Boletim Barriga Verde - Violncia Infanto Juvenil 2024 2
Boletim Barriga Verde - Violncia Infanto Juvenil 2024 2
Boletim Barriga Verde - Violncia Infanto Juvenil 2024 2
Informativo Epidemiológico
2024 www.dive.sc.gov.br
VIOLÊNCIA SEXUAL
CONTRA A CRIANÇA
E O ADOLESCENTE
Método..........................................................................................................................................................6
Considerações Finais...............................................................................................................................12
Referências Bibliográficas.......................................................................................................................13
Anexo ..................................................................................................................................................................15
Figura 2 - Taxa de notificação de violência sexual por região de saúde e faixa etária. Santa
Catarina, 2023 ................................................................................................................................................9
Figura 3 - Proporção dos casos de violência contra crianças e adolescentes por local de
ocorrência. Santa Catarina, 2023 .............................................................................................................10
Figura 4 - Proporção de casos de violência sexual por tipologia. Santa Catarina, 2023................11
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Perfil da distribuição proporcional das violências sexuais contra crianças e
adolescentes quanto ao sexo e raça/cor. Santa Catarina, 2023 ...................................................7
Em especial, a violência infanto-juvenil é uma ameaça ao direito à vida e à saúde dos envolvidos.
O crescimento e o desenvolvimento da criança e do adolescente são prejudicados, independente
do tipo de violência que sofram, em especial na primeira infância; podendo acarretar inúmeros
problemas emocionais, psicológicos, físicos e sociais com o passar dos anos. Desde 1996, há uma
recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que as violências devem ser
encaradas como importantes problemas de saúde pública.
Estes eventos traumáticos, infelizmente comuns durante a infância e adolescência, são classificados,
de acordo com sua natureza, em violência física, psicológica, sexual, por negligência e abandono.
Dentre eles, a violência sexual constitui uma das mais frequentes e, em sua maioria, ocorre contra
meninas. Os principais agressores são frequentemente os próprios pais, padrastos, familiares,
namorados ou pessoas conhecidas das vítimas (Flaeschen, 2019).
A Lei nº 13.431/2017 (Art. 4º, inciso III) caracteriza o abuso sexual contra crianças e adolescentes
como “qualquer conduta que cause constrangimento ao praticar ou presenciar conjunção carnal
ou qualquer outro ato libidinoso, incluindo exposição do corpo em foto ou vídeo por meio eletrônico
ou não” (Brasil, 1990).
Segundo recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (Brasil, 2018), a resistência em dar
visibilidade a este problema deve-se não só ao caráter íntimo e relacional mas, também, à pouca
autonomia dos indivíduos em comunicar o ocorrido. Fato que pode estar relacionado ao medo do
estigma social e ao sentimento de vergonha.
As relações interpessoais do adulto podem ser influenciadas pelo trauma da violência sofrida na
infância, levando-o a aplicar nos filhos um modelo de educação/coerção semelhante ao recebido
pelos pais, até mesmo no que se refere à modalidade da violência praticada, ou seja, quem sofreu
violência emocional quando criança tem maior probabilidade de praticar violência emocional
semelhante contra seus próprios filhos (Henriques et al., 2022). Outra questão de grande relevância
é a fragilidade da saúde mental de crianças e adolescentes, que pode ser ocasionada por diversas
situações, dentre elas a própria exposição a contextos de violência (Coelho & Conceição, 2024).
Os efeitos da violência contra crianças e adolescentes são difíceis de mensurar, se pensados fora de um
contexto dinâmico e em constante desenvolvimento. No Brasil, a violência contra estes segmentos da
sociedade atinge todas as camadas sociais, em toda sua diversidade cultural (Ricas et al, 2006).
A criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela Lei 8.069, de 13 de julho de 1990,
tornou obrigatória a notificação de qualquer caso suspeito de maus tratos a crianças e adolescentes,
em qualquer unidade de saúde, no âmbito público ou privado. Os casos suspeitos ou confirmados
de violência devem ser comunicados ao Conselho Tutelar da própria localidade. Todo e qualquer
profissional da saúde deve realizar a notificação do agravo por meio do Sistema de Informação
de Agravos de Notificação (SINAN), através da Ficha Individual de Notificação de Violência utilizada
em todo o território nacional, padronizada pelo Ministério da Saúde, e que contempla dados acerca
do atendimento (data, unidade notificadora, profissional), identificação da criança ou adolescente,
caracterização da violência em si, bem como conduta e acompanhamento.
Compreender a conjuntura da violência e sua dinâmica, e poder caracterizar a população de risco são
aspectos de fundamental importância, que servem de subsídio para a análise das políticas públicas
vigentes e para a formulação de políticas específicas. Também possibilitam o estabelecimento de
práticas específicas para os serviços de prevenção e apoio aos indivíduos expostos. Nessa perspectiva,
o presente estudo tem como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico da violência infantojuvenil no
estado de Santa Catarina, a partir das notificações realizadas durante o ano de 2023.
Com este boletim, pretende-se contribuir para o conhecimento sobre a violência contra crianças
e adolescentes no estado, uma vez que relaciona os achados epidemiológicos aos artigos que
tiveram como foco a violência contra o público em questão.
As variáveis utilizadas no estudo foram: faixa etária, sexo, escolaridade, raça, local de ocorrência
da violência sexual, tipo de violência sexual, vínculo/grau de parentesco do agressor com a pessoa
em situação de violência, sexo do provável agressor, suspeita de uso de álcool e ciclo de vida do
provável agressor.
A taxa de notificação de violência foi calculada a partir do quantitativo total de casos de violência
notificados, dividido pela população no tempo e espaço, multiplicado por 100.000.
Os dados foram coletados entre os meses de abril e maio de 2024. Após a coleta, foram tabulados
e analisados utilizando-se software Tabwin e planilha eletrônica Google Sheets. Os achados foram
apresentados em gráficos e tabelas, e a discussão foi feita com base na produção científica sobre
a temática.
Como base de cálculos referentes à população do Estado de Santa Catarina foram utilizados os
dados do Censo Brasileiro de 2022, que correspondem a 1.897.277 crianças e adolescentes (IBGE,
2023).
A distribuição dos casos por raça/cor revela que a maioria dos casos de violência sexual notificados
ocorreu entre indivíduos brancos (78,4%), seguidos dos pardos (14,4%) pretos (4,7%), indígenas (1,6%)
e amarelos (0,8%). Cabe ressaltar que, no último Censo do IBGE, realizado em 2022, 76,3% dos
residentes em Santa Catarina se autodeclaram brancos, o que equivale a 3 de cada 4 pessoas.
Também de acordo com os resultados do Censo 2022, houve alta de 88,6% no número de pardos e
de 68,6% no número de negros no Estado (IBGE, 2023).
Sexo Raça/Cor*
Região de Saúde Masculino Feminino Branca Preta Amarela Parda Indígena
N % N % N % N % N % N % N %
Extremo Oeste 2 5,9 32 94,1 27 84,4 0 0,0 0 0,0 5 15,6 0 0,0
Oeste 9 8,3 100 91,7 83 76,1 6 5,5 0 0,0 15 13,8 5 4,6
Xanxerê 3 7,5 37 92,5 22 56,4 3 7,7 1 2,6 7 17,9 6 15,4
Alto Vale do Itajaí 8 8,1 91 91,9 80 80,8 0 0,0 0 0,0 10 10,1 9 9,1
Foz Rio Itajaí 20 12,2 144 87,8 126 77,8 7 4,3 1 0,6 28 17,3 0 0,0
Médio Vale Itajaí 43 14,8 248 85,2 209 74,1 13 4,6 1 0,4 58 20,6 1 0,4
G.de Florianópolis 52 13,6 329 86,4 310 81,8 24 6,3 7 1,8 35 9,2 3 0,8
Meio Oeste 0 0,0 21 100,0 13 61,9 0 0,0 1 4,8 7 33,3 0 0,0
Alto Vale R. Peixe 3 4,2 68 95,8 58 81,7 2 2,8 0 0,0 11 15,5 0 0,0
Alto Uruguai 7 13,5 45 86,5 46 88,5 1 1,9 0 0,0 5 9,6 0 0,0
Nordeste 27 11,9 199 88,1 179 79,2 5 2,2 3 1,3 36 15,9 3 1,3
Planalto Norte 4 8,5 43 91,5 38 80,9 2 4,3 0 0,0 6 12,8 1 2,1
Serra Catarinense 8 13,8 50 86,2 39 68,4 1 1,8 1 1,8 15 26,3 1 1,8
Extremo Sul 0 0,0 18 100,0 15 83,3 0 0,0 0 0,0 3 16,7 0 0,0
Carbonífera 14 13,7 88 86,3 75 75,0 12 12,0 0 0,0 13 13,0 0 0,0
Laguna 3 4,8 59 95,2 51 82,3 5 8,1 0 0,0 5 8,1 1 1,6
Vale do Itapocu 13 16,7 65 83,3 67 85,9 5 6,4 0 0,0 6 7,7 0 0,0
Santa Catarina 216 11,7 1637 88,3 1438 78,4 86 4,7 15 0,8 265 14,4 30 1,6
Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).
*Foram excluídas as notificações em que a informação de raça/cor estava em branco ou ignorada.
A taxa de notificação de violência sexual (TNVS) retrata o número de indivíduos submetidos a este
tipo de violência a cada 100 mil habitantes. Em Santa Catarina, no ano de 2023, a faixa etária
que se destacou com a mais alta TNVS foi a de 10 a 14 anos, com 159,5 notificações a cada 100
mil habitantes nesta faixa de idade, o que corresponde a 739 casos notificados. Por ordem de
importância, seguiram-se as faixas etárias de 0 a 4 (95,9 / 448), 5 a 9 (83,6 / 408) e 15 a 19 anos (53,9
/ 258), conforme pode ser observado na Figura 1.
Estudo conduzido pelo Ministério da Saúde (MS), em 2015, revelou que crianças e adolescentes,
especialmente entre 10 e 14 anos, têm maior vulnerabilidade à violência sexual, o que corrobora os
dados encontrados (Brasil, 2015).
Ratificando também a análise realizada, dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE),
realizada periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com
o Ministério da Saúde e o Ministério da Educação, mostrou que a violência sexual é uma realidade
preocupante entre crianças e adolescentes, com taxas mais altas nas faixas etárias de 10 a 14 anos.
Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em todas as regiões de saúde, seguindo o perfil do estado como um todo, as violências notificadas
durante o ano de 2023 perpetradas contra adolescentes de 10 a 14 anos resultaram nas maiores taxas
dentre as faixas etárias analisadas. A região com a maior taxa encontrada entre esses adolescentes foi
a do Médio Vale do Itajaí (281,9/100.000 hab.), seguida da região do Alto Uruguai Catarinense (278,9);
e as menores taxas ocorreram novamente na região de Laguna (83,4) e, novamente, do Extremo Sul
(71,0).
A violência sexual praticada contra adolescentes de 15 a 19 anos, exibem as menores taxas em 11 das
17 regiões de saude do Estado. Os mais altos índices foram encontrados nas regiões do Alto Uruguai
(111,0/100.000 hab.) e do Alto Vale do Itajaí (97,5). No outro extremo, com as mais baixas taxas, encontram-
se as regiões do Extremo Oeste (20,7) e, mais uma vez, do Extremo Sul, com a menor taxa dentre todas
as regiões e faixas etárias estudadas (6,8).
As diferenças regionais podem indicar tanto a ocorrência de subnotificação dos casos, quanto
a existência de uma vigilância sensível para a notificação. Assim, evidencia-se a importância
de abordagens regionalizadas e específicas para enfrentar a violência sexual, levando-se em
consideração as diferentes necessidades e desafios em cada região de saúde e faixa etária.
Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O equivalente a 67,6% (1.252) dos casos de violência sexual contra adolescentes e crianças residentes
em SC aconteceram em sua própria residência no ano de 2023, o que demonstra a triste realidade
desses indivíduos, que enfrentam a violência no exato lugar onde mais deveriam sentir-se seguros e
protegidos. Sobre o noção de segurança e proteção pode-se concluir que:
A ideia de que o lar é o local de maior segurança e que confere proteção à criança
nem sempre é correta. A literatura aponta que a maioria dos casos de maus tratos
na infância ocorre no ambiente familiar e permanece, em grande parte, silenciosa,
inacessível a observações superficiais, não dirigidas para o problema (Kirsten et al., 2000).
A escola, outro lugar onde se espera que a criança esteja em segurança e sob proteção, apareceu
como sendo o segundo local onde mais foram notificadas violências sexuais contra pessoas de até 19
anos, com 124 notificações (6,7%). Os registros de violência sexual em via pública chegaram a 92 (5,0%).
O restante, relacionado aos casos com ocorrência em habitação coletiva, local de prática desportiva,
bar ou similar, indústrias/construção e outros, foi de aproximadamente 14% do total (255). Em cerca de
7% do total das notificações (130) não foi informado o local de ocorrência (Figura 3).
Visto que, praticamente três em cada quatro casos de violência sexual contra crianças e adolescentes
ocorreram na residência e na escola, a criação e implementação de programas de apoio familiar,
educação sobre parentalidade positiva e intervenções para lidar com a violência doméstica, são
urgentes.
Dentre os itens a serem preenchidos na Ficha de Notificação e Investigação do Agravo, está o tipo
de violência sexual praticada. Este pode ser classificado em: assédio sexual, que ocorre através da
insistência inoportuna, constrangendo o sujeito com gestos, palavras ou mesmo viollência física com o
objetivo de obter vantagem sexual; estupro, situação na qual o sujeito é forçado, mediante ameaça ou
violência, a praticar ou permitir que com ele se pratique conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso;
pornografia infantil, que se trata da apressentação, produção e divulgação (entre outros) de imagens
com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo crianças e adolescentes; e, por fim, exploração
sexual, que se caracteriza pela utilização de pessoas para fins comerciais e de lucro mediante prática
de atos sexuais, exposição do corpo nu, relações sexuais entre outros. Caso a violência sexual registrada
não se encaixe nesta classificação, é considerada outro tipo de violência sexual, para fins de notificação.
A Figura 4 mostra a distribuição proporcional dos casos de violência sexual contra crianças e
adolescentes de acordo com o tipo, em Santa Catarina, em 2023. Nota-se que a maioria dos casos
de violência sexual foi categorizada como assédio sexual, representando 38,4% de todos os casos
notificados. Ao desconsider aqueles em que a informação não consta na ficha de notificação, essa
proporção sobe para 59,1%, o que destaca o assédio sexual como a forma predominante de violência
sexual enfrentada por crianças e adolescentes no Estado. Pesquisa publicada no Journal of Adolescent
Health (2011) demonstrou que esta modalidade de violência sexual é uma experiência comum entre
crianças e jovens de todo o mundo, capaz de resultar em sérias consequências para a saúde mental e
o bem-estar emocional desses indivíduos.
O estupro foi a segunda forma mais frequente de violência sexual entre crianças e adolescentes,
representando 17,4% do total de notificações de violência sexual (26,7%, excluindo-se as fichas sem
informação). Embora em menor proporção, as pessoas submetidas a esse tipo de violência requerem
ainda mais atenção e intervenção, visto que o estupro está associado a uma série de problemas de
saúde mental e física a longo prazo, incluindo transtornos de estresse pós-traumático, depressão e
comportamentos de risco (Fergusson et al., 2013).
A pornografia infantil e a exploração sexual representaram proporções menores dos casos notificados
no Estado em 2023, mas, não obstante, constituem uma séria questão que exige cuidado pois, ao
expôr crianças e adolescentes, aumenta o risco de problemas no âmbito da saúde mental e do bem-
estar emocional e físico desses indivíduos. Dessa forma, exigem uma resposta robusta por parte das
autoridades e da sociedade.
A análise dos dados referentes à violência sexual no Estado revela uma realidade delicada e preocupante.
A predominância do assédio sexual como a forma mais comum de violência, reflete a triste realidade
enfrentada por muitas crianças e adolescentes. Além disso, o estupro, com uma proporção significativa
dentre os casos, destaca a gravidade e a amplitude desse problema.
É alarmante observar que a residência é o local mais comum onde ocorrem esses abusos. Essa
constatação ressalta a necessidade urgente de intervenções direcionadas a proteger as crianças e
adolescentes dentro de seus próprios lares, onde deveriam sentir-se seguros.
Como a violência sexual contra crianças e adolescentes acontece nos mais diversos
lugares, como escolas, vias públicas e comércio/serviços, evidencia-se a importância
de uma abordagem abrangente que envolva diferentes setores da sociedade, incluindo
família, escola, comunidade e governo, na prevenção e resposta a esse grave problema.
Arruda, P. A. C. et al.. Prevalência de Violência Sexual com contato e sem contato contra homens
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generating evidence. WHO. https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/43499/9241594365_eng.
pdf
Abelardo Luz 1 3 4
Agrolândia 0 2 2
Agronômica 0 5 5
Água Doce 0 1 1
Águas Frias 1 0 1
Anchieta 0 1 1
Anita Garibaldi 0 1 1
Antônio Carlos 1 5 6
Apiúna 0 1 1
Araquari 6 27 33
Araranguá 0 7 7
Ascurra 0 1 1
Aurora 0 1 1
Balneário Camboriú 2 16 18
Balneário Gaivota 0 1 1
Balneário Piçarras 5 20 25
Bandeirante 0 1 1
Barra Bonita 0 1 1
Barra Velha 1 8 9
Benedito Novo 1 0 1
Biguaçu 1 14 15
Bom Retiro 0 1 1
Bombinhas 0 3 3
Botuverá 0 2 2
Braço do Norte 0 5 5
Brunópolis 0 2 2
Brusque 8 36 44
Caçador 2 26 28
Caibi 0 2 2
Calmon 0 4 4
Camboriú 1 15 16
Campo Alegre 0 1 1
Campo Erê 0 1 1
Canelinha 0 1 1
Canoinhas 0 9 9
Capão Alto 0 1 1
Capinzal 0 1 1
Capivari de Baixo 0 5 5
Caxambu do Sul 1 7 8
Chapadão do Lageado 0 1 1
Chapecó 3 55 58
Concórdia 4 31 35
Cordilheira Alta 0 1 1
Coronel Freitas 0 1 1
Coronel Martins 0 1 1
Correia Pinto 2 6 8
Corupá 0 2 2
Criciúma 8 58 66
Curitibanos 0 3 3
Dionísio Cerqueira 0 2 2
Flor do Sertão 0 1 1
Forquilhinha 1 7 8
Fraiburgo 0 4 4
Frei Rogério 0 1 1
Garopaba 1 3 4
Garuva 0 7 7
Gaspar 5 20 25
Guabiruba 0 3 3
Guaramirim 5 18 23
Herval d’Oeste 0 6 6
Ibirama 1 1 2
Içara 1 9 10
Ilhota 0 2 2
Imbituba 0 9 9
Indaial 0 3 3
Ipuaçu 0 6 6
Ipumirim 0 1 1
Irani 0 2 2
Itá 1 4 5
Itaiópolis 0 1 1
Itajaí 8 58 66
Itapema 2 7 9
Itapiranga 0 4 4
Itapoá 1 10 11
Ituporanga 1 7 8
Jaborá 0 1 1
Jacinto Machado 0 1 1
Jaguaruna 1 2 3
Jaraguá do Sul 7 31 38
Joaçaba 0 3 3
José Boiteux 2 20 22
Lages 4 20 24
Laguna 0 10 10
Laurentino 1 6 7
Lauro Muller 0 2 2
Lebon Régis 0 3 3
Lindóia do Sul 1 1 2
Luiz Alves 0 3 3
Luzerna 0 1 1
Mafra 2 6 8
Major Vieira 0 2 2
Maracajá 0 1 1
Maravilha 0 3 3
Massaranduba 0 5 5
Meleiro 0 1 1
Mondaí 0 3 3
Monte Carlo 0 2 2
Monte Castelo 0 1 1
Morro da Fumaça 0 1 1
Morro Grande 0 1 1
Navegantes 2 16 18
Nova Erechim 0 1 1
Nova Itaberaba 0 2 2
Nova Trento 0 1 1
Nova Veneza 1 3 4
Orleans 0 2 2
Otacílio Costa 1 2 3
Painel 0 1 1
Palhoça 7 66 73
Palma Sola 0 1 1
Palmitos 1 6 7
Paraíso 0 1 1
Passo de Torres 0 2 2
Paulo Lopes 0 3 3
Penha 0 5 5
Peritiba 0 1 1
Pinhalzinho 2 14 16
Piratuba 0 1 1
Planalto Alegre 0 1 1
Pomerode 14 31 45
Ponte Serrada 1 3 4
Porto Belo 0 3 3
Porto União 0 2 2
Pouso Redondo 2 2 4
Praia Grande 0 2 2
Presidente Getúlio 0 9 9
Presidente Nereu 0 1 1
Quilombo 0 5 5
Rancho Queimado 0 2 2
Rio do Campo 0 4 4
Rio do Sul 0 2 2
Rio Negrinho 0 2 2
Rio Rufino 0 1 1
Salete 1 12 13
Salto Veloso 0 1 1
Sangão 0 1 1
Santa Cecília 0 12 12
Santa Terezinha 0 1 1
São Carlos 1 4 5
São Domingos 0 1 1
São Joaquim 1 5 6
São José 16 81 97
São Ludgero 0 2 2
São Martinho 0 1 1
Saudades 0 3 3
Schroeder 0 1 1
Seara 1 2 3
Siderópolis 1 0 1
Sombrio 0 1 1
Taió 0 8 8
Tangará 1 6 7
Tigrinhos 0 1 1
Tijucas 0 3 3
Timbó 0 5 5
Timbó Grande 0 4 4
Três Barras 1 5 6
Treviso 2 2 4
Treze de Maio 0 3 3
Treze Tílias 0 1 1
Trombudo Central 0 2 2
Tubarão 2 21 23
Tunápolis 0 1 1
Urubici 0 2 2
Urussanga 0 2 2
Vargem Bonita 0 3 3
Videira 0 4 4
Vitor Meireles 0 2 2
Witmarsum 0 4 4
Xanxerê 1 5 6
Xavantina 0 1 1
Xaxim 0 9 9
É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
Governo do Estado: Jorginho dos Santos Mello | Secretária de Estado da Saúde: Diogo
Demarchi Silva | Superintendente de Vigilância em Saúde: Fábio Gaudenzi | Diretor de
Vigilância Epidemiológica: João Augusto B. Fuck | Gerência de Análises Epidemiológicas e
Doenças e Agravos Não Transmissíveis: Aline Piaceski Arceno | Elaboração: Monique Meneses
de Aguiar D’Avila e Maria Fernanda Regueira Breda | Produção: Núcleo de Comunicação
DIVE/SC | Supervisão e revisão: Bruna Matos | Diagramação: Andreas Müller.
FICHA CATALOGRÁFICA