações penais previstas em tratado ou convenção internacional quando, iniciada a


execução no País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;

II - às organizações terroristas, entendidas como aquelas voltadas para a prática dos atos de
terrorismo legalmente definidos.

As penas aumentam-se até a metade se na atuação da organização criminosa houver emprego


de arma de fogo;

A pena é agravada para quem exerce o comando, individual ou coletivo, da organização


criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de execução.

A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 2/3 (dois terços):

 participação de criança ou adolescente;


 concurso de funcionário público, valendo-se a organização criminosa dessa condição
para a prática de infração penal;
 produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior;
 mantém conexão com outras organizações criminosas independentes;
 circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da organização.

A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo,


função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público
pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena.

As lideranças de organizações criminosas armadas ou que tenham armas à disposição deverão


iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais de segurança máxima.

Colaboração premiada

O recebimento de proposta de colaboração para análise ou o Termo de Confidencialidade não


implica, por si só, a suspensão da investigação, ressalvado acordo em contrário quanto à
propositura de medidas processuais penais cautelares e assecuratórias, bem como medidas
processuais cíveis admitidas pela legislação processual civil em vigor.

Em caso de eventual conflito de interesses, ou de colaborador hipossuficiente, o celebrante


deverá solicitar a presença de outro advogado ou a participação de defensor público.

No acordo de colaboração premiada, o colaborador deve narrar todos os fatos ilícitos para os
quais concorreu e que tenham relação direta com os fatos investigados.

Infiltração de agentes

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A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais
renovações, desde que comprovada sua necessidade.

Na hipótese de representação do delegado de polícia, o juiz competente, antes de decidir, ouvirá


o Ministério Público.

Infiltração Virtual

A infiltração será autorizada pelo prazo de até 6 (seis) meses, sem prejuízo de eventuais
renovações, mediante ordem judicial fundamentada e desde que o total não exceda a 720
(setecentos e vinte) dias e seja comprovada sua necessidade.

Não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por meio da internet, colher
indícios de autoria e materialidade. O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita
finalidade da investigação responderá pelos excessos praticados.

A instrução criminal deverá ser encerrada em prazo razoável, o qual não poderá exceder a 120
(cento e vinte) dias quando o réu estiver preso, prorrogáveis em até igual período, por decisão
fundamentada, devidamente motivada pela complexidade da causa ou por fato
procrastinatório atribuível ao réu.

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