Estado e Cidadania
Estado e Cidadania
Estado e Cidadania
FICHA CATALOGRÁFICA
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
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AUTOR
Experiência vasta na área educacional com atuação docente no Ensino Fundamental Anos
Finais, Ensino Médio, Ensino Superior e Pós-Graduação.
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
Prezado (a) aluno (a), é uma imensa honra estudarmos juntos! Termos a disciplina
de Estado e Cidadania, na ementa do curso, denota a preocupação e a necessidade de
ampliar debates, sobre o papel do cidadão em um país democrático ou que deveria ser.
Compreender essas premissas pode propiciar uma evolução social, que tem como objetivo,
esclarecer os indivíduos para a busca de suas necessidades de forma honesta e segura.
O Estado tem um papel fundamental, para que não sejam marginalizados os menos
favorecidos e ao mesmo tempo propiciar bases sólidas, sociais, econômicas, políticas para
que possam garantir seus sustentos de forma digna.
Em nossa Unidade I, aprenderemos a diferenciar, Governança e Governabilidade,
caridade de cidadania. O conceito de Poder que tanto causa conflitos, aprofunda essa
diferença e afirma que se exercermos a cidadania e aplicarmos de forma coletiva, tudo de
maneira compassada pode alterar. Que fique bem claro, nenhuma mudança acontece em
um passe de mágica. Tempo e paciência, são aliados em todos os setores de nossa vida.
Por isso a necessidade de estudar a historicidade sobre o estado Brasileiro e desenvolvi-
mento e formação das políticas públicas.
Na Unidade II, você irá agregar conhecimento sobre a Constituição de 1988 é a
Lei máxima do país, que descreve nossos direitos e deveres, que abrange não apenas nós
enquanto indivíduo, mas o Estado e toda a sociedade civil. Houve mudanças benéficas
nesse contexto, mas também pontos negativos que impactaram em nosso meio social, eco-
nômico, cultural, religioso. A ruptura de ideias, desencadeou novos paradigmas e conceitos.
Mas vale a pena refletirmos se não estamos sendo complacentes demais. Pensando na
desordem e em um possível caos social.
Sequencialmente na Unidade III, falaremos a respeito do que é cidadania, seus
conceitos e história, quais os tipos de cidadania, como ela é vista e aplicada no Brasil. Com-
preender essas premissas, nos conduzirá a diferenciar cidadania de democracia. Nesse
sentido, pergunto-lhe: para você cidadania e democracia são as mesmas coisas? Ambos os
termos são discutidos diariamente, mas entendo que é preciso compreender a etimologia
das palavras e fazer a leitura em nosso mundo real.
Em nossa Unidade IV, finalizaremos com o assunto participação social. Cabe
assim dizer que o Brasil, quiçá o mundo necessita desse engajamento da sociedade, para
que haja mudanças significativas para o cidadão brasileiro. Perdemos muitos de nossos
direitos, porque em um mundo tão acelerado como este capitalista, queremos exercer
nossos deveres, mas precisamos, no mínimo, não perder o que temos. Planejamento
governamental, algo que precisa ser entendido para que possamos opinar, debater, discutir
e mudar o caminho quando for necessário.
Um ótimo estudo!
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SUMÁRIO
UNIDADE 1
O Que é Estado?
UNIDADE 2
Noção de Estado no Brasil
UNIDADE 3
O Que é Cidadania?
UNIDADE 4
Participação Social
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1
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UNIDADE
O QUE É ESTADO?
Plano de Estudos
• Noção do conceito de estado;
• Conceito de Poder;
• Diferentes Tipos de Estado ao longo da História;
• Governança e Governabilidade?
Objetivos da Aprendizagem
• Estabelecer parâmetro sobre formalização do Estado historica-
mente;
• Compreender a importância do Estado e seu dever para com o
povo;
• Conceituar o que é poder e suas implicações no cotidiano.
INTRODUÇÃO
Que bom continuar nossos estudos com temas tão relevantes como os que vamos
aprender. Por mais que saibamos, é certo que sempre temos mais a aprender. Conhecimento
é uma fonte inesgotável, flexível e inovadora. Sim! Inesgotável, porque o conhecimento é
contínuo e flexível pois, a cada área agrega conceitos diversificados, tornando os conteúdos
científicos e que desnudam a característica do senso comum. É inovadora, afinal, a evolução
é primordial quando falamos sobre sociedade, pois visivelmente ela se renova.
Nesta unidade trataremos de assuntos que você com certeza já ouviu falar, mas
vamos juntos aprender de forma mais detalhada sobre noções do conceito de estado,
conceito de poder, os diferentes tipos de estado ao longo da história e governança e
governabilidade. Os temas estão alinhados e refletem todas condutas atuais, nos cenários
políticos, sociais e econômicos.
Nosso objetivo é que você compreenda que para exercer o papel de cidadão é
crucial conhecer tudo o que envolve neste papel de agente ativo na sociedade, assim,
estabeleceremos parâmetro sobre a formalização do estado de forma histórica, a
compreensão da devida importância do Estado e o seu dever para com o povo e a
conceituação do que é poder, bem como suas implicações em nosso cotidiano. De forma
esclarecedora esta unidade abrange os conhecimentos que precisamos para desafiar a nós
e a nossa sociedade que detém o poder de escolhas políticas.
CONCEITO DE
ESTADO
O que é Estado? Uma pergunta que no primeiro momento nós ficamos sem uma
resposta imediata. Isso é perfeitamente natural quando se trata de assuntos complexos e o
assunto Estado não é diferente. Mas é nas palavras de Hegel e Hobbes que podemos tirar
algumas conclusões sobre esse tema, visto que o assunto é para muitas reflexões. Para
Hegel o Estado é “substância ética consciente de si mesma”, uma frase simples, mas de
grande importância quando paramos e pensamos sobre o assunto. Essa frase de Hegel
abrevia uma enérgica e inovadora compreensão da sociedade humana, na história política
da humanidade.
O Estado é posto como uma ferramenta viva e essencialmente compacta de caráter
unitário, uma adequada família expandida. É o instante primordial e invencível da ética, é o
que de mais pronto e acabado que determinou o adiantamento da espiritualidade humana.
Assim nos ensina Hegel:
[...] O estado é substância ética consciente de si mesma, a reunião do prin-
cípio da família e da sociedade civil; a mesma unidade que está a família
como sentimento de amor é essência do Estado, o qual, porém mediante o
segundo princípio da vontade que sabe e está vivo por sí só, recebe também
a forma da universalidade conhecida. Esta, pelas suas determinações, que
se desenvolvem no saber, tem como conteúdo a esse copo absoluto a sub-
jetividade que sabe; ou seja, quer essa racionalidade para si. [...] (HEGEL,
1980, p.162).
CONCEITO DE
PODER
Você gostaria de ter poder? O que faria se assim o tivesse? Saberia lidar com as
demandas originadas dele? Existe um ditado popular que diz “quer conhecer uma pessoa
dê-lhe poder”. O nosso assunto de hoje, na dimensão sociológica, faz muito sentido. Atrelado
ao poder, vem grandes responsabilidades e um compromisso com o qual você está se
colocando à disposição para obtê-lo. Pois o poder possibilita o exercício da influência sobre
a conduta de outrem em uma relação social. Bobbio, define poder da seguinte forma:
Para Weber, poder é toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação
social, mesmo contra resistência, seja qual for o fundamento dessa probabilidade (WEBER,
1994, p.33)
Existem três formas de poderes: político, econômico e ideológico. Todos caminham
de forma conjunta ou isoladamente. O poder econômico está canalizado na classe dominante
interpondo a classe operária. Regra geral do capitalismo que dita tendências, que faz girar
todo mercado consumidor, em todos os ramos, alimentícios, vestuários, entre outros. O que
fica explicito a relação existente entre poder e dominação na visão de Weber (1999):
O que descobrimos (em minha opinião) está num termo que falta: 'experiência
humana'. E esse, exatamente, o termo que Althusser e seus seguidores
desejam expulsar, sob injúrias, do clube do pensamento, com o nome de
'empirismo'. Os homens e mulheres também retornam como sujeitos,
dentro deste termo não como sujeitos autônomos, 'indivíduos livres', mas
como pessoas que experimentam suas situações e relações produtivas
determinadas como necessidades e interesses e como antagonismos, e em
seguida 'tratam' essa experiência e sua cultura (as duas outras expressões
excluídas pela prática teórica) das mais complexas maneiras (sim,
'relativamente autônomas') e em seguida (muitas vezes, mas nem sempre,
através das estruturas de classe resultantes) agem, por sua vez, sobre sua
situação determinada (THOMPSON, 1981, p. 182)
Quando falamos de poder na gestão pública fica mais evidente, pois o controle social
é a imposição de uma autoridade muitas vezes não alcançada, prevalecendo a coação para
com os indivíduos. Tudo faz parte do sistema e essa conduta reflete na sociedade. Por
sistema, segundo Eribon compreende-se:
GOVERNANÇA E
GOVERNABILIDADE?
Você já deve ter ouvido falar sobre governança e governabilidade. Embora ambas
são parecidas, relativas à escrita, partindo da derivação “governo”, cada qual representa um
conceito. Vamos entender o conceito e suas particularidades para que possamos aprimorar
nosso conhecimento. Aliás, a Gestão pública deve aprimorar seus mecanismos para que
a governança e a governabilidade por ser um Estado Democrático de Direito seja plena,
sabendo ao povo exigir do governo, pois:
Para Santos:
[...] só um parlamento ativo e não um parlamento onde apenas se pronunciam arengas pode proporcionar
o terreno para o crescimento e ascensão seletiva de líderes genuínos, e não meros talentos demagógicos.
Um parlamento ativo, entretanto, é um parlamento que supervisiona a administração participando
continuamente do trabalho desta (WEBER, 1974, p. 44).
de. Revista Direito Mackenzie, São Paulo, v. 9, n. 2, p. 218-237. Disponível em: http://www.mpsp.
mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli_servicos_produtos/
LIVRO
Título: Estado, Governo e Sociedade: Fragmentos de um Dicio-
nário Político
Autor: Norberto Bobbio
Editora: Paz e Terra
Sinopse: O livro reflete sobre a crise atual mais sem
dogmatismos, visto de uma forma real, apontando formas de
governo e Estado e demonstra as possibilidades de reorganizar
as bases de convivência social por intermédio de reformas do
Estado e da própria política.
FILME/VÍDEO
Título: O Lobo de Wall Street
Ano: 2014
Sinopse: Um homem busca de forma correta cumprir seu pa-
pel, trabalha de forma exaustiva e pouco ganho, com a queda
na bolsa de valores, a crise o impõe o desemprego. Em meio ao
caos ele se reencontra com uma oportunidade de ganhar muito
dinheiro e de extremo poder, mudando sua vida radicalmente.
NOÇÃO DE ESTADO
NO BRASIL
Plano de Estudos
• Breve histórico do Estado Brasileiro e sua trajetória;
• A crise do Estado desenvolvimentista e Formação de Políticas;
• O Estado brasileiro após Constituição de 1988: as relações entre o
Estado e Sociedade Civil;
• O estado contemporâneo e suas transformações: novos paradigmas
de políticas públicas.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar o histórico do estado brasileiro;
• Destacar a crise do Estado e as influências para a formação de Políticas;
• Conhecer a Constituição e as relevância entre Estado e Sociedade Civil;
• Compreender o estado contemporâneo e avanços nas políticas públicas.
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a)! Na Unidade anterior aprendemos o que era Estado, os tipos
de estados, o conceito de poder e entendemos sobre governança e governabilidade.
Aprendizagem é sempre muito significativa, ao passo que aprendemos um pouco, temos
anseios de mais conhecimento. Isso é fundamental para quem tem o interesse de melhorar
enquanto cidadão.
Para prosseguirmos e aprimorar nossos conceitos, nessa unidade II, daremos
continuidade estudando sobre o Estado Brasileiro e sua trajetória, a crise do Estado
desenvolvimentista e a formação de Políticas, o Estado brasileiro após a Constituição
de 1988, destacando a relação de poder entre estado e Sociedade Civil e o Estado
contemporâneo e suas transformações: novos paradigmas de políticas públicas.
Todos esses conteúdos têm o objetivo de conceituar e contextualizar o histórico do
Estado brasileiro, destacar a crise do Estado e as influências para a formação de políticas,
conhecer a Constituição e as relevância entre Estado e Sociedade Civil, compreender o
Estado contemporâneo e avanços nas políticas públicas.
Você concorda com que muitos dizem que política não se discute? Se essa também
for seu conceito, peço que reflita! A política está em tudo o que fazemos, e se não apren-
dermos sobre ela e tudo que está entrelaçado nela como sociedade civil, constituição tão
importante, por conter nossos direitos e deveres, Estado e políticas públicas. Ficaremos a
mercê de um sistema que poderá controlar nosso cotidiano, pois, não teremos argumentos
para contrapor a nossa liberdade de expressão.
Ao final de nossos estudos a necessidade de sentir pertencente ao meio no qual
estamos inseridos, sermos mais atuantes e de fato fiscalizar nossos representantes, será
para você uma prática comum vinculada à participação cidadã na sociedade.
Com o Estado Novo na era Vargas é elaborada uma nova Constituição para o
Estado Brasil. Essa Constituição estava sob o caráter do autoritarismo de Vargas, tendo
como meta a modernização do Estado inserindo uma nova ordem social e econômica inspi-
rada no nacional-desenvolvimentismo. Tendo como líder, o próprio Getúlio Vargas procura
atender às reivindicações da classe trabalhadora, regulamentando a jornada de trabalho
bem como o lançamento da carteira de trabalho e a criação da CLT (Consolidação das Leis
do Trabalho). Com essa política de apaziguamento, mas com o controle total do estado e
Getúlio conquista a simpatia da classe trabalhadora e da burguesia industrial.
Essa nova forma de governar criou um acordo entre o Governo e as elites urbanas
para dar início a industrialização do Brasil. O Estado foi o principal agente investidor da
ação, e a visão implantada por Vargas permaneceu pelos anos seguintes, chegando até os
dias atuais. Foi nesse período que Vargas recebeu o apelido de “a mãe dos pobres e o pai
dos ricos”, apelido que, segundo consta em suas biografias, o agradava muito.
Como foi exposto em parágrafo anterior com a instauração do Estado Novo, foi
imposta ao país nova Carta Magna, a Constituição de 1937, com um estilo autoritário,
centralizador e antidemocrático, o novo regime político no Brasil tornou-se inequívoco.
Foram suprimidos os direitos políticos e extinguiu o poder legislativo, ficando apenas o
poder executivo com o exercício das suas funções. Os partidos políticos foram invalidados,
as greves proibidas e houve censura aos meios de comunicação, com a criação do DIP
(Departamento de Impressa e Propaganda) essa atitude tornou-se rotineiras que facilitou
[...] Havia vários projetos que propunham uma saída para o governo autoritário
que o Brasil vivenciava. Os liberais, mais moderados, defendiam a liberdade
de expressão e de organização partidária, o fim da censura e o respeito
aos direitos civis. As esquerdas, divididas entre comunistas de diversos
matizes, petistas e trabalhistas [...], [...] queriam isso e algo mais. Para eles,
a democracia deveria colocar na pauta os direitos sociais dos trabalhadores,
sua participação efetiva nas decisões políticas e a busca de uma divisão de
renda mais justa [...] (NAPOLITANO, 2015, p. 35).
Nos anos 90, o Estado Brasileiro passou por uma provação muito grande, em que
mexeu com toda a nação o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, um
drama nacional, pois Fernando Collor tinha sido o primeiro presidente eleito após a ditadura.
Acusado de corrupção, o ex-presidente perdeu o apoio da maioria do Congresso e dos
Está evidente em nossos estudos que os paradigmas das políticas públicas no Estado
contemporâneo terão que percorrer longos caminhos até o objetivo de uma sociedade justa
e igualitária. Isso em relação ao mundo e ao Brasil, entretanto não podemos apenas ver o
lado pessimista da situação, através do tempo, tivemos e estamos tendo muitas conquistas,
mesmo sendo estas em passos lentos.
Os desafios são imensos, pois, mesmo no século XXI e com o fenômeno da globali-
zação, o mundo e porque não dizer nossa nação, enfrenta os resquícios das velhas ordens
sociais e a ignorância e a estupidez que permeiam em várias sociedades espalhadas pelo
mundo bem como no campo político nos Estados. Assim nos ensina Karl Mannheim:
[...] Depois que nos livrarmos do preconceito de que tudo o que faz o Estado
e sua burocracia é errado, mal feito e contrário à liberdade, e de que tudo
é feito pelos indivíduos particulares é eficiente o sinônimo da liberdade ---
enfrentar adequadamente o verdadeiro problema. Reduzindo a uma só frase,
o problema consiste em que, em nosso mundo moderno, tudo é político, O
Estado está em toda parte e a responsabilidade política acha-se entrelaçada
em toda a estrutura da sociedade. A liberdade consiste não em negar essa
interpretação, mas em definir seus usos legítimos em todas as esferas,
demarcando limites e decidindo qual deve ser o caminho da penetração, e, em
última análise, em salvaguardar a responsabilidade pública e a participação
de todos no controle das decisões. [...] (MANNHEIM, 1972, p .66).
Parecem utópicas as palavras de Mannheim, alguns céticos riem ou, até mesmo,
fazem pouco caso sobre os novos modelos e desafios do Estado Contemporâneo. Pode
ser que estejam certos? Podem! Entretanto, todas as conquistas humanas em relação à
formação do Estado e das instituições democráticas sofreram chacotas e eram tidas como
devaneios filosóficos em épocas passadas. O tempo tem nos revelado o contrário.
(...) os valores de uma sociedade, sua cultura, suas convenções sociais, todos eles desenvolvem-se de
idêntica maneira, através do intercâmbio voluntário, da cooperação espontânea, da evolução de uma
estrutura complexa através de tentativas e erros.
FILME/VÍDEO
Título: Getúlio
Ano: 2013.
Sinopse: O filme retrata a intimidade de Getúlio Vargas e de
forma atual, como os representantes fazem seus conchavos
políticos, defendem seus interesses particulares, fazem do
povo uma massa de manobra e como suas ações são sempre
em prol de uma minoria.
O QUE É
CIDADANIA?
Plano de Estudos
• Breve Histórico do Conceito de Cidadania;
• Tipos de cidadania;
• Cidadania no Brasil;
• Concepções de cidadania e de democracia: encontros e desen-
contros.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar cidadania;
• Compreender os tipos de cidadania e como são conduzidas no
Brasil;
• Estabelecer as singularidades de cidadania e democracia.
INTRODUÇÃO
Nesta unidade III, o termo mais descrito será cidadania. Parece um assunto repeti-
tivo ou sem importância, mas pautado em sua singular definição, podemos refletir sobre a
grande complexidade que envolve a palavra e consequentemente a ação de um cidadão.
Viver em sociedade requer acima de tudo, ações individuais, mas as coletivas precisam
ser dinamizadas sempre para o bem comum. O individualismo impera e juntamente com
ela a ignorância, amplia o pré-conceito e divide as pessoas em grupos, o respeito nessa
premissa é relevante, e o mais perigoso, quando a pessoa se julga inteligente demais para
ouvir os outros, mantendo sempre suas ideias como as corretas.
Assim compreendemos de forma sucinta sobre o conceito de cidadania historicamente
falando, conhecer a história, nos faz entender e refletir melhor, tanto quando nos colocamos
no momento de estudo, assim como projetamos o futuro, pois o presente é fruto de
construções diárias, exatamente como acontece em nossas vidas. Vamos construindo nossos
conhecimentos, passo a passo, em alguns momentos dependemos de outros, até termos
autonomia para caminhar o suficiente para aprender com os equívocos. Mas quando sabemos
o que precisamos fazer para evoluir e não fazemos, estamos sendo negligentes?
O termo cidadania, traduz uma amplitude em seus campos seja na área civil, política,
relações étnico-raciais e indígenas, cabe a nós definirmos cada processo envolvido nestas
estruturas sociais. Se pensarmos de maneira simples, tendo como exemplo a situação
do país, em relação à falta de emprego, corrupção, salários baixos, juros altos, estamos
e somos meros expectadores. Apenas acompanhando o balanço do barco. Não temos
controle! Como mudar? É possível?
Falar de cidadania no Brasil é sumariamente essencial, vivenciamos uma crise no
país e no mundo, referente a valores e éticas que antes norteiam nossas ações, enriquecia
as bases sociais, conforme tudo isso foi se perdendo, o indivíduo deixou de assumir o seu
verdadeiro papel na sociedade. Não estamos focando apenas em política, embora, muitos
não gostem, nossa vida é rodeada de ações políticas, seja elas de forma visível ou não.
Quantas pessoas você ouve dizer que irá fazer nas próximas eleições: “Não vou votar, nada
muda!” ou “Vou voltar em Branco ou anular meu voto!” A cidadania está sendo exercida
neste contexto? A quem ele estará prejudicando? O coletivo será afetado?
BREVE HISTÓRICO DO
CONCEITO DE CIDADANIA
Como grande parte das palavras, cidadania vem do latim, que sintetiza a cidade.
Na antiguidade o conceito de cidadania era bem diferente do de hoje, cidadão era aquele
que morava na cidade e que fazia parte de classes sociais privilegiadas. O termo cidadania
é muito flexível, porque conforme a sociedade evolui o conceito acompanha, ou seja, é algo
dinâmico e direcionado. Mas o que se pode afirmar é que para quem acha que ser cidadão
é ter o direito de voto apenas, muito está enganado.
De acordo com COVRE (2010, p.11) quando se fala em cidadania:
[…] penso que a cidadania é o próprio direito à vida no sentido pleno. Trata-se
de um direito que precisa ser construído coletivamente, não só em termos do
atendimento às necessidades básicas, mas de acesso a todos os níveis de
existência, incluindo o mais abrangente, o papel do(s) homem(s) no Universo.
Falemos agora da luta de classes, sempre existiu e assim será para sempre. A
aqueles que buscam oportunidades, cada qual com sua história de vida, mas a realidade
é que as chances não são igualitárias. Homem e mulheres têm empregos iguais, salários
diferentes. Homem trabalha fora e mulher também e ainda, a essa demanda agregam os
trabalhos do lar (já houve uma mudança, mas não significativa), negros, transexuais, bisse-
xuais, poderia descrever inumeras categorias para comtemplar a luta de classes.
[...] desde o início de nossa formação histórica, uma classe dominante que
nada tinha a ver com o povo, que não era expressão de movimentos popula-
res, mas que foi imposta ao povo de cima para baixo ou mesmo de fora para
dentro e, portanto, não possuía uma efetiva identificação com as questões
populares, com as questões nacionais. Para usar a terminologia de Gramsci,
isso impediu que nossas ‘elites’ além de dominantes, fossem também diri-
gentes. O Estado moderno brasileiro foi quase sempre uma ‘ditadura sem
hegemonia’, ou para usarmos a terminologia de Florestan Fernandes, uma
‘autocracia burguesa’. (FERNANDES, 1975, p. 289. apud COUTINHO, 2006,
p. 176).
TIPOS DE
CIDADANIA
No sentido mais amplo do termo da palavra cidadania, existe uma definição, mas
com uma flexibilidade de alterações, a cada transformação de uma sociedade, o sentido
se torna mais amplo e direcionador de caminhos e possibilidades. A complexidade se torna
gigantesca pela quantidade de pessoas que fazem parte de imensa nação e consequente
realidades diversas que abre o leque para agregar ao termo cidadania cada vez mais
características.
Como mencionado no capítulo acima, jamais podemos entrelaçar, ou dar notorie-
dade à cidadania, refletindo apenas em voto, eleições. Muitos pensam que ao votar, seu ato
de cidadão está realizado. Sim, esse seria um dos muitos compromissos para se alcançar
esse progresso. Nesse contexto, a pergunta que podemos fazer é: Somos pessoas que
buscamos nossos direitos? Como conquistamos nossos espaços neste país democrático?
Esse país e democrático? Você tem percebido o comportamento das pessoas ao seu redor,
cada vez mais conformado com tudo? Essas reflexões nos direcionaram para entendermos
melhor os tipos de cidadania e de nossos direitos. Sim, direitos, eles existem!
Hoje ao ler os noticiários é visto claramente que não buscamos nossos direitos, ir
às ruas, fazer panelaços, protestos, são atitudes momentâneas, digamos até explosivas,
para expor ideias. Isto é, acontecem e finalizam sem nenhuma conclusão. Nenhum objetivo
alcançado. Em um país democrático, como o Brasil (entendo como democrático na lei,
mas não na prática), a voz do povo ainda não é ouvida, falamos, e sempre os órgãos mais
nobres e eletivos que sentenciam a última palavra.
Existem três tipos de direitos: civil, político e os sociais, são distintos, mas se
agregam. Todos eles estão incluídos na Constituição da República Federativa do Brasil
(1988) em forma de artigos. Os direitos civis são aqueles que dão oportunidade à vida,
liberdade, igualdade e propriedade, ensejando manifestação de pensamento, relações
estas que propiciam a manutenção da sociedade e se apresentam de forma individual,
ou seja, cada situação uma regra. Estão inseridos fatores sobre o casamento, heranças,
família, patrimônios, entre outros.
Os direitos políticos são os que garantem ao indivíduo a participação de um governo,
de suas decisões que devem ser voltadas sempre em prol da sociedade. Podendo votar, ser
votado, associar a partidos sem ser perseguido e/ou ameaçado e de protestar. E os direitos
sociais, que visam melhoria na qualidade de vida dos indivíduos, são benefícios coletivos,
como trabalho, saúde, transportes coletivos, programas habitacionais, lazer, educação,
aposentadoria entre outros. Agora que conseguimos entender a classificação dos direitos,
ficará mais simples compreendê-lo no contexto da cidadania. Podemos compreender que:
CIDADANIA NO
BRASIL
Muitos de nós fazemos como a imagem expõe, nos calamos e fingimos não enxer-
gar o que é tão visível aos nossos olhos. Ser cidadão, exercer a cidadania é falar, discutir,
expor, debater, construir bases sólidas para exercermos nossos direitos, derivando tanto dos
coletivos, quanto dos indivíduos. Mas para sermos cidadãos precisamos ter conhecimento
sobre assuntos que nos cercam, sejam eles nas esferas políticas, sociais, econômicas, cul-
turais, religiosas entre outros. O conceito sobre democracia foi sendo construído, vejamos
com as experiências dos Romanos:
É razoável supor que caminhos diferentes afetem o produto final, afetem o tipo
de cidadão, e, portanto, de democracia, que se gera. Isto é particularmente
verdadeiro quando a inversão da sequência é completa, quando os direitos
sociais passam a ser a base da pirâmide. [...] uma consequência importante
é a excessiva valorização do Poder Executivo. [...] A ação política nessa visão
é sobretudo orientada para a negociação direta com o governo, sem passar
pela mediação da representação. (SANTOS, 1999, p. 221).
A condição de cidadania depende sempre de condições fixadas pelo próprio Estado, podendo ocorrer
com o simples fato do nascimento em determinadas circunstâncias, bem como pelo atendimento de
certos pressupostos que o Estado estabelece. A condição de cidadão implica em direitos e deveres que
acompanham o indivíduo mesmo quando se ache fora do território do Estado. (DALLARI, 1989, p.85).
LIVRO
Estado e Democracia: uma introdução ao estudo da política.
Autores: André Singer, Cícero Araújo e Leonardo Belinelli
Editora: ZAHAR
Sinopse: O livro nos possibilita entender o que é o estado e a
democracia e como ambas podem ser singulares e distintas, de
acordo com cada ângulo proposto, desencadeando um profun-
do pensar político, que está envolto em nosso cotidiano.
FILME/VÍDEO
Título: Que Horas ela Volta?
Ano: 2015
Sinopse: O filme retrata grandes realidades às quais nos de-
paramos no transcorrer de nossa existência. A personagem
principal, protagonizada por Regina Casé, deixa sua filha aos
cuidados de outrem, para trabalhar “fora” e manter o sustento
e possibilitar uma vida melhor para sua filha. Trabalha na casa
de pessoas de nível social elevado, cuidando do filho de seus
patrões, passa anos da sua vida neste contexto e não se dá
conta da mecanização e forma como é explorada, até sua filha
vir morar com ela. Momento que a faz refletir como as escolhas
são necessárias para não repetirmos os mesmos erros.
PARTICIPAÇÃO
SOCIAL
Plano de Estudos
• O surgimento dos direitos do homem cidadão;
• Participação Social: O que é;
• Participação Social no Brasil e suas complexidades;
• Participação cidadã e planejamento governamental.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar direitos e deveres do cidadão;
• Compreender o que é participação social e sua relevância para o
progresso;
• Caracterizar a importância do planejamento governamental.
INTRODUÇÃO
Nossa última unidade IV, não menos importante, vamos compreender que historica-
mente os direitos do homem são recentes, inclusive no tange à participação das mulheres
nas questões políticas, mas o direito pleno só é exercido quando temos conhecimento
sobre elas. A aprendizagem amplia nossa visão e nossos direcionamentos, além disso,
é muito importante destacar que os deveres servem para a formação da cidadania. Você
conhece seus direitos? Seus deveres, você os executa plenamente? Precisamos pensar,
pois, só podemos cobrar do outro, quando nossa conduta está alinhada.
Discutiremos sobre participação social, como a própria denominação conclui, remete
à envolvimento, discussão, debates, e ao englobar o conceito social, configura o pensar
coletivo, sempre voltado para o bem-estar e com olhar atento quanto ao presente e ao futuro
de um povo, de uma nação. Mas o que você entende de participação social? Reflita para que
no decorrer de nossos estudos, possamos aprimorar ou redescobrir novos conceitos.
Falar de participação social no Brasil, requer um raciocínio muito bem trilhado,
sobre esse movimento. Estar nas ruas, falar o que se pensa sem conhecimento de causa
nas redes sociais, não sintetiza participação social. Se envolver com causas sociais que
temos afinidade, buscar conhecer, fatos, ampliar em nossa rede de contatos conhecimento
que transborde para os demais, uma bagagem para tomada de decisões, não apenas
pautadas no senso comum.
A complexidade referente à participação na sociedade, tem inúmeros, dissabores,
mas a questão consiste em indivíduos com comportamentos e pensamentos diversos, que
conduz a ideias diferentes e opiniões contrárias. E a dificuldade em ouvir o outro, em aceitar
a opinião do outro é um grande obstáculo de evolução para a sociedade. Adaptar-se é
sempre necessário, as mudanças acontecessem e nem sempre estão ao nosso favor, mas
é preciso ter uma visão de que, sempre é possível alterar o rumo de nossas vidas.
Quando falamos em participação cidadã e planejamento governamental, precisa-
mos ter a visão de que tudo que envolve política, o cidadão precisa estar engajado, para que
de fato seu voto tenha validade funcional. Isto é, quando votamos, não votamos de forma
específica no candidato, mas nas propostas, e precisamos acompanhar essas propostas
para que de fato, aconteçam. O trabalho governamental é para o povo, mas, infelizmente,
para muitos cidadãos e políticos, tudo acontece ao inverso. Exigir seus direitos, praticar
seus deveres é um ato de cidadania.
Falar em direitos é muito difícil. Pensando no Brasil a dificuldade fica muito mais
ampla. Vejamos que esta reflexão tem duas frentes para pensarmos. De um lado uma
sociedade que requer seus direitos e não exercitam seus deveres (Não é uma maioria, mas
essa parte populacional, proporciona ranços no progresso social, cultural e econômico).
Do lado oposto representantes políticos, religiosos, sociais, buscando alcançar
seus interesses particulares, finge desconhecer os direitos da população, ocultando o que
deveria ser base para a construção da dignidade humana. Moradia, saneamento básico,
sistema de saúde eficiente, educação com qualidade, trabalho entre outras descrições.
Não podemos deixar de destacar trechos fundamentais incluídos em nossa Constituição da
República Federativa do Brasil, para comprovar o que afirmamos:
Você conhece a parte da Constituição que tange ao Título II, Dos Direitos e
Garantias Fundamentais, Capítulo I, Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos? Muito
provável que não! Pois sabemos que temos direitos, mas não sabemos ao certo quais são!
Um grave erro nosso! Como lutar para ter aquilo que desconheço? Como posso ser ativo,
participativo na sociedade, se não sei o que ela espera de mim? Vejamos o que afirma este
artigo constitucional:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade (BRASIL, 1988, Art.5º).
É relevante ressaltar alguns pontos do artigo, citado acima, que a lei já existe,
cabendo a nós de forma coletiva, por intermédio da participação cidadã, buscar de nossos
representantes, a execução de ações que de fato garanta nossos direitos sem distinção e
diferenças. Você lembra do título deste capítulo que estamos estudando? O surgimento dos
direitos do homem cidadão!
Iniciei destacando direitos adquiridos, mas para alcançarmos esse sucesso foi
preciso tempo e no contexto histórico é recente. Graças aos representantes da França em
1789, que ao se incomodarem com o grande desprezo com que era tratado as necessidades
da classe menos favorecida, em Assembleia Nacional, fez surgir a Declaração dos Direitos
do Homem e do Cidadão, garantindo os direitos individuais e coletivos.
A declaração estabelece entre muitos quesitos a igualdade perante a Lei e a justiça.
Partindo das premissas deste documento, todas as questões documentais voltadas para
a garantia dos direitos humanos, tiveram origem nas bases da declaração, inclusive a
Constituição Brasileira.
Com a Declaração dos Direitos do Homem do Cidadão, foi possível criar, melhores
políticas públicas, a um nível mundial, criando um elo entre todos os países, tendo como
pressuposto um olhar mais consciente para os direitos humanos. Em se tratando em nível
internacional, é consolidado, associações, instituições que se movem em torno dessas
concepções. Imagine você que com todo o aparato de leis existentes, ainda existem muitas
violações dos direitos humanos no mundo.
O Brasil faz frente a muitos países em busca de sanar os problemas vigentes, isso
pode ser visto em frentes de enfrentamento contra o trabalho infantil, trabalho escravo,
preservação ao meio ambiente. Para que nosso país não tenha um retrocesso, pois é notório
a participação do Estado em ações que se estruturam garantindo promoção e proteção dos
direitos e garantias individuais e coletivas, a cooperação com esforços internacionais e
ao estímulo e à atuação da sociedade civil organizada na defesa de direitos políticos, das
liberdades, das garantias sociais e da proteção do meio ambiente.
PARTICIPAÇÃO
SOCIAL: O QUE É?
Compreender o significado de cada palavra do título nos faz de forma mais explícita
entender o assunto. Participar tem o intuito de se envolver, interagir, estar presente e social
está ligado à sociedade. Somando participação social, nada mais é que estar presente nas
resoluções, decisões e diálogos entre a sociedade e os representantes governamentais,
ao que se refere às políticas públicas. Cabendo aos indivíduos que compõem a sociedade
fiscalizar os representantes que foram escolhidos, fazendo cumprir as promessas de cam-
panhas. Rios define participação desta maneira:
Muitas são as complexidades para que haja de fato a participação social no Brasil,
mas nada que impeça que aos poucos, a participação seja ampliada, pois, não ocorrerá
como um passe de mágica. As pessoas precisam ver essa participação como algo necessário
para a melhora em sua qualidade de vida. Podemos assim estabelecer alguns percalços:
Além disso:
Subtende-se que participar é uma ação, que pode ser relativa, considerando a
individualidade de cada pessoa. Uns se envolvem mais que os outros e a forma de avaliar,
também se estreita por ser cada ação uma meta diferenciada. Mas o que fica explícito é que
para que haja democracia, a cidadania precisa se fazer presente e para que isso ocorra,
a participação cidadã é relevante. Você já ouviu falar sobre participação cidadã? É bem
simples, segundo Milani:
De nada adianta criar denominações e não abrir espaço em pautas para que a
cidadania seja exercida, nas áreas em que os cidadãos são os que mais sabem realmente
o que precisa nas áreas da saúde, educação, esportes entre outros. Porque sua vivência
em meio à realidade lhe impõe uma certa clareza em suas opiniões, pois, por estar inserido
no contexto, consegue sentir em seu dia a dia a falta de planejamento e ações que de fato
contribuam para a melhora da qualidade de vida.
“Nós somos responsáveis pelo outro, estando atento a isto ou não, desejando ou não, torcendo positivamente
ou indo contra, pela simples razão de que, em nosso mundo globalizado, tudo o que fazemos (Ou deixamos
de fazer) tem impacto na vida de todo mundo e tudo o que as pessoas fazem (Ou se privam de fazer) acaba
afetando nossas vidas.” (Modernidade Líquida, Bauman, 2001)
LIVRO
Título: Gestão e Governança Pública Para Resultados: Uma
visão prática
Autor: Cláudio Sarian
Editora: Forúm
Sinopse: o livro tem a premissa de ofertar sugestões com
caminhos que contribua para os agentes públicos agir em seus
respectivos âmbitos de atuação para que alcance resultados
significativos tendo como objetivo a sociedade. De maneira
singular aborda aspectos práticos e reais na área da gestão
pública e expondo ideias e sugestões para ter estratégias
estruturadas e condizentes. E para quem não atua na área
compreender como funciona o sistema de gestão pública e
como participar socialmente neste contexto.
FILME/VÍDEO
Título: Sangue Negro
Ano: 2007
Sinopse. Virada do século XIX para o século XX, na fronteira da
Califórnia. Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) é um mineiro de
minas de prata derrotado, que divide seu tempo com a tarefa
de ser pai solteiro. Um dia ele descobre a existência de uma
pequena cidade no Peste onde um mar de petróleo está trans-
bordando do solo. Daniel decide partir para o local com seu
filho, H.W. (Dillon Freasier). O nome da cidade é Little Boston,
sendo que a única diversão do local é a igreja do carismático
pastor Eli Sunday (Paul Dano). Daniel e H.W. se arriscam e logo
encontram um poço de petróleo, que lhes traz riqueza, mas
também uma série de conflitos. O poder começa a fazer parte
de seu cotidiano e o faz mudar causando sua ruína.
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