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Peso e Altura, Índice de Massa Corporal (IMC Perímetro Da Cintura

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3.

Adolescência (10 a 19 anos)


Na adolescência, a atenção deve ser voltada para a manutenção de um peso saudável, já que o
risco de obesidade aumenta, e também para o suporte no desenvolvimento psicossocial.

1. Antropometria: Peso e altura, Índice de Massa Corporal (IMC), Perímetro da cintura

A avaliação antropométrica de adolescentes com Síndrome de Down inclui várias medidas


importantes para o monitoramento do crescimento e da composição corporal, considerando as
características específicas desse grupo. O peso e a altura devem ser medidos e comparados com
tabelas de crescimento específicas para esses adolescentes , pois essas tabelas levam em
consideração as variações no crescimento e desenvolvimento comuns nesse público. O Índice de
Massa Corporal (IMC) também deve ser calculado e comparado com curvas específicas, uma vez
que o risco de obesidade é mais elevado entre indivíduos com SD, sendo um dado relevante para a
prevenção e monitoramento da saúde. Além disso, a medição do perímetro da cintura é
fundamental, pois ajuda a avaliar a distribuição da gordura corporal, um aspecto importante para
identificar o risco de doenças metabólicas.

2. Composição Corporal: Percentual de gordura corporal,Massa muscular

A avaliação da composição corporal é fundamental para compreender aspectos específicos


relacionados ao percentual de gordura corporal e à massa muscular. O percentual de gordura
corporal pode ser avaliado por meio de bioimpedância ou pela medição de dobras cutâneas, uma
vez que esses indivíduos frequentemente apresentam uma maior porcentagem de gordura corporal.
A massa muscular também deve ser analisada para entender melhor a condição física e o
desenvolvimento muscular, que podem ser comprometidos devido às suas características.

3. Avaliação Bioquímica:Perfil lipídico, Glicemia, Função tireoidiana

A avaliação bioquímica é essencial para o monitoramento de condições associadas, como o


hipotireoidismo e o diabetes, que tendem a ser mais frequentes durante a adolescência. O perfil
lipídico deve ser analisado, verificando os níveis de colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos,
devido ao risco aumentado de doenças cardiovasculares. A glicemia de jejum também precisa ser
avaliada, considerando o risco de síndrome metabólica e diabetes. Além disso, é importante
monitorar a função tireoidiana, pois esses adolescentes têm maior predisposição para disfunções
da tireoide, como o hipotireoidismo.

4. Avaliação Dietética:Consumo energético,Macronutrientes e Micronutrientes,Hidratação,

A avaliação dietética envolve diversos aspectos importantes para garantir uma alimentação
adequada e equilibrada. Primeiramente, é essencial avaliar o consumo energético, ajustando a
ingestão de calorias para atender às necessidades individuais e evitar o ganho de peso excessivo,
que pode ser comum em pessoas com SD. Além disso, é fundamental monitorar a ingestão de
macronutrientes e micronutrientes. Proteínas, carboidratos e gorduras devem ser equilibrados na
dieta, enquanto vitaminas e minerais, como vitamina D, cálcio e ferro, são essenciais para o
crescimento e desenvolvimento adequados. Outro ponto importante é a hidratação, uma vez que a
ingestão de líquidos deve ser observada com atenção pois a constipação é uma condição
frequente, e uma boa hidratação pode ajudar na prevenção desse problema.
5. Avaliação de Hábitos Alimentares: Preferências e restrições alimentares, Relação com a
comida
A avaliação de hábitos alimentares inclui a análise de preferências e restrições alimentares,
especialmente em indivíduos com essa condições, que podem apresentar seletividade alimentar e
uma tendência a preferir alimentos ricos em açúcares e gorduras. Além disso, compreender a
relação desses indivíduos com a comida e seus comportamentos alimentares é essencial, pois essa
compreensão pode auxiliar na identificação e prevenção de distúrbios alimentares.

6. Atividade Física: Nível de atividade,Aptidão física

A prática de atividade física épois muitos apresentam níveis baixos de atividade física, o que
contribui para o ganho de peso. Além disso, é importante avaliar a aptidão física desses
adolescentes, com foco na capacidade cardiovascular e na força muscular. Atividades físicas
adaptadas, que respeitem suas capacidades e preferências, devem ser incentivadas, promovendo
não só a saúde física, mas também o bem-estar geral.

7. Intervenções Nutricionais: Educação Alimentar e Nutricional,Planejamento Alimentar


Personalizado

As intervenções nutricionais são essenciais para promover a saúde de adolescentes, especialmente


aqueles com necessidades especiais. A educação alimentar e nutricional deve envolver a família e a
escola, garantindo que o adolescente receba o suporte necessário para desenvolver hábitos
alimentares saudáveis. Além disso, é importante realizar um planejamento alimentar personalizado,
ajustando as refeições e lanches às necessidades individuais, levando em conta os gostos e
aversões alimentares do adolescente. Essas abordagens colaborativas visam não apenas melhorar
a nutrição, mas também incentivar uma relação positiva com a alimentação.

8. Suporte Psicossocial: Apoio multidisciplinar, Educação dos cuidadores,Apoio psicológico

O suporte psicossocial é fundamental para o desenvolvimento integral. A participação de


profissionais de saúde, como nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais, é essencial para
garantir um acompanhamento abrangente. Além disso, é importante educar os cuidadores,
orientando pais e responsáveis sobre a relevância de uma alimentação saudável e de práticas de
vida ativa para o bem-estar desses adolescentes. O apoio psicológico também desempenha um
papel crucial, uma vez que adolescentes com Síndrome de Down podem enfrentar desafios
psicossociais e preocupações relacionadas à autoimagem. Assim, o suporte nutricional deve estar
alinhado com o acompanhamento psicológico, promovendo uma relação saudável com a
alimentação e contribuindo para a qualidade de vida desses jovens.

4. Idade Adulta (19 anos ou mais)


Na fase adulta, o cuidado nutricional visa a prevenção de doenças crônicas e a promoção de
uma qualidade de vida saudável. É fundamental considerar a manutenção de um estilo de vida
ativo e monitorar problemas de saúde comuns em adultos com SD.

1. Avaliação Antropométrica: Peso e Altura,(IMC),Circunferência da Cintura e Razão Cintura-


Quadril,Dobras Cutâneas
A avaliação antropométrica é um componente crucial no acompanhamento de adolescentes com
Síndrome de Down. O monitoramento regular de peso e altura é importante, uma vez que a
obesidade é comum entre adultos com essa condição. O Índice de Massa Corporal (IMC) também
é uma ferramenta útil. Além disso, a circunferência da cintura e a razão cintura-quadril são
indicadores importantes de gordura abdominal, ajudando na avaliação do risco de doenças
metabólicas. A avaliação das dobras cutâneas também é relevante, pois fornece dados sobre a
gordura subcutânea (composição corporal e da distribuição de gordura). Essa abordagem
abrangente permite um acompanhamento mais eficaz da saúde e bem-estar.

2. Avaliação Bioquímica: Prevenção de doenças crônicas,Glicemia e Insulina,Perfil Lipídico


Vitaminas e Minerais

A avaliação bioquímica é essencial para o monitoramento de condições associadas, como o


hipotireoidismo e o diabetes, que tendem a ser mais frequentes durante a adolescência. O aumento
de peso e o sedentarismo podem levar ao desenvolvimento de condições crônicas, como diabetes
tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares, tornando fundamental a adoção de dietas com
controle de gorduras saturadas, açúcares e sódio. Além disso, é importante monitorar regularmente
os níveis de glicemia e insulina, pois há um risco elevado de resistência à insulina e diabetes tipo 2.
O perfil lipídico deve incluir colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos, considerando que indivíduos
com SD tendem a ter dislipidemias. Também é crucial avaliar os níveis de vitaminas e minerais,
especialmente vitamina D, cálcio e ferro, devido à tendência a deficiências nutricionais. Além disso,
a função tireoidiana deve ser monitorada, pois esses adolescentes têm maior predisposição para
disfunções da tireoide, como o hipotireoidismo.

3. Avaliação Dietética
Monitoramento de deficiências nutricionais, Ingestão Alimentar, Hábitos Alimentares,
Necessidades Calóricas

A avaliação dietética é crucial para o monitoramento de deficiências nutricionais, especialmente a


deficiência de ferro, cálcio e vitamina D, que continua sendo uma preocupação. A suplementação
pode ser recomendada para prevenir osteoporose, que pode se desenvolver em decorrência do
sedentarismo e do envelhecimento. Para avaliar a ingestão alimentar, um recordatório de 24 horas
ou um diário alimentar pode ser utilizado para monitorar o consumo de calorias, macronutrientes e
micronutrientes. É importante também verificar os hábitos alimentares, observando o consumo de
alimentos ultraprocessados, que são ricos em açúcares e gorduras, já que uma dieta
desequilibrada é um fator de risco para a obesidade. Além disso, devido à menor taxa metabólica,
as necessidades calóricas geralmente são menores em comparação à população geral, exigindo
um planejamento cuidadoso para evitar ganho de peso excessivo.

4. Avaliação Física e Funcional: Nível de Atividade Física, Capacidades Funcionais

A avaliação física e funcional é essencial para entender o nível de atividade física e as capacidades
funcionais de cada indivíduo. A atividade física desempenha um papel crucial no controle do peso e
na melhoria da saúde cardiovascular, por isso, avaliar o nível de atividade é importante para o
planejamento de intervenções adequadas. Além disso, é comum que muitos adultos apresentem
hipotonia muscular e capacidade funcional reduzida, o que pode impactar sua mobilidade e
independência.

5. Fatores de Risco e Comorbidades Associadas: Hipotireoidismo, Doenças


Cardiovasculares, Problemas Gastrointestinais
Os fatores de risco e comorbidades incluem diversas condições de saúde que precisam ser
monitoradas de perto. O hipotireoidismo é uma condição frequente, que afeta o metabolismo e
pode contribuir para o ganho de peso. Além disso, existe um risco elevado de doenças
cardiovasculares devido à alta prevalência de obesidade, resistência à insulina e dislipidemia.
Problemas gastrointestinais, como constipação e refluxo gastroesofágico, também são comuns e
podem influenciar a ingestão alimentar e o estado nutricional desses indivíduos.

6. Orientações Nutricionais e Intervenções: Suporte às funções cognitivas e saúde


mental,Plano Alimentar Individualizado, Educação Nutricional, Suporte para Atividade Física

As orientações nutricionais e intervenções para adultos com Síndrome de Down devem focar no
suporte às funções cognitivas e na saúde mental, uma vez que há evidências de que o
envelhecimento precoce pode ocorrer, aumentando o risco de demência e declínio cognitivo. Uma
dieta rica em antioxidantes, ômega-3 e nutrientes que favoreçam a função cerebral, como as
vitaminas B e E, pode ajudar a proteger a saúde mental. Além disso, é essencial desenvolver um
plano alimentar individualizado, que considere as necessidades calóricas reduzidas e a tendência
ao ganho de peso, mantendo um equilíbrio adequado de nutrientes. A educação nutricional, tanto
para o paciente quanto para a família, é fundamental para promover escolhas alimentares
saudáveis. Por fim, o suporte para atividade física, incentivando a prática regular de exercícios
adaptados às capacidades físicas do indivíduo, é uma parte crucial do cuidado e contribui para a
saúde geral.

Considerações Gerais para Todas as Idades: Acompanhamento multidisciplinar, Educação


alimentar e envolvimento familiar
Para indivíduos com Síndrome de Down, o acompanhamento nutricional deve fazer parte de um
cuidado multidisciplinar que envolva profissionais como pediatras, endocrinologistas, nutricionistas,
fonoaudiólogos, fisioterapeutas e outros especialistas da área de saúde. Além disso, a educação
alimentar e o envolvimento familiar são essenciais, já que a família geralmente participa ativamente
do planejamento e preparo das refeições. Essas abordagens contribuem para um desenvolvimento
saudável e uma melhor qualidade de vida para pessoas com Síndrome de Down, levando em
consideração as particularidades de cada faixa etária e os desafios específicos de cada etapa da
vida.

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