Rainhas de Portugal
Rainhas de Portugal
Rainhas de Portugal
MEMORIAS
DAS
MINHAS DE PORTUGAL
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I
1
i
4
MEMORIAS
(O
RAINHAS DE PORTUGAL
D. TUERGSA-SANTA ISAB£L
LISBOA
TTPOGRAPHIA UNIVERSAL
Roa dMGalafites.liS
1859
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ADV£RX£NGIA
*
I
VI ADVEnTENGIA
graphicas.
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ADVERTÊNCIA VII
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SOBRE OS RETRATOS
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SOBBe OH RBTIATOS Xi
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xu SOBRE OS BETRATOS
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MRODUCÇÀO
era também costume, entre algans povos germânicos, que a mulher trou*
lêsse algans objeatoa moveis, qne davam os paes da aoiva, e cuja posse
ella conservava depois da dissolaç&o do matrimonio. Vide RieUu>rn.
Deutsche Staats^und Rechtsgpschichte T. t p. .167, 5." edição.
1 Vid. o rd. AíTons. I.. iv til 12, p !it 107 § I ou melhor, quanto a esta
;
ultima lei, Portug. Monum. llisl. leges et consuet. vul. \ p. 265 § 89. —
Vid. também ibid. p. 257 § 71
S Nota VI no fim do volume. •
INTAODQCÇÂO XV
\ ZoBãjo sobre U Lcgis. § Í6I e S6|. Esta douttiaa derivou d» lei go-
4 Ut. % § 16).~ Pelas leis westphalienses e ripuarea-
tbiea (For. Judie. L.
ses era Unlieia costume receber a mulher viuva umn porção do que (ftra
adquirido na constam-ín do matrimonio : Eichborn» 1. cil.
3 Nota YU no Hm do volume.
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XVI MEMORIAS DAS BAINHAS DE PORTUGAI.
seis Sete Pari idas de D. Affonio o sábio, fandadas pela maior parte ao
Digesto e Código de Justiniano, e nas Decreta es; ahise dispõe, segando a
doutrina romana, qn^ a mulher traga o dote, e o luaridolhe faça alguma
doação. As arrhas [arriue sponsalitiíP do Código, L. 5 lit. 1) são alii ape-
nas o penhor que o esposo dava ao pae da noiva para cumprimento da
promeaaa de matrimoDio, recebendo ellé também outro penhor do mes*
no pae para segurança da oalra parte. Vide Parttda 4 tit. li lei 1 e aeg.,
o êã formolas oa Partida 3 tit. 1 8 leia '84 ->S7.
i Viterbo. Elucid. Supplem. p. 24 verbo compra.
9 Ibid. T. 2 p. 123 nfto ae dia a daU do documento.
;
ITllI MEMOBIAS DAS BAINHAS DE POBTUOAL
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mmmocçio m
natureza da posse lograda pela mulher, as restricções a qud
o que provavelmente era regulado pelos cos^
era sujeita, eis
tomet loca^B, ou* até certo ponto, pela vontade do maridoi
quando essis costumes lhe deixavam tal Uberdade K Nio
pertença aqui desenvolver esta matéria, e passaremos a
pôr o que podémos colligir ácerca da natureza das arrhas
das rainhas, a qual parece desviar-se n um ou o outro ponto
da regra commum.
Os subsidios para se estabelecer a doutrina antiga das
anriias das rainhas slo escaçoe : limitam-se, ao menos itA
onde alcançámos, a Ires documentos I.* carta d'arrfaas de
r
I Viterbo (fiiucid. T. 2 p. iii eol. t.) ciU uma earta 4l'arrha8 de 1190»
pela qiMÍ O. Soeiro Viégeedavi i sue mulher, D. Sancha Yermodes,
rtéa lMrA« que êlla aá devia pcMauii* depoiadè tiava, e ée iiflo eaaaMè \ cá-
iMiio, foi^m. ligaiiiÉ ve». aMM n« deTíâdi paNaf logo «èa SlHèa êá
fnmnm aiofcrimouio. Por outro lado.ftdaodo eUe, D. Soeífo, tíuto, èM»
gentio spgunda vez, os filhos que houvera de D. Sancha náo teriam es-
tes bens. Isto qu^r di/cr que, náo enviuvando, a mulhfr nerthuní diréitd
teria a ffisf s be^!), tirando ouira vez livres ao marido no naso de ihe se->>
breviver. O doouuienio guardava-se nas Salzedas, seudo de presumir que
00 referidoH bi^na ae aehaaaeni ailos oaquella parle da Beira.— Que aa ar*
rbas aio oran aerapro liniiadaa i naeania regra, que diveraifieava en «1-
guaa diatrictos, vè-ãe doseiemploa prodoiidoa por Marina (Enaayo taèrt
U Legis. § — 253). Isso aioaaioae infere de umaelaasula do eonlraoto
entre D (ronçalo e D. Leonor, a que alludimosne texto cipse domnva :
Geasalvus debet eidem domne AleoDor dare aiiaa arraa... «écMieil coi»^
êuttudo inter dor ium ei Min um*.
t Chancell. de D. Diais L. 1 1 41. —Mon. LusU. P. S L. iSe. SS.
Corp. Diplom. Portag^ T. 1 p. Si.
i Mos. Luaít I*. 8 1. 17 e. 41. —Corp. Diplona. Portng. T. 1 p. S3.
4 fiiat. Oeoeal. da Gaaa Real T. 1 daa Proraa p.* S8B. —Corp. biploa.
fortag. 1. 1 p. 156.
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XX BIGMOBIAS DAS RAINHAS DE PORTUGAL
vel que o rei dotasse sua mulher, dando-lhe, talvez com este
fim, Torres Vedras i. Se D. Alfonso o sábio deu também
dote a sua fdha, é cousa (jue não sabem(>s determinar, posto
que liaja todo o logar para crer quo o não desse. O casa-
mento não parece ter sido escolha livre da parte do rei
portuguez, mas sim uma necessidade, e uma das condi-
ções para se pOr termo á guerra entre Portugal e Castells,
que se tornava ameaçadora para Affonso in. A paz, e a
promettida restituição do AIgârve por pai te de Castella,
eram de per si vantagens que o rei de Portugal adquiria
casando com D. Beatriz ; mas por certo o nome de dote,
que alguns authores empregaram, não tem cabida alguma
nessa restituído, que se veiu a realisar só depois de bas-
tantes annos.
É no consorcio de D. Dirus com D. Isabel de Aragão que
apparece pela primeira vez (quanto a casamentos reaes), era
luz não duvidosa, a doutrina da jurisprudência romana ácerca
de dotes. Dous escriptores nacionaes aíBrmam que esta rai-
nha não trouxe dote, nem mesmo enxoval ^ quando, á vista
^
aiU$
(conhecida» anteriormente a Justiniano, pelo
m^iku, e que este imperador
nome de
denominou depois jNro>
ptfr nupiias) presuppunha sempre um doto da parto da mu<-
Iher; porque o esposo costumava oonsignal-a como segu*
rança do dito dote, e assim como, depois da dissolução do
Inatrimonio, o doto revertia á mulher ou aos seus herdei^
ros, do mesmo modo a doação propter nupltoa ficava ao
marido ou aos seus herdeiros. É verdade que D. IMuIsBSo
se aocingiu ao que mandava a lei romana a respeito desto
'
género de doações ; mas deduz^se claramente que, tendo*
se ajustado que D. Isabel traria dote, julgaria D. Dinis de*
ver retribuir pela fórma que o direito romano exigia, con-
sscvando comtudo os costumes do paiz quanto á natureza
da possa qua soa mulher devia ter daqueUac^villae- Aaossh
áiçOes deasa posse n&a eram todavia as meanasqnftse da»
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INTMID1)€ÇÍ0 xxm
Tam nas arrhas, visto que o rei reservava para si as alcai-
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INTRODUCÇÁO XXV
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UVl 3IEII0A1AS DAS AAiNUA» DE PORTUGAL
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INTIODIJGÇAO 3ULT1I
alcaidarias das Ires vil las que deu a sua mnllipr propter
flupUas, podendo elia somente nomear os almoxarifes e
outros officiaes que lhe haviam de arretadar as ren-
fiscaes,
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XXVIll MEMORIAS DAS RAINHAS dfi PORTUGAL
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INTRODDCÇÂO
1 Esta cidade era das suas arrhas. Nfi troca de Cintra (a que alludimos
a pag. XX nola :2j por Gaya e Villa Nova (que tambeoi linha em arrhas),
D. Affosso IT deo a taa mulher a juritdio^ooaqoeUa villa.
S É de notar que o rei fas exeepç&o aqui de Vianna, disendo que oeila
iUa D. Beatrii tlaha toda a jariadieçfto tanto oo eivei, como no criminal
— isto foi em 13^29. De feito, vemos que na doaçfto primitiva de Vianna
Báo ha reserva. Esta villa pertencia a seu marido sendo infante, o qual,
a 20 d'outubro de 1314, lh'a deu «com toda jurdiçom ecomjur e dereylo
real e com todas outros dcreytos também sperituaes como temporaes »;
doação que foi contirmada por D. Dinis tres dias depois, 23 d'outubro, es-
tando emFriellas (Lít. de Histicoe f. 93 no Areh. Nadon.)- Apparece. po-
rém» outra doaçlo da dita tilla á mesma rainha, datada de 4 de maio de
—
1357— pouco antes da morte de D. Alfonso iv. em que este dá a sua mu-
lher toda a jurisdícç&o real, salvo no crime criminalmentê intentado
(Liv. 3 de Estremadura f. 25 verso, no Arch. Nacion.); isto foi confirmado
com a mesma reserva por D. Pedro i a 8 de junho do mesmo anno (Gav. 13
maç. 5 n." 5, no mesmo Archivo). Segue-se, portanto, que D. Affonso iv
julgou acertado, por motivos que não transparecem, privar sua mulher,
nas cansas criminaes» de jurisdicçâo naquella viUa, a qual primittvamente
lhe havia concedido ; o que o levaria sem duvida a passar a segunda doa*
çio.
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XIX MEMORUS DAft RAINHAS DE FORT0OAL
|
mesmo ouvidor leria aggento; mas que as appellações nas causas eiveia
fossam do exclusivo coaUeciuiento do dito ouvidor, podeado comludo Ua- *
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niTBODUGCÃO XXXI
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XXXII MEMORIAS DAS RAINHAS DE PORTUOAL
mear os filhos todos juntos poV estafórma «cura filiis nostris» ou «et fi-
:
liis et filiabus meis», sem os designar pelos seus nomes, posto que isto
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XXUV MBMOftUS DAS BAINHAS » PORTUGAL
eorregimento do reino em 1273, temos um exemplo nota-
Tei além de figurar a rainha D. Beatriz oo priocipio
:
I VM. Port. Mon. Hist. leges et consuei. vol. 1 p. ttS « teg. do-
eum. HIV. —
Quanto A significação histórica deste dOQun., veÍa*M t
Hist. de Portugal do sr. Herculano T. 3 p. 13â e segg.
2 Collecç. Rspec. cnixaSO. no Arch. Nacion.
3 Docum. citado peio sr. Herculano, Hist. de Porlug. T. 3 p. innota 1.
Dep9U 4e9ltliiotiiiiio valeria a paDt fater reparo D«a doações d« D. Di*
nie • algana fllhoa baatardos «ém «ambra eom a rainha Pona Uábtl
mha molher»: Chancel). de D. Diala L. 3 f. 33 terão, e L. S doa Bena doa
Propr. f. dS. 00 Arch. Naeioo. —
Veja-ae nm doenneolo algum taBtoaot-
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iNmoiwoçÃo xxvf
gal 6 Inglaterra L
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XIIVI MBMORUS DAS RAINHAS DB' PORTUGAL
miihante pratica
Gomo espécie de substituição ás assignaturas, costuma-
am 08 notários fazer no íim dos documentos régios uma se-
rie de cruzes, ou para melhor dizer, traçavam uma linha
horizontal, rortnndo-a com tantas riscas ou linhas perpen-
diculares quantas eram as pessoas que figuravam com o rei
como outorgando ou consentindo :por exemplo^ se com
este figuravam a rainha e dous filhos» faziam-se quatro rís-
câs perpendiculares, cortando a linha horizontal. Esta regra
mosira-se quasi invariável. As nossas investigações depa-
raram-nos apenas tres excepções, que se devem natural-
mente attribuir a dpsc.uido : i." N um diploma de D. San-
cho 1 das calendas de fevereiro da era de ii32, ao passo
que figuram seis nomes, incluindo o do rei, as riscas s3o
sete, havendo uma delmais; 2.® n'outro de D. Affònso ii
de 3 das calendas de agosto da era de 1249, fíguran<ío a
rainha e os infantes D. Sancho e D. Leonor, vôem-se só
tres riscas, devendo ser quatro 3.'^ n oulro do mesmo rei
;
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INTIIOIIUCÇÃO lUTll
I>. Fernando e o mestre do Templo, que figuram no documen-
to ^ Eis outros exemplos da mesma rainha, citados por
Viterbo ' : < in hae carta manus nostras robaramus »
(aqui as riscas v?ío depois da palavra roboramus, e são duas,
uma pelo conde D. Henrique, a outra por D. Theresa),
< hanc Kartam própria manu (ou manu mea) rob(h
ranfi • , f hanc Kartulam manu mea confirmo » K '
tng. Rex una cum uxore mea Regina Mafalda, et filiis meis,
hancK proprtís manilm rohoramus et koc si^num
facwmiw (docum. de 1158): entre signumefaeimus acham-
se as riscns, que são (juatro, indicando assim que os filhos
eram dons Um dociimiMito de 1109 tem « hanc car-
tam propriis manibus roboramus sem se notar nelle
nem a linha horizontal nem as riscas perpendiculares
Uma doaç3o de D. Affonso Henriques ao mosteiro de Al-
cobaça em fevereiro de 1183 offerece-nos um exemplo
pouco commnm, não pelo desuso do que nelle se obser-
va, mas pela falta do documentos daquelle período : em
lo^^ar (ia costumada linha horizordal cortada pelas perpen-
diculares, vê-se uma cruz correspondente a cada nome, pela
1
manu própria roboro et confirmo, £go regina Tarasia ^ hoc
1
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INTBOIWOÇAO XXXII
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MBMOaiAS DAS RAINHAS DE PORTUGAL.
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INTBODOCÇÃO XLl
t Ibid. r. 77 ireno.
S CoUecç. Etpee. eaiia SS.
XLII , IIBHOAUS DAS lAINHAS OB PORTUGAL •
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XUV MBIIORIiLS DAS RAINHAS DE PORTUGAL
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INTBODUGÇÁO XLV
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INTROBUOÇAO XLTII
mento de 1186, sem mez nem dia, vê-se uma tira de couro
d'onde pendia o sello, e não apparece rodado ^ : não af-
gillarir» 3.
1 Ibid.
2 T. 1 p.332
3 Dof urrHMitos de abril e julho «ie 1211, julho de maio. junho e
dezembro tle 12t7, janeiro, marro junho de 1216, e agosto de 1221 :Col-
e
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INTIIODUGÇÃO XLIX
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L NBIIOHIAS DAS ftAINHAS DK POBTtTOAL
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t
. kju^ u . i.
y Google
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INTRODUCÇÂO Lt
D. MAFALDA DE UAURIANNA
Ama D.THEBE8AAFFON80, viuva de Egas
'"^'lií^^JgjlL
^ (l
D. DULCE DE ARAGÃO
í «e wmm cm» D. MAIOR PAES, mulher de Lourenço
Viegas.
Docum. na Mon. Lusil. P. 4
L. 12c.26adfin.
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r
INTRODUCÇÂO LIII
D. URRACA DE GASTELLA
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UV mMORIilS DAg MAINIIAS DE PORTUGAL
D. BEATRIZ DE GUSMAN
^ D. JOANNA DIAS, seohora da yilla
de Atoogoia, e mulher de Fernando
Fernandes Cogominho ^
Hút Seraf. P.S L. 6 o. 10
§9.— Chron. dos Conog. Re-
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INTIODUCÇÃO LV
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LYI MEMORIAS DAS RAINHAS DE PORTUGAL
zembro de 1^83 ^
Liv. dos Pregos f. 121, no
Arch. da Cam. Mun, de Lis-
boa. — ChanceU. de D. Af*
foMo in L. 1 f. 144 verso •
161 verso.
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r
INTRODUCÇÁO LVII
RoDNiGOPBHNANDES: marçodel279.
Nota XIV BO fim do vol.
yiGENTC80AREs:dezembrode i^.
Chanrell. <1e D. Àffonao 111
L. 1 f. 161 verso.
janeiro
m^^^^^T^^ÍL *"
•
éwmmt de 1259.
Mola XII 00 íim do vol.
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INTMOBUGÇÂO LIX
D. ISABEL DE ARAGÃO
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MEMORIAS DAS RAINHAS DE PORTUGAL
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INTKODUCÇÃO LXl
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LXIV MEMOBUS DAS BAINHAS DE P0BTU6AL
Cttuuirellerrs Mestre pedro, medico, que depois
instituiu o morgado d6s Nogueiras em
S. Lourenço de Lisboa. Entrou neste
cargo logo á chegada da rainha, exer-
cendo-o ainda em 1288.
Hon.LuttUP. 5 L. 16 c. 25,
e L. 17 e. 4S. —
Glitiicell. de
D. Oioig L. 1 f. aOO. onde fi-
gura em doue docuaieniog.
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INTBODIHSÇXO LXT
Mabtiu affonso: em Id36.
Docum. de 15 de julho da
era de 1374: Cartor. de SanU
Clara.
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VXTI milOBIAS DAS BAINHAS DB PORTUGAL
«^"*~ MmaE GONÇALO : em 1290
Docutn. do cartório de
Santa Clara de Coimbra dal.
de 21 de nov. da era de 132S.
ccvMi«ir« 1
-Vicente martins em 4316 e 1320.
:
de 1354, e 7 de abril da de
13B8; em ambos flgnra com o
titnlo de €eauaá€%ro da rai-
nha» — , isto é, çoMdeiro oo
ctvadeiro. '
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INTftODUOÇÃO UVlt
JoÁo ANNES : 20 de fev. de 1318^
e março de 1328 (vid. Porteiros),
Cartor. de Santa Clara de
Coimbra. — Nota XXVIll no
Om do vol.
rios).
Doeum. do mesmo cartório.
Mesmo cartório.
Mmwmm
Bartholombu pbrbs : 28 de agosto
de 1322.
*
Mesmo cartório.
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, INTBODOCÇÂO LXIX
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MBMOMAS DAS RAINHAS DE PORTUGAL
Frei Domiogos de Portugal, em
1287.
Frei Francisco de Évora, qae &•
gurá nos dous testamentos de Í3t4
e 4327.
Frei Frnncisco, talvez o mesmo que
o precedente.- em 1346.
Frei Affonso, guardião de S. Fran-
cisco de Coimbra, em 1348.
Flrei Affonso Viegas (Yeegas), em
4327 e 4329 ; nomeado testamenteiro
no 2.** testamento.
Frei Vasco Ribeiro, em 1329.
Frei Lourenço de Santarém.
Vários docum. do carlor. de
Santa Clara.— Hisl. Seraf. L. 4
c. 24§6. eL.8c. 32|4.
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INTRODUCÇÃO LIXl
'
, — <
Í095— 1114
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*
2 MEMOhlAS
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DÊ D. THKRKSA 3
U. —
Barbosa, Catai, das Rainhas, nota A, p. 7 e segg. —
S. Luiz, Mem.
Hist. e CbroQol. publ. nas Mem. da Academ. T. 12 P.2.
2 Todos os anthores coevos meoeion^m Elvira aotes de Theresa, indi-
eando assim ser aqnella mais velha ; e no concilio ovetense delllSeon-
firnia antes de D. Theresa, vid. Dissert. ChroDol. T. 3 P. 1 p. 65 n. 19t.
1 Ibidp. 196—900.
Kra tia de I). Henriqae.
2
3 Ibid.p. m
Oigitízed by
DB D. THRRBSA 5
za^
4 Gontinúa o ar. Herculano : c Ou o segredo sobre o pacto
dos dous condes b3o foi perfeitamente guardado, ou por
algum acto externo elles deram indicies dos seus desígnios
pouco ajustados pelos de AíTonso vi. A accusação de se
haver mostrado algum tanto rebelde ao sogro pesa sobre
a memoria de Henrique, e Raimundo decahiu por esse
tempQ da graça do rei, ainda que na occasião da sua morte
parece quê Âffonso estava congraçado com elle. A mor-
te, com efiéito, salteando o conde da Galliza no outono de
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DB D. THBBCSA 7
8 MEMORIAS
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DE D. THERESA If
II
lil4 — 1130
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DG D. THERESA 13
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0
Dfi D. tHKBfiSA . 15
DiyiliztiO by GoOgle
IG MSttORIAS
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DE D. THERESA 17
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18 MCHORIAS
Digitízed by
0
BG n. TntMBSA 19
1 Ibid. p. áooe^Tí?.
â Ibiil. p. io3 e seg.
3 Hiit de Porlug do sr. Herculano T. 1 p. 2G7.
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ao MBIIOBUS
t •
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DE D. THERESA 21
1 Documento pelo qual 1>. Fernando Peree e a dita sua mulher, junta*
m'enle eom sêui filhos, fitaram doação da metade que lhes pertencia do
mosteiro de Sobrado, citado pelo sr. Herculano, ffist. de Portug. nota xit
do 1." tomo; e por Barbosa, Cotai, das Rainhas nota Ep. 102, apud Man-
rique, Annaes de Cister, c. 13 n. 10, e Salazar, Hist. de la Casa de Lara T. \
p. ^1 n. 8. A Hist. Compostellana diz que o conde era casado quando veiu
a Portugal (vid. a nola seguiote). O Liv. Velho das Linhg., sem fallar de
D. Theresa, dá o conde por casado com nma dona qoe nlo noméa, nomean-
do comtudo os quatro filhos que te?e delia (vid Hist. Geneal. T. 1 das Pro-
vas p. 195). ONoMUattriboido ao conde D. Pedro depois de referir (no lít.
13) o supposto casamento de Fernando Peres com D. Theresa, attribue
áqaelle outro consorcio mns dá a entender que fôra em segundas nú-
;
pcias, dizendo: «Este conde D. Fernando foi outra vez casado com D...»
edá-se em seguida uma relação dos filhos os nomes dos quatro primei-
:
ros concordam com o Liv* Velho já citado, mas accresoenta o Ifobil. mais
duas filhas. É porém sabido, que esta obra. composição de muitas mãos e
de diversas épochas, nio faz authoridade de per si só. No fim do tit. 15.*
refere o rapto de D. Theresa (uma das filhas do conde Fernando) por
D. Lopo Rodrigues d'Ulloa.
2 «Portugalensis infans...acquisita portugalensi pátria, et Fernando
Petride...qui, relicta sua legitima uxore, cum matre ipsius infantis re-
gina TAToiriAtunc temporis aàuUetábatur, ettoti iUiterrse principaba-
tur. vi ablato, magoam dissénsionem... babuit, etc. > Hist. Gomport. L. 3
c. S4. citada pelo sr.|Hercu1ano,Hi8t. de Portug. 1. cit.; opor Ribeiro Dis-
sert. Chronol. T. 3 P. ip. 96 n. 188. Vide nota seguinte.
Diyilizea by ^OOglc
n ' MSiiiORIAS
1 Vit. S. Theot. §
'6 ttd iin.
O nuihor dest* narração, que era roero,
4ii expressameate, no logar apontado, qnn Fernrado Peres aio era le»
gitíno e^oeo d« infaoia, mas aím seu amaate : « eoatoberaalis etaa, aon
. nir legitimus erat. » Vid. Portugali» Monuroenta Histories ; srriptorea
vol. p.81 col. 1, publicaç.So importantíssima que a Aeademi» Real da»
1
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Gôogle
m D. T.ÍERESA 23
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24 motiAS
o partido (la rainha, assegurando-lhe qye por tods a parte
86 armaTam ciladas coDtra elie.
GoDfonnando-se, iN)]8» eomestecoDseiboamígaTel, fez o
possível para se mostrar, ao menos ostensivamente, íiel
T. 1 pp.íá6l — 267.
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DE D. THERESA 25
Douro. Gelmires começou odISo a fingir-se compungido
com as crueldades que iam acompanhando i conquista
do paíz, conquista quo se nkançava com uma facilidade
que de modo algum convinha aos desígnios do astuto pre-
lado ; instou para que o deixassem voltar a sua sé prf^lcx-
lando motivos religiosos. Mas D. Urraca conhecia a fundo
o caracter ardiioso desse homem e tinha sobradas razões
'
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M MEMORIAS
inimigo um
Ui acto tornava-se quasí inexequiTel pela cer-
teia de qaé os sitiados aproveitariam a lucta íntestioa
dos sítiadores para os destroçarem. É provável que neste
apuro a rainha preferisse cougraçar-se cuin a irman a dei-
xar impune aqucUe homem desleal e hypocrita, contra o
qual sentiria um ódio tanto mais violento, quanto se vira
por longo tempo obrigada a reprimi-lo e dis&rça-lo.
c Fes-se» de feito» a paz. Por qoaes meios, e por inter-
venç9o de quem é o que vâo diegou até nós. Um tractado,
porém, existe celebrado entre nsdiíns irmans, que aUrilmi-
mos a esta conjunctura, e que na verdade fòra dilliculloso
de conciliar com outra. data. Ou a situação de D. Urraca
habilitou D. Tberesa para negociar com immensa vantagem
1 cessado das hostilidades^ ou aquella princesa quíz as-
segurar a lealdade de sua írman, confiando-lhe um senhorio
muito mais extenso do que até ahi desfructàra. Na con-
venção e juramento feito pela rainha á infanta, ella pro-
mctteu conservar-Ute amisuide liei, e oppôr-se a todo o mal
que lhe intentassem fazer» e concedeu-ihe p dominio de
muitos legares e terras nos modernos districtos de Samora,
Toro, Salamanca e Avila, com as rendas e direitos senho-
riaes destas cidades, além de outi-as nos de Valladolid e
Toledo, obrigando por isLo D. Theresa a que llie jurasse
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DK D. TilKUKSA 27
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I
28 MEMORIAS
1 Ibid. p. 215
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DB D. THEIKSA W
deixou de tomnr parle, ao menos activamente, nas convul*
sões do reino visínho.
No anno seguinte D. Paio, arcebispo de Braga,
ao voltar de uma digressSo que fizera a Samora, foi preso
por ordem de D. Theresa. Os motivos deste acto não che-
garam até nós mas o nosso moderno e illustre historiador,
;
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30 \IEM0RIAS
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I
D£ D. Tii£il£SA 31
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32 MBMOBUS
ta mis ollas não tardaram em se renovar. O amor indis-
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DE D. THERRSA 33
c. 6.
3
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34 MEMOmAS
D. Henrique e de D. Theresa para a capella-mor, da parte
do evangelho, eDcerraado as de ambos do mesmo mausoléu.
Finalmente em 28 de noYembro de 1598 outro arcebispo,
D. Agostinho de Castro, examinou, segundo se diz, o in-
terior do monumento, e achando os dons c/>rpos rennidos,
mandou tirar o dn infnnta-raiiiha e fel-o rdllocar em tumulo
sfparado, do lado da epistola, aliin de (pio licasse fronteiro
D. O. M.
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'
d6 mciKHIIAS
Embora
tado. naquellas enis uma pequena fracção do <,'enero
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D£ D. THERESA 37
1 Sem mencionar
outras fontes, léa-se o NobUari» attribuido ao
eonde D. Pedio; por ahi se poderá fomar idea de alguns costumes
da^oeUas eras
2 Hist. dePortT. 1 p.293
3 Ibid.
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38 iiEMomAS
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DE D. TUERESA Z9
N*iinui memoria coeva conta-se a seguinte anecdota desta
rainha ^ : Um dia que o famoso Theotouío se dispunha a di-
zer missa, chegou D. Tlieresa á igreja e mandou recado
áquelie para que fosse breve. Theotonio, estranhando si-
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40 HBIIOBIAS
1 Ibid. p. m.
2 Mon. Lusil. 1. cit. , e I. 10 c.
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DE D. THEHESA 41
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kju,^ jd by Google
MULHER DE D. AFFONSO HENRIQUES
114G— II08
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44 MUlOMikS
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I
DR D. !mapali>a dk maurianna 45
quia nusquam reperiri potuit fernina Regii Sangniriis, que non esset In
aliquo gradii consagunipa » esta p.issngem talvez dé<se origem ao que
;
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46 IklEMORIAS
p. 794.
9 Brandáo, Mon. Lusit. P. 3 1. 10 e. 38.
3 Attribuiraro-Ihe, entre ontras, a fundação do mosteiro de B. Domin-
gos do Porto, que pertence a nma epoeha muito mais moderna. Talvez
uma net.i de D. Mafalda, do mesmo iinme, tivesse voto nessa fundação.
Vid. Sousa, Hisi. de S. Domingos P.l l. 3 c. li e seg. f. 157 e seg., l."ediç.
— Dissert. Chronol. T. 5 p. 294.
DB À. IIAFALDA DE 11A0RIANNA 47
c. 7, in prin.
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t
48 MEMORIAS
1 Ibid. p 568
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DE D. MAFALDA DR MAURIANNA 49
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90 MEMORIAS *
1 Bayilo, 1. cit. —
Cardoso, Agiol. T.usit. T. 3 p. 37 h't. }>. Estes au-
tbores poderiam certiíicar-se de seu erro, se houvessem consultado a
HoB. Lusit. F. 3 1. iOe. 3S. —Camillo da CcMta* na Chorographia Por-
tug. T. 1 c. 96k foi maiaeiaeto.
3 VidA nota I no fim do olume.
3 B porque esta cousa he aaneta e boa e foi assim dotada per a Rai~
«
nha dona mafalda minha trcs avot; refere-se O rei áa disposições do
mesmo testamiMito, vid. ibid.
h Portagem ora um direito que se cobrava sulirc as merraílorias que #
entravam nas povoações era uma espécie de direito de barreira. Muitas
:
das por D. Mafalda (Vide nota I no fim, carta de D. AfTouso IV). Sobre
portagens, etc. veja-se Hiat. de Portog. do sr. Herculano T. 4 pp. 418 —
436.
õ c 0 rio Tâmega tem uma grande e magnifica poule de cantaria
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DE D. MAFALDA DE MAURIANNA 51
p. 314 e segg.
5 Kstits nutieiai constam das Inquir. de D. l)ini£Gav. 3 ma^. 10 n.^18
. no An h. Nac. , copiadas no Uv. «la Ueforuia das Gavetas, ff 184 verso,
185 e beg.
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t
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54 MEMORIAS
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DE D. MAFALDA DE MAIIHIANNA 55
eíoítaa capta est : De Bzpog. Scalab., vid. Port. Monnin. Hiat. scrip. toI.
1 p. 94 col. %
3 Quanto ao anno, todasasauthorídadesconrordain: Chron. Conímb.
Hist. Goltor.; um Chron. do sec. xiv, vid. Por». Monum Hist. vol oit. p. 2
rol. 2, p 14 col. 2 o p. 21 rol. 1. -A Chroii. (íulhor. (ibid. p. Ili col.l)
é mdis miauciosa: Era m c x c ii, uatus estRex Saucius... iu nocle S. Mar-
tini feria quinta, iecireo in baptismo uoeatom est nomen eins tlarttnns,
.poslea oognonilnatus est Saneias. Natos est anno patris sui ixvi.~
Ha no calendário cinco Martinhos, cpm festa própria : o de Tonrs a 11
de novembro o de Dunie a 20 de março; o papa a 12 de novembro no
;
de Vérif. les Dates T. l.S.^edii;. calai, des Saints). É preciso pois esco-
lher entre elles para assentar a data do nascimento de D. Sancho i, o
qne não será díiBcil, porque sabemos que occorreon'nmaqainta feira.
Como a letra dominical de "1154 foi G» segue-se qoe o dia de S. Marti-
nho, bispo de Tonrs,' 11 de novembro, foi o único i]ue eahiu á quinta
feira ; os ootros, pela sna ordem, cahiram ao sabbado, á sexta feira (ou
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56 i»iioiiU8
'A Flores (Reyn. Cathol. T. 1 pp. 313 — 320) assenta esse successo em
1165, mas consta que até outubro de 1169 D. Urraca esteve neste reino;
vid. Dissert. Chronol. T. 3 P. 1 p. 134 n. 487, e p. 155 n. 490.
4 i''lores, 1. cit. , de 1175, e
diz que o divorcio teve logar no principio
piova que D. Urraca estava outra vez em Leáo em ItW ; e nós lemoa pro-
vas que com isso concordam, mostrando a sua estada em Portugal pelo
menos desde 1179 até 118S : vid. Dissert. Chronol. T. cit. n. 886» 841 e 844.
8 O seu nome appnrece pela primeira vez. junto com o de D. Urraca,
n*um documento de junho de vid. ibid. p. 140 n. 439
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DE D. MAFALDA I>K MAUniANNA ,h
Condoa de Barcelona T. S pp. 906, íffl, S13 <* segg). Parece-noa que a in-
faota foi aepoltada no moateiro de Vnia Boa do Biapo : vid. nota lY no fim
do vol.
3 MoD. Lusit P. 3 I. Itl r. 19 nd íin. Na Chron. Golhor. ad era llSii
(Port. Monuni, cit. pp. 14 e 15 col. 1) UVse: « D. Morliia esl iii prí-
oieua etate ;» e coiuu se fallava ahi das filhas da rainha D. Mafalda, dan •
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58 MBHOltlAS DE D. MAFALDA DB MAURUNNA-
nha, união que foi aunuliada pelo pontiíice oo auiio se-
guinte por causa de parentesco ^
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U. DULG£ DE ÂMfiÃO
MULHER ÔE D. SANCHO I
1174—1198
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00 MBIIOUAS
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D. DULCB DB ABAGÂO 64
ihe lambem uma filha, que nomôa. Basia ilizcr íjne este infante D. Pedro,
a quem o pae legára o condado deCerdunha, morreu de poucos aiinos. Vid.
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62 MEMORIAS
codicillo.
*
3 laquír. de D. Affonso iii. L. 1 f. 14 Terao § 1» e L. 3 f. t4 erso, no
Areb. Naeton. da Torre do Tombo» tiradas em 12S8 nas terras de Céa e
Ck>uvêa. Na Chron. dos Coneg.Regr. (L. 8 c. 18 § 10) cita-se um docum.
pelo qual D. Dulce teria comprado Ervedal em fevereiro de 11*J3 a Gon-
çalo Carneiro e seus irniSos por preço de lõO maravedis. Accreseenta
o aulhor, que ella dera essa villa a D. Paio (iodinho, 1." prior de S. Ko-
mão de Céa, em agosto do mesmo anno mas alem de náo concordar
;
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DE D. DULCE DE ABAOÃO 63
Travanca (do Ln.i:os) comprou dezenove casaes ^ Adquiriu
do mesmo modo a herdade de Sameice 2. Consta igual-
rnante que possuía a herdade de Cea, ignoramos se por
compra, se por doação: o que sabemos é que D. Sanebo i
1 Inquir. de D. ÂíTonso
iti L. 1 f. 24 verso § 2. e L. 3 f. 14 verso.
2 §4.
Ibid.
3 Reginos Domot Haphalda dedi pro hnreditale... horeditatem de
sena, qvm foit matris suo : 9.^ testamento de O. SaDeho i, na Hist. 6e-
neal. T. 1 das Provas p. 18, e na Mon. Lusit. P. 4. appen. escrit. iv de- ;
DiyiliztiO by GoOglc
04 XRMORIAS •
—
<'ho I, 1. rit. A posse deSameir.e lambem se deixa vpr do donum. pro-
dusido por Anastácio de Figueiredo, Nova Mal^a F. 1 p. Í31, nota 115.
5 Gav. 3 maç. 10 n° 17 § 48 no Arch. Nacion.
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Dfi D. DULGB DE ARAGÃO 65
(no moderno concelho de Pezoda Regoa). fizesse doação á
ordem do Hospital de metade daquelle logar, e sua igreja ^
Nada mais sabemos a respeito desta priucasa^ seoão que
d 26 de agosto de Í4d8 > orna prematura morte a roubou
• seu marido; depois de vinte e quatro annos de consor-
cio, e de haver partilhado o throno treze, contando ao muito
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(06 MEMOillAS
4 Chron. Conimb. ad era I2Í4. vid Port Hoiiiim. Hiat., scríp. «ol. 1
p. 3 eol. 1. — Dm chronicondo aee. xtv, ibid. p.St eol.l.^0 Cliroa. Bro?.
do Areli. Nacion. (ibid. p. tí eol. S) dis <|tte Daaceo a S d*abril. eoneof-
(laDdo porém no anno.
5 Chron. Cunimb. ad era —O pitado chron. do sec. xiv.
6 Hiíl fieneal. T. 1. p. 97 e Provas T. 1 p 28.— Hisl. de Poflug. do
AT.HerculaDO. T. 2 pp. 146. 159 e seg. , e 380.
7 Chron. Conioíb. ad era iiSS.
DB D. DULGl DE ARAGÃO 67
5 Ibid
6Hoaçáo a Aleobnça na Collecç.Espec. caixa 28, no Arch.Nacion. em
que se lê, no fim «Kgo Regina Dulcia cum /iitabuí meix Regina domina
:
Tarasia el Regina domina Saneia lali sig (urna cruz) no impresso hocfac-
tum roboro et confirmo. »Vê-8e que aqui ligura iambemsun irman D. .San-
cha ; uiaa aabemoa, pelo primeiro teatamento de D. Sancho i (Diaaert.
Ghronol. T. 3 P. 2 p. 11S), que D. Thereca era a maia velba, figurando,
aUáa» aempre a primeira em todoa oa documentos salvo dous, em que
O. Sancba figura aotea da irman» provavelment por deacuido do notário
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68 MEMORIAS
toDcia, em
ti95 ou il96. Alguns annos depois do seu re-
gresso a este reino, a rainha de LeSo reco!heu-se a Lor*
tio alguns, porém, pretendem que se recolhi a Yilia^
;
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BB D. DOLGB DB ABA6Ã0 60
O. Mafalda nascer antes dos fins de 1180
1215 Casou em
com Henrique i, rei de Castella, que apenas contava dez
ou dozeannos de idade. Porém, os que entendiam que este
enlace ia de. encontro aos seus interesses, impelráram da -
que suas irmans, o ser contada no numero dos santos» > como
diz o nosso historiador ^.
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70 MUIOUAB M B. DVLCl 01 ARAGÃO
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D.
•
URRACA DE CASTELLA
MULHER DE D. AFFONSO II
1209—1220
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72 MEMOHIAS
tnnto credito como a inspecção algum tauto mais mimicioM por qae tv-
ria passado, no século segniate, outra rsivha de França, Isabeau de Bk-
vière, segundo a afBrmathra de Froissart ; ipie, nas suas Chfonieas S
e. SSO (T. 2 p. 31S da ejàiç. do Panth. Liiiér.), aeereseenta o seguinte :
« II esi (l'tisage en France que quelronque dame, comme íille de haut
seigneur qirelle soit, que Ton veut marier au roi, il convient que elle
8oitregardée et avisée toute nue par dames, á savoir si elle esi propice
etformée á porter enfants.»
1 mst. de France» do sr. Henri Hartin, T. 3 p. 569 e seg., 4.^ediç.
— Dreux dn Radier. Mera. des Reines de Franee (Parte fSVTI T. 9p.
e 333.
W
2 Flores, Reyn. Cathol. T.
1 p. 399 e 403.
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D£ O. URRACA DE CASTELLA 73
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74 «BiKMIUS
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DE UBftÀCA DB CASTKLLA 75
'
ordem ; o qual, a encoutrar-se U(úe, poderia, porveiUura»
resolver a duvida ^
D. Urraca fex seu lealameoto a 15 de jonlio de
estando em Coimbra, e, ao que parece, enferma, receiaodo
que o stíu íini estivesse perto ^. A rainha deixou duas terças
partes da metade que lhe cuiiipetia, para serem igualmente
divididas entre oa filhos» dispondo do reato para pagamento
das anaa dividas, e para legados ao papa e a alguns prels- •
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76 MUIOftUS
Mais tarde veiu a ser mudado para a uave <lo cruzeiro, de*
fronte da capeila de S. Vicente, onde hoje jaz n um grande
tumulo de cantaria de forma singela, e sem signaes alguns
de ter por ahi passado o cinzel do escuiptor, fazendo vivo
contraste com os ricos mausoléus de D. Pedro e da infeliz
D. Ignez de Castro, que Ibe ficam próximos. O epitapbio
que iielle se lê revela por si mesmo pertencer a tempos
mais recentes 3.
o tegiiate:€TertiolloMtNoveiDbri8oUitOoiMUmMPortttgalensi Regl-
aaftUaDoDoiAlfonsi Régis Castellse Era h. cc. lyiii». O obituário de Sanla
Crui no Archivo Nacional dá mais cinco dias de vida á rainha, dizendo :
on poMO depois.
t
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D. tíBftAdA Bi CÁSTÊLLA
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78 MBMOIIiAft
isto não aulhorisaria o rei a mudar, como leXi o desiino dessa lerça parte,
qualquer que foste a c^oa importância.
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DE D. URRACA US GASTBLLA « 78
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80 tttMOftlAS
junho do mesmo atino, náo figura ahi D. Leonor, mas só a rainha e o in-
fante L). S'incho (vid.Hist. Geneal. T. 1 das Provas p. 13), ao passo que a
citada confymaçáo a faria nascida em abril.
1 de Port. do sr. Herculano T. i p. 298. Alguns escriptores nos-
Hist.
sos attribuiram a D. Urraca mais um flllio eliamado Tieento ; mas Bran-
dio (Mon. LnsiL P. 4 L. 18 e. 10 e L. 1B c. S9) já mostrou que esse era filho
de D. Beatrii de Gusmsn, e nio de D. Urraca.
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D. MECIA LOPES DE HARO
MULHER M SANCHO II
ATÉ 1240
de naeeinento. Náo tem data ; mas vem incluído nelle outro diploma de
f«33(erade «971).
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84 MKMUiilAS
i Ti». 11.
U lu. 25. no i de D. Martim Sanchea.
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DB D. MEGIA LOPES DE HARO 85
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66 MUIORIAS
Digitízed b/
t
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II
1240— ms
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DE D. MLCIA LOPKS DE HARO 89
memorias i. Além de que, ha varias circurnstancias que fa-
riam suspeitar, quando não existisse esse diploma, que a
tradição neste ponto é conforme á verdade : sobre as quaes
temos por escusado insistir depois do que se acha escripto
t>or melhor penna que a nossa 2. .
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90 miiOBiis
1 D. AtTonso Henriques
O. Hecia Lopes
DB D. MBfJA L0PK6 DE HARO 91
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I»B D. MBGIA LOm DC HABO 113
Saneia.
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ti MBMOHIAS
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i
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96 MBMOBIAS
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DE D. MECIA LOPES DE HARO 97
1 Ihid. p. 393.
2 lbi«l. p. 397 e segg.. o nota xxix no fira do mesmo tomo.
3 < Bftte Reimô Viegas de porto carreiro suso
di to sendo vasalo dei Rei
dom BiDcho capello e seu natural depurtugal veo huma noiíea coymbra
tò companhas de martím gU de aouerosa, o que vençao a lide do porto,
huu el Rei jazia dormindo em sa cama e filharAlb*e a R.* dona meçia sa
mnitier dapar delle e leuarâna p.* Ourem seu (sem) seu mandado, e sem
ta Tontade. E quádo kio ElRey «ouím, lançou empoa ellea e nõ hoa poda
9^ MEMOlklAS
alcançarsaluo em Ourom qup era entani mui fortp, f tinhao o R;iiiiha dona
meçia susn AWn em aR«s. K chegou pI Rei lii e dise lhes (pip llie abrisem
portas c era el Rei dom Sàcho hu elle leuaua seu preponto vfesttdo
ji
"
de seus synaes e seu escudo, e sèu peadom ante sy. I£ derftlhe mui
graodes seetas e mai grandes pedradas do seu escuilo e no sen pendooi.
e asy se ouue ende a tornar. > NobU. attrib. ao conde D. Pedro, TU. 13
1 4; US. do sec xv,ou prin. do xvi. qup possuímos.
t O ar. Herculano, ua sua Hist. de Portug. T.S p.408e seg., e BoU
ixviii no fim do mesmo tomo.
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DE D. MECIA i^OPES DE HARO 00
çmo, %àmttànóo'm^o ^ houv^s»^ no jjuctp de a ti-
Ç08, e por elle ha?er perdido por causa delia tudo o que
possuirá em Leiria que as mesmas duas Tillas de Tor-
res Novas e Ourem lhe pertenciam : e isto é, em parte,
conforme â tradição Afora isso nada sabemos das villas
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ê
III
1248—1270
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102 MBIIORIAS
haxiendo vos esto, y non tirando voá dello ningana cosa, y vos seyendo
su bermano y sn vassallo, y promettiendole siempre que le hariades
el rey desaforaua Ia tierra, y que vos
seruíço, embiastps le a dezir ijue
desheredaua, sefialadamente dei infanladgo de la tierra de leon, y el
rey non vos desheredo desto, ca vossabedes que la reyna dofta menda
proliijo al infante don fernando : y al tiempo de su finamiento d^aquella
dolla meneia, diego d*corral entro toda su heredad sin mandado d*l rey.
T por mandado dei infante don fernando por el probijamiento que le
hiaiera; y se vos alguna qucrella auiades desto, itunca selo mostras-
tes. * —
A D. Fernando Rodrigues de Castro mandou dizer (c. 29 foi.
20) « Y a loque de/ides dei heredamienlo dei infantadgo, vos sabedes
:
que la reyna dofia meneia, cuyo era, ouo por hijo a) infante don fernan-
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DE D. lOBCU U»U DB NABO 103
do, j quando elia iioo eniregoio a diego corral ea palenria por mandado
dei infante, el rey no lo sabiendo.
1 Cunha, Árceb. de Braga T. 39 §8.^0. Paacual Madoz fai
também a deseripçio do tumulo de D. Mecia, veja^ae Diocion. Geogr.
de Espana T. It verbo Najera (Madrid 1850).
2 Ribeiro, nas Reflex. Histor. P. p. 12i e P. 2 p.
I 181 novos addita
mentos ás Dissprl. Chronol.), faz niençáo deslp filho, « uja existência lhe
constára das inquirições de D. Affonso iii, de 12J>8, onde, a foi. 23 verso
do Lir. 5, achára que certos casaes na freguezia de Santa Maria de ViUar
de Porcos, eoneeihe da Haia, foram de um filho « Rtgi* D, S. fralrii m-
itut Jlaf iff»
104 mifOBlAS DB D. lUEGIA LOPBS DE HABO
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*
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D. BEATRIZ DE GUSMAN
Mulher de D Aííanso Hl
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D. BEATRIZ DE GU&HÂN
SEGUNDA MULHER DE D. AFFONSO Hl
IÍ53— 1258
.
que, segundo a opinião geral, ajustou o casamento do
sobrinho comMathilde, condessa de Bolonha — a mais rica
princesa do sen tempo» segando é fama — TíoTa, desde
1234, de Filippo Hurepel, de Fiiippe-Ângasto rei de
filho
1 L'Art de Vérif. Ics Dates ^T. 2 p. 662 e 766, 3.'' ediç.) refere que,
segundo uns, Filippe faliecêra envenenado, e que segundo outros fôra
morto om ura lornôo por um cavalleiro que queria vingar Florêncio,
conde de Hollanda, que tinha sido morto por Filippe, por sçr objecto de
«Bia paixfto da pane da condessa Maihilde.
9 Hist. de PortQg. do sr. Hereolano, T. S p; 199 e 381, 1.* ediç.— Vi*-
eonde de Sanlarem, Qoad. Blem. T. 8 p. 11.
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106 miioiius
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DE D. BEATRIZ DE GUSMAN 107
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Dfi D. BGATBIZ DK 0USIIAN i09
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II
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t
DE D. BEATRIZ DB GUSMAN Hl
Unlia Tinte e tres aoDOs a esse tempo, e aioda d3o era
que só em novembro de 4246 se realisou ^, Sa-
casado, o
bemos que 0. Maria Guillen ainda vivia em 1262, porque
nesse anno, a 4 de outubro, fez seu testamento, estando re-
colhida no mosteiro de Santa Maria la Real de Alcocer que
eila fundara K £ peio facto de deixar todos os seus bens
a 0. Beatriz, se eonbeceque fôra esta o único fructo dos
seus amores com
sendo provável que o casa^»
Afifonso
mento deste pozesse termo áquelles com quanto elle con- ;
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MBMOmAS
dendo a que o seu primeiro fructo foi a infaDta D. Branca,
que nasceu em Guimarães a 28 de fevereiro de 1259.
Dons ou tresannos depois dessa epoclia, ateou-se de novo
a guerra entre Portugal e Castália, cujos promenores s5o
desconhecidos. Escaços vestígios nos revelam, comtudo,
que no meiado de láOo a paz se firmára entre Affonso iii
e o sogro. Este cedeu ao infante D. Dinis que D. Bea- —
triz déra á luz em 1261 —
o senhorio do Algarve, salvo
certas regalias que reservava para si em quanto vivesse
com a condição, porém, de que o infante, ou antes seu pae
em nome delle, se obrigaria a ajudal-o em tempo de guerra
com cincoeiUa laiu-as. Em setembro do anno seguinte, o
castelhano fez cessão dessas mesmas regalias, ficando as-
sim a coròa de Portugal òom o domínio pleno daquella pro-
víncia, subsistindo apenas a obrigado das cincoenta lan-
ças. Finalmente, deste symbolo de preeminência desistiu
também o rei de Castelia em 1267, na occasião em que
seu neto D. Dinis, sendo de seis ânuos, foi á sua côrte.
D. Affonso III pela sua parte cedeu ao sogro os castellos de
Arôche e Aracena, alem do Guadiana K
É 4radiç3o que a rainha D. Beatriz fòra a Gastella en-
eontrar-se com o pae sobre o negocio do Algarve, antes da
ida do infonte ' ; mas attribuiram-no a uma conjunctura
envolvida em successos que já foram devidamente avalia-
dos pela critica apurada de escriptores modernos. Rejei-
tando-se,porém, o que é estranho a essa tradição, não ha
repugnância em acceitar pura e simplesmente o facto da
jornada de D. Beatriz, e suppòr nesse caso que ella acom*
panhasáe o filho. O astuto rei de Portugal conhecia de-
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U£ D. BEATRIZ DK GUSMAN . 113
S Vide ante, pag. Ill, nota 4. A. raialua anceita o encargo deste modo:
«BtegoBettria Dei gratla Regina praoena foi omoibos tnpradi-
eUt, oicooieiísaiii prttbai» etprttbêo nea spontanea voluntate, et joravi
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I
114 XEMOMIAS
•
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D£ D. BEATRIZ DE GUSMAN 115
neiro de 4270 —
poacas semanas antes de morrer, —
mesmo padroado em quanto ella vWesse, e dando*lhe màís
a alcaidaria das mesmas vi lias
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116 MEMORIAS
não pôde haver equivoracáo com a outra rainlia l). Beatrís, nualher do
D. Afifonso IV, porque esta nunca possuiu Alemquer.
2 Nota XVllI no fira do volume.
3 Liv. Grande da Cam. do Porto f. 144 verso, citado por J. P. Ribeiro,
Mem. das Inquir. p. !9t.
4 Eram umas casas de qae fex doaçfto a Affooso Dinis, filho bastardo
de O. Alfonso III, segando €onsta de nm diploma de D. Dinis, datado de
15 de setembro de 1300, em que este, comludo, náo deelara a dala da
doaç&o de sua mãe Chancell. de D. Dinis L. 3 f. 10 verso.
:
'
1279 — 1300
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ff
lho. A 26
de junho de 1282, ou poucos dias antes» celebra*
vam-se em Trancoso as núpcias de D. Dinis- com D. Isabel
de Aragão, ao passo que a 9 do mesmo niez D. Beatriz se
achava em Serpa ^. O cui to intervallo que medeia entre as
duas datas, comparado com a distancia que separa os dous
legares, e o não haver vestígios da presença de D. Beatriz
em Trancoso na celebração das vodas, faz crer que effecti-
amente a rainha-m9e não assistiu a ellas, e que se achava,
talvez, de caminho para Sevilha. Se assim foi, parece que
devia existir alguma desharmonia grave para í|ue ella es-
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I
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m MBIIOMAS
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124 MEMORIAS
2 MariHna. L 14 r. 7.
DigitBBirtiVGopgle
DE BEATRIZ DE GUSMAN
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126 JMKMORiAS
Diflitized by
PE D. BEATRIZ DE GUSMAN 127
nhora sem que primeiro fossem chamados a juizo por seu auadelt ete.:
Liv. dos Pregos f. 121, no Ârch. da Cam. Munícip. de Lisboa.
à Francisco Brandão (Mon Lusil. P. 5 L. 16 c. 58) suppóe que D. San-
cho sanccionára a doação relativa ás rendas de Badajoz: é possível que
assim fosse.
1^ 1IBM0BIA8
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j
DE I>. BEATRIZ DB GUSMAN i3i
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132 MEMÓRIAS
qve rejpiuvH o anno indicado no Obituário, porque entendia 1330 por ati-
no dn CJirisio, sendo notório que naqueile tempo se não contava deste
I modo. Nno concebemos como se não lembrasse de o tomar por era de
Ceiíitr, vindo assim a responder ao anao de Christo de 1301: fôra mais
eonse.qiit me. e ter^-bia approxliBado mala dt verdadeira data. Haa o
caprlriio era demaaiado em Barboaa,e argumentoa palpavelmeate fraooa,
e, até por mea, ridieuloa náo faltam na am obra. Ploalmente uma no*
ticia authentina, descaberta pelo ar. Jofio Pedro daCoata Baafo, diatineto -
vid. Port Monnm. Hiit. aerip. vol. f p. II col. 2). A feata de S. Donato
• hispo e martyr —
porque houve outros santos deste nome — celebrava-
SH a 7 de írgosto : Acta Sanctor., men.se augusti, T. 2 p. 180 e 181 C. —
Brev. Roman., ad diem. — Calend. da Igr. Anglic, antes da Reforma, na •
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DE D. BBATBIZ DE GUSMAN 133
seus (iias no ultimo quartel (ia vida. O ter conservado por
seus couseltieiros, logo depois da morte de AíIodso iii, os an-
tigos confidentes deste monarcha, persuade quanto ao pn-
metro pit^nto. Nem foi temporário o valimento que experimen-
taram da parte da rainha-víuva ao menos é certo que D. JoSo
;
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434 MBIfOAIAS
menos ella agora nam tem sinal disto, porque nam faltou
fezer sobre isso diligencias para saber a verdade disto. E
desta maneiraque tenho escrito jaz esperando ser chamada^
Prazerá ao Senhor que seja para a gloria sua, porque esta
Rainha fes neste Reino muito boas ohras, e teue fama de
mui santa, e deuota, e alTeiçoada á H('li</iam Christãa » ».
fonso de Falia. Seu verdadeiro nome foi frei Anioriio de Falia, da ordem
doB prégadores; corapoz em 1569, por ordem do rei D. Sebastião, a Kfla-<r
Oigitízed by
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R€y POR^: 9PRIDO :D€[ VO.
Rn os oFC; n nico
;
1 Sít l^ft^S;
i
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«
'
BC D. BEATMZ OB GOSMAlf I3S
'
dos castellos pintados a' eôres no bom gosto dos frades. Da-
mos na estampa annexa copia das duas inscripções^ adWr-
tindo que dos originaes as letras téem cerca de meia poUe-
gada.
A inscripç3o n.^ 1 está á direita das armas reaes» e é co-
mo segae
Esta borbja pordoi
A MUY IfOBRB RA.l(n)aA DORA
BbATB(ix) I ÁOABOD A O HDT 10-
BTiçoM SBU nuo HOniB
MT DB POBT(ueAL) flOmiDO BB TB-
BTUBB DO(h) DbRIS
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i36 MBimiAS
Dieem que psta rainha fundára o hospital de orphãos ou
enjeitados de Lisboa^ no sitio da Moiu'aria, ampliado por
D. Gatharína, mulber de D. JoSo iii ^ e reedificado por
D. iosó em 1764.
Ao& monjes d*Álcobaça mostrou muita predí lecçio. Existe
o original de um diploma em que se notam muitas lacu-
nas, que tornam o sentido obscuro, o q\m\ parece comtudo
sigaiíicar que a rainha isentara do pagamento da jugada ^
os que laYrassem terras do mesmo mosteiro e fossem su-
jeitos a esse tributo do termo de Torres Vedras ^. Pouco
depois da morte de D. Affonso iii, sua viuva deu a igreja
de S. Pedro de Torres Vedras ao abbade do referido mos*
teiro e seus successoros, em honra da Virgem Maria, em
remissão dos seus peccados, e por ahna de seu defuncto
marido, como resa o diploma K Deu também, segundo di-
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BE B. BBÁTBn D£ GUSHAN 137
p.4 eol. lé-- Ribeiro, Gonflmi. Regias, doeom. 10. Soèn o meio que di«
lem liever tido empregado por D. Reatrii para salvar este sen fllho de
morrer sufTocado por eausa de nma espinha de peiíe, eonsulte-se a Moa
Lusit. P. 5 L. 16 c. 14 in prin.
4 Chron. Conimb. «daer. i:{()l. —
Brandão, por engano, dia 8 de feve-
reiro :VIU idus februarii corresponde a 6 do mesmo mez.
5 Ibid ad ser. 1306.
€ Transcripto por Braadio. 1. cil.
7 Chron. Conimb. ad «r. 1S9?. —
Mon. Lusit. 1. eit.
S Impresso por exUacto em Alarcon. Casa de los Msrq. de Toreifal.
eseríl.84. Áeercadesla infant» veja-se Flores, Reyo. Gathol. T. S p. 531 e
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138 maoius db d. ib4tms db oosiun
D. Sancha : nasceu a 2 de fevereiro de iá64 ' : n5o
casou, e sem dovkla m emoofembro de
já fallecidu 1^
*
D. Maria : naacea no fim de 11264 ou principio do anno
seguinte Dizem que professára na ordem ihs conegas de
Santa Cruz ^.
Os escriptores antigos também alludem a outra filha de
D. Beatriz, chamada Constança faliam comtiido provas da
:
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D. ISAfiEL DE ARAGÃO
(A BAINHA santa)
0
MULHER DE D. DINIS
1271 — 1325
«
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440 IICIIORIAS
madre fei poer em huma cauaella de prata, e tragia eata Haioha aquella
eauaella ein aia areaa ». Alguna authorea modernoa viram neaie aoceeaao
um prodigiOt qne todavia ainda lioje occorre por vezea, poato que nio
eeja mui commum.
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DE D. ISABEL DE ARAGAU 141
Isabel» por Diogo Affonso, Coimbra, 1560, 4.°: obra raríssima de que
se faz menção a pag. 24, u. 108 da Bibliog. Histor. Portug. por J. C. de
Figaniére, e que nfto podémos eonsoltar. c — Phenii de Portugal >
por frei Antonio de Escobar, Coimbra, 1680, 4.®~cHistoria de Santa
babel » por D. Fernando Gorrfta de Lacerda, Lisboa, 1S80 e 1735, am->
—
bas em 4.° < Discurso sobre a vida e morte de Santa Isabel» por
Vasco Mousinho de Quebedo Castel-branco, Lisboa, 1597, 4." em outava
—
rima. « Nova Esther em Portugal » por José Manuel Chaves, Lisboa, 1819,
8,*, poema. Se ó que se pode detinir poema o que não é mais que um in-
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4
142 MEMOHIAS
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DE D. ISABEL DE ARAGÃO 143
3 lbid.e.lS.
U4 MEMOBIAS
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DE O. ISABEL DE ABAGÃO 145
1 Eis as pula\ riiii pronunciadas por D. Isabel neste acto < Ego Helisa-:
bet filia excellenlis doDiini P. dei gratia Illustris Regts Aragon, trado
corpus meam in oxorem legitimam domino Dionísio dei gratía Regi Por-
tiigali» et Algarbii abaentitanquam preaenti et eonaensam meum su-
per ipso matrimonio nobia procuratoribua predictís pro bono noraine
dietidomini Regia PortugalíoB »: Instrumento de recebimento, citado.
2 Veja-ae o que deixamoa dito na ímtbooucçâo Dotet ê Àrrhnit —
ad fín.
3 Lenda, — Acenli. Chron.
p. 49.S e seg. c. 14. — Piua, Chroo. de
O. Dinis c. 3. — Mon. Luait. P, 5 L. tS 33. e.
10
146 MEMORIAS
Juan y con dou juan nuHez, y pregunto le^ que puo8 eu las visus erao
ya,comonoa le dava le rey deporlugal elaver quele dixeron.e ellosha-
blaroB con el rey de ponugal, y el ettranolo mucho, j fbe el pl<>yio lle>
gado a luf^rque se ofieran de desaveoír aibbos los reyes por esta ra>
ton mas la reyna dona yi^abel de Portugal, recelando miirho la desave-
;
nencia de los reyes por lo de su liija, irnvo tanto con el rey de portu-
gal su marido, que uvn de hazer, que pronieliesse al rey un cuento! y
que le daria alli luegola mitad en badajoz: y In reyna hablo luego con el
rey don feroando su yernu que quisitrsise Hgur<i tomar este cueulo eo I
esta naoera. Tal rey non to quíoo bazer, sino por aquel judio que era su
privado y por algunosotrossos privadiia que roo cobidieia dei algo le |
aeonsejaron que lo tomasse: yel ovo Iode liater Aflcaron anboeeiai as-
sossegadoa los reyes.
1 Igiiorn-sp (juatido este empréstimo se fe/., mas consta o facto de um
documento pelo qual Fernando iv hypothecou Alconchel e Burguielhos
por outro empréstimo, que llie fez I). Dinis a 2 de julho de 13t1. Veja-
86 o Corp. Diplom. Portug. T. 1 Acenheiro (Chron. de D. Dinis,
p. 99.
nos loedit. de Hist. Portog. T. 5 p. 95) tambeai blla do enprasUno por
Badajoi, mas errou ns quaoUa; além de qoe dous^iemplaresdesn obra
diserepam «nire si.
DB D. tSAflBL M ARAGÃO 149
e isto por duas vias : 1.^ era o infante bisneto, e sua mulher
neta do referido rei de Gastella ;
2.'' D. VioUnte era bisneta
de D. Berengária, irman da rainha D. Urraca, avó de D. Af>
fonso. TomaTa-se portanto necessária dispensa do papa para
legalisar o matrimonio. Nada podemos dizer das diligencias
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DK D. ISABBL DE ARAGAO f 53
tra, que o rei lhe havia dado em 1287, para que esta villa
e Ourem fossem entregues ao infante em troca de Portale-
gre e Marvão ^. Aqnellas duas villas l endiam ao todo i:iOO
libras, em quanto (jue o rendimento destas era só de 2:000
libras. O escambo, no sentido de interesse pecuniário, foi
: mas
pois favorável ao infante n3o o era menos a D. Di-
nis, porque tirava ao irmão turbulento dous legares im-
portantes da fW>nteTra —
d'onde fazia as suas correrias no
reino visinho. — posto que d'a[i o não aflaslasse de todo,
conservando D. Aflonso ainda Castello de Vide e Alegrete.
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151 MEMORIAS
TeDdochegadoámaíoridnde^oinfante-liordeiroconfirniod
— estando em Braga a ^
de julho de 4308— o protesto
feito em 1297 por saa mie, dizendo que elle também pro-
testava contra o acto de legitimação de seus primos : ao
que D. Dinis respondeu que u^o fora nem era sua teri-
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1
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156 mHOBUS
por D. Dinis. Porém Estevão Peres estava preparado:
D. Isabel fòra legitimada, isto nlo negava elle, mas Insis-
tia que nem por isso era c legitimai pem ilegitimamente
natat e que a sua legitimação nSo Ibe dava jus para her-
,
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DE D. ISABEL DE ARAGÃO 157
*
Paris em 1245, no tini impresso n» Mon.Lusit. P.iAppend. Mcrit.xivi;
;
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158 MEMORIAS
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«
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4
160 MEMORIAS
á rainha.
Gosando desde os mais tenros annos uma certa indepen-
dência. concQdída pela fraqueza ou talvez vaidade paternal;
exposto justamente na idade em que mais nos deixamos le-
var das impressões para —
bem ou para mal idade que mal
pôde prescindir do alTectuoso desvelo dos paes expos- —
to, dizíamos, á influencia dos que o rodeavam, o infante,
Digitízed by
DK D. ISABBL DB ARAGÃO 161
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O rei n um laaiiifeslo que publicou no 1.'' de julho de
U20 1.
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DE D. ISABEL UE AhAGÃO 163
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I6G MEMORIAS
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DB D. ISABet I)E ARA(ÍÂO 167
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168 IIEM0MA8
onde 96 conhece que elle, veiu a este reino do meiatio aié o fim de 1321,
e não em 1319 como aponta Zurita. Brandão (Mon. Lusit. P. 6 L. 19 c. 25)
jÀ tiaha mostrado que a vinda de D. Sancho devia ter-ae realisado on
tSM.
a Von. Laait. P. 6 L. 19 c. S7 e 18. abonaodo-ae com ama ehroDiea
antiga inadita.
Oigitízed by
DE D. ISÂBKL DB ARAGÃO 169
1 Ibid.
"2 Pina, Chron. de D. Dinis c. 24 — Raphael de Jesus, Mon. Lusit. P. 7
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9
1 pHg. 5(Ki.
t A Lend.i diz Kouivs.Kuy «íf Pin-i (Chnin. de I). Dinis c. i9) o 1-u-
. miar, e esta éa opinião mais seguida. Cardoso ;Agiol. Lusiu T. 4 p. 57
e «eg.) traz duas suppostas cartas, ama de CL Isabel ao rei» datada de
OdiTeUas a 7 d*agosto, sendo a outra a resposta de D. Diols do Campo-
grande na mesma data, ambas sem indicaçSo do anno pelo assumpto ;
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DE D. MAiKL DE ARAGÃO 171
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i72 MBMORUS
disponha, por mera formalidade tai?ez, que se acaso ella
fallecesse antesdo marido a sepultassem no mesmo habito.
Teve o cuidado de declarar que não entendia com isso fa-
zer profissão ou voto de obediência a ordem alguma, mas
que a mudança de trajo seria havida apenas como si-
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J
I
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174 MeMORIA!^
do Templo ^.
A 9 de junho de 1287 o rei expediu outro diploma,
dando a sua mulher os direitos sohre todos os géneros —
menos alguns que especifica —
que entrassem pelo Porto
de Selir, junto de S. Martinho \
Estando em Santarém, D. Dinis fez doação á mesma
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DE D. ISABEL DE ARAGÃO 475
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DE D. ISABEL DE ARAGÃO 177
tem pendent<í, por fios de, rotroz vermelho mesclado com ainarello, o sello
de chumbo, deforma perfeilamente rirculnr e eslampado cora as anuas
reaes em ambas as fdces. Acha-se o docum. regist. na CbanceU. de D. Di-
isL.3f. 33.->DeTe'^se emendar a data referida por Brandão, sabsUtuado
julho, qoe erradamente ae lè na Mon Laalt. P. 6 L. 18 c. 9 e 11, por junho,
.
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178 iimoiius
t Ibid. P. 6 L. 18 c. 42 e L. t9 c. âl.
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180 MEMORIAS
Oigítízed by
1325 — 1336
«
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182 MBMOBIAS
mos.
Dizem que a raiotia acompanhou o sahimento, feito em
boDra do defunto monarcha, a(é Odivellas, onde seu corpo
foi depositado n*iim tumulo de riquíssimo lavor, que ainda
hoje se pôde ver, posto que muito mutilado, níio tanto pelo
tempo, como pelas mãos dos liomens K Parece que ahi se
demorou algum tempo, e que recebeu uma carta de pesame
do papa João xxii, datada de AvinhSo ao í."de março do
mesmo anno» com uma por^o de relíquias que o pontífice
lhe mandava D. Dinis havia feito seu terceiro e ultimo tes-
tamento pouco antes de fallecer (34 de dezembro de 1324),
e nelle ordenava que sua mulher tivesse o principal logar
entre o>i que deviam cumprir as suas disposições finaes 3.
lecç. Espec. caixa 3U no A.rch. Naciou. Neste também vinha a tainha qo-
meada por testamenteira 1 0 primeiro j4 tivemos occasiáo de citar: flile
ante, pag. 147
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DB D. ISABMi »E ÁAA6Â0 183
para qualquer eveDtualídade em que julgasse necessária a
sua intervenção em prol da alma de D. Dinis» como elle di-
xã U isto dá logar a crer «fue a deseonflança, que eviden*
tenente dotaimiYa o rei quando dietava a sua ultima voiv-
tade,Dio fòrá infundada.
É fama que a rainha emprehendêra uma peregrinação a
Santiago de Compostella, em julho de 1325. No dia da festa
do apostolo íe2-lhe a rainba, e á sua igr€iia« riquíssimas
offertas, entre as quaes se contava a sua coroa de maior
preço e uma infinidade de objectos de suMdo valor* A muni-
ficência da piedosa princesa nlfo deixaria de ser largamente
apregoada pelos sacerdotes do templo, cujos corações isen-
. tos, como devemos crer, sem duvida se sensibllisariam sem-
pre com devoções de tão appreciavel natureza* Ao regres^
ser a Portugal, D. Isabet recebeu das nãos do arcebispo
o bordSo e a bolsa de peregrina. A aua jornada foi uma con*
tinnada ovação, correndo ao seu encontro os povos por
onde passava, sôfregos de contemplar a futura santa, a fama
de cujas virtudes tinha penetrado em todos os ângulos do
paiz, chegando aos últimos recantos das Hespanhas, e por-
ventmra a regiões mais longínquas ^. De feito^ isto ião è
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184 MEMORIAS
X
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DE D. ISABBL DB ARAGÃO 188
t Porém oáo seria muito «ntfs, on pelo menos nSo o t^^ria de clar«(to,
porque a 15 de março de 1S77 D. Maior fez escambo com o mosteiro de
Santa Cruz lie dous casaes per outro canal em Monlemor-o-velhoe parte
d'iirna herdailP! (o original está no eart. de Santa (^lara de Coimbra). Isto
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186 HIHOIIIAS
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DE D. ISABEL DE ARAGÃO 187
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188 MBMOBIAS
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D£ D. ISABEL DE ABAGÁO i89
rainha nem sempre ó o mesmo, o que alias concorda com a pouca regu-
laridade daquelles tempos n'uiua lô-se serénitsima ae iilustrissima
; :
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DE D. ISABEL DE ABAGÃO iOi
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MEMORIAS
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DE D. ISABEL DR ARAGÃO i93
« padroeira e governador »
1 no fim do olmne.
Codicillo, nota XXYIII
2 Nota XXIV no fim do Yolume.
3 Assim lhe chama o rei em doas diplomas, que passou era conse-
quência do que lhe represeniára sua mulher; são ambos originacs: n'um,
dat, de Lisboii a 9 de outubro de 1322, indica ao alcaide e alvasis de
Coimbra as providencias que haviam de tomar a respeito de algumas
farras que o eonvento herdára de D. Waioi Dias» nas quaas se Unha in-
troduzido nm certo MarUm Ganaveies, pessoa sospeita ete. No outro,
dat. de Santarém a 19 de abril de 13S3, manda ao alcaide e juises da
Lousan qne procedessem á partilha de uma quinta emFos d'Arooee,
de que o pae de uma das freiras deixára metade ao convento, partilha
a que se oppunha a viuva do fallecido. De um diploma original de D. Af-
fonso IV, dat. d'£vora a 9 d'abríl deli25, v6-8e que esta questão ainda
pendia Cartor. de Santa Clara.
:
de Santa Cbra, um
pouco mais chegados ao rio ^ Tendo
mandado reconstruir ou au^niientar cssí^s paços, alii pas-
sou a maior parte da sua viuvez^ auseutaudo-se apeuas quan-
do os negócios exigiam a sua presença em outros logares.
Nos primeiros annos oceupourse ainda em aviar a conclu-
flio do seu palácio» bem como do convento e sua igreja <
1 lbi(i.
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DE D. ISABEL DE ARAGÃO 195
3 Bscripturas de U
de junho e 10 de Julho da era de 1314, e 14 de de-
lenbro de anno seguinte : Cartor de Santa Clara.
4 Original, dat. de Lisboa no 1.* de outubro da era de 1864 : Ibid.
Digili^ou by Google
196 MEMORIAS
declara que certa quinta na Lousan fôra comprada em seu nome mas que ;
fòra por conta e com o dinheiro de Joanna Goiíçiilve.s {saa donn), irman
de Maria Gonçalves abbadessa de Santa Clara, e que queria que a mes-
*na a boavAaae aem maia contenda ete,
3 loatmm. de venda, dat Leiria a 2 de junho, era de 1368 : Ibid.
4 Nota XXIX no fim do olnme.
5 Instrumentos dat. de Bvora a 20 de fevereiro, de Penço, em Riba
de Vizella. a 23 d'(>uiiibro, e de Guimarães a i8 do mesmo mez, todos
da era de 1356; Cartor. de Santa Clara. No segundo dncum. se acha in-
clnida uma carta da rainha, dat. de Évora a 18 (28?) de fevereiro da
mesma era, constituindo seu procurador, para tomar posse dos casaes, a
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DE D. ISABEL DE ARAGÃO 197
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196 MBMOIIIAS
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BE D. ISàmCL DS ABA6Â0 IM
negação eonstaole dat leis da nitureza, fllo deiíara da
ser filho da crença cega e sincera que possuía qoasi to-
das as classes.
Mas as occupações de D. Isabel não se restringiam uni-
cameote ao espiritual, ioteressava^se também nos negocio^
noDdanos» e nomeadaoMiite nos que diziam respeito aos
numerosos poros e viUas de que tinha o senhorio, oomo
nol-o assegura a Lenda, e se deixa ver de um documento
original, datado de Leiria em outubro do 1331. Nas den-
sas trevas que naqueiles tempos toldavam o mundo intei-
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Esta medida de ha cinco séculos era conforme á dootrina
que eoHo prevalecia eulre os nossos maiores, como se co-
nhece de bastantes documentos. E na verdade a estulta le-
gislação que nos rege hoje, assim como entre outras na-
ções, na parte económica^ está longe de se ter despido dos
erros grosseiros do mundo tradicional : ainda continua sen-
do uma fonte perenne de desgraças e de crimes.
O estrépito da guerra im
emfim retumbar dentro do
próprio recincto que a rainha-mSe havia escolhido para soa
residência, sobresaltando-a no meio da vida tranquília em
que, sem duvida, esperava acabar os seus dias; esperança
que não era destinada a realisar-se. Desgostos, não só po- /
bro ; em parte porque esse dia viera apontado n'nma eota feita por algum
curioso na margem de um catalogo dos reis» em MS. (vid. ibid. p. 996), a
'qual eota 6 um conjuneto d'erros, como nota o próprio Barbosa; e em
parte porque era fama que D. Constança fallecêra de parto, argumentan-
do o referido aulhor « pois do seu ultimo parto, que foy a 31 de Outubro,
:
correm trexe dias, que são os que bastão para duração da enfermidade,
que intempestivamente lhe tirou a vido». Tal é a critica pueril que em-
prega Barbosa que, aliás, ó da mesma força que o racioeinio com que
1
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Í08 mOMAS
clariNia gom
ao gwuro, fezendo ow
repaolma mmSo
nos estados deste pelo Mo
de Badajoz, respondendo o cas-
tdhano por uma cootra-invasão effeituada por seus capi-
tães.
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DE D. ISA9EL DE ARAGÃO 203
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W\ 11KII0MA8
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DE D. ISABEL DE ARAGÃO 205
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^06 HRHOEIAS
1 Corrêi de Lacerda, Hisl. de Santa Isabfl [p. 297), diz qusera trailiçAo
que sehaviam tirado as patranhas da rainha, sen io (lepositulasno alto dos
degraus da Cí»pella-mór da igreja de S. Francisco de Estremoz. Varies «u-
ihores referem as duvidaa, que se levantaram sobre a conveoiencia de
coadoAiro eadiver a Coimbra dob calores do etUo, aconaelhaudo alguns
qae fosse enterrado em S. Franeisco de Estremoz oa na sé de Bvora, que
fieava perto ; mas qne o rei reaolvèra que se cumprisse desde logo a von-
tade da mâe. Jeronymo de Belém, e Manuel da Esperança dizem ambos
que o corpo de D. Isabel náo fòra embalsamado esta aflirmatiTa nâo se;
1
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;
ciaSt em
que se regulou a fórma da procissão e mais actos
pertenGeutes a essa eeremooia, abriram o tumulo da rai-
nha —
o qual já em f 6lt£ tinha sido aberto, como logo ve-
remos —
na presença do bispo-conde» dos bispos de La-
mego, Viseu, Porto, Miranda, Targa, Pernambuco, do deão,
mestre-escola. chantre e cónegos da sé, do reitor da univer-
sidade, do provincial da ordem de S. Francisco, do guardião
do convento, de um notário e de um architecto. Âchando-se
o caixão despregado e todo desconjunctado, deliberaram
que unicamente o corpo fosfe posto em um novo caixão
e. tirando a uma e uma as taboas do antigo, .acharam o ca-
dáver inteiramente envolto em roupas e mortalhas brancas.
Descobriram apenas uma das mãos, que acharam intacta,
beyaudo-a todos os assistentes, bem como as freiras, as
quaes foram admittidas a tomar parte neste acto. Susci-
tou-se a questão sobre a conveniência de chamar o povo,
para que visse por seus olhos o perfeito estado de conser-
vação em que se achava o corpo mas a idéa íoi rebatida
;
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208 MBMORIAS
3S0 libras. Vendeu-se lambem, por 50 libras, uma herdade que perten-
cia a outro individuoi qne tivera o mordomado em 1835 e nio tinha pago
o que devia.
14
210 MEMORIAS
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312 BIIOIUàS
que a tondaçâo fôra começada pelo bispo e acabada pela rainha a HisL ;
de Santarefli dii qoe f5ra Aiadada por «mboe. eitaado o diploma da fna-
daQio «foin a data do anão de tSSO, do que ha engano manifesto, porque
nlo vivia então a rainha. A ser genuino o documento, esta data devia ser
«ra, e não anno porque ajera de 1359 correspondia ao anno de 1321. em
;
que nâo só vivia a rainha, mas tarabem D. Dinis, cujo beneplácito o doco-
mento diz haver sido nlcançado pelos fundadore)*. Por outro lado Ribeiro,
na lista que dá dos bispos da Guarda (Dissert. Chronol. T. 5 p. 167), põe
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D£ D. 1SAB£L D£ ARAGÃO 213
Affirmam que a rainha concorreu para a reparaçSío do
convento e igreja de S. Francisco de Bragança, que foi a
nha que a procissão de corpus christi, que se fazia na mesma villa. se di-
«rigisse para a igreja de S. Francisco (vide Esperança, Uist. Seraf. P. 1
p. 380).
1 Esper., Hist. Seraf. P. 1 p. 50. Dizem (Tejt-se o jornal «Panorami»
.Tol. i da i.* serie p. 414 que Umbem fiindán o flooYento de
eol. 1.*)
.S. Francisco de Beja ; mas disto doTidamos, porque, to passo que ne-
ahuma noticia anthentiea achámos de tal, em sens testamentos náo fas
ella menção especial deste convento, o que parece não ommittiria se
fosse funtlarào sun, visto qiie deixa um legado a U^das as fundações
em que tivera parte.
2 Mon. Lusit. P. 4, nas advertências feitas a p. 507 tia ediç. de 1715,
e P. 6 L. 19 c.23.— Cliron. dos Goneg. Regr. L. 4 c. 7 § 17.
.8 37.— Mon. LosU. P. .6 L. 18 c. 4S. É tn*
Hist. Seraf. P. 1 L. 1 c.
.dição qoe esta rainha ftindára a igreja do Eapirito Santo em Alemquer,
o.qne é de tal modo confundido com as patranlias dos mílsgreiros, que,
. na falta de noticias autbenticas. nada podemos aflirmar a. este respeito.
Yide fisper., Uist. Seraí. P. i L. 9 c. 17.
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214 MEMORIAS
=eHa herdasse todos os seus bens, com a clausola que fosse obrigada a
pagar as suas dividas e dar o terço por eua alooa, coBfonii»a dí^lMMçio
qoê elle fitease por testamento. Datado de Obide»,« 11 dlk amabn
la^ra de 4819(1. D. ÍV») ; «Stm as terteimmlnísiagliit idoHiiia» ir«f<t-
ttr GontalwtCdlfiéUtmvg áiet^ãomM^gine (HeijiebSfe)^ASer étote Pe-
*dro BstévflBÒ mestno que depois f^ra A^erclefigb« o1r»idt»ridtiiraiaha»
o que é provarvel, a infanta nfio logrou a herança ;^rque«l}e Tiveo moi-
losannos depois que elta falleceu.Veja-«e<a Relaçâò no fim da ínthodoc-
>çÍo.Esse costume de perfilhar ou adoptar os -filhos doe podepdsM '«ra
aaaaz commum uas pessoas que-aào tiulium herUáros, aOado mb -meio Aa
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DE D. l^ABfiL DE ARAGÃO SIS
tompos 4omrdeD«d(M —
Viterbo eila uiiia carta de ViceateDoiiiiagiiei,
4e laM, pela qual adoptava Pedro Affonso. filho bastardo de D. Dl9i#,
por seu verdadeiro herdeiro Elucíd- T. i p. 56 verbo Adautar.
:
1 ChroD. Conimb. ad ser. 1329, vid. Porl. Monum. Hist. srrip. jrol. t
p. 4 col. % —
Brev. Ghron. Àlcob. Ibid. p. 21 col. 2. —
Leoda de Saot^
iaabel, p. 501 col. 1. —
Mon. Lu&it. P. 5. L. 17 c. J.
t Vjc^a^-s^ ao|>re tudo o que dúepooa ao texto., Sousa, Hist^6eoe«).
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246 MeMORlAS
de 1612 foi uma terça feira c não segunda feira, porque as dominicaes
foram GP. Nisto, comtudo, podia engaaar-w o author da carta, que as-
*
cretia a 10 de março.
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DB D. ISABEL BE ARAGÃO 217
ou poderosos. Se a conser-
até dos de particulares ricos
açSo dos corpos embalsamados nem sempre se alcançaTa,
era isso meramente devido ao modo menos efficas dos
preparos. Apesar de tndo, nem Paulo v, nem seusueces-
sor Gregorio \v [)ro(',l;uBai ;irii a canonisação, e Filippe iii
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NOTAS E DOCUMENTOS
I
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I
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222 NOTAS £ DOCUMENTOS
BOCUmiTO 1
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N0TA8 B DOCmOENTOS
albergaria que diz assi. — Dom denis pella graça de deus Garudo
Key de portugal e do algarue a quantos esta carta vi- D. Dinb.
rem fago saber que a mym se enuiarom agrauar alguuns
moradores da terra da tieira de martim iohanes morador
em guimara&es albergueiro de canaueses per vaasco períz
meu cleri{;o dizendo que lhe retijnha suas bestas e carre-
em essa ponte demandando lhe mayores portageens dasque
{^as
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NOTAS E DOCUMENTOS
ocDMimon
Principio ji^pQ \
mcus ouençaaes daalem dos mon-
UOS
^
D Pedro^^
^ 9àuàe que o albergueyro de canaueses me
faço vos saber
enuiou mostrar huma carta delrrey meu padre a que deus
Carta de D. de perdom que dizia em esta maneira - Don afonso por la
Affaaso iv. gi^^ç» de deus rey de portuga e do algarue a uos morado-
I
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NOTAS £ DOCUMENTOS Í25
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1)6 NOTAS K DOGtmtlITOS
u
I
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NOTAS E DOCUMENTOS 227
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NOTAS £ DOCUMENTOS
A, pag. 54
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NOTAS E DOCUMENTOS 229
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880 NOTAS K BOOI7IBENT08
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NOTA» E IH)GUlllllTOt
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NOTAS E OOCUME?ITOS
B, pag. 65
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NOTAS E DOCUMENTOS 233
IV
Em vista das provas que temos, nào pôde haver duvida al-
guma de que os restos raortaes das duas rainhas foram de-
positados no mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Citaremos
aqui os monunieritos por onde se conhece o facto : « Kt quia
Paler meus et Mater prsdicto Monasterio
(Sanctae Cruéis) tumulati jacent, » diz Sancho i n*uma carta
ao papa (Mon. Lusít. P« 4 L. 12 c. i).^ — u Monasterio
Sancte Crucis ubi pater meus el mater mea, avi nm^ et fra-
tres mei tamulati jacent, >» diz Alfonso ii n^uma confinnacfto
de privilégios citada pelo sr.^Hercalano (Hist. de Portog. T. i
p. 440, nota 3, l.^ediçAo). — « Kegina domna Mafalda....
iacet in Mon. sancte Crucis » (Livro das Calend. da Sé
de Coimbra, no Arcb. Nacion.) — « et sepelitur (aldefon-
sus) in Monasterio saneie crucis, qbi etiam sepulta est Re-
gina mafalda uxor illius rex sancius se-
pultus est in Monasterio sancte crucis cum Regina dulcia de
aragonia uxore ma, » diz um chronicon do sec. xiv (vide
Porlug. Monuro. Hist. scrip. vol. 1 p. 21 co). 1). —« Mor-
reo a Rainha dona aldonça e soterrarom na no mosteiro de
santa clns na capeela dos Reis, » declara uma chroníca do
mesmo mosteiro (vide ibid. p. 31 ool. 2,in prin.) : esta ul-
lima aothoridade é, porém, muito mais recente que as outras,
pertencendo aos fins do século xv.
Fica pois provado que as rainhas foram sepultadas em Santa
Cruz mas nâo ha a mesma certeza de que os seus restos es-
;
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SM MOTAS 1 DOCUMINTOS
.
quando é certo que esta casou em Oinamarca e ali faileceu*
No uUiino estava outro corpo, que o mesmo author dia lòm
de l>. Constança Sanches, Giba natural de D. Sancho i e de D.
Maria Paes Riheíra, constando ao contrario queellaae mau*
dàra sepultar era um monumento separado, que se construirá
durante a sua vida, e cujo epitaphio Iraz Brandão na Mon.
Lusit. (P. íL. l o c. 36; veja-se lamhem o testamento de
D. Constança, Hist. (ieneal. T. 1 das Pro\as p. 21). Todos
esses corpos foram depositados, segundo diz o referido au-
tbor,no novo jazigo de D. Sancho i. i*^ provável que D. Ni-
colau tirasse essas noticias de uma memoria de Santa Crus
que Brandão também viu, e considerou pouco aothentica
(Mon. Lusit P. 3 L. to c. 38 e L. 1 1 c. 38). Se as cintas
das duas rainhas houvessem sido encerradas nos novos tú-
mulos, é de presumir que os epilaphios, que o vei D.. Ma-
nuelmandou lavrar nelles, tivessem registrado o facto ; mas
nem uma palavra se lé a similhante respeito. Km 1832 D.
Miguel mandou abrir o mausoléu de D. Affbnso Henri-
ques : examinou-se o interior, e acharam ahi unicamente o
corpo daquelle monarcha. Uma testemunha ocular é quem
no-lo certificou ; é empregado ha muitos annos na igreja de
Santa Cruz. A um amigo nosso fez a mesma deciaraçào outro
individuo que se açbára presente âquelle exame. O que pa-
rece mais de crer, é que os ossos de D. Mafalda e de Duloe i),
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NOTAS R DOCUMENTOS Í35
LENDA
*
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236 NOTAS E DOCUMENTOS
l). Aífonso II, que entdo se achava fóra do reino por desin-
.
teilígencias com aquelle soberano, e que agora se propunha
de conduzir os restos dos martyres para a sua pátria.
Divulgando-se que os corpos se achavam perto de Coinn
bra, todos se preparam para ir ao encontro da procissão, que
se ordenára. D. Urraca, que nunca havia commun içado a
pessoa alguma o vaticínio que a sua curiosidade provocára,
disse ao rei que fosse adiante, e que ella o seguiria em breve.
I). Alfonso poz-se a caminho, seguido de alguns dos seus.
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NOTAS E DOCUMENTOS
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^)»8 XOTAS E UOCUMEiNTOS
VI
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t
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I
tíam qaam mando diuidí ad opus anime mee, detur pro anima
mea proot ntsum fuerít Arehíepiscopo et episcopo et The-^
sanrario suprndictis. Verum quia crrore scriptorum inlermis-
sum fuitsuperius capilulum portu^zalonsem, innndo oidein ca-
pítulo DCCC mnrabitinos supplicaiis ipsi capilulo ut faciarit
. anniuersarium In die obitus mei, et singulis diebus celebrciit
unam missaro pro anima mea in perpetuum, ct mando quod
emaot uel excolaat io tsta pecuoia aliquam beredítatem n(H
minatim ad meum anniuersarium pertinentem, unde in
die anniuersarii mei communem et conpetentem babeant
refeetionem, et alio modo predicta pecunia nullatenus ex*
pendatur. ffiicto testamento apud Colimbriam xvii^ KIs. Juiii
E. ii.*GG.* LTiA Testes qui presentes fuerunt dominus S«
Bracarensis archiepiscopus, et dominus S. vlixbonensis epis*
copus Prior alcupacio domruis F. domnus Kodericus gar-
sie. domnus Petrus monacus al-
johaiines. (i/)innus l^elagius
cupacie presbiter. domnus Petrus i\Ienendi presbiter. dom-
nus Johnnnes decanus paleritinus. domnus Nicholaus pres-
biter. domnus Dominicus monacus alcupacie presbiter. dom-
nus Petrus roderici capellanus domni Kegis. I^t sciendum
estquodpretertotam meam medietatem quam debeo babere
domnus Rex dimísit mibi quando decessero totós morabi-
tinos et omnia alia que sibí debebam et liberauit omnes^li-
deiusaores meos in presencia istorum supradictorum testium.
VII
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NOTAS E DOCUMENTOS 241
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242 NOráS B OCNHIMENTOS
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NOTAS E DOCUMENTOS 243
Vllí
IX
*
lUinh. p. 168.
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IMOTAS £ DOCUMENTOS 245
mitatem, dedi ei in testimonio istam meam Gartim apertam
sigillo meo commuDitam.
X
DIPLOMA DE D. MECIA LOPES DE HARO, pag. lOi
XI
Oigitízed by
• NOTAS E DUGUMENT06 247
*
pas lupi frater eius filius dompni lupi dídaçi de faro confirmai
et Alfonssus (eli tunç tenens Corduban confirmai et Johanes
alfonsi Johanes garcie filius don: pui garçie ferrandi con-
firmai petrus nunii de Gomnn confirmai et nunius guillelmt
et frater etus petrus de Gocmam confirmai egidit ualrríei
confirmai ffernanilus rroderici maçanede confirinat petrus lupi
de farana confirmat. — A qual ( arta lenda e Dona Beairiz
Raynha de portii^ il o do aii^arue [ledvo a niim sobre dicto Ta-
belion que Ihy dessí» ende o (por feyto (Fov en Torres uedras
sseie dias. mes de Julho Ern de mil e trenentos e irinia e ires
..
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248 NOTAS E DOGUMRNTOS
XII
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*
XIII
XIV
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«
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NOTAS* E !N)CUlllBflTOS ÍSI
paiz seu sobreiuiz. Pedro uicente a fez Era m." ccc' xíx,
XVI
QUITAÇÃO DE D. BEATRIZ DE GUSMAN A FATOR
DE FREI PEDRO, pHg. 129
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WÈ NOTAS E DOCUMENTOS
XVII
DOOUMBHIO I
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NOTAS K DOCUMENTOS âo3
IKKJUMKMO II
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I
mercee. A
aurego a rrua. vendemos a nos e outorgamos
a dieta casa com entradas e com saídas e com todos seus
dereyios e perteenças por preço nomeado que de uos rreoe-
bemos conuem a ssaber Noueenta libras ca tanto a dos e
a vos ben aprouge e do preço nemigaiba en deuída fficou
pera dar poren des este dia adeante aiades uos e toda a
nossa ieeraçom ífbfí depôs uos descenderem a dieta casa li-
* DOCl>>iKNTO III
*
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MOTAS B DOGDWNTÒS 255 .
XVIII
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:í56 . 2«0TAS £ DOCUMENTOS
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NOTAS B DOGIWBNTOS $XÍJ
XIX
LENDA DE SANTA ISABEL» pag. 140
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Stt8 NOTAS B DOcmíBims
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t
NOTAS E DOCUMENTOS
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200 NOTAS E DOCUMENTOS
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NOTAS B DOGUMBNTOS 961
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MOTAS B IKmiPDITaS
XX
C41TA AÂ BAINHA D. 18ABBL AO BBI BB ABAOAO» pag. 149
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NOTAS È DooranofTOs 263
%0 de dezembro de 1303 se nchavn em Évora (Mon. LiH
sit. L. 18 c. 7). Por outro lado, Ramon de Monlros, que
se menciona na carta, viera a Portogal segundo Zurita (An-
naes de Aragão T. 1 L. 6 c. ft9 f. 412) em 1303; e o
próprio Brandfto confessa^que dBo se explicava racilmenie
pelos documentos que tinha á vista, a ida de D. Dinis a
Badajoz na primavera de 1303, epocha em q,ue elle con-
jectura se realisára. De fórma que este ponto é ainda du-
vidoso. Eis a carta:
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264 NOTAS K DOOUHBNTOS .
XXI
PROTESTO DA RAINHA D. ISABEL CONTRA A LEGITIMAÇÃO
DOS SOBRINHOS, pag. 151
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NOTAS E DOCUMENTOS 265
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266 NOTAS E DOCUMOiTOS
»
«
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NOTAS B DOCUMENTOS 267
XXII
xxm
OUTRA CARTA DA RAINHA D. ISABEL AO REI DE ARAGÃO,
pag. 164 e 166
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368 NOTAS B IKXnillIlfTOS
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NOTAS E DOCUMENTOS ' 269
XXIV
DOAÇÕES DA BAINHA D. ISABEL AO CONVENTO DE SANTA
CLARA, pag. 166
DOAçIo in ma m MORnmnHHPBLvo
EN nome de deus Amen. Eu Dona Isabel pela graça
de deus Reynha de Portugal e do Algarue. A quantos esta
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NOTAS 1 MCOMBimB
carta uirem fago saber, que eu coo todo meu siso e meu en-
lendímenlo a louuor de deus e da uirgem santa Maria sa m-
'
dre, e da santa Clara e de santa Helis.ibeth por mha alma,
e en Kemy mento de meus pecados, dou doo e outorgo pera
todo sempre ao meo Moesteiro de santa Clara e de santa He-
lisabeth dapar de Coimbra, todolos beens que ea ey en
Monte mooronelhoe en seus termhos, casas, quíntaS, herda»^
mentos, vinhas, e Gaados que a mi deu Martin doniinguiz e
sa molher dona Auizibona desse logar como lie conteúdo en
huum slromenlo qtie lie feito dessa doaçom per mHo de íTran-
cisco martins tabaliom de Sanlaren assi comoo eles auiam
e eu mais compridamenle de dereito deuo auer. tenho por
i*!
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tJt NOTAS B DOCUMiNTOB
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r
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S74 J«OfAB I DOGimilTOB
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còmo virmos que nos conueaif & por bem teuermos, &
como auemos acustumado. B as ditas Donas« & Donzellas,
& outras quoaesqiier qtm por bem leuermos eriar« & easar
dos nossos bens próprios, assi como nos semelhar, & nos
nossos Gastellos, & togares, & dalhur ant essas, ou assi como
quisermos, &
pudermos segundo a nossa entençom de suso
dita viuer em
quanto Deos leuer por bem E de mais de-
zemos que voto algum simples, ou solene, calado, ou ex-
presso, ou profissom. ou obedeença caindo, ou expressa,
nom auemos demostrada, nem feita per nlguma maneira,
nem queremos, nem entendemos demostrar, nem fazer em
este recebimento da corda, & vestidura, & veeo sobreditos,
nem em outra maneira. £ outro si nom demostramos, nem*
entendemos, nem propoemos, nem queremos faser, nem fa-
iemos a nenhuma Ordem, nem regia, nem pessoa alguma obli-
gaçom de nos, nem dos nossos bens, nem dos nossos direitos
por todalas cousas sobreditas, nem por alguma delias ; mais
entendemos, & queremos com todos nossos bens, & direitos
moueis, & de raiz de todo em todo liuremente(icar, & desses
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t76 NOTAS* OOCUHBMTaS
xxvu
TI8TÀMBNT08 DA RAINHA D. ISABEL, pag. 179 6 208
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-»
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eonseqoeneis, o documeoto á rainha D. Filippa, que se en-^
carregou de alcançar de sen marido o que a prelada dese-
java.Das ratos da rainha passou ás dos oSiciaes competen-
sem duvida, o gunrdnrem até se despa-
tes da còrle, para,
char o negocio o que porém se não fez, porque o docu-
;
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NOTAi S 1M)C0IIUIT08 tí9
MO NOTAI I B0CUMIIITO8
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NOTAS DOGuimrros
HÒTAS B BOcumNm
d A rouca cinquoenU iibras pera pitança. ilem mando a Don
Heiínon de Cardona, e a Dona Beatriz e a seus filhos quaea-
mha morte ficar doas mil libras. Item
qoer deles que despois
maodo a Don Pedro meu Irmão e a sea (9ho qualquer deles que
despois mha morte ficar mil libras. Item mando ao Ospi-
tal de Roças uales quinbentes lil^as pera os enflfermós. Item
mando aa Sáncta Misericórdia de Recamador huma ues-
timenta boa, e hum cálix con que cante bum clérigo.
Item mando a Sanctas Cruzes hu jnz meu Padre quinhen-
tas libras pera a enfermaria. Item mando ao Moesteyro de
Sam Francisco de Barcelona hu jaz mha madre quinhen-
tas libras. Item mando que meus testa me n tey ros tomen qui-
nhentas libras de meu auer pera despenderem andando so-
bre este meu testamento. E laço meus testamenteyros meu
senhor ElRey, e o lífante doo Afonso meu fiiho, e don Mar- .
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NOTAS B DOCUMENTOS 283
Iba açima da líTantr» Dona Isabel minha nela, de guisa que fi-
que ella antre mim e a grade, e assi he minha uontade
de iaiermos em a oulra pois que for acimada, e mando
quatro mil libras pera aquelas cousas que ouuerem mister
pera a minha sepultura, e pera o sábado, e pera os triota
dias, e para o ano, e pera os doos, e despois desto mando
que a primeira cousa que se fexer do meu testamento .seja
esta que se paguem todas as minhas diuidas aabudas o mais
cedo, que poderem meus testamenteiros, e mando que lo-
dos aquelles, ou aquellas que poserem com uerdade, ou per
seu juramento que alj;nma cousa ouue delles como non
deuia,ou prenderem algum mal, ou alguma perda per mym
que lho dem, e lho corregão assi como for dereito. E mando
a minha coroa das esmeraldas á Rainha Dona Breatis mi-
nha fiiU i, e rogolhe que a leixc 6 líliintá Dona Maria sa
filha. Item mando ha lífanla Dona Muria minha neta a
minha coroa pequena que tem as pedras furadas, e a mi-
nha brocha redonda, e a crux de lígiio Domini que anda
em tres pedras çafiras furadas, e as religas que andão na
coroa do ouro, so o iaspe, e as outras religas de São Ber-
tolameu que and&o so o cristal, e andão na cadea do ouro,
e os teixe^ das águias. Item mando á Iflanta Dona Leo-
nor minha nela outra coroa de balaisses grandes que estão
em rosa e os teixeês das figuras dos paâos com pedras.
Item mando ao Mosteiro de Odiuellas pera a enfermaria
mil lihras |)ela alma delRey, e pela minha. Item mando ao
Mosteiro de Almoster mil libras. Item mando ao Mosteiro
de Alcobaça cem^ libras pera pitança. Item mando aos ca-
bidos das Sees de Lixboa, e de Coimbra çem çem libras
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^OTAS E DOClMENTOà 286
de Cardona, de
filha D. Beatriz, irouD busUrda da raiaba» e de aen
marido D. Raimuodo de Cardona.
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NOTAS E DOGUM£NTOS 887
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S88 MUTAS S DOCDHENTM
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NOTAS E DOCUMENTOS 280
XXVIII
GODICILLO DA BAINHA D. ISABEL, pag. ÍOS
Com quanto a fórma deste documento seja a de doaçSo,
desif»níimol-o codicillo, porque o seu fim é mais conforme
aos desta natureza. Copiâmol-o do original no cartório de
'
Santa Clara de Coimbra. Um pouco antes do fim do doca*
mento declara-se que a rainha lhe mandára afiixar o seu
sdlo pendente ; é comtudo certo que hoje nio tras sello,
nem mostra signaes de o ter tido nunca. Nfto se pôde du-
vidar que seja o original, porque, além de outros signaes
característicos, obsenra-^e, na linha 13.', que o espaço
desde a palavra irnn atéeia, fôra anteriormente raspado,
*
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9
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292 NOTAS E DOCUMENTOS
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NOTAS £ DOCUMENTOS
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^4 NOTAS fi IHKIUMSxNTOS
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NOTAS IMMSUIIBNTOS ^5
raha casa e mha collaça escolheu a ssa morte sepultura no
meu Moesteiro de santa clara de Coimbra en que he soter-
rada e en como a mi essa Marquesa rrodriguiz lexou eir
seu testamento os beeos que auya en B^^naueote. Os quaaes
a mi eDiregarom Steuani dade chantre de viseu e Pero
sanchei chantre de Lisboa qoe ela lexoo por seus testa-
menteiros e Os quaes beens eu dei a Joham rrodríguii meu
Estrabeiro e a Maria perei sa molher en scanbho, por to-
dolos beens que eles auiam o de dereyto aoer podiam eo
Porto de Moos e en seu termho segundo he contehodo en
stromcntos que ende Bertolamcni perez tnbeliom delRey
en Coimbra IFez. E pêra seerem lehudas de rogar a deus
as donas desse Moesteiro por alma da dita Marquesa rro-
driguiz, dou e outorgo pêra sempre os ditos beens que fo-
rom dos ditos Joham rrodriguiz e de sa molher, que eles
auyam Kn Porto de Moos e en seu termho e que derom a mi
en scambho pola Alma da dita Marquesa rrodriguiz, a Abba-
dessa e Gonuento desse Moesteiro que aiam eslremadamente
OB ditos beens pera a Enffermaria desse Moesteiro, e que fa-
cam deles daqui adeante pera sempre como de sa própria
posstssom. £ per esta carta tolho de mi toda sa possissom
e propriedade que eu ey e auer posso en os ditos beens qoe
forom de Joham rrodriguiz e de sa molher e ponho toda
essa posse e propriedade desses beens na dita Abbadessa e
Gonuento pera fazerem e vsarem deles como de sa própria
possissom.En testemonho desto mandey dar cstn carta see-
lada con meu seelo aa dita Abadessa c conuento. Dat. en
Coimbra, quinze dias de Dezembro. A Keynha o mandou.
Gonçalo martins a ffes. Era de Miil trezentos sesseenta e
oyto Anos.
XXX
DA VIDA QD£ LEVAVA A BAINUA D. ISABKL, pag. 198
Para satisfa^ dos curiosos extrahimos da Lenda de
Santa Isabela descri pçào que ahi se faz dos deveres e obri-
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NOTAS K BOCmaMTOS
n QVIMTO CAtftlA
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NOTAS fi DOCUMENTOS 297.
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298 «OTAft £ AOCiniBMTOft
M QOAHTO VIUVA
'E des que esta Rainha foi veuua despendia seu tempo
em esta maneira. Ella tinha consigo sinco. Donas da Or-
• dem de Santa Clara que sabi&o leer, e reiar, e eiguiase a
Bainha gram manh&a, e aquellas Donas da Ordem, e re-
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NOTAS B DOCUMKNTOfl 209
xaurio as Matinas muito a ponto, e mui bem, aguardando
cm rezar o costume da Igreja de Roma ; depois que Mati-
nas fossem ditas, rezauão Prima ; depois que Prima fosie
renda, e dia fom claro aguisauão bum Altar qoeella sempre
comsigo tragia, e a camará tiaba por oratório, e alli on-
aia huma Missa calada com gram deoaçom. E depois qoe
aqoella Missa (cise dita vinhase para seu paço ha Capella
tinha, e ho estauSo jà prestes seus Capellles, e Clérigos para
diser Missas, e olficiar, e hu atendi&o Dooas e donzeUas, e
outras mulheres que na casa viuilko. E começauBo aquelles
Capellàes, e Clérigos, e dizimo logo Missa olliciadaque se diz
por 08 passados por a alma delRey D. Dinis. E acabada
aquella Missa, que se dizia por ElKey, diziam os Clérigos
todos hum Responso por ElRey, e faziuo aquelles, e aquel-
las que hi siam por EIRey Dom Dinis oraçom e dito aquelle :
ria com esmolas, e se era alguém per qiie ella deiiesse de ha-
uer sanha, perdoaua o rancor, e a salisfaçom. E eslo foi cousa
marauilhosa, que nunca a viromsanhada. Oulrosi per cila nom
mingaua de tornarem alguns de peccadoresn pendença.e ar-
rependessem do peccado que faziao, e daualhes de vestir, e
de seu auer, e queria delias fazer hum Esprital, e teue cm
Coimbra as casas feitas pera ellas, senom porque achaua
dalgumas que erom pniuicas, e mandanaas manteer em sá
Villa, a que dizem Torres nouas, pera se partirem daqoelle
publico peccado« e daualhes de comer, e de vestir, que de-
pois leixassem todo o que lhes fazia, se tomassem a peoear.
E as sete obras de misericórdia, que ella ?estia nàs, e aos
que haoi&o fame, ou sede mandaualhes acorrer com comer, e
beuer. E o enfermo visitaua, e fasia tsitar. E os mortos fasia
enterrar, e lhes daua pera sepulturas o que mister hauião
por os apressados pagaua ; e corregia os que em perdiçom es-
tauão. Conselhaua pera perseuernrem. Em ella mantinha a
espiritualidade remia catiuos pagando por elles do seu ha-
:
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NOTAS B DOCÚMENTOS 301
XXXI
DOCUMENTO ADMINISTRATIVO DA BAINHA D. ISABEL, pag. 199.
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302 NOTAS £ DOCUMENTOS
•
regalar nem a ootrem uender Pòr que aos mando que des
aqui adeante aos ditos moradores das paredes nossos Visi-
nhos non enbarguedes aqUel pam que agoísadamente ou-
uerein mester para maiy mento seu e dos seus. Vnde ai non
inçados se non a uos me lornaria eu porem e peytarmides
08 meus encoulos. K os moradores das Paredes tenham
esta carta Dat. <mi l.eyrena vynte e dons dias de Outubro
a Reyna o mandou por Pedro csleuez e Lourenço porei
seus ouuildoros martim foiítarcada alíez Kra de mill e tre-
lentos e saseenta e noue anoâ==s(assígnado; P." stephani
iiidit s=s (aasignado) £ pèz auyo.
xxxn
IIILA6BI8 DE SANTA IftAm» pag. SM)4
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MOTAS B DOCUMENTOS 303
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304 NOTAS E iJOCUMEiNTOS ^
1 BO mm m tt mmm Ao Vejo
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NOTAS £ DOCUMENTOS 305
bella Iria.
«Arde o frade em concupiscência, e íilko obtendo nada
com rogos e lamentos, jurou vingar-se. Disfarçou porém,
fingiu-^ emendado, e deu*lfae, quando ella menos cuidava,
uma bebida de sua diabólica preparaçHo, que apenas a san-
eia a havia tomado, lhe apparecernm logo e continuaram
a crescer lodos os signaes da mais apparenle maternida-
de. »
« Corre a fama do supposto estado da donzella, chovem
as injúrias e os insultos dos que mais a tinham respeitado
até então. £ Britaldo, que se julga escarnecido pela hypo-
20
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306 NOTAS E DOCUMENTOâ
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«
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I
D« CSonstança mo Purgatório
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MOTAS K DOCUlIfiNTOS 309
mentir ? Convencei- vos, rei incrédulo !... Eram rosas cora ef-
feito, nada mais havia no regaço da rainha
O padre Antonio Vieira nuo duvidou comparar este pro-
digio ú inslituirfio do sacramento, dizendo (no serrnHo da
rainha Santa Isabel, ad fín.) : uèlas quantas vezes fez Deus
esta maravilha ? Uma só vei, e no maior milagre dos seus
milagres, e na maior obra da sua omnipotência. Na insti-
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310 NO I AS E DUCUMEMOá
O aaaunalew M mm wêMo
Santa Isabel havia mandado construir, na igreja de Santa
Clara, uma capella assente sobre aroos, afim de que as
inundações do Mondego nSo a podessem prejudicar. Para
ali ordenou que fosse transportado o mausoléu que mao-
dàni faièr para si ; mas o seu peso era tanto que fora m
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1
xxxni
SOBRE O VALOR INTRÍNSECO E REPRESENTATIVO DA MOEDA
NOS PBIMBIBOS 8BCDL0S DA MONARGHIA,
E NOMBADAMINTB NO Xin
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312 NOTAS £ DOCUMKiNXOi
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MOm £ OOCUMKNTOS 313
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314 NOTAS B DOtolUmiOft
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NOTAS £ POCUIUI^TOS - 315
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316 NOTAS E DOCUMENTO!
— —
que em Inglaterra no anno de 1257, quatro annos de-
pois da lei de 1). Afibnso iii, a relação entre os dous
metaes era de 9 "/i9i : como demonstra lord Liverpool
(Treatise on the Coins, p. !i8, 2.° edição); mas se a re-
88 : 131^775 :: 12 : para
um quarto termo, que corresponde a réis 17|f 969,31 8;
valor que attribuiriamos ao marco de prata para equiparar
,
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NOTAS E DOGUMBlfTOS 317
Soldo 74,872 »
Dinheiro.... 6,239 »
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318 NOTAS S DOCUMENTOS
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NOTAS B DOCUMENTOS 319
bras , no reinado
\é-se que a relação entre os dous melaes
de D. Dinis era de 10.75 : 1 i^l
Sendo esta relaçUo inferior á actual, vè-se, pelo qoe já
/demonstrámos, que unicamente o ouro pôde servir de btoe .
<
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320 NOTAS B DOGOMENTOS
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NOTAS B DOGUMBNTOB 321
ciaes, como por exemplo a Ian, que é, por assim diíer, uma
produecSo espontânea. De- feito, é bem sabido que a Ian era
a matéria de que os antigos principalmente se vestiam;
poisque, além dos usos a que ainda é destinada, servia para
delia se fabricarem fazendas a que boje se applica o algo-
dão, sendo este entí\o desconbccido, e a seda pouco usada
pela sua carestia. O linbo estava em uso, é verdade, mas
muito menos que a Ian, e era muito caro; serviam-se tam-
bém de pelles, como se deprehende da mesma lei de 253, 1
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NOTAS K DOCUMBNT06
muito mais subido do que agora tem, por ser mais procu-
rado ; e iflso sem mesmo levar em conta a moderna appli-
caçSo do vapor como potencia motriz. Ninguém d*entre as
classes mais elevadas poderia prescindir de um ou mais ca-
vallos! ainda mais, estes animaes eram um distinctivo e
uma exigência para certa classe enlre os pleheos. A maio-
ria dos habitantes livres de alguns concelhos —
os que tinham
foraes do typode Salamniica —
eram cavalleiros, achando-se
os peòes em raiiiorin (Hisl. de l'ortug. do sr. Herculano
T. 4 passim). Os contínuos íossados e correrias deviam ía-
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/
NOTAS B Doeimmot
ter notavei estrago nas cavalgaduras, tornando-as awini
imiis cnrns. Com eíTeito, pela lei de 1253, sabemos que o
Cavallo de guerra ou de tornéo, ronrinus de bafordo^ valia
»0 (i^ffS^O réis), e um cavallo Dfto de guerra, me-
libras
tade. Havia-os comtudo mais baratos, custando ás veses
10 maravedis* 300, 200 até 100 soldos (vid. Hist. de Por-
tug. T. 4 p. 421 ; Elucid. T. I pp. 1 19 e 322; Mem. do
sr. Lopes Fernandes p. 26) ; mas estes deviam ser de raça
muito inferior. As bestas muares estavam nas mesmas cir-
cumstancias; fíoisque o seu uso no serviço militnr era mui
fíeral ^Hist. de Porlug. T. 4 p. 325, nota), o segundo a lei
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324 NOTAS E DOCUMENTOS
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NOTAS £ DOCUMINTOS 325
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326 NOTAS E DOCIIM£NTOS r
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328 N NOTAS E DOCUMENTOS
domésticos.
*
Mostrámos que o dinheiro, sendo regulndo pelo pre(;o do
gftdo^ eni 7 vezes mais caro no meiado do século xiii do
que hoje, e mais de 8 vezes se fosse calcuhido peh» preço
dos salários. AdopUndo-se as duas estimativas, o termo mé-
dio será de 7 V».
Se este resultado é vicioso, o que é muito possível, pelo
menos é certo que pecca por moderado, não por excessivo.
Dos cálculos e dados que apresenta um profundo historiador
inglet (Hallam, Middie Ages vol. 2 cbap. ix part. 2, p. 429 e
seg. da 9* edi^o —
1848) inferimos que, tomando por ba*
se o preço do gado e dos cereaes em Inglaterra nos fins do
século XIII, o dtnbeiro naquelle paii tinha entfto um valor
representativo de 8,7 vetes mais doqne em 1816 (epoeha
em que Hallam escrevia), o que nào diííere muito do resul-
tado dos nossos cálculos V
Parece-nos que se pôde acceilnr como mui approximada
da verdade a nossa estimativa, e que delia podemos fazer a
conveniente applicaçAo pelo menos até todo o reinado de
D. Dinis, e talvez mesmo de seu successor. Para se co~
nhecer, pois, o que realmente valia então no mercado qual-
quer somma, será necessário em primeiro logar reduiir a de-
nominaçHo antiga á moderna em réis. e depois multiplicar
o resultado por 7 Vs* Por este meio poderemos formar algu-
1 o que Hallam;diz é que o valor nominal dos géneros tinha augmen-
tado 24 ou 25 vezes. Mas é preciso náo esquecer que os inglezes, ao re-
vei dos portusueses, têem até hoje eomervado áa luaa moedas a meamt
denomioaçio que tinham no começo da monarchla : e não aó isso, mas
até a actual subdivisão foi cíTeitúada poaco depois da conquista pelos
normandos (poisquena subdivisândo? sn^oniosa libra era de48shillÍDgs,
o shilling de 5 peiíce). A única alteração tem sido no peso. Ora, como
a libra sterlina, no fim do século xiii e principio do seguinte, era igual
em peso a â libras 17 shillings e 5 pcuce da moeda de 1816 (como o
mesmo anthor indica n'oma tabeliã a p. 431), segoe-ae que o peso da-
qaella antiga moeda era 2,871 Teses maior que o desta ultima epoeha,
e portanto 30 dividido por 3,871 dá 8,7.
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NOTAS E IH)CUMBNT08
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330 NOTAS E DOCUMENTOS
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j
^TA8 E DOCITHBNTOS 331
RB^^DIMBNTOS Dl D. BSATIU, pag. 11J(
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I
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índice
Pag.
Advertência v
SOBIB 08 RKTRAT08 II
INTRODUCÇÂO:
D. THERESA :
1_ (1095— 1114) 1
Ú — (1114 — 1130) 12
D. MAFALDA DR HAURIANRA (1146— 1158) ^
D. DULCK DB ARAGÃO (1174—1198) » 5â
D. URRACA DB CASTBLLA (1209 1220)— 71
I— (Até 1240) 8â
II— (1240 — 1248) S&
in — (1248 — 1270) iOl
D.REATRIZ DE GUSMAN:
j Google
334 INDIOE
• NOTAS E DOCUMENTOS:
Pag.
I — Dous fragmftntos do testamento «le D. Mafahla de Maa-
rianna, e tloriimpntos relativos á albergaria de Caria-
veze« ^ 221
II— Contos nlativoi aos partos de D. Mafalda Í96
ni — Morte de D. Mafalda e de D. Dolce,
A - 338
B 232
lY — Sepulturas de D. Mafalda e de D. Dulce 233
V — D. Urraca e os cinco martyres de Marrocos (Leoda).... 235
VI — Testamento de D. Urraca 238
Vil — Diploma de D. Atlonso ácerca da applicaçâo que de-
it
iam
ler certos rendimentos de D. Urraca tIO
YIII— Bnlla de Inuoceiício ir ácerca de U. Mecia Lopes de
Haro m
IX— Doação de D. Mcria Lopes de Haro 243
X —
Diploma de I). Mecia Lopps de Haro 245
XI —
Doaçi'io de Elche a I). IJealriz de Gusman 246
XII— Quitação de D. Beatriz de Gusman a favor de Nuno
Sueiro 248
Xni— Privilegio dado por D. Beatrii de Gusman aos qae la-
vrassem terrss de Âleobsça 249
XIV — Doação da igreja de S. Pedro de Torres Vedras feita
por D. Beatriz de Gusman 249
XV — Providencia de O. Beatriz de Gusman ácerca da al-
bergaria d'Asseiceira • 2SI
XVI — Quiiaçáo de D. Beatriz de Gusman a favor de frei Pe-
dro Kl
XVlI—Compras feitas p<ir D. Beatriz de Gosmao em Torres
Vedras «I
XVIll— Doação da quíoU da Rebaldeira por D. Beatris de
Gusman 255
XIX— Lenda de Santa Isabel 257
XX — Carla da rainha D. Isabel ao rei de Aragão 262
XXI— Protesto da raiuha D. Isabel contra a legilimaç&o dos
sobrinhos t64
XXH— Legitimação dos flllios do tobnte D. Áffonso 267
XXIII — Galra carta da rainha D. Isabel ao rei de Aragão .... 117
XXIY~ Doações da rainha D. Isabel ao convento de Santa
Clara SI9
XXV — Voto da rainha D* Isabel de vestir o habito de Santa
Clara J7l
XXVI — Declarações da rainha D. Isabel ao tomar o habito de
Sauta Clara 173
)ogle
índios 335
Pag.
XX VII— Teotamentos da rainha D. Isabel 276
XXVllI — Codicilio da rainha D. Isabel S90
XXIX — DoaçAo por D. laabel ao convento de Sanu Clara
feila
de bena èm Porto de Mot 294
\'XX — Da vida que levava a rainha D. Isabel 295
XXXI — Documento administrativo da raiuha D. laabel 301
XXXII — Milagres de Síinla K;.bel 302
XXXill — Sobre o valor iiilruisoco e representativo da iiuieda
nos primeiros séculos da monarchia, e Doajeada»
mente no xiii,
A 311
ERKATAS
Pag. tdn. Krrút
XIV 7 d^arrahas d*arrhas
xxiii SÕ «nie o que se o que
L 38 v6*»e igualmente que N. B. Isto foi engano
havia dnaa orlaa o sello tem 86 uma
orla.
t 11 rematada , loucura rematada loucura ar-
arriaear riaear
15 22 evitir evitar
33 (nota) 18 o que fosse talvez de- o que talvez fosse de-
vido ao ter o ama- vido a ter ao ama-
nuense esquecido nuense eaqnecido
33 33 guarnecida favorecida
47 , B do rio no rio
81 14 ao albergneiro á albergaria
84 8 coDfeasar coDfeaaar
86 3 a nm 38 af8
a (nota) 10 consta constam
81 7 ser confirmado ter confirmado
83 14 ae deapoaán I8ra deapoaada
» 13 motivos motivo
36 9 á rainha a rainha
74 3 e 4 ae eatabelecer ae eatalwleeeram
93 4 ravelar um único ex- revelarem um único
emplo que faz em exemplo conducen-
aen te ao aeu
a (nota) 8 e 9 cisternense ciaterciense
96 21 e i2 lhe houvera feito para lhe fizesse para a in-
lhe indnair
*
duzir
100 8 a Toledo era Toledo
» 13 ajudaaae coDtribuiase
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«
336 ERRATAS
Emendai
m
111 fnnta) 15
14
elC
èm posse
fonsripncla
na poste
esrnipulo
115 (uotai 7 peohures penhoras
117 7 por am breve {)or breve
117 (noU) 9 bestas )éstas
a velha raioba a rainha-niAe
» 14 em posse de posse
131 (ootaj 13 Torres VedrM Torres Novts
134 (nota) 3 escreveu deu
140 (nota) S p. 110 p.112
141 (nota 12 de Roe« de la Roea
145 (aoUi) 5 nobis uobis
180 9 e 16 devolveriam se devolveriam
171 (nota) -B das letras da letra
194 (oou) 14 assigna-la
1» 6e N. B. Pôde «cr que D.Martinho fosse bispo de
Viseu e náo da Guarda : veja-se o testam,
de Santa IsabRi (nota xxvii, pag. 282), v. a
lista de Ribeiro (Dissert. Cbronol. T.
p.
903). por onde se vê que desde tS14 até 13âl.
o bispo de Visea ae chamava Martinho.
2i5 peoult. 08 quaae os quaaes
alt. lume 08 lume e
233 ao abrir-8c ao abrirera-te
236 de conduzir conduzir
242 SI 'Cgnl regni
261 SI menos que raenoadoqne
264 9 lamaao Irmaao
Estampa I fig. 3.'^ N. B. Âs duas cruzes nesta figara deriam ser
pretaa em vez de brancas.
Oigitízed by Google
FEB 2 9 1956
j Google