NIn1 2018RAI
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ISSN 1111-1111
Art. 1º Aprovar os procedimentos de fiscalização, reinspeção e controles especiais aplicáveis aos produtos
de origem animal comestíveis exportados para o Brasil provenientes de estabelecimentos estrangeiros
submetidos ao Regime de Alerta de Importação - RAI.
CAPÍTULO I
DO REGIME DE ALERTA DE IMPORTAÇÃO (RAI)
Seção I
Disposições gerais
Art. 2º Os produtos de origem animal exportados para o Brasil serão inseridos no Regime de Alerta de
Importação - RAI conforme critérios estabelecidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -
DIPOA/SDA/MAPA.
Art. 3º O RAI será coordenado pelo DIPOA e pela Coordenação Geral do Sistema de Vigilância
Agropecuária Internacional – CGVIGIAGRO.
Seção II
Da instauração do RAI
Art. 4º O RAI poderá ser instaurado a partir de irregularidades identificadas nos produtos de origem
animal exportados para o Brasil durante os procedimentos de reinspeção e nas coletas de amostras oficiais
realizadas pelo Serviço de Inspeção Federal – SIF ou pelas Unidades do Sistema VIGIAGRO.
Art. 5º O DIPOA divulgará as análises a serem realizadas nos produtos de origem animal exportados para
o Brasil e as irregularidades passíveis de instauração do RAI ao SIF e à CGVIGIAGRO.
Art. 6º O início do processo de instauração do RAI será demandado ao DIPOA pelo SIF ou pela Unidade
do VIGIAGRO em que forem identificadas as irregularidades nos produtos de origem animal exportados
para o Brasil.
§ 1º O processo de que trata o caput será iniciado no Sistema Eletrônico de Informações – SEI, por meio
de inclusão de documento técnico consubstanciado, acompanhado dos seguintes subsídios para análise:
I – registro da reinspeção realizada;
Seção III
Da operacionalização do RAI
Art. 9º A partir da instauração do RAI, no mínimo 10 (dez) remessas seguintes de exportação de produtos
de origem animal nele enquadrados, serão submetidas aos seguintes procedimentos, independentemente da
modalidade de transporte e do ponto de ingresso no País:
I – reinspeção obrigatória na unidade do VIGIAGRO de despacho;
II – coleta de amostra para fins de realização de análises laboratoriais, quando definidas pelo DIPOA; e
III – outros controles especiais quando determinados pelo DIPOA ou pela CGVIGIAGRO.
§ 1º Para fins do disposto nesta Norma Interna, a remessa de exportação de produtos de origem animal
corresponde à operação coberta por uma licença de importação - LI - registrada ou documento equivalente
e sujeita ao tratamento administrativo no Sistema Integrado de Comércio Exterior- SISCOMEX.
§ 2º Nos casos em que no mesmo contêiner os produtos enquadrados no RAI estejam cobertos por mais de
uma LI ou documento equivalente ou existam dois ou mais lotes de um mesmo produto, deverá ser
coletada apenas uma amostra por contêiner que o representará para fins de destino do carregamento.
§ 3º A critério do DIPOA, poderão ser amostradas mais de 10 (dez) remessas de exportação do produto de
origem animal enquadrado em RAI, de acordo com a representatividade do volume do produto importado
ou outro motivo identificado durante a operacionalização do regime.
Art. 10. Nos casos em que durante a operacionalização do RAI forem constatadas irregularidades relativas
a composição, aos padrões de conformidade físico-químicos e microbiológicos, a presença de resíduos de
medicamentos e de substâncias contaminantes, a fraudes, falsificações e adulterações, bem como outras
que impliquem em risco direto ou indireto para a saúde pública, o estabelecimento fabricante poderá ter
suspensa sua autorização de exportação de produtos de origem animal para o Brasil.
§ 1º A suspensão de que trata o caput se aplica também para os casos em que não tenham sido
encaminhadas respostas às notificações dentro do prazo estabelecido.
I - aos procedimentos adotados pela autoridade sanitária com vistas a eliminar as causas que implicaram a
suspensão;
Art. 12. A ocorrência de irregularidades graves que representem risco à saúde pública ou constantes
reincidências, a juízo do Diretor do DIPOA, poderá determinar a suspensão da habilitação de todos os
estabelecimentos estrangeiros do gênero, ou mesmo do país, como um todo.
Seção IV
Do monitoramento do RAI
Art. 13. O DIPOA e a CGVIGIAGRO realizarão o monitoramento das exportações de produtos de origem
animal realizadas por estabelecimentos estrangeiros enquadrados em RAI, visando a operacionalização do
Regime.
§ 1º Para fins do monitoramento de que trata o caput, o DIPOA deverá manter na aba de ocorrências RAI
do SIGSIF e no endereço eletrônico www.agricultura.gov.br (http://www.agricultura.gov.br/) a lista
atualizada dos estabelecimentos estrangeiros enquadrados em RAI, que informará:
I – a razão social, o número de registro no país e o endereço do estabelecimento estrangeiro;
III – o número e a data dos atos exarados pelo Diretor do DIPOA, referentes às condições descritas no
inciso II do caput;
IV – o tipo de produto, o motivo da instauração do RAI e os exames laboratoriais a serem realizados; e
§ 3º A atualização das informações relativas ao RAI serão realizadas com a máxima brevidade possível,
para impedir o ingresso de produtos de origem animal não autorizados e evitar prejuízo à
operacionalização do regime.
CAPÍTULO II
DA AUTORIZAÇÃO DE IMPORTAÇÃO
Art. 14. A solicitação de autorização de importação será realizada pelo importador conforme
procedimento definido pelo MAPA em norma específica.
Art. 15. A importação de produtos de origem animal exportados por estabelecimentos enquadrados em
RAI somente será autorizada por unidades do VIGIAGRO de portos, aeroportos, postos de fronteira e
aduanas especiais autorizadas ou habilitadas.
Seção I
Da análise documental e da reinspeção
Art. 16. A análise documental deverá ser realizada conforme o disposto na Instrução Normativa 39, de 01
de dezembro de 2017 e seus anexos.
Art. 17. Os produtos de origem animal enquadrados em RAI devem obrigatoriamente ser reinspecionados
pelas unidades do VIGIAGRO.
Parágrafo único. Produtos enquadrados em RAI, cujo ingresso ocorra por unidade VIGIAGRO não
habilitada, poderão ser redirecionados para outro ponto de ingresso habilitado mediante trânsito aduaneiro.
Art. 19. Em caso de não conformidades identificadas durante a reinspeção, deverão ser adotados os
seguintes procedimentos, conforme o caso:
I – no caso de não conformidades passíveis de correção, deverá ser registrado a correspondente
Notificação Fiscal Agropecuária - NFA; ou
II – no caso de não conformidades não corrigíveis, deverá ser indeferida a correspondente Declaração
Agropecuária de Trânsito - DAT.
Art. 20. As embalagens que forem abertas ou violadas durante os procedimentos de reinspeção, cuja coleta
de amostras corresponda apenas a parte do total de um volume, deverão ser fechadas, lacradas com fita
lacre e restituídas ao contentor.
Seção II
Da coleta de amostras
Art. 21. As unidades do VIGIAGRO coletarão as amostras para fins de realização das análises
laboratoriais determinadas pelo DIPOA.
Parágrafo único. Para fins da coleta de amostra, a unidade do VIGIAGRO deverá registrar na LI ou
documento equivalente a seguinte informação: “Regime de Alerta de Importação - aguardando resultado
de análise laboratorial”.
CAPÍTULO IV
DA DESTINAÇÃO DA CARGA
Seção I
Da nacionalização da mercadoria
Art. 25. Após a realização dos procedimentos de fiscalização, sem constatação ou mediante correção da
irregularidade, bem como nos casos em que as análises laboratoriais efetuadas revelem resultado
satisfatório, as unidades do VIGIAGRO deverão adotar os seguintes procedimentos:
I - deferimento da LI ou documento equivalente no SISCOMEX;
Seção II
Da devolução da mercadoria
Art. 26. As cargas exportadas para o Brasil cuja irregularidade ensejou na instauração do RAI deverão ser
devolvidas ao país de origem, destruídas sob acompanhamento do serviço oficial ou reexportadas para
países dispostos a aceitá-las com ciência prévia da rejeição pelo Brasil.
§ 1º As cargas exportados para o Brasil de que trata o caput e que se encontrem retidas no SIF, também
deverão ser devolvidas ao país de origem, destruídas sob acompanhamento do serviço oficial ou
reexportadas para países dispostos a aceitá-las com ciência prévia da rejeição pelo Brasil.
§ 2º Para fins de retorno ao país de origem ou de reexportação, as cargas de que trata o § 1º deverão ser
devolvidas à unidade do VIGIAGRO acompanhadas de Certificado Sanitário Nacional de Rechaço,
conforme modelo publicado pelo DIPOA.
§ 3º O SIF ou a unidade VIGIAGRO responsável pelos procedimentos de reinspeção notificará o
importador, conforme disposto no art. 46, da Lei nº 12.715, de 17 de setembro de 2012, que a mercadoria
deverá ser devolvida ao exterior, destruída ou reexportada, no prazo de até 30 (trinta) dias a partir da data
de notificação.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 30. A CGVIGIAGRO, a CGAL e o DIPOA poderão estabelecer procedimentos adicionais ao que
dispõe esta Norma Interna, com vistas a dirimir dúvidas e harmonizar os procedimentos e informações
necessárias à consecução dos objetivos do RAI.
Art. 31. Fica revogada a Norma Interna SDA nº 01, de 02 de agosto de 2016.
Art. 32. Esta Norma Interna entra em vigor na data de sua publicação.
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