Vulcanismo Resumos
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Vulcanismo Resumos
1. Vulcanologia
A vulcanologia é a área do conhecimento geológico que estuda os fenómenos vulcânicos. Os
contributos fornecidos por essa área têm sido fundamentais para esclarecer muitos aspetos da
estrutura interna da Terra, sobretudo no que diz respeito à composição e à dinâmica da
litosfera.
Um vulcão é uma abertura na crusta terrestre através da qual são libertados materiais líquidos
(lava), gasosos e sólidos (por exemplo, cinzas) (FIG.1). A saída dos materiais pode ocorrer
através de uma abertura mais ou menos circular, constituindo uma cratera - vulcanismo
central -, ou através de fissuras mais ou menos extensas - vulcanismo fissural.
Dada a sua viscosidade, estas lavas não originam escoadas, podendo solidificar na chaminé, de
que resultam formas alongadas e pontiagudas, as agulhas, ou no interior da cratera, onde
originam formas arredondadas, os domos ou cúpulas. Devido à acumulação de gases na
câmara magmática, estas erupções são muito violentas, sendo acompanhadas por grandes
explosões, onde predominam as emissões de piroclastos.
Figura 3 –Monte de St. Helens (EUA). Vulcão com atividade explosiva, onde é visível um domo.
Figura 5 – (A) Lavas encordoadas. (B) Lavas escoriáceas. (C) Lavas em almofada.
Figura 5 – Estratovulcão.
Vulcanismo residual
O vulcanismo ativo nem sempre ó tão espetacular como nas erupções vulcânicas. Por vezes,
revela-se em manifestações de vulcanismo residual ou secundário. Estas manifestações
incluem emanações de gases, em fumarolas, ou de água a elevadas temperaturas, nos géiseres
ou nas fontes termais (FIG.7).
Figura 7 – Em profundidade, a água infiltrada contacta com rochas mais quentes, aquecendo e
expandindo-se, podendo irromper à superfície em diferentes estados (líquido e gasoso), dando origem a
manifestações de vulcanismo residual.
VULCANISMO DE SUBDUCÇÃO
Este tipo de vulcanismo coincide com regiões de convergência de placas tectónicas, onde
ocorre o mergulho, ou subducção, de uma placa oceânica mais densa sob outra, oceânica ou
continental, menos densa. Geram-se, assim, condições de temperatura e pressão que
favorecem a fusão das rochas e o aparecimento de câmaras magmáticas relativamente pouco
profundas. Os magmas formados nestes locais tendem a ter uma composição intermédia a
ácida (FIG. 8B, E).
VULCANISMO INTRAPLACA
O vulcanismo no interior das placas litosféricas, mais raro que o vulcanismo interplacas,
constitui o resultado da ascensão de colunas de material a elevadas temperaturas de regiões
profundas do manto (plumas mantélicas). Por alívio de pressão, os materiais assim
transportados para a base da litosfera oceânica ou continental, fundem, originando pontos
quentes (hotspots), que ocupam posições fixas.
Por vezes, os pontos quentes localizam-se próximo de limites divergentes, como é o caso da
Islândia e dos Açores.
Alguns episódios de extinção em massa podem ser explicados como resultado de alterações
climáticas provocadas por grandes erupções vulcânicas, como o aumento da temperatura
global decorrente da libertação de gases com efeito de estufa. Por outro lado, a observação de
situações atuais de alterações climáticas, como a provocada pela erupção de 1991, no monte
Pinatubo, nas Filipinas, demonstraram que os gases e as poeiras emitidos nessa erupção
reduziram a radiação solar que penetrou na atmosfera, fazendo baixar nos anos seguintes a
temperatura média mundial em cerca de 1°C.
Vulcanismo em Portugal
Em Portugal continental não há, atualmente, fenómenos de vulcanismo ativo. Contudo,
existem vestígios de vulcanismo antigo, por exemplo, nos arredores de Lisboa. O arquipélago
da Madeira, provavelmente resultante da atividade de um ponto quente, não apresenta
vestígios da atividade vulcânica há, aproximadamente, 7000 anos. O arquipélago dos Açores é
uma zona de vulcanismo ativo, sobretudo as ilhas do grupo central e oriental, por se
localizarem ao longo de planos de falha associados à dorsal atlântica e ao rifte da Terceira.
Para além de episódios recentes de vulcanismo ativo (erupção dos Capelinhos, em 1957), é
possível observar nessas ilhas sinais de atividade vulcânica passada, como as cadeiras, ou sinais
de vulcanismo residual, como as fumarolas. Nas regiões vulcânicas pode beneficiar-se da
energia geotérmica através do aproveitamento do calor libertado do interior da Terra. Para
além disto, estas regiões, pelas suas características, são muito procuradas pelo turismo, o que
ajuda a promover o desenvolvimento destes territórios (FIG. 9). Os materiais rochosos
vulcânicos são utilizados também na construção de obras arquitetónicas, pavimentos ou
rochas ornamentais.
Atendendo aos fatores de risco mais frequentes, podem considerar-se, para além da
necessidade de informação e educação das populações, as medidas de prevenção
apresentadas na TABELA 2.