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Decreto 46456 - 2021 - Código de Ética Dos Servidores

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PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO

D E C R E T O Nº 46.456 , DE 08 DE JUNHO DE 2021

INSTITUI O CÓDIGO DE ÉTICA DOS SERVIDORES PÚBLICOS DO


PODER EXECUTIVO DO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS E CRIA A
COMISSÃO CENTRAL DE ÉTICA.

O PREFEITO DE ANÁPOLIS, no uso de suas atribuições legais, e competências previstas no


art. 81, incisos IX e XII, e art. 82, inciso I, alínea ‘’c’, da Lei Orgânica do Município, e
Considerando que para o bom funcionamento da administração pública faz-se necessário a
observância dos princípios da legalidade, finalidade, motivação, moralidade e eficiência, bem como de
valores como transparência, comprometimento, respeito, cooperação, solidariedade, responsabilidade,
honestidade e lealdade;
Considerando que para a implantação de uma sólida governança, a participação efetiva dos
servidores públicos no exercício de suas atribuições deve ser pautada por valores éticos, morais e de
justiça;
Considerando ser pertinente a formalização da padronização de condutas em um Código de
Ética com alcance geral, com a finalidade de orientar os servidores no cumprimento de suas
atribuições;
Considerando a necessidade de um atendimento eficiente, eficaz e efetivo, com o fito de
uma constante melhoria na qualidade do serviço público oferecido aos munícipes;
Considerando a importância de se observar a supremacia e a indisponibilidade do interesse
público, fazendo-o prevalecer sobre os interesses privados;
Considerando, por fim, a imperiosa necessidade de implementação de princípios de
governança e integridade institucional nas atividades deste ente federado.
DECRETA:
Art. 1º. Fica instituído o Código de Ética dos Servidores do Poder Executivo Municipal,
conforme disposições contidas neste Decreto.
Parágrafo único. Para os efeitos deste decreto, consideram-se servidores públicos
municipais todos aqueles que, por força de lei, contrato, convênio ou qualquer outro vínculo jurídico
prestem serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, direta ou indiretamente, à
administração do Poder Executivo do Município de Anápolis.

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º. Os princípios, regras e valores que regem as condutas dos servidores da
administração direta e indireta do Poder Executivo do Município de Anápolis encontram-se elencados

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neste Código de Ética, sem prejuízo daqueles que, mesmo não havendo sido contemplados nas
disposições deste decreto, constem do ordenamento jurídico pátrio;
Art. 3º. Este Código tem por finalidade:
I - evidenciar as normas éticas que regem a conduta dos servidores;
II - reduzir a subjetividade das interpretações pessoais sobre as normas éticas;
III - assegurar à administração pública municipal a preservação de sua imagem e de sua
reputação, mediante a sistematização de normas de conduta a serem seguidas por todos os
servidores, inclusive os comissionados;
IV - preservar a reputação do servidor que adote conduta em consonante com este Código de
Ética;
V - estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesses e restrições às atividades
profissionais dos servidores, fazendo sempre prevalecer o interesse público sobre o privado.

SEÇÃO I
DOS PRINCÍPIOS
Art. 4º. O servidor da administração direta e indireta do Poder Executivo do Município de
Anápolis deve observar os princípios:
I – legalidade;
II – finalidade;
III – motivação;
IV – razoabilidade;
V – proporcionalidade;
VI - moralidade administrativa;
VII - direito à ampla defesa e contraditório;
VIII - segurança jurídica;
IX - interesse público; e
X - eficiência.
Parágrafo único. Incumbe a todos os servidores do Poder Executivo do Município de
Anápolis, ainda, pautar a sua conduta com honestidade, comprometimento, respeito, cooperação, zelo,
competência, prudência, humildade, imparcialidade, justiça, temperança, decoro, urbanidade,
assiduidade, responsabilidade, transparência, economicidade e neutralidade político-partidária,
religiosa e ideológica.

CAPÍTULO II

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DOS DEVERES E VEDAÇÕES


Art. 5º. É dever de todo servidor do Poder Executivo do Município de Anápolis:
I - respeitar quaisquer diferenças sejam elas sociais, culturais, etárias, físicas, religiosas, de
gênero, de raça, de orientação sexual, de condição social e de opção político-partidária entre outras;
II - zelar pelo bom ambiente de trabalho, procurando relacionar-se com os colegas,
superiores hierárquicos e subordinados de forma educada e respeitosa;
III – busca da excelência no atendimento ao público interno e externo;
IV - cumprir, com zelo e empenho, as atribuições sob sua responsabilidade;
V - comportar-se de forma ética, íntegra e profissional;
VI - prevenir condutas hostis ou de intimidação, tais como:
a) constranger, depreciar ou submeter colegas, superiores hierárquicos e subordinados a
qualquer tipo de situação capaz de ferir a dignidade pessoal e profissional;
b) exigir de subordinados a prestação de serviços de caráter pessoal;
c) assediar moralmente e/ou sexualmente subordinados;
d) desqualificar, ofender ou ameaçar, explícita ou disfarçadamente, subordinados ou pares;
e) desrespeitar as atribuições funcionais de outrem.
VII - zelar pelo seu local de trabalho, de modo a conservá-lo limpo, ordenado e seguro;
VIII - agir com tempestividade, evitando procrastinações desnecessárias;
IX - garantir o exercício do direito de petição, tendo em mente que o cidadão tem o direito de
ter o seu pleito analisado pelo servidor competente;
X - representar imediatamente à chefia competente a respeito de todo e qualquer ato ou fato
que seja contrário ao interesse público, de que tenha tomado conhecimento em razão do cargo,
emprego ou função;
XI – Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao ao ambiente de trabalho e a
natureza do cargo, emprego ou função, assim como utilizar equipamento de proteção e segurança,
quando exigidos.
XII - empenhar-se em seu desenvolvimento profissional, participando de cursos e procurando
atualizar-se quanto a novos métodos, técnicas e normas de trabalho aplicáveis à sua área de atuação;
XIII - transmitir os conhecimentos técnicos que possui, de forma a contribuir para a eficácia
dos trabalhos realizados pelos demais servidores;
XIV - informar seu superior hierárquico a respeito de conflitos de interesse, efetivos ou
potenciais, em relação à atividade para a qual tenha sido designado;
XV - resistir a pressões de superiores hierárquicos, interessados e outros que visem a obter
quaisquer favores, benefícios ou vantagens indevidas em decorrência de ações ou omissões imorais,
ilegais ou antiéticas e denunciá-las;

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XVI - desempenhar com imparcialidade as suas atribuições, repelindo qualquer tipo de


ingerência que represente forma de intimidação, tráfico de influência, parcialidade, suborno ou extorsão
e que interfira, direta ou indiretamente, sobre sua autonomia profissional;
XVII - respeitar os prazos previstos em lei, regimentos, regulamentos e os determinados por
seus superiores hierárquicos, de modo formal, para o desempenho de qualquer atividade, justificando
as razões de eventuais atrasos;
XVIII - resolver as discordâncias com os colegas, superiores e subordinados internamente,
não tornando públicas tais divergências;
XIX - cooperar com os órgãos de controle interno e externo;
XX - priorizar o atendimento a idosos, gestantes e pessoas com deficiência e os casos que
demandem urgência em face de risco a lesão de direitos fundamentais do cidadão;
XXI - ser assíduo e pontual;
XXII - afastar atividades particulares das rotinas diárias de trabalho, em especial aquelas que
interfiram no tempo de trabalho necessário à função assumida;
XXIII - respeitar as disposições legais, inclusive federais, estaduais e municipais, que tenham
por objetivo a proteção e a conservação do meio ambiente;
XXIV – não ausentar-se injustificadamente de seu local de trabalho;
XXV - ser probo e leal, escolhendo sempre a melhor e a mais vantajosa opção para o bem
comum;
XXVI – primar pela cortesia e ofertar disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e
as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, assim como de seus pares;
XXVII – observar e respeitar a hierarquia funcional;
XXVIII - promover o cumprimento do presente Código de Ética.
XXIX - respeitar a supremacia do interesse público ao realizar lotação e/ou relotação:;
§ 1º. O legitimado para liberar o servidor para órgão diverso é o seu chefe imediato, com a
anuência expressa do Secretário da respectiva pasta, devendo ser respeitado, ainda, o prazo de 30
dias para que haja a sua substituição, ressalvadas as competências decisórias do Prefeito Municipal ou
a liberação independente de substituição;
§ 2º. A relotação deve ser necessariamente intermediada pela Secretaria Municipal de Governo
e Recursos Humanos.
§ 3º. Em vista do disposto no inciso XI deste artigo, cada Secretaria ou órgão equivalente
deverá, se necessário, regulamentar por meio de Portaria um padrão mínimo de vestimenta a ser
observado em cada setorial da pasta, observadas as características das funções inerentes a cada
cargo e, em especial, o relacionamento e respeito para com os usuários do serviço prestado, bem
como indicar as normativas que exigem os devidos Equipamentos de Proteção Individual;
Art. 6º. É vedado aos servidores públicos do Poder Executivo do Município de Anápolis, sem
prejuízo das vedações previstas em Lei:

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I - Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;


II - Retirar, sem prévia autorização da autoridade competente, qualquer documento, livro,
objeto ou bem pertencente ao patrimônio público;
III – Extrapolar os limites das suas atribuições, representando ente federado ou quaisquer dos
seus órgãos sem ciência e/ou autorização da autoridade competente ou em atuação alheia às suas
atribuições
IV - Pleitear, como procurador ou mero intermediários, junto às repartições públicas, salvo
quando se tratar de percepção de vencimentos, vantagens ou direitos e interesses de parentes
consanguíneos ou afins, até o segundo grau civil;
V – solicitar, exigir ou aceitar promessa, para si ou para outrem, bem como exigir direta ou
indiretamente qualquer vantagem ou favor indevido em virtude do exercício de função pública, ou,
ainda, a pretexto de influenciar em ato praticado por servidor no exercício da função;
VI – usar do cargo, emprego ou função para solicitar favores ou serviços pessoais a terceiros
e a subordinados;
VII – usar carteira funcional ou mesmo identificar-se como servidor fora do exercício de suas
atribuições com o propósito de obter favores, benesses ou vantagens de ordem pessoal;
VIII – fornecer, ceder ou repassar, por qualquer meio ou forma, a quem quer que seja, senhas
de uso pessoal referentes ao desempenho de suas atribuições;
IX – utilizar quaisquer recursos públicos, para fins particulares;
X – acessar, por meio dos equipamentos pertencentes ao município páginas eletrônicas
consideradas inadequadas, impróprias ou que não estejam alinhadas à moral e aos bons costumes;
XI – cumprir, ainda que lhe sejam exigidas, tarefas contrárias às normas estabelecidas,
devendo denunciar o fato à autoridade competente;
XII – manter cônjuge, companheiro ou parente em linha reta ascendente ou descendente,
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de
cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e
indireta do Município, compreendido, ainda, o ajuste mediante designações recíprocas – vide Súmula
Vinculante n. 13 do Supremo Tribunal Federal;
XIII - ser indulgente com erro ou infração a este Código de Ética ou outros dispositivos legais,
deixando de levar o fato ao conhecimento da autoridade competente para apuração;
XIV - exercer outro cargo, emprego ou função pública, exceto aqueles constitucionalmente
permitidos e desde que haja compatibilidade de horários e não prejudique o desempenho de suas
funções no município;
XV - exercer atividade privada incompatível com as restrições aplicáveis ao cargo, emprego
ou função ocupado;
XIII - utilizar servidor público para atendimento a interesse exclusivamente particular;

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XIV - dar tratamento preferencial a quem quer que seja, por interesse ou sentimento pessoal
ou profissional;
XV - permitir que perseguições, simpatias, antipatias, preconceitos ou interesses de ordem
pessoal interfiram no trato com o público em geral, autoridades e/ou com outros servidores;
XVI - praticar atos que não estejam dentre as atribuições do cargo, emprego ou função ou
fazer-se passar por titular de cargo ou de emprego público diferente daquela ao qual foi regularmente
investido;
XVII - alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;
XVIII - fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em
benefício próprio ou de terceiros;
XIX - apresentar-se com sintomas de embriaguez no serviço ou com seu comportamento
alterado pelo uso de substâncias entorpecentes ou similares;
XX - expor colegas, superiores e subordinados a situações humilhantes e constrangedoras,
durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções;
XXI - importunar colegas, superiores ou subordinados, de maneira explícita ou não, visando a
obter favores sexuais e/ou libidinosos;
XXII - agir de forma preconceituosa em virtude da origem, raça, sexo, cor, idade ou qualquer
outra forma de discriminação;
XXIII - exercer advocacia administrativa, inclusa a atuação como procurador de parte
interessada junto aos órgãos públicos, ressalvado expresso permissivo de lei constante;
XXIV - prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que
utilizam os serviços públicos prestados pelo município;
XXV - receber presentes ou qualquer tipo de benesse de contribuintes, fornecedores ou
usuários do serviço público, em razão do cargo ou função, excetuados brindes que sejam distribuídos
ao público em geral a título de propaganda ou divulgação habitual.
Parágrafo único. Eventuais presentes que, por sua natureza ou desconhecimento do local
de remessa ou remetente, não possam ser recusados ou devolvidos sem ônus para o servidor, deem
ser destinados ao uso da própria repartição pública ou doados a entidade filantrópica.

CAPÍTULO III
DA COMISSÃO CENTRAL DE ÉTICA
Art. 7º. Fica instituída a Comissão Central de Ética, cabendo-lhe, no âmbito do Poder
Executivo Municipal:
I - atuar como instância consultiva na aplicação do presente Código;

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II – proceder levantamentos preliminares acerca de denúncias recebidas, desde que em sede


formal e observados os princípios do contraditório e ampla defesa, visando a deliberação quanto à
remessa do caso aos órgãos competentes ou seu arquivamento;
III - fazer recomendações genéricas ou individualizadas, visando orientar os servidores
quanto à postura ética em situações específicas, desde que previstas neste código;
IV - divulgar o presente Código de Ética e suas alterações, propondo a revisão das suas
normas visando ao seu aperfeiçoamento;
V - sugerir ao dirigente máximo do órgão ou entidade a exoneração de ocupante de cargo de
confiança ou a destituição de função de confiança quando constatada ofensa às normas éticas neste
código descritas;
VI – dirimir as dúvidas de interpretação do texto deste Código de Ética, bem como interpretar
e propor a redefinição de condutas porventura não inclusas neste documento, ressalvada a
competência da Procuradoria-Geral do Município;
VII - propor aos órgãos competentes a aplicação de penalidades para as violações às
disposições constantes do presente Código de Ética.
Art. 8º. A Comissão Central de Ética será composta de 5 (cinco) membros titulares e 5
(cinco) suplentes, sendo:
I - 1 (um) representante da Chefia de Gabinete da Prefeitura, e seu suplente;
II - 1 (um) representante da Secretaria de Recursos Humanos, e seu suplente;
III – 1 (um representante) da Procuradoria-Geral do Município, e seu suplente;
IV – 1 (um) representante) da Controladoria-Geral do Município, e seu suplente;
V – 1 (um) representante eleito e indicado pelos servidores, e seu suplente, cuja forma de
eleição deverá constar do Regimento Interno da CCE.
§ 1º. Os membros da Comissão Central de Ética serão nomeados pelo Chefe do Poder
Executivo Municipal;
§ 2º. A Comissão Central de Ética deliberará por maioria simples, com um quórum mínimo de
3 (três) membros;
§ 3º. Estão legitimados a apresentar questões à Comissão Central de Ética todos os
servidores do Poder Executivo do Município de Anápolis, assim como os munícipes em geral;
§ 4º. A Comissão Central de Ética deverá adotar o formalismo moderado como norteador de
todas as fases de sua atuação, observados os princípios do contraditório e da ampla defesa;
§ 5º. A atuação na Comissão Central de Ética é considerada prestação de relevante serviço
público e não enseja qualquer remuneração, devendo ser registrada nos assentamentos funcionais do
servidor;
§ 6º. Os membros da Comissão Central de Ética terão mandato de 2 (dois) anos, permitida
uma única recondução;

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§ 7º. A Comissão Central de Ética será presidida pelo representante da Chefia de Gabinete
do Prefeito e o Vice-Presidente será eleito pelos seus membros, ambos para um mandato de até dois
anos 2 (dois) anos, coincidentes com o período da nomeação;
§ 8º. O Vice-Presidente ficará incumbido de substituir o Presidente nas suas ausências e
impedimentos.
§ 9º. A ausência do Presidente e do Vice-Presidente impedirá a realização de qualquer
sessão.
§ 10. Cessará a investidura de membros da Comissão de Ética:
I - com a extinção do mandato;
II - com a renúncia;
III - no caso de desvio ético reconhecido pela própria Comissão;
IV - pela aplicação de qualquer penalidade disciplinar ao servidor dela integrante
V - com a demissão ou exoneração do servidor.
§ 11. A Comissão Central de Ética deverá, por seu Presidente, elaborar seu Regimento
Interno, que será aprovado pelo Prefeito Municipal e constará os procedimentos internos a serem
adotados, no prazo de 60 (sessenta) dias da nomeação.

CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 9º. A violação das normas estipuladas neste Código ensejará, sem prejuízo das medidas
ou sanções administrativas, civis e/ou criminais previstas em legislação própria, a remessa necessária
dos autos, em decisão fundamentada, à Corregedoria, que deverá receber ou rejeitar a representação.
Parágrafo único. Caso comprovada a violação aos deveres dos servidores, deverá a
Comissão de Ética, ainda, recomendar ao servidor e à sua chefia imediata ou superior a necessidade
de observação ao regramento deste código.
Art. 10. A Comissão de Ética poderá adotar outras providências que estejam no seu âmbito
de competência, inclusive a remessa direta dos autos a órgãos externos, independente da análise da
Corregedoria, em especial para evitar atos que importem em prevaricação.
Art. 11. Sem prejuízo das penalidades aplicadas pela Comissão de Ética, devem ser
observadas pelos servidores do Poder Executivo do Município de Anápolis as hipóteses de violação:
I – ao disposto no art. 5º, inciso V, deste Código, pode incorrer na sanção administrativa
referente ao art. 210, inciso V, da Lei Municipal n. 2.073/92;
II – ao disposto no art. 5º, inciso VI, alínea C, bem como ao art. 6º, inciso XXII, deste Código,
pode incorrer na pena referente ao art. 216-A, do Código Penal;
III – ao disposto no art. 5º, inciso XXI, deste Código, pode incorrer na pena referente ao art.
323, do Código Penal e art. 210, incisos I e IV, da Lei 2.073/92;

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IV – ao disposto no art. 6º, incisos I, II e IV, deste Código, pode incorrer nas penas referente
aos art. 316 e 317 do Código Penal, bem como art. 210, incisos IV e X, da Lei 2.073/92;
V – ao disposto no art. 6º, inciso VI, deste Código, pode incorrer na pena referente ao art.
315, do Código Penal e art. 210, inciso II e IV, da Lei 2.073/92. Se a vantagem for patrimonial, incorre
também nas penalidades referentes aos art. 9 e 10 da Lei 8.429/92;
VI – ao disposto no art. 6º, inciso V, deste Código, pode incorrer na pena referente ao art.
325, §1°, inciso I, do Código Penal e art. 210, inciso IV, da Lei 2.073/92;
VII – ao disposto no art. 6º, inciso VI, deste Código, pode incorrer na pena referente ao art. 9º,
inciso IV, da Lei 8.429/92;
VIII – ao disposto no art. 6º, inciso X, deste Código, pode incorrer na pena referente ao art.
320, do Código Penal e art. 210, inciso IV, da Lei 2.073/92;
IX – ao disposto no art. 6º, inciso XVIII, deste Código, pode incorrer na pena referente ao art.
314, do Código Penal e art. 210, inciso IV, da Lei 2.073/92;
X – ao disposto no art. 6º, inciso XIX, deste Código, pode incorrer na pena referente ao art.
325, do Código Penal e art. 210, incisos IV e XI, da Lei 2.073/92;
XI – ao disposto no art. 6º, inciso XX, deste Código, pode incorrer na sanção administrativa
referente ao art. 210, inciso V, da Lei 2.073/92;
XII – ao disposto no 6º, inciso XXV, deste Código, pode incorrer na pena referente ao art.
321, do Código Penal e art. 210, incisos IV e VIII, da Lei 2.073/92.
Art. 12. O exercício de cargo ou função pública no Poder Executivo do Município de Anápolis
exige conduta compatível com os preceitos deste Código e com os demais princípios constitucionais da
administração pública.
Parágrafo único. Ao tomar posse ou ser investido em função pública do Poder Executivo
deste ente federado, o servidor deverá assinar termo de compromisso formal de conhecimento,
acatamento e observância das regras estabelecidas por este Código de Ética, o qual deverá ser
arquivado na pasta funcional do servidor.
Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE ANÁPOLIS, 08 DE JUNHO DE 2021.

ROBERTO NAVES SIQUEIRA


PREFEITO DE ANÁPOLIS

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