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ROL DE DOCUMENTOS:
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DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
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AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL.
GRATUIDADE DE JUSTIÇA. INDEFERIMENTO. CAPACIDADE FINANCEIRA DA
POSTULANTE. Tendo em vista o a declaração de bens e direitos em nome da
agravante, não é de ser deferida a benesse legal. PAGAMENTO DAS CUSTAS
AO FINAL. POSSIBILIDADE. Considerando que não há elementos nos autos
indicativos que a parte possa suportar antecipadamente as despesas
processuais, não há óbice a que seja deferido o pagamento para o final da
demanda, uma vez que, além de não acarretar qualquer prejuízo, estar-se-
ia viabilizando o acesso da parte à justiça. Agravo de instrumento
parcialmente provido, de plano. (Agravo de Instrumento Nº 70080767908,
Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luís
Dall'Agnol, Julgado em 28/03/2019). (grifo nosso)
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“a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de
recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários
advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei”. Esta
Câmara adota o parâmetro de cinco salários mínimos para o deferimento
da assistência judiciária gratuita, conforme dispõe o Enunciado nº 49 do
Centro de Estudos do TJRS. No caso concreto, é de ser mantida a decisão
que indeferiu a gratuidade judiciária pleiteada pela parte recorrente em
virtude da considerável renda por esta auferida. Por outro lado, tendo em
vista a previsão expressa do art. 98, § 6º, do CPC, vai deferido, de ofício, o
parcelamento das custas. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO, EM DECISÃO
MONOCRÁTICA.(Agravo de Instrumento, Nº 50568351020238217000, Décima
Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Rosana Broglio
Garbin, Julgado em: 17-03-2023) (grifo nosso)
I – DOS FATOS:
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A situação se agravou ainda mais após a consumação do
empréstimo, quando os invasores efetuaram transferências do montante de maneira
desigual. Tal comportamento foi detalhadamente documentado no relatório do
Mercado Pago. Conforme imagem abaixo:
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Essa concentração de recursos em uma única conta levanta sérias
questões quanto à integridade e legalidade das transações, sugerindo uma possível
cumplicidade ou envolvimento do titular da referida conta.
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Desta forma, com a ineficiência do sistema bancário, o valor que foi
retirado pelos hackers chegou no total de R$ 12.289,98. Não só os invasores fizeram
as transferências, mas fizeram o empréstimo em si.
Cabe ressaltar que a baixa dos valores não é apenas uma medida
justa, mas também uma obrigação ética e contratual por parte da instituição
bancária. A ocorrência de transações fraudulentas coloca em dúvida a segurança
e a eficácia dos serviços prestados pelo banco, exigindo uma resposta imediata para
mitigar os prejuízos suportados pela parte autora.
II – DO DIREITO
TUTELA ANTECIPADA
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A tutela antecipada almejada pela parte autora não se configura
apenas como uma medida de resguardo de seus direitos, mas também como uma
necessidade premente de evitar danos irreparáveis à sua reputação financeira.
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Trata-se de conceito inequívoco, consolidado nos Tribunais:
Art. 4°- A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o
atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua
dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos,
a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e
harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios:
(Redação dada pela Lei n° 9.008, de 21.3.1995)
(...)
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a existência de cobrança por valores não contratados, procedidos antes e
após pedido de migração das linhas para o cadastro de pessoa física do
seu gestor. Ocorre que a prova documental juntada aos autos não é
suficiente a convencer o juízo acerca da veracidade das alegações iniciais,
mormente porque as faturas telefônicas que aportaram demonstram a
utilização de serviços que excedem e muito a franquia empresarial
contratada. Ademais, o pedido de migração ocorreu antes do prazo de
vigência do negócio jurídico havido com a demandada, o que, por
consequência, acarretou o pagamento de valores residuais e multa. Diante
do conjunto fático-probatório dos autos, não se verificou a existência de
cobrança por serviço não contratado e utilizado, ônus que incumbia ao
autor. O instituto da inversão do ônus da prova não exime o consumidor de,
minimamente, provar aquilo que alega e, obviamente, está a seu alcance
de provar. II. Pretensão indenizatória Repetição do indébito: Não verificada
qualquer ilegalidade nos valores cobrados, inexiste dever de restituição.
Indenização por danos morais: Considerando que a inscrição do nome do
autor junto aos órgãos de proteção ao crédito decorreu do exercício regular
do direito da empresa ré, que objetiva tão somente a satisfação de crédito
reconhecidamente devido, impositiva a manutenção da sentença que
julgou improcedente o pedido de indenização compensatória. APELAÇÃO
DESPROVIDA. UNÂNIME. (grifo nosso) (Apelação Cível, Nº 70082582982,
Décima Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege
Puricelli Pires, Julgado em: 24-10-2019)
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INEXISTÊNCIA DO DÉBITO – RESPONSABILIDADE OBJETIVA E DANO MORAL
Conforme os artigos 186 e 942 do CC, aquele que causar prejuízo a outrem é
responsável por reparar o dano.
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bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre
sua fruição e riscos.
No que diz respeito ao serviço defeituoso prestado por parte do réu, o serviço
é defeituoso quando não consegue oferecer a segurança que o cliente espera
receber. Logo, a falta objetiva de segurança legítima é a que melhor se encaixa no
quesito defeito, afastando assim qualquer critério de aferição de cunho subjetivo.
Então o defeito deve ser analisado aonde de um lado fica a segurança que o cliente
esperava e de outro lado a segurança que o cliente efetivamente recebeu.
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INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. FRAUDE BANCÁRIA. AUTORA QUE ALEGA
NÃO TER SOLICITADO NEM ASSINADO EMPRÉSTIMOS, NEM REALIZADO
TRANSFERÊNCIAS PIX, MAS QUE SOFREU DESCONTOS INDEVIDOS EM SUA
CONTA CORRENTE. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. INCONFORMISMO DO RÉU.
CONTRATOS NÃO PRESENCIAIS (ELETRÔNICOS) FIRMADOS POR APARELHO
CELULAR. FORNECEDOR QUE NÃO SE DESINCUMBIU DO ÔNUS DE PROVAR A
REGULARIDADE DA CONTRATAÇÃO (ART. 14, § 3º, CDC). FALHA NO SERVIÇO
DE SEGURANÇA DO BANCO. FORTUITO INTERNO. RESPONSABILIDADE
OBJETIVA DO FORNECEDOR. COMPENSAÇÃO DE VALORES JÁ AUTORIZADA
NA SENTENÇA. DANO MORAL EXISTENTE, CORRETAMENTE FIXADO EM
R$10.000,00, VALOR QUE SE MOSTRA RAZOÁVEL E PROPORCIONAL AO
PREJUÍZO SOFRIDO. RECURSO DESPROVIDO. (grifo nosso)
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transferências via pix realizadas por falsários mediante acesso à conta
corrente do demandante – Inexistência de culpa do autor – Transações
realizadas que não se enquadram no perfil do consumidor – Falha no sistema
de proteção do banco evidenciada – Responsabilidade deste que é de
caráter objetivo, nos termos do art. 927, § único, do Código Civil – Ônus da
prova que cabe, por isso, ao fornecedor de serviços – Prova de inexistência
de defeito na prestação dos serviços não apresentada, nem produzida pelo
banco – Responsabilidade do réu corretamente reconhecida –
Aplicabilidade da Teoria do risco da atividade – Dano material que
comporta ressarcimento – Restituição em dobro cabível – Dano moral
também configurado, devendo ser mantido o valor arbitrado pelo douto
Magistrado – Procedência da ação confirmada– Recurso do réu improvido.
(grifo nosso)
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operacionalizada por meio de contrato - alegação do banco de que se
trata de fortuito externo e de que não tem responsabilidade pelos fatos de
terceiros – operações impugnadas que fogem ao perfil de cliente do autor
– comprovação de tal situação pelas diversas transferências realizada em
um mesmo dia para uma mesma pessoa – falha de segurança – sentença
que determinou o ressarcimento integral – manutenção - responsabilidade
objetiva caracterizada – Súmula 479 do STJ, art. 14, caput, CDC e art. 927, p.
único, CC - precedente – lei consumerista que desconsiderou
expressamente a culpa concorrente como fator de exclusão da
responsabilidade dos fornecedores – precedente – pedido para que a
correção monetária incida desde a sentença – impossibilidade – tratando-
se de relação contratual e de dano material, a correção monetária deve
incidir desde a data do efetivo prejuízo nos termos da Súmula 43 do STJ –
precedente – recurso não provido. DANO MORAL – Pretensão ao
afastamento ou redução do quantum fixado – Fortuito Interno – Dano "in re
ipsa" - Valor arbitrado em R$ 6.000,00 que se mostra adequado - Observação
dos critérios da razoabilidade e proporcionalidade – Manutenção – Recurso
não provido. Dispositivo – Majoração da verba honorária nos termos do art.
85, §11 do CPC – Recurso não provido.
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Novo Hamburgo/RS, 12 de fevereiro de 2024.
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