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Imunoterapia

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CENTRO PAULA SOUZA

ETEC PROFA ERMELINDA GIANNINI TEIXEIRA

FLAVIA MARIANA CORREIA DA SILVA


GISELLE BERNARDO CAVALCANTE
LAURA SANTANA LIMA
RAPHAELA DAMAS LEANDRO
VITORIA LEITE ALVES

IMUNOTERAPIA

SANTANA DE PARNAÍBA - SP
2024
IMUNOTERAPIA

A imunoterapia é uma abordagem terapêutica que utiliza o sistema imunológico do próprio


corpo para combater doenças, principalmente câncer, mas também infecções, alergias e
doenças autoimunes. A imunoterapia tem se mostrado particularmente promissora no
tratamento de câncer, pois explora o poder do sistema imunológico para identificar e destruir
células tumorais de maneira seletiva, reduzindo os danos aos tecidos saudáveis. Existem
várias formas de imunoterapia, cada uma com diferentes mecanismos de ação.

Principais Tipos de Imunoterapia

Imunoterapia com Inibidores de Checkpoint Imunológico

● Os "checkpoints" imunológicos são mecanismos regulatórios naturais do sistema


imunológico que ajudam a prevenir reações autoimunes, mas que também podem
ser manipulados pelas células tumorais para escapar da resposta imune.
● Inibidores de checkpoint, como os anticorpos anti-PD-1, anti-PD-L1 e anti-CTLA-4,
bloqueiam esses pontos de verificação, permitindo que os linfócitos T reconheçam e
ataquem as células cancerígenas. Exemplos desses medicamentos incluem o
pembrolizumabe e o nivolumabe.

Imunoterapia com Células CAR-T

● A terapia com células CAR-T (Receptor de Antígeno Quimérico em Linfócitos T) é


uma forma avançada de imunoterapia em que os linfócitos T do paciente são
geneticamente modificados para expressar um receptor que reconhece antígenos
específicos nas células tumorais.
● Após a modificação, essas células são multiplicadas e reinfundidas no paciente,
onde atacam especificamente as células cancerígenas. Essa terapia tem sido eficaz
em tipos de câncer hematológicos, como leucemias e linfomas.

Vacinas Terapêuticas contra o Câncer

● Diferente das vacinas preventivas, as vacinas terapêuticas são projetadas para


tratar o câncer em vez de preveni-lo. Elas estimulam o sistema imunológico a
reconhecer antígenos específicos do tumor e gerar uma resposta direcionada
contra as células cancerosas.
● As vacinas contra o câncer podem ser feitas a partir de células tumorais do próprio
paciente, proteínas tumorais ou fragmentos de DNA específicos.

Anticorpos Monoclonais e Drogas Imunoconjugadas

● Os anticorpos monoclonais são proteínas criadas para se ligar a antígenos


específicos encontrados nas células tumorais. Eles podem "marcar" essas células,
facilitando a resposta imune ou bloqueando sinais que promovem o crescimento
tumoral.
● As drogas imunoconjugadas são anticorpos ligados a drogas quimioterápicas ou
radioisótopos, que entregam a terapia diretamente nas células tumorais,
preservando as células saudáveis.

Citocinas

● As citocinas são moléculas sinalizadoras que regulam as respostas imunológicas.


As citocinas como a interleucina-2 (IL-2) e o interferon-alfa (IFN-α) têm sido usadas
em terapias para aumentar a atividade das células imunológicas contra o câncer,
principalmente em cânceres como melanoma e carcinoma de células renais.

Imunoterapia para Outras Doenças Além do Câncer

Doenças Autoimunes

● Imunoterapias específicas podem modular o sistema imunológico para reduzir sua


hiperatividade em doenças autoimunes, como a artrite reumatoide, esclerose
múltipla e lúpus. As terapias com anticorpos monoclonais, como o rituximabe e o
adalimumabe, são utilizadas para neutralizar células ou mediadores inflamatórios,
aliviando os sintomas e retardando a progressão da doença.

Alergias

● Imunoterapias para alergias visam "dessensibilizar" o sistema imunológico para


evitar reações exageradas a alérgenos específicos. Isso é feito por meio de
injeções ou imunoterapia sublingual, onde doses graduais do alérgeno são
administradas ao longo do tempo.

Imunoterapia para Infecções

● Em infecções virais, como o HIV, a imunoterapia busca estimular o sistema


imunológico para melhorar o controle da infecção e reduzir a carga viral, sendo
combinada a antivirais. Em algumas infecções bacterianas, o uso de anticorpos
monoclonais ou vacinas terapêuticas está em estudo.

Vantagens e Limitações da Imunoterapia

● Vantagens:
- Especificidade: Imunoterapias podem direcionar células específicas do
sistema imune para combater células anômalas, como as cancerígenas, sem
afetar células normais.
- Efeito Duradouro: Algumas imunoterapias promovem uma resposta de
"memória", proporcionando proteção a longo prazo contra o câncer ou
infecções.
- Menos Efeitos Colaterais Sistêmicos: Em comparação com a
quimioterapia e a radioterapia, que afetam tanto células saudáveis quanto as
cancerígenas, a imunoterapia pode reduzir os danos aos tecidos normais.
● Limitações:
- Eficácia Variável: Nem todos os pacientes respondem bem à imunoterapia.
A resposta pode variar dependendo do tipo de câncer, das características
imunológicas do paciente e dos mecanismos de evasão tumoral.
- Efeitos Colaterais Imunológicos: Pode causar reações adversas, como
fadiga, febre, e, em alguns casos, resposta imunológica excessiva que leva a
efeitos colaterais graves, como inflamação de órgãos (hepatite, pneumonite,
colite).
- Custo e Complexidade: Imunoterapias, especialmente CAR-T, são caras e
requerem infraestrutura avançada para serem administradas, o que pode
limitar o acesso a essas terapias.

Um fato interessante sobre a imunoterapia é que, além de ser usada no tratamento de


câncer, ela também é investigada como uma possível terapia para doenças autoimunes. A
imunoterapia busca “treinar” o sistema imunológico para reconhecer e combater células ou
agentes específicos. No câncer, isso significa ensinar o sistema imunológico a atacar
células tumorais. Já nas doenças autoimunes, a ideia é ajudar o sistema a deixar de atacar
células saudáveis do próprio corpo.
Outro ponto curioso é que nem sempre a imunoterapia é eficaz para todos, pois o sistema
imunológico de cada pessoa responde de forma única. Isso leva os pesquisadores a
desenvolverem tratamentos mais personalizados, considerando fatores como genética, tipo
de tumor ou características do sistema imunológico do paciente, para melhorar as taxas de
sucesso.

Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) disponibiliza artigos e conteúdos


específicos para o contexto brasileiro, com informações sobre pesquisas,
tratamentos e novidades na imunologia.

Fundamentos da Imunoterapia: A SBI oferece uma visão detalhada sobre os mecanismos


básicos da imunoterapia, como a ativação do sistema imunológico para combater doenças,
incluindo o uso de células T e outros componentes do sistema imune.
Tipos de Imunoterapia: imunoterapias celulares (CAR-T cells), terapias com anticorpos
monoclonais e vacinas terapêuticas, todas voltadas para o tratamento de câncer e doenças
autoimunes.
Efeitos Colaterais e Segurança: reações inflamatórias, e necessidade de monitoramento,
especialmente em imunoterapias de alta potência, que podem ter impacto no organismo.
Pesquisa e Inovação no Brasil: A SBI frequentemente destaca pesquisas e avanços
brasileiros em imunoterapia, mostrando como cientistas locais contribuem para esse campo
e discutem perspectivas de tratamento no país

Informações Imunoterapia em uma visão crítica

A imunoterapia é uma nova forma de tratar o câncer, usando o sistema imunológico do


próprio paciente para lutar contra a doença.
Ao falar sobre imunoterapia, é fundamental incluir não apenas a eficácia e os efeitos
colaterais, mas também as questões econômicas e éticas que a envolvem, como os
interesses financeiros por trás das diferentes formas de cura para o câncer. A indústria
farmacêutica, muitas vezes focada em lucros, pode priorizar tratamentos que dão mais
retorno, em vez de atender às necessidades reais dos pacientes. Isso pode afetar o acesso
a diferentes opções de tratamento, especialmente em um contexto onde o câncer continua
sendo uma das principais causas de morte.
Em conclusão, embora a imunoterapia represente um avanço significativo no tratamento do
câncer, ela não está isenta de desafios. A eficácia clínica e os efeitos colaterais são
questões cruciais, mas as dimensões econômicas e éticas também não podem ser
ignoradas. A pressão do setor farmacêutico para maximizar lucros pode influenciar
negativamente o acesso dos pacientes às terapias mais adequadas, levantando questões
sobre a justiça e a equidade no tratamento do câncer. É essencial que, ao avançarmos nas
inovações científicas, também busquemos soluções que promovam um equilíbrio entre o
progresso médico e as necessidades humanas, garantindo que todos os pacientes tenham
acesso a tratamentos eficazes e acessíveis.

Matéria da Cnn Brasil: Imunoterapia pode aumentar sobrevida em casos avançados


de linfoma de Hodgkin

Um novo estudo mostrou que uma combinação de imunoterapia com o medicamento


nivolumabe e três quimioterapias pode aumentar as chances de sobrevivência de pacientes
com linfoma de Hodgkin avançado, um tipo de câncer no sangue. Cerca de 1.000 pacientes
participaram do estudo, e aqueles que usaram nivolumab tiveram uma taxa de
sobrevivência de 92% após dois anos, em comparação com 83% dos que receberam o
tratamento tradicional. Além disso, o tratamento com nivolumabe teve menos efeitos
colaterais graves e reduziu a necessidade de radioterapia. Esses resultados podem levar à
inclusão do nivolumabe como tratamento padrão para essa fase da doença, caso aprovado
pelas autoridades de saúde dos EUA.

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