Documento (5)
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Atividade de história
Questão 1
A siderurgia foi crucial para o processo de industrialização porque fornecia a base material necessária para
o desenvolvimento de outros setores, como construção civil, transportes, indústria naval e automobilística.
O aço, produto da siderurgia, é essencial na infraestrutura de um país, como pontes, ferrovias e usinas.
Durante o governo Vargas, a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda, com
apoio estatal, marcou um passo decisivo para o Brasil se tornar menos dependente de importações e
consolidar sua capacidade industrial.
C) Operários saudarem Getúlio é um sinal da relação construída entre seu governo e a classe
trabalhadora?
Sim, os operários saudarem Getúlio Vargas reflete a relação de proximidade que ele construiu com a classe
trabalhadora. O governo Vargas é frequentemente associado à implementação de políticas trabalhistas e
sociais, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a criação de instituições como o Ministério do
Trabalho. Essas ações garantiram direitos como jornada de trabalho regulamentada, salário mínimo e férias
remuneradas, o que gerou grande apoio entre os trabalhadores. A homenagem dos operários na imagem
reforça essa visão de Vargas como um "pai dos pobres", ainda que seu governo também tenha sido
marcado por práticas autoritárias e pela repressão de movimentos operários independentes.
Questão 2
As imagens mostram Juscelino Kubitschek (JK) na inauguração de uma unidade da Volkswagen no Brasil,
em 1959. A cena reflete o entusiasmo do governo em promover a industrialização, especialmente no setor
automobilístico. Detalhes como a presença de veículos e símbolos da marca destacam a importância da
chegada de empresas multinacionais ao Brasil, atraídas pela política de incentivo e pelas promessas de um
mercado consumidor crescente. O evento também simboliza o otimismo do período e o desejo de
modernização do país, alinhado ao plano de JK de "50 anos em 5".
B) O governo J.K. apostou fortemente na indústria automobilística com capital internacional. Recursos
públicos, porém, foram usados em outros setores. Aponte quais e cite, ao menos, três grandes
investimentos do Estado na economia nacional do período.
Além do setor automobilístico, o governo de JK investiu em diversas áreas para sustentar a industrialização
e modernizar o Brasil. Três grandes investimentos do período incluem:
Construção de Brasília: A nova capital foi inaugurada em 1960 como parte do projeto de
interiorização do desenvolvimento. Sua construção gerou empregos, impulsionou a construção civil
e simbolizou a modernização do país.
Energia elétrica: O governo incentivou a construção de usinas hidrelétricas, como a de Furnas, para
garantir o fornecimento de energia necessário à expansão industrial e urbana.
Questão 3
Entretanto, a contradição reside no fato de que o modelo adotado era insustentável a longo prazo. O
governo priorizou grandes obras, como usinas hidrelétricas e rodovias, e incentivou a industrialização
pesada, mas com pouca preocupação com o equilíbrio fiscal e a geração de divisas. O endividamento
externo cresceu rapidamente, e, na década de 1980, crises internacionais, como o aumento das taxas de
juros nos Estados Unidos, tornaram as dívidas impagáveis. Além disso, a concentração de renda e a falta de
políticas sociais aprofundaram as desigualdades, mostrando que o crescimento econômico não foi
acompanhado de um desenvolvimento sustentável ou equitativo.
Dissertação
O Estado frequentemente utiliza recursos públicos para auxiliar empresas como uma estratégia para
impulsionar o crescimento econômico, proteger empregos e fomentar setores estratégicos. Esse apoio
pode vir por meio de isenções fiscais, financiamentos subsidiados ou investimentos diretos. O principal
argumento para essa prática é o impacto econômico e social que essas empresas têm: elas geram
empregos, estimulam a economia local e contribuem para o desenvolvimento de cadeias produtivas. No
entanto, o uso de dinheiro público para esse fim também gera controvérsias, principalmente quando os
benefícios não são devidamente redistribuídos à sociedade.
Empresas, especialmente as de grande porte, muitas vezes justificam a necessidade de subsídios estatais
alegando dificuldades financeiras ou competitivas. Elas argumentam que os custos de operação, a pressão
de mercados internacionais ou crises econômicas podem inviabilizar suas atividades sem o apoio
governamental. Em alguns casos, essas corporações chegam a ameaçar fechar suas portas ou realocar suas
operações para países ou regiões que ofereçam condições mais vantajosas. Isso cria uma espécie de
dependência que pode ser explorada para negociar incentivos, levando o Estado a ceder em prol da
manutenção de empregos e da arrecadação de impostos.
Embora o auxílio estatal possa ser benéfico em determinados contextos, ele deve ser aplicado com critérios
rigorosos e transparência. Concordo com esse tipo de suporte apenas quando há um retorno claro e
mensurável para a sociedade, como a criação de empregos, o fortalecimento de setores estratégicos ou o
desenvolvimento de regiões menos favorecidas. No entanto, subsídios que privilegiam exclusivamente
interesses privados, sem contrapartidas sociais, são questionáveis. A longo prazo, essa prática pode gerar
dependência e desviar recursos de áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura pública.
Portanto, o apoio estatal deve ser uma ferramenta de política pública, e não uma "muleta" para empresas
mal administradas ou que buscam maximizar seus lucros sem responsabilidade social. Além disso, é
essencial que o governo implemente mecanismos de fiscalização para garantir que os recursos públicos
sejam utilizados de maneira eficaz, sempre priorizando o bem-estar coletivo em vez de interesses privados.
Dessa forma, é possível encontrar um equilíbrio entre estimular o crescimento econômico e proteger os
recursos públicos.