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A Vida de Jesus No Evangelho de Mateus - Carlos Marcondes Júnior

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O Evangelho de Mateus foi escrito por Levi, apóstolo de Jesus Cristo, cujo

nome foi mudado para Mateus. Como judeu, convertido ao Evangelho, seu
objetivo foi ganhar judeus para Cristo, portanto escreve tal Evangelho como
conhecedor da cultura judaica (genealogia, princípios e costumes). Este livro
o ajudará a entender melhor os 28 capítulos, as parábolas, os ensinamentos
e o quê Cristo quis dizer exatamente em cada um de seus ensinos.
Dedicatória

Este livro nasceu não de vontade própria, mas de um sonho do coração de Deus
revelado a mim pelo Espírito Santo e então decidi escrevê-lo.

Após visitar algumas casas de Recuperação para ex-dependentes químicos e


levar a Palavra de Deus, no final das ministrações, eu ouvia de alguns queridos
irmãos frases como: “eu amo a Deus, também amo a Bíblia, mas não entendo o
que está escrito” ou então: “venham mais vezes nos visitar; a mensagem da
Palavra de Deus fala muito aos nossos corações e nos fortalece a continuar”.
Deus também me mostrou a mesma realidade no pequeno grupo onde
acompanho vidas semanalmente (chamado “Célula”), vidas que O amam,
querem mais Dele, mas clamam por uma direção, um ponto de partida. Essa
cena se repetiu de diversas maneiras, com pessoas variadas e é como se eu
ouvisse uma voz dizer em meu coração: “Ensine o Meu povo a Me buscar”.
Naqueles dias eu estava estudando a vida de Jesus Cristo e resolvi deixar escrito
tudo o que o Espírito de Deus me revelasse, após os primeiros capítulos foi
então que Deus pediu para registrar em um livro.

Por esse motivo, escolhi um dos Evangelhos e resolvi explicá-lo capítulo por
capítulo, ensinamento por ensinamento, parábola por parábola, um a um, para
que estes pequeninos e amados do Senhor possam ter o seu ponto de partida,
comecem de algum lugar e permaneçam nessa busca até a volta do Senhor.

Dedico totalmente este livro às Casas de Recuperação, presídios, Células, novos


convertidos e todo àquele que deseja começar a ler a Bíblia, mas não sabe como
e nem por onde. Ao final desta literatura você vai ter lido um livro inteiro da
Palavra de Deus com um auxílio ao seu lado para acompanhá-lo em sua leitura.
Aos apaixonados pela pregação do Evangelho.
Aos que sonham em deixar um legado nesta geração.
Aos que vivem “com os pés na Terra, mas mantém a visão na Eternidade”.
Introdução

O livro de Mateus é conhecido como o Evangelho em que Cristo revela-Se como


“Rei”.
Ao percorrer as páginas deste Evangelho, encontraremos 28 capítulos onde a
vida de Cristo é relatada por esse homem conhecido como Mateus, mas seu
nome de nascimento era Levi antes de ser recrutado por Cristo ao time de
apóstolos.
Mateus divide a vida do Senhor em algumas partes:
Nascimento de Jesus (veio de uma linhagem contendo importância para
os ouvintes/leitores);
João Batista prepara o terreno para Jesus Cristo e Ele dá início ao Seu
ministério;
Seus ensinamentos acerca de diversos assuntos (através do Sermão do
Monte);
A expansão do Reino através dos sinais (milagres, curas e libertações);
Apóstolos são nomeados e recebem direções para fazer a obra de Deus;
O Reino é explicado através de parábolas;
Jesus aconselha Seus discípulos;
A censura aos religiosos;
Os sinais da Segunda Vinda de Jesus Cristo;
O processo dos últimos momentos antes da crucificação;
Morte, ressurreição e liberação de autoridade sobre a Igreja.

Recomendo que você leia este livro com a Sua Bíblia aberta (ou ligada, se
utilizá-la em algum aplicativo) ao seu lado, para que este comentário do livro de
Mateus seja lido após você ter percorrido o texto Bíblico.

Após a conclusão do livro de Mateus, inspiro você a fazer o mesmo com os


outros Evangelhos e, posteriormente, com o resto do Novo Testamento. Leia,
medite, anote, compartilhe e coloque em prática no seu dia-a-dia.
Mateus 1

1-17 – A genealogia (linhagem e ramificação da família) de Jesus Cristo: No


verso 1 mostra que nosso Salvador possui as linhagens de Davi e de Abraão. De
Davi, que era um rei com o governo terrestre e Jesus Cristo é um rei que possui
governo espiritual (ver João 18:36), e de Abraão, que foi o “pai da fé”, enquanto
Jesus é o Pai da Eternidade (Isaías 9:6). São 14 nomes de pais desde Abraão até
Davi e 28 desde Davi até José, o pai “adotivo” de Jesus (pois Ele não foi gerado
pelo relacionamento entre homem e mulher, mas pelo Espírito Santo no ventre
de Maria: Isaías 7:14 e Lucas 1: 31-35). Isso prova o cuidado e a importância
que cada uma dessas pessoas teve em suas gerações até que fosse gerado o
Salvador da humanidade, Deus continua cuidando dos Seus projetos, planos e
sonhos!

18-25 - O nascimento de Jesus Cristo: Maria, uma mulher comum daqueles


dias, estava prometida em casamento à José. Nesse período eles não tiveram
nenhum envolvimento sexual (pois isso só seria possível após o casamento) e a
promessa feita pelo anjo mensageiro Gabriel (ver Lucas 1:26-35) se cumpriu,
onde o Espírito Santo a cobriu e houve uma gravidez milagrosa. O próprio Deus
havia gerado vida dentro dessa mulher. José, o futuro marido, naturalmente
desconfiou da situação e quis abandoná-la ao saber a notícia, mas como Deus
constrói Seus próprios planos e luta para que eles se concretizem, enquanto
José dormia um anjo apareceu a ele e revelou que o filho no ventre dela era o
próprio Deus, que veio para salvar-nos de nossos pecados. José ao ter ouvido o
recado de Deus, resolve receber sua esposa e colocam o nome da criança de
Jesus.

O nome Jesus significa “Javé é Salvador” e o significado de


Cristo é “Ungido”, é o mesmo que o termo hebraico Messias,
isso significa que Jesus é o Salvador da humanidade, separado
por Deus para uma obra excelente.
Também se usam os títulos a seguir para se referir a Jesus: Emanuel (Deus
Conosco), Filho de Davi (veio da linhagem de Davi), Filho de Deus, Filho do
Homem, Senhor, Verbo (é a Palavra de Deus Viva), Servo do Senhor, Cordeiro de
Deus, Sumo Sacerdote, Mediador (que se coloca entre nós e Deus) e também é
conhecido como o Anjo do Senhor que aparece no Antigo Testamento
(KASCHEL, 2005).

Mateus 2

1-23 - O plano de Herodes e a Adoração a Jesus Cristo: Os profetas já haviam


dito e escrito que nosso Messias (ungido, capacitado por Deus) viria e ao
cumprir-se isso...
...até mesmo a natureza contemplou a tão esperada vinda Dele,...

...que uma estrela no céu apontou de maneira graciosa a alguns estudiosos da


prática astrológica (estudo das estrelas, proibido pela Lei do Senhor de acordo
com Deuteronômio 18:10).
Particularmente, acredito que esses homens não pertenciam ao povo de Deus,
mas tinham sede de conhecê-Lo, por isso o Senhor usa a linguagem que aqueles
homens conheciam para mostrá-los o caminho que leva ao Salvador. Herodes, o
rei que governava nestes dias, representando o próprio Satanás (2 Coríntios
4:4) é tomado de inveja daquele que poderia supostamente tomar seu lugar no
trono, pois não entendia que o governo de Cristo é de plenitude interior (na
alma e espírito) e não de poder político ou militar, então decide assassinar as
crianças (o inimigo de nossas almas ainda tem a mesma estratégia: acabar com
nossos sonhos e projetos nascidos em Deus enquanto ainda são pequenos; pois,
se crescerem, serão eficientes e poderão pôr fim nos planos Dele).

Os reis magos viram o menino-Deus e prostraram-se somente a Ele em


Adoração oferecendo presentes: ouro (representando posses/bens materiais),
incenso (representando a oração conforme Apocalipse 5:8) e mirra (óleo
utilizado para unção e representa o cheiro agradável do perfume, veja Salmos
45:8) mostrando com essa atitude que não podemos chegar de mãos vazias
diante de um Rei. Com um aviso angelical, os pais da criança fogem para o Egito,
devido à ira de Herodes, e ficam lá o tempo necessário até que possam retornar
e viver sem nenhuma sentença de morte que havia sobre as crianças. Após a
morte do rei, José e Maria são avisados novamente por um anjo que já era
tempo de retornar ao seu país de origem e decidem viver na região de Nazaré,
por isso Jesus foi chamado de “Nazareno”.

Mateus 3

1-12 – João Batista prepara o caminho para Jesus Cristo vir: João, chamado
de “Batista” (porque batizava) pregava no deserto da Judéia dizendo:
“Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos Céus. Porque este é o anunciado
pelo profeta Isaías, que diz: Voz que clama no deserto; Preparai o caminho do
Senhor, endireitai as suas veredas.” Essa era uma profecia registrada em Isaías
40:3 que se cumpriu naqueles dias, quando João pregava o arrependimento
para que depois viesse o avivamento da parte de Deus.

Ele estava tão focado naquilo que Deus pediu para fazer...

...que sua alimentação era simples e a maneira de vestir também, ele não se
preocupava com as grandezas desse século, queria apenas cumprir sua missão.
O povo vinha de variadas regiões para ouvir este profeta e por ele eram
batizados confessando os seus pecados (tamanha era a autoridade que Deus
deu a este homem que sua pregação arrancava do interior dos ouvintes a
confissão de seus pecados para que pudessem então mergulhar nas águas do
batismo e deixar o velho homem morrer junto).

João era verdadeiro diante de Deus e dos homens. Ele via os religiosos
achegarem-se a ele e os intitulava de “Raça de víboras”. Também afirmava que
eram ensinados a fugir da ira que Deus reservou sobre o pecado. Um de seus
pedidos a este público era que produzissem frutos de arrependimento, não
bastava ouvir a pregação dele falando sobre arrependimento, mas que as
atitudes correspondessem com àquilo que ouviam. Uma das coisas que trazia
orgulho ao coração destes homens era afirmar que descendiam da linhagem de
Abraão, mas João os confrontava dizendo que até mesmo as pedras podem ser
chamadas de filhas de Abraão (pois o que caracterizava Abraão não era a sua
família, mas sim a fé que ele exerceu ao deixar uma vida cômoda e ir para um
lugar que não conhecia. Tornariam-se “filhos” de Abraão todos àqueles que
tivessem a fé que ele teve ao invés de orgulharem-se de sua árvore
genealógica).

Era característico, deste profeta, ir direto ao ponto que Deus pedia, pois dizia: “e
já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz
bom fruto, é cortada e lançada no fogo.” ao dizer isso ele mostra ser objetivo
demais em falar sobre arrependimento.
Seu batismo foi na água através do arrependimento, mas

em breve viria o nosso Senhor batizando os filhos de Deus


através do Espírito Santo e no fogo da Santa Presença do
Espírito Santo.

13-17 – Jesus foi batizado por João: Isso ocorreu quando Ele tinha 30 anos
(esta idade representa maturidade e exemplifica as pessoas que passam a vida
inteira escolhendo caminhos errados para sua própria satisfação e tomam a
decisão ao saber o que querem, então decidem descer às águas do
arrependimento/sepultamento do homem carnal. Essa maturidade não tem a
ver com idade, mas com decisões corretas), talvez você já tenha se perguntado:
“Por que Jesus batizou, se Ele não teve motivos para se arrepender, pois nunca
pecou?”, o versículo 15 desse capítulo explica-nos que Ele fez isso para que se
cumprisse o que devia fazer de acordo com a justiça divina.

Ele deu o exemplo (mesmo não precisando), ...

...para que O seguíssemos em cada passo.


Então o Espírito Santo vem sobre Jesus “como” uma pomba, ou seja: manso, sem
maldade, delicadamente e a partir desse momento Jesus mostra com a Sua vida
que Ele foi guiado pelo Espírito Santo em tudo o que fazia

Mateus 4

1-11 – Jesus foi tentado no deserto: Há desertos (lugares difíceis,


complicados) onde o próprio Senhor deseja que estejamos para rompermos
algo em nossas vidas, como este que Jesus foi para ser tentado. Vejamos a seguir
o que significam as simbologias da tentação enfrentada pelo nosso Senhor:

Se tu és Filho de Deus: O inimigo quis confundir a identidade de Jesus


Cristo, esforçou-se em tentar convencê-Lo de que não era filho do
Altíssimo. Até hoje os filhos de Deus passam por esse tipo de guerra que
ocorre em suas mentes. A boa notícia é que somos sim filhos de Deus,
comprados por alto preço, o sangue de Cristo;

Manda que estas pedras se tornem em pães: Satanás testou ao Senhor


persuadindo-O a usar o poder sobrenatural que Cristo tinha para adquirir
benefícios próprios ao invés de depender do agir de Deus;
O contra-ataque de nosso Senhor para os testes enfrentados foi fazer uso
da Palavra de Deus que estava guardada em Seu coração, para este
apropriou-Se do que estava escrito em Deuteronômio 8:3 par vencer o
inimigo de nossas almas nessa luta espiritual e perseverante;

Lança-te daqui abaixo: Dessa vez o teste foi na área da segurança. O diabo
queria certificar-se mesmo se Deus protegia ao nosso Senhor. Esse tipo
de tentação também é presente nesses dias, onde ele mente aos filhos de
Deus dizendo que o Deus Todo-Poderoso não cuida de nós. Mas sabemos
muito bem que Ele cuida de cada filho Seu, por isso enviou o Espírito
Santo, para guiar-nos e ser o melhor amigo que o ser humano pode ter,
além de receber todo cuidado necessário.
Mais uma vez a vitória é de Jesus Cristo contra Satanás ao fazer uso com
fé e autoridade do trecho sagrado que está Deuteronômio 6:16;

Tudo isto te darei, se prostrado me adorares: Toda Adoração que um


indivíduo presta a algo ou alguém transfere sobre este/isto poder e
autoridade. Nesse caso, vemos que o inimigo tinha em suas mãos reinos e
poder para entregar a quem o adorasse (ele só teve tamanha autoridade
para oferecer ao Senhor, porque o ser humano deu a ele mediante o
pecado, que é um forma de adoração às trevas) essa oferta feita à Cristo
nunca se compararia ao Reino que Deus tinha preparado ao Seu amado
filho e também para todos os que aguardam por isso em santificação.

O guerreiro dos Céus, Cristo o Poderoso, pela terceira vez vence a tentação
aplicando o poder da espada do Espírito...

...ao citar Deuteronômio 6:13! Em todos os difíceis testes que nosso Rei Jesus
passou teve que tomar posse com ousadia e autoridade do poder que
contém nas Escrituras, por que, então, não a usaríamos também?
Depois de jejuar, perseverar e guerrear, Deus brada a Cristo e envia anjos
para O servirem.

12-16 – O início do ministério de pregação de Jesus Cristo: Após Jesus ouvir


que João Batista estava passando por dificuldades, pois foi entregue (João
necessitava crescer através dessa dificuldade), então o Senhor dirige-se até a
Galiléia e decidiu habitar em Cafarnaum, e a ida do Senhor para lá cumpriu a
profecia de Isaías 9:2 onde diz que o povo que estava em trevas viu uma grande
luz e esta lhes resplandeceu!
Que dia glorioso para esta cidade foi receber a luz da humanidade, o nosso
Senhor Jesus Cristo, e esta região foi a escolhida para iniciar o Seu ministério de
pregação da Palavra de Deus.

17 – Arrependam-se, porque é chegado o reino dos céus: Foi o princípio das


pregações de Jesus Cristo, pois para que o Reino de Deus venha até nossas vidas
é necessário que haja mudança de atitude. O mesmo Cristo disse que, para que
haja vinho novo em nossas vidas (o vinho representa o gozo/alegria) é
necessário que os odres velhos (estruturas de pensamento, conceitos,
paradigmas antigos) sejam trocados por odres novos, ou seja, uma mudança de
mente e de atitude (ver Romanos 12:2) para que Deus possa transformar
nossas vidas e estabelecer o Seu governo.

18-20 – Jesus chama Pedro e André: Ao ler os versículos 18 e 19 percebe-se


que após Jesus andar “ao longo do mar da Galiléia”,...

...convoca dois homens comuns para serem Seus discípulos.

Conseguimos imaginá-Lo caminhando alguns longos metros ou até mesmo


Kilômetros e olhando de longe esses dois irmãos (Pedro e André) analisando a
vida deles com Seus olhos de chamas de fogo, assim como Ele fez conosco antes
de nos chamar para Seu reino, analisou as etapas da nossa vida e como
respondemos às situações preparadas por Deus. Esse verso também nos ensina:
1) Jesus chama pessoas que trabalham/são empenhadas;
2) Seu anseio é que desenvolvamos esse trabalho para servir o Reino de Deus.

O Espírito Santo os convenceu imediatamente e deixaram o que tinham de


“mais importante” que eram as suas redes e seguiram ao Senhor! Que bela
troca...

...trocaram as redes sujas e mal cheirosas pelas redes de amor.

21-22 – Jesus chama Tiago e João: Ao caminhar um pouco mais adiante, após
chamar Pedro e André, o Senhor encontra outros dois pescadores chamados
Tiago e João. Note que os dois primeiros ao serem encontrados estavam ativos
em seu trabalho, lançando as redes ao mar, eles preocupavam-se com o
sustento da casa ou talvez da comunidade dos pescadores. Mas...

...Tiago e João ao serem encontrados não estavam preocupados em trazer


provisão, mas em consertar as redes...

...isso significa que estes focavam em deixar todas as ferramentas prontas e bem
ajustadas, para que outros buscassem a provisão.

Deus precisa tanto do primeiro tipo de discípulo, como do segundo...

...não há o mais importante para Deus, os dois trabalhos são valiosos e se


completam.
Tiago e João também estavam ao lado do pai deles no barco, isso mostra que
devemos honrar nossos pais e estar do lado deles sempre, sejam os pais
naturais, os espirituais ou profissionais.
Os dois jovens imediatamente deixaram o conserto das redes, o barco e seu pai
para seguirem Jesus Cristo. Todos aqueles que priorizarem ao Senhor acima de
qualquer tipo de relacionamento, seja irmão, filhos ou pais, ainda que seja
difícil, receberão cem vezes mais de Deus, isso está escrito em Mateus 19:29 e é
uma realidade, pois Tiago, João e Pedro possuem seus próprios livros escritos
na Palavra de Deus, André também foi participante dos acontecimentos do
nosso Senhor!

23-25 – Ensinando, pregando e curando: Eram algumas das atividades que o


Senhor se empenhou em realizar. Jesus é a cabeça da Igreja, portanto, Ele sendo
nosso modelo e alvo deveria ser o primeiro a dar o exemplo ensinando (utilizou
de parábolas para o povo e falou abertamente aos discípulos), pregando o que
está no Reino de Deus (princípios e valores) e curando os quebrantados e
contritos (quer seja de alma ou fisicamente). Dessa maneira, Sua fama chegou
até o país vizinho: a Síria, e traziam todos os tipos de doentes e
endemoninhados. Então muitos O seguiram de variadas regiões como Galiléia,
Decápolis, Jerusalém, Judéia e outro lado do Jordão.

Mateus 5

Sermão do monte: Nesse Sermão, Jesus sobe a um monte e ensina ao povo, tal
sermão contém diversos ensinamentos, dividi-os em 24. Abaixo seguem
explicados um a um:

1-12 – Bem aventuranças - Bem-aventurança é a alegria dada por Deus,


seguem abaixo:
Humildes de espírito: Clamam por Deus e humilham-se à Sua vontade;
Choram: Deus não despreza o quebrantado (ver Salmos 51:17);
Mansos: Mansidão é a capacidade sobrenatural dada por Deus em
enfrentar problemas, dificuldades sem angustiar a alma e isso acarreta
uma herança;
Fome e sede de justiça: Deus sacia àqueles que buscam cumprir Sua
vontade;
Misericordiosos: Recebem misericórdia de Deus ao aplicá-la (Romanos
9:15);
Limpos de coração: Quem não é carregado das pesadas influências
pecaminosas desse século consegue ver a Deus;
Pacificadores: São aqueles que resolvem conflitos, por isso são
reconhecidos com o mesmo DNA de Deus;
Perseguidos por causa da justiça: Como os profetas e Jesus nós seremos
perseguidos, por amarmos e seguirmos ao Senhor, mas isso deve gerar
alegria ao lembrar que há um galardão (presente dado por Deus à nós)
nos Céus.
Injuriados e ouvirão todo mal: Se seguirmos os padrões de santidade e
retidão de Deus, os que andam de acordo com o curso desse mundo e o
amam poderão desejar nos injuriar e dizer todo tipo de mal contra nós,
mas nossa postura deve ser de perdão e misericórdia, pois um dia
também éramos assim, e é Deus quem nos justifica!

13-16 – Sal da terra, luz do mundo e candeia: Um alimento sem o gosto do sal,
por mais saboroso que seja não pode ser apreciado. Da mesma forma, um
ambiente pode ser interessante, mas sem iluminação não pode ser totalmente
percebido. Também uma cidade que foi edificada é impossível de ser escondida,
mas fica em lugares de fácil visualização. Estas três comparações que Jesus faz a
nosso respeito nos ensinam que devemos: “temperar o mundo”, “levar luz à
escuridão” e “nossas atitudes de acordo com a Sua Palavra devem ser reveladas
publicamente e não ficar ocultas”.

17-19 – O cumprimento da Palavra: Jesus é o Verbo de Deus (ver João 1:1)


todo verbo é uma ação, ou seja...

...Jesus é a própria Palavra que sai da boca de Deus e faz as coisas acontecerem.

Ele estava presente na Criação, na formação do povo de Israel, no


estabelecimento da Lei dada a Moisés, na vida dos profetas e este verbo tornou-
se uma pessoa e andou no nosso meio (João 1:14), por isso não poderia negar
Sua própria natureza que é ser a Palavra Viva. Sua vida apresenta-nos o
cumprimento da Lei e das profecias em um ser totalmente homem e totalmente
Deus. Tudo pode passar, mas cada profecia irá se cumprir. Qualquer pessoa que
quebrar os princípios contidos na Palavra de Deus e ensinar as pessoas a
viverem deste modo será chamada de menor no reino dos céus, mas o que
cumprir será chamado de grande no reino dos céus.

20-26 – Justiça e Reconciliação: A justiça do homem é como um trapo imundo


(Isaías 64:6) e diante de Deus é sem valor, nosso Senhor pede que esta seja
acima da praticada pelos escribas ou fariseus (homens doutrinados
profundamente na Palavra de Deus, mas que não a viviam) e para que seja uma
justiça válida aos olhos do Senhor é necessário que o amor possa governá-la
(ver 1 Coríntios 13:3).

27-32 – Adultério e divórcio: A Lei de Moisés considerava apenas o ato de um


relacionamento extraconjugal chamado de adultério (ver Levítico 18:20 ou
20:10), mas como Jesus sabe tudo o que se passa em nossas mentes e corações
(conforme Lucas 6:8, Mateus 9:4 ou 12:25) considera somente o
desejo/pensamento que vêm à mente como um adultério. É necessário
reconhecer os “campos perigosos” nessa área e evitá-los (1 Coríntios 6:18,
Tiago 4:7, 1 Tessalonicenses 5:22), pois é melhor parecer que estamos sofrendo
algum tipo de dano na alma momentaneamente ao evitar tais coisas, do que
sofrer as dores da destruição de uma família, que são muito piores.

33-36 – Cumprir a palavra e não fazer juramentos: A palavra dada à alguém


possui crédito e confiança, ao quebrar o voto dado perde-se a credibilidade. O
Senhor é Deus e digno de que cumpramos os votos feitos a Ele. Referente aos
juramentos, não devemos jurar pelo céu, terra ou pela nossa própria vida.

37 – Sim, sim; não, não: As nossas decisões e palavras devem ser bem
definidas, como por exemplo: “estarei em sua casa às 10:00 horas e
comparecerei”, “não poderei realizar essa atividade, pois já tenho
compromisso”, e diversas outras situações onde àqueles que nos cercam vejam
que podem dar crédito em nós, para que vejam constância e firmeza nas simples
decisões e até mesmo nas mais delicadas.

38-48 – Amor ao próximo: A Lei de Moisés dizia que devemos “pagar na


mesma moeda” o mal que nos fizeram (ver Êxodo 21:24), mas Jesus clarifica
que não devemos pagar na mesma moeda, mas amar a todos, inclusive quem
nos prejudica, tendo muitas vezes que passar por situações onde nos sentimos
prejudicados ou sofremos algum dano, mas para mostrar que Deus é amor e que
Ele morreu por bons e maus devemos ser Sua semelhança também amando
quem nos prejudica. Amar quem nos faz bem é fácil, mas quem tem algo contra
nossas vidas por alguma razão, não é tão fácil, mas na graça de Jesus Cristo
conseguimos isso.

Mateus 6

1-8 – Boas-obras aos necessitados e orações: Ao ajudarmos um necessitado


(quer seja com palavras ou algum recurso oferecido) não devemos desejar que
isso fosse visto publicamente, pois Deus é espírito e está em todos os lugares (Jo
4:24 e Salmos 139:7-10); portanto, não devemos esperar recompensas,
aplausos e reconhecimento dos homens, mas sim de Deus. Da mesma forma,
nossas orações devem ser colocadas de maneira pessoal diante de Deus, não
procurando demonstrar uma “espiritualidade superior” no tom de voz ou
palavras escolhidas na oração, mas de maneira sincera e de coração aberto e o
Pai que nos assiste em secreto, diante dos homens nos recompensará.

9-13 – Oração do Pai-Nosso: Essa não é uma oração para ser lida sem
entendimento, ou uma regra religiosa, mas um ensinamento dado pelo nosso
Senhor, vejamos alguns deles:

Pai – Simboliza amor/cuidado/conselhos;


Nosso – Fala de unidade (Igreja, corpo de Cristo, família);
Está nos Céus – O céu azul que vemos ao olhar para cima, este fica ao
nosso alcance, o mundo espiritual (lugar espiritual e invisível acima de
nós, de habitação angelical) e o 3º Céu, Ele é Onipresente (está em
todos os lugares ao mesmo tempo através do Seu Santo Espírito) e
habita nessas 3 esferas;
Santificado seja o teu nome – É o desejo que Jesus expressa em ver
Deus sendo reconhecido como Santo (separado) e não um Deus criado
segundo à imaginação humana e servo dos homens;
Reino: Fala a respeito de leis, mandamentos e benefícios, ao exemplo
das nações que possuem uma maneira de governar, assim também o
Reino de Deus possui sua maneira de governo;
Seja feita a tua vontade: É o que devemos pedir ao Senhor ainda que
não a entendamos (ver Isaías 55:8-9) porque no final tudo coopera
para um propósito maior (Romanos 8:28) e a cultura dos Céus é de
obedecer a vontade de Deus;
Pão nosso de cada dia: São as nossas necessidades sendo supridas (o
necessário para viver Ele nunca deixará faltar, ver Provérbios 30:7-9,
1 Timóteo 6:8, Mateus 6:25-32);
Perdoa as nossas dívidas assim como perdoamos os nossos
devedores: É uma condição para obtermos perdão, Jesus diz que Deus
só irá nos perdoar se perdoarmos o nosso próximo (Mateus 18: 21-35
e Mateus 6:14-15);
Tentação: É sentir-se atraído por algo querendo ter satisfação pessoal
com isso; (KASCHEL, 2005)
Livra-nos do mal: É o pedido de livramento, pois o inimigo é como um
leão que nos cerca procurando o momento para atacar (1 Pedro 5:8);
Somente a Deus pertencem o Reino, o poder e glória para sempre.

14-15 – Perdão: Nesses versos Jesus aponta uma condição: “se” perdoarmos o
nosso próximo, então Deus nos perdoará, caso contrário há um bloqueio divino
para receber os Céus abertos ao que endurece o seu coração.

16-18 – Jejum: A motivação ao jejuar por qualquer causa deve ser aguardar a
resposta e o agir de Deus e não demonstrar sofrimento e espiritualidade diante
dos homens porque o único que deve ver nosso sacrifício é Deus, que nos
recompensa.

19-21 – Riquezas no céu: As maiores fortunas e bens dessa Terra são


depreciáveis e perdem o seu valor com os anos, mas algumas das riquezas
espirituais como, por exemplo: evangelizar alguém, ensinar o caminho de Deus,
auxiliar um necessitado, iniciar um pequeno grupo/célula/grupo caseiro são
legados que construímos que permanecem vivos até mesmo após deixarmos
esse corpo terrestre e cada uma de nossas obras serão recompensadas por Deus
(ver Apocalipse 22:12).

22-23 – A luz do corpo: Jesus compara a nossa visão (maneira de enxergar a


vida) com a luz que é usada para nos guiar, por exemplo, uma pessoa que está
em algum tipo de vício e não deseja largá-lo, possui um mau tipo de iluminação
que a fará tropeçar facilmente nas circunstâncias da vida.

24-34 – Deus e as riquezas: É impossível que hajam duas vozes de comando


em nosso interior, apenas uma é que tem força e nos direciona: ou é o Reino de
Deus que não é composto de coisas naturais/físicas (ver Romanos 14:17), mas
sim espirituais, ou então o que tenta nos governar é aquilo que o dinheiro tenta
comprar (exemplos: estabilidade e segurança). O nosso Senhor diz que não
devemos nos preocupar com o necessário para viver, pois disso Ele cuida e
supre (Filipenses 4:19). Se Ele diz que cuida dos animais e das plantas, quem
dirá dos Seus filhos que Ele tem conhecimento de cada passo dado? (João 1:45-
49). Nossa vida não pode estar centralizada em preocupações, antes devemos
ter elas entregues a Deus, pois até aqui Ele tem cuidado de nós.

Mateus 7

1-5 – Não julgar os outros: A mesma maneira que julgarmos alguém, Deus nos
julgará, por isso é importante cuidar o modo de julgar o próximo e antes de
olhar para a vida de alguém devemos analisar como está a nossa própria vida.

6 – Valorizando os tesouros: Algumas pessoas estão cegas pelas coisas desse


mundo e não conseguem ver quão preciosa é a Palavra de Deus. Se ao você falar
de Cristo para alguém e sentir um menosprezo à mensagem, não perca o seu
tempo, pois haverão outros que a receberão, não dê tesouros preciosos à quem
não os valoriza.

7-11 – Perseverança: Em alguns momentos as nossas orações devem ser


perseverantes até atingirem o seu alvo (ver Lucas 18: 1-7), ao lutarmos juntos
do Senhor em oração por uma causa, nos tornamos mais fortes, nossa fé é
provada e experimentamos a dependência do agir Dele.

12 – Justiça com o próximo: Ao agirmos com o próximo devemos sempre nos


comportar de maneira que gostaríamos que este nos tratasse, assim podemos
demonstrar amor e também fazer com que essa pessoa sinta-se bem.

13-14 – Os dois caminhos: Ao levarmos as palavras e os ensinamentos do


nosso Senhor Jesus Cristo à sério somos guiados a abandonar o mundo e suas
facilidades, enquanto que, para santificar-se é necessário temor e obediência
(estes são gerados ao recebermos o Espírito Santo em nós, ver Romanos 8:5-14)
e todo àquele que entra por esse caminho estreito, ainda que pareça difícil,
receberá uma recompensa eterna do Deus Todo-Poderoso (Apocalipse 2:7,
11,17, 28, 3:5, 12 e 21).
15-20 – Os falsos profetas: A Bíblia diz que “muitos são chamados” por Deus
(Mateus 22:14) e nessa seleção há pessoas de diversas personalidades e
motivações diferentes. Infelizmente alguns destes preferem anunciar
ensinamentos que não são de os de nosso Senhor Jesus Cristo, mas é fácil
reconhecê-los, basta analisar os frutos que a vida dessa pessoa gera e então
mostrará se ela é uma enviada de Deus ou não.

21-23 – Quem entra no Céu: Os primeiros passos para chegarmos aos Céus
são: crer e confessar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador (ver Lucas 12:8,
Romanos 10:9) batismo de arrependimento nas águas (Marcos 1:9, Marcos
16:16, Atos 2:41) permanecer na presença de Jesus andando em Espírito
(Colossenses 2:6, Gálatas 5:22-25) e perseverar até o fim (Mateus 24:13). Esta
salvação de nossas almas não é conquistada pelo nosso suor e esforço humano,
mas pela graça de Deus (Efésios 2:5). As obras são a resposta do homem à Deus
em relação aos Seus propósitos divinos e também por amá-Lo. Quanto à
salvação, o que Deus requer de nós é: obediência e temor de Suas direções ao
longo de nossas vidas.

24-27 – Os dois tipos de alicerces: Deus sempre permitirá que problemas e


situações delicadas ocorram em nossas vidas, mas para nos moldar e dar o
formato que Ele deseja (ver Jeremias 18:1-6) o que nos diferencia é a nossa
base, aquilo que nos sustenta. Jesus compara a estrutura da nossa vida a
fundamentos: um que facilmente se desfaz e outro firme e inabalável, o
primeiro pode estar fundamentado nas vaidades da vida e o segundo é o
próprio Cristo (Salmos 18:31, Romanos 9:33, 1 Coríntios 10:4). O que torna
interessante esses versículos é que o problema ocorre em ambos os casos, mas
somente quem acredita nos ensinamentos do Senhor e vive de acordo com eles
é que terá uma vida segura.

28-29 – A autoridade do nosso Senhor: Grande parte dos mestres da Lei


(aqueles que liam e compartilhavam a Palavra de Deus) conheciam (apenas de
maneira intelectual e nenhum pouco prática) e o ensino deles era baseado
somente em cumprimento de regras, mas Jesus, a própria Palavra de Deus (que
veio ao mundo no formato humano, ver João 1:1-4,10-14) sabia como tocar o
coração dos homens, ensinando com a Sua própria autoridade, vinda dos Céus.

Mateus 8

1-4 – Jesus cura um leproso: Aonde Jesus ia haviam multidões O seguindo


(pelas variadas necessidades, ver Mateus 19:2, Marcos 2:15, Marcos 4:10) e
viam o poder de Deus operando Nele para curá-los. No verso 3 Ele Se mostra
interessado em curar o ser humano. Como Cristo não veio para quebrar a Lei de
Moisés, mas sim para cumpri-la, pede que o leproso apresente-se ao líder
espiritual da época e que também oferecesse a oferta solicitada na época para
esse tipo de situação (ver Levítico capítulos 13 e 14).

5-13 – Jesus cura o empregado de um centurião romano: Jesus entra na


cidade de Cafarnaum (ficava próxima ao mar da Galiléia), região onde Ele
realizou muitas coisas em seu ministério, então se achegou a Ele um centurião
romano....

O centurião era o líder do exército romano que tinha sob seu comando vários soldados (KASCHEL, 2005).

Esse oficial deixou o orgulho de lado e foi buscar a ajuda de Jesus Cristo o Todo-
Poderoso. Inicialmente o Senhor deseja deslocar-se até o lugar onde está o
enfermo para curar-lhe, mas a obediência, submissão e fé do centurião eram tão
grandes que Jesus se impressiona e libera a cura (de longe mesmo), cura que
visita o doente em seu leito de enfermidade. Aprende-se aqui que se orarmos
Seu Santo Espírito tem poder de visitar os enfermos que estão longe de nós.

14-17 – Jesus cura a sogra de Pedro e muitos outros: O poder que está em
Jesus não faz distinção entre doenças graves ou simples, nesse mesmo capítulo
(no verso 3) um leproso foi curado e agora ao visitar a casa de seu discípulo
Pedro cura a febre da sogra dele tocando a mão dela. No final da tarde muitos
presos (em prisões espirituais) e doentes achegaram-se a Ele e com apenas uma
única ordem Ele pode transformar o ser humano. Estas curas ocorreram porque
o profeta Isaías havia dito isso a respeito Dele em Isaías 53:4.

18-22 – Algumas pessoas que desejavam seguir a Jesus: Ao afastar-se um


pouco da multidão Jesus encontra um escriba (homem que copiava a Palavra de
Deus e transmitia ao povo, porém usava de regras humanas e religiosas) e esse
homem deseja segui-Lo, mas Jesus diz que “não tem onde descansar” podemos
ver aí uma agenda lotada de nosso Senhor, cujo soube bem como distribuir bem
o seu tempo para fazer tudo o que precisava pela humanidade em 3 anos de
trabalho, porém não conseguia nem descansar. Logo em seguida, um homem
que já seguia a Cristo tentou criar barreiras ao dizer: deixe-me sepultar o meu
pai, (este representa um cristão que tenta criar impedimentos para andar nas
pegadas abertas de Cristo) para este Jesus diz que é necessário colocá-Lo em
primeiro lugar, mesmo acima daquilo que julgamos importante, o Senhor a este
responde: “segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos”,
trazendo à tona o ensino de que o Reino de Deus é o que existe de mais
importante e segui-Lo é a maior das prioridades.
Para aquele que desejava ser seguidor de Cristo, Ele mostra quais seriam as
condições, enquanto que, para àquele que já O seguia Ele realçou as prioridades
e as deixou bem claro.

23-27 – Jesus dá fim a uma tempestade:

Em nossas vidas entramos em vários barcos com nosso


Salvador...

...(Corpo de Cristo, família, trabalho, estudos, entre outros) e confiamos que Ele
trará segurança, mas esses versos mostram que ainda que Cristo esteja no
barco, em alguns momentos Ele pode parecer que fechou os olhos para a
situação e não se importe com as tempestade que estamos enfrentando, mas Ele
estará ali, testando a nossa fé e se ver que não conseguimos vencer com a
porção de fé recebida na Palavra de Deus, Ele mesmo se levanta e dá um fim ao
nosso problema.
28-34 – A libertação de dois homens possuídos por demônios: Esses
homens estavam presos à vontade das trevas e sofriam, pois moravam em um
lugar não muito freqüentado: um cemitério. É isso que o inimigo mais deseja;
que sejamos presos aos desejos dele e nos isolemos no sofrimento, na angústia,
no medo, etc. Jesus ama a humanidade e desejou ver aqueles homens livres,
portanto, ordenou que entrassem naqueles animais. Quando os porcos se
jogaram despenhadeiro abaixo os criadores desses animais ficaram
horrorizados com o que aconteceu (porque não entenderam o poder de Deus) e
devido o povoado dessa cidade ter uma mente natural e não espiritual pediram
ao Senhor para que Ele fosse embora daquela região. Até hoje é assim, ao
anunciar Cristo para pessoas presas a religião ou sistemas existem barreiras
(ver 1 Coríntios 2:14).

Mateus 9

1-8 – O homem paralítico de Cafarnaum: Jesus retorna à sua cidade,


Cafarnaum. O povo já sabia da fama de Jesus como o Deus que tem poder de
curar e trouxeram a Ele um paralítico. Jesus que é o autor da fé (ver Hebreus
12:2) percebeu que neles havia uma boa medida de fé para que o homem fosse
curado e declara primeiramente o perdão dos pecados deste homem, alguns
religiosos não vêem Jesus como o Messias, mas como um homem qualquer, não
deram crédito no Seu perdão, mas Ele tem sim poder de perdoar pecados
(Efésios 4:32, Colossenses 2:13) e também de curar vidas. Por isso Cristo
mostra publicamente o seu poder e sarou o homem da incapacidade de se
locomover.

Este mesmo poder foi entregue a nós...

...pelo próprio Senhor antes de subir aos Céus (Mateus 28:18-20, Marcos 16:17-
18).

9-13 – O chamado de Mateus: Ao passar pela coletaria de impostos, nosso


Senhor encontra Mateus assentado e diz para ele segui-Lo. Mateus larga tudo e
segue a Cristo imediatamente (este homem devia estar cansado de uma vida de
roubo ao seu próprio povo). Ao sentarem-se para uma refeição junto de
pecadores (os cobradores de impostos da nação de Israel também eram
considerados pecadores naquela época), o Senhor Jesus Cristo ao ouvir um
comentário crítico dos fariseus diz a estes que Ele é o remédio para os doentes e
que veio chamar os que estão vivendo debaixo do poder do pecado para que se
arrependam e mudem de direção.

14-17 – A respeito do Jejum: Enquanto João Batista jejuava, Jesus comia. Ele é
O renovo de Israel, a força da Igreja (ver Isaías 11:1, Salmos 18:2). Não
haveriam motivos dos discípulos jejuarem (pois um dos propósitos do jejum é o
fortalecimento) sendo que o Todo-Poderoso estava com eles. Mas quando eles
estivessem distantes (fisicamente) do Senhor haveria motivos para buscar esse
fortalecimento vindo do Alto. Ainda nesses versos o Senhor fala sobre a
mudança (de mente e coração) que devemos ter para que coisas novas possam
acontecer (Romanos 12:2).

18-26 – A filha de um chefe religioso e a mulher do fluxo de sangue: Esses


impressionantes versos mostram um homem Adorador que exalta a Deus com
todo seu coração, pois sua filha havia morrido e ele Adora a Jesus e acredita que
o Senhor pode impor as mãos sobre ela e ressuscitá-la. Enquanto os dois
estavam conversando, sem ninguém esperar uma mulher que sofria de um fluxo
de sangue há doze anos passou por várias barreiras (religiosidade, a opinião
dos outros, o rigor da Lei que a fazia impura) e toca na roupa de Jesus, pois no
seu coração acreditava que apenas tocando-O já seria curada, a mulher recebeu
a sua cura porque havia fé em seu coração. Jesus continua seu trajeto inicial que
era visitar a filha deste chefe, ao chegar à casa dele Jesus visualiza a situação de
maneira diferente, todos identificavam morte, mas Ele consegue enxergar
sempre à frente diz que ela não morreu, mas dorme, os incrédulos riem de Jesus
e Ele os põe para fora da casa...

...é importante deixar de lado a opinião daqueles que não acreditam...


...e então, segura a mão da menina, liberando cura sobre ela. Esse milagre gerou
louvores a Deus naquela região.

27-34 – Dois cegos e um mudo são curados: Não me pergunte a maneira


como esses dois cegos seguiram a Jesus, mas eles se esforçam sobremaneira
para alcançá-Lo, quem dirá a nós que temos condições para isso? Jesus
questiona se eles tinham fé, sabemos que Jesus conhece os profundos
pensamentos que estão nos corações, mas Ele pergunta se possuem fé porque
deseja que eles verbalizem, ou seja, expressem com a boca a fé deles. Com esse
ato de fé a cura foi liberada. Nesse instante nascem não apenas novos homens
que agora conseguem ver cor, paisagem e movimento, mas homens com uma
visão do Reino de Deus, pois a primeira atitude foi evangelizar na região em que
moravam. Também trouxeram a Cristo um homem mudo e possuído por
demônio, ao expulsar o espírito que prendia o homem, a saúde dele foi
restaurada, uma grande pena é que aqueles que deviam louvar a Deus (fariseus)
não entenderam a autoridade de Jesus e diziam que tais obras vinham das
trevas e não de Deus.

35-38 – A compaixão de Jesus sobre o povo: A obra de Jesus é completa: tem


ensino das Escrituras Sagradas, ministração sobre o que é o Reino de Deus e
curas. Ao ter sido entregue ao Seu ministério, Jesus trabalha muito percorrendo
as cidades e aldeias onde passava, mas ao ver as multidões Seu coração se
compadece, pois vê a necessidade deles de acompanhamento, discipulado,
paternidade espiritual. Jesus pede para que oremos ao Senhor pedindo para que
vidas sejam enviadas nesse propósito: cuidar, amar e dar assistência aos
necessitados.

Mateus 10

1-42 – Jesus chama doze discípulos e explica a missão deles: Jesus teve
contabilizado 70 discípulos (ver Lucas 10:1-2) e nesse momento Ele separa
doze e os chama pelo nome, como continua fazendo hoje (Jeremias 1:5, João
10:4). A missão era anunciar aos israelitas e judeus (mais tarde o Apóstolo
Paulo foi enviado aos não- judeus, confira Atos 9:15).
A autoridade foi liberada para cura, ressurreição e libertação.

Não deveriam haver preocupações com coisas fúteis, mas apenas com o
necessário.

Ao serem recebidos em alguma casa como missionários das boas-novas de


Cristo deviam ficar ali até a obra finalizar. A paz de Deus devia ser declarada
neste lar, mas se ali não houvesse a paz de Deus, ela retornaria sobre o apóstolo
enviado. Se este servo não fosse recebido ou ouvido deveria “sacudir o pó de
seus pés” como sinal de que não retornaria mais lá e que o juízo de Deus
sobreviria sobre aquele local.
Ao receber a Cristo ganhamos um novo coração (Ezequiel 36:26, Gálatas 5:22)
nos tornamos mansos, amorosos e de boa-intenção diante dos homens, por isso
os apóstolos foram comissionados como cordeiros diante de lobos (pessoas de
má intenção e com a maldade do mundo em seus corações), mas isso não
significa ter ingenuidade a ponto de ser visto como infantil ou alguém que os
outros podem tirar proveito, mas sim ter um bom coração sendo que ao mesmo
tempo deve haver vigilância, prudência e saber como conduzir cada situação
(Colossenses 4:6).
Também foram advertidos de que ao levar o Reino dos Céus haveria incômodo
para alguns a ponto de serem entregues ao sofrimento e ao passarem por
situações onde deveriam explicar-se não deviam se preocupar com o que dizer,
pois o Espírito Santo colocaria as palavras de Deus em suas bocas (Jeremias 1:6-
7 e 9), uns seriam entregues pelos seus próprios familiares e haveria ódio de
todos aqueles que não reconhecem a Cristo simplesmente por serem seguidores
Dele, mas quem permanecer até o fim será salvo. Ao sofrer o dano da
perseguição em uma cidade a instrução era dirigir-se até a próxima (ao exemplo
de Atos 14:19-20), a expressão “não acabareis de percorrer as cidades de Israel
sem que venha o Filho do Homem” dá a impressão de que o campo missionário
é extenso demais e que há muito trabalho para se fazer.
Nosso Senhor deixou bem claro que Ele foi rejeitado e como os escolhidos por
Ele que nós somos, também sentiremos isso em algumas situações, afinal, se a
Ele chamaram de Belzebu, quem dirá a nós? Porém...

...não devemos temer o sofrimento humano, mas sim o sofrimento Eterno...

que é a segunda morte (Apocalipse 20:14) para quem não seguiu a Cristo em
vida.
A mensagem anunciada secretamente aos discípulos deveria ser falada
publicamente a todos e aquilo que está oculto diante dos homens, Deus
revelará.
Tudo o que Seus servos passarem é permissão Dele. Os que confessarem
pertencer a Cristo publicamente diante dos homens, o próprio Jesus anunciará
que é Senhor e Deus dessa pessoa diante do Pai Celestial, mas se negá-Lo então
será negado.
A mensagem de Jesus traz separação entre cristãos e incrédulos, pois a Verdade
para alguns pode causar conflitos. Ainda que essa separação (devido os
princípios e a fé) possa causar distância de familiares queridos...

...Jesus diz que àquele que os ama mais do que a Ele não é digno Dele.

Se o discípulo não morrer para si mesmo e para suas vontades não pode
receber a vida de Cristo.
Aquele que receber a um enviado de Deus e o honrar de alguma maneira
receberá justa premiação dos Céus por isso.

Mateus 11

1-7 – O profeta João Batista envia a Cristo dois discípulos seus: Jesus após
dar instruções aos discípulos foi ensinar e pregar. Nesse mesmo tempo, João
Batista ao ouvir falar do que Jesus fazia abalou sua fé e envia dois de seus
próprios discípulos para perguntar se era Ele mesmo o enviado de Deus (pois
João estava em um mau momento, dentro de um cárcere). Jesus fala dos frutos
da obra que Ele estava fazendo para o Pai a fim de mostrar a João que era Ele
mesmo o Messias que havia de vir.
8-19 – Jesus defende o ministério e a integridade de João Batista: Não
fomos nós quem O escolhemos, mas Ele quem nos escolheu primeiro (ver João
15:16a) e por causa disso Ele luta as nossas batalhas, defende nossa causa. Jesus
sabia que o momento que o profeta João Batista estava vivendo era muito difícil,
por isso defendeu sua integridade moral e seu ministério diante das multidões
(pois Ele acredita em nós, mesmo diante das tempestades da vida). Nesses
versos também é declarado que para possuirmos o Reino dos Céus é necessário
“pagar um preço” doando-nos a nós mesmos e nos esforçando para isso. A
geração em que o Senhor aponta como “indiferente” à vontade de Deus é a dos
dias de João Batista, mas também pode ser comparada a nossa (se virarmos as
costas para a voz do Espírito Santo de Deus). João Batista tinha o costume de
jejuar para estar em conexão com Deus e separado dos banquetes oferecidos
pelo mundanismo e diante dos homens ele foi mal visto, pois não era uma figura
popular (para um judeu, as festas envolvendo comida eram normais, como o
exemplo da Páscoa), já Jesus por ter a necessidade de estar no meio de todas as
classes sociais, participava de refeições (Mateus 9:11) e festas (João 7:2 e 14) e
também era mal visto pelo povo. Isso prova que...
...não há como agradar a todos e satisfazer a expectativa de todas as pessoas que
nos cercam ao mesmo tempo. Devemos ser quem Deus nos chamou para ser e
manter o foco nisso.

Ao verem nossas obras inspiradas pelo Espírito Santo encontrarão sabedoria,


da mesma maneira que encontraram na vida de Jesus Cristo.

20-24 – As cidades que não se arrependeram: As cidades de Corazim,


Betsaida e Cafarnaum receberam a condenação de Jesus devido Ele ter operado
milagres (ao exemplo de Lucas 9:10-17 onde 5.000 pessoas foram alimentadas
com pães e peixes e em Marcos 8:22-26 um cego foi curado na cidade de
Betsaida; Em Cafarnaum exerceu grande parte de seu ministério conforme
Mateus 4:13-16 onde o povo viu a Luz de Cristo e em 8:5-13 o servo de um
oficial do exército romano foi curado), porém nessas 3 cidades não houve
nenhum fruto que mostrasse arrependimento e o povo permaneceu incrédulo e
de coração duro, por isso Jesus compara tais cidades às cidades de Tiro e Sidom,
que receberam condenação de Deus através do profeta Isaías no capítulo 23.
Tiro era uma cidade rica pelo seu porto e suas negociações marítimas e aos
olhos de Deus acabou se corrompendo (SBB, 2010).

Nós, filhos de Deus que recebemos as boas-notícias do Evangelho não devemos


ter a mesma atitude dessas 3 cidades, mas abrir o coração para a manifestação
do Seu Santo Espírito e de Suas obras.

25-27 – As revelações do Reino de Deus aos pequeninos: Desde os tempos


mais antigos sempre houve sábios, doutores e mestres que puderam transmitir
conhecimento intelectual à humanidade, mas Jesus mostra que Deus revelou e
continua revelando segredos do Reino aos: necessitados, aos que clamam em
conhecê-Lo, aos que tem o coração aberto e aos sinceros (ver Salmos 34:18 e
51:17, Isaías 57:15 e Apocalipse 3:20). Jesus também diz que ninguém conhece
mais a Deus do que Ele mesmo (pois Ele é a 3ª pessoa da Trindade, confira em
João 10:30 e 14:20 e 26), Ele é Deus e tem parte em todas as coisas criadas e
sonhadas por Deus-Pai e todo aquele que o Filho de Deus quiser revelar então O
conhecerá, pois Ele também é soberano, possui todo domínio e autoridade nos
Céus, na Terra e debaixo da Terra.

28-30 – O descanso por estar em Jesus: A missão de Jesus Cristo não é


somente de nos salvar do pecado e levar para o Céu, mas também de colocar
dentro do nosso interior a Sua própria vida. A paz que Ele nos dá está acima de
nossos sentimentos ou más circunstâncias que podemos estar vivendo (ver
Isaías 9:6 e João 14:27). O amor que Ele tem por nós foi e é tão grande que
decidiu ser traído, abandonado, chicoteado, cuspido, espancado, afrontado e
esmagado pelos nossos pecados para que hoje tivéssemos o perdão divino e os
Céus abertos para ter acesso a Deus. Todo o que se aproximar Dele receberá
vida (João 10:10). Vale a pena trocar as duras bagagens de sofrimento que a
vida pode trazer pelo jugo suave de nosso Senhor, nEle está o descanso, a vida, a
Paz e o amor que enche nossos corações!
Mateus 12

1-8 – Jesus e o sábado: O sábado para os religiosos simbolizava um dia onde


nada poderia ser feito (desde trabalho pesado até mesmo coisas simples do dia-
a-dia). Jesus alertou que estes se preocupavam muito mais com coisas de menor
importância do que com as que têm maior importância (ver Mateus 23:24) e
cita o exemplo de Davi, onde, num sábado, saciou sua fome com os pães que
eram dados apenas para os sacerdotes (1 Samuel 21:1-7), desse modo...

. ..o Senhor se agrada muito mais da compaixão e do amor ao próximo do que


cumprimento de regras com o coração frio.

9-21 – A cura do homem da mão aleijada, do povo e o cumprimento de


uma palavra profética: Saindo dali, Jesus chegou à sinagoga deles (local de
culto, ensino e busca a Deus) e encontra um homem que tem uma mão seca e
aleijada. Eles insistem em tentá-Lo sobre o assunto do sábado perguntando se
podemos fazer boas ações nesse dia, Jesus diz que sim e para provar Sua
autoridade cura aquele homem, mas isso trouxe, aos religiosos, mais inveja de
nosso Senhor. Ao saber disso, Jesus se retira; diversas pessoas O seguem e todos
são curados por Ele. Seu pedido é que não seja exposto publicamente, para que
se cumprisse a Palavra que está em Isaías 42:1-4.

22-32 – O endemoninhado cego e mudo e a blasfêmia (ofensa) dos


fariseus: Esta poderosa cura é admirável: um homem que não via e não falava
voltou para casa; feliz e esperançoso após seu encontro com o Salvador da
humanidade e todos se admiravam com a autoridade Dele. Por outro lado, os
religiosos vendo que esse poder só poderia ser dado por Deus e feito através
Dele atribuem o milagre ao inimigo de nossas almas. Isso pode ser considerado
como uma blasfêmia (ter o conhecimento de que é Deus que está operando e
desprezá-Lo ou ofendê-Lo). Cristo explica que...

...todo pecado e blasfêmia podem ser perdoados, exceto ao Santo Espírito de Deus,
este pecado não possui perdão.
Nesses versos também é falado que se Ele fizesse algo em nome de Satanás
então o reino das trevas estaria dividido e não prosperaria em seus ataques,
portanto, opera pelo Espírito de Deus. E por causa disso, é chegado o reino dos
céus.
Para que alguém possa ter autoridade de “saquear o inferno” (ao evangelizar,
pregar/ensinar, discipular uma vida) é necessário prender primeiro o(s)
espírito(s) que operam nesse(s) territórios e depois tomar essa vida para o
reino de Deus.
No que diz respeito à unidade também anuncia que todo aquele que não
coopera com a vontade de Cristo está atrapalhando a obra Dele.

33-37 – Os frutos e o tesouro: Ao somar a maioridade dos frutos de uma


árvore, estes podem ser descritos como bons ou maus frutos, dependendo de
sua qualidade. Aqui, o Senhor dirige um discurso aos religiosos que usavam
seus lábios para falar palavras boas e bonitas, mas o interior deles era mau. Sua
indignação pela hipocrisia deles era tamanha que ensina àqueles que O ouvem;
que o ser humano só fala o que está vivo em seu interior, portanto, eles não
tinham autoridade de ensinar coisas boas, tendo uma vida contrária ao ensino
dado. O interior do coração do ser humano também é comparado pelo nosso
Senhor como um tesouro, e as boas pessoas tiram bons tesouros, enquanto as
más tiram maus tesouros dele (basta olharmos para suas atitudes e veremos a
qualidade do tesouro).
As nossas palavras “ociosas e fúteis” serão cobradas no dia do juízo por Deus e
prestaremos conta delas.

São as próprias palavras que poderão ter poder de absolver ou condenar uma
pessoa...

...que haja temor de Deus em nossos corações quanto a isso!

38-45 – O sinal de Jonas e a atuação dos espíritos malignos: Os religiosos


queriam ver sinais feitos por Jesus (pois se baseavam em Moisés e Elias, por
exemplo, que foram usados por Deus para fazer sinais conhecidos como: abrir o
Mar Vermelho e dar ordem para não chover por 3 anos e meio) e esperavam
isso de Jesus, mas Cristo os fala que nenhum desses tipos de sinais seria
mostrado a eles, mas um sinal maior ainda viria: que após entregar-Se à morte,
ficaria no coração da terra (sepultado) durante 3 dias, assim como o profeta
Jonas ficou no interior de um grande peixe, e depois Ele ressurgiria dos mortos
e estaria vivo para sempre. Nosso Senhor aponta que após o sinal de Jonas
houve arrependimento e também a Rainha de Sabá que veio de terras distantes
para ouvir a sabedoria de Salomão e a reconheceu, assim deveriam eles
reconhecer a autoridade do Salvador e Sua sabedoria justificada pelas suas
obras.

Nessa mesma conversa, Cristo ensina a respeito de prisão espiritual: um


espírito maligno que tem poder para prender a vida do ser humano, ao sair da
vida desta pessoa, anda por lugares secos, buscando onde descansar (afinal,
quem daria repouso a um demônio?) e não encontra então diz para si mesmo:
“voltarei para a casa de onde saí” e ao voltar encontra a casa limpa e arrumada,
então chama junto a ele sete espíritos piores, que ao entrarem na vida do
indivíduo deixam o último estado dele pior do que o primeiro. Dessa maneira,
Jesus Cristo apontou o estado que ficaria a geração deles (isso também vale a
toda e qualquer geração que se aparta do Senhor).

46-50 – A família de Jesus: Enquanto falava ainda às multidões uma pessoa


chegou até Jesus e falou a Ele que sua família carnal/natural (sua mãe e seus
irmãos) estavam O chamando, e Ele anuncia que sua verdadeira família são
todos àqueles que fazem a vontade de Deus (isso não significa que Jesus
desprezava sua família natural, mas Ele é Deus e reconhecendo Sua natureza
explica que, para estar unido a Ele, devemos obedecer àquilo que Deus nos
pede; assim, nos tornamos aliançados com Cristo).

Mateus 13

1-23 – A parábola do semeador: Para explicar essa parábola, simplifiquei-a


em uma tabela que explica: a localização onde ficou a semente, a consequência
de ter sido plantado nesse lugar e o tipo de pessoa que simboliza essa semente,
conforme abaixo:

Localização Consequência Tipo de pessoa


As aves Não entende a Palavra e o
Ao caminho comeram inimigo a rouba
Recebe na emoção, não tem raiz
Pedras Não havia terra e ao vir lutas desiste
As coisas dessa Terra como
Cresceram e riquezas e atratividades
Espinhos sufocaram sufocam a Palavra
Ouve, compreende a Palavra e
Boa terra Deu fruto frutifica 30, 60 e 100 por 1

A parábola ensinada pelo nosso Senhor ensina os tipos de terreno (coração),


que podem variar de pessoa para pessoa e dependendo como se encontra o
estado interior da pessoa ao receber a semente (Palavra) pode gerar muito
fruto ou nem sequer prosperar a semente plantada pelo semeador (Espírito
Santo em ação ao usar um servo seu).

Jesus responde aos discípulos que a eles eram revelados os mistérios do Reino
dos Céus e seria dado muito mais a eles, mas os que não possuem até o pouco
que tem ser-lhe-iam tirado. O fato de alguns não haverem entendido seus
ensinamentos é porque estava escrito em Isaías 6:9-10 sobre a dureza do
coração deles. Muitos profetas desejaram ver e ouvir os que os apóstolos e
discípulos tiveram a oportunidade de contemplar (visivelmente a Cristo, o
Messias esperado pela humanidade).

24-30 e 36-43 – A parábola do joio e trigo e a sua explicação: A parábola


contada pelo nosso Senhor será explicadas nos tópicos abaixo, através dos
personagens que a envolvem:
Homem: É Jesus Cristo (o Salvador) que planta a boa semente;
Homem: É Jesus Cristo (o Salvador) que planta a boa semente;
Campo: Representa o mundo;
Boa semente/Trigo: É a Palavra de Deus, que traz vida e direção ao
coração do ser humano; Também pode ser comparado às pessoas que
são “plantadas” por Deus em diversos locais desse mundo para ser
bênção na vida de outros;
Joio: É a semente maligna (maus ensinamentos, direções contrárias à
vontade de Deus e contaminadas); Também pode ser comparado às
pessoas que são usadas pelo inimigo das nossas almas para
contaminar o coração da humanidade;
Inimigo: Representa Satanás e seus demônios;
Servos do homem: É a humanidade, que clama pela manifestação dos
filhos de Deus, pelo bom trigo;
Anjos: São àqueles que junto com Cristo separarão o joio do trigo (os
bons dos maus, os filhos da Luz, dos filhos das trevas), são os ceifeiros
da parábola;
Céus e Inferno: Os Céus serão para o trigo/bons filhos, O inferno para
o joio/maus homens. Os justos brilharão como o sol, mas os ímpios
irão para um lugar terrível onde queima o fogo, há choro e ranger dos
dentes.
Ceifa: Segunda vinda de Jesus Cristo, onde separará os que O serviram
e foram fiéis aos Seus mandamentos e princípios daqueles que
decidiram não fazer isto;
Fornalha de fogo: Inferno, lugar que foi preparado para os demônios
que se rebelaram contra Deus nos Céus, mas receberá também as
almas daqueles que não se submeteram à Cristo e Seu Evangelho.

A parábola do joio e trigo explica a necessidade que o mundo tem da boa semente
que é a Palavra de Deus e também pode ser comparada às pessoas que são
guiadas pelo Espírito Santo...
...e do trabalhar do inimigo ao tentar semear coisas más no mesmo tempo que
Deus semeia coisas boas, mas Deus deixa que ambos cresçam juntos e no Dia do
Juízo, onde todos irão prestar contas a Deus, haverá separação dos que são bons
e maus (de acordo com o julgamento Divino).

31-32 – A parábola do grão de mostarda: Nesta parábola o Reino dos Céus


está sendo comparado a uma semente de mostarda, que é pequena, mas ao ser
plantada no terreno (coração do homem) ela cresce e se desenvolve a ponto de
se tornar uma árvore, pode até suportar animais que fazem ninho em seus
ramos. A fé é um dom a ser desenvolvido e conforme caminhamos com Deus e
somos dependentes Dele essa fé torna-se maior e madura permitindo oferecer
abrigo para outros.

33-35 – A parábola do fermento: Na maioria das vezes que ouvimos falar de


fermento na Bíblia, o contexto é maligno, pois esse elemento tem o poder de
“apodrecer” a massa e então dar crescimento a ela. Os judeus nos dias da Páscoa
comiam pães sem fermento, Jesus mesmo alerta para cuidarmos com alguns
tipos de fermento (ver Mateus 16:6 e Marcos 8:15), mas nessa parábola o
fermento é apresentado como algo bom e proveitoso. Esse rápido crescimento
que a massa pode ter com as 3 medidas é o Reino dos Céus. Assim...

...o ser humano pode crescer em Deus com impacto e velocidade, se estiver aberto
e buscar isso também ao ter vida íntima com o Espírito Santo, a Palavra de Deus e
a fé em Cristo Jesus.

Tudo isso que Jesus ensinou foram através de parábolas para que cumprisse a
profecia em Salmos 78:2.

44-46 – A parábola do tesouro escondido e da pérola de grande valor:


Essas duas parábolas representam a importância do Reino dos Céus, o quão
valioso ele é para o ser humano.
Na primeira, Jesus ensina que o Reino é comparado a um tesouro escondido em
um campo, onde um homem o encontra, esconde tal tesouro, compara aquele
campo para ficar apenas com ele. Esse tesouro é tudo o que está inserido no
Reino dos Céus (alguns exemplos: a Paz que o mundo não pode nos dar, a
esperança de que iremos morar com Deus no Céu, as experiências
sobrenaturais que o Espírito Santo proporciona e as revelações da Palavra de
Deus). O homem deixou tudo para trás e colocou os olhos apenas nesse tesouro.
Na segunda parábola, contendo objetos parecidos com a primeira (tesouro e
pérola), ensina a respeito de um homem que é negociante e busca boas pérolas,
mas ao encontrar uma de grande valor, vendeu tudo que ele tinha e a comprou.
Esta pérola, pode-se dizer que é o próprio Cristo, o maior tesouro que a
humanidade já recebeu. Seus discípulos largaram tudo o que tinham por essa
pérola (ver Mateus 4:19-20 e Lucas 5:27-28) e continua sendo assim até os dias
de hoje (Mateus 16:24 e 19:29).

47-53 – A parábola da rede e do escriba instruído: O reino dos céus é


comparado também a uma rede que é lançada ao mar e pega diversos tipos de
peixes. Ao ser recolhida à praia, os peixes bons são colocados em cestos e os
maus, colocados fora. Esta parábola, assim como a do joio e trigo descrita
anteriormente, fala sobre a oportunidade que Deus dá em “pescar” nossas vidas
para o Seu reino, mas todo aquele que for considerado um mau peixe (por estar
em um estado espiritual em decadência, por não dar crédito à mensagem do
Evangelho ou virar as costas para Deus) será lançado no inferno, essa parábola
também fala sobre a consequência em não estar de acordo com a vontade de
Deus.

A pergunta feita pelo Senhor é: “Entendestes todas estas coisas?” e eles


respondem que sim.

O ensinamento estava produzindo fruto neles...

...e mais tarde seria àqueles que dariam continuidade em ensinar a Palavra de
Deus para a igreja de Cristo Jesus, evangelizar várias partes do mundo e
discipular os novos convertidos.
O escriba era responsável por copiar fielmente as Escrituras Sagradas de um
rolo completo e preenchido para um rolo “em branco” e então reescrevê-la
novamente; sua função também era repassar ao povo a Lei do Senhor (ver
Esdras 7:6), portanto, conhecia toda a letra, mas há um grande perigo e
conhecer apenas as letras da Palavra de Deus e não viver o ensinamento que
está dentro dela (2 Coríntios 3:6). Portanto, Jesus fala que o escriba que está
instruído sobre o Reino dos Céus (as coisas do alto) consegue colocar coisas
novas em seu tesouro (novas experiências, novos aprendizados) e tirar coisas
velhas (coisas já experimentadas no reino, princípios já vividos antes). Ao
terminar o ensino dado pelo nosso Senhor, Ele se retira de onde estava.

54-58 – O questionamento a respeito da autoridade de Cristo: Nosso Senhor


chegou à região em que morava, foi ensinar em uma sinagoga e o povo ficava
admirado com a sabedoria e as maravilhas produzidas por Ele e questionavam a
Sua autoridade, pois demonstravam conhecê-Lo ao perguntarem: “não é este o
filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria e seus irmãos Tiago, José,
Simão e Judas”? Eles conheciam a família natural de Jesus Cristo, sabiam como
era a rotina profissional do Seu pai, sabiam o nome de Sua mãe e Seus irmãos,
por isso duvidam que o rei, tão esperado por eles, que remiria Israel das mãos
dos seus inimigos, seria alguém familiar. Mas Jesus deixou explicado que um
profeta possui reconhecimento da sua autoridade exceto em sua casa e no lugar
onde mora e por causa dessa incredulidade deles, não pode fazer muitas
maravilhas naquele local.

Mateus 14

1-13 – A morte de João Batista: Herodes, que tinha o nome Herodes Filipe II,
(Thomas, 2005) sabia da fama de Jesus, estava em um casamento ilegal com a
mulher de seu irmão Filipe chamada Herodias (ver Marcos 6:17-19) que
detestava João Batista. O ódio dela era porque João, o profeta destemido,
confrontou o casal por estarem vivendo debaixo de um jugo de pecado. O desejo
era matá-lo, mas o povo o reconhecia como profeta. No dia do aniversário de
Herodes, Salomé, a filha de Herodias dançou diante dele como um presente de
aniversário e os olhos desse homem foram presos pelo espírito de sensualidade
e sedução que, cego e irracional disse à moça que ela poderia pedir qualquer
coisa. Em uma reunião imoral, a mãe pede para a filha que a cabeça do profeta
seja entregue para ela. Herodes não se contentou com esse pedido, mas para
não ficar feio diante dos que estavam presentes no aniversário e demonstrar
que cumpre seus juramentos solicitou a cabeça de João (que estava preso nesse
momento). A cabeça foi levada para Salomé e ela entregou para sua mãe (esses
versos mostram como as trevas trabalham de maneira organizada e hierárquica
(ver Lucas 11:18), assim também nós devemos trabalhar em favor do reino dos
céus organizadamente e obedecendo nossas lideranças. Os discípulos de João
pegaram o corpo dele, sepultaram e depois foram anunciar ao Senhor Jesus.
Herodes achava que Jesus Cristo era a ressurreição de João Batista ao ter
conhecimento das maravilhas que nosso Senhor operou naqueles dias.

Jesus ao saber da morte de João Batista, entrando em um barco foi para um lugar
separado...

...mas as pessoas ao saberem onde Cristo estava O seguem até onde estava, e
elas foram a pé.

14-21 – A primeira multiplicação de pães e peixes: Após a notícia triste da


morte de João Batista e chegando num lugar deserto, o Senhor Jesus movido de
amor pela multidão que O seguiu até ali, então cura os que estavam doentes. Ao
chegar a tarde os discípulos sugerem a Jesus que os despeça, pois o lugar era
distante para comprar comida e levaria muito tempo para que se deslocassem.
O Senhor Jesus os exorta, deixando um recado não apenas para eles, mas para a
Igreja de Cristo na Terra dizendo: “não é necessário que vão embora, deem
vocês a eles de comer”...

...e esse é o papel da Igreja, o de alimentar os famintos pela verdade que está na
Palavra de Deus.

Então apresentaram a Cristo o pouco que tinham em mãos: 5 pães e 2 peixes


apenas (devemos apresentar ao Senhor o pouco que temos em mãos, pois Ele
tem o poder de fazer muito com isto). Segue abaixo um princípio de
multiplicação:
Pães e peixes: Recurso (deve ser entregue à Cristo, mesmo que seja
pouco aos nossos olhos naturais);
Discípulos: Nós, os seguidores de Jesus devemos sempre entregar os
recursos que temos em mãos para Cristo;
Jesus Cristo: Mediador entre Deus e os homens (apresenta os recursos
a Deus);
Deus: Multiplicador e dono de todo poder (após o recurso coletado,
entregue a Cristo, Deus o multiplica);
Suprimento multiplicado em abundância: Após Deus multiplicar os
nossos recursos, eles são devolvidos novamente aos discípulos e não a
Cristo, pois a responsabilidade de alimentar nações é da Igreja de
Cristo na Terra.
Depois de toda multidão comer, sobraram doze cestos cheios, o número exato
de apóstolos levantados por Jesus Cristo. Isso foi tão profético, que com a vinda
do Espírito Santo os onze e Matias (novo apóstolo levantado após o suicídio de
Judas Iscariotes) levaram o Evangelho em diversos lugares, ou seja, sobrou
provisão para que mais tarde eles alimentassem muitas vidas. Nessa primeira
multiplicação de pães e peixes totalizaram quase cinco mil homens, além das
mulheres e crianças.

22-33 – Jesus anda sobre as águas: Depois de um poderoso milagre de


multiplicação de pães e peixes, Jesus ordenou que Seus discípulos entrassem no
barco e fossem até o outro lado de onde estavam, enquanto Ele despedia toda
aquela multidão. E então subiu ao monte para orar sozinho e ficou ali só.
O barco onde os discípulos estavam encontrava-se no meio do mar sendo
castigado pelas ondas, pois o vento era contrário a eles, vale lembrar que...

...dos 12 discípulos eleitos por Cristo, 4 deles eram pescadores e conheciam muito
bem tudo que estava relacionado ao mar...
...ventos e ondulação eram estes: Pedro, André, Tiago e João, e isso mostra que
ainda que achássemos que podemos resolver algumas questões de nossas vidas
com experiências passadas, Deus mostra que somente Ele faz algo novo e pode
pôr fim às nossas dificuldades.
Apontando a quarta vigília da noite (entre 03:00 e 06:00 horas da madrugada),
nosso Senhor, Todo-Poderoso, agindo acima de qualquer lei natural ou física,
anda por cima do mar (Ele continua fazendo isso para nos alcançar e se preciso
for Ele rompe qualquer circunstância para nos salvar, conforme João 10:11) e
os discípulos confusos por tudo que envolvia a adversidade que se encontravam
(na madrugada às vezes há neblina que impede de enxergar à longo alcance,
vento e silêncio) de repente, uma forma humana aproxima-se deles e o pavor
aumenta acreditando ser um fantasma e gritam com medo. Mas...

...o doce Pastor de nossas almas, Cristo Jesus se aproxima...

...e diz: “Tende bom ânimo, sou eu, não temais”. Pedro, o discípulo que varia
seus sentimentos (uma hora é medroso, outra hora mostra coragem) levanta
sua voz e O desafia dizendo “se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das
águas”.

A Palavra que sai da boca do Senhor tem poder...

...e Ele diz a Pedro “vem” (veja Hebreus 1:3) fazendo com que Pedro ande
(primeiro pela sustentação na Palavra liberada por Cristo, e depois pela sua fé).
Mas ao sentir o vento forte teve medo (Pedro não teve medo de dar um passo de
fé e crer na Palavra, mas temeu ao dar importância para o vento, que representa
a tribulação na vida do homem), então este discípulo começa a afundar, mas a
misericórdia de Deus o alcança e Cristo o toma pela mão e juntos vão até o
barco. Os outros que estavam no barco viram o Deus poderoso que é Jesus
Cristo e O reconhecem como Filho de Deus.

34-36 – As curas em Genesaré: Passaram então, todos para o outro lado e


chegaram até Genesaré e ali os homens que estavam nessa região viram a
autoridade de Cristo, chamaram os doentes e suplicavam a Ele para que, pelo
menos tocassem na borda do manto que Ele usava, pois sabiam que seriam
curados (o mesmo ocorreu com uma mulher doente de um fluxo de sangue em
Marcos 5:24-29), pois...
...Jesus é realmente poderoso.

Mateus 15

1-20 – A tradição dos anciãos e a repreensão de Jesus: Alguns dos religiosos


chegaram até Jesus e acusam os Seus discípulos de quebrarem a tradição dos
anciãos (certo tipo de doutrinas e mandamentos criados por homens e não por
Deus) e Jesus os confronta (pois o interior deles estava sujo com a frieza da
religião, falta de amor ao próximo e o amor para Deus é mais importante do que
uma regra que traz benefício higiênico). Sabendo da hipocrisia dos religiosos,
Jesus afirma que eles haviam deixado de honrar seus pais por fazerem coisas
que eram comparadas a um sacrifício a Deus e com isso alegavam não precisar
honrar quem merece honra e então quebravam a ordenança de Deus a respeito
desse precioso mandamento.
Também foi censurado por Cristo a dureza de coração dos que honram a Deus
com os lábios, mas o coração está longe Dele (conforme profetizado em Isaías
29:13) então aproveita esse cenário de confronto aos religiosos e ensinamento
do que realmente é importante e fala diante da multidão que àquilo que
contamina uma pessoa não é o alimento, mas o que sai da boca (ver Mateus
12:34) e os discípulos de Cristo dizem que os fariseus ali se escandalizaram com
as duras palavras ditas por Ele. Então Jesus rebate o argumento falando que
tudo aquilo que não foi plantado por Deus será arrancado (no mesmo contexto
da parábola do joio e trigo, onde o joio será recolhido e lançado no fogo por
Deus) eles também foram comparados a cegos que guiam outros cegos (pois
não tem uma direção vinda dos Céus, mas sim de doutrinas, métodos e pura
religião e isso, no seu fim, não consegue dar uma boa direção ao homem).
Pedro, ouvindo essas Palavras do Senhor Jesus pede para que Ele explique com
mais clareza, então Jesus diz que o alimento que é consumido pelo ser humano é
lançado fora do corpo através das necessidades fisiológicas, mas...
...o que sai da boca do homem tem o poder de contaminar, ou seja, corromper a
maneira de outra pessoa pensar ou agir.

21-28 – A mulher Cananéia: Nosso Senhor chegou à região de Tiro e Sidom e


encontra uma mulher desesperada para que sua filha seja liberta, pois está
possuída por demônio e Cristo não dá ouvidos ao clamor dessa mulher. Talvez
você esteja se perguntando o motivo de Jesus não ter dado a menor atenção a
ela ou procurando uma razão nessa rejeição aplicada àquela mulher, posso
afirmar que Jesus é a alma mais equilibrada do universo (com um fariseu que
tinha coração duro ele agiu duramente, com uma mulher que necessitava ser
ouvida por alguém diante do poço de Jacó Ele se propõe a ouvi-la, junto às
crianças Ele distribui abraços, na presença de Seus doze amigos Ele louva a
Deus após ceiarem juntos. Jesus sabe como tratar cada um conforme a
necessidade interior de cada indivíduo) então havia algo na vida dessa mulher,
que o Mestre viu a necessidade dela ser ignorada para que pudesse usar sua fé e
colocá-la em ação.
Jesus continua sua jornada e atrás Dele a mulher vem gritando desesperada e
Jesus frisa a Sua missão, que era com as ovelhas perdidas de Israel (em Atos dos
Apóstolos, depois da vinda do Espírito Santo os discípulos receberam a missão
de levar o Evangelho para outras nações); mas quando essa mulher adorou a
Cristo (versículo 25) Jesus ainda reafirma que não seria bom que ela (uma
mulher não pertencente ao povo de Israel) recebesse as bênçãos guardadas
àquele povo e ela se humilha a ponto de dizer que o pouco que sobrasse deste
povo ela aceitaria (aplicou o princípio de humilhação diante de Deus) então
Cristo vendo a perseverança, fé e adoração desta mulher, liberou cura naquele
mesmo instante e sua filha recebeu vida plena.

29-39 – A segunda multiplicação de pães e peixes: Muito parecida com a


primeira multiplicação dos pães e peixes feita pelo Senhor, ao chegar à região
do mar da Galiléia subiu a um monte de sentou-Se e então chegaram coxos,
cegos, mudos, aleijados e outros doentes que ao lançarem-se aos pés de Cristo
são curados, isto maravilhou o povo e eles glorificavam o Deus de Israel.
Dessa vez, foi Jesus que notou a necessidade do povo de ser alimentado e não os
discípulos. Então pergunta a eles qual é a provisão que eles têm em mãos
(quando Jesus pedir aquilo que temos em mãos devemos imediatamente
apresentar) e disseram ter sete pães e poucos peixinhos. Praticamente o mesmo
episódio ocorre: uma grande multiplicação de pães e peixes, os discípulos são
ensinados a crer no sobrenatural e Deus é glorificado. O que marca nessa
multiplicação é que...

...sobraram 7 cestos cheios (representando provisão para a semana inteira: de


Segunda a Domingo, Jesus Cristo pode suprir-nos em nossas necessidades).

A totalidade de pessoas alimentadas foi de quatro mil homens além de


mulheres e crianças. Então, Se despediu da multidão entrando no barco e foi até
Magadã.

Mateus 16

1-4 – Os fariseus e saduceus pedem um sinal do céu: Durante o ministério de


nosso Senhor Jesus Cristo a oposição dos religiosos era enorme e mais uma vez
O tentam ao pedirem que fizesse algum sinal sobrenatural para que vissem e
então julgassem de maneira maldosa se a autoridade de Jesus Cristo era válida
ou não (a autoridade de um homem não é medida por demonstrações de sinais
sobrenaturais apenas, mas por alguns fatores como: viver aquilo que acredita;
dedicação ao serviço oferecido ao reino de Deus, santidade para que Deus esteja
presente na vida da pessoa, e outros) não somente um sinal miraculoso para
que os olhos possam contemplar.

Jesus, vendo a maldade na intenção deles, informa que esse grupo de religiosos,
ao olhar o céu avermelhado à tarde, apresentava um diagnóstico do tempo,
dizendo se estaria bom o tempo; e pela manhã, ao perceberem o clima,
afirmavam que viria tempestade. Então, nosso Senhor os chama de hipócritas,
pois conseguiam falar da previsão do tempo, mas não sabiam falar das coisas
que Deus faria acontecer ao longo das eras. Mais uma vez, Cristo informa que
nenhum sinal seria dado a eles, a não ser o de Jonas (Jesus já havia falado isso
anteriormente, ver Mateus 12: 38-40).

5-12 – O fermento dos fariseus e saduceus: Ao passarem para o outro lado, os


discípulos haviam se esquecido de levar pão para que houvesse mantimento
para eles e Jesus, então o Senhor os adverte em cuidar o fermento dos fariseus e
saduceus (conforme já dito anteriormente em Mateus 13: 33-35 o fermento é
um elemento que “apodrece” a massa e dá crescimento a ela). Os discípulos
comentam entre si achando que Cristo tocou nesse assunto porque se
esqueceram de levar pão na viagem, mas Ele explica que não era de provisão
que Ele estava falando, pois já havia feito duas multiplicações de pães e eles
foram testemunhas vivas de que nada lhes faltou, mas falava dos ensinamentos
dos religiosos, que pode apodrecer e desenvolver-se dentro do coração de
alguém, assim como o pão ao receber fermento.

13-20 – Pedro confessa quem é Jesus Cristo e Ele revela a identidade de


Pedro no Reino de Deus: Chegando às regiões de Cesaréia de Filipe, Jesus
pergunta aos discípulos sobre quem as pessoas estavam dizendo que Ele era. Os
discípulos citam alguns dos grandes profetas como Elias, João Batista e
Jeremias, então Cristo direciona a pergunta a eles dizendo: “e vós, quem dizeis
que eu sou?” essa pergunta Deus ainda faz nos dias de hoje para Sua amada
Igreja a cada cristão em particular querendo saber quem Ele é para nós. Pedro,
tomando a frente do grupo responde: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.

Uma revelação dessas não vem da intelectualidade, sabedoria humana ou por


acaso...

...mas porque Deus quis assim revelar. Por causa disso, nosso Senhor Jesus
então, desvenda a identidade espiritual de Pedro (identidade espiritual é aquilo
que nós somos para Deus, a maneira que Ele nos vê independente do nosso
passado, aquilo que podemos ser ou fazer para Ele, Seu povo e Seu Reino). O
Senhor diz a Pedro que Ele (Jesus Cristo) é a rocha que Pedro edificaria a igreja
e o inferno nunca prevalecerá sobre ela. (Pedro Significa pedra, um pequeno
pedaço de pedra). (E-SWORD, 2015).
Pedro é um pequeno pedaço de pedra, mas Cristo é a Rocha de Israel, a firmeza
do Seu povo!
Este apóstolo recebe de Cristo chaves que são as palavras proféticas e as
orações dos santos, que com o poder do Senhor podem fazer coisas acontecer
ou deixar de acontecer.
Seu pedido aos discípulos foi para que não revelassem que Ele era o Salvador
Ungido, enviado de Deus para salvação da humanidade, nesse momento.

21-23 – Jesus fala aos discípulos sobre Sua morte e ressurreição: O objetivo
de Jesus andar lado a lado com os discípulos era treiná-los para que pudessem
continuar a missão de pregar o Evangelho aos povos e então começa moldá-los
de acordo. Nesses versos, Jesus prepara o coração deles informando que Ele
teria que ir para Jerusalém para sofrer na mão dos líderes religiosos (para que
se cumprissem as profecias a Seu respeito) depois disso ser morto e ressuscitar
ao terceiro dia.
Pedro, durante alguns instantes rendeu-se à vontade das trevas e quis impedir o
Senhor de cumprir Sua missão de ser o Cordeiro de Deus que remove o pecado
da humanidade, querendo convencê-lo através da auto-piedade. Mas Jesus, que
é o Alfa e o Ômega, o primeiro e o último, conhecedor do futuro antes mesmo
dele acontecer repreende a Pedro o chamando de Satanás e sem entendimento
das coisas que são de Deus (Pedro aqui, não olhou para a situação com olhos
espirituais e rendeu-se à tentação de Satanás que era que o nosso Senhor não
morresse na cruz). Esses versículos devem gerar temor em nossos corações,
pois uma pessoa cheia do Espírito Santo pode infelizmente render-se à
vontades contrárias a de Deus, que o Senhor haja de misericórdia e nos livre
disso.

24-28 – O discípulo de Jesus Cristo deve levar a sua cruz: Aproveitando a


repreensão que deu ao apóstolo Pedro, o nosso Senhor apresenta condições
para seguirmos os passos Dele:
Renunciar a si mesmo: Todo ser humano tem suas vontades próprias
(sejam elas boas ou más). Infelizmente, por causa de Adão, todos nós
nascemos em pecado e a maioria de nossas vontades próprias são
egoístas. Devemos abandoná-las e seguir a vontade de Cristo para
nossas vidas;
Tome sobre si sua cruz e siga-me: Da mesma maneira que nosso
Senhor teve que carregar sozinho Sua cruz (apesar de em alguns
momentos um homem chamado Simão da região de Cirine o ajudou,
mas mesmo assim Ele teve que tomar essa decisão e ir até o fim
sozinho), a cruz deve ser carregada individualmente.

No mesmo ensinamento, o Salvador da humanidade aponta que todo aquele que


quiser salvar sua própria vida (perder seus anseios, desejos, vontades pessoais
de acordo com os padrões desse mundo) por amor de Jesus Cristo ganhará a
vida verdadeira. Pois, se um indivíduo ganhasse todas as coisas que pudesse, de
que adiantaria se Ele não ganhasse o mais importante que é a salvação? E o que
ele poderia dar em troca dela? A salvação e a vida plena não se compram com
recursos naturais ou humanos, mas foi o sangue de um justo, o Filho de Deus
que pagou o preço das nossas almas e nos deu acesso ao Pai.
Ainda no mesmo ensino, nosso Rei Jesus diz que em Seu retorno virá com os
anjos de Deus e retribuirá cada um segundo as obras feitas em vida. Também
disse que algumas pessoas não experimentariam da morte até O ver vindo em
Seu reino.

Mateus 17

1-13 – A transfiguração de Jesus Cristo: Passando o prazo de seis dias, Jesus


juntou para Si três dos Seus doze discípulos (Pedro, Tiago e João) e leva-os até o
alto de um monte, então a glória de Deus O encheu a ponto de Seu rosto brilhar
como o sol (assim como Deus fez com Moisés em Êxodo 34: 29-30) e Suas
roupas ficaram brancas como a luz.

O sol da justiça resplandeceu.


De repente, Deus faz aparecer do lado de Jesus a Elias (representando os
profetas) e a Moisés (representando a Lei). Pedro não entendendo nada pede ao
Senhor que 3 tendas sejam feitas, uma para cada um. Então uma nuvem os
oculta e a voz de Deus dizia a respeito de Cristo “este é o meu amado Filho, a Ele
ouvi”. Isso não significa que nós não devemos ouvir os profetas ou a Lei, mas
antes deles e de qualquer patriarca ou profeta, Jesus já era o Senhor (ver João
1:1-2 e 8:58) e quem ouve a Ele cumpre o que está na Lei e nos profetas
(conforme ensinou em Mateus 22:40). Essa voz gerou pavor no coração dos
discípulos que caem no chão sobre seus rostos. O Bom Pastor, Jesus Cristo, que
ama Suas ovelhas, toca neles e pede para que se levantem (Jesus ainda continua
pedindo para que nos mantenhamos de pé, firmes), os discípulos olham para
cima e não veem mais ninguém exceto o amado Messias (essa é a função do
Corpo de Cristo: olhar para Ele). Ao descerem do monte o Senhor pede para que
não contem essa visão até o momento que Ele ressuscite dos mortos.
Ao verem esses dois grandes homens de Deus, surge entre eles a dúvida da
profecia de Malaquias 4:5 falando que seria necessário vir Elias antes do
terrível dia do Senhor e o Mestre Jesus explica que João Batista é a pessoa que o
profeta Malaquias quis referir-se ao falar de Elias e que tendo este profeta vindo
fazer a vontade de Deus, fizeram coisas más com ele, o mesmo fariam com
nosso Senhor.

14-23 – A cura de um menino endemoninhado, a incredulidade dos


discípulos e mais uma explicação sobre Sua morte e ressurreição: Após
chegarem diante da multidão um homem apresenta a sua causa: ele possui um
filho possuído por demônio que às vezes é jogado no fogo e às vezes na água
(este garoto não devia ter descanso nenhum!) ele havia sido trazido para os
discípulos trabalharem no processo de libertação, mas não conseguiram e Jesus
pede para que trouxessem o garoto e...

...repreende Seus discípulos chamando-os de incrédulos.

Aproveitando a oportunidade ensina-os que se a fé for pequena como um grão


de mostarda um monte pode sair de onde está e transportar-se até o outro lado
e que nada será impossível a eles. Aquele tipo de demônio só seria expulso com
jejum e oração.
Então chegam à região da Galiléia e Jesus novamente reafirma para eles que
seria entregue para ser morto e os discípulos se entristecem.

24-27 – O imposto do Templo: A jornada continua e chegam a Cafarnaum. Os


cobradores de impostos do templo aproximam-se de Pedro e questionam a ele
se Jesus pagava o devido imposto daqueles dias. Ele respondeu que sim e ao
entrar em casa, antes de Pedro dizer qualquer Palavra Jesus explica que os reis
da terra não cobram impostos dos seus próprios filhos, mas dos outros (eles
eram “filhos” daquela nação e tinham o hábito de frequentar o templo. O
imposto deveria ser para os visitantes e estrangeiros), mas Jesus, como tem um
caráter perfeito, ensinou que devemos pagar os impostos. A soberania de Cristo
nesses versículos me impressiona: Ele pede para Pedro pescar no mar o
primeiro peixe que vier a ele e dentro da boca dele teria uma moeda para que
pagassem o imposto pelos dois (Uau! Dentro de um mar há milhares de peixes,
ao Pedro dirigir-se ao mar, Jesus deu a ordem para um peixe engolir uma moeda
e aguardar Pedro pescá-lo. Jesus realmente é Deus e está no controle de tudo,
seja de uma situação financeira, provisão para as contas do dia-a-dia ou para
controlar a natureza em favor da humanidade, só Ele tem esse poder e merece
toda glória e honra nossa).

Mateus 18

1-14 – O maior no Reino dos Céus e a Parábola da Ovelha Perdida: Os


discípulos chegaram até Jesus querendo saber quem é o maior no Reino dos
Céus, então nosso Senhor chamou uma criança e colocou no meio deles e explica
que para entrar no Reino é necessário converter-se e ser igual as crianças.
Todos sabem como elas são: dependentes, perdoam com facilidade, há pureza
em seus corações.

Aqueles que se tornam humildes como uma criança e as recebem através do nome
de Jesus estão recebendo ao próprio Cristo.
Não devemos desprezá-los, pois há anjos que Deus separa para os cuidados
deles. Anjos que estão diante da face do Altíssimo.
Se alguém fizer um pequenino do Senhor cair em algum pecado será culpado e
terá um duro juízo reservado da parte Dele. Infelizmente escândalos acontecem,
eles devem ser evitados ao máximo para que seja mantido o bom testemunho
do nome de Jesus Cristo sem manchas. O conselho Dele é que conheçamos os
nossos pontos fracos que podem levar ao pecado e lutemos para que eles não
nos façam prisioneiros a ponto de perder a salvação, por isso a expressão “... se
a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o, e atira para longe de ti; melhor te
é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres
lançado no fogo eterno” pois Jesus sabe o poder que um pecado tem de
aprisionar uma pessoa e melhor é sentir-se no prejuízo em afastar-se daquilo
que leva ao pecado do que perder a vida eterna.
O Poderoso Salvador de nossas almas veio buscar aqueles que estão perdidos
(no pecado e na cegueira espiritual) e é comparado a um pastor que tendo cem
ovelhas e perde uma delas, deixa as noventa e nove para buscar a que havia se
perdido. A alegria dele é muito maior pela ovelha que foi encontrada do que
pelas outras que estão juntas, Ele é o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas
(ver João 10:11) assim também é a vontade de Deus Pai que nenhum dos Seus
pequeninos servos se perca.

15-19 – Como tratar a ofensa de um irmão e o poder da concordância:


Vivemos em um mundo cercado por relacionamentos e as ofensas também são
inevitáveis, seja por palavra ou atitude de alguém. O Maravilhoso e Conselheiro
Jesus ensina que se um irmão errar deve ser chamado pela pessoa ofendida e o
erro deve ser mostrado, se o ofensor arrepender-se a pessoa foi ganha e a
amizade restaurada, se ela não der ouvidos podem ser chamadas uma ou duas
testemunhas para que confirmem toda palavra que for dita, e se, ainda assim o
ofensor não der ouvidos poderá ser colocada a situação diante da Igreja de
Cristo, no último caso se a pessoa ainda endurecer o coração para receber
correção ela será considerada como um descrente na fé em Cristo.
Neste mesmo contexto, falando do poder que há na unidade (acima foi descrito
sobre a força que a falta de união tem) agora Jesus mostra que unir-se para o
bem do Corpo é poderoso se duas ou três pessoas concordarem acerca do
mesmo assunto e pedirem ao Pai dos Céus isso lhes será feito. Tudo o que for
ligado ou desligado na terra (através de oração, profecia e fé) então no Céu
acontecerá o mesmo.

21-35 – A Parábola do Servo Impiedoso: O apóstolo Pedro buscava uma


maneira fácil de livrar-se da tarefa de perdoar ao questionar Jesus dizendo:
“Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei,
até sete?” então o Príncipe da Paz lhe mostra que devemos estar sempre
abertos a perdoar quantas vezes forem necessárias ao respondê-lo: “não te digo
que até sete; mas até setenta vezes sete”.
O momento foi propício para ensinar o apóstolo que foi o primeiro membro da
igreja de Cristo a respeito do perdão e então conta a seguinte parábola:
Um rei tinha servos que trabalhavam para ele e quis acertar as contas, pois lhe
deviam quantias em dinheiro. Ao começar o acerto das contas, um dos servos
devia uma quantia gigantesca, por isso ordena que a mulher, filhos e tudo o que
este servo tinha fossem vendidos para quitar a dívida. O servo prostra-se e lhe
implora dizendo que pagará tudo o que lhe deve. O rei teve compaixão daquele
servo e o despede com o perdão da imensa dívida que não tinha como pagar.
Este homem saindo dali encontrou um colega de trabalho que também era
servo do rei e lhe devia uma quantia pequena. A ingratidão dominou seu
coração e agarrou o colega sufocando-o e dizendo “pague o que me deve”, o
colega prostra-se e pede misericórdia, mas ele não aceita e manda lançá-lo na
prisão. Os outros colegas de trabalho souberam desse fato e contaram ao rei
sobre o ocorrido. O rei chama-o, mostra o quanto ele havia sido bondoso em
perdoar uma dívida impossível de ser paga e que o servo deveria ter feito da
mesma maneira, portanto, ele foi lançado aos atormentadores até que pagasse o
último centavo.
Essa situação é igual a todo filho de Deus que foi perdoado por Ele de todos os
seus pecados, mas ao ser ofendido por alguém se recusa a perdoar.

Mateus 19
1-12 – A questão do Divórcio: Dirigiu-se o nosso Senhor até a região da Judéia,
multidões O seguem e houve cura naquele lugar, então chegam os fariseus e
lançam a pergunta ao Senhor: “Pode o homem abandonar a sua esposa por
qualquer motivo?” Jesus responde resgatando em Sua explicação o princípio das
famílias e isso nos faz lembrar a primeira que foi formada na Terra: o casal
Adão e Eva (que permaneceram juntos, mesmo Eva tendo errado com o seu
marido oferecendo-lhe o fruto do conhecimento do bem e do mal). A única
razão permitida diante de Deus para um homem abandonar sua esposa e vice-
versa é se ocorrer adultério, pois aí houve uma quebra de aliança conjugal.
Mesmo assim há a possibilidade do perdão e da restauração da aliança através
do perdão de Deus para o casal, o sangue de Jesus pode lavar e purificar
novamente o relacionamento deixando-o abençoado, Ele tem poder para isso,
por isso Cristo os respondeu expressando “não foi assim no princípio”, pois o
homem não tinha o coração duro a esse ponto e pensaria em desistir do plano
celestial que é a família por qualquer razão.
Os discípulos acharam essa condição pesada demais e novamente o Senhor os
explica que essa palavra é direcionada somente para quem Deus deu esta
condição de casar (ver também 1 Coríntios 7: 6-7, 9-10 e 34). Alguns (raros
indivíduos), Deus coloca o sentimento de ficarem solteiros (isso vem Dele para
poucas pessoas e não é gerado pelo esforço humano) para que então O sirvam
com seu tempo livre na solteirice e possam ter dedicação total à obra e ao Reino
de Deus. Alguns são eunucos porque possuem incapacidade (devido dificuldade
genética ou física), outros foram incapacitados porque homens os tornaram
assim (mutilação ou escravidão ao serviço, como os antigos reis que tinham
eunucos à sua disposição e impediam de terem suas próprias famílias e
relacionar-se sexualmente) e há mais um grupo que se fizeram eunucos porque
não desejam casar, amam o Reino dos Céus e sua motivação é servir ao próximo.
São decisões a serem tomadas de acordo com a vontade do Espírito Santo de
Deus. Particularmente, eu apoio a formação de família e o casamento como
Deus diz em Gênesis 2:24: “Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e
apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.”. Se houver decisão em não
formar uma família, que seja apenas para servir a Deus com todo o tempo e
amor.

13-15 – Jesus e as crianças: Algumas crianças foram trazidas até Jesus para
que Ele impusesse Suas mãos e as abençoassem; isso não agradou muito aos
discípulos. Então nosso Senhor aproveitou a situação para explicar que...

...as crianças devem achegar-se até Ele porque delas é o Reino dos Céus.

Esse ensinamento já havia sido dado por Ele em Mateus 18:3-4 falando que para
entrarmos no Reino é necessário ser humilde como uma delas. Note que alguns
discípulos não aprendiam com as situações vividas diariamente com Cristo.

16-30 – O jovem rico: Um jovem aproximou-se do Salvador e pergunta-Lhe o


que poderia fazer para adquirir a vida eterna. Jesus fala que o único que é bom é
o Pai (ver Mateus 7:11). O Senhor então deu a ele a condição de que deveria
guardar os mandamentos e a resposta dada foi que havia guardado a
mandamentos como, por exemplo: não matar, não cometer adultério, não furtar,
não dar falso testemunho, honrar aos pais e amar o próximo como a si mesmo
desde muito cedo, mas o Senhor que conhece as mentes e corações viu o
interior daquele jovem e então o testou dizendo: “vai, vende tudo o que tens e
dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me”, pois sabia que
ele era rico e seu coração amava mais o dinheiro do que a Deus. Ele cumpria
diversos mandamentos, mas o “Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu
coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” que está escrito em
Deuteronômio 6:5 ele tinha dificuldade de colocar em prática. Jesus Cristo não
queria o dinheiro Dele, pois Ele é o dono de todas as riquezas que existem (Ageu
2:8), Ele só queria o coração e a verdadeira Adoração que é entregar-se como
uma oferta agradável a Deus.
O garoto ao ouvir a condição dada por Cristo vai embora triste, e nosso Senhor
ensina aos discípulos que é difícil um rico entrar no Reino dos Céus (por causa
do forte apego às coisas materiais e tornar o dinheiro um deus). Eles ouvindo
isso acharam então muito difícil uma pessoa salvar-se e a resposta do Senhor
foi: “a Deus tudo é possível”.
Pedro, o representante daqueles que largam tudo por Jesus Cristo (começando
pelos patriarcas, profetas, apóstolos, pais da igreja, mártires, missionários e até
nós) questiona ao Mestre o que receberia por largar tudo por causa Dele, Jesus
responde que receberão autoridade para sentar-se em tronos e julgar as doze
tribos de Israel, e não apenas isso, mas quem deixar tudo (propriedades e
familiares) por amor do nome do Senhor Jesus receberá cem vezes mais e
herdará a vida eterna. Também os explicou que muitos primeiros serão os
últimos e muitos últimos serão os primeiros (a serem chamados e/ou
recompensados por Ele).

Mateus 20

1-16 – A parábola dos trabalhadores na vinha: Novamente vemos Cristo


utilizando de uma história para explicar uma verdade, contida em Mateus 19:30
quando disse “... muitos primeiros serão últimos, e muitos últimos serão
primeiros.”.
Esta parábola conta a respeito de um proprietário (representando Deus) que
saiu em busca de trabalhadores para a Sua vinha (servos de Sua amada Igreja).
Ao sair na busca, encontra-os logo pela manhã às 09:00 horas, homens
desocupados e acordou um pagamento justo com eles. Os homens aceitaram e
foram ao trabalho. Da mesma maneira, o proprietário saiu ao meio-dia e às
15:00 horas e fez a mesma coisa. Também saiu às 17:00 horas e encontrou
outros que estavam sem fazer nada e aceitam o desafio de trabalhar na vinha
dele.
No final de tarde, este patrão chamou um dos seus serviçais e pede para que
acerte as contas com cada um dos trabalhadores e que fossem pagos
inicialmente os últimos a serem chamados e depois os primeiros.
Ao começar o pagamento desses grupos de trabalhadores, os que haviam
começado a trabalhar primeiro ficaram chateados, vendo os que foram
chamados por último receberam o mesmo valor do que eles, que haviam
suportado “o peso do trabalho e o calor do dia” conforme o versículo 12.
O dono da vinha informa que não está sendo injusto, pois foram eles mesmos
que aceitaram o salário. O desejo deste proprietário é de ser bondoso tanto em
um grupo de trabalhadores como em outro também. A ingratidão havia
dominado o coração desses trabalhadores, pois ao serem encontrados estavam
ociosos, sem fazer nada de útil e agora tinham uma tarefa importante a ser
desempenhada, com um bom pagamento e dignidade, mas estavam mais
preocupados em comparar-se com os outros que àquilo que era para ser
desfrutado com alegria após um longo e árduo dia de trabalho tornou-se motivo
de murmuração pessoal.

17-19 – Jesus prediz novamente Sua morte e ressurreição: Os discípulos


viam o Senhor Jesus repetir mais de uma vez algumas coisas que Ele queria
mostrar importância (acredito que uma das intenções do Senhor era de que eles
caíssem na realidade do fato), por exemplo: testemunharam duas
multiplicações de pães e peixes, viram os cegos de Jericó e o endemoninhado
cego serem curados, mais de uma vez confrontou a hipocrisia dos fariseus. E
agora, Ele novamente repete sobre o assunto relacionado à Sua morte (já havia
falado em Mateus 16:21) para que entendessem verdadeiramente que essa era
uma dura realidade que deveriam enfrentar (por um pouco de tempo) até que
se cumprisse a palavra por Ele mesmo liberada: “e ao terceiro dia ressuscitarei”.

20-28 – O pedido de uma mãe: Aproximou-se a mãe de Tiago e João de nosso


Senhor adorando-O (reconheceu que Cristo era Deus e digno de ser adorado) e
Lhe pede que dê lugares de honra aos filhos dela quando Ele fosse para o Seu
reino. O Senhor afirmou que esse pedido feito por ela era sem entendimento,
pois para que Deus O exaltasse soberanamente e Lhe desse o nome que está
acima de qualquer outro nome. Ele teve que humilhar-se a si mesmo, desde o
momento que sendo Deus abriu mão de toda glória para vir à Terra como um de
nós, ter vivido em meio aos nossos costumes, andado nas próprias ruas que Ele
criou, e aí por diante, ser obediente a Deus Pai até que chegasse a morte de cruz,
conforme Filipenses (2:8-9), enquanto o desejo da mãe daqueles jovens era de
colocá-los assentados em dois lugares de honra, talvez para apareceram diante
de outros, ou então para sentirem-se importantes. Esse tipo de decisão é o Pai
quem vai tomar, não cabe a ninguém mais.
De acordo com a pergunta dessa mãe Jesus faz outra pergunta direcionada a
eles: “vocês podem beber do cálice que vou beber?” esse cálice é o da ira de
Deus e do sofrimento passado em nosso lugar (Mateus 26:39, João 18:11,
Apocalipse 14:10 e Apocalipse 16:19 falam um pouco a respeito desse cálice),
ele contém o pecado da humanidade que Jesus teve de beber (ver Isaías 53:4-7,
10 e 12. Ele bebeu esse cálice em nosso lugar, pois o pecado era nosso, Ele com
Seu grande amor fez o que não poderíamos fazer). Depois dessa pergunta,
Cristo fala que eles beberiam do cálice (não do pecado da humanidade, pois
somente Ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo, mas do cálice do
sofrimento que também faz parte daquilo que Cristo bebeu), quase todos os
apóstolos foram martirizados e essa palavra se cumpriu no martírio desses
preciosos servos de Deus.
Os outros dez apóstolos ao ouvirem essa conversa de lugares de honra ficaram
indignados contra os dois irmãos e Cristo chamou-os para perto de Si e explica
que os governos desse mundo, as autoridades mundanas e seculares acreditam
que exercer governo é “estar acima dos outros” e serem servidos por eles, mas
entre nós, os que crêem Nele não podem ser dessa forma, quem pensar ser
alguém importante no Reino dos Céus deve servir aos irmãos e estar à
disposição do serviço às necessidades do próximo ao invés de querer ser
servido, assim como Cristo fez conosco, serviu a cada um de nós com Sua vida,
Seus ensinos, Suas curas/libertações, Seu amor e Seu perdão, significa para os
Seus...

...verdadeiramente um Cordeiro entregue no altar de Deus para a alegria das


nações!

29-34 – Dois cegos são curados por Jesus Cristo: Saíram eles de Jericó e uma
multidão O seguiu. Dois cegos que estavam assentados junto do caminho ao
ouvirem que Jesus passava clamavam a Ele por misericórdia (conforme Marcos
10:46 o nome de um era Bartimeu).

A multidão pedia para que eles ficassem quietos, mas gritavam cada vez mais...

...dizendo: “Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!” a pergunta do


Mestre foi muito curiosa ao chamá-los e dizer “o que querem que eu vos faça?”
(Sendo que eles eram cegos e a deficiência era identificada facilmente por
qualquer pessoa) creio que essa pergunta foi para que eles falassem com seus
lábios e corações o que desejariam que o Senhor fizesse por eles. Ao expor a
deficiência que tinham (isso mostra quebra de orgulho e humilhação) e também
o desejo de ser curado, Jesus ficou movido de íntima compaixão (isso O movia
em tudo que fazia) tocou então nos olhos deles, logo já enxergaram e seguiram a
Jesus. Sendo nós curados ou não de nossas deficiências (físicas, da alma ou do
caráter) que sigamos a Jesus!

Mateus 21

1-11 – A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém: Quando se aproximaram de


Jerusalém no monte das Oliveiras, o Messias envia dois discípulos com o
objetivo de acharem no povoado adiante deles uma jumenta amarrada e o seu
jumentinho ao lado para que fossem utilizados em uma nobre missão: carregar
a Cristo.
Os animais seriam usados para esse propósito e logo seriam devolvidos. Esses
animais representam a nós (filhos de Deus), os instrumentos que Deus escolhe
para que a vida de Cristo possa estar aonde Ele quer chegar. Não sabemos o
nome do animal e nem seu antepassado, isso pouco importa para nosso Senhor,
mas Ele quer “subir em cima de cada um nós” para que seja visto por todos os
povos.
Esta situação já havia sido profetizada em Zacarias 9:9 e a Palavra foi cumprida!
Os apóstolos colocaram suas vestes sobre a jumenta e o jumentinho, o Senhor
assentou-se em cima do animal e entrou pela cidade de maneira gloriosa.

A estrela da manhã brilhou.

Fico maravilhado ao pensar que aqui, na Terra, Cristo foi adorado por muitas
pessoas que estenderam vestes e ramos de árvore diante Dele e ao lermos
Apocalipse 4:10-11 nos Céus os anciãos estendem coroas. Seja na Terra ou nos
Céus ou em qualquer lugar, Jesus Cristo deve ser glorificado e exaltado com o
que temos de melhor. O público da Terra gritava: “Hosana ao Filho de Davi;
Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!” enquanto que nos
Céus ouve-se da parte dos anciãos: “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra,
e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram
criadas.”.
O tão esperado Messias, Salvador da humanidade após esta entrada triunfal
deixou a cidade agitada onde o povo perguntava: “quem é este?” e a multidão
dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia.
Que Cristo seja Louvado!

12-17 – Jesus purifica o templo: Depois de entrar em Jerusalém triunfando, o


Senhor chegou ao templo (esta cidade era e ainda é conhecida como um centro
de Adoração por muitos povos, ver Lucas 2:42-49). Infelizmente, Sua chegada
presenciou cenas tristes; havia corrupção por todos os lados: cambistas
trocavam dinheiro, negociantes compravam e vendiam, indivíduos que
possuíam pombos, utilizados como oferta os vendia em troca de dinheiro e
acharam ali um lugar aberto para praticarem seu comércio. A Casa de Deus
nomeada em Isaías 56:7 de “casa de oração” estava mais parecida com uma casa
de negócios e foi chamada de “covil de ladrões”, pois...

...havia perdido o seu propósito.

Na menor parte dos momentos da vida de Cristo O vemos irado (aqui foi com o
pecado e irar, mas não dar espaço ao pecado não há nada de errado de acordo
com Efésios 4:26a) então Ele saiu expulsando os negociantes, derrubando as
mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. Em João 2:15 diz
que Ele fez isso usando um chicote de cordas além de expulsar as ovelhas e bois
e espalhou o dinheiro dos cambistas.

O Leão rugiu.

Não há nada de errado em ter dentro da Igreja do Senhor uma loja que venda
artigos cristãos para edificação do Corpo e que ajude nas despesas de Sua casa,
isso é bênção em nossas vidas. O que tornou um escândalo na cena vista por
Jesus foi à perda do propósito original (de ser um lugar para oração e adoração)
e a má intenção no coração dos indivíduos que faziam negócios para benefício
próprio ao invés de economizar esforços para buscar a Presença de Deus dentro
do templo. Hoje o templo onde Deus habita é dentro de nós (1 Coríntios 3:16);
busquemos Nele a graça necessária para que o nosso interior não se corrompa,
mas cresça em santificação, obediência, adoração e louvores a Deus.
A ida do Senhor até lá não foi à toa, os cegos e coxos foram até Cristo e foram
bem aceitos por Ele que então os curou.
Os principais dos sacerdotes e escribas, ao verem o que Ele fazia e os meninos
clamando no templo “Hosana ao Filho de Davi”, se indignaram e perguntaram a
Cristo se Ele ouvia o que eles Lhe diziam. Sua resposta foi: “sim; nunca lestes:
pela boca dos meninos e das criancinhas de peito tiraste o perfeito louvor?” isso
também já estava escrito em Salmos 8:2, pois a adoração desses pequeninos era
pura e verdadeira. Deixando-os, foi para Betânia onde passou a noite.

18-22 – A figueira seca: Pela manhã ao voltar para a cidade, o Senhor teve
fome e avistando uma figueira que não havia dado frutos, somente folhas, então
a amaldiçoou dizendo: “Nunca mais nasça fruto de ti, para sempre” e então esta
figueira secou imediatamente. A figueira desta parábola representa as nossas
vidas, que devem gerar frutos para o Senhor (ver Mateus 3:10). A figueira
deveria produzir figos, essa é a natureza dela, o propósito pelo qual foi criada
por Deus é este. Assim também se deve esperar daqueles que conhecem a
Palavra de Deus, que produzam os frutos: de arrependimento (Mateus 3:8), do
Espírito Santo (Gálatas 5:22-23) e todos os demais frutos que geram o coração
do homem ao conhecer Deus, que é amor.
Os discípulos viram Jesus amaldiçoar a figueira e ela secou. E, no mesmo
instante, perguntaram a Ele: “como secou imediatamente a figueira?” o Senhor
os responde que se houver fé isto não acontece somente naquela situação, mas
até mesmo um monte pode levantar-se de onde ele está e lançar-se ao mar
(coisas que pela lógica humana não podem acontecer, mas a Deus que está
acima da razão humana podem acontecer sim através da fé). E tudo aquilo que
for pedido em oração, crendo, então será recebido.
23-27 – A autoridade de Jesus é questionada: Ao verem a autoridade de Jesus
no ensino, milagres e sinais os líderes religiosos perguntam a Ele: “com que
autoridade faz isto? E quem te deu tal autoridade?” Note que eles reconheciam
que de Cristo fluía autoridade dos Céus (este era um dos motivos pelos quais
invejavam ao Senhor: Cristo tinha/tem autoridade sobre todas as coisas, mas
eles não queriam aceitar, pois ia exigir mudança de vida e o “desconforto” em
arrependerem-se das obras que faziam). Cristo em Sua eterna sabedoria então
diz a eles: se vocês me responderem a pergunta que eu lhes fizer digo com que
autoridade Eu faço isto: “O batismo de João, de onde era? Do céu, ou dos
homens?” e eles, que não sabiam o que responder (pois se dissessem que era
dos céus Jesus lhes perguntaria o motivo deles não terem crido e sido batizados,
mas se dissessem que dos homens então o povo ficaria contra eles, pois João, o
Batista era considerado como um profeta por todos). Ao encontrarem-se “sem
saída” para essa pergunta respondem a Cristo “não sabemos”. Então Jesus lhes
diz “nem eu vos digo com que autoridade faço isto”. O Nosso poderoso Cristo
deve ser louvado...

...Ele sabe como tratar com cada vida conforme a necessidade dela!

28-32 – A parábola dos dois filhos: Nesse momento o Senhor contou 3


parábolas que direcionam aos líderes religiosos e sua falta de fé no Filho de
Deus.
Começando por esta, onde um pai que possui uma vinha chama seus dois filhos
para trabalharem nela. Um deles responde com um “sim”, mas da boca para fora
apenas, e resolveu não ir. O segundo disse “não quero”, mas depois se
arrependeu e foi. O filho que disse sim representa os líderes religiosos que
demonstram obediência, mas apenas de aparência, não de coração. Enquanto
que, o outro filho que se arrependeu de dizer não ao convite feito pelo pai,
representa os publicanos e meretrizes (cada um de nós, os pecadores) que
talvez tenhamos dito não aos convites dos servos de Deus que nos pregaram o
Evangelho, mas em certo momento houve arrependimento de ter virado as
costas para Deus e nos voltamos a Ele. Por isso, o Senhor os compara aos filhos
que não cumprem sua palavra. Pois João havia vindo primeiro e depois Cristo
pregando o arrependimento e não quiseram os receber, mas os pecadores
disseram sim.

33-46 – A parábola dos lavradores maus: A segunda parábola contada pelo


nosso Senhor possui algumas simbologias que contém significados importantes,
os separei por tópicos:
Proprietário da vinha: Deus;
Vinha: Israel: a nação que foi plantada por Deus através da fé de
Abraão ao deixar sua família e ir para um lugar desconhecido que
seria dado como herança e de sua semente humana nasceria esse
povo, a vinha descrita na parábola;
Cercado onde construiu um tanque de prensar uvas: Deus preparou
para Israel um lugar de provisão, alimento e alegria, pois esses são
alguns dos significados da uva/vinho;
Torre: Lugar de proteção para Seu povo. Deus sempre quis proteger
Israel dos seus inimigos (espirituais e naturais, os povos vizinhos que
guerreavam contra eles);
Lavradores: O povo de Deus que deveria preparar todas as condições
para a boa colheita dos frutos da vinha, mas ao vermos a história de
frieza e apostasia ao longo das gerações, nota-se que os frutos do
proprietário da vinha não frutificaram como o esperado através desse
povo, pela dureza de coração;
Servos que trabalharam na vinha: São os profetas (maiores e
menores) relatados na Bíblia, que falam a verdade, anunciam bênção,
juízo, prosperidade ou maldição do povo (dependendo do estado
espiritual que se encontravam); Eles foram enviados pelo proprietário
da vinha para receber os frutos, mas os lavradores espancaram um,
mataram outro e o terceiro apedrejaram, exatamente como aconteceu
com grande parte dos profetas que foram rejeitados, assassinados e
desprezados pelo povo (veja um resumo da vida de alguns dos
profetas como: Jeremias, Elias, Micaías ou Daniel);
A viagem: Serviu para que houvesse tempo necessário para: a vinha
crescer forte e apresentasse frutos e os lavradores trabalhassem na
colheita;
Outra quantia de servos em maior número: Deus, o proprietário da
vinha, é misericordioso e nos dá tempo para mudarmos a nossa
maneira de pensar quando estamos errados. Por isso enviou mais uma
remessa de servos (em diversas épocas da história de Israel vemos
Deus levantar profetas com a missão de entregar mensagens ao povo)
esses servos também foram tratados da mesma maneira do que os
primeiros;
O filho do proprietário: O proprietário envia o seu filho (Jesus)
esperando que ele fosse respeitado, pois é o melhor representante que
poderia haver: o filho do dono. Já que as duas remessas de servos não
adiantaram, o proprietário pensou consigo mesmo “a meu filho,
respeitarão”. A inveja dos lavradores pelo filho foi grande que o desejo
era matá-lo para tomarem a herança que lhe pertencia (e assim
aconteceu, na crucificação tomaram a “capa de rei” que haviam
preparado para Cristo, rasgaram ela e dividiram como se fosse uma
herança entre os que ali estavam). Então o agarraram, o lançaram fora
da vinha e o mataram.
O fim da parábola rendeu a Cristo uma pergunta direcionada a estes religiosos:
“... quando vier o dono da vinha, o que fará àqueles lavradores?” Isso os fez
refletir e responder que deveriam ser mortos, a vinha dada a outros lavradores
e no momento da colheita recebam o que mereçam. Então o Senhor lhes falou
que o Reino seria tirado deles (por rejeitarem os profetas e o Filho de Deus) e
dado a outro povo, a todo aquele que recebe o filho do dono da vinha.
Jesus é a pedra que os edificadores rejeitaram, mas esta pedra foi colocada
como a principal, chamada de “pedra de esquina ou pedra angular”. O rejeitado
pelos homens se tornou pela vontade de Deus o maior de todos, àquele que tem
o nome que está acima de todo nome.
Os religiosos entenderam que esse tipo de ensino era específico para eles, então
desejaram matar a Cristo. Não o fizeram naquele momento, pois ainda não era
chegada a hora Dele e também devido o povo ver ao Senhor como um profeta.
Mateus 22

1-14 – A parábola do banquete de casamento: Esta é a terceira parábola


ensinada pelo Senhor onde o tema central é a rejeição dos líderes religiosos à
Jesus como o Filho de Deus. Um rei (esta figura representa Deus) preparou um
banquete para o casamento de seu filho (profeticamente falando das bodas do
Cordeiro Jesus e da Sua Igreja).
O primeiro convite foi dado foi ao povo, onde os porta-vozes desse convite
foram os Seus servos (novamente falando dos profetas), mas estes convidados
não quiseram ir. Novamente o pai do noivo envia outros servos informando que
o melhor da festa foi preparado para eles: bois, novilhos gordos abatidos para
alegrarem-se na festa (Deus sempre teve preparado um lugar de descanso e
alegria, mas o Seu povo frequentemente preferia a outros deuses) e o convite foi
dado, onde pedia para os porta-vozes anunciarem “venham para o meu
banquete de casamento!”. Mas não lhe deram atenção, alguns foram para o seu
campo, outros para os seus negócios e os que sobraram agarraram os servos,
maltrataram e os mataram. Este rei ficou indignado, enviou o seu exército e
mandou acabar com aqueles assassinos e queimou a cidade deles (esses tipos
de ataques ocorreram algumas vezes pelas mãos de alguns impérios sobre
Jerusalém, cidade tão amada e querida pelo povo de Deus). O recado dessa vez
foi diferente, o pai do noivo pediu aos seus servos que andassem pelas ruas e
convidassem a todas as pessoas que pudessem, pois os primeiros convidados
não eram dignos.
O trabalho deles não foi em vão, conseguiram juntar todos os tipos de pessoas,
boas e más, de toda qualidade e tipo que puderam e os colocaram diante da sala
do banquete. Deus faz isso com o ser humano: não importa como ele está, é
recebido em Seus braços de amor (depois de recebido passa por uma série de
processos como o de santificação, aprendizado, perseverança até que entenda
que o propósito de sua vida é de tornar-se o mais parecido possível com Jesus
Cristo).
Quando o rei entrou na sala do banquete para ver os convidados, viu um que ali
estava e não vestia as roupas nupciais (roupas limpas para uma ocasião
especial, elas podem representar as roupas dos cristãos do mundo inteiro que
foram lavadas no sangue do Cordeiro conforme Apocalipse 7:9-14) esta veste
nupcial é a marca do Cordeiro, sem passar por Jesus ninguém permanece no
banquete celestial, pois somente Ele é o Caminho (João 14:6) que nos leva a
Deus e nenhum outro morreu pela humanidade para dar esse acesso Eterno. O
homem que não tinha essa veste ao ver a cobrança do rei ficou mudo, então foi
amarrado pelas mãos e pés e lançado nas trevas (representando o inferno).
Na conclusão desse ensino o Senhor diz: “pois muitos são chamados, mas
poucos são escolhidos”. Aprendi há certo tempo atrás que “poucos se deixam
ser escolhidos por Deus” devido suas escolhas. Ao analisar essa parábola
percebe-se que o Senhor chamou convidados de todos os tipos, aquele que não
pôde permanecer diante do banquete foi o que não tinha a roupa adequada para
ele. Busquemos então tal vestes, compradas unicamente com o sangue do
Cordeiro imolado na fundação dos séculos!

15-22 – A questão dos impostos: Um dos desejos dos fariseus era tentar achar
alguma palavra dita errada ou com sentido contraditório dos lábios de Jesus
para então ter motivos para acusá-Lo, eles tentavam isso com frequência e em
certo momento enviaram alguns homens com a seguinte questão: “É certo
pagar o imposto a César ou não?” Naqueles dias que Jesus vivia, Israel era
oprimido pelos romanos política e financeiramente e então eles se sentiam
injustiçados ao ter que pagar imposto a um líder estrangeiro que vivia dentro
da nação deles. Se Jesus dissesse “não” Ele seria entregue à Cesar por sonegação
e rebeldia. Se dissesse “sim” então o povo se sentiria desconfiado das intenções
do Messias. Sabendo de tudo isso, com sabedoria nosso Senhor pergunta: “de
quem é a imagem nessa moeda que vocês têm?” eles respondem: “de César”.
(NVI, 2013). Para cunharem a figura de César naquela moeda havia o
reconhecimento de uma nação inteira sobre a figura política/econômica dele,
então em outras palavras Jesus quis dizer: “se foram vocês que aprovaram a
este homem como governante dessa nação, então o respeitem, submetam-se a
ele e entreguem de maneira justa àquilo que cabe a ele e do mesmo modo façam
isso a Deus, dando a Ele o que O pertence (seu tempo, seus finanças, sua
Adoração e seu coração)”. (BRUCE, 2012)
Ao ouvirem a maneira que Jesus havia falado ficaram admirados, e, deixando-O,
retiraram-se.

23-33 – A realidade da ressurreição: No mesmo dia chegaram até a presença


de nosso Senhor Jesus os saduceus, que defendem não existir ressurreição e
fazem a Ele a pergunta: “Mestre, Moisés disse que, se um homem morrer sem
deixar filhos, seu irmão deverá casar-se com a viúva e dar-lhe descendência.
Entre nós havia sete irmãos. O primeiro casou-se e morreu. Como não teve
filhos, deixou a mulher para seu irmão. A mesma coisa aconteceu com o
segundo, com o terceiro, até o sétimo. Finalmente, depois de todos morreu a
mulher. Pois bem, na ressurreição, de qual dos sete ela será esposa, visto que
todos foram casados com ela?”
Essa pergunta foi feita baseada em uma lei do antigo testamento chamada “Lei
do Levirato”, onde, se um homem fosse casado com uma mulher e não houvesse
gerado filhos com ela, o irmão dele deveria tomar essa mulher e ter a obrigação
de dar filho(s). Essa lei era válida na Antiga Aliança (nos dias onde se devia
viver pela Lei de Moisés e os Profetas), agora com a graça de Cristo esse tipo de
lei não é mais válida (o Apóstolo Paulo ensinou em 1 Coríntios 7:2 sobre casar
com apenas um único cônjuge).
A pergunta feita pelos saduceus foi de muita hipocrisia, primeiro porque eles
acreditavam não haver ressurreição então não deveriam ter feito aquele tipo de
pergunta, segundo porque a intenção era maldosa (usar um relacionamentos
como um objeto descartável, e não foi esse o propósito criado por Deus) ao
invés de pensar no casamento como era no princípio, onde o homem/mulher
tinha o seu próprio cônjuge (ver Gênesis 2:24) para que se completassem em
amor sendo uma só carne.
Ele afirma que no Céu as pessoas são como os anjos (seres imortais) e não há
necessidade de casamento (pois teremos um corpo espiritual e não mais um
corpo com uma alma cheia de sentimentos e paixões terrenas). A respeito da
ressurreição, Jesus explica que Deus já ensinava sobre ressurreição há muito
tempo (em Êxodo 3:6 Ele se apresentou a Moisés como o Deus “de Abraão,
Isaque e Jacó” sendo que estes três já não eram mais vivos, falando assim Ele
demonstra que há ressurreição e que estes três ainda veriam uma promessa
final que ainda haveria de chegar). Ele é Deus de vivos (aqui na Terra, e dos que
estão agora na Vida Eterna nos Céus).
Jesus então os censurou por não conhecerem o que dizem nas Escrituras
Sagradas e nem o poder de Deus que ressuscita. (BRUCE, 2012)

34-40 – O maior dos mandamento: Quando Cristo deixou os saduceus sem


resposta através da Sua sabedoria vinda dos Céus, os fariseus se reuniram e
entre eles havia um perito na Lei de Moisés e novamente tentam colocar Jesus
Cristo à prova perguntando: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”. Essa
pergunta que tal Mestre da Lei fez a Cristo, humanamente falando seria difícil
de responder, pois haviam no total 613 leis no Antigo Testamento, sendo que
dessas 10 eram mandamentos entregues no monte à Moisés e diversas
ordenanças de Deus ao Seu povo.
A pergunta foi ampla para Cristo, mas como Ele está acima da mente e
sabedoria humana resume toda a Lei em apenas duas simples direções: “Ame o
Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu
entendimento” e também “ame o seu próximo como a si mesmo”. Esses são os
dois grandes mandamentos. Quem cumpri-los por amor não precisa ficar
tentando seguir a Deus por regras ou pelos próprios esforços, pois somos
pecadores por natureza através de Adão (ver Romanos 5: 18-19) e se
cometermos apenas um único erro, quebramos toda a lei e nos tornamos
culpados (Tiago 2:10). Por isso...

...Cristo quis simplificar...

...e nos ajudar, dizendo que se amarmos a Deus com todo nosso ser e também o
nosso próximo do mesmo modo que se preocupamos com nossa própria vida
então toda a Lei de Moisés e os profetas são cumpridos.

41-46 – O Cristo é Senhor de Davi: Em mais uma oportunidade estavam


reunidos os fariseus, Jesus perguntou a eles: “O que vocês pensam a respeito de
Cristo? De quem ele é filho?”. Responderam eles: “É filho de Davi”. Então Cristo
lhes faz outra pergunta a eles dizendo: “Então, como é que Davi, falando pelo
Espírito, o chama Senhor?” essa pergunta foi baseada em Salmos 110:1 onde
dizia: “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu
ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés”. A pergunta foi muito confusa
aos fariseus, pois se eles intitulavam a Cristo como Filho de Davi (e isso estava
correto), como então que nesse capítulo do livro de Salmos Davi O chamou de
Senhor?
Jesus estava querendo explicar a eles que Ele próprio teve descendência de
Davi, mas antes disso Ele é Senhor e Deus, Sua existência é eterna e Davi
reconheceu isso.

Mateus 23

1-39 – Jesus censura a hipocrisia dos escribas e fariseus, seus ‘ais’, o


lamento sobre Jerusalém e a promessa do Seu retorno: Os escribas (ou
mestres da Lei) e fariseus desejavam estar na posição do próprio Moisés diante
do povo, o conselho de Cristo é de que suas palavras deveriam ser obedecidas,
mas as ações deles não, pois...

...o discurso era bonito, mas as ações não combinavam com aquilo que pregavam...

...davam direções difíceis de serem cumpridas para a vida dos israelitas e eles
mesmos não as cumpriam.
O que eles faziam era apenas fachada, era para serem vistos pelas pessoas. Suas
roupas tinham enfeites que aparentavam santidade, gostavam dos lugares de
honra e ao serem chamados publicamente gostavam do título ‘mestre’. E Jesus
diz que ninguém deve ser chamado de Rabi (mestre), pois um só é o Mestre
(Deus) e todos nós seus filhos somos irmãos. Da mesma maneira, somente Deus
deve ser chamado de Pai. O que for maior entre nós, filhos de Deus, deverá ser
servo. Porque aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado e o que a si
mesmo se humilhar será exaltado por Deus.
Os 8 ‘ais’: Jesus profere 8 ‘ais’ contra as atitudes hipócritas desses dois grupos
de religiosos:
1) Fecham o Reino dos Céus diante dos homens: Ao não receberem os
ensinos de João Batista e de Jesus Cristo e colocarem o povo contra Cristo
automaticamente estavam fechando as portas para a Eternidade. Todo
aquele que é contra os ensinos e a pregação do Evangelho enquadra-se
nessa censura;
2) Devoram as casas da viúvas e, para disfarçar fazem longas orações: As
viúvas, em tempos antigos não trabalhavam, dependiam da renda do seu
marido e o pouco que tinham era contribuição das pessoas generosas.
Esses religiosos eram tão desumanos que usufruíam da provisão dessas
pobres mulheres utilizando como desculpa as longas orações que faziam,
aparentando serem espirituais; Os que têm muito e são gananciosos
querendo tomar para si o pouco que outros têm enquadram-se nessa
censura;
3) Percorrem terra e mar para fazer um convertido às suas crenças e,
quando conseguem, o tornam duas vezes mais filho do inferno do que si:
Esses dois grupos de religiosos faziam um esforço gigantesco para que
uma pessoa abandonasse sua própria razão e aderisse à crença deles e ao
conseguirem tornavam essa pessoa tão má, fria e calculista como eles;
Essa censura vale para as pessoas que se esforçam em atrair uma vida
para a sua denominação ao invés de se esforçar em oração, jejum e
evangelismo para ganhar para Cristo;
4) Se alguém jurar pelo santuário isto nada significa, mas se alguém
jurar pelo ouro do santuário está obrigado pelo seu juramento; Se alguém
jurar pelo altar, isto nada significa, mas se alguém jurar pela oferta que
está sobre ele está obrigado por seu juramento: O Senhor os fala que mais
importante do que o ouro (mineral produzido pela terra) é o santuário
que santifica o ouro (lugar onde Deus recebe Seus filhos para o louvarem,
orarem e estar em unidade) da mesma maneira, mais importante do que
a oferta (contribuição voluntária a Deus) é o altar que santifica a oferta
(lugar onde muitas coisas já aconteceram/ainda acontecem, como nos
dias de Elias que fogo dos Céus veio sobre a oferta. Vários outros
sacrifícios a Deus aconteceram no altar em diversas gerações e Ele
respondeu orações e clamores de Seus servos). Esta censura se enquadra
às pessoas que estão apegadas aos detalhes da religião do que aquilo que
realmente importa; que é um coração sincero e apaixonado por Deus;
5) Dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm
negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a
misericórdia e a fidelidade: Em algo eles estavam acertando: colocavam
em prática a entrega do dízimo, mandamento que não surgiu na Lei de
Moisés, mas muito antes disso com Abrão (ver Gênesis 14:20), eles eram
bons nisso e nesse ponto em particular devemos segui-los. Separavam
corretamente o que pertencia a Deus. Mas em contrapartida, em algo de
enorme impacto estavam deixando a desejar: não eram justos, não
tinham misericórdia e eram infiéis. Jesus diz que eles deviam melhorar
esses pontos fracos sem deixar de lado àquilo que faziam corretamente.
Essa censura serve para o público que assim como no ‘4º ai’ está apegado
à detalhes da religião e também deixam de se preocupar com os
necessitados. Como concluiu Cristo: “Guias cegos! Vocês coam um
mosquito e engolem um camelo.”;
6) Limpam o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de
ganância e cobiça: Já foi visto em Mateus 15:2 um tipo de ritual daqueles
dias chamado de “tradição dos anciãos”, onde deviam lavar as mãos antes
de comer. Nesses versículos também havia uma preocupação cerimonial
em deixar os copos e pratos limpos antes de utilizá-los. A comparação de
Cristo a respeito desse ritual com a vida desses dois grupos de religiosos
foi a de que eles aparentavam ser bonitos, limpos, santos por fora, mas
por dentro havia ganância e cobiça, o coração estava cheio de maldade.
Para estes o antídoto seria “Limpe primeiro o interior do copo e do prato,
para que o exterior também fique limpo.”; A preocupação em primeiro
lugar com o belo discurso, excelente educação, elegância pelo modo de se
vestir, graduação acadêmica e aparência exterior de santidade antes de
preocupar-se com um coração quebrantado, sincero e humilde
caracteriza as pessoas que se enquadram nessa censura;
7) Sepulcros caiados: bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de
ossos e de todo tipo de imundície; Por fora parecem justos ao povo, mas
por dentro estão cheios de hipocrisia e maldade: Os túmulos/sepulcros
tinham uma caiação (tinta branca que cobria o túmulo) para que as
pessoas pudessem identificar de longe ao estarem passando por um. A
cor branca da caiação dava aparência de limpeza, mas no interior de cada
túmulo havia cheiro de carne podre, restos mortais e nada de beleza.
Mais uma vez, o Senhor toca no ponto que deveria haver mudança: o
interior desses religiosos; Esta censura é para aqueles que se enquadram
no “6º ai” e elevam a aparência exterior ao invés de uma mudança de
coração;
8) Edificam os túmulos dos profetas e adornam os monumentos dos
justos. E dizem: Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados,
não teríamos tomado parte com ele no derramamento de sangue dos
profetas: Os túmulos dos profetas e homens justos eram embelezados por
esses dois grupos de religiosos e eles defendiam que se vivessem na
época que os profetas foram levados à morte eles não teriam sido
participantes. Que tamanha cegueira! Cristo era/é também um profeta e
logo à frente concordariam no derramamento de sangue Dele. Por isso
estavam colocando a si mesmos como réus. Jesus diz a estes: “Acabem,
pois, de encher a medida do pecado dos seus antepassados.”; A última
censura vai para todos os que falam bem dos servos enviados por Deus
ao longo dos séculos, mas ao receberem um o criticam ou desprezam.
Ao fim destas oito censuras o Senhor lhes pergunta: “Como vocês escaparão da
condenação ao inferno?” e Lhes diz que enviaria profetas, sábios e mestres.
Alguns destes seriam mortos, crucificados, outros seriam açoitados nas
sinagogas e perseguidos de cidade em cidade. Algumas dessas tribulações os
próprios apóstolos sofreram, outras os cristãos dos primeiros séculos e até o
dia de hoje os servos de Deus que levam a sério o Evangelho passam por
sofrimentos como estes ao redor do mundo.
Por causa disso o sangue dos assassinatos de Abel até Zacarias, o sangue destes
recairia sobre aquela geração.
A cidade de Jerusalém recebia muitos profetas enviados da parte de Deus para
que alinhassem o coração do povo ao Dele e então recebessem depois do
arrependimento as bênçãos Dele, mas neste mesmo lugar os profetas eram
apedrejados e o Senhor quis reunir Seu povo “como a galinha reúne os seus
pintinhos debaixo das suas asas”, mas eles não quiseram. Por causa disso a casa
deles ficaria deserta e o Senhor não seria visto até a Sua segunda vinda.

Mateus 24

1-14 – Os sinais que indicam o fim dos tempos: Jesus saiu do templo e Seus
discípulos aproximaram-se Dele para mostrá-Lo a estrutura. Então Jesus diz a
eles que não ficaria pedra sobre pedra.
O Senhor assentou-se no monte das Oliveiras e os Seus discípulos curiosamente
perguntam a Ele quando aconteceria: a destruição do templo, Sua segunda
vinda e o final dos tempos. Jesus Cristo pontua uma série de acontecimentos
que deveriam ocorrer. Eles não estão todos em ordem cronológica, mas
colaboram para que o descrito por Cristo ocorresse:
Cuidado que ninguém vos engane; Pois muitos virão em meu nome,
dizendo “Eu sou o Cristo!” e enganarão a muitos; Numerosos falsos
profetas surgirão: De tempos em tempos o inferno levanta um falso
profeta que nomeia a si mesmo como o “Salvador do mundo”, àquele
que diz que resolverá todos os problemas da humanidade e busca
para si mesmo Adoração. Para saber quem são esses, basta lembrar-se
do que Jesus Cristo disse em Mateus 7: 15-16 “... vêm a vós disfarçados
em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus
frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros,
ou figos dos abrolhos?”;
Ouvirão falar de guerras e rumores de guerras; Nação se levantará
contra nação, e reino contra reino: Nações já sofreram com as guerras
como o exemplo da “Segunda Guerra Mundial” ou rumores de guerra
como a “Guerra Fria”, onde haviam apenas boatos e especulações.
Guerras e revoltas nos dias de hoje infelizmente tem dado ibope em
canais de televisão ou vários acessos nas últimas notícias da internet.
Não é somente o Oriente Médio que as fabricam, isso também está
dentro das escolas, bares e dentro das casas próximo de nós;
Fomes e terremotos em vários lugares: Em nossa pátria amada
brasileira há lugares onde famílias inteiras passam fome, infelizmente.
Terremotos ocorrem com frequência na América do Norte e Ásia;
Tudo isso será o início das dores: Os sinais descritos por Jesus são
apenas o início dos fatos para que Ele retorne em Sua segunda vinda;
Vocês serão entregues para serem perseguidos, condenados à morte,
odiados por todas as nações por minha causa; Muitos ficarão
escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros; Devido o aumento da
maldade, o amor de muitos esfriará: A perseguição descrita por Cristo
ocorreu e ocorre em todos os níveis possíveis (física através de
agressão e também psicológica através de zombarias com os servos
que anunciam Sua divina mensagem). A condenação à morte é o selo
dos mártires cristãos de diversas eras que...

...plantaram o seu sangue no solo como uma semente encorajadora para


que novos cristãos nasçam em poder e autoridade.

O ódio tem sido também algo frequente por àqueles que não aceitam
as palavras de Cristo, como Ele mesmo disse em Lucas 12:53 “estarão
divididos: pai contra filho, e filho contra pai; mãe contra filha, e filha
contra mãe; sogra contra nora, e nora contra sogra.” tudo isso por
causa da fé no Filho de Deus. Traições e ódio (não apenas no mundo,
mas até mesmo entre os escolhidos) infelizmente têm acontecido;
Aquele que perseverar até o fim será salvo: Aceitar a Jesus Cristo
como Senhor e Salvador de minha vida e confessá-Lo com meus lábios
tendo fé em meu coração é o princípio de minha salvação que ocorrerá
pela graça de Deus (ver Efésios 2:8), mas aqui, Cristo nos diz que
devemos permanecer e continuar firme em nossa salvação,
perseverando até o fim, mesmo com situações adversas, pois esta é a
promessa Dele, que se permanecermos firmes às adversidades
seremos salvos;
E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como
testemunho a todas as nações, e então virá o fim: Deus é tão bom
conosco que Seu desejo é que todas as nações tenham tido a
oportunidade de ter ouvido a respeito de Jesus Cristo, o caminho que
nos leva à Vida Eterna. Depois disso cada um poderá chegar diante de
Deus e ter dito: eu tive a oportunidade de ouvir sobre o Filho de Deus!
Agora, cabe a cada uma dessas nações aceitar a mensagem do
Evangelho e viver nela. Como nós, somos os participantes dessa
geração que dissemina o Evangelho, que ajudemos a abreviar a volta
de Cristo: pregando, ensinando e anunciando!

15-35 – Mais eventos a respeito do fim de todas as coisas: Nos versos


anteriores foram descritos sinais necessários para que ocorra o fim de todas as
coisas, nestes versos veremos a respeito dos momentos marcantes que
apontarão para o fim:
O sacrilégio terrível no Lugar Santo: Descrito pelo profeta Daniel em
9:27, 11:31 e 12:11 a respeito de uma força dominadora de trevas
habitando no lugar de Adoração a Deus;
Fujam: Os que estiverem no telhado de casa, no campo, as grávidas. A
fuga deve acontecer rápida do mal que sobrevirá, chamado de “grande
tribulação”;
Os dias serão abreviados: De maneira sobrenatural Deus fará com que
as dificuldades que irão ser suportadas pelos escolhidos de Deus que
viverão na geração desses eventos sejam passadas rapidamente para
que suportem com fé;
Falsos Cristos farão sinais e enganarão a muitos: Assim como Deus
tem poder para liberar aos Seus servos que fazem Sua obra, o inimigo
de nossas almas também possui poder para entregar na mão dos seus
obreiros malignos e enganar a muitos, estejamos vigilantes! Quem é
do verdadeiro Cristo ouve Suas Palavras, crê nelas e as obedece;
Cristo está ali ou lá, não acreditem: Algumas pessoas se encarregarão
de anunciar mentiras a respeito do Senhor e dirão: “vejam, ali está
Cristo” ou: “não, ele está lá”. O próprio Senhor disse que as Suas
ovelhas sabem quem Ele é e conhecem Sua voz (João 10:14 e 16). Ele
ainda complementa que Sua segunda vinda será breve, da mesma
maneira que o relâmpago sai do Oriente e aparece no Ocidente;
As estrelas (sol e estrelas) perderão sua força: Também de maneira
sobrenatural, Deus fará com que as profecias de Isaías 13:10 e 34:4
serão cumpridas. As estrelas e o sol perderão a força. Diante de Deus,
qualquer criatura ou criação se torna como nada, isso mostrará o quão
grande Ele é;
O Filho do Homem virá nas nuvens, com poder e grande glória; Seus
anjos tocarão trombeta e Seus eleitos serão reunidos: Esse evento será
lindo e majestoso! Em Sua primeira vinda, Jesus Cristo teve que
oferecer-Se como um cordeiro, mudo e sofredor pelos nossos pecados.
Mas agora, Ele virá como um poderoso leão, que dos Céus mostra seu
poder surgindo de uma extremidade até outra. Os anjos do Senhor
tocarão trombeta para anunciar essa vinda, em 1 Tessalonicenses 4:16
o Apóstolo Paulo também afirma isso. Seremos reunidos nos Céus
como a grande família que somos pelo Todo-Poderoso Jesus Cristo;
Será como a figueira: A figueira, por ser uma árvore característica, ao
produzir frutos pode ser percebida de muito longe, então quando
forem vistos esses sinais pode-se concluir que a vinda do Senhor está
próxima...

...Ele promete que pode passar os Céus e a terra, mas o que Ele disse
acontecerá!
36-51 – O Dia e a Hora são desconhecidos: Deus não revelou para ninguém
sobre o Dia e a Hora em que Cristo virá novamente para resgatar Sua igreja. Por
incrível que pareça, nem o próprio Filho de Deus sabe em que momento isso
acontecerá, somente Deus Pai.
Este dia é comparado aos dias que Noé vivia, onde as pessoas casavam-se,
comiam e bebiam, faziam tudo “naturalmente”, sendo ele um pregador da
justiça divina (2 Pedro 2:5) alertava o povo ao arrependimento e a conversão à
Deus, mas não lhe deram ouvidos e as portas da arca se fecharam, trazendo
destruição aos que não creram, eles nada perceberam até que veio o Dilúvio e
levou a todos. Cristo compara a Sua vinda desse mesmo modo: dois homens
estarão no campo; um será levado e o outro deixado; duas mulheres estarão
trabalhando, uma será levada e a outra não.
Não sabemos o dia que virá o nosso Senhor, se Ele deixasse a data marcada,
todos estariam vigilantes nesse exato momento, assim como o exemplo de um
homem que é assaltado, se ele soubesse o momento que o ladrão viria estaria
preparado. Jesus Cristo virá num momento em que menos esperamos!
Sobre esse mesmo assunto, Deus também nos compara a um servo que ficou
encarregado pelo seu senhor de dar suprimento a outros servos, se o senhor
desta casa voltar e encontrar o servo fazendo de maneira correta o que lhe foi
pedido terá então recompensa, mas se voltar e encontrá-lo batendo neles,
comendo e bebendo com os beberrões (alcoolizado e fazendo festas mundanas
ou coisas deste tipo). O senhor daquele servo virá num dia em que ele não
espera e numa hora que ele não sabe. Este servo será punido severamente e
ficará num lugar junto com os hipócritas onde há choro e ranger de dentes.

Mateus 25

De maneira contínua ao assunto abordado por Cristo no capítulo 24 (Sua


segunda vinda e o fim de todas as coisas), o capítulo 25 contém 3 grandes
ensinamentos que falam sobre o que fazer e também o que não fazer enquanto
esperamos a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
1-13 – A parábola das Dez Virgens:
A parábola das Dez Virgens possui alguns elementos/personagens
interessantes que falam ao nosso coração, vejamos abaixo:
Dez virgens (5 prudentes e 5 loucas): As virgens representam a Igreja,
a noiva de Cristo que aguarda para as bodas (casamento) do Cordeiro
(Jesus Cristo) conforme Apocalipse 19:7-9. Cinco destas estavam se
preparando para o encontro com o noivo ao levar vasilha com óleo
junto com a candeia, enquanto que outras cinco estavam
despreparadas levando apenas a candeia sem a vasilha com óleo. O
desejo do noivo era que todas estas entrassem com ele para o
banquete de casamento, mas ao vir o sono todas adormeceram, mas
somente as preparadas, que continham o óleo para acender a candeia
ao acordarem puderam entrar, pois tinham luz e foram guiadas até o
banquete, enquanto as outras cinco ficaram no escuro e tentando
tomar emprestado das que tinham óleo aceso em suas candeias, mas
não podiam, pois a porção é individual;
Candeia: Uma espécie de lamparina que contém óleo dentro, este
líquido trazia luz em ambientes escuros, representa os nossos olhos,
como disse Jesus em Mateus 6:22 que se forem bons, todo nosso corpo
terá luz. No caso das dez virgens, todas tinham a candeia (visão,
capacidade de vigiar), mas sem óleo seria impossível para qualquer
uma delas enxergar alguma coisa no período da meia-noite quando a
voz que anunciou a vinda do noivo as convocou para o encontrarem;
Óleo: Representa o Espírito Santo, que é extremamente necessário na
vida da Igreja. Sem intimidade com a pessoa do Espírito Santo na vida
do cristão no momento de leitura bíblica não há revelação, ao louvá-Lo
não sente Sua presença, a oração é fria e sem vida. O Espírito Santo é
quem guia o povo de Deus e traz luz em qualquer ambiente. Para o
grupo das 5 virgens que tinham o óleo nas candeias havia direção, luz
e vigilância. Enquanto que as outras saíram para comprá-lo, mas já era
tarde demais, a chance já havia sido dada. Que sejamos cheios do
Espírito Santo e guiado por Ele até a vinda de nosso Senhor;
Noivo: É o próprio Senhor Jesus Cristo que aguarda ansiosamente pela
Sua noiva sem manchas, marcas do mundo, para que fique para
sempre com Ele (Efésios 5:26-27, Apocalipse 21:2). O noivo dessa
parábola pode ter demorado em chegar, mas o banquete nupcial
estava sendo preparado para as virgens se alegrarem com Ele. As que
não tinham óleo ouviram Dele: “A verdade é que não as conheço!”;
Voz desconhecida que anuncia a vinda do noivo: A parábola não conta
o nome da pessoa que gritou: “O noivo se aproxima! Saiam para
encontrá-lo” porque creio que esta voz representa todos os
mensageiros de Cristo que anunciam Sua gloriosa vinda. Sejamos nós
também essa voz anônima, mas que alerta às virgens a respeito do
noivo;
Porta: A porta representa o lugar onde todos devem entrar para
herdar a salvação e lugar de descanso eterno, Jesus Cristo é essa porta
e sem Ele ninguém chega à eternidade (João 10:1,7 e 9, João 14:6). A
porta descrita na parábola era onde todas as virgens deveriam passar
antes de entrar no banquete nupcial;
Banquete nupcial: É o lugar onde a Igreja vitoriosa habitará
alegremente estando ao lado de Jesus Cristo. Ali há provisão,
maldições não existem e Ele é a própria luz do lugar (Apocalipse 22:2-
3 e 5). Um banquete de casamento é lugar de alegria junto com os
noivos e não há nenhum tipo de tristeza.
A parábola expõe que...

...a preparação para a vinda de Cristo é algo individual...

...ninguém pode fazer isso por mim e que devo estar vigilante a todo o momento
buscando estar íntimo do Espírito Santo e sendo guiado por Ele.

14-30 – A parábola dos Talentos: Esta parábola compara o Reino dos Céus a
um homem que ao sair de viagem confiou os seus bens a três servos. A um ele
deu 5 talentos (o talento era um tipo de moeda, uma soma em dinheiro), a outro
ele deu 2 talentos e ao último deu 1, entregou a cada um segundo a capacidade
que tinham e logo este homem saiu de viagem.
O que tinha 5 saiu imediatamente, aplicou-os e obteve mais 5, também o que
recebeu 2 conseguiu ganhar mais 2, mas o que recebeu 1 cavou um buraco no
chão e escondeu o dinheiro de seu senhor.
Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles homens e prestou conta da
soma em dinheiro que havia dado a eles. O primeiro disse: “O senhor me
confiou cinco talentos; veja, eu ganhei mais cinco”. O senhor dele disse: “Muito
bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito. Venha e
participe da alegria do seu senhor!”. Do mesmo modo fez o segundo, contando
que havia recebido dois talentos e que ganhou outros dois. Este segundo servo
também ouviu as mesma palavras do seu senhor. Porém o terceiro veio e disse:
“eu sabia que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e junta
onde não semeou. Por isso, tive medo, saí e escondi o seu talento no chão. Veja,
aqui está o que pertence ao senhor.”
Este ensinamento fala a respeito do homem que confiou somas em dinheiro
(representando Deus) cujo distribui em nossas vidas quantias (de tempo total
de vida, de recursos financeiros, de dons e habilidades para fazer a Sua obra, de
saúde, de pessoas que nos cercam para fazermos algo em prol delas, e outras)
essas quantias foram divididas de acordo com aquilo que cada um suportaria
administrar, por isso para um foi dado 5, para outro 2 e o último 1. Também
Deus faz isso conosco entregando porções individuais a cada pessoa, por isso
não devemos focar nas quantias dadas a outros e cobiçá-las, mas sim, focar nas
que foram entregue em nossas mãos e apresentá-las da melhor forma possível
ao nosso Senhor quando Ele fizer o acerto de contas de como conduzimos
nossas próprias vidas.
A resposta desse senhor dada ao terceiro servo foi: “Servo mau e negligente!
Você sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei? Então você
devia ter confiado o meu dinheiro aos banqueiros, para que, quando eu voltasse,
o recebesse de volta com juros. Tirem o talento dele e entreguem ao que tem
dez. Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas quem
não tem até o que tem lhe será tirado.” O talento do terceiro servo foi dado ao
que tinha o total de 10, pois o senhor sabia que ele é um homem comprometido
e que acharia uma maneira de multiplicar o que recebeu. Pois como Ele mesmo
diz: “quem é fiel no pouco será colocado no muito”. A triste situação foi ver o fim
do terceiro servo que foi lançado nas trevas, recebeu o título de inútil e no lugar
que foi existe choro e ranger de dentes (o inferno).
É importante lembrar que essa parábola é a continuidade do assunto que Jesus
começou com Seus discípulos em Mateus capítulo 24, onde Ele fala dos
acontecimentos finais, e aqui, Ele está falando da responsabilidade que eles
teriam em administrar tudo o que Cristo lhes daria, pois logo a frente Ele
morreria, ressuscitaria e subiria até o Pai. Nessa geração, é a nossa vez de
administrarmos tudo o que recebemos de Deus e também multiplicarmos, para
podermos apresentar os frutos a Ele.

31-46 – O julgamento das nações: Quando Cristo voltar em Sua glória (agora
não mais como o Cordeiro que sofreu nossas iniquidades, mas como o poderoso
Leão de Judá) Ele estará com todos os Seus anjos, se assentará em Seu trono na
glória celestial. Todas as nações serão reunidas diante Dele e Ele separará as
pessoas umas das outras, assim como o pastor separa as ovelhas dos bodes (da
mesma maneira como já visto na parábola do trigo e joio onde um será
separado do outro) o Senhor separará os bons dos maus. Os bons estarão à Sua
direita e os maus serão colocados à direita.
Os que estiverem à direita receberão como herança o Reino que Ele tem
preparado. Porque Ele mesmo disse: “Eu tive fome e vocês me deram de comer,
tive sede e vocês me deram de beber; fui estrangeiro e vocês me acolheram;
necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de
mim; estiver preso, e vocês me visitaram.” Então os justos perguntarão ao
Senhor algo do tipo: “Quando fizemos essas coisas?” e o Rei Jesus responderá:
“O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram.” O
Senhor dirá isso porque todas as vezes que um irmão/irmã em Cristo estiver
passado por essas dificuldades, o nosso dever é não deixá-lo desamparado e
suprir Sua necessidade em amor. Assim Deus espera que façamos que amemos
uns aos outros, esse é o Seu mandamento (ver João 13:34).
E quanto aos que estiverem em Sua esquerda Ele dirá: “Malditos, apartem-se de
mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. Pois eu tive
fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e nada me deram para beber;
fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas e vocês não me
vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram.” E eles lhe
perguntarão: “Quando não fizemos essas coisas?” e o Senhor Jesus dirá também
a estes: “O que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos,
também a mim deixaram de fazê-lo.” E estes irão para o castigo eterno, mas os
justos para a vida eterna.
Por isso, é muito importante suprir as necessidades (dos nossos irmãos em
Cristo, familiares e também dos necessitados sem abrigo, desconsolados e sem
esperança que o mundo possui), pois Cristo cobrará de nós se não cumprirmos
com esse compromisso dado unicamente à Igreja Dele.

Mateus 26

A partir do capítulo 26 o Senhor estará dirigindo-Se para Seus momentos finais


na Terra onde o Evangelista Mateus relata: os líderes religiosos querem prendê-
Lo, Seu corpo é preparado de maneira profética para o sepultamento, Judas
vende sua fidelidade por 30 moedas, a Ceia do Senhor é realizada entre os doze
e depois Ele prediz que seria negado por Pedro. Jesus dirige-Se ao monte para
orar, é preso, acusado no Sinédrio e Pedro então O nega.

1-5 – A conspiração dos líderes religiosos contra Jesus: Após as palavras de


Jesus (que estão nos capítulos 24 e 25) Ele dirige-se aos discípulos lembrando-
os que faltavam dois dias para chegar a Páscoa e que seria entregue para ser
crucificado (perceba que avisos aos discípulos não faltaram, Jesus os alertou
algumas vezes sobre este assunto). Nesta mesma ocasião os chefes dos
sacerdotes e os líderes religiosos reuniram-se em uma conspiração para
prender e matar Jesus (a realidade é que Jesus não foi pego de surpresa, mas Ele
permitiu-se ser entregue voluntariamente, para que Seu sacrifício gerasse a
nossa vida Eterna e comunhão com o Pai) e então estes homens combinaram
que não seria durante a festa, pois causaria tumulto ao povo.

6-13 – O corpo de Jesus é ungido para Seu sepultamento: Em determinado


momento, Cristo estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso, e uma mulher
aproximou-se Dele com um perfume muito caro. Ela derramou na cabeça do
Senhor enquanto Ele estava reclinado à mesa. Quando os discípulos viram isto
se indignaram e acharam que a mulher estava cometendo um desperdício, pois
falaram que o dinheiro poderia ser dado aos pobres. Então o Senhor os exorta
informando que os pobres sempre estariam com a Igreja e que a mulher não
deveria ser perturbada, pois aquele ato que ela teve foi profético, foi algo que
apontou para o futuro...

...pois com essa Adoração que ela deu estava perfumando o corpo de nosso
Senhor...

para os poucos momentos que Ele estaria morto. Tal foi a honra dessa mulher,
em pagar um alto preço por aquele perfume e deixá-Lo escorrer em nosso
Senhor, cujo disse que onde o Evangelho fosse pregado em qualquer lugar do
mundo, ela seria lembrada por tal ato.

14-16 – Judas Iscariotes vende sua fidelidade: Judas Iscariotes foi até os
homens que conspiravam contra Cristo e perguntou: “O que me darão se eu o
entregar a vocês?” (de acordo com Lucas 22:3-4 Satanás havia entrado em
Judas) e determinaram o preço de trinta moedas de prata (dinheiro nenhum
poderia comprar o que nosso Senhor significa para nós, Ele mesmo é o dono do
ouro e da prata e de tudo que no mundo há, este foi apenas um preço egoísta de
alguém que queria vender o Senhor por ter dado espaço ao inimigo em seu
coração). Desse momento em diante, este discípulo ficou procurando
oportunidade de entregar a Cristo.

17-30 – A Ceia do Senhor com Seus discípulos: Ao iniciar o primeiro dia da


Festa dos Pães sem Fermento os discípulos perguntaram aonde o Senhor
gostaria de celebrar a refeição da Páscoa e então Lhes explicou a respeito de um
homem que estaria na cidade e que deveriam pedir a casa dele emprestada. Os
discípulos obedeceram a ordem do Senhor e prepararam a Páscoa no lugar
escolhido por Cristo.
Ao entardecer, Jesus assentou-se a mesa com os doze e falou que um deles iria O
trair. Eles ficaram tristes e começaram cada um a dizer: “Porventura sou eu,
Senhor?” e o Senhor afirma que aquele que põe a mão junto com Ele no prato é
que faria isto e que o Filho do homem cumpriria o que estava escrito a Seu
respeito, mas “ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Bom
seria para esse homem se não houvera nascido” e perguntou Judas (que já havia
O traído ao consultar os líderes religiosos e pedir um preço para entregá-Lo):
“Porventura sou eu, Rabi?” E o Senhor o responde: “Tu o disseste”.

E quando comiam o Rei da Glória, tomando o pão e o abençoando...

...o partiu e disse: “Tomai, comei, isto é o meu corpo” e tomando o cálice, deu
graças, disse que era o Seu sangue e falou: “Bebei dele todos; Porque isto é o
meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para
remissão dos pecados.” Após estas palavras disse que não beberiam mais
daquele fruto da vide até que o bebessem novamente no reino do Pai Celestial.
Após isso...

...cantaram uma música...

...e saíram para o Monte das Oliveiras.

31-35 – Jesus prediz que seria abandonado e Pedro O negará: Então o


Senhor lhes diz que naquela mesma noite todos O abandonariam, porque estava
escrito em Zacarias 13:7 “... fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas...”, mas
depois que Ele ressuscitasse iria para a Galiléia.
Pedro, ouvindo estas palavras do Senhor disse que ainda que todos se
escandalizassem Dele, ele nunca faria isso. Jesus o responde afirmando que
naquela mesma noite O trairia três vezes antes do galo cantar.
Pedro revida afirmando que ainda que fosse necessário morrer com Cristo não
O negaria e todos os discípulos disseram o mesmo.

36-46 – Jesus no Getsêmani: O Senhor chegou junto de Seus discípulos a um


lugar chamado Getsêmani e pediu para que se assentassem que Ele iria mais
adiante para orar. Ele traz para perto de Si: Pedro, Tiago e João e começa a
entristecer-Se profundamente (pois Ele sabendo de tudo o que iria passar por
nós ficou angustiado) e disse aos três que ficassem onde estavam e vigiassem
com Ele (nesse momento Cristo precisava de colunas de oração para ficar na
retaguarda,

...pois a batalha espiritual que ocorria nos ares era intensa).

Cristo segue um pouco mais adiante e prostrou-Se sobre seu rosto e fala as
seguintes palavras ao Pai: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice;
todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.”. Ao referir-se sobre
cálice, Jesus estava falando da ira que Deus tem a respeito dos pecados (ver
Apocalipse 14:10) e aquele cálice das dores que Ele teve que sofrer era para nós
bebermos, Ele se fez culpado sem ter sido para que nós fôssemos inocentes.
E, voltando para os Seus discípulos os achou adormecidos; e disse a Pedro:
“Então nem uma hora pudeste velar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis
em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”
E foi de novo para o momento de oração e disse praticamente as mesmas
palavras ao Pai e ao retornar aos discípulos encontrou-os novamente
adormecidos porque seus olhos estavam pesados (tente imaginar a guerra
espiritual que esses homens estavam enfrentando, o inferno inteiro estava se
movendo contra Cristo para que Ele não concluísse a obra redentora).
Deixando-os, foi orar pela terceira vez perseverando nas mesmas palavras, mas
ao retornar disse aos discípulos que era a hora de dormir e repousar porque
havia chegada a hora do Filho do homem ser entregue nas mãos dos pecadores
(Cristo ensina que há momento para batalhar e momento para recarregar as
forças).
Ele pede para que todos os ali presentes partissem junto com Ele, pois o que O
trairia haveria de chegar.

47-56 – Jesus é preso: Estava Jesus ainda falando e chegou Judas Iscariotes e
grande multidão enviada pelos líderes religiosos e estes continham armas (eu
fico pensando: que mal Jesus fez para que fossem até Ele armados?) e Judas
beija o rosto do Mestre, pois esse era o sinal que ele havia combinado para que
ao vissem identificassem quem seria o Cristo. O Senhor lhe diz: “Amigo, a que
vieste?” me admiro do Senhor que...

...manteve Seus olhos no propósito redentor e não deixou nenhuma amargura


invadir Seu coração...

...pois neste momento chamou a Judas de amigo e sabemos que em nenhum


momento Jesus faltou com a verdade, Ele havia falado sinceramente, pois era
assim que o considerava! Então vieram eles, lançando mão de Jesus o
prenderam.
Um dos discípulos presentes puxou uma espada e feriu a orelha de um sumo
sacerdote chamado Malco (o Evangelista João no capítulo 18 versículo 10
afirma que este discípulo é Pedro) e Jesus o manda guardar a espada dizendo:
“todos os que empunham a espada, pela espada morrerão” ao Cristo dizer isso
Ele estava ensinando que quem for guerrear naturalmente morrerá assim, a
nossa guerra é espiritual (ver Efésios 6:12) e o Espírito Santo nos auxilia em
como vencer. Para complementar esse assunto, Jesus diz que se Ele pedisse ao
Pai seriam enviadas doze legiões de anjos se fosse necessário (nesse caso não
seria necessário, como Cordeiro de Deus, Cristo deveria cumprir Sua missão
sendo sacrificado pela humanidade), pois as Escrituras Sagradas deveriam se
cumprir.
O Senhor dirige-se à multidão dizendo que...

...todos os dias se assentava junto com eles para ensinar no templo...

...e não O prenderam (a multidão O ouvia, recebia Seus milagres e admiravam-se


da autoridade de Cristo, mas por estarem seduzidos pelas palavras ciumentas
dos religiosos deixaram-se influenciar), mas então o Senhor diz que isso estava
acontecendo para que se cumprisse como estava registrado nas Escrituras
Sagradas a respeito Dele.
Então...

...todos os discípulos, deixando-O, fugiram.


57-68 – Jesus diante do Sinédrio: Aqueles que O prenderam O levaram até a
casa de Caifás, o sumo sacerdote onde os escribas e os anciãos estavam
reunidos.
Pedro havia O seguido de longe e ficou no pátio do sumo sacerdote observando
para ver o fim (mesmo que tivesse fugido, Pedro amava a Cristo e seu coração
era Dele, pois ninguém segue alguma coisa que não deseje para si).
Os principais sacerdotes e os anciãos procuravam algum motivo para acusar a
Cristo e depois darem-Lhe sentença de morte, mas não achavam (com certeza
não encontrariam, pois Ele é a Verdade como está escrito em João 14:6) e por
fim chegaram duas testemunhas falsas dizendo: “Este disse: Eu posso derrubar
o templo de Deus, e reedificá-lo em três dias” (isto foi uma acusação falsa sobre
Jesus, pois quando Ele disse isso em João 2:19 e 21 estava falando do Seu
próprio corpo que é o templo que seria destruído mas em três dias seria
levantado através da ressurreição) .
O sumo sacerdote levanta-se e questiona: “Não respondes coisa alguma ao que
estes depõem contra ti?”, mas Jesus mantinha-se calado (Seu equilíbrio
psicológico e emocional foi mantido mesmo diante de falsa acusação). O sumo
sacerdote não se contentou com o silêncio de nosso Senhor e disse: “Conjuro-te
pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus” e respondeu
Jesus: “Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem
assentado à direita do Poder; e vindo sobre as nuvens do céu”. Então o sumo
sacerdote rasgou suas vestes e disse que todos haviam ouvido blasfêmia vinda
da parte do Senhor (estavam eles enganados, pois as palavras do Senhor se
cumpririam).
O conselho daqueles homens disse: “É réu de morte”. Então lhe cuspiram no
rosto e lhe davam punhadas, e outros O esbofeteavam dizendo: “Profetiza-nos,
Cristo, quem é o que te bateu?” (Já não bastava a falsa acusação, a condenação à
morte e agora batem em nosso Senhor) mas creio que...

...esses socos e tapas que Ele levou foi para mostrar como dói o coração de Deus
em relação aos nossos pecado, trazem ofensa e desonra a Ele!
Não entristeçamos o Espírito Santo cometendo pecados, que nos arrependamos
e mudemos nossa postura!

69-75 – Jesus foi negado 3x por Pedro: Enquanto isso estava Pedro assentado
no pátio e uma criada chegou perto dele e disse: “Tu também estavas com Jesus,
o Galileu”, mas ele negou diante de todos dizendo: “Não sei o que dizes” e saindo
para o vestíbulo (intervalo que fica entre o interior de um edifício e sua porta de
entrada, ou seja, um hall de entrada) (KASCHEL, 2005) outra criada o viu, e
disse aos que ali estavam: “Este também estava com Jesus, o Nazareno” e ele
negou outra vez com juramento: “Não conheço tal homem” e depois disso se
aproximaram os que ali estavam e disseram: “Verdadeiramente, também tu és
deles, pois a tua fala te denuncia” (Pedro falava igual aos que seguiam a Cristo.
O discipulado feito pelo Senhor foi tão eficaz que ele se parecia com Cristo,
mesmo que ainda não fosse 100% mas estava no processo de se tornar uma
cópia da pessoa que Ele é) então começou Pedro a praguejar dizendo: “Não
conheço esse homem”.

Imediatamente o galo cantou.

Jesus nunca erra em Suas provisões, por isso que devemos sempre ler a Bíblia e
ouvir em nossos corações as direções dadas pelo Espírito Santo, pois Ele
sempre sabe o que Deus vai fazer das nossas vidas.
E lembrou-se Pedro das palavras ditas por Jesus: “Antes que o galo cante três
vezes me negarás”. Saindo dali...

...chorou amargamente...

...seu coração estava dolorido, ele havia negado o Seu Senhor, aquele quem disse
que largaria tudo para segui-Lo, que se fosse necessário morreria com Ele, o
Pedro que caminhou sobre as águas com Jesus e foi tirado das redes de pesca
para ouvir palavras de Vida Eterna e se tornar pescador de homens havia
falhado, houve dor emocional (esta dor só esteve com Pedro até o momento em
que Jesus o curou após ressuscitar e visitá-Lo pessoalmente, descrito em João
21: 15-17)

Mateus 27

Com a graça de Deus, o estudo das Escrituras e o auxílio em algumas partes da


apostila do curso Mergulhando na Palavra da Igreja Evangélica Bola de Neve,
descrevo a seguir as dores de nosso amado Salvador até o momento de Sua
crucificação:

1-10 – Jesus é levado a Pilatos e o suicídio de Judas: E chegando a manhã, os


chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo fizeram um conselho para decidir
pela morte de Jesus, e amarrando-O, levaram Ele até Pôncio Pilatos, o
governador.
Então Judas Iscariotes estava tomado de remorso (e não de verdadeiro
arrependimento) levou as 30 moedas de prata aos chefes dos sacerdotes e
anciãos dizendo:...

...pequei, traindo o sangue inocente...

...eles, porém, disseram: “Que nos importa? Isso é contigo”. Essa conversa entre
Judas e os líderes religiosos representa a maneira que Satanás oferece os seus
banquetes: no início pode ter um valor, chamar atenção, mas depois que a
pessoa “cai em si” e percebe que mais vale manter sua fidelidade a Deus pode já
ter vindo uma consequência indesejada sobre esse indivíduo. Depois que o
inimigo faz um filho de Deus cair em uma armadilha dele, é como se dissesse:
“você quem escolheu esse caminho, agora é problema seu; não tenho nada a ver
com suas escolhas”. Ele influencia ao erro e depois de tomada a decisão ele não
ajuda em nada.
Judas atirou as moedas para o templo e foi enforcar-se (ver também Atos 1:18-
19). É uma pena, pois...

...Judas poderia ter pedido perdão...


...diretamente para Jesus Cristo, clamado aos Seus pés e a história deste
apóstolo poderia ter terminado diferente. Quem tira sua própria vida, elimina a
salvação, é Deus quem dá a vida e Ele que tem o direto de recolhê-la quando
bem entender. Enquanto ainda estamos vivos sempre há chance de mudança, de
arrependimento, o suicídio nunca será solução para ninguém, esse é o pior dos
caminhos a ser tomado, Cristo sempre pode mudar nossa sorte.
Os chefes dos sacerdotes recolhendo as moedas de prata, disseram que não
seria lícito colocar na caixa de ofertas porque era preço de sangue, e decidiram
em um conselho que deveria ser comprado um terreno para que os estrangeiros
fossem sepultados, chamado de campo do Oleiro, por isso ele se chama campo
de Sangue, isso tudo já estava escrito em Zacarias 11:12-13.
Aprendamos com essa situação: não venda sua fidelidade à Cristo por nenhum
preço!

11-26 – Vocês querem Barrabás ou Jesus? E o Senhor estava em pé diante de


Pilatos que perguntou se Ele era o rei dos judeus. Cristo lhe responde: “Tu o
dizes”. Perceba que diante de algumas acusações feitas a Jesus Ele mantém-se
calado (e isso trouxe admiração à Pilatos, pois Cristo não buscava justificar-se),
mas quando falam a respeito do Seu governo Ele abre seus lábios, pois é uma
verdade, Ele é Rei e voltará para implantar Seu Reino para sempre!
Por ocasião da festa, um preso era solto e o povo era quem escolheria. Havia
entre os presos um homem chamado Barrabás (o Evangelista Marcos no
capítulo 15 e versículo 7 diz que esse homem era assassino e estava preso junto
com outros assassinos que foram pegos em uma rebelião) este foi o homem
escolhido pelo povo para que soltassem. A multidão havia sido contaminada
pelos chefes dos sacerdotes e pedem para que Barrabás seja solto e Jesus
crucificado.

Barrabás representa o pecado...

...todas as vezes que um ser humano troca a Santidade de Deus e os conselhos


dados pelo Espírito Santo, está escolhendo Barrabás ao invés de Jesus Cristo.
Pilatos havia conversado com sua mulher e ela lhe disse que em sonhos havia
sofrido muito por causa de Jesus Cristo, então informa a ele que Cristo era justo.
Somando às atitudes que o Senhor teve de ovelha muda (ver Isaías 53:7) e que
não buscou justificação própria ou defender-Se, Pilatos percebe que estão O
entregando por ciúmes e não por algum tipo de culpa. Tal governador sente-se
pressionado (sua própria consciência mais a sua esposa dizem para inocentar
ao Senhor por não ter culpa em nada, enquanto que na sua frente uma multidão
grita: “Crucifica”), Pilatos tenta “aliviar a barra” do Senhor questionando: “mas
que mal faz ele?” e eles mais clamavam dizendo: “Seja crucificado” (se as
pessoas presentes nessa cena tivessem sua visão espiritual aberta, poderiam
ver Satanás contaminando o coração de toda essa multidão e os cegado, pois o
Filho do Deus Todo-Poderoso a quem eles tanto zelavam estava na frente deles
e eles não queriam enxergar!) então Pilatos vendo que nada adiantava e o
tumulto crescia lavou suas mãos em água diante de todos (representando que
ele próprio seria inocente do sangue do justo Jesus) e o povo respondeu: “O seu
sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos”, e isso aconteceu: não é à toa que os
judeus foram perseguidos, massacrados e humilhados por vários povos ao
decorrer dos séculos, pois eles mesmo profetizaram condenação de um sangue
inocente sobre si próprios. Graças a Deus, o Senhor é misericordioso e tem
preservado estes nossos “irmãos mais velhos” e lhes dado novas chances de
arrependimento.
Então soltou Barrabás e mandando açoitar a Jesus, entregou-O para ser
crucificado.
Naqueles dias...

...usavam-se chicotes que em suas pontas amarravam bolinhas de chumbo ou


ossinhos de ovelha pontiagudos com o propósito de dilacerar a carne.

Tente imaginar os soldados lançando com força as chicotadas sobre os ombros,


costas, nádegas, parte de trás da coxa e panturrilha, nos primeiros golpes a pele
ficaria arranhada e gotículas de sangue sairiam. Nos próximos golpes os
pequenos cortes cravaram os ossos de ovelha/chumbo e ao soldado puxar para
si o chicote pedaços de carne poderiam ter voltado junto e o corpo de Jesus ter
exposto partes mais profundas de pele, tecido e músculos. A cada chicotada a
dor multiplicava, pois elas não atingiam somente o sistema cutâneo, mas
também o muscular, sanguíneo e nervoso. Se o víssemos possivelmente
esconderíamos o rosto de tal imagem desfigurada, como foi profetizado por
Isaías 53: 3. Admiro-me como o Senhor não desmaiou de dor ou clamou nesse
momento, mas...

...Ele sofreu cada golpe por um amor que não se pode medir ou descrever em
palavras.

27-31 – Os soldados zombam de Jesus: Os soldados de Pilatos conduziram


Jesus Cristo até à audiência e reuniram toda a tropa de soldados ao seu redor.
Então O despiram e colocaram uma capa/manto de cor vermelho (Ele também
usará um manto nos dias finais conforme Apocalipse 19:16). Tente imaginar
esta capa que vestiu grudando em pedaços de carne sangrenta do corpo de
nosso Senhor e também em sangue coagulado. Esta capa após alguns instantes
foi arrancada Dele. Ao puxarem a capa o sangue que grudou na capa e as feridas
que já haviam sido fechadas durante esse período de tempo novamente se
abrem, fazendo que mais sangue corra e a dor intensifique.
Uma coroa de espinhos foi confeccionada para Cristo (em Gênesis 3:18 após
Adão ter pecado Deus amaldiçoou a terra e diz que ela produziria espinhos. O
espinho representa a maldade que está na terra. Na parábola do semeador em
Mateus 13:7 o espinho é o que impede a Palavra de Deus frutificar, pois a
sufoca) Jesus teve em Sua cabeça espinhos que enterraram em Seu couro
cabeludo, ou seja, é como se Cristo dissesse: “Eu sou o único capaz de apagar a
maldade que existe na humanidade e exterminar com ela, eu a enterro em Meu
corpo”.
Em Sua mão direita colocaram uma vara (a vara representa governo, Moisés
usou uma em Êxodo 4:17 para fazer sinais, Assuero, o rei que governava nos
dias de Ester usou uma em forma de cetro conforme Ester 4:11) e esta vara era
profeticamente a declaração de que Jesus é o Rei dos Reis (Apocalipse 19:16).
E cuspindo Nele, tiraram-Lhe a cana e batiam com ela em Sua cabeça. Vestiram-
No com Suas vestes e O levaram para ser crucificado.

32-45 – A crucificação: Quando saíram encontraram um homem chamado


Simão, da região de Cirene a quem pediram para levar a cruz do Senhor (tente
imaginar o quão cansativo e dolorido foi para nosso Senhor esse processo! E
Deus sempre chama algum Simão para ajudar-nos em nossa caminhada: Moisés
teve Arão, Elias teve Eliseu, Paulo teve Silas, assim também nós teremos
companheiros na jornada de fé) e então chegaram ao lugar nomeado Gólgota
que significa Lugar da Caveira. Este é um lugar de morte, onde todos devemos
morrer para os sentimentos e desejos errados que o pecado quer gerar no
coração dos seres humanos.
Deram ao Senhor a beber vinagre misturado com fel (o fel é um líquido amargo)
o Senhor necessitava de hidratação e um pouco de água seria bem-vinda, mas
deram-Lhe algo desagradável e Ele recusou beber.
Ao chegar o momento da crucificação do nosso Senhor, eles repartiram entre si
as roupas que Jesus usava conforme estava escrito em Salmos 22:18, deixando-
O com pouca cobertura sobre Sua pele (a única cobertura completa que Ele teve
sobre o escarnecimento que sofreu foi a de Deus que o guardou para esse
momento).
Cravos foram batidos em Suas mãos para segurá-Lo na cruz e também em Seus
pés. Houve um esforço sobrenatural dado por Deus para que Jesus se
mantivesse firme, pois a essa altura a dor deveria ser insuportável.
Por cima de Sua cabeça colocaram a frase: “ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS”
(o Evangelista Marcos no capítulo 15 e versículo 26 descreve: “O REI DOS
JUDEUS”, em Lucas capítulo 23:38: “ESTE É O REI DOS JUDEUS” sendo que
nesse Evangelho ele importa-se em relatar que estava escrito em grego, romano
e hebraico, mais uma vez uma declaração profética a todas as nações, tribos,
povos e raças de que Ele é Rei, a frase e em João 19:19 relata-se: “JESUS
NAZARENO, O REI DOS JUDEUS”).
E os guardas que ali se encontravam guardavam a Cristo assentados.
Foram crucificados junto com Ele: um ladrão à sua esquerda e outro à sua
direita, um dos malfeitores blasfemava de Cristo, enquanto que o outro
reconheceu a sua condição sabendo que tinha sido crucificado pelos males que
fazia, mas via que o Senhor era inocente e pediu para que se lembrasse Dele
quando entrasse no Seu Reino; Jesus responde dizendo que, naquele mesmo dia,
estaria com ele no paraíso (ver Lucas 23:39-43) esse ladrão não recebeu o
Reino de Deus em seus instantes finais da vida por merecimento, pois
humanamente falando ele era culpado e sentenciado à morte, mas pela sua fé e
arrependimento herdou o Reino.
Os que passavam diante de Cristo, o nosso Cordeiro, blasfemavam Dele e
balançavam a cabeça, dizendo: “Tu, que destróis o templo, e em três dias o
reedificas; salva-te a ti mesmo. Se és Filho de Deus, desce da cruz”. Também os
chefes dos sacerdotes junto dos escribas, anciãos e fariseus escarneciam
dizendo: “Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se. Se é o Rei de Israel,
desça agora da cruz, e creremos nele. Confiou em Deus; livre-o agora, se o ama;
porque disse: Sou Filho de Deus”.
Uma de Suas frases durante a crucificação foi: “Pai, perdoa-lhes; porque não
sabem o que fazem” conforme relata Lucas 23:34. Jesus manteve-se
extremamente firme no propósito redentor e não perdeu o foco, nada O tirava
do cumprimento de Sua missão.
O tempo de permanência do Senhor foi de 3 horas (ver Mateus 27: 45 e Marcos
15:33-34) e ali em pé do lado da cruz ficaram algumas mulheres e o Apóstolo
João (ver João 19:25-26).

46-56 – A morte: Perto da hora final, onde Cristo morreria, Ele exclama ao Pai:
“Eli, Eli, lamá sabactâni” que quer dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?” nesse momento o pecado de toda a humanidade havia sido
transferido sobre o nosso sacrifício perfeito (ver Isaías 53:4-6) e por causa
disso Deus havia virado o seu rosto para não ver o pecado que estava sobre
Jesus (Isaías 59:2) por causa disso o Senhor sentiu-Se abandonado pelo Pai. Não
foi por causa de desprezo ou rejeição do Pai do Céu, mas porque Deus não
suporta o pecado e este estava sobre nosso Senhor.
Os que ouviram Jesus dizendo essas palavras acharam que Ele estava chamando
Elias, logo molharam vinagre em uma esponja e deram a Ele de beber, mas
diziam: “Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo”.
Ao beber o vinagre chegado a Sua boca disse: “Está consumado”, com isso Jesus
quis dizer...

...paguei o preço pela sua salvação...

...não será mais necessário sacrificar nenhum animal para perdão de pecados
conforme faziam os sacerdotes no Antigo Testamento, o preço da restauração,
libertação, vida plena e abundante pela sua vida foi pago.
Depois disso entregou o seu espírito ao Pai.
O véu que havia no templo (que fazia separação entre o Santo Lugar e o
Santíssimo Lugar onde apenas os sacerdotes podiam entrar para ter contato
com a Presença de Deus e receber direções, de acordo com Êxodo 26:33) foi
rasgado de alto a baixo...

...mostrando que a decisão veio do alto (de Deus) em nos aproximar Dele através
de Seu filho amado.

Abriram-se os sepulcros e muitos corpos de homens que serviam a Deus foram


ressuscitados e saindo dos sepulcros depois da ressurreição do Senhor,
entraram em Jerusalém e apareceram a muitos.
O centurião e os que com ele guardavam a Jesus vendo o terremoto e tudo o que
acontecia ficaram cheios de temor e disseram: “Verdadeiramente esse era o
Filho de Deus”.
De acordo com o Evangelho de João 19:31-37 o sábado havia chegado e após a
morte de nosso Senhor e dos outros homens crucificados junto a Ele, quiseram
então O tirar dali, no caso dos outros as pernas foram quebradas, mas para o
Senhor isso não aconteceu apenas o Seu lado foi furado (entre as costelas e a
coxa) e dali verteu água e sangue.

A água significa purificação e o sangue perdão, em Cristo encontramos ambas as


coisas para nossa vida.

57-61 – O sepultamento: Ao chegar à tarde veio um homem rico chamado José,


da região de Arimatéia que também era discípulo de Jesus e pediu o corpo do
Senhor.
Pilatos entregou o corpo de Jesus à José.
O Reino de Deus continua necessitando de mais pessoas como ele que Deus
levanta para “investir” no Corpo de Cristo abrindo mais frentes de trabalho,
mais igrejas, mantendo trabalhos missionários, acreditando em eventos,
cruzadas, conferências e seminários.
José tomando o corpo junto de Nicodemos, que era outro discípulo que o seguia
em segredo, envolveram a Ele em um fino e limpo lençol junto com especiarias
(ver João 19:39-40) e José O pôs no seu sepulcro novo, que era aberto em rocha,
e, rodando uma grande pedra para a porta do sepulcro, foi embora.
Ficaram ali sentadas em frente ao sepulcro Maria Madalena e a outra Maria.

62-66 – A guarda do sepulcro: No dia seguinte, reuniram-se os chefes dos


sacerdotes na casa de Pilatos e disseram a ele que Jesus havia dito que no
terceiro dia ressuscitaria, pediram a ele que o sepulcro fosse guardado com
segurança para que os discípulos “não furtassem o corpo do Senhor” e
espalhassem que o Senhor tinha ressuscitado dentre os mortos (mal sabiam
eles que o Senhor passaria por cima de todos esses obstáculos facilmente, afinal
se Ele venceu a morte, o que seria qualquer outro impedimento humano para
Ele?).
Pilatos cedeu-lhes a petição que fizeram e colocaram guardas no sepulcro onde
selaram a pedra na entrada.
No ponto de vista dos discípulos havia tristeza, mas nesse exato instante Cristo
desceu até o inferno e pregou aos espíritos cativos (ver 1 Pedro 3:19) antes de
retornar ressurreto em vitória.

Mateus 28

1-10 – A ressurreição de Jesus Cristo, o Vencedor: Ao surgir o domingo,


Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro (no Evangelho de João 20:
2-9 este Evangelista descreve que ele mesmo e o Apóstolo João também foram
até o sepulcro) e ocorreu um grande terremoto, porque um anjo do Senhor
descendo do céu, chegou, removendo a pedra da porta, e sentou-se sobre ela.
Este anjo tinha a aparência de um relâmpago e as suas roupas eram brancas
como a neve. Os guardas ficaram muito atemorizados. O respondeu dizendo:
“não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado...

...Ele não está aqui; ressuscitou...

...como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia. Vão depressa e digam aos
discípulos dele: Ele ressuscitou dentre os mortos e está indo adiante de vocês
para a Galiléia. Lá vocês o verão. Notem que eu já vos avisei.”.
O anjo quis mostrar àquelas mulheres o lugar que o Senhor ficou quando estava
morto para que comprovassem que...

...Ele não estava mais morto, mas sim vivo! Agora não era mais hora de choro...

...como diz em Salmos 30:5 “... o choro pode durar uma noite, pela manhã,
porém, vem o cântico de júbilo”, este era momento de alegria e de anunciar para
os outros discípulos que Jesus Cristo é um Deus Vivo e os espera!
As mulheres saíram correndo afoitas para anunciar aos outros discípulos todas
estas coisas e o próprio Jesus: o Autor e Consumador da nossa fé, o Leão de
Judá, o Renovo de Israel, o Bom Pastor apareceu àquelas mulheres dizendo: “Eu
vos saúdo” e elas, chegando, abraçaram os Seus pés, e O adoraram (que lindo
momento! Agora Ele havia vencido a morte!). Jesus continua dizendo a elas:
“Não temais, ide dizer a meus irmãos que vão à Galiléia, e lá me verão”.
Enquanto essas mulheres iam, os guardas que haviam visto e ouvido tudo
aquilo foram até à cidade e contaram para os chefes dos sacerdotes todas as
coisas que haviam acontecido.

11-15 – O relato dos guardas: Mesmo após ouvirem o relato verdadeiro e


ocular dos guardas, os anciãos fizeram um conselho e deram muito dinheiro aos
soldados pedindo para que eles mentissem dizendo que durante a noite
anterior os discípulos roubaram o corpo de Jesus Cristo, se essa mentira
chegasse até os ouvidos de Pilatos eles estariam à salvo.
Os soldados recebendo o dinheiro fizeram como estavam instruídos e aquela
mentira foi divulgada entre os judeus. Como Deus não tem os Seus planos
frustrados, Cristo foi visto durante muitos dias por aqueles que com Ele
subiram da Galiléia à Jerusalém (ver Atos dos Apóstolos 13:31) também foi
visto por Pedro (Lucas 24:33-34) e por mais de quinhentos irmãos (1 Coríntios
15:6).

16-20 – A grande comissão e instruções finais: Os onze discípulos foram para


a Galiléia conforme foram instruídos pelo anjo e pelo próprio Cristo ressurreto
e chegaram ao monte que o Senhor havia pedido, e quando O viram O adoraram,
mas alguns duvidaram. E isso tem acontecido até os dias de hoje, em uma
reunião onde a Presença de Cristo é gloriosa alguns A aproveitam, enquanto
que outros ficam no campo da dúvida e incredulidade.
E chegando Jesus, deu a eles as seguintes instruções finais: “É me dado todo o
poder no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a
guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco
todos os dias até a consumação do mundo. Amém”.
No Evangelho escrito pelas mãos de Marcos no capítulo 16 dos versículos 15 ao
18 o Senhor diz: “... Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes
sinais acompanharão aos que crerem: em meu nome expulsarão demônios;
falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e se beberem alguma coisa
mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e estes
serão curados.” Depois destas palavras este mesmo Evangelista relata em no
capítulo 16 e versículo 19: “Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido
no céu, e assentou-se à direita de Deus.”
Na descrição dada pelo Evangelista João no capítulo 20 nos versículo 21 e 22 o
Senhor diz: “... assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E
havendo dito isso, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.”
Após a vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte...

...Ele ressurge com todo o poder dado por Deus nos céus e na terra e entrega aos
Seus discípulos para que agora continuem e façam a Sua obra...

...pregando Seu Evangelho, batizando os que creem, expulsando demônios,


falando novas línguas, recebendo proteção e autoridade sobre todo mal,
curando enfermos e fazendo tudo isso através do poder que é liberado pelo
Espírito Santo.

Palavra do autor

Chegou a nossa vez, essa é a nossa geração! Deus te escolheu e chamou para que
você seja um filho que produz frutos que permaneçam.
Após aprender sobre a vida de Cristo com este Evangelho, vamos aplicá-lo de
maneira prática aonde o Senhor nos enviar.
Encorajo você a imitar o Senhor e se tornar um verdadeiro seguidor de Cristo,
não apenas de conhecer as letras que contém neste livro, mas de experimentar
pela pessoa do Espírito Santo a viver como Jesus viveu: anunciando o Reino dos
Céus através do arrependimento, movendo-se por amor e serviço, acreditando
no ser humano e buscando aproximar a humanidade do Pai.
Uma das orações mais importantes que faço a Deus é pedir para viver o máximo
que Ele deixar para pregar o Evangelho, sei que Deus me criou para isso e essa
chama tem mantido meu coração aceso por anos.
Meu desejo é que você descubra o seu propósito nessa Terra e sirva essa
geração com o coração apaixonado! Não viva em vão, não viva para si mesmo!
Viva pelos desamparados, famintos e necessitados de Deus, dentro de você
existe algo para oferecer aos que carecem de Deus.
Que Deus abençoe sua jornada de fé,
Carlos Ubiratan Moreira Marcondes Júnior

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