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Ceu1 Estrelas2017

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Estrelas

Profa. Jane Gregorio-Hetem


Departamento de Astronomia
IAG/USP

Curso de Extensão Universitária (CEU1) 08/abril/2017 1


Como determinamos
suas características?

Parte 1
PROPRIEDADES
CLASSIFICAÇÃO
Parte 2
Atividade Prática

Estudo fundamental para


Astrofísica melhor compreendermos o
Estelar Universo
2
O que é uma estrela?
Astros que produzem sua própria luminosidade
(planetas apenas refletem a luz do Sol).

Descrição básica: imensa esfera de gás


(principalmente hidrogênio) a altas temperaturas,
produzindo energia termonuclear, que se mantém em
equilíbrio (pressão de radiação sustenta o colapso
gravitacional).

O Sol é uma estrela

INTRODUÇÃO 3
Como os antigos distinguiam entre
planetas e estrelas?

Palavra grega para


“astro errante”
Elas mantêm a
mesma posição
relativa na esfera
celeste.

Constelações

INTRODUÇÃO 4
Constelações: grupos aparentes de estrelas (visão
projetada) úteis para o reconhecimento do céu.
uma centena de bilhões de estrelas constituema a nossa
Galáxia (Via Láctea).
 Crux. Gigante
Vermelha localizada a
cerca de 90 a.l.

 Cen. A estrela mais


próxima do Sol, a cerca
de 4 anos-luz. É a mais
brilhante da Constelação
do Centauro. Saco de Carvão:
nuvem interestelar
INTRODUÇÃO (gás & poeira) 5
PROPRIEDADES
Como a distância
afeta o brilho das
estrelas?
Magnitude aparente

6
Medidas de distâncias

Paralaxe: ângulo
medido a partir
de diferentes
pontos de vista
(linha de base).

A paralaxe é inversamente
proporcional à distância do objeto.
PROPRIEDADES: paralaxe 7
Imagens de uma mesma região do céu obtidas com
seis meses de diferença, mostrando o movimento
aparente de uma estrela, com relação às estrelas
fixas, ao fundo.

PROPRIEDADES: paralaxe 8
Paralaxe Estelar
Quanto mais distante a estrela,
menor é a paralaxe  medida
mais usual é em segundos de
arco (p").
• Por convenção: a distância de
uma estrela com paralaxe de
1" equivale a 206.265 U.A.
(3,1x1016m = 3,3 anos-luz).

PROPRIEDADES: distância 9
Pausa para revisão: Ângulos
• 1 grau (1°) se divide em 60 minutos de arco.
• 1 minuto (1') de arco se divide em 60 segundos de arco
– logo 1° = 3600".
• O olho humano pode distinguir até ~ 1'.
• Com o braço extendido, uma mão aberta tem ~ 20°;
– o polegar, tem ~ 2°.

tamanho
físico, d
tamanho angular, 

distância, D

Para a moeda de 1 Real, se D = 155 cm, então  = 1°


se D = 93 m, então  = 1'
10
Crédito: Prof. Gastão B. Lima Neto (IAG-USP)
Paralaxe Trigonométrica
• Define-se essa distância como sendo de 1 parsec (pc)
 se conhecermos a medida da paralaxe (p") teremos a
distância da estrela em parsec, dada por
1
d ( pc)  "
p
Ex: estrela com p = 0,1" encontra-se a uma distância de
10pc.

PROPRIEDADES: distância 11
A distância afeta o brilho das estrelas?
• Luminosidade: Variação de energia por
unidade de tempo emitida na superfície da
estrela.
Ex: Sol: L ~ 4 x 1026 Watts.
é intrínseca: não depende da localização ou
do movimento da estrela, mas não é
diretamente observável.

• Brilho aparente pode ser medido


(energia detectada numa dada área de
superfície coletora, num intervalo de
tempo).
PROPRIEDADES: brilho aparente 12
O brilho aparente (fluxo detectado) diminui com o
quadrado da distância.

1 cm2

4 cm2

9 cm2

PROPRIEDADES: brilho aparente 13


Como a distância afeta o brilho das estrelas?

Brilho Aparente

quantidade de energia coletada em um detector.

magnitude  -2,5 log10 Fluxo



PROPRIEDADES Fluxo  10-(0,4*magnitude) 14
Escala de Magnitudes m  -2,5 log F
Limite de detecção de alguns telescópios e
magnitude aparente de alguns astros
30 30 Keck 0 -1,5 Sirius
25 -5 -4,4 Vênus
18 telescópio
20 -10
de 1m
15 -12,5 Lua
10 binóculo -15
cheia
10 6 olho humano -20
5 -25 -26,8 Sol
0,8 Betelgeuse
0 -30 15
PROPRIEDADES: magnitude
CLASSIFICAÇÃO

Espectros;
Cor e Temperatura;
Luminosidade;
Raio;
Diagrama HR;
Aglomerados
estelares

16
Luz proveniente dos astros
propaga-se no vácuo em forma de
ondas

Radiação Eletromagnética

observada em diferentes faixas velocidade
f 
espectrais: visível, infravermelho, comprimento de onda
ultravioleta, ondas rádio, etc.
f=c/,
onde c ~ 3x1010 cm/s
17
CLASSIFICAÇÃO: Espectros
O Espectro Eletromagnético

A luz branca, quando atravessa um prisma, é decomposta em


diferentes cores ( vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e
violeta) da faixa visível.
18
CLASSIFICAÇÃO: Espectros
Espectros de estrelas de diferentes temperaturas
Hidrogênio

Essas 7 estrelas
têm composição
química
semelhante.
brilho relativo

comprimento de onda [Å] 1 Å = 10 nm = 10-8m


19
CLASSIFICAÇÃO: Espectros
A sequência de tipos espectrais
• Primeira classificação das estrelas:
desenvolvida no Observatório de
Harvard, em 1910, por Annie J. Cannon
e colaboradores

• Nomenclatura original adotada com base nas intensidades das


linhas de hidrogênio: estrelas tipo “A” têm linhas mais fortes,
nas “B” intensidade menor, diminuindo até o último tipo.

20
CLASSIFICAÇÃO: tipos espectrais
• 1920 melhor entendimento dos sub-níveis da estrutura
atômica  distribuição mais significativa em função da
temperatura superficial da estrela (Tefetiva).
Algumas letras foram suprimidas e a ordem foi alterada:

O, B, A, F, G, K, M
primeiros tipos tipos tardios
(early type) (late type)
mais quentes mais frias
• Cada tipo é dividido em 10 grupos: de 0 (para o primeiro) a 9
(último): ...F8, F9, G0, G1, G2, ...G9, K0...

O Sol é uma estrela


de tipo G2 21
CLASSIFICAÇÃO: tipos espectrais
Cores das Estrelas

Orion (c/ binóculo) identifica-se a


estrela fria avermelhada
(Betelgeuse – alfa Ori) e a
estrela quente azulada (Rigel –
beta Ori).

A cor depende da temperatura


superficial da estrela

Observações mais detalhadas


Betelgeuse (T* ~ 3.000K) e Rigel (T* ~ 15.000K)
22
CLASSIFICAÇÃO: Cor
Temperatura Superficial (T*)

Intensidade de Radiação 
representada por uma
função que depende de
frequência (c/) e
temperatura da estrela.

Fluxo total (emitido na superficie da estrela) ~ F*  (T*)4

23
CLASSIFICAÇÃO: Temperatura
Cor & Temperatura visível
infravermelho ultravioleta

Observando a radiação do Sol em muitas frequências notamos que


o pico se encontra na parte visível do espectro e que ele emite
muito mais no infravermelho do que no ultravioleta.
24
CLASSIFICAÇÃO: Temperatura
Qual é o tamanho das estrelas?

L  4 π R F
2

F T 
4

• A luminosidade da estrela depende


de sua temperatura e de seu raio. L  R T 2
 
4

25
CLASSIFICAÇÃO: Raio
Sol e planetas em
escala de tamanho

26
CLASSIFICAÇÃO: Raio
CLASSIFICAÇÃO
Estrelas anãs e gigantes

27
CLASSIFICAÇÃO: Raio
CLASSIFICAÇÃO
Estrelas supergigantes

28
CLASSIFICAÇÃO: Raio
CLASSIFICAÇÃO
Categorias de estrelas
Classes e tipos de estrelas dependem de
Luminosidade (L) & Temperatura (T*)
similar à classificação de pessoas baseada em Peso & Altura
para identificar biotipo.

Procura-se correlacionar os parâmetros 


compararação entre as estrelas de diferentes
tipos espectrais (ou temperaturas) e classes
de luminosidade (gigantes, anãs etc).
tamanho

29
CLASSIFICAÇÃO: Diagrama H-R
Como comparar as diversas categorias de estrelas?
Utiliza-se o diagrama H-R

Hertzprung

Russel
Cor (temperatura) vs. Brilho (energia emitida, raio)
30
CLASSIFICAÇÃO: Diagrama H-R
Diferentes categorias no diagrama H-R
As estrelas podem ser separadas no diagrama
H-R de acordo com sua categoria.
Exemplos:
 Sol é considerado uma estrela anã.
 Betelgeuse é uma super-gigante.
 Anãs Brancas são estrelas muito quentes,
mas muito menores que o Sol.
• Com um grande número de estrelas no
Diagrama H-R  definem-se claramente as
regiões onde se encontram as diferentes
categorias de estrelas.
31
CLASSIFICAÇÃO: Diagrama H-R
Supergigantes

Sequência Gigantes
Principal

Anãs
Brancas

32
CLASSIFICAÇÃO: Diagrama H-R
Famílias de Estrelas
As principais diferenças destacam-se
quando se comparam diagramas H-R
de diferentes aglomerados estelares.

Plêiades (jovem)
~10 milhões de anos
33
CLASSIFICAÇÃO: Aglomerados Estelares
Aglomerado globular

Ômega Centauro
(velho) 10 bilhões de anos
34
CLASSIFICAÇÃO: Aglomerados Estelares
RESUMO: para reter o essencial Cor depende de T

FT   T 4
L
L  R T 2
 
4
F ( R* ) 
4  R*
2

F (d ) 
L magnitude  -2,5 log10 Fluxo
4 d 2 
Fluxo  10-(0,4*magnitude)
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Parte 2
Atividade Prática: Cores das Estrelas
• Objetivo: determinar o índice de cor (B-V)
das estrelas e estimar sua temperatura.
• Método: realizar medidas com o software
SalsaJ para calcular o brilho aparente nos
filtros fotoméricos B (azul) e V (visível).

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B-V = mB-mV = -2,5 log (FB / FV)
Atividade
Prática Índice de Cor B << V  FB >> FV
[B-V] < 0
Estrela quente, azulada

B >> V  FB << FV
[B-V] > 0
Estrela fria, avermelhada

Lembrar que fluxos mais


intensos são representados
por magnitudes menores.

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