Fascíclo Da 10 Classe - ZIP QUÌMICA - 2022
Fascíclo Da 10 Classe - ZIP QUÌMICA - 2022
Fascíclo Da 10 Classe - ZIP QUÌMICA - 2022
Fascículo de Química
10ª Classe
AO ALUNO
INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje, conhecem-se milhões de substâncias químicas diferentes, algumas de
ocorrência natural e outras sintetizadas em laboratório. Para facilitar o estudo da Química, as
substâncias químicas foram divididas em grupos ou funções químicas, que são grupos de
substâncias que apresentam características e propriedades químicas semelhantes. Estas, na
metade do século XVIII, passaram a classificar-se em funções inorgânicas e funções orgânicas.
As funções inorgânicas são aquelas que não possuem cadeias carbonadas, e as orgânicas são as
que possuem.
As substâncias inorgânicas são divididas em quatro grupos: óxidos, ácidos, hidróxidos e sais,
chamados de “funções inorgânicas”.
Ácidos
São substâncias formadas por hidrogénio e não metais. Estes podem ser obtidos pela
combinação dos óxidos de não metais com água.
Os ácidos classificam-se em:
Bases ou Hidróxidos
São compostos formados por catiões metálicos e aniões hidróxido. As suas soluções apresentam
caracter básico acentuado, motivo pelo qual também são chamados de bases.
Hidróxido de + Nome do Catião
NaOH → Hidróxido de Sódio Al(OH)3 →
Cu(OH)2 → Hidróxido de Cobre Fe(OH)2 →
Sais
São compostos iónicos formados por catiões e aniões.
Nome do anião + de + nome do catião.
NaCl → Cloreto de sódio K2SO4 →
KNO3 → Nitrato de Potássio AL(NO2)3 →
Óxidos
São compostos binários formados apenas por dois elementos, dos quais um dos elementos é
sempre o oxigénio e o outro é um elemento metálico ou não-metálico.
Os óxidos classificam-se em:
Elaborado por MSc. Juliana Correia
Ano lectivo 2022 4
Material de apoio de Química – 10ª Classe
Óxidos de metais: são formados por átomos de um elemento metálico e de oxigénio.
Óxido de + Nome do Metal.
Na2O → Óxido de Sódio BaO →
CaO → Óxido de Cálcio K2 O →
NOTA: Quando os átomos dos elementos metálicos possuem mais de uma Valência esta pode
aparecer em números romanos entre parenteses.
Fe2O3 → óxido de ferro (III)
Óxido de metal + água → base
Óxido de metal + ácido → sal + água
Óxidos de não-metais: são formados por átomos de um elemento não-metálico e de
oxigénio.
Prefixos (nº de Oxigénios) + óxido de + o nome do não-metal.
CO → Monóxido de Carbono SO2 →
SiO2 → Dióxido de Silício N2O5 →
Óxido de não-metal + água → ácido
Óxido de não-metal + base → sal + água
1
Precipitado – fase sólida formada no seio de um líquido, que se deposita espontaneamente ou pela adição de um reagente.
Também pode significar a formação de uma fase líquida em um meio gasoso, a qual se precipita.
Elaborado por MSc. Juliana Correia
Ano lectivo 2020 6
Material de apoio de Química – 10ª Classe
Formação de precipitado (↓)
Necessidade de aquecimento (Δ)
Presença de luz (λ)
Ocorrência de reacção reversível ( ↔ )
Libertação de ou absorção de calor/energia (+Q ou –Q)
Mas não nos fornecem toda informação do que realmente acontece durante a reacção, por
exemplo não é possível a partir de uma reacção saber como se formam as novas substâncias,
nem o tempo necessário.
EXERCÍCIOS
1- Escreva equação que traduza a reacção do carvão com oxigénio, produzindo dióxido de
carbono.
2- Escreva equação que traduza a reacção do metano com o oxigénio, produzindo dióxido
de carbono e água.
3- Escreva equação que traduza a reacção do ácido clorídrico com o Magnésio, produzindo
cloreto de magnésio e libertando hidrogénio.
2
Coeficiente – número que indica a proporção dos reagentes e produtos na reacção química, indicando, assim, um sentido
quantitativo dos envolvidos.
Elaborado por MSc. Juliana Correia
Ano lectivo 2020 9
Material de apoio de Química – 10ª Classe
NOTA
Para acertar uma equação iónica, é necessário ter em conta:
A conservação da massa (o número de átomos nos reagentes e produtos da reacção deve
ser igual);
A conservação da carga eléctrica (a carga total dos iões nos reagentes e produtos da
reacção tem de ser igual).
3
Isótopo – átomo de igual número atómico (mesmo elemento) e número de massa diferentes, isto é igual número de
protões.
Elaborado por MSc. Juliana Correia
Ano lectivo 2020 11
Material de apoio de Química – 10ª Classe
Lei das proporções definidas ou lei de Proust – “Num dado sistema reaccional são fixas as
proporções em que os reagentes reagem entre si e as proporções em que se formam os produtos da
reacção.”
EXEMPLO: SO3 (g) + H2O (l) ↔ H2SO4 (aq)
1mol de SO3 + 1mol de H2O = 1mol de H2SO4
Proporção de combinação dos reagentes – 1:1 ou 1/1
A partir destas leis, podemos resolver problemas de cálculos estequiométricos baseados nas
equações químicas.
Para a resolução de problemas é necessário:
1- Escrever a equação química correcta;
2- Seleccionar as substâncias referidas no enunciado;
3- Exprimir as quantidades dessas substâncias em moles;
4- Estabelecer as proporções em moles entre as substâncias referidas e efectuar os cálculos
respectivos;
5- Exprimir o resultado das unidades pedidas no enunciado;
6- Verificar se o resultado tem significado físico.
Os cálculos e estequiométricos podem relacionar.
Um reagente com um produto;
A+B→C+D
Um reagente com outro reagente;
A+B→C+D
Um produto com outro produto;
A+B→C+D
1.4.1.3.Relações (Massa-Massa)
As informações da questão e as incógnitas pedidas são expressas em termos de massa.
EXEMPLO: Qual a massa de água, dada em grama que é produzida a partir de 8g de
hidrogénio gasoso.
Resolução:
1º Escrever a equação da reacção: H2 + O2 → H2O
2º Acertar a equação: 2H2 + O2 → 2H2O
3º Fazer os cálculos:
4g→ 36g
8g → X
X = 8g x 36g / 4g
X = 72g
1.4.1.4.Relações (Massa-Volume)
Os dados da questão são expressos em termos de massa e a incógnita é pedida em termos de
volume.
EXEMPLO: Calcula o volume de dióxido de carbono (CO2) produzido em CNTP, na reacção de
16g de oxigénio (O2) com monóxido de carbono (CO).
Resolução:
1º Escrever a equação da reacção: 2CO(g) +O2(g) → 2CO2(g)
2º Fazer os cálculos:
32g de O2 → 2. 22,4 l de CO2
16g de O2 → X l de CO2
X = 16g de O2 x 44,8 l de CO2 / 32g de O2
X = 22,4 l de CO2
R: O volume de CO2 produzido quando reagem 16g de O2 é de 22,4 l.
1.4.3. Cálculos baseados nas diferentes formas de expressar a concentração das soluções
Em laboratório, as soluções normalmente são preparadas dissolvendo uma massa determinada
de soluto em certa quantidade de solvente. Conhecer as quantidades, de soluto, solvente e
solução permite-nos estabelecer algumas relações matemáticas, denominadas concentrações das
soluções.
1.4.3.1.Concentração Comum ou Mássica
Concentração Comum ou mássica – é a quantidade, em gramas, de soluto existente em cada
unidade de volume de solução.
Onde:
C é a concentração mássica, expressa em kg/m3.
msoluto é a massa do soluto, expressa em kg.
Vsolução é o volume da solução, expressa em m3.
A concentração mássica exprime-se no SI em kg/m3, no entanto, é comum o uso de outras
unidades como g/cm3 ou g/dm3.
EXEMPLO: O Kenyata dissolveu 15g de H3PO4 em água até formar 0,25L de solução. Qual é a
concentração mássica desta solução?
Resolução
Dados
m(H3PO4) = 15g
Vsolução = 0,25L Solução
C =?
Fórmula
Resposta: A concentração mássica desta solução é de 60g/L. (Geralmente a concentração mássica e expressa por
(Cm).
Não confunda concentração mássica com densidade da solução!
Onde:
M é a concentração molar, expressa em mol/m3 ou
mol/dm3.
nsoluto é a quantidade química, expressa em mol.
Vsolução é o volume da solução, expressa em m3 ou dm3.
Sabendo que:
Onde:
n é a quantidade da substância, expressa em mol.
msubstância é a massa da substância, expressa em g.
PM é o peso molecular a substância, expressa em g/mol.
Substituindo a fórmula de (n) na fórmula de concentração molar teremos:
M = m / PM x Vsolução
Obs: A concentração Molar também pode ser expressa pela letra (C).
EXEMPLO: Um professor de química dissolveu 42,5g de hidróxido de sódio (NaOH) num
volume de 0,25 litros de solução. Qual é a concentração molar da solução formada?
Dados: mNaOH = 42,5g; Vsolução = 0,25 l; MNaOH = 40g/mol; n =? e C =?
C = 42,5g / 40g/mol x 0,25 l
C = 4,25mol/l
R: A concentração molar da solução é igual á 4,25mol/l.
Onde:
N é a concentração normal, expressa em eq-g/L.
nEq-g é a número de equivalentes, expresso em eq-g.
V é o volume da solução, expresso em L.
msoluto é a massa do soluto, expressa em g.
Eq é o equivalente químico.
Um equivalente é dependente do tipo de reacção envolvida. Podendo ser o número de iões H+,
OH-, cargas positivas, cargas negativas ou electrões que se transferem durante a reacção.
4
Equivalente grama – quociente do peso atómico de um elemento químico pela sua valência.
Elaborado por MSc. Juliana Correia
Ano lectivo 2020 16
Material de apoio de Química – 10ª Classe
Onde:
PM é a peso molecular, expressa em g/mol.
Z é a número de valência.
EXEMPLO: Qual a massa de ácido sulfúrico (H2SO4), contida em 80mL de sua solução 0,1N?
Resolução
Dados
PM = 98g/mol
V = 80mL = 0,08L Solução
N = 0,1N
Z=2
msoluto = ?
Fórmula
Onde:
W é a concentração molal, expressa em mol/kg.
nsoluto é a quantidade química, expressa em mol.
Vsolução é o volume da solução, expressa em kg.
EXEMPLO: Uma solução foi preparada misturando-se 80g de NaCl e 1L de água. Calcule a sua
molalidade.
Resolução
Dados
msoluto = 80g
Vsolução = 1L = 1kg Solução
W=?
Fórmula
1.4.3.5.Fracção Molar
Expressa a razão entre a quantidade de matéria de um dos componentes da solução e a
quantidade de matéria total da solução. Esta não tem unidade.
o Fracção molar do soluto Xsoluto – fracção em quantidade de matéria do soluto.
EXEMPLO: Calcule a fracção molar do soluto quando se dissolvem 60g de ácido nítrico em
225g de água.
Resolução
Dados Solução
msoluto = 60g
msolvente = 225g
Fórmula
Hidrogénio
Carbono
Esses valores indicam a proporção de números de mol entre os elementos. Neste composto,
6,25mol de átomos de carbono estão combinados com 25mol de átomos de hidrogénio.
3º Passo: Após determinar a proporção entre o número de mol de átomos, deve-se transformá-
la na menos proporção entre o número de mol de átomos, deve-se transformá-la na menor
proporção possível de números inteiros. Isso pode ser feito dividindo-se os valores em números
de mol pelo menor deles.
Carbono Hidrogénio
Relação entre o
número de mol
Essa é a menor proporção, de números inteiros. Assim, a fórmula mínima desse composto é
C1H4.
1.4.4.3.Fórmula molecular
Em alguns casos a fórmula mínima é a fórmula molecular, em outros, porém é um múltiplo
inteiro da fórmula mínima.
Fórmula molecular indica o número real de átomos de cada tipo de molécula.
Assim, temos:
A fórmula molecular pode ser determinada de várias maneiras, das quais destacaremos duas.
1º Método: A partir da percentagem em massa calculando a fórmula mínima.
Vitamina C (PM =176g/mol)
100g = 40,9g de carbono + 4,55 de hidrogénio + 54,6g de oxigénio
1º Passo: Número de mol de cada átomo 2º Passo: Relação entre o número de mol
Carbono: n = 40,9g/12g.mol-1 = 3,41 mol Carbono: n = 3,41mol/3,41 mol = 1
Hidrogénio: n = 4,55g/1g.mol-1 = 4,55 mol Hidrogénio: n = 4,55 mol/3,41 mol = 1,33
Oxigénio: n = 54,6g/16g.mol-1 = 3,41 mol Oxigénio: n = 3,41mol/3,41 mol = 1
Como os valores não são inteiros, deve-se multiplicar por um número que permita obter a menor porção de
números inteiros. Neste caso, o número adequado é 3.
Carbono Hidrogénio Oxigénio
1mol 1,33mol 1mol
1mol x3 1,33mol x3 1mol x3
3mol 4mol 3mol
Fórmula mínima: C3H4O3
A relação entre a fórmula mínima e a molecular pode ser feita da seguinte forma:
Fórmula mínima: C3H4O3 Fórmula molecular: C6H8O6 Temos (C3H4O3)n = 176
PM=88g/mol PM=176g/mol 88n = 176, n=2, (C3H4O3)2 = C6H8O6
5
Precipitação – processo de formação de uma fase sólida separável dentro de um meio líquido.
6
Electrodeposição – deposição de uma substância, que pode ser um metal, uma liga ou um composto químico, sobre um
eléctrodo, no processo de electrólise.
7
Extracção – separação de um ou mais componentes de uma mistura mediante solventes apropriados.
8
Titulação – consiste em transferir uma quantidade de uma solução de concentração conhecida para uma solução de
concentração desconhecida, com o objectivo de determinar a concentração da segunda.
Elaborado por MSc. Juliana Correia
Ano lectivo 2020 20
Material de apoio de Química – 10ª Classe
durante a titulação. Podendo determinar-se mediante cálculos, a concentração da solução
titulada, aplicando-se a lei fundamental da volumetria.
No processo analítico, fracções da solução de concentração conhecida são gradualmente
adicionadas a um volume conhecido da solução problema, até que ocorra a reacção total entre as
duas – Titulação.
Titular uma solução é determinar a sua concentração através de adições sucessivas de fracções
de uma solução conhecida.
Os métodos volumétricos são, geralmente, menos exactos que os gravimétricos, contudo além
de apresentarem adequadas exactidões, mostram grande rapidez nas operações analíticas,
sendo por isso, largamente utilizados na química analítica.
Conforme anteriormente referido, as análises volumétricas baseiam-se em medidas de volumes,
podendo classificar-se os dispositivos utilizados em tais medições como “quantitativos” e “não
quantitativos”. Como exemplos de dispositivos “quantitativos” temos as buretas, balões
volumétricas, pipetas volumétricas, e dispositivos “não quantitativos” temos as provetas ou
cilindros graduados. Estas últimas são utilizadas quando não é necessária uma medida muito
precisa, como por exemplo, a adição de um volume de ácido suficiente para conferir uma
determinada acidez ao meio.
De uma forma geral, a titulação é realizada pela adição de uma solução contida numa bureta
(titulante), a uma solução contida num erlenmeyer (titulado) até que se atinja o ponto de
equivalência.
Informações úteis
Soluções padrão – soluções de concentração conhecida, utilizadas nas determinações volumétricas.
Ponto de equivalência ou ponto final da titulação – ponto, em uma titulação, em que um dos reagentes
foi completamente consumido pela adição de outro reagente. Sabemos que o mesmo foi alcançado, através de
alguma mudança física ou química do meio.
Diluição de soluções
Quando adicionamos mais solvente a uma solução inicialmente mais concentrada, designamos
por diluição.
A adição de solvente provoca aumento do volume da solução, contudo, a quantidade do soluto
permanece constante.
Podemos ter as seguintes relações entre a solução inicial e final
Inicial Final Relação
Concentração
Comum
Concentração
Molar
Título
Mistura de soluções
A mistura de soluções é feita em algumas situações da nossa vida.
Mistura de soluções sem reacção química
o Mesmo soluto e solvente
9
Título – quociente da massa do soluto pela massa total da solução. ζ=m soluto/msolução
Elaborado por MSc. Juliana Correia
Ano lectivo 2020 21
Material de apoio de Química – 10ª Classe
Formação dos fósseis leva Combustão do Fósforo leva Reacção da solução de sulfato
Enferrujamento leva semanas
milhares de anos (muito segundos (rápida) de cobre (II) com a de
(lenta)
lenta) hidróxido de sódio
(instantânea)
Por isso, para um químico, o importante não é apenas conhecer uma reacção ocorrer de forma
espontânea, mas sim conhecer a velocidade a que acontece e os meios que pode utilizar para
aumentar ou diminuir essa velocidade. Uma vez que como vimos as reacções podem ocorrer
com velocidades destintas. Assim, a ciência que estuda a velocidade das reacções, os factores de
que depende a velocidade e os mecanismos segundo os quais ocorrem as reacções denomina-se
cinética química.
EXERCÍCIOS
1- Da experiência do dia-a-dia assinala com R as reacções rápidas e com L as reacções
lentas:
a) Explosão de um foguete.
b) Acção do ácido clorídrico sobre o magnésio.
c) Acção da água sobre o sódio.
d) Combustão do gás no bico de Bunsen.
e) Alteração dos alimentos congelados ou refrigerados.
2- Num sótão cheio de pó, ou numa fábrica de madeira, há elevado risco de incêndio.
Porquê?
EXEMPLO
Determine a velocidade média da reacção depois de 40min par a reacção a baixo:
A→B
Supondo que para t=0min há 1mol do reagente A e não existe B, que para t=20min existem
0,54mol de A e 0,46mol de B, e para t=40min existem 0,20mol de A e 0,80mol de B.
Resolução
Dados
T (min) 0 20 40 Resolução
CA (mol/L) 1 0,54 0,20
CB (mol/L) 0 0,46 0,80
Resposta: A velocidade média da reacção depois de
Fórmula 40 min é de 0,20mol/Lmin.
A velocidade de uma reacção química pode expressar-se como velocidade média ou velocidade
instantânea.
Velocidade média de uma reacção química é o quociente da variação da molaridade de um
reagente (ou produto) da reacção pelo intervalo de tempo em que essa variação ocorre.
EXERCÍCIOS
1- Classifique as Reacções abaixo como quanto a molecularidade.
a) CH3Br → CH3+ +Br-
b) ICl + HO- → ClOH + I-
c) O3 → O2 + O
d) H + Br2 → HBr + Br
Se observarmos o balão ao longo do tempo, verificamos que a cor violeta inicial vai ficando
cada vez menos intensa até que, a partir de uma dada altura, a cor se estabiliza conforme
mostra a figura.
Da análise da tabela, verifica-se que para uma dada reacção pode haver uma infinidade de
estados de equilíbrio, ou seja, as quantidades das substâncias presentes no equilíbrio dependem
Elaborado por MSc. Juliana Correia
Ano lectivo 2020 34
Material de apoio de Química – 10ª Classe
das quantidades iniciais dos reagentes. No entanto, à mesma temperatura e para uma mesma
reacção que se mantém costante a constante de equilíbrio K.
Generalizando:
aA + bB cC + dD
A constante de equilíbrio da reacção a uma dada temperatura, é:
Generalizando,
aA(g) + bB(g) → cC (g) + dD (g)
ou
Em que Δn é igual a diferença entre a soma dos coeficientes estequiométricos dos produtos e a
soma dos coeficientes estequiométricos dos reagentes.
Assim, e
A relação entre estas duas constantes é:
3.8.2. Na indústria
Hoje em dia, em quase todos os processos na indústria ocorrem transformações químicas,
implicando importantes reacções químicas. Mas para obter um melhor rendimento deste
processo é necessário controlar uma serie de parâmetros, tais como a temperatura, a pressão, o
volume e a concentração, visto que o não controlo destes parâmetros pode alterar o rendimento
ou resultado esperado. Assim sendo, o controlo destes parâmetros nos diferentes processos
industriais passa necessariamente pela aplicação do Principio de Le Châtelier.
Adicionando um catalisador de um sistema em equilíbrio, as velocidades das reacções directa e
inversa aumentam proporcionalmente, não se produzindo qualquer alteração no sistema de
equilíbrio. Contudo, se o catalisador for adicionado antes de ser atingido o ponto de equilíbrio,
este será alcançado mais rapidamente. O catalisador acelera então a processo de fabrico.
3.8.4. No quotidiano
Os óculos fotocromáticos são óculos que têm lentes que mudam de cor de acordo com a
intensidade luminosa, isto é, quando utilizadas sem exposição a luz solar são incolores, e
quando utilizadas a luz solar vão escurecendo.
No caso das garrafas de refrigerante, ocorrem várias reacções, mas uma das mais importantes
para o equilíbrio é a decomposição do ácido carbónico em água e dióxido de carbono.
4.1.1 Electrólitos
No Mundo actual, quer na indústria como no laboratório, as reacções ocorrem na sua maioria
em solução aquosa, isto é, o solvente é a água. Os solutos destas soluções podem classificar-se
em electrólitos ou não-electrólitos, dependendo da sua capacidade de conduzir corrente
eléctrica.
Os electrólitos são soluções capazes de conduzir corrente eléctrica. Estes resultam da
dissociação do soluto em iões num dado solvente. Quando o soluto não se ioniza numa solução
designa-se por não-electrólito, isto é, não conduz corrente eléctrica quando dissolvido em água.
Quando dissolvemos o cloreto de sódio em água, os seus iões ficam rodeados por moléculas do
solvente, orientadas da seguinte forma:
A parte positiva da água rodeia os iões negativos do cloreto de sódio;
A parte negativa da água rodeia os iões positivos do cloreto de sódio.
Este processo recebe o nome de solvatação.
Nem todas as soluções aquosas apresentam a mesma condutibilidade eléctrica, ou seja, quanto
maior for o número de iões presentes na solução, maior a condutibilidade. Os electrólitos
podem ser classificados em fracos e fortes.
Electrólito forte – aquele que se dissocia totalmente ou quase totalmente em iões.
Electrólito fraco – aquele que não se dissocia totalmente em iões.
Quanto menor o valor de pH, maior a concentração de H+, e consequentemente, mais ácida é a
solução.
Numa solução neutra, ou na água pura a 25ºC, as concentrações dos iões são iguais, assim,
kw=10-14.
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4
1.4.3. Cálculos baseados nas diferentes formas de expressar a concentração das soluções
15
4.4.5 Auto-ionização da água. Produto iónico da água. O valor de pH da água pura ..... 43
BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................ 47
BIBLIOGRAFIA
Coelho, A. (2015). Química - 10ª classe. 2º Ciclo do Ensino Secundário. Manueal do Aluno. Luanda:
Editora das Letras.
Corrêa, C., Bastos, F. P., & Almeida, N. (2004). Química. Fisico-Química A. Química 11º ano. Porto:
Porto Editora.
Dantas, M. d., & Ramalho, M. D. (2007). Jogo de Partículas A. Fisico-Química A. Química - Bloco 1
10ª/11ª ano. Lisboa: Texto Editores, Lda.
Feltre, R. (2005). Fundamentos de Química -Volume único. São Paulo: Moderna.
Maciel, N., & Miranda, A. (2002). Eu e a Química. Fisico-Química 9º ano. Porto: Porto Editora.
Mendonça, L. S., & Ramalho, M. D. (2001). Jogo de Partículas. Química - 10º Ano. Lisboa: Texto
Editora, Lda.
Rodrigues, M. M., & Dias, F. M. (2006). Ciências na Nossa Vida.Sustentabilidade na Terra. Ciências
Físicas e Naturaia. Fisico-Química. 3º Ciclo. Porto: Porto Editora.
Usberco, J., & Salvador, E. (2010). Química - Volúme único. USBERCO & SALVADOR. São Paulo:
Editora Saraiva.