Boas Novas Grande Alegria eBook
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Que
grande refrigério é para pessoas ocupadas, como todos nós, sentarem-se cada dia no Advento, por 10
minutos, e pensarem sobre Jesus, o nosso Salvador — e descansar, alegrar-se e reviver!
Ray Ortlund, Pastor de pastores, Immanuel Church, Nashville, Tennessee
Como podemos experimentar o Advento de uma maneira que é vantajosa para a nossa alma depois de 25
de dezembro? Por contemplarmos e desfrutarmos a glória de Deus no Cristo encarnado, nosso Salvador,
nosso Senhor, nosso irmão, nosso amigo. Boas-novas de Grande Alegria, escrito por John Piper, nos
conduz numa exploração das boas-novas do Natal e nos convida a nos unirmos ao autor, com admiração,
temor e uma alegria que ultrapassa o encanto do feriado. Este livro é sobre alegria eterna, e Piper nos
guiará a essa alegria, nos levará a ele, Jesus Cristo.
J. A. Medders, Pastor, Risen Church, Houston, Texas
Estas devoções do Advento procedentes da caneta de John Piper podem ser breves, mas você achará nelas
a profundeza e a riqueza de pensamento pelas quais John Piper é muito bem conhecido. Com um senso
de alegria reverente, ele nos toma pela mão e nos leva ao santuário interior da encarnação. Quando
paramos no manancial do Filho nascido em Belém, somos preparados para apreciar ainda mais as efusivas
torrentes de amor em sua forma lacerada no Calvário. Se você quer que seu período de Natal seja
espiritualmente enriquecedor, tempere-o com os pensamentos deste livro.
Conrad Mbewe, Pastor, Kabwata Baptist Church, Lusaka, Zâmbia
Que tesouro de verdades sobre Jesus! Nestas devoções breves e comoventes, John Piper eleva o nosso olhar
para vermos de novo o Natal como ele deveria realmente ser visto — como as boas-novas de grande
alegria para você e para mim. Este livro é um convite a conhecermos o Filho encarnado, enviado pelo Pai,
no poder do Espírito.
Abigail Dodds, autora, Mulher (A) Típica (Fiel)
Sumário
Prefácio
Introdução | O que Jesus quer neste Natal?
Dia 1 | Prepare o caminho
Dia 2 | O magnífico Deus de Maria
Dia 3 | A visitação há muito tempo esperada
Dia 4 | Para os pequeninos de Deus
Dia 5 | Nenhum desvio do Calvário
Dia 6 | Paz entre os homens a quem Deus quer bem
Dia 7 | Messias para os magos
Dia 8 | A estrela sobrenatural de Belém
Dia 9 | Dois tipos de oposição a Jesus
Dia 10 | Ouro, incenso e mirra
Dia 11 | Por que Jesus veio
Dia 12 | Substituindo as sombras
Dia 13 | A realidade final está aqui
Dia 14 | Deus torna a sua aliança real para o seu povo
Dia 15 | Vida e morte no Natal
Dia 16 | A adversidade mais bem-sucedida de Deus
Dia 17 | A maior salvação imaginável
Dia 18 | O modelo do Natal para missões
Dia 19 | O Natal existe para a liberdade
Dia 20 | Greve de Natal
Dia 21 | O nascimento do Ancião de Dias
Dia 22 | Para que você creia
Dia 23 | O presente indescritível de Deus
Dia 24 | O Filho de Deus se manifestou
Dia 25 | Três presentes de Natal
Conclusão | Meu texto de Natal favorito
Apêndice | As sombras do Antigo Testamento e a vinda de Cristo
Prefácio
OAdvento é para adorarmos a Jesus. Pelo menos, esse é o nosso ponto de vista
sobre ele no ministério Desiring God.
O Advento é um período anual de espera persistente, expectativa confiante,
sondagem da alma e observação do calendário por muitas igrejas, famílias
cristãs e seguidores de Jesus. Não há um mandamento bíblico para
observarmos o Advento. É opcional — uma tradição que se desenvolveu no
curso da história da igreja como um tempo de preparação para o dia de Natal.
Muitos de nós achamos que observar o Advento é espiritualmente desafiador,
agradável e benéfico.
A palavra advento se origina do latim adventus, que significa “vinda”. O
advento que está principalmente em vista, cada dezembro, é a primeira vinda
de Jesus, dois mil anos atrás. Mas a segunda vinda de Jesus também atrai a
atenção, como deixa claro o popular cântico de Natal “Cantai que o Salvador
Chegou”:
Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me
deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes
da fundação do mundo.”
João 17.24
O que Jesus quer neste Natal? Nós podemos ver a resposta nas suas orações.
O que ele pedia a Deus? A sua oração mais longa está em João 17. O clímax
dos Seus pedidos está no verso 24.
Entre todos os pecadores indignos do mundo, existem aqueles que Deus
“deu” para Jesus. Esses são aqueles que o Pai trouxe ao Filho (Jo 6.44, 65).
Esses são cristãos — pessoas que “receberam” Jesus como o Salvador crucificado
e ressurreto, Senhor e Tesouro de suas vidas (Jo 1.12; 3.17; 6.35; 10.11, 17-18;
20.28). Jesus disse que deseja que eles estejam consigo.
Às vezes, nós ouvimos as pessoas dizerem que Deus criou o homem porque
ele estava solitário. Eles dizem: “Deus nos criou para que estivéssemos com ele.”
Jesus concorda com isso? Bem, de fato, ele diz realmente que queria que nós
estivéssemos com ele! Sim, mas por quê? Consideremos o resto do versículo.
Por que Jesus queria que nós estivéssemos com ele?
…para que vejam a minha glória que [tu, Pai] me deste; porque tu me
amaste antes da fundação do mundo.
Essa seria uma maneira estranha de expressar sua solidão. “Eu os quero
comigo para que possam ver a minha glória.” De fato, isso não expressa a
solidão dele. Isso expressa a sua preocupação quanto à satisfação do nosso
anseio, e não a sua solidão. Jesus não é solitário. Ele e o Pai e o Espírito são
profundamente satisfeitos na comunhão da Trindade. Nós, não ele, estamos
famintos por algo. E o que Jesus deseja para o Natal é que experimentemos
aquilo para que fomos realmente criados — contemplar e experimentar a sua
glória.
Ó, que Deus penetre isso em nossas almas! Jesus nos fez (Jo 1.3) para vermos
a sua glória.
Um pouco antes de ir para a cruz, ele pede seus desejos mais profundos ao
Pai: “Pai, eu desejo [eu desejo!] que eles… estejam comigo, para que vejam a
minha glória.”
Mas isso é apenas metade do que Jesus queria nesses versos finais e
culminantes de sua oração. Acabei de dizer que fomos, de fato, feitos para
contemplar e experimentar a sua glória. Não era isso que ele queria — que não
apenas pudéssemos ver a sua glória, mas também experimentá-la, nos satisfazer
nela, nos deleitar nela, fazer dela o nosso tesouro e amá-la? Considere o verso
26, o último verso:
Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o
amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.
Esse é o final da oração. Qual é o propósito final de Jesus para nós? Não que
simplesmente vejamos a Sua glória, mas que nós o amemos com o mesmo
amor que o Pai tem por ele: “A fim de que o amor com que [tu, Pai] me amaste
esteja neles, e eu neles esteja”.
O anseio e propósito de Jesus é que vejamos sua glória e, então, sejamos
capazes de amar o que vemos, com o mesmo amor que o Pai tem pelo Filho. E
ele não quer dizer que nós meramente imitemos o amor do Pai pelo Filho. Ele
quer dizer que o próprio amor do Pai se torne o nosso amor pelo Filho — que
amemos o Filho com o amor do Pai pelo Filho. Isso é o que o Espírito se torna
e derrama em nossas vidas: amor ao Filho pelo Pai através do Espírito.
O que Jesus mais quer para o Natal é que seus eleitos estejam reunidos e,
então, consigam o que eles mais desejam — contemplar Sua glória e, então,
experimentá-la com o mesmo saborear do Pai pelo Filho.
O que eu mais quero para o Natal neste ano é juntar-me a você (e a muitos
outros) em contemplar Cristo em toda sua plenitude e que juntos sejamos
capazes de amar o que vemos, com um amor que vai muito além de nossa
vacilante capacidade humana. Esse é o nosso objetivo nesses devocionais para o
Advento. Queremos, juntos, contemplar e provar esse Jesus cujo primeiro
“advento” (vinda) celebramos, e cujo segundo advento antecipamos.
Isso é o que Jesus pede por nós neste Natal: “Pai, mostre-lhes a minha glória e
lhes dê o mesmo deleite em mim que tu tens em mim.” Oh! que possamos ver
a Cristo com os olhos de Deus e saborear a Cristo com o coração de Deus! Essa
é a essência do céu. Esse é o presente que Cristo veio comprar para pecadores
ao custo de Sua morte em nosso lugar.
Dia 1 | Prepare o caminho
E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus. E irá adiante do
Senhor no espírito e poder de Elias, para converter o coração dos pais aos filhos,
converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um
povo preparado.
Lucas 1.16-17
O que João Batista fez por Israel, o Advento pode fazer por nós. Não deixe
que o Natal o pegue despreparado. Refiro-me ao despreparo espiritual. O gozo
e o impacto dele serão muito maiores se você estiver pronto!
Que você esteja preparado...
Primeiro, medite sobre o fato de que precisamos de um Salvador. O Natal é
uma acusação antes de se tornar um deleite. “Hoje vos nasceu, na cidade de
Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.11). Se você não precisa de um
Salvador, não precisa do Natal. O Natal não terá seu efeito pretendido até que
sintamos desesperadamente a necessidade de um Salvador. Deixe que estas
curtas mediações de Advento ajudem a despertar em você uma sensação
agridoce da necessidade do Salvador.
Segundo, realize um sóbrio autoexame. O Advento é para o Natal o que a
Quaresma é para a Páscoa. “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração,
prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho
mau e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139.23-24). Que cada coração prepare
para ele morada... limpando a casa.
Terceiro, edifique uma antecipação, esperança e empolgação centradas em
Deus, em sua casa — especialmente para as crianças. Se você estiver animado
sobre Cristo, eles também estarão. Se você só torna o Natal emocionante com
coisas materiais, como é que as crianças terão uma sede por Deus? Dobre os
esforços de sua imaginação para tornar visível para as crianças a maravilha da
chegada do Rei.
Quarto, seja intenso nas Escrituras, e memorize as principais passagens! “Não
é a minha palavra fogo, diz o SENHOR?” (Jr 23.29). Nesta época do Advento,
reúna-se ao lado desse fogo. É quente. Está cintilando com cores da graça. É
cura para mil feridas. É luz para as noites escuras.
Dia 2 | O magnífico Deus de Maria
Lucas 1.46-55
M aria vê claramente uma das coisas mais notáveis a respeito de Deus: ele
está prestes a mudar o curso de toda a história da humanidade; as três
décadas mais importantes de todos os tempos estão prestes a começar.
E onde está Deus? Ocupando-se com duas mulheres humildes e
desconhecidas — uma velha e estéril (Isabel), uma jovem e virgem (Maria). E
Maria está tão comovida com esta visão de Deus, o amante dos humildes, que
irrompe em canção — uma canção que chegou a ser conhecida como “o
Magnificat” (Lc 1.46-55).
Maria e Isabel são heroínas maravilhosas no relato de Lucas. Ele ama a fé
dessas mulheres. Parece que a coisa que mais o impressiona e aquilo com que
ele deseja impressionar Teófilo, o nobre leitor do seu evangelho, é a singeleza e
a alegre humildade de Isabel e Maria, ao se submeterem ao seu Deus
magnífico.
Isabel diz: “E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu
Senhor?” (Lc 1.43). E Maria diz: “Porque contemplou na humildade da sua
serva” (Lc 1.48).
As únicas pessoas cujas almas podem realmente magnificar o Senhor são
pessoas como Isabel e Maria — pessoas que reconhecem sua condição humilde
e estão maravilhadas pela condescendência de Deus magnífico.
Dia 3 | A visitação há muito tempo esperada
Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo, e nos
suscitou plena e poderosa salvação na casa de Davi, seu servo, como prometera,
desde a antiguidade, por boca dos seus santos profetas, para nos libertar dos
nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam.
Lucas 1.68-71
Lucas 2.1-5
V ocê já pensou que incrível é o fato de que Deus ordenou de antemão que
o Messias nasceria em Belém (como a profecia em Miquéias 5.2 mostra)?
E você fica admirado com o fato de que ele ordenou de tal forma as coisas que,
quando chegou a hora, a mãe e o pai legal do Messias não viviam em Belém,
mas em Nazaré; e que, a fim de cumprir Sua palavra e levar essas duas
pequenas pessoas, desconhecidas e insignificantes, a Belém naquele primeiro
Natal, Deus colocou no coração de César Augusto que todo o mundo romano
deveria recensear-se, cada um em sua própria cidade? Um decreto para todo o
mundo, a fim de mover duas pessoas por 112 quilômetros.
Você já se sentiu, como eu, pequeno e insignificante em um mundo de sete
bilhões de pessoas, onde todas as notícias são sobre grandes movimentos
políticos, econômicos e sociais e sobre pessoas ilustres, com importância global,
muito poder e prestígio?
Se você já se sentiu assim, não deixe que isso o desanime ou entristeça. Pois
está implícito nas Escrituras que todas as gigantescas forças políticas e todos os
enormes complexos industriais, sem mesmo saberem, estão sendo guiados por
Deus, não para seu próprio bem, mas para o bem do pequeno povo de Deus
— a pequena Maria e o pequeno José, que têm que ir de Nazaré à Belém. Deus
maneja um império para abençoar seus filhos.
Não pense que, porque você experimenta adversidade em seu pequeno
mundo, a mão do Senhor está encolhida. Não é a nossa prosperidade ou a
nossa fama, mas a nossa santidade que ele busca com todo o Seu coração. E,
para esse fim, ele governa todo o mundo. Como Provérbios 21.1 diz: “Como
ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR; este, segundo
o seu querer, o inclina”. E está sempre inclinando-o para cumprir seus
propósitos salvadores, santificadores e eternos entre seu povo.
Ele é um grande Deus para pessoas pequenas, e temos grande motivo para
nos alegrarmos no fato de que, sem saber, todos os reis, e presidentes, e
primeiros-ministros, e chanceleres, e chefes do mundo seguem os soberanos
decretos de nosso Pai que está céu, para que nós, os filhos, possamos ser
conformados à imagem de seu Filho, Jesus Cristo — e, depois, entremos em
sua glória eterna.
Dia 5 | Nenhum desvio do Calvário
Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu
primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não
havia lugar para eles na hospedaria.
Lucas 2.6-7
Lucas 2.12-14
P az para quem? Há uma observação séria emitida no louvor dos anjos. Paz
entre os homens sobre quem o favor de Deus está. Paz entre os homens a
quem ele quer bem. Mas sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). Então,
o Natal não traz paz a todos.
“O julgamento é este”, Jesus disse, “que a luz veio ao mundo, e os homens
amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más” (Jo 3.19).
Ou, como o velho Simeão disse ao ver o menino Jesus: “Eis que este menino
está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel e
para ser alvo de contradição... para que se manifestem os pensamentos de
muitos corações” (Lc 2.34-35). Oh! quantos olham para um dia de Natal
sombrio e frio e veem nada mais que isso! Uma atitude que devemos evitar.
“Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o
receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que
creem no seu nome.” Foi somente para seus discípulos que Jesus disse: “Deixo-
vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como a dá o mundo. Não se
turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo 14.27).
As pessoas que desfrutam da paz de Deus que excede todo o entendimento
são aquelas que em tudo, por meio da oração e súplica fazem as suas
necessidades conhecidas a Deus (Filipenses 4.6-7).
A chave que abre o cofre do tesouro da paz de Deus é a fé nas promessas de
Deus. Assim, Paulo ora: “O Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz
no vosso crer” (Rm 15.13). E quando confiamos realmente nas promessas de
Deus e temos alegria, paz e amor, então, Deus é glorificado.
Glória a Deus nas alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer
bem! Todos — de cada povo, língua, tribo e nação — que creriam.
Dia 7 | Messias para os magos
Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram
uns magos do Oriente a Jerusalém. E perguntavam: Onde está o recém-nascido
Rei dos judeus?
Mateus 2.1-2
A o contrário de Lucas, Mateus não nos fala a respeito dos pastores que vêm
visitar Jesus no estábulo. Seu foco é imediatamente sobre os estrangeiros
— gentios, não judeus — que vêm do Oriente para adorar a Jesus.
Assim sendo, Mateus retrata Jesus no início e no fim de seu evangelho como
um Messias universal para todas as nações, não apenas para os judeus.
Aqui, os primeiros adoradores são magos da corte, astrólogos ou sábios que
não vinham de Israel, mas do Oriente — talvez da Babilônia. Eles eram
gentios. Imundos, de acordo com as leis cerimoniais do Antigo Testamento.
E no final de Mateus, as últimas palavras de Jesus são: “Toda a autoridade me
foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações”
(Mt 29.18-19).
Isso não apenas abriu a porta para que nós, gentios, nos alegrássemos no
Messias, como também acrescentou prova de que Jesus era o Messias, pois uma
das profecias repetidas era que as nações e os reis iriam, de fato, viriam a ele
como o governador do mundo. Por exemplo, Isaías 60.3:
Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente
e viemos para adorá-lo.
Mateus 2.2
Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes, e, com ele, toda a Jerusalém.
Mateus 2.3
J esus é um incômodo para as pessoas que não querem adorá-lo, e ele suscita
oposição àqueles que o adoram. Provavelmente esse não é um aspecto
principal na mente de Mateus, mas é uma implicação inescapável enquanto a
história continua.
Nessa história, existem dois tipos de pessoas que não querem adorar Jesus, o
Messias.
O primeiro tipo são as pessoas que simplesmente não faz nada sobre Jesus.
Ele é um insignificante em suas vidas. Esse grupo é representado, no início da
vida de Jesus, pelos principais sacerdotes e escribas. Mateus 2.4 diz:
“Convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, [Herodes]
indagava deles onde o Cristo deveria nascer”. Bem, eles contaram a Herodes e
pronto: voltaram às atividades como de costume. O absoluto silêncio e a
inatividade dos líderes são esmagadores diante da magnitude do que estava
acontecendo.
E observe que Mateus 2.3 diz: “Tendo ouvido isso, alarmou-se o rei Herodes,
e, com ele, toda a Jerusalém”. Em outras palavras, circulava o rumor de que
alguém pensava que o Messias havia nascido. A inatividade dos principais
sacerdotes é assombrosa — por que eles não vão com os magos? Eles não estão
interessados. Eles não estão desejosos de achar o Filho de Deus e adorá-lo.
O segundo tipo de pessoas que não querem adorar a Jesus é o tipo que fica
profundamente ameaçado por ele. Esse é Herodes nessa história. Ele está
realmente com medo — tanto que ele trama, e mente, e, em seguida, comete
assassinato em massa apenas para se ver livre de Jesus.
Assim, hoje esses dois tipos de oposição virão contra Cristo e seus adoradores:
indiferença e hostilidade. Espero que você não esteja em nenhum desses
grupos.
Se você é um cristão, que este Natal seja o momento de você pondere o que
significa — o que custa — adorar e seguir este Messias.
Dia 10 | Ouro, incenso e mirra
Mateus 2.10-1
D eus não é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa
(At 17.25). Os presentes dos magos não são oferecidos como assistência
ou para satisfazer necessidades. Desonraria um monarca se visitantes
estrangeiros chegassem com pacotes de mantimentos reais.
Esses presentes também não significam suborno. Deuteronômio 10.17 diz
que Deus não aceita suborno. Bem, o que esses presentes significam? Como
eles são uma adoração?
Presentes dados a pessoas ricas e autossuficientes ecoam e intensificam o
desejo do doador de mostrar quão maravilhosa a pessoa é. Em um sentido, dar
presentes a Cristo é semelhante a jejuar — ficar sem algo para mostrar que
Cristo é mais valioso do que aquilo de que você está se privando.
Quando você dá um presente a Cristo dessa maneira, está dizendo: “A alegria
que eu busco [observe Mateus 2.10 — ‘E, vendo eles a estrela, alegraram-se
com grande e intenso júbilo’] não é a esperança de ficar rico por barganhar
contigo ou negociar algum pagamento. Eu não vim a ti por causa de tuas coisas,
mas por causa de ti mesmo. E esse desejo eu agora intensifico e manifesto ao
oferecer coisas na esperança de desfrutar mais de ti. Ao dar-Te aquilo de que
não precisas e que eu poderia desfrutar, estou dizendo de modo mais sincero e
verdadeiro: ‘Tu és o meu tesouro, não essas coisas”.
Acho que esse é significado de adorar a Deus com presentes de ouro, incenso
e mirra.
Que Deus desperte em nós um desejo pelo próprio Cristo. Que possamos
dizer de coração: “Senhor Jesus, tu és o Messias, o Rei de Israel. Todas as
nações virão e se prostrarão diante de ti. Deus governa o mundo para
assegurar-se de que tu sejas adorado. Portanto, seja qual for a oposição que eu
possa enfrentar, atribuo alegremente autoridade e dignidade a ti e trago meus
dons para dizer que somente tu podes satisfazer meu coração”.
Dia 11 | Por que Jesus veio
Hebreus 2.14-15
A cho que Hebreus 2.14-15 é meu texto favorito do Advento porque não
conheço nenhum outro que expresse tão claramente a conexão entre o
começo e o fim da vida terrena de Jesus — entre a encarnação e a crucificação.
Esses dois versículos deixam claro por que Jesus veio, ou seja, para morrer. Seria
ótimo usá-los com amigos ou parentes não crentes para explicar-lhes, passo a
passo, o nosso ponto de vista cristã sobre o Natal. Essa explicação poderia ser
assim, uma sentença de cada vez:
Isso significa que Cristo existia antes da encarnação. Ele era espírito. Ele era a
Palavra eterna. Ele estava com Deus e era Deus (Jo 1.1; Cl 2.9). Mas ele tomou
carne e sangue e revestiu sua deidade com humanidade. Ele se tornou
plenamente homem e permaneceu plenamente Deus. Esse é um grande
mistério em muitos aspectos. Mas está no coração da nossa fé e é o que a Bíblia
ensina.
A razão pela qual Jesus se tornou homem era morrer. Como Deus puro e
simples, ele não podia morrer pelos pecadores. Mas, como homem, ele podia.
Seu objetivo era morrer. Portanto, ele precisou nascer humano. Ele nasceu para
morrer. A Sexta-Feira Santa é a razão do Natal. Isso é o que precisa ser dito
hoje sobre o significado do Natal.
Logo, estamos livres do pavor da morte. Deus nos justificou. Satanás não
pode derrubar esse decreto. E Deus deseja que nossa segurança final tenha um
efeito imediato em nossas vidas. Ele deseja que o final feliz remova a escravidão
e o medo do agora.
Se não precisamos temer o nosso último e maior inimigo, a morte, então, não
precisamos temer nada. Podemos ser livres: livres para a alegria, livres para
outras pessoas.
Que grande presente de Natal de Deus para nós! E de nós para o mundo!
Dia 12 | Substituindo as sombras
Hebreus 8.1-2
A essência do livro de Hebreus é que Jesus Cristo, o Filho de Deus, não veio
apenas para se enquadrar no sistema terreno do ministério sacerdotal como o
melhor e último sacerdote humano, mas veio para cumprir e pôr fim a esse
sistema e para orientar toda a nossa atenção para si mesmo, ministrando por
nós primeiramente no Calvário e, depois, no céu nosso sacerdote final.
O tabernáculo, os sacerdotes e os sacrifícios do Antigo Testamento eram
sombras. Agora, a realidade chegou, e as sombras passaram.
Eis aqui uma ilustração do Advento para crianças — e para aqueles de nós
que já foram crianças e se lembram de como era uma criança. Suponha que
você e sua mamãe se separem no mercado; e você começa a ficar assustado e em
pânico e não sabe para onde ir, e corre até o fim de um corredor, e bem antes
de começar a chorar, você vê uma sombra no chão, no fim do corredor, que se
parece com sua mãe. Essa sombra o deixa realmente esperançoso. Mas o que é
melhor? A felicidade de ver a sombra ou ter a sua mãe no final do corredor e
realmente ser ela?
É assim que acontece quando Jesus vem para ser nosso Sumo Sacerdote. Isso é
o Natal. O Natal é a substituição das sombras pelo que é real: a mãe chegando
pelo corredor e todo alívio e alegria que isso dá a uma criancinha.4
Para saber mais sobre como a vinda de Cristo substitui o Antigo Testamento, veja o apêndice.
Dia 13 | A realidade final está aqui
Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote,
que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus, como ministro do
santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem [...] os
quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés
divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele:
Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no
monte.
Hebreus 8.1-2, 5
Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele
também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores
promessas.
Hebreus 8.6
Ora, o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso
Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos
aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós
o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para
todo o sempre. Amém!
O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham
vida e a tenham em abundância.
João 10.10
Filipenses 2.9-11
Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, em que firmarei nova aliança com a casa de
Israel e com a casa de Judá.
Jeremias 31.31
João 17.18
Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes
também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele
que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da
morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.
Hebreus 2.14-15
1 João 3.8
Então, lhe disse Pilatos: “Logo, tu és rei?” Respondeu Jesus: “Tu dizes que sou rei.
Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da
verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.”
João 18.37
Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão
escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o
Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.
João 20.30-31
S into, muito intensamente, que aqueles entre nós que cresceram na igreja,
que podem recitar as grandes doutrinas de nossa fé durante o sono e que
bocejam em meio ao Credo dos Apóstolos — entre nós, algo deve ser feito para
nos ajudar a sentir novamente a reverência, o temor, o assombro, a maravilha
do Filho de Deus, gerado pelo Pai desde toda a eternidade, refletindo toda a
glória de Deus, sendo a exata imagem da sua pessoa, por quem todas as coisas
foram criadas, sustentando o universo pela palavra de seu poder.
Você pode ler cada conto de fadas que já foi escrito, cada livro de suspense,
cada história de fantasma e nunca encontrará nada tão chocante, incomum,
misterioso e fascinante como a história da encarnação do Filho de Deus.
Quão mortos estamos! Quão indiferentes e insensíveis à sua glória e à sua
história! Quantas vezes precisei me arrepender e dizer: “Deus, eu lamento o
fato de que as histórias que os homens têm inventado comovam mais as
minhas emoções, o meu temor, a minha admiração e minha alegria do que a
tua própria história real”.
Talvez os filmes espaciais de nossos dias possam fazer pelo menos este bem
por nós: podem nos humilhar e nos levar ao arrependimento, por nos
mostrarem que somos realmente capazes de sentir alguma admiração, temor e
reverência que raramente sentimos quando contemplamos o Deus eterno e a
glória cósmica de Cristo e um verdadeiro e vívido contato entre eles e nós em
Jesus de Nazaré.
Quando Jesus disse, “Para isso vim ao mundo”, ele disse algo tão fora do
normal, incomum, inusitado e misterioso quanto qualquer afirmação de ficção
científica que você leu (Jo 18.37).
Oh! como eu oro por um derramamento do Espírito de Deus sobre mim e
sobre você; oro que o Espírito Santo penetre em minha experiência de uma
maneira que cause temor, a fim de me despertar para a inimaginável realidade
de Deus.
Qualquer dia desses, um relâmpago encherá o céu desde o nascente do sol até
ao seu poente; e aparecerá nas nuvens o Filho do Homem, com seus anjos
poderosos, em chama de fogo. E nós o veremos claramente. E, quer seja de
terror, quer de pura empolgação, tremeremos e nos maravilharemos de como
vivemos por tanto tempo com um Cristo tão manso e inofensivo.
Estas coisas foram escritas — toda a Bíblia foi escrita — para que nós
creiamos, para que fiquemos chocados e sejamos despertados para a maravilha:
que Jesus Cristo é o Filho de Deus que veio ao mundo.
Dia 23 | O presente indescritível de Deus
Romanos 5.10-11
Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é
justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo,
porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de
Deus: para destruir as obras do diabo.
1 João 3.7-8
Q uando 1 João 3.8 diz: “Para isto se manifestou o Filho de Deus: para
destruir as obras do diabo,” quais são as “obras do diabo” que ele tem
em mente? A resposta está clara no contexto.
Primeiramente, há uma afirmação semelhante em 1 João 3.5: “Sabeis também
que ele se manifestou para tirar os pecados”. A frase ele se manifestou para
ocorre no versículo 5 e no versículo 8. Então, muito provavelmente as “obras
do diabo” que Jesus veio destruir são os pecados. A primeira parte do versículo
8 deixa isso certo: “Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o
diabo vive pecando desde o princípio”.
A questão neste contexto é pecar, não doença, ou carros quebrados, ou
agendas bagunçadas. Jesus veio ao mundo para nos capacitar a parar de pecar.
Vemos isso com mais clareza se colocarmos esta verdade ao lado da verdade de
1 João 2.1: “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis”. Este
é um dos grandes propósitos do Natal — um dos grandes propósitos da
encarnação (1Jo 3.8).
Mas há outro propósito que ele acrescenta em 1 João 2.1-2: “Se, todavia,
alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas
ainda pelos do mundo inteiro”.
Agora veja o que isto significa: significa que Jesus apareceu no mundo por
duas razões. Ele veio para que pudéssemos não continuar pecando — ou seja,
ele veio destruir as obras do diabo (1Jo 3.8); e veio para que houvesse uma
propiciação pelos nossos pecados. Ele veio para ser um sacrifício substitutivo
que remove a ira de Deus por nossos pecados.
O resultado desse segundo propósito não é a anulação do primeiro propósito.
Perdão não é dado a fim de permitir o pecado. O alvo da morte de Cristo por
nossos pecados não é que relaxemos a nossa batalha contra o pecado. Em vez
disso, o resultado desses dois propósitos do Natal é que o pagamento feito uma
única vez por todos os nossos pecados se torna a liberdade e o poder que nos
capacitam a lutar contra o pecado não como legalistas, merecendo a nossa
salvação, e não temerosos de perder a nossa salvação, mas como vitoriosos que
se lançam à batalha contra o pecado com confiança e alegria, ainda que isso
custe a nossa vida.
Dia 25 | Três presentes de Natal
Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia,
alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda
pelos do mundo inteiro.
Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é
justo, assim como ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo,
porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isso se manifestou o Filho de
Deus: para destruir as obras do diabo.
Pois ele, subsistindo em forma de Deus, [Jesus] não julgou como usurpação
o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de
servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e
morte de cruz (Fp 2.6-8).
Portanto, a humildade de Jesus não era uma disposição de coração por ser
finito, falível ou pecaminoso. Era um coração de infinita perfeição, infalível
veracidade e liberdade de todo o pecado, que, por isso mesmo, não precisava
ser servido. Ele era livre e pleno para transbordar em servidão.
Outro texto de Natal que diz isso é Marcos 10.45: “O próprio Filho do
Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate
por muitos”. A humildade não era um senso de defeito nele mesmo, e sim um
senso de plenitude nele mesmo colocada à disposição de outros para o bem
deles. Era uma humilhação voluntária de si mesmo para tornar a sublimidade
de sua glória disponível para que pecadores pudessem desfrutá-la.
Jesus faz a conexão entre sua humildade de Natal e as boas-novas para nós:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e
humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é
suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30).
A humildade de Jesus torna possível o alívio de nossos jugos. Se ele não fosse
humilde, não teria sido “obediente até à morte e morte de cruz”. Se ele não
tivesse sido obediente até ao ponto de morrer por nós, seríamos esmagados sob
o peso de nossos pecados. Ele se humilhou a si mesmo para receber a nossa
condenação (Rm 8.3).
Agora temos mais razão do que antes para sermos humildes. Somos finitos,
falíveis, pecadores e, portanto, não temos nenhuma base para nos jactarmos.
Mas agora vemos outras coisas que nos humilham: a nossa salvação não é
devida às nossas obras, mas à graça de Cristo. Assim, a jactância é excluída (Ef
2.8-9). E a maneira pela qual ele cumpriu essa salvação graciosa foi por meio
de auto-humilhação consciente e voluntária, em obediência servil até à morte.
Portanto, além da finitude, falibilidade e pecaminosidade, temos agora outros
dois impulsos enormes em ação para nos humilhar: graça gratuita e imerecida
por trás de todas as nossas bênçãos e um modelo de servidão abnegada e
sacrificial que assume voluntariamente a forma de servo.
Então, somos chamados a nos unir a Jesus nesta auto-humilhação e servidão
consciente. “Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo
se humilhar será exaltado” (Mt 23.12). “Tende em vós o mesmo sentimento
que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2.5).
Oremos para que esta “virtude tímida” — este fundamento enorme de nossa
salvação e servidão — saia de seu lugar tranquilo e nos dê vestes de humildade
neste Advento. “Cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos
soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1Pe 5.5).
Apêndice | As sombras do Antigo Testamento
e a vinda de Cristo