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Origem Das Raças

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Introdução

Na verdade, este texto não é um tratado sobre a origem da


raça, mas um simples comentário para mostrar que Deus não faz
acepção de pessoas (At 10.34; Dt 10.17) e além disso, pessoas de
cor escura (NEGRAS) tem espaço relevante no texto sagrado e são
usadas por Deus poderosamente no trabalho do Senhor, seja para
intervir, ajudar, reinar, guerrear e administrar. Para entender, o
amigo leitor deve se esmerar em ler com atenção e emoção.
Meu muito obrigado a Deus e ao meu irmão que compartilha
comigo este prato de sobremesa da Literatura Evangélica.
A minha intenção é diminuir a discriminação entre irmãos.
Entendemos que Deus não faz acepção de pessoas, pelo fato
de permitir a entrada de várias mulheres gentias na genealogia de
Jesus, seu Filho amado (Mt 1). Também encontramos na Bíblia o
nome, o lugar e função de alguns homens e mulheres de cor escura
na obra de Deus.
Rm 2.11; Ef 6.9.
De vosso conservo.
Germano Soares Silva.

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A ORIGEM DA RAÇA E A COR NEGRA NA BÍBLIA.
O grande enigma da origem das raças tem sido tema de
debates, teses, livros, etc. Porém apesar de todos os argumentos
apresentados pelos estudiosos da matéria, permanece o simples
relato bíblico de que toda a raça humana é originária de Adão e
Eva.

1) Considerações Preliminares.
Um número elevado de artigos tem sido escritos com vistas a
desvendar esse milenar mistério da origem da raça humana.
Renomados antropólogos, sociólogos, escritores, esposam as suas
opiniões sobre o assunto sem, contudo, chegar a uma conclusão
satisfatória. Portanto, preferimos ficar com o relato bíblico que
ensina, com uma linguagem simples, que todos os homens
descenderam de um único casal.
Depois do Dilúvio havia uma só família sobrevivente – a de
Noé, o que teve filhos, Sem, Cam e Jafé. Os filhos, netos e bisnetos
do patriarca bíblico constam dos capítulos 10 e 11 de Gênesis,
sendo portanto, os nossos ancestrais (At 17.26).
Nota: “A história, é na maioria das vezes, cronológica; mas
deve ser observado que o capítulo 11.1-9 precede em tempo o
capítulo 10 e recorda as razões da dispersão”. Esta história de
Gênesis não é geral, mas específica. Contém pouco do que
desejaríamos saber. Esta é a história, não produzida do amor da
historicidade, mas como veículo da revelação divina. É por isso que
mais de 2000 anos ficam comprimidos dentro dos primeiro onze
capítulos do livro, enquanto trinta e nove capítulos são dedicados à

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história de 300 anos. A ênfase divina não é sobre o que é material,
mas o que é moral. (Bíblia Explicada – S. E. Nenair/CPAD-2006).
A Bíblia nos apresenta a unidade da raça humana, e nos
declara a comum origem de toda a humanidade atual, a partir do
primeiro casal. A diversidade de cor, estatura, mentalidade e outros
traços pessoais não constituem uma objeção válida, pois tai
diferenças podem ser explicadas através de fatores climáticos,
dietéticos e outros.
Alguns dos muitos textos bíblicos usados para defender um
monogeismo são estes:
“...não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois
ainda nenhuma erva do campo havia brotado; porque o Senhor
Deus fizera chover sobre a terra, e também não havia homem para
lavrar o solo”. (Gn 2.5).
“...de um só fez toda a raça humana para habitar sobre a face
da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os
limites da sua habitação”. (At 17.26).
“...pois assim está escrito: O último Adão, porém, é espírito
vivificante. O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o
segundo é do céu”. (1 Co 15.45-47).

2) Unidade Específica e Genética.


A humanidade constitui uma unidade específica, no sentido de
que todos participam da mesma natureza como de uma unidade
genética. Essa unidade é reconhecida pela Palavra de Deus. O Dr.
Luthardt, citado por Tácito, analisa o assunto com muita coerência.
Diz ele: “A unidade da espécie humana é um fato de capital
importância, sobretudo em religião. Porém, Deus não quer homens
como as plantas ou os animais, não quer uma multidão de

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indivíduos; quer o homem, a humanidade única. O fim da espécie e
da sua história é a formatação de uma só grande família humana,
mas não é possível sem que a humanidade se ache em sua origem.
E s[o então, que a humanidade tem um centro único. Nós dizemos
de Jesus que é o Filho do Homem, compreendendo nele o
representante da humanidade inteira que é o eixo da História, que
nele acaba a história antiga e começa a nova. Sem que a
humanidade constitua uma unidade, acentua Luthardt, não será
Jesus o único mediador e o único representante dos homens nem
sua pessoa e sua obra, única salvação para todos, e o pecado não
poderá ser um mal que se estende a todos”.
Fala do rio Giom que circula a terra de Cuxe, terra do neto de
Noé, filho de Cam que se situa na África onde surgem as raças
Turanianas e Negras.
A grande pergunta é sempre sobre a origem do Negro, por
que não se perguntar à origem do Vermelho (índio), Amarelo
(asiático) e Branco (Euro-asiático).
Acredita-se que o o primeiro homem tenha sido branco, por
quê? Se Adão é o primeiro, ele era vermelho, pois em Gn 2.7, a
Bíblia afirma que Deus criou o homem do barro: Amarelo, Preto,
Macilento, esbranquiçado (ver livro “O Homem em 3 Tempos” –
CPAD) e eu creio no que a Bíblia diz integralmente, sem reservas.
Parece-me que a Teoria da Evolução também determina
(homem de cor negra), o que importa é a cor do sangue nas veias
que em todos os homens é igual, e o Senhor nos perdoa a todos.
As teorias são vacilantes e imprecisas. Por exemplo, o livro “A
Origem das Espécies” (Charles Darwin) tem 800 expressões de
dúvidas, a Bíblia não tem uma sequer, é mais fácil crer na Palavra
de Deus (Gn 2.1).

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3) Originalidade, Universalidade e Imutabilidade.
A unidade da raça humana se baseia em dois fatores
distintos: todos os homens são da mesma espécie (unidade
ontogenética) e todos os homens de hoje procedem de um casal
humano (unidade filogenética). Assim, está claro que pertencemos
todos a uma espécie, pois somos originários de um casal apenas.
O que entendemos por espécie? Quando os naturalistas
discutem acerca dos caracteres que diferenciam uma espécie da
outra (e, às vezes, é difícil distinguir se às características estão
distinguindo a espécie ou simplesmente, a raça e a família), podem
caracterizar três deles:
a) Originalidade – isto é, haver surgido como produto de uma
criação imediata de Deus;
b) Universalidade – que consiste no fato de todos os
indivíduos da mesma espécie possuírem as mesmas
características essenciais;
c) Imutabilidade – ou seja, a espécie permanece fixa, de
modo que não se pode dar um salto para uma outra
espécie.
Os evolucionistas, no entanto, não admitem essas conclusões
dos antigos naturalistas. Entretanto, devido a radical diferença que
existe entre o homem e o animal, assim como devido às
características essenciais observadas em todos os atuais seres
humanos, poucos são os cientistas que põem em dúvida a unidade
da espécie humana. As exceções recentes são: o inglês Ambrósio
Fleming (1849 – 1945) e o alemão Rosenberg (1893 – 1946). O
primeiro assegura que existem na humanidade três espécies
distintas; a Africana (negra), a Mongólica (amarela) e a Caucasiana

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(branca), chegando a dizer que somente o homem branco é o
aludido em Gn 26.27, e, portanto, que somente ele foi criado à
imagem e semelhança de Deus. Por isso, o racismo de Hitler e
Rosenberg sustinha a radical proeminência da raça ariana sobre as
demais.

4) Poligenismo versus monogenismo.


Alguns cientistas (talvez a maioria) deduzem que esta questão
surgiu com o evolucionismo que admite a passagem de uma
espécie para outra. A teoria do polifiletismo diz que o gênero
humano atual é originário de vários troncos independentes uns dos
outros, isto é, de vários originários. O monofiletismo, por sua vez
admite ao contrário, dizendo que o gênero humano surgiu de um
ramo apenas, de uma só população originária. Oriundo do
monofiletismo (mono = um; phylon = ramo) surgiram o poligenismo,
ou seja, muitos casais do mesmo tronco originário e o
monogenismo, isto é, um casal de um único tronco originário.
Os protagonistas do Poligenismo apareceram após o
Descobrimento da América. Para explicar a existência de povos do
Novo Continente, dizem eles que Deus criou duas vezes o homem:
uma na Ásia e ou na África. Alguns, para afirmar esta ideia,
declaram que existiram duas narrativas da criação do homem:
Gênesis capítulo primeiro refere-se à origem pré-adâmica, na qual
estão inclusos os primitivos habitantes da terra, sem pecado original
e sem participação na redenção; ao passo que Gênesis capítulo
segundo conta a origem de Adão, o pai do povo israelita, o qual
pecou e foi agraciado pela redenção. Entretanto os relatos que
compõem o Gênesis não admitem a hipótese nem dos pré-
adâmicos, nem dos co-adâmicos, visto ensinarem com maior

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ênfase que Adão é o pai de todos os viventes. De toda a questão
surgida entre os poligenistas e os monogenistas, podemos concluir
que: o polifiletismo tem se mostrado menos justificável do que
parecia a princípio, e isto vamos comprovar pelo testemunho da
ciência e da Bíblia. Outra conclusão clara e evidente é que dentro
do monofiletismo, “o monogenismo é, à luz da ciência, possível; e à
luz da teologia, real”.
Explicando ainda a teoria acima, dizemos em primeiro lugar
que o capítulo 1 de Gênesis, bem como o capítulo 2 sobre a
criação, são complementares e não independentes. Não são
contraditórios e sim, diferentes em seus enfoques. Neles aparecem
os fatos de que a unidade da raça é real que todos os homens
procedem de um casal. Em Gênesis 3.20 vemos que Adão chamou
sua mulher de Eva, por ser mãe de toda a humanidade (Eva
significa Vida). Em Gênesis 9.19 está escrito que dos filhos de Noé
descende a população da terra “e deles se povoou a terra”.
Em segundo lugar, o nome de Adão significa humanidade no
sentido de que toda a humanidade provém dele. Argumentos
teológicos, relacionados ao pecado original provam através de
vários textos, que Adão foi o pai de todos os viventes não
significando seu nome multidão ou continuidade: Rm 5.12,15,18,19;
1 Co 15.22.
Os textos de Gênesis sobre a criação e sobre a queda original
contêm fatos históricos fundamentais para a fé cristã. O primeiro
homem se denominou Adão, ser humano, pois concentrou em si
mesmo as características de toda a espécie humana. Assim, para
Paulo em Romanos 5, Adão é uma personalidade corporativa, com
Cristo, e isto vale dizer também para o homem de Gênesis. Assim
como toda a humanidade foi posta em estado de pecado por Adão,

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assim Cristo a pôs em estado de graça; está-se em Cristo pela
graça, como está-se em Adão pela natureza.
De fato, Gênesis 9.19, bem como 10.32, expressam a
realidade da povoação da terra a partir das famílias dos filhos de
Noé.

5) Como a Bíblia divide a Raça – Amós 9.7 (A.R.A).


A divisão das Escrituras é esta: de Sem derivaram os semitas,
dos quais o Senhor Jesus, segundo a carne, descende. Eles
habitavam na Ásia e são conhecidos pelo zelo religioso que
possuíam. Os canaanitas (provenientes de Cam) viviam, via de
regra, no continente africano, e distinguem-se pela pujança física, e
os descedentes de Jafé, que após a confusão das línguas (Gn
11.9), emigram para a Europa. Esta raça é caracterizada pela
atividade intelectual.
No livro, “O plano divino através dos séculos”, Paul E. Ihrke,
dirimindo as muitas dúvidas acerca da origem das raças, apresenta
uma tabela das primeiras famílias que povoam a terra. Estas, sem
dúvida, descenderam dos três filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé: Gn
9.19.

5.1 Os descendentes de Cam – Gn 10.6-20.


Quatro raças originram-se dos quatro filhos de Cam. Essas
por sua vez, subdividiram-se e povoaram as terras da África, da
Arábia Oriental, da costa oriental do Mar Mediterrâneo, e o grande
vale dos rios Tigre e Eufrates. Não há prova para afirmar que todas
as raças descendentes de Cam eram negras. As primeiras
monarquias orientais eram dos descendentes de Cam por Cuxe.

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Existe uma opinião de que alguns dos descendentes de Noé
emigraram para a China e que de lá passaram para as Américas
através do Estreito de Bering, através do Alasca. Certos cientistas
são de opinião que em algum tempo os dois continentes estivessem
ligados.

5.2. Os descendentes de Sem (Gn 10.21-32).


Sem foi o Pai de cinco filhos que se tornaram cinco grandes
raças e numerosas tribos.
Arfaxade foi o pai dos caldeus que povoaram a região
marginal do Golfo Pérsico. Foi o progenitor de Abraão, oito
gerações anteriores. Um dos descendentes de Arfaxade foi Joctá,

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de quem vieram treze tribos (Gn 10.25-30), as quais ocuparam
parte do sul e do sudeste da Península Arábica.
Alguns destes nomes mencionados na genealogia de Cam
podem indicar miscigenação entre raças.
Elã – povoou uma província ao oriente do rio Tigre e ao norte
do Golfo Pérsico.
Assur – povoou a Assíria às margens do rio Tigre, tendo
Nínive como capital. Foram, por algum tempo, senhores de toda a
terra ao oriente do Mar Mediterrâneo.
Lude – seus descendentes moraram nas bandas ao sudeste
da Ásia Menor.
Arã – povoou a Síria. Teve quatro filhos: UZ, Hul, Géter e Más
(também chamado Meseque. Uz morou no meio da Arábia
setentrional. (Jó foi um dos seus descendentes). Hul e Géter
ocupam o território próximo ao lago de Merom, ao norte da Galileia,
segundo informações: Más que é chamado de Meseque em 1 Cr
1.17, possivelmente uniu-se com Meseque da linhagem de Jafé.
Sem – nascido 120 anos antes do Dilúvio, conheceu seu pai,
Noé, seu avô Lameque e seu bisavô, Matusalém, antes do Dilúvio.
Lameque por sua vez, conheceu Adão por mais de cinquenta anos
e Matusalém por mais de 250 anos. Esses fatos demonstraram a
maneira pela qual os conhecimentos históricos do princípio da raça
foram comunicados as gerações posteriores. Noé viveu até o tempo
de Abraão, Sem chegou a alcançar o tempo de Isaque e Jacó, filho
e neto de Abraão.

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5.3. Os descendentes de Jafé (Gn 10.25).
As raças arianas indo-europeias são descendentes de Jafé.
Javã teve quatro filhos: Elisa, Tarsis, Dodanim e Quintim.
Estes povoaram a Grécia. Alguns descendentes de Quintim foram
para a Itália, França e a Espanha, formando o povo latino.
Madai teve três filhos: Asquenaz, Rifate e Togarma. Os
descendentes de Asquenaz povoaram a Turquia, enquanto os
descendentes de Rifate povoaram a Iugoslávia ou Sérvia e a
Áustria. Os de Gomer deram origem aos celtas, aos alemães e aos
eslavos. Os celtas emigraram para as Ilhas Britânicas, Gales,
Escócia e Irlanda. Alguns das tribos germânicas emigraram para a
Noruega, Suécia e Dinamarca, tornando-se escandinavos descritos
pelos romanos como altos, loiros e corpulentos. Outras tribos

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germânicas povoaram a Alemanha Ocidental, a Bélgica e a Suíça,
tomando o nome de Goters. O que permaneceram na Alemanha
ficaram conhecidos como “teutões”, ocupando o norte e o sul da
Alemanha. Os do norte, por sua vez, tornaram-se os anglo-saxões”
e os holandeses.

6) A origem da cor negra.


Algumas seitas hodiernas advogam que a cor negra se
originou de um desses três fatos bíblicos:
a) O sinal que Deus colocou em Caim;
b) O casamento dos filhos de Deus com as filhas dos homens;
c) A maldição de Noé proferida a Cam.

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Porém, tais ideias não passaram de uma distorção da Palavra de
Deus, pois esses argumentos, comprovadamente não representam
outra coisa senão um racismo frio e sistematizado, produzido por
homens que estão comprometidos com a mentira.
A verdade é que todos somos seres humanos, criados por
Deus, descendentes de Adão e Eva, mas existem pigmeus e
gigantes, negros e brancos e amarelos.
A Palavra de Deus no seu escopo global mantém a divisão de
Gênesis não entrando no méritoda questão, nem no âmbito
discriminativo. Com efeito, lemos no Novo Testamento de um
descendente de Cam, salvo e batizado (At 8.26-40), de um semita,
de nome Saulo (At 9), e de um descendente de Jafé também
convertido e batizado (At 10.44). Temos de admitir, convenhamos,
que se invertêssemos a pergunta sobre a origem da coloração
negra para a branca, teríamos, sem dúvida, os mesmos problemas,
as mesmas interrogações, pois não há, de fato, consenso firmado,
quanto à cor da pele dos homens nas Escrituras, a sabedoria divina
não revela esse assunto, justamente para evitar polêmicas sobre a
cor de pele dos homens, e para mostrar que em Deus não há
acepção de pessoas.
Voltando à origem da raça, o ilustre professor e escritor
Antônio Neves de Mesquita, apresenta algumas provas, à guisa de
reforço, para o moergismo bíblico:
a) A redenção de Cristo foi para todos os seus irmãos segundo a
carne;
b) A natureza humana é uma e a mesma em toda parte, física e
moralmente. Todas as raças têm os mesmos ossos, os
mesmos nervos, a mesma conformação. As paixões variam e
o modo de dar santificação à natureza humana variam e o

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modo de dar santificação à natureza humana variam de
acordo com o ambiente e a educação, mas o âmago, todos os
impulsos têm os mesmos motivos, a mesma origem e a este
complexo problema não é difícil atribuir uma causa comum.
Os muitos povos da terra, como suas milhares de línguas e
dialetos, costumes e conformações físicas pode se classificar em
três grupos dem distintos; a profecia de Noé em Gênesis 9.25-27
tem permanecido como um marco intangível através de toda
história da raça humana.
“A velha questão”, continua Mesquita, “de que a diferença de
cabelo, cor, etc.; destrói a tese de que todos proviemos da mesma
fonte é hoje assunto fora de debate, porque as condições de vida,
clima, alimentação produzem todas estas diferenças”.
Bittencourt, em seu livro “Ciência e Fé”, afirma que: “as
diferenças raciais se explicam por ‘fenômenos de mutação e
adaptação dos grupos humanos’. Só o mutacionismo, pelo
aparecimento de caracteres novos e hereditariedade transmissíveis,
por modificação de genótipo, permite entrever a solução deste
problema, que não afeta somente o gênero humano, mas todos os
seres vivos”.
Em Gn 2.7 vemos que Deus fez o homem do pó da terra. A
terra é:
a) Amarela;
b) Branca;
c) Preta;
d) Vermelha.

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Exatamente igual as cores dos seres humanos. Debaixo da
pele todos os homens são exatamente iguais.
Elementos da terra no corpo humano:
a) 72% de Oxigênio;
b) 14% de Carbono;
c) 9% de Hidrogênio;
d) 2,9% de Nitrogênio;
e) Os restantes de 3,5% se compõe de pelo menos 10
elementos: cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro e
vestígios de iodo, ferro, cobre e zinco e etc.
Não existe no corpo humano qualquer elemento químico que
também não possa ser encontrado na terra. Os elementos estão em
combinação com outros e é impossível separá-los.
7) A confusão das línguas.
O conceito da raça é biológico e não bíblico. Embora as
Escrituras não mencionem raça, ela tem grande porção a dizer
sobre as nações e línguas. “A característica mais distintiva e a mais
divisória, possuída pelos vários grupos entre os homens, não é a
cor da pele, nem a dimensão física, mas o idioma. A comunicação é
de importância suprema para entendimento e harmonia e a
linguagem é, sem dúvida, o elemento mais básico na comunicação”.
A partir da confusão de linguagem ocorrida quando, da construção
da torre de Babel as nações se espalharam pela face da terra.
Enquanto os homens vivessem juntos, não seria possível uma
diferenciação, uma especificação de caracteres. “Um certo
montante de isolamento e cruzamento nacional é geneticamente
essencial para o estabelecimento de características particulares em
uma nação ou raça”.

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Antônio Neves de Mesquita, em seu livro “Povos e Nações do
Mundo Antigo”, apresenta a conclusão dos filósofos de que todas as
línguas do mundo se reduzem a três: a monossilábica, a glutinada e
a flexionável. Estas línguas poderiam ter nascido da confusão em
Babel ou provindo da original, por meio da evolução filológica.
Sabe-se muito, no entanto, que eles têm sido meio de comunicação
da raça através dos milênios. T. C. Mitchel, assistente de pesquisas
do Departamento de Antiguidades Asiáticas Ocidental do Museu
Britânico, explica o assunto desta maneira:
“Existem três características principais de um povo que são
suficientemente distintivas para formar alguma nuance sobre seu
nome. Essas são: a raça ou o tipo físico; o idioma, que é um dos
constituintes da cultura; e a área geográfica onde vivem ou a
unidade política mediante a qual estão organizados. As
características raciais não podem alterar-se, mas podem misturar-
se ou serem dominados por meio de casamentos mistos, como é o
exemplo da miscigenação no Brasil. O idioma pode ser
radicalmente alterado, casos em que a linguagem do grupo
subordinado é substituída pela de seus dominadores, em muitos
casos, de forma permanente. O habitar geográfico também pode
ser completamente alterado mediante a migração. Visto que em
certos períodos uma, em outros períodos outra, dessas
características se destaca sobre as demais na significação à base
de um único sistema. Assim, por exemplo, os descendentes de Sem
dificilmente falariam todos um único idioma, ou teriam todos vivido
numa única área, ou mesmo terem todos pertencido a um só tipo
racial, como já vimos. Que os casamentos mistos poderiam ter
ocorrido se indica pela presença de nomes aparentemente
duplicado em mais de uma lista, como Assur (Assíria) Sebá, Havilá

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e Ludim, tanto sob Sem como sob Cam, e provavelmente Meseque
sob Sem e Jafé. Embora, isso possa indicar nomes que sejam
inteiramente distintos, é possível que representem pontos onde um
povo mais forte absorveu um mais fraco”.
“É necessário – continua Mitchel – observar que certos nomes
foram adotados dentre esse capítulo para certos usos específicos
nos tempos modernos. Assim é que no estudo do idioma, os termos
‘semítico’ e ‘camítico’ são aplicados, o primeiro para o grupo de
idiomas que inclui o hebraico, o aramaico, o acádio, o árabe, etc.
Enquanto que o último inclui o grupo do qual o egípcio (antigo) é o
principal. Este é um uso de conveniência, entretanto, e não significa
que todos os descendentes de Sem falassem idiomas semíticos, ou
que todos os descendentes de Cam falassem idiomas camíticos”.
Em suma, os nomes de Gn 10 provavelmente indicam
entidades às vezes políticas, mas não consistentemente uma só
dessas coisas.
Concluímos, portanto, que o fato da unidade da raça é uma
realidade. O polifiletismo já caiu no descrédito. Permanece o
argumento bíblico de que toda a raça humana é originaria de Adão
e Eva. As diferenciações que existem entre povos são oriundas,
inicialmente, da confusão da linguagem e depois da adaptação ao
meio e aos costumes diversos.
Observações:
1. Gn 11.1 – Todos falavam a mesma língua e eram originários
de Adão, portanto inteligentes.
2. Gn 11.7-9 – Deus, o Filho e o Espírito Santo (“Eia, desçamos
e confudamos...”).
3. O povo se dividiu em pequenos grupos, sendo assim
obrigados a aprender muitas coisas.

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4. Creio que isto em oposição a Gn 1 e 2, onde diz que Deus fez
o homem inteligente tenha dado origem ao homem da
caverna... rude, sem cultura e com pouco ou nenhum
desenvolvimento intelectual.
5. Em, “A Revolta dos Anjos”, o grande A. N. Mesquita, afirma
que entre Gn 1 e 11 tenha pelo menos 10 mil anos.
Analisemos agora alguns personagens de cor Negra que foram
destaque no texto bíblico.

Capítulo 1
Mulher de Moisés (Cusita)
Texto: Números 12
Nome: Cusita ou Cuchita.
Significado: As murmurações de Arão e Miriã tinham como base
que, quem menos tinha direito de ser guia do povo era Moisés
porque tinha casado com uma Cuchita, uma incrédula, como
diríamos. Quem seria Cuchita? A terra de Cuche é a África, ou
melhor, a Etiópia (Gn10.7). Em língua hebraica, a região era
conhecida pelo nome Terra de Cush, no antigo egípcio Kas ou Kesh
e em etíope Kish. Era habitada pelos descendentes de Cusi, filho de
Cam e neto de Noé (A.N. Mesquita).
Moisés nunca residiu na Etiópia. havia outra Cuche, na parte
oriental do Mar Vermelho, justamente na terra de Mediã.
Cusita (etíope). Provavelmente murmuravam porque ela era
de cor. Não devemos ser racistas. Para Deus não há negro, nem
judeu, nem bárbaro, cita, servo ou livre (Cl 3.11) – J. Apolônio.
País:Etiópia – país do continente africano na região do oriente
próximo. Faz divisão com o Mar Vermelho.

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Cor: Negra (Jr 13.23); Cusita, nome da mulher de Moisés que ele
tomou dentre as mulheres da Etiópia (Nm 12.1).
Função: Esposa de Legislador dos hebreus, logo não podia ser uma
mulher qualquer, mas tudo indica que tinhas qualidades para tal
desempenho. Primeira Dama do Povo Hebreu.
O casamento de Moisés com um mulher etíope (cuchita) não
era imoral nem legalmente errado. A queixa de Miriã e de Arão era
um pretexto fingido para encobrir a inveja devido a autoridade de
Moisés (v.2).

Capítulo 2.
Ebede-Meleque, o etíope.
O homem que tirou Jeremias do poço (Jr 38).
Nome: Ebede-Meleque.
Significado: Na língua hebraica “escravo do rei”. Era um eunuco
Etíope, servo do rei Zedequias. Foi usado pelo Senhor para salvar
da morte o profeta Jeremias (Jr 38.8-14).
Deus fala com Ebede-Melque (Jr 39.16).
País: Este rapaz era eunuco e etíope, terra da rainha de Sabá.
Como foi ter em Judá, não sabemos, mas seu gesto foi heroico.
Um eunuco era um individuo desprestigiado, servindo a todos
os interesses dos reis mantendo a guarda das mulheres destes.
Mas foi este mesmo rapaz que teve coragem de ir ao rei e mostrar-
lhe ser iniquidade o que estavam praticando contra o profeta, pois
ali onde o haviam colocado, só a morte poderia ser esperada. Foi
preciso que um estrangeiro, alheio as tricas e futricas da política de
campanário, tivesse coragem de mostrar a Zedequias o crime que
estava cometendo.

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Este Etíope, morando longe da sua terra natal, na África
Central, serve como exemplo extraordinário da Graça de Deus.
Quando o próprio povo de Deus tinha rejeitado a mensagem
de Jeremias, o Espírito Santo fez com que ela tocasse o coração
deste gentio.
O rei, sem dúvida, estava resolvendo questões legais na
“porta de Benjamin”, de maneira que era fácil para Ebede-Meleque
falar com ele.
“A porta de Benjamin” ficava no lado norte da cidade, levando
ao território Benjamita.
Mais um bem-aventurado da Etiópia.
Cor: Negra (Jr 13.23).
Função: Era um empregado do rei Zedequias, talvez um castrado,
por causa da sua nacionalidade.
Trabalhando a favor de Jeremias, esse Etíope procurou salvá-
lo mediante um apelo ao rei. Demonstrou compaixão por Jeremias e
coragem ao opor-se aos inimigos do profeta.
O crente sempre deve procurar ajudar os maltratados, mesmo
que isso importe em contrariar a maioria. Por causa da sua
bondade para com Jeremias, a vida de Ebede-Meleque foi poupada
quando Jerusalém caiu, Deus não se esqueceu desse servo leal (Jr
39.13-18).

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Capítulo 3
Simão de Cirene.
O homem que ajudou Jesus a carregar a cruz (Mt 27.32).
Nome: Simão.
Significado: Forma grega do hebraico Shimehon, ouvido ou audição
(pedido atendido).
País: Líbia, é uma extensa região do Norte da África, quase
totalmente deserta, na costa do Mediterrâneo, a oeste do Egito,
com limites ocidentais muito vagos. Seus habitantes são
descendentes de Pute, filho de Cam, ou Lubim (Jr 46.9; Dn 11.43).
Capital de Pentápolis (5 cidades na ocasião, hoje Tripoli):
1. Simão, um Cireneu (Mt 27.32).
2. Povo da região da Líbia (At 2.10).
3. Uma sinagoga de Cireneus (At 6.9).
4. Alguns de Chipre e Cirene (At 11.20).
5. Um mestre de Antioquia (At 13.1) – Lúcio.
Cor: Negra.
As extensas minas de Cirene ainda existem com o nome de
El-Kreuna.
A África é um continente negro e a Líbia é um país africano.
Função: Era certamente um lavrador, pois “vinha do campo”.
Essas pessoas são simples, humildes, crédulas e obedientes,
portanto fáceis de ajudar ao outro.
O outro, pensar neste personagem é muito difícil. Antes vem o
Eu, mas o servo do Senhor consegue pensar no semelhante,
mesmo sem saber se ele é ou não o Cristo.

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Capítulo 4.
O tesoureiro de Candace.
Eunuco (At 8).
Nome: Ignorado – eunuco (título).
Significado: do hebraico “Saris”. Homens privados da sua virilidade,
pela castração, ou porque nasceram assim (Mt 19.12).
No Gr. Eunukus – que tem o aposento. A eles era confiada a
guarda das mulheres, aposentos íntimos, bem como o governo de
sua criadagem – julgando serem em tudo fiéis a seus senhores (2
Rs 9.32; 20.18; Jr 41.19; Dt 1.10-18).
O N. T. insere 8 vezes a palavra.
Mt 19.12 (3 vezes) At 8.27-39 (5 vezes).
País: Etíopia. Gregos e Romanos usavam esse nome. Do Gr.
Aitiopia, que significa “Sol “Abrasador” – País mencionado em
Salmos 68.31.
Candace (At 8.27) – Título real que usavam as rainhas da
Etíopia. Faraó, César, Candace, etc. não são nomes, mas sim
títulos.
Significa “o Contrito”, “Posse Pura” ou “Príncipe dos
Serventes”. Muitos compreendem este título como a Capital da
Etiópia. Não tem nada a ver.
Eunuco também pode ter o significado de “oficial” (Gn 39.1; At
8.17).
Seus habitantes eram de alta estatura (Is 45.14) e de cor escura (Jr
13.23).
Existem dois nomes iguais, um na Ásia e outro na África.
Heródoto fala dos Etíopes Asiáticos, existentes no exército de
Xerxes, que eram diferentes dos Etíopes africanos.
Cor: Negra (Jr 13.23).

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Função: Oficial de confiança da Rainha (Tesoureiro).

Capítulo 5.
Níger e Lúcio.
Dois mestres da igreja em Antioquia (At 13.1).
Nome: Níger
Significado: Do Lat. Negro ou preto – o sobrenome de Simão, um
mestre e profeta da Igreja em Antioquia.
Recebeu este nome por ser africano, de “compleição escura”.
País: Não se sabe qual, apenas que era da África.
Cor: Negra (Jr 13.23).
Função: Mestre, ensinador da Igreja.

Nome: Lúcio
Significado: “Luz” – um dos profetas e mestres na Igreja de
Antioquia (At 13.1).
País: Líbia; um país africano, tendo Cirene como sua capital.
O nome Lúcio Cirineu, não é sobrenome, mas o lugar de onde
ele era (ver Simão de Cirene).
Lúcio foi um dos fundadores da Igreja de Antioquia (At 11.20).
Não confundir Antioquia da Síria, com Antioquia da Psídia.
Está confirmado e comprovado que Deus não faz acepção de
pessoas (At 10.34).
Portanto, não devemos ser racistas (Cl 3.11).
Cor: Negra (Jr 13.23).
Função: Mestre, ensinador na Igreja.

24
Capítulo 6.
Um dos magos (Egípcios).
Texto: Mt 2
Nome: É obscuro. A tradição chama-o Baltazar (Egípcio). Tem
ainda Melchior (Indiano) e Gaspar (Ateniense).
Significado: A palavra hebraica é Mizraim (Árabe) Masr. (Gn 10.6) é
chamada terra de Cam – Isso devido a sua origem (Sl 105.23).
Cam é filho de Noé.
O Egito é um país ao sudoeste da Palestina e da Síria, a sua
posição geográfica é ao nordeste africano. Está separada pelo Mar
Vermelho – ao sul antigamente a Etiópia, hoje Sudão, e a oeste
Líbia. Os egípcios de cor escura.
Cor: Negra.
Função: Mago, significa “sábio do oriente”, estudioso da Lei do
Senhor.
Um homem da ciência chamada Astronomia. Um filósofo, um
sábio. Nada de confundir Astronomia com pseudo-ciência
Astrologia.

Capítulo 7
A rainha de Sabá.
Texto: 2 Cr 9.1-12.
Nome: Rainha de Sabá.
Significado: Um povo de Sabá; descendente de Sebá, neto de Cam
e bisneto de Noé (Gn 10.7). Opina-se portanto que Sebá, ou Sabá,
era nome de uma tribo árabe e, portanto, filho de Sem. Conclui-se
que uma parte destas tribos emigrou para a Etiópia.
Certo é que Sabá era um tribo do sul da Árabia, ou de Jetsã,
próximo a lendária terra de Ofir.

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País: O país era provavelmente a Etiópia, sendo Sabá a sua capital.
Lembre-se que havia duas Etiópias. Uma na terra de Media,
na parte oriental do Mar Vermelho e outra na terra de Cuxe, na
África Central. Um grupo era descendente de Abraão com Quetura,
outro de Sebá, neto de Cam.
Cor: Negra (Jr 13.23).
Função: Rainha do país chamado Etiópia. Mulher lembrada por
Cristo como “A Rainha do Meio-Dia”.
Nota da resvista Planeta nº 09 – Edição300 – set/97: “A
Rainha MAKEDA – Nome etíope da governante da cheirosa terra de
Sabá, ela viajou a Jerusalém, 3,2 mil Km. O encontro de Makeda
com Salomão também é mencionado no Alcorão”. BALKIS é o seu
nome na tradição Islâmica.
A poupa chegou e disse de uma certa distância: “Descobri o
que não descobriste, e venho a ti de Sabá com uma notícia segura.
Encontrei uma mulher que reina sobre o seu povo, e foi lhe dado de
tudo, e ela tem um trono grandioso. Encontrei-a e a seu povo a se
prostrarem diante do sol em vez de Deus. E o diabo embelezou-
lhes falsamente o comportamento iníquo e desviou-os do caminho
certo, e eles se perderam. E não se prostram diante de Deus que
conhece o que está escondido nos céus e na terra e o que revelais
e o que ocultais. Deus. Não há Deus senão Ele, o Senhor do trono
glorioso. “Disse Salomão: “Verificaremos se disseste a verdade ou
se foste um dos mentirosos. Leva esta carta minha e joga-lhas,
depois afasta-te e vê o que farão”. Disse a rainha de Sabá: “Ó
dignatários, foi-me enviada uma carta honrada”.
Alcorão 27.22-29.

26
Capítulo 8.
Cusi, o Etíope.
Texto: 2 Sm 18.21,31.
Nome: Desconhecido.
Significado Cusi (2 Sm 18.21, Cusita, Cushita, Etíope, País da
Etiópia. Terra de Cuche.
País: Etiópia.
Cor: Negra (Jr 13.23; Am 9.7)
Função: Servo de Joabe (General).
Levou a notícia ao rei Davi sobre a morte de seu filho Absalão
(com certeza um cargo importante com trânsito entre generais e
reis).
E disse Joabe a Cusi: “Vai tu, e dize ao rei o que viste”. E Cusi
se inclinou a Joabe e correu. E prosseguiu Aimaaz, filho de
Zadoque, e disse a Joabe: “Seja o que for, deixa-me também correr
após Cusi”. E disse Joabe: “Para que agora correrias tu, meu filho,
pois não tens mensagem conveniente?”. “Seja o que for – disse
Aimaaz – correrei”. E Joabe disse “Corre”. E Aimaaz correu pelo
caminho da planície, e passou a Cusi. E Davi estava assentado
entre as duas portas; e a sentinela subiu ao terraço da porta junto
ao muro, e levantou os olhos, e olhou, e eis que um homem corria
só. Gritou, pois, a sentinela e o disse ao rei; “Se vem só, há novas
em sua boca”. E vinha andando e chegando. Então viu a sentinela
outro homem que corria, e a sentinela gritou ao porteiro, e disse:
“Eis que lá vem outro homem correndo só”. Então disse o rei:
“Também este traz novas”. Disse mais a sentinela: “Vejo o correr do
primeiro, que parece o correr de Aimaaz, filho de Zadoque”. Então
disse o rei: “Este é homem de bem, e virá com boas novas”. Gritou,
pois, Aimaaz, e disse ao rei: “Paz”. E inclinou-se ao rei com o rosto

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em terra, e disse: “Bendito seja o Senhor, que entregou os homens
que levantaram a mão contra o rei meu senhor”. Então disse o rei:
“Vai bem com o mancebo, com Absalão?” E disse Aimaaz: “Vi um
grande alvoroço, quando Joabe mandou o servo do rei, e a mim teu
servo; porém não sei o que era”. E disse o rei: “Vira-te e põe-te
aqui”. E virou-se e parou. E eis que vinha Cusi; e disse Cusi:
Anunciar-se-á ao rei meu senhor que hoje o Senhor te vingou da
mão de todos os que se levantaram contra ti”.
2 Sm 18.21-31.

Capítulo 9.
Tiraca – Um Rei Etíope.
Texto: 2 Rs 19.9.
Nome: Tiraca.
Significado: Tirhakah, “exaltado”.
Rei da Etiópia, contemporâneo de Ezequias (A. C. 701).
Ele saiu contra Senaqueribe, exatamente, quando este último
estava ameaçando destruir Jerusalém (2 Rs 19.9; Is 37.9).
País: Etiópia.
Cor: Negra (Jr 13.23).
Função: Um Rei da dinastia Et[iope do Egito. A vigésima quinta que
durou de 727 a.C. a 657 a.C. Aqui ele está intervindo como general
do exército do Egito e vice-rei da Etiópia, que fazia parte integrante
do Egito foi derrotado integralmente no ano 701 a. C.

Capítulo 10.
Zerá, o etíope.
Texto: 2 Cr 14.9-12.
Nome: Zerá.

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Significado: Zerá, do hebraico, “nascer do sol”. Rei etíope que
guerreou com Asa (a.C. 941 – 2 Cr 14.9), com um exército de 1
milhão de soldados (1 Cr 16.8), Etíopes, Líbios – grande exército.
País: Etiópia. País mencionado em Sl 68.31.
Cor: Negra (Jr 13.23).
Função: Rei da Etiópia.
Guerreou contra Israel no tempo do rei Asa.

Capítulo 11.
Avishac – Abisague.
Irmã da Sunamita.
Texto: 1 Rs 1.1-4.
Nome: Avishag, significa “meu pai foi homem errante”.
País Etiópia/Sunem.
Função: Aquecer o rei Davi em sua velhice. Foi contratada como
secretária do Palácio (fonte: o livros dos Reis – Edição Judaica).
Segundo alguns comentaristas, a jovem era encarregada do
tesouro real, pois seria indelicado divulgar suas verdadeiras tarefas.

Capítulo 12.
Texto: 1 Rs 3.1.
País: Egito – País africano.
Nome: Obscuro – a Bíblia omite o seu nome.
Cor: Negra (Jr 13.23).
Função: Esposa de Salomão.
Salomão teve mais de uma esposa negra (Sulamita –
Cantares 1.5) e um caso com a rainha de Sabá.

29
Capítulo 13.
Sulamita.
Uma questão para os tradutores da Bíblia.
Se há um trabalho pelo qual tenho o máximo respeito e
admiração é o trabalho dos tradutores da Bíblia. Há, em primeiro
lugar, a grande importância do livro. Não há livro que tenha
influenciado e continue a influenciar tão profundamente nossa
civilização ocidental. Nenhum homem pode entender
completamente as maiores obras da filosofia e das artes, nem os
valores éticos dominantes ou as grandes propostas de organização
da sociedade humana, no ocidente, sem conhecer a Bíblia. Mesmo
que não a aceite pelo que é (o testemunho inspirado dos profetas e
apóstolos sobre a obra de Deus em Jesus Cristo, “por nós homens
e pela nossa salvação”), ele não pode, objetivamente, ignorar a
universalidade dessa influência em nossa cultura, em suas mais
elevadas expressões.
Em segundo lugar, o tradutor da Bíblia, cuja tarefa é
expressar em português brasileiro contemporâneo o pensamento
dos originais hebraicos antigo e grego koinê, o mais fielmente
possível, tem que possuir um conhecimento muito especializado
das questões textuais, das questões semânticas e, para ajudá-lo a
resolver problemas nesses dois campos, das versões mais antigas
da Bíblia, em grego, siríaco, latim, bem como das mais modernas,
em inglês, francês, alemão, etc. As questões semânticas tem um
complicador a mais na grande variedade de gêneros literários que
se encontram na Bíblia, os mais diversos gêneros em prosa e em
poesia.
Em terceiro lugar, o tradutor tem que estar equipado com uma
capacidade acima da média no manuseio da língua portuguesa

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como se fala no Brasil hoje, tanto em sua expressão literária como
em sua expressão popular. Deve ter familiaridade com os melhores
autores contemporâneos da nossa literatura, com jornais e revistas
e até com literatura de cordel, suficiente para produzir nele a
sensibilidade não só para a correção gramatical, para a
vemaculidade, mas também para a musicalidade, que é a qualidade
básica do português brasileiro bem escrito. Mesmo sem ter dito o
suficiente para se compreender porque este trabalho só pode ser
feito hoje por especialistas. E devemos ser possuídos da imensa
gratidão a Deus pelo fato de a Igreja de Cristo no Brasil possuir
homens tão altamente capacitados que sob a coordenação do Ver.
Luiz Antônio Giraldi, produziram a tradução que tem tido a mais
ampla aceitação em todas as regiões de nossa pátria, “A Bíblia na
Linguagem de Hoje”, Já temos, nessa tradução, todo o Novo
Testamento, Salmos e Provérbios. Por não termos muita das vezes
um conhecimento apurado do livro de Cantares, uma passagem (Ct
1.5) apesar de parecer bem simples, pode ser encontrada traduzida
de diversos modos. A passagem no original hebraico, diz o
seguinte:
Sh ch rah aniv na wah B nôthy rshalaim...
(Ct 1.5 – Transliteração).
Consultando uma das poucas traduções que tenho em mãos,
constatei que:
(1) Almeida – Edições Revista e Atualizada no Brasil, traduz:
“Eu estou morena, porém formosa, ó filhas de Jerusalém...”.
(2) A bíblia de Jerusalém – Edições Paulinas, tem:
“Sou morena, mas formosa, ó filhas de Jerusalém...”.
(3) A New English Bible, diz:
“I am very dark, but comely o ye daughters Jerusalém…”.

31
(4) A Revised Standard Version – Americana, traduz:
“I am black, but comely, o daughters of Jerusalém…”.
(5) A King James Version – Inglesa, tem:
“I am black, but comely o ye daughters of Jerusalém…”.
(6) A tradução alemã de Lutero diz:
“Ich bin Schwartz, aber ibilich, ihr Toechter Jerusalems…”.
(7) Consultamos, porém, a mais antiga tradução do texto, e na
Septuaginta, encontrei simplesmente:
“Melainá eimi kai /ca/ê, thigatères Lerousalém...” (Isto é, “sou
preta e bonita, ó filhas de Jerusalém).
Apresentam-se, portanto, para uma mesma palavra hebraica,
sha chôraj, três palavras equivalentes: morena (1,2), escura (3,4),
preta (5,6,70. A conjunção vaw é traduzida pelas seis primeiras
versões como conjunção adversativa, o que significa dizer que uma
jovem morena, escura ou preta só será formosa ou bonita por
exceção.
Somente a Septuaginta mantém a conjunção vaw como
aditiva: “preta e bonita”.
Diz a Bíblia na linguagem de hoje:
“Mulheres de Jerusalém, eu sou morena, porém, sou bela.
Sou morena-escura como as barracas do deserto, como as cortinas
do Palácio de Salomão”.
Cantares 1.5.

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O negro na Bíblia.
Em esboço.
• A mulher de Moisés (Nm 12.1).
• Ebede-Meleque (Jr 38).
• Simão de Cirene (Mt 27.32).
• O Eunuco da rainha de Candace (At 8).
• Simeão chamado Níger – Sig. Negro (At 13.1).
• Um dos magos – Astrônomos (Mt 2).
• A Sulamita (Ct 1.5) – “sou preta e bonita”.
• Lúcio – Cireneu, Cirene – Capital da Líbia, um país africano
(At 33.1).
• Zerá – O etíope (2 Cr 14.9-12).
• Tiraca – Um rei etíope (2 Rs 19.9).
• Cusi – Etíope (2 Sm 18.21-31).
• A rainha de Sabá (2 Cr 9).
• Rio Ciom e a terra de Cuxe (Gn 2.13).
• O povo de pele bronzeada, reis fazem acordo com esta nação
(Is 18.2-7 – A.R.A.).
• Homens de Brunida (Is 18.2) – Negros (A.R.A.).

Anexo.
1. Até Babel, as línguas eram uma só (Gn 11.1) (e a terra inteira
utilizava a mesma língua e as mesmas palavras) – TEB Ali o
Senhor confundiu as línguas e as raças.
2. Em Babel surgiu o homem das cavernas. Ao se dispersarem o
homem perdeu em muito a sua capacidade de se comunicar e
também a sua inteligência original dada por Deus. Em 31 de agosto
de 2000 foi noticiado no Jornal O Globo, que um soldado húngaro

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ficou 51 anos preso na Rússia, desde a Segunda Guerra Mundial,
por não falar em russo. Se hoje tendo tanta tecnologia isso
acontece, imagine naquela época de Babel.
3. A torre teria a função de o homem se comunicar com os espíritos
(ou deuses), os tijolos queimados (Gn 11.3-4), faziam a função de
cristais de quartzo como um grande rádio para comunicação com os
espíritos, isto é, anjos caídos. “...até os céus”. (Gn 11.4).
4. Como castigo por esta desobediência, Deus misturou as línguas
e as raças, fazendo com que os homens tivessem dificuldade de se
entenderem e de se aceitarem como irmãos.
Trazendo origem desde a terra de SHINEAR – Babel.
Babel: Bab Porta.
El Deus.
Babel Porta de Deus.
A construção da Torre de Babel, a unidade passageira
manipulada de baixo em tempos antigos:
“Vinde, edifiquemos para nós uma cidade, e uma torre cujo
topo chegue até os céus”.

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