1 Ciclo Aluno
1 Ciclo Aluno
1 Ciclo Aluno
Discipulando
Conhecendo
Jesus eo
Reino de Deus
Lições Bíblicas
Discipulando
Comentarista: César Moisés Carvalho
18 Lição 5 23 Lição 6 28
O Caráter O Ministério O Novo
de Jesus de Jesus Mandamento
Lição 13
Igreja: Uma Expressão
do Reino de Deus
Discipulando CM)
A Necessidade
Humana:
o Problema
do Pecado
TEXTO BÍBLICO BASE
Romanos 3.9-11; 5.12-14
Romanos 3
MEDITAÇÃO 9 - Pois quê? Somos nós mais excelen
tes? De maneira nenhuma! Pois já dantes
“Porque todos pecaram e destituí
demonstramos que, tanto judeus como
dos estão da glória de Deus”
gregos, todos estão debaixo do pecado,
(Rm 23.3).
10 - como está escrito: Não há um justo,
nem um sequer.
11 - Não há ninguém que entenda; não há
ninguém que busque a Deus.
Romanos 5
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA 12 - Pelo que, como por um homem entrou
• SEGUNDA - Gênesis 4.7 o pecado no mundo, e pelo pecado, a mor
• TERÇA - 2 Crônicas 7.13,14 te, assim também a morte passou a todos
os homens, por isso que todos pecaram.
• QUARTA - Salmos 1.1
13 - Porque até à lei estava o pecado no
• QUINTA - Mateus 9.13 mundo, mas o pecado não é imputado não
• SEXTA - Lucas 7.36-50 havendo lei.
• SÁBADO - João 1.29 14 - No entanto, a morte reinou desde
Adão até Moisés, até sobre aqueles que
não pecaram à semelhança da transgres
são de Adão, o qual é a figura daquele que
havia de vir.
4 Discipulando Aluno 1
da mulher nascería um descendente que pessoa alguma que não peque”, já reco
Lhe esmagaria a cabeça (Gn 3.14,15 cf. Ap nhecia o sábio rei Salomão na cerimônia
20.2), destruindo o poder do pecado. de dedicação do Templo em Jerusalém,
muitos séculos depois de o casal repre
2. A NATUREZA EA sentante da humanidade ter pecado pela
REALIDADE DO PECADO primeira vez (2 Cr 6.36).
2.1 - O pecado e sua universalidade. O 2.3 - O pecado estrutural. Mesmo a
texto paulino registrado em Romanos 3.23 humanidade tendo, através da desobe
informa que “todos pecaram e destituídos diência e consequentemente rebelião,
estão da glória de Deus”. Os versículos aberto mão de seu direito de ser gover
nove a onze do mesmo capítulo tratam nada por Deus, o Criador, ciente de que
igualmente desse assunto e informam a maldade humana não tem Limite, por
que a realidade do pecado é irrevogável sua misericórdia, desde os tempos de
do ponto de vista humano. A despeito de Moisés, transmitiu Leis para proteger os
o povo de Israel ter sido usado por Deus menos favorecidos (Lv 19.9-18; Dt 23.7,8).
como canal por onde o mundo recebeu Todavia, a maldade humana é tão terrível
a promessa de que seria abençoado (Gn que, mesmo assim, o povo que deveria
3),
12.1- o apóstolo Paulo, que também servir como um exemplo ao mundo todo
era judeu, diz que mesmo o seu povo do que significava ser governado por Deus
em nada é mais excelente, ou melhor, do (Êx 19.6; Dt 4.5-8), resolve, por causa da
que as demais nações e povos. Em outras natureza pecaminosa, rebelar-se contra o
palavras, todos igualmente estão debaixo Deus que o havia Libertado (Êx 20.2; 1 Sm
da maldição do pecado, isto é, “não há um 8.4-22). Como o Senhor advertira, o resul
justo, nem um sequer”, pois ninguém, por tado da rebelião não podería ser outro,
si mesmo, entende e muito menos busca Israel terminou tornando-se novamente
a Deus (Rm 3.10,11). escravo e assim passou a aspirar ainda
2.2 - O pecado pessoal. A doutrina mais o reinado divino sobre si (Lv 18.24-
cristã ensina que a humanidade peca 30; 20.22; 2 Cr 30.6-9). Mesmo no exílio,
justamente por ser pecadora e não o con a misericórdia divina é tão grande, que
trário, ou seja, não se torna pecadora ao a condenação de Nabucodonosor, rei da
pecar. Desde quando o Criador advertira Babilônia, conforme dissera Daniel, talvez
Caim, a Bíblia nos mostra que o pecado fosse revogada se ele fizesse justiça aos
está sempre nos espreitando querendo menos favorecidos (Dn 4.27).
fazer com que cedamos (Gn 4.7). Na ver
dade, conforme vemos em Gênesis 6.5, o
3. O SOFRIMENTO HUMANO
próprio Criador constatara, em relação à EA PRIVAÇÃO DE DEUS
humanidade, que “toda a imaginação dos 3.1 - Consequências físicas do peca
pensamentos de seu coração era só má do. Dos transtornos proporcionados pela
continuamente”. Se antes de transgredir, Queda, a morte talvez seja uma das mais
ou desobedecer, a vontade humana era visíveis e cruéis consequências (Rm 5.12).
inclinada a manter-nos sendo o que Deus No entanto, até que cheguemos a este
projetou-nos para que fôssemos, agora momento final, o drama humano é per
nossa natureza fora completamente de meado por angústias, doenças e males di
turpada, Levando-nos, às vezes até mesmo versos, tal como dissera o Criador no triste
a contragosto (Rm 7.15-23), a nos rebelar evento da Queda (Gn 3.16-19). O desastre
contra Deus através do pecado. “Não há causado pela desobediência humana atin
Primeiro Ciclo 5
giu proporções tão drásticas que até mes
mo a natureza foi atingida negativamente,
pois o Senhor dissera que a terra passara A escravidão e a
a ser maldita (Gn 3.17). É justamente por
isso que as Escrituras falam sobre o fato subserviência nunca
de que “a criação geme e está juntamente
com dores de parto até agora” (Rm 8.22).
fizeram parte do pla
A harmonia que era tão real no jardim do
Éden fora completamente transtornada,
no original de Deus
trazendo terríveis consequências físicas,
tanto para a humanidade quanto para o
para a humanidade.
restante da criação.
3.2 - Consequências sociais do pe
cado. Desde o início é perceptível que o CONCLUSÃO
Criador planejara a vida em sociedade
Como vimos nessa primeira lição, o
para todos os seres humanos (Gn 1.28;
pecado é um efeito colateral decorrente
2.18). Mas até mesmo essa característica
do fato de não termos sido criados como
da humanidade foi transtornada pelo pe autômatos e sem vontade própria. Por esse
cado. O desejo egoísta de dominar logo ato aprendemos que Deus não queria seres
aflorou, fazendo com que uns tivessem robotizados e sem capacidade de pensar,
poder sobre a vida dos outros (Gn 10.8,9; mas justamente o inverso, isto é, o Criador
6).
11.1- A escravidão e a subserviência optou por criar seres livres. Isso, inclusive,
nunca fizeram parte do plano original de custou a Ele o preço de ser rejeitado pela
Deus para a humanidade, porém, torna- humanidade que, por amor, criara. Se por
ram-se uma das consequências da Queda um lado isso possibilitou a humanidade
(Lc 22.24-26). rejeitar o Deus Criador, por outro trouxe
3.3 - Consequências espirituais do também obrigações a cada um de nós, pois
pecado. Apesar de vermos o quanto o somos responsáveis por nossas decisões e
pecado afetou a humanidade, primeira atitudes, em relação a Deus, a nós mesmos
mente em seu aspecto pessoal, atingindo e às demais pessoas.
até mesmo a própria natureza, a “morte”
mencionada pelo Criador a Adão, como APROFUNDANDO-SE
se pode ver, não se referia simplesmente “O ponto de vista bíblico é que o pecado
à morte física, ou a cessação da vida, mas originou-se no abuso da liberdade conce
apontava para a privação momentânea dida aos seres criados, os que foram equi
da presença divina durante a vida terrena pados com o uso da vontade. Não foi Deus
do ser humano e, posteriormente, a sepa o criador do mal. O mal é uma questão de
ração eterna de Deus (Gn 2.17). Chamada relacionamento e não algo provido de subs
de “segunda morte” trata-se da pior con tância. Basicamente, desconsidera a glória,
sequência que pode vir sobre qualquer a vontade e a Palavra de Deus. Rompe com
ser humano, pois significa o banimento e a relação de obediência para com a fé em
a deserção eterna da presença do Cria Deus, e toma a decisão de falhar diante dEle.
dor, privando a criatura completamente A vontade é um importante corolário da
de voltar à sua fonte originária (Ap 2.11; personalidade racional. A ação moral é aqui
20.6,14; 21.8). lo que determina o caráter. E isso envolve
6 Discipulando Aluno 1
um tremendo risco, o de fracassar. Deus, ao 4. Cite as três principais consequências
prover espaço para a tomada de decisões do pecado.
Livres e morais aos anjos e seres humanos
que criou, teve de permitir a possibilidade
do fracasso em algumas de suas criaturas.
Sem essa possibilidade, não haveria Liberda
de genuína nem verdadeira personalidade.
5. O que é a “segunda morte”?
O pecado, por conseguinte, originou-
-se da Livre escolha das criaturas de Deus.
Em Lugar de crer e confiar em Deus, e
corresponder a seu admirável amor e à sua
provisão, destronaram-no, e entronizaram
o próprio ‘eu’. A incredulidade e o desejo
de exaltar o próprio ‘eu’ foram elemen-
SUGESTÃO
tos-chaves do primeiro pecado” (William DE LEITURA
Menzies e Stanley Horton. Doutrinas Bíbli Teologia Sistemática: Uma Pesperctiva
cas: Os Fundamentos da nossa Fé. 5.ed. Rio Pentecostal
de Janeiro: CPAD, pp.72,74).
Uma obra completa para os principais te
mas doutrinários para o professor dominical
Manual do Professor de Escola Dominical
VERIFIQUE SEU Esta obra tem a finalidade auxiliar os
APRENDIZADO educadores cristãos através de um estilo
claro e preciso
1. Segundo o primeiro ponto da Lição, quais
são os três elementos estruturais que sin Manual do Discipulador Cristão
tetizam a trajetória humana? Descubra a importância de ser e fazer
discípulos.
Você Sabia?
2. Cite os dois aspectos principais da uni
Que o “tema da salvação já aparece
versalidade do pecado.
em Gênesis 3.15, na promessa de que o
Descendente - ou ‘semente’ - da mu
lher esmagará a cabeça da serpente.
‘Este é o protoevangelium [protoe-
vangelhol, o primeiro vislumbre da
3. Em sua opinião, por que Deus abomina o salvação que virá através daquELe
pecado estrutural tanto quanto o pecado que restaurará o homem à vida”'
pessoal? (Daniel B. Pecota. A Obra Salvífica
de Cristo In Stanley Horton (Ed.). Te
ologia Sistemática: Uma Perspectiva
Pentecostal. i.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
1996, p.337).
Primeiro Ciclo 7
O Fracasso de
Representar
o Reino de Deus
% *.
Primeiro Ciclo 9
dido, é que Deus mudou o seu nome para tendo de servir a um povo diferente (Gn
Abraão que pode ser traduzido para "pai de 15.13). Após o periodo áureo do povo es
uma multidão" (Gn 17.5). Apesar de o foco de colhido no pais, "levantou-se um novo rei
nossa reflexão não ser o milagre de o casal sobre o Egito, que não conhecera a José, o
ter tido um filho em sua velhice, é digno de qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos
menção que o cumprimento da promessa filhos de Israel é muito e mais poderoso do
de fazer de Abraão uma grande nação, só que nós” (Êx 1.8,9). Com essa observação,
pôde tornar-se uma realidade porque o o faraó intentava promover um genocídio
Senhor permitiu que Sara, idosa e estéril, eliminando todos os bebês israelitas (cha
concebesse Isaque, o filho da promessa mados de hebreus) do sexo masculino (Êx
(Gn 16.1; 21.1-13). 1,15,16), ao mesmo tempo em que oprimia
os descendentes de Abraão (Êx 1.11-14). O
2. A FORMAÇÃO DO POVO pequeno clã tornara-se numeroso, e mes
SANTO E DO REINO mo subjugados a condição de escravos,
multiplicaram-se tanto que o Egito não
SACERDOTAL pode mais segurá-los. Tal, porém, não
2.1 - Jacó e Esaú. É interessante e ocorreu de forma tão rápida como se pode
curioso notar que Isaque era filho de pensar. Desde a ordem do faraó para que
uma mulher estéril e, ao casar-se, o fez se eliminassem os meninos hebreus, até a
sem saber, com Rebeca, que também libertação do povo de Israel, passaram-se
era estéril. Após vinte anos de oração oito décadas! Os hebreus tornaram-se um
ela concebeu e teve dois filhos: Esaú e grande povo e. sob a liderança de Moisés,
Jacó (Gn 25.19-28). Cercados por conflitos após o terrível juízo das dez pragas (Êx
familiares que se iniciaram ainda na ges 3.112.51), deixaram o Egito em direção à ter
tação, Esaú tornou-se mais apegado com ra que Deus prometera a Abraão (Gn 12.6,7;
Isaque, e Jacó, por sua vez, com Rebeca 13.14-17; 1518-21; Êx 2.23-25; 3 6-9,15-17).
(Gn 25.22,28,29-34). Após uma conturbada
2.3 - De uma tribo nômade a uma
convivência, os dois irmãos separaram-se,
grande nação. Chamado para ser um rei
reconciliando-se depois de duas décadas no sacerdotal (Êx 19.6), isto é, mediador da
(Gn 31.41 cf. 32.233.17). Foi durante o trajeto
relação entre Deus e a humanidade, Israel
desse encontro que Deus mudou o nome
recebera responsabilidades inerentes
de Jacó para Israel (Gn 32.22-32), nome
aos seus privilégios (Dt 4.32-40; 7.6-11).
este que designou primeiramente o povo Todavia, desde a saída do Egito (Êx 14.10-
escolhido e que, até os dias de hoje, de
12), tudo indicava que o povo teria muita
signa também o pais. Assim, a formação dificuldade em cumprir o seu mandato.
das doze tribos de Israel vem dos filhos de Mesmo assim, visando formá-los, Deus
Jacó, entre os quais temos José que, após promulgou leis e estatutos para educar e
ser vendido por seus irmãos, de escravo garantir que o processo de libertação ini
tornou-se governador no Egito (Gn 371-36; ciado no Egito fosse completo (Êx 20.2; Dt
39.141.57). Dessa forma o povo de Israel 4.1-
49; 6.1-25). Esse “estágio” de quarenta
formou-se no Egito. anos de peregrinação no deserto era uma
2.2 - De escravos a um grande povo. forma de Deus moldar o caráter do seu
Apesar de Deus não ter revelado a forma povo, punindo os ingratos e sempre ofe
como introduziría os descendentes de recendo uma nova oportunidade, pois Ele
Abraão no Egito, Ele revelou que ali os sabia o que aquela imensa tribo nômade
familiares do patriarca seriam afligidos que caminhava no deserto se tornaria
10 Discipulando Aluno 1
futuramente, ou seja, uma grande nação decidiu que não mais queria essa forma
que deveria representar o que significava de governo, antes, como todas as nações,
ser governado pelo Criador (Nm 14.33; Dt exigiram um rei, o Criador disse a Samuel:
2.7; 8.2,4; 29.5). “Ouve a voz do povo em tudo quando te
disser, pois não tem te rejeitado a ti; antes,
3.0 FRACASSO DE ISRAEL a mim me tem rejeitado, para eu não reinar
EM REPRESENTAR O QUE sobre ele” (1 Sm 8.7 cf. 10.17-19). Em sua
misericórdia, o Criador ainda advertiu os
SIGNIFICAVA SER
filhos de Israel através de Samuel, ofe
GOVERNADO POR DEUS recendo um prognóstico do que seria a
3.1 - O período dosjuízes. Após a mor realidade do povo durante a monarquia (1
te de Moisés, seu principal auxiliar, Josué, Sm 8.9-22). Entretanto, mesmo assim, os
tornou-se seu sucessor e introduziu o povo descendentes de Abraão que deveríam
de Israel na terra que Deus prometera a ser diferentes e demonstrar o que signifi
Abraão (Dt 31.1-29; 34.1-12; Js 1.1-18). Josué cava ser governado diretamente por Deus,
inaugura o período dos chamados juizes, preferiram ser como as demais nações.
uma época de duração incerta (cerca de 3.2 - Os períodos dos reinos unido e
300 ou 400 anos), onde Deus levantava dividido. Com Saul tem início o período da
pessoas que tinham o papel de orientar monarquia em Israel (1 Sm 10.1-27). Este
o povo acerca de qual caminho tomar (Js então foi sucedido por Davi que, por sua
24.26-33; Jz 2.16-23). Lamentavelmente, vez, foi sucedido por seu filho Salomão (1
após a morte de Josué, levantou-se uma Sm 16.1-13; 2 Sm 2.1-32; 1 Rs 2.1-46). Esses
nova geração do povo que fora chamado três reis formam o período do chamado
para ser santo, ou seja, separado exclu reino unido e teve a duração de 120 anos,
sivamente para Deus, figurando como sendo quarenta para cada reinado. Depois
modelo para os outros povos. Tal gera de Salomão, Israel dividiu-se em dois rei
ção, informa-nos o livro de Juizes, “não nos, o do Sul (chamado de Judá) com duas
conhecia o Senhor, nem tampouco a obra tribos, e o do Norte (chamado de Israel)
que fizera em Israel” (Jz 2.10). Conforme se com as outras dez tribos.
pode verificar no livro de Juizes (sobretu
3.3 - Israel perde a soberania e volta
do na abertura de cada capítulo), o povo
a ser escravo. Por estar dividido, Israel
seguiu cambaleante e, em vez de aceitar
enfraqueceu-se e, em 722 a.C., a Assíria
o método de governo escolhido por Deus, põs um fim ao reino do Norte. Em 581 a.C.,
preferiu tornar-se como as outras nações, depois de três etapas de cativeiros, foi a
pois como sugere o último versículo do vez do reino do Sul ser definitivamente
referido livro, “Naqueles dias, não havia aniquilado pela Babilônia. Assim, além de
rei em Israel, porém cada um fazia o que os descendentes de Abraão nunca terem
parecia reto aos seus olhos” (Jz 21.25). Para conseguido ocupar todo o território que
o povo escolhido, a solução estava em se Deus prometera ao patriarca, acabaram
ter um rei. perdendo completamente a sua sobe
Nesse contexto nasceu Samuel que, rania, tornando-se novamente vassalos
praticamente, exerceu os ofícios de juiz, e “escravos" de outros povos. Apesar de
profeta e sacerdote em Israel (1 Sm 3.19; Israel ter tido oportunidade de voltar à sua
7.5-17; 12.1-25). Ele foi responsável por fa terra, sua soberania só foi estabelecida no
zer a transição entre o período dosjuízes século passado quando, em 14 de maio de
e a monarquia. Quando o povo de Deus 1948, foi criado o moderno estado de Israel.
Primeiro Ciclo 11
CONCLUSÃO 2. Para quê Deus formou a nação de Israel?
APROFUNDANDO-SE
Conhecida como "teologia da subs
tituição", existe uma ideia equivocada
de que atualmente a Igreja é o Israel de 4. Cite os três principais períodos da his
Deus, e que. por isso, pode desfrutar de tória de Israel.
todas as bênçãos materiais prometidas
por Deus ao seu povo no Antigo Testa
mento. Apesar de a Bíblia, de fato, ensinar
algo acerca desse ponto, o erro está em
como se interpreta tal questão. Conforme
instrui-nos o apóstolo Pedro, a missão da 5. De acordo com 1 Pedro 2.9, fomos cha
Igreja, como "geração eleita, sacerdócio mados para quê?
real, nação santa e povo adquirido", assim
como Israel, é anunciar “as virtudes da
quele que ínosl chamou das trevas para
a sua maravilhosa luz" (1 Pe 2.9), e repre
sentar o que significa ser governado por
Deus, nada tendo com domínio do mundo.
VERIFIQUE SEU
Você Sabia?
APRENDIZADO
1. Abraão foi chamado por Deus para ser Que a chamada “Torre de Babel”
uma bênção. Explique. era uma espécie de zigurate, algo
parecido com uma pirâmide? E que,
à época, era um dos monumentos
mais altos do mundo?
Para conhecer mais leia R. K. Harrison.
Tempos do Antigo Testamento: Um
contexto social, político e culturaL i.ed.
Rio de Janeiro: CPAD, 2010. pp.52-54.
12
Estudada em / /
Quem é
Jesus
1. O FILHO DO HOMEM
1.1 - A primeira profecia acerca do
Toda e qualquer
Libertador. Ainda nos primórdios da hu
manidade, quando a serpente enganara a
pessoa defende o
Eva, o texto de Gênesis 3.15 informa que
seu direito de ir e
um descendente da mulher, esmagaria a
cabeça da serpente (“réptil" que, na Bíblia, vir, de expressar-
tipifica Satanás, cf. Ap 12.9; 20.2). Em sua
bondade e misericórdia, o Criador sabia se, de emitir sua
que a humanidade caída se tornaria escra
va de seus próprios desejos egoístas, por opinião...
isso, ali mesmo, o Senhor fez tal promessa
que antevia a necessidade da libertação
14 Discipulando Aluno 1
alguém enviado por Deus, pois a pessoa, tornar-se um ser humano como nós (Jo
em si, não tem superpoderes (Dn 8.17 cf. Tg 1.1-14). Justamente por isso o apóstolo do
5.17.18). No entanto, quando a expressão é amor informa, inclusive, que tudo o que
utilizada de forma profética, referindo-se a existe foi igualmente feito, ou criado, não
alguém que transcende, ou seja, que ultra apenas por Deus, mas também pelo Filho
passa o acontecimento histórico de quem de Deus (v.3). É glorioso pensar no fato de
está profetizando, diz respeito ao Enviado que, mesmo com toda essa importância,
especial de Deus, cuja identificação com diz João, “o Verbo se fez carne e habitou
a nossa humanidade se faz necessária entre nós, e vimos a sua glória, como a
para que Ele possa ser ouvido: “Eu estava glória do Unigênito do Pai, cheio de graça
olhando nas minhas visões da noite, e eis e de verdade” (v.14).
que vinha nas nuvens do céu um como o 2.2 - O “nascimento” do Filho de Deus.
filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de A própria simplicidade do nascimento ter-
dias, e o fizeram chegar até ele" (Dn 7.13 cf. renal do Filho de Deus demonstra o quanto
Ap 1.13; 14.14). É possível notar que depois Ele, a despeito de ser divino, se sujeita a
de Ezequiel e Daniel que, inclusive, não identificar-se conosco naquilo que é mais
deram a si mesmos esse título, mas foram, comum, simples e trivial (Lc 2.1-38). Sua
por Deus, assim chamados, o único a ter discrição contrasta com a pompa e a gran
tal título atribuído a si mesmo, inclusive diloquência humanas. É bem por isso que
por Ele, foi Jesus (a expressão é abundan Herodes surpreende-se com a informação
temente citada nos quatro Evangelhos). dos magos do Oriente de que nascera, em
Em Romanos, e também na primeira Belém, um rei (Mt 2.1-12). Temendo perder
epístola aos Corintios, Paulo refere-se ao o seu posto, e na intenção de exterminar o
Enviado de Deus como o “último Adão" que Filho de Deus, o malévolo governador da
tem poder e legitimidade de representar Judeia, mandou então que se assassinasse
a humanidade, tal como o primeiro Adão todos os meninos belemitas de até dois
o fizera no Jardim do Éden (Rm 5.12-21:1 anos (Mt 2.13-18). Felizmente, divinamente
Co 15.21-49). Assim como aquele era ho avisado, José, esposo de sua mãe Maria,
mem, este último também o é! A diferença considerado pai terreno de Jesus, fugiu
entre ambos é que, enquanto o primeiro com ela e o menino para o Egito, escapan
sucumbiu à tentação, o último, embora do assim da crueldade herodiana.
em tudo tenha sido tentado, não pecou. 2.3 - O que significa ser “Filho de
E é justamente nisso que Ele, ao mesmo Deus". Em um de seus embates com os
tempo em que se identifica conosco, se religiosos de sua época, ao utilizarem a
distingue do outro Adão, podendo nos figura de Abraão inquirindo Jesus se Ele
ajudar (Hb 2.5-18; 4.14-16). achava-se mais importante que o pa
triarca, o Mestre respondeu que Abraão
2.0 FILHO DE DEUS ansiou por vê-lo atuando e que, pela
2.1 - A pré-encarnação do Filho de fé “viu", tendo, por isso, se alegrado (Jo
Deus. O evangelho de João, em seu ca 8.53,56). Indignados com essa afirmação,
pitulo primeiro, chamado de “prólogo”, e alegando o fato de Jesus não ter ainda
informa que a existência do Filho de Deus, cinquenta anos, sendo por isso impossível
identificado no texto pela expressão "Ver ter “visto” Abraão, o Mestre respondeu
bo", antecede em muito o seu nascimento que antes do patriarca Ele “já era", isto é,
humano, É o que chamamos de “pré-en- já existia (Jo 8.57.58). Em outra situação, ao
carnação", isto é, sua existência antes de revelar ser Filho de Deus, Jesus sabia que
Primeiro Ciclo 15
tal pronunciamento significava o mesmo reconhecia isso e sabia que seu tempo
que afirmar que era semelhante, ou igual, a terminaria assim que chegasse a “luz" (Jo
Deus (Jo 5,18). Em outras palavras, confor 1.6-10,15-34).
me os próprios judeus entenderam bem, 3.3 - Jesus desenvolve seu ministério
Ele estava dizendo que era Deus. O pro terreno e cumpre sua missão. Em um
pósito primário de dizer que o Enviado é curtíssimo espaço de tempo de aproxi
o Filho de Deus, além de isso ser verdade, madamente três anos, Jesus revolucionou
ressalta o caráter de sua dupla natureza, a realidade, primeiramente dos judeus e,
ou seja, Ele tanto é humano quanto divino, posteriormente, do mundo inteiro. Tudo
identificando-se conosco através de sua em Jesus surpreende, desde seu nasci
humanidade, e com Deus, através de sua mento até a sua ressurreição. Em virtude
divindade. Assim, é o único, verdadeiro e de termos diversas lições que aborda
exclusivo mediador entre nós e Deus (1 Tm rão, tanto o caráter do Mestre quanto os
2.5; Hb 8.6; 9.15; 12.24). vários aspectos da sua atuação e obra,
basta agora apenas dizer que Ele é o
3. JESUS DE NAZARÉ personagem central da história, o ponto
3.1 - Infância, adolescência e ju para onde todas as coisas convergem e
ventude de Jesus. Após o nascimento encontram sentido.
do Filho de Deus e sua apresentação
no Templo, a fuga para o Egito e a volta CONCLUSÃO
da família para morar em Nazaré (daí o Uma única lição é muito pouco para se
porquê de Ele ser chamado de “Jesus falar acerca de quem é Jesus de Nazaré.
de Nazaré"), excetuando um pequeno Na realidade, tudo o que dissermos jamais
acontecimento em sua pré-adolescéncia será suficiente para descrever tudo o que
(Lc 2.39-51), Lucas é sucinto em informar Ele representa e é. O que importa é que
que “crescia Jesus em sabedoria, e em já o conhecemos e devemos permanecer
estatura, e em graça para com Deus e os firmes em conhecê-lo ainda mais, princi
homens” (Lc 2.52). Assim, fora o fato de palmente de forma prática Parafraseando
que Jesus provavelmente deve ter tido o apóstolo do amor, se fôssemos abordar
uma vida como qualquer menino judeu tudo o que Ele é, e fez, nem “ainda o mun
de sua época, tudo o que se disser sobre do todo poderia conter os livros que se
sua trajetória, sobretudo acerca desse escrevessem" (Jo 21.25).
período em que a Bíblia silencia, é mera
especulação.
3.2 - Jesus apresenta-se a João Ba
tista. Com a idade de trinta anos Jesus APROFUNDANDO-SE
apresenta-se ao seu primo distante, João
Devido a riqueza da expressão grega
Batista, e permite-se ser batizado (Mt 3.13-
Logos, traduzida no Evangelho de João,
17). Apesar da relutância do Batista, Jesus
em português, como “Verbo" ou “Palavra”,
quer identificar-se com as pessoas de seu
tempo, e “cumprir toda a justiça" (Mt 3.15). vale dizer que essa expressão reproduz
Contudo, Ele é objetivo ao dizer que “todos “a plena revelação de Deus, da mesma
os profetas e a lei profetizaram até João" maneira que a lei, proveniente da escrita
(Mt 11.13; Lc 16.16). Em outras palavras, um das Escrituras hebraicas até a sua época,
novo tempo chegara (Mc 1.1 cf. Lc 7.18-22). era uma revelação de Deus” (Benny C.
Verdade seja dita, até mesmo João Batista Aker. João In French L. Arrington e Roger
16 Discipulando Aluno 1
Stronstad (Eds.). Comentário Bíblico Pen-
tecostal Novo Testamento. 2,ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2004, p.495).
VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO I SUGESTÃO
■ I DE LEITURA
1. De acordo com a lição, porque Jesus era
chamado de “Filho do homem"?
Teologia Sistemática: Uma Pesperctiva
Pentecostal
Uma obra completa para os principais te
mas doutrinários para o professor dominical.
Manual do Professor de Escola Dominical
Esta obra tem a finalidade auxiliar os
2. Qual a principal diferença entre o pri educadores cristãos através de um estilo
meiro e o “último” Adão? claro e preciso
Manual do Discipulador Cristão
Descubra a importância de ser e fazer
discípulos.
Primeiro Ciclo 17
O Caráter
de Jesus
Primeiro Ciclo 19
há. E muitas lições de Jesus foram ensina a proteção de “doze legiões de anjos" (Mt
das no silêncio de suas ações e postura (Jo 26.53). Ao governador da Judeia, Pôncio
8.2-11; 131-17). Pilatos, o Mestre disse que a autoridade
que o governante tinha para condená-lo,
1.3 - A coerência de Jesus. Não havia
havia sido dada por Deus e, de certa forma,
dissociação entre o que Jesus falava e fa
pelo próprio Jesus (Jo 19.9-12)!
zia, ou entre o que praticava e dizia. Como
disseram os vacilantes discípulos saindo 2.2 - Amando até as últimas conse
de Jerusalém em direção à aldeia de quências. Jesus tinha plena consciência do
Emaús, ‘‘Jesus, o Nazareno, I...1 foi um pro porquê de ter sido enviado a este mundo.
feta poderoso em obras e palavras diante Assim, poucas horas antes de ser definiti
de Deus e de todo o povo” (Lc 24.19). Em vamente preso, o apóstolo João informa
outras palavras, Jesus era coerente, pois que “antes da festa da Páscoa, sabendo
Ele tanto fazia, ou seja, praticava, quanto Jesus que já era chegada a sua hora de
ensinava (At 1.1). Muito diferente dos líde passar deste mundo para o Pai, como havia
res religiosos e ensinadores de Israel que, amado os seus que estavam no mundo,
conforme dissera o próprio Jesus, diziam, amou-os até ao fim" (Jo 13.1). Nessa im
mas não praticavam e nem viviam o que portante reunião estava Judas Iscariotes,
ensinavam (Mt 23.3). Na verdade, revelou o discípulo que traíra e vendera o Mestre
o Mestre, aqueles homens amarravam (Mt 26.14-16). Mesmo assim, como informa
fardos pesados e difíceis de carregar, e o apóstolo do amor, Jesus amou os seus
colocava-os nos ombros do povo, mas eles discípulos até o fim. Amou a Pedro que o
mesmos não se dispunham a movê-los negou, e os demais que se dispersaram
nem sequer com um dedo (Mt 23.4). com a sua prisão e também a Tomé que
dEle duvidou (Jo 18.25-27; 20.19; Mt 26.31;
2. O CARÁTER DE JESUS Mc 14.27; Jo 20.26-29). Ao agir assim com
seus discípulos, Jesus dava-lhes outra
EVIDENCIADO NO
oportunidade e uma nova chance.
DESEMPENHO
2.3 - Perdoando a todos. Mesmo
DE SUA MISSÃO sendo perseguido e hostilizado pelo povo,
2.1 - Jesus não usou o seu poder para
livrar-se da tentação e do sofrimento.
Quando Jesus foi conduzido, pelo Espírito
de Deus, ao deserto a fim de ser tentado,
ou provado, demonstrou mais uma vez Não havia
porque merece reverência e adoração
(Mt 4.1-11). Debilitado pelos quarenta dias dissociação entre
de jejum e, portanto, suscetível a ceder,
o Mestre suportou todas as ofertas do o que Jesus falava
Tentador sem apelar para o seu poder,
mas apenas à Palavra. Semelhantemen e fazia, ou entre o
te, ao ser preso no Jardim do Getsêmani,
quando um de seus discípulos feriu o que praticava
criado do Sumo Sacerdote, cortando-lhe
a orelha, Jesus, além de curar o seu algoz, e dizia.
ainda repreendeu o seu discípulo e disse
que, se quisesse, poderia solicitar a Deus
20 Disop.üáftds 1
bênçãos que o Pai concedia às pessoas.
Foi assim ao glorificar a Deus por Ele ter
revelado a chegada do seu Reino para os
simples em vez de privilegiar os podero
Jesus glorificava sos (Mt 11.25; Lc 10.21). Da mesma forma
aconteceu na ressurreição de Lázaro,
a Deus pelas bên Jesus glorificou ao Pai por atendê-lo, mais
uma vez, como sempre fazia (Jo 11.41).
çãos que o Pai con Falando de sua morte aos religiosos do
seu tempo, Jesus pediu ao Pai que glori-
cedia às pessoas. ficasse a si mesmo, ou seja, demonstrasse
que estava de acordo com a afirmação
da morte do Filho de Deus (Jo 12.27,28).
Quando a voz veio, e disse que já havia
“glorificado" e outra vez o glorificaria, o
Mestre afirmou que a voz não tinha soado
pregado na cruz, sentindo dores excru-
por amor dELe, mas por amor ao povo (Jo
ciantes, Jesus orava ao Pai pedindo que
Deus não lhes imputasse aquele pecado: 12.29,30).
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que 3.3 - Deus precisa orar? Finalmente,
fazem" (Lc 23.34). Não há amor maior que uma das maiores demonstrações de sua
este (Jo 15.13; 3.16). Contudo, é justamente humanidade e submissão, era o fato de
esse tipo de amor que Deus espera que que Jesus, mesmo sendo Deus, orava ao
tenhamos (1 Jo 3.16). Pai, passando noites inteiras em oração
(Lc 6.12). Caberia até mesmo a pergunta:
3. O CARÁTER DE JESUS “Deus precisa orar?" Se orar for somente
EVIDENCIADO EM SEU RELA pedir, talvez não. Mas acontece que orar
é dialogar com o Pai, por isso Jesus o
CIONAMENTO COM DEUS
fazia. E orar pedindo, mesmo sabendo
3.1 - A obediência de Jesus em rela que não seria atendido? Assim aconteceu
ção ao Pai. Enviado pelo Pai para cumprir no Getsêmani (Mt 26.39; Mc 14.35,36; Lc
sua missão, ainda em sua adolescência, 22.41,42). Mas, como fica claro, Ele estava
Jesus demonstrou ter essa consciência, empenhado em fazer a vontade do Pai e
pois chegou a perder-se de José e Maria não a sua.
por estar envolvido em um debate com
doutores da Lei (Lc 2.41-50). Resoluto CONCLUSÃO
em seu propósito, dizia que não veio Pelo pouco que analisamos no espaço
para fazer a sua vontade, e sim a vonta dessa lição, há um caminho muito claro a
de daquEle que o enviara (Jo 6.38). Seu ser trilhado por aqueles que creem em
compromisso era tão real, que afirmava Jesus Cristo e que, por isso mesmo, de
que sua comida era fazer a vontade de vem procurar adequar-se ao caráter do
seu Pai (Jo 4.34). Isso fazia porque, como seu Mestre. Tal não pode ser feito com o
diz o hino cristológico de Filipenses 2.5-11, simples ato de se decorar pontos doutri
mesmo sendo divino, não tinha apego a nários ou reproduzir costumes religiosos,
sua igualdade com o Pai. mas é na arena da vida, da dura realidade
3.2 - Adorando ao Pai. É maravilhoso do mundo, que devemos viver como Je
ver que Jesus glorificava a Deus pelas sus viveu.
Primeiro Ciclo 21
APROFUNDANDO-SE 3. Em sua opinião, qual a importância do
fato de Jesus não usar o seu poder para
Ao longo do texto foi comentado, ao
livrar-se da tentação e do sofrimento?
menos duas vezes, sobre o “Hino cristoló-
gico" de Filipenses 2,5-11. Há uma corrente
interpretativa que defende essa porção bí
4. O que Jesus proporcionou aos seus
blica como sendo um hino que era cantado
discípulos, agindo com perdão e amor,
na igreja do primeiro século. É discutível se
diante do abandono, da negação e da
ele já existia e Paulo o utilizou ou se Paulo
incredulidade?
é o seu compositor, Independentemente
de ser ou não um hino, o fato relevante
é a mensagem que o material objetiva 5. Sendo Deus, por que Jesus orava?
passar: Os que creem em Jesus devem ter
o mesmo sentimento, ou disposição, que
houve no Filho de Deus. Para saber mais leia
Matthew Henry Comentário Bíblico Novo
Testamento — Atos a Apocalipse i.ed, Rio
de Janeiro: CPAD, 2008, pp.617-18.
■ SUGESTÃO
DE LEITURA
Manual de Ensino para o Educador Cristão
Uma seleção de princípios e práticas, incluin
Você Sabia?
Que um dos títulos atribuídos a Jesus,
a partir do que diz o profeta Isaias
(53.1-12). é o de “Servo Sofredor”? E
que, como previu o chamado profeta
do preciosos esclarecimentos tanto para o messiânico, o fato de Jesus assim se
professor iniciante como para o experiente. apresentar foi uma das causas de sua
Um Mestre Fora da Lei rejeição por parte dos judeus? Foi
assim porque o povo esperava um
Ele ainda é Ele mesmo, e está disponível
Messias, ou Cristo (“ungido”), com os
para todos aqueles que gostariam de
mesmos traços dos reis poderosos e
conhecê-lo.
pomposos da antiguidade. Entretanto,
quando chegou o tempo determina
VERIFIQUE SEU do por Deus, o Pai enviou seu Filho
22 Discipulando Aluno 1
Estudada em / /
O Ministério
de Jesus
24 Discipulando Aluno 1
usado também pelo Inimigo de nossas al
mas, procurou dissuadi-lo de cumprir sua
missão (Mt 4.1-11; Mc 1.12,13; Lc 4.1-13; Mt
Quando Jesus en 16.21-23; Mc 8.31-33). Tais tentações são
piores porque procuram seduzir-nos pela
sina que quem nas vaidade e o poder.
2.2 - Capacitado pelo Espirito Santo.
ce do Espírito, deve Desde a miraculosa concepção de Maria,
vemos que o Espírito Santo de Deus acom
aprender a ser guiado panha o Senhor Jesus (Mt 1.18; 3.16; 12.18;
Mc 1.10; Lc 1.35; 3.21,22; Jo 1.32.33). É uma
grande lição percebermos que, mesmo
pelo Espírito, nin sendo Deus, Jesus não abriu mão da as
sistência do Espirito Santo. Incrivelmente,
guém melhor que Ele foi o Espírito Santo que conduziu Jesus ao
deserto para que fosse provado (Mt 4.1; Mc
demonstrou isso [...]. I. 12; Lc 4.1), e também o instruiu e capacitou,
em todos os momentos de seu ministério,
auxiliando-o na missão que deveria cumprir
(Mt 12.22-32; Mc 13.9-11; Lc 10.21; At 1.2).
Quando Jesus ensina que quem nasce do
Espírito, deve aprender a ser guiado pelo
Espírito, ninguém melhor que Ele demons
dimensões, era único e suficiente, pois o
sacrifício foi realizado, em nossa realida trou isso em sua vida (Jo 3.8; Lc 4.14-22;
II. 13; 12.10-12). Além de uma promessa do
de, mas tem o mérito e a capacidade de
alterar, em todos os âmbitos, a condição Senhor (Mt 10.19,20; Jo 7.38,39; 14.16,17,26;
pecaminosa humana, ao mesmo tempo 15.26), que Ele, inclusive cumpriu (Jo 20.22;
em que destina a criação, que também foi At 1.4,5,8; 2.1-13), esse é também um dos
transtornada pelo pecado, à sua completa grandes ensinamentos da Igreja do primeiro
restauração (Ef 1.10). século (Rm 8.1-30; 1 Co 2.12-16; Gl 5.16) que,
devido a sua importância, deve continuar
2. O MINISTÉRIO DE JESUS sendo ensinado em nossos dias.
NA PERSPECTIVA DIVINA 2.3 - A missão concluída. Sem que nada
pudesse contê-lo, Jesus concluiu a sua
2.1 - A missão designada pelo Pai. Re
missão terrena dizendo que, justamente por
soluto no cumprimento de sua missão, até
isso, glorificara o Pai e assim pôde exclamar:
mesmo Jesus Cristo enfrentou dificuldades
"Está consumado" (Jo 17.4 cf. 19.30). Apesar
em seu caminho para fazer a vontade do Pai.
de ter sido dolorosamente consumado, o
Ainda criança, foi perseguido por Herodes
ministério terreno do Senhor não “acabou"
que atentou contra a sua vida (Mt 2.13-18),
com sua ascensão aos céus (At 1.4-9). Ele
e não poucas vezes foi ameaçado pela
deixou-nos igualmente essa incumbência,
turba religiosa que se enfurecia com seus
dizendo que os seus discípulos deveríam
ensinamentos (Lc 4.29). Mas não são essas
dar continuidade à missão de levar as Boas
as maiores dificuldades que enfrentou para
Novas, realizando obras até maiores que as
cumprir a missão que o Pai lhe designara.
dEle (Mt 28.19,20; Jo 1412).
As piores e mais sutis, provavelmente, são
as relacionadas ao convencimento de que 3.0 MINISTÉRIO DE JESUS
Ele não precisava fazer o que fora enviado
a cumprir. Nesse particular, Jesus enfrentou NA PERSPECTIVA HUMANA
o próprio Satanás e, posteriormente, Pedro, 3.1 - Reconciliando-nos com Deus.
um de seus discípulos mais próximos que, Completamente espiritual, é imprescindível
Primeiro Ciclo 25
Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito
Santo e com virtude; o qual andou fazendo
A obra realizada o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com ele” (At 10.38).
por Jesus tem uma Vemos que o objetivo de Jesus Cristo não
era levar, ou “tirar", vantagem de ninguém,
justamente o contrário, Ele estava comple
abrangência cujos tamente comprometido em fazer o bem aos
seres humanos.
reflexos e influência 3.3 - Trazendo libertação. Um dos
grandes propósitos do ministério de Jesus,
podem ser sentidos conforme profetizado acerca do Messias, era
libertar as pessoas (Lc 4.14-19). Presas pelo
e igualmente expe legalismo religioso do judaísmo, os judeus
chegaram a negar que um dia tivessem sido
rimentados em nos escravos (Jo 8,33). Entretanto, o que dizer
dos longos 430 anos no Egito e dos 70 anos
sa perspectiva. de cativeiro (Êx 12.40,41; Jr 25.11,12; 29.10)?
Evidentemente que, apesar de presos pelo
legalismo religioso, eles não tinham condi
ções de avaliar a questão por si mesma, daí
- a importância de o Senhor Jesus falar em
libertação para o povo (Jo 8.32,36).
CONCLUSÃO
reconhecer que a obra realizada por Jesus Como se vê, Jesus Cristo exerceu um
tem uma abrangência cujos reflexos e in ministério (a Deus e às pessoas) que não
fluência podem ser sentidos e igualmente se constituiu em ostentar um cargo para se
experimentados em nossa perspectiva. autoafirmar. Ele não precisava de tal prática,
Estando apartados do Criador por causa do pois a prova de que exercera da melhor forma
pecado, era preciso que o preço de tal de o que deveria fazer, foram as duas vezes em
sobediência fosse pago e, ao mesmo tempo, que o próprio Deus afirmou que tinha prazer
reatasse-nos o relacionamento com o Pai em Jesus (Mt 317; 17 5). Que Deus, possa ver
(Rm 5.10,11). Na realidade, complementando em nós a mesma disposição que houve em
o que já foi dito acima, segundo o apóstolo Jesus Cristo, seu Filho (Fp 2.3-18).
Paulo, além de Deus ter nos reconciliado
“consigo mesmo por Jesus Cristo”, o Cria
dor “nos deu o ministério da reconciliação, APROFUNDANDO-SE
isto é, Deus estava em Cristo reconciliando
Ao encarnar-se, Jesus, diz o apóstolo
consigo o mundo, não lhes imputando os
seus pecados, e pós em nós a palavra da Paulo, tornou-se servo (Fp 2.5-11). Isso signifi
reconciliação" (2 Co 5.18,19). ca que a melhor definição para o ser humano
é que este é “servo”. Infelizmente a altivez e
3.2 - Fazendo o bem. Conforme jà foi
o orgulho levam-nos a esquecermo-nos de
repetido diversas vezes, o Mestre não veio
que o Nosso Salvador, o nosso referencial
para ser servido e sim para servir, tanto a
Deus como a humanidade necessitada (Mt último, já foi servo e que, sendo assim, de
20.28; Mc 10,45; Jo 3.16). Uma vez que este vemos perseguir esse mesmo ideal.
era um dos propósitos do ministério terreno
de Jesus Cristo, em uma de suas pregações,
o apóstolo Pedro falou acerca de “como
26 Discipulando Aluno 1
SUGESTÃO 3. Cite os três benefícios, da perspectiva
humana, acerca do sacrifício de Cristo.
DE LEITURA
Teologia Sistemática: Uma Pesperctiva
Pentecostal
Uma obra completa para os principais
temas doutrinários para o professor do
minical.
Manual do Professor de Escola Dominical
Esta obra tem a finalidade auxiliar os 4. Dos três benefícios do ministério de
educadores cristãos através de um estilo Jesus na perspectiva humana, qual você
claro e preciso acha mais relevante? Comente.
VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO 5. Por que Jesus veio trazer Libertação, já
1. Quais são as três dimensões eviden que as pessoas praticavam uma religião?
ciadas na natureza do ministério terreno
de Cristo?
Primeiro Ciclo 27
Lição 6
O Novo
Mandamento
Primeira Ciclo 29
1.3 - Libertação e legalismo religioso. 2.2 - Amar o próximo como a si mesmo.
Se. como disse Paulo, “a lei é santa; e o Equiparado a esse mandamento, Jesus cita
mandamento, santo, justo e bom” (Rm 7.12), ainda Levítico 19.18, onde a segunda parte
como é que em o Novo Testamento há vá do texto diz exatamente o que o Mestre
rias referências negativas à lei (Rm 3.194.25)? respondeu: “Não te vingarás, nem guar
A resposta é que a finalidade da lei (que é darás ira contra os filhos do teu povo; mas
o “amor") foi abandonada (Mt 23.23: Jo 1.17; amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu
Rm 13.10; Gl 5.14). Além disso, é preciso sou o SENHOR" (Mc 12.31). Apesar de haver
igualmente notar que, muitas vezes, a “lei" leis que protegiam o estrangeiro (uma das
a que se referia Jesus, dizia respeito à cha grandes diferenças do código legislativo de
mada “tradição dos anciãos", que não era o Israel em relação às outras nações), como é
texto biblico dos dez mandamentos e muito possível verificar os textos de Êxodo 12.49;
menos o Pentateuco, mas um comentário 22.21 e 23.9, por exemplo, implicitamente, o
paralelo (Mt 15.1-20; Mc 71-23). Assim, a lei mandamento de amar o “próximo" como a
que tinha a finalidade de levar Israel a ter si mesmo, parece especificar que o próximo
uma cultura diferente e acima das outras, é o igual, ou seja, o israelita, ou judeu, que
em exemplo e atitudes, acabou degeneran- possui os mesmos gostos e partilha das
do-se em legalismo religioso, isto é, a falsa mesmas idéias e crenças.
ideia de que é possível salvarmo-nos por 2.3 - O grande mandamento da lei. É
nossos próprios “atos dejustiça” praticados preciso observar que o escriba, chamado
ao observar preceitos religiosos. Algo que de “doutor da lei", questiona Jesus acerca
Paulo reprovava terminantemente, mesmo do grande mandamento da “lei” e não do
porque, “o homem não é justificado pelas Evangelho. Ele pergunta: “Mestre, qual é
obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, o grande mandamento da lei?" (Mt 22,36).
[...] porquanto pelas obras da lei nenhuma Jesus então responde: “O primeiro de
carne será justificada" (Gl 2.16). Da liberta todos os mandamentos é: Ouve, Israel,
ção passou-se ao legalismo retornando ao o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
aprisionamento (Mt 23.1-37). Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de
2. OS DOIS GRANDES todo o teu coração, e de toda a tua alma,
e de todo o teu entendimento, e de todas
MANDAMENTOS: AME A
as tuas forças; este é o primeiro manda
DEUS E AO PRÓXIMO mento. E o segundo, semelhante a este, é:
2.1 - Amar a Deus. Desde a promulga Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
ção do Decálogo no deserto, abrangendo Não há outro mandamento maior do que
o prólogo, bem como o primeiro e o se estes" (Mc 12.29-31). O próprio escriba
gundo mandamentos, a ordem é clara: emendou a palavra do Mestre, dizendo
Não se deve ter outro deus além do Deus que observar esses dois mandamentos,
libertador de Israel (Êx 20.2-6). Foi desse “é mais do que todos os holocaustos e
entendimento que surgiu a Shemá, isto é, a sacrifícios” (Mc 12.33). Na passagem pa
expressão hebraica que pode ser traduzida ralela de Mateus, Jesus disse que desses
como “Ouça Israel”. Trata-se das duas pri “dois mandamentos, dependem toda a
meiras palavras da Torá (Lei), e servem para lei e os profetas" (Mt 22.40). Em outras
introduzir os ensinamentos da lei a Israel. É palavras, essa era finalidade da lei: Levar
por isso que Jesus menciona Deuteronômio as pessoas a amar. A Lei toda podia ser
6.4: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é reduzida, isto é, observada nesses dois
o único SENHOR” (cf. Mc 12.29). mandamentos.
30 Discipulando Aluno 1
pessoas (Mt 12.1-21). Não obstante isso, Je
sus valorizava e priorizava mais as pessoas
É sabido que (Jo 5.1-16). Assim, o mandamento de amar o
próximo como a si mesmo, da forma como
Jesus foi o único era entendido na tradição judaica, parecia
não ser mais do que amar a si mesmo de
ser humano que forma egoística, pois não comportava um
amor ao próximo diferente, ou seja, não ha
cumpriu toda a lei. via espaço para os que não eram como os
religiosos. Todavia, a novidade do manda
mento de amar, trazido pelo Evangelho de
Jesus Cristo, é que Ele não disse para amar
3. 0 NOVO MANDAMENTO como amamos a nós mesmos. Não! Ele
disse que os seus seguidores devem amar
NOS APROXIMA DO REINO como Ele amou (Jo 13.34.35). Em outras
DE DEUS palavras, Jesus é a referência, e também
3.1 - O novo mandamento. É sabido o padrão, de amor que devemos praticar.
que Jesus foi o único ser humano que 3.3 - Somos Cristo para o próximo.
cumpriu toda a lei (Mt 5.17-20). Por ser Enquanto a lei possuía vários mandamen
Deus e ter autoridade para tal, Ele po tos que consistiam em amar a Deus sobre
dia modificar determinados preceitos e todas as coisas e o próximo como a nós
tradições, sobretudo, se aqueles fossem mesmos, o Evangelho tem apenas um
humanos, legalisticos e caprichosos. Por mandamento: Amar como Jesus nos amou.
isso, ao introduzir as mudanças (da lei para E como Ele nos amou? Entregando-se pela
o Evangelho), em seu célebre Sermão do humanidade pecadora, dando a sua vida
Monte, Ele dizia: “Ouvistes o que foi dito por nós, sendo nós ainda pecadores (Rm
aos antigos" e, na sequência, dava uma 5.8). O chamado “texto áureo" da Bíblia.
nova orientação: “Eu, porém, vos digo" João 3.16, precisa ser visto juntamente com
(Mt 57). Foi assim que, na noite em que foi 1 João 3.16: “Conhecemos o amor nisto: que
traído, reuniu os seus discípulos e deu-lhes ele deu a sua vida por nós, e nós devemos
um “novo mandamento" (Jo 13.34,35). Mas, dar a vida pelos irmãos". Sim. Ele deu a sua
se Ele diz para amar e isso já havia na lei, vida por nós, obedecendo ao Pai, e nós,
o que há de “novo”? Aqui entra a grande segundo o apóstolo João, devemos fazer
novidade da proposta de Jesus Cristo. A o mesmo pelos nossos semelhantes. Isso
lei poderia ser resumida em dois manda porque, ensina o mesmo apóstolo, se dis
mentos, ao passo que o mandamento de sermos que amamos a Deus, mas odiamos
Jesus é apenas um. o nosso semelhante, tornamo-nos menti
3.2 - Jesus como referência. “Amar rosos, pois, questiona ele, "quem não ama
a Deus" sobre todas as coisas é algo seu irmão, ao qual viu, como pode amar a
impossível de ser mensurado, Por isso, Deus, a quem não viu?” (1 Jo 4.20). Fazendo
as pessoas podem ser muito religiosas assim, tornamo-nos “Cristo para o próxi
e ainda assim amarem mais a si mes mo", ou seja, as pessoas verão Cristo em
mas, ou sua reputação, do que Deus nós e o nome do Senhor será glorificado,
(Jo 12.42,43). Nesse mesmo assunto, outro sendo, nós mesmos, um testemunho vivo
aspecto interessante de se pensar, é que o nessa sociedade do que é viver orientado
religioso valoriza mais regras religiosas que por Deus (Jo 1334.35).
Primeiro Ciclo 31
CONCLUSÃO 2. É possível alguém se salvar observando
a lei?
Jesus reduziu todos os mandamentos
em um único, pois sabe que se amarmos
como ELe nos ama, certamente Deus virá
em primeiro Lugar em nossa vida, pois
somos servos. O Mestre sabe iguaLmente 3. Cite o grande mandamento da Lei.
que. se amarmos tal como ELe nos ama,
não desprezaremos os nossos semelhan
tes, pois eLes serão mais valiosos do que
regras, sejam eLas religiosas ou não. 4. Qual a diferença entre o “novo manda
mento" do Evangelho e o grande manda
mento da Lei?
APROFUNDANDO-SE
Pentateuco, também chamado deTorá
ou Lei, refere-se ao conjunto dos primeiros
cinco livros da Bíblia (Gênesis. Êxodo, Levíti-
5. Como nos tornamos “Cristo para o
co, Números e Deuteronômio), escritos por
próximo”?
Moisés. É uma das três divisões principais
da Bíblia dos judeus. Tem um valor muito
grande para nós cristãos, pois faz-nos en
tender a necessidade do sacrifício de Cristo
e revela-nos a formação de Israel.
SUGESTÃO
DE LEITURA
Os Dez Mandamentos para os Dias de Hoje
Este livro oferece princípios básicos para
Você Sabia?
interpretar e aplicar os Dez Mandamentos.
Que a palavra “Decálogo" traduz
Recursos Didáticos para a Escola Domi
fielmente o sentido dos Dez Manda
nical
mentos? A expressão significa literal
Aumente a capacidade de absorção de mente “dez palavras" e foram dadas
sua aula, Novos recursos e estratégias a Moisés pelo próprio Deus (Éx 2412;
inovadoras. 31.18). Apesar de a Bíblia dizer que
Deus escreveu em duas “tábuas de
pedra” as dez palavras, ela informa
VERIFIQUE SEU que Moisés, angustiado pela atitude
do povo que se desviara, quebrou as
APRENDIZADO tábuas que Deus lhe dera (Èx 32.19).
1. Para quê foi dada à lei? Posteriormente, o próprio Moisés teve
de talhar outras duas tábuas de pedra
para que Deus nelas escrevesse (Éx
34.1.4,10-28).
Discipulando Aluno 1
Estudada em / /
A Mensagem
de Jesus-
o Reino
de Deus
TEXTO BÍBLICO BASE
Mateus 3.1-3:11.1-5
MEDITAÇÃO Mateus 3
“Em verdade vos digo que, entre
1 - E, naqueles dias, apareceu João Batista
os que de mulher têm nascido, não pregando no deserto da Judeia
apareceu alguém maior do que João
2 - e dizendo: Arrependei-vos. porque é
Batista; mas aquele que é o menor
chegado o Reino dos céus.
no Reino dos céus é maior do que
ele, E, desde os dias de João Batista 3 - Porque este é o anunciado pelo profe
ta Isaías. que disse: Voz do que clama no
até agora, se faz violência ao Reino
deserto: Preparai o caminho do Senhor,
dos céus, e pela força se apoderam
endireitai as suas veredas.
dele, Porque todos os profetas e a lei
profetizaram até João" (Mt 11.11-13), Mateus 11
1 - E aconteceu que, acabando Jesus de dar
instruções aos seus doze discípulos, partiu
dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.
2 - E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos
de Cristo, enviou dois dos seus discípulos
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
3 - a dizer-lhe: És tu aquele que havia de
• SEGUNDA - Mateus 6.10
vir ou esperamos outro?
• TERÇA - Mateus 13.1-58
4 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide e
• QUARTA - Marcos 1.14 anunciai a João as coisas que ouvis e vedes:
• QUINTA - João 1.6-8 5 - Os cegos veem, e os coxos andam: os
• SEXTA - Marcos 1.1-3 leprosos são limpos, e os surdos ouvem;
os mortos são ressuscitados, e aos pobres
• SÁBADO - Marcos 10.15
é anunciado o evangelho.
34 Discipulando Aluno 1
consiste apenas em anunciar a vinda do serem descendência de Abraão. Todavia,
responsável pelo estabelecimento do como os advertira João Batista, eles não
Reino de Deus (Jo 1.6-8; 3.28). deveriam presumir-se de si mesmos o
serem filhos de Abraão, pois “mesmo [das]
2. JESUS CRISTO- pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão"
OFUNDADOR/INICIADOR (Mt 3.9; Lc 3.8).
DO REINO DE DEUS 2.2 - O Batizador com o Espírito San
2.1 - O Cristo/Messias esperado to. Uma das características, e também
anuncia o Evangelho do Reino de Deus. promessas, mais marcantes do Cristo é
Ansiado por todos os judeus, o “Ungido" que, conforme João Batista, enquanto este
(Messias, no hebraico, ou Cristo, no gre batizava com água, para o arrependimen
go), visto como descendente de Davi, to, aquele batizaria com o Espírito Santo e
era aguardado como o grande Libertador com fogo, como forma de revestimento
que restauraria a soberania politica de (Mt 3.11; Lc 3.16; At 1.1-8). Assim, se o ba
Israel. Assim, é com grande entusiasmo tismo de João era um rito de passagem
que Marcos informa que após a prisão de para exemplificar algo que já ocorrera, o
João Batista veio Jesus Cristo pregando o batismo de Jesus marcava uma condição
Evangelho do Reino de Deus (1.14,15). Na permanente de algo que apenas se iniciara
verdade, essa era a principal mensagem com tal revestimento.
do Mestre e mesmo de seus discípulos e 2.3 - O Comissionador dos anun
apóstolos (Mt 4.23; Lc 443; 8.1; At 1.3; 8.12; ciantes do Reino de Deus. Em Mateus
19.8; 20.25; 28.23.30,31). Essa mensagem 10.7 Jesus instrui seus discípulos a que
era ansiosamente aguardada, pois se pen anunciem a chegada do Reino dos céus. A
sava que ao soar dela se acabariam todos mesma passagem é relatada por Lucas ao
os problemas pelo simples fato de eles dizer que Cristo enviou os seus discípulos
a pregar o “Reino de Deus e a curar os
enfermos" (9.2). Essa mesma designação é
repetida em Lucas 10.8,9, quando o Mestre
instrui os seus setenta discípulos: “E, em
É preciso entender qualquer cidade em que entrardes e vos
receberem, comei do que vos puserem
que há uma grande diante. E curai os enfermos que nela hou
ver e dizei-lhes: É chegado a vós o Reino
diferença entre a de Deus". Assim, apesar de Jesus iniciar/
fundar o Reino de Deus, incumbiu seus
expectativa humana discípulos de anunciar tais Boas Novas
(Mc 16.15).
acerca do Reino e a 3. O ESTABELECIMENTO DO
vontade divina a res REINO DE DEUS
3.1 - O conceito de Reino de Deus. No
peito desse mesmo que diz respeito à nomenclatura, ou seja,
a “Reino de Deus", trata-se de expressão
Reino. novíssima, pois não há registro dela no
Antigo Testamento, nem no período in-
tertestamentário, sendo um conceito pra-
Primeiro Ciclo 35
ticamente exclusivo de Jesus (com uma
pequena ocorrência em João Batista) que
nos remete à ideia de um governo ideal, Os sinais realiza
teocrático que só existira no paraíso, o
lugar original e perfeito onde existia plena dos por Jesus Cristo
harmonia entre a humanidade e o Criador
e as todas as demais coisas. Dessa forma, apontam para um
inicialmente é preciso entender que há
uma grande diferença entre a expectativa mundo onde não há
humana acerca do Reino e a vontade divi
na a respeito desse mesmo Reino (Jo 18.36 lugar para doenças,
cf. Lc 11.20). Assim, Reino de Deus significa
o reinado, ou o governo, de Deus sobre to tristezas, angústias
das as coisas. Entretanto, nesse momento,
isso não pode ocorrer pelo simples direito ou dor.
de Deus ser o Criador de todas as coisas,
pois o pecado privou-nos de desfrutar de
tal governabilidade. Para isso acontecer,
é preciso haver recepção voluntária e (Lc 9.46-48; Em outra ocasião Ele disse
consequente submissão à soberania di que quem não recebesse o Reino de Deus
vina. É por isso que Jesus vem anunciar como uma criança jamais poderá entrar
o Evangelho, ou seja, a mensagem que nele; Mc 10.15). No outro caso, ao disputa
consiste no anúncio de que, através dEle. rem entre si quem era o maior, o Senhor
é possível viver ainda aqui sob a égide, ou mostrou-lhes novamente que quem assim
direção, de Deus. quisesse ser, deveria tornar-se o menor
3.2 - Os sinais do Reino de Deus. A (Lc 22.24-27). Por esses exemplos, vê-se
fim de provar às pessoas que o Reino de uma enorme diferença do que significa ser
Deus chegara, Jesus realiza sinais que an cidadão do Reino de Deus e como se deve
tecipam, ou seja, mostram o que significa viver na dimensão desse mesmo Reino.
desfrutar, ainda que de maneira passa
geira, de um mundo onde Deus governa CONCLUSÃO
indistintamente. Em outras palavras, os Somente o amor nos habilita a viver,
sinais realizados por Jesus Cristo apontam ainda aqui na terra, cumprindo a vontade de
para um mundo onde não há lugar para Deus, tal como ela é feita indistintamente no
doenças, tristezas, angústias ou dor (Lc céu. Para isso foi que Paulo instruiu-nos em
7.21,22). Filipenses 2.5-11, a que tivéssemos o mesmo
3.3 - Os cidadãos do Reino de Deus. sentimento, ou disposição, que houve em
Se no aspecto físico Jesus assim o de Cristo Jesus que, sendo Deus, não teve por
monstrara, do ponto de vista social, em usurpação ser igual a Deus, mas abriu mão
dois momentos de injustificada disputa de sua glória e tornou-se servo por amor a
dos discípulos acerca de qual deles era “o Deus, e à humanidade. Assim, Ele espera
maior”. Ele ensinara que na perspectiva do que também façamos, de forma voluntária e
Reino, quem quisesse ser o "maior" deveria sem constrangimento, pois o amor nos leva
receber uma criança como se fosse o pró a amar como Jesus nos amou, tornando-se
prio Mestre, pois aquele que se tornasse esse ato na maior forma de pregação do
o menor entre eles, esse sim seria grande Evangelho do Reino de Deus.
36 __________
APROFUNDANDO-SE 3. Qual foi a principal missão de João
Batista?
Segundo alguns autores, a noção de
milagre como algo extraordinário, só faz
sentido em nosso mundo decaído e peca
minoso, Em um mundo perfeito, ter saúde,
não sofrer e muito menos morrer, é algo
perfeitamente normal Por isso, os milagres
4. Qual a principal diferença entre o batis
realizados por Jesus são apresentados
mo de João e o de Jesus?
como provas de que o Reino de Deus che
gara, pois sinalizam e antecipam a verdade
de que Deus restabelecerá a normalidade
e a perfeição de todas as coisas.
VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO
1.0 que Jesus ensinou que pedíssemos na
Você Sabia?
oração do Pai-Nosso?
Que a expressão "Reino dos Céus', uti
lizada por Mateus, em seu Evangelho,
tem o mesmo significado de “Reino de
Deus”? É que para os judeus, Deus é
um nome impronunciável, e como
Mateus dirige o seu Evangelho a
judeus, a utilização de "Reino dos
2. Por que João Batista foi profetizado por
Céus” é mais apropriada. Dessa forma,
Malaquias com o nome de Elias?
Mateus utiliza abundantemente a
expressão "Reino dos céus”, em mais
de trinta vezes. Mesmo assim, ainda há
cinco ocorrências da expressão "Reino
de Deus" no Evangelho de Mateus
(6.33:12.28:19.24:21.31: 21.43).
Primeiro Ciclo 37
Lição 8
Estudada em /_J_____
O Reino de
Deus já teve
início
Primeiro Ciclo 39
eterno, mas também temporal, ou seja, em torno do Mestre que fora frustrada
possui um início, apesar de nunca ter fim (Lc 24.21 cf. Mc 15.43). Quando eles dizem
(Lc 1.31-33). ao “forasteiro” que esperavam que fosse
Jesus quem “remisse" a Israel, na verdade,
1.2 - Material e espiritual. O fato de
expressavam o anseio de libertação políti
o Reino não haver ainda se materializado
ca que ainda dominava o imagináriojudeu
de forma evidente, não pode ofuscar a
(At 1.6). O “Reino de Deus", para Israel, sig
verdade de que ele é material e não ape
nificava o Messias, descendente de Davi,
nas espiritual, Jesus falou que não tomaria
reinando perpetuamente sobre todas as
mais do fruto da vide, ou seja, o vinho, até
nações e os judeus dominando o mundo.
aquele dia em que, juntamente com todos
Contudo, esse não fora o projeto original
nós os que cremos, o fizer novamente no
de Deus para essa nação (Gn 12.1-3 cf.
Reino de Deus (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18).
Éx 19.6). Dai o porquê de suas expectativas
Além disso, ao designar seus discípulos a
irreais terem sido frustradas. Isso também
pregar, o Mestre os orientara a que deve
ríam dizer “É chegado o Reino dos céus" explica o fato de eles não aceitar Jesus
como Messias, pois esperavam uma figura
(Mt 10.7). E qual era o sinal de que isso, de
mais apresentável do que a de um sim
fato, acontecera? Jesus então diz: “Curai os
ples carpinteiro de Nazaré (Is 53-1-12 cf.
enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os
Mt 13.53-58; Mc 6.1-6). O Reino de Deus já
mortos, expulsai os demônios" (Mt 10.8).
havia chegado, mas eles não perceberam
Os mesmos sinais que Ele apresentara
e não puderam recepcioná-lo, pois espe
aos discípulos de João Batista deveríam
ravam algo diferente (Lc 10.8-24).
ser realizados, em seu nome, e utilizados
como evidência da chegada do Reino (Mt 2.2 - Inobservável e não localizável,
11.1-5). Tais prodígios não são “espirituais” mas real. Apesar de o Reino de Deus não
ou metafóricos, mas concretos e muito re ser ainda observável e nem localizável, já é
ais, servindo ao benefício dos necessitados uma realidade. Como já foi mencionado, ao
e empobrecidos. ser inquirido pelos fariseus acerca do fato
de o Reino de Deus já ter chegado, Jesus
1.3 - Presente e futuro. Outra caracte
respondeu-lhes: “O Reino de Deus não
rística da natureza do Reino é o fato de ele
vem com aparência exterior. Nem dirão:
ser. presente e, ao mesmo tempo, futuro.
Ei-lo aqui! Ou: Ei-lo ali! Porque eis que o
Questionado pelos fariseus a respeito de
Reino de Deus está entre vós" (Lc 17.20,21).
quando o Reino de Deus chegaria Jesus
A despeito de os judeus não perceber,
respondera que o Reino de Deus já estava
o Reino de Deus já estava entre eles na
entre a humanidade (Lc 17.20,21). Mesmo
pessoa de Jesus Cristo e, posteriormente,
assim, havia uma promessa de que o Reino
através dos que acolheram a Palavra do
ainda não estava “completo", pois o Se
Evangelho (Mt 10.7; 13 38). Mas que se
nhor também ensinara acerca do “mundo
entenda, nessa perspectiva, não é a etnia
vindouro” (Lc 20.27-40; Mt 22.23-33; 8.12;
que define quem faz parte do Reino, e sim
Mc 12.18-27).
a aceitação, pela fé, do reinado de Deus
2. O REINO DE DEUS NA sobre a sua vida (Gl 3.6-14).
"ATUALIDADE" 2.3 - Reino ou reinado de Deus?
2.1 - A expectativa israelita frus Assim que. por esse aspecto, parece ser
trada. No caminho de Jerusalém a mais apropriado se falar em “reinado de
Emaús, dois discípulos de Jesus deixa Deus” em lugar de “Reino de Deus”, pois
ram claro que havia uma expectativa não se trata de uma realidade geográ-
40 Disclpulando Aluno 1
fica e Localizada, mas atuante a partir perspectiva política que eles ansiavam,
do coração, ou seja, da inferioridade mas na que Deus prometeu a Abraão (Is
daqueles que acolheram a mensagem 11.1-16; Rm 9.111.32).
do Evangelho (Lc 17,20,21). O estilo de 3.2 - A Igreja. As pessoas que não são
vida dos que são orientados pela ética descendentes dos judeus são considera
do Reino de Deus tem como funda das “gentias”, isto é, “as gentes”, pois não
mento a obediência e a voluntariedade têm a lei. A estas, os judeus deveríam ter
de Cristo (Jo 3.16 cf, 1 Jo 3.16). Assim, a sido exemplo e, seu estilo de vida, um
desobediência do primeiro casal, acaba incentivo para que eles quisessem se tor
encontrando, naqueles que abraçaram nar igualmente servos do Deus Altíssimo
a possibilidade de se viver instruído (Dt 4 5-8). Lamentavelmente, conforme
por Deus, um contraste perfeito sendo, denuncia o apóstolo Paulo, a decadência
igualmente, uma forma de “acertar as do povo escolhido chegou ao limite, pois,
contas” com as nossas origens. Apesar conforme disse dos judeus em Romanos
das dificuldades que enfrentamos nesse 2.24, “o nome de Deus é blasfemado entre
mundo caído para viver à Luz da ética do os gentios por causa de vós" (cf. Is 52.5). É
Reino ensinada pelo Senhor Jesus Cristo, nesse contexto que o apóstolo João infor
cumprindo assim o novo mandamento do ma que apesar de Jesus ter vindo para os
Mestre (Jo 13.34). os cidadãos do Reino judeus, eles o rejeitaram, todavia, aos que
prosseguem vencendo as dificuldades, acolheram a mensagem do Evangelho,
pois o Mestre deu-nos o Consolador independentemente de serem, ou não,
para estar ao nosso Lado, ajudando-nos judeus, Ele “deu-lhes o poder de serem
a viver a realidade do governo divino (Jo feitos filhos de Deus: aos que creem no
14.16,26:15.26; 16.7). seu nome, os quais não nasceram do
3.0 REINO DE DEUS SE sangue, nem da vontade da carne, nem
da vontade do varão, mas de Deus" (Jo
COMPLETARÁ NO FUTURO 1.12,13). Contudo, é preciso ter muito claro
3.1 - Israel. A despeito de Israel ter o fato de que há um propósito em Deus
rejeitado o seu Messias, a Bíblia é clara ao chamar-nos. Fomos chamados para reali
instruir-nos acerca do fato de que tudo zar o trabalho que Israel não realizou, qual
o que foi prometido pelo Criador a esse seja, sinalizar, com nosso estilo de vida, o
povo, no momento certo, se cumprirá (Mt que significa viver, num mundo caído, sob
23 34-39; 1 Pe 2.4.7.S). Haverá um cumpri o reinado de Deus e o governo divino (Mt
mento, em termos de Reino de Deus, para 21.43; 1 Pe 2.9,10).
o povo escolhido, entretanto, não será na
3.3 - O mundo. Uma vez que a pró
pria natureza foi afetada pelo pecado
(Gn 3.17,18), Paulo diz que até mesmo ela
aguarda a redenção, ou seja, a libertação
(Rm 8,18-22). A Palavra de Deus informa-
-nos acerca de um tempo em que o Reino
de Deus será uma realidade completa
e então haverá a mesma harmonia que
existira no Éden entre Criador e criaturas
e destas entre si (Is 11.1-16). Esse tempo
marcará a plenitude do Reino de Deus,
pois a Terra será perfeita e cheia do co-
Primeiro Ciclo 41
nhecimento do Criador, sem necessidade 3. Apesar de inobservável, como o Reino
alguma de que alguém ensine a outrem de Deus pode ser real?
sobre Ele (Jr 3134; Dn 2.34.35).
CONCLUSÃO
Os reinos desse mundo são tem
porais, passageiros e dependem das
circunstâncias para subsistir (Lc 14.31,32).
O reinado de Deus, já é uma realidade na 4. É mais apropriado falar de “Reino de
vida de todos aqueles que acolheram a Deus” ou “reinado de Deus"? Explique.
mensagem do Evangelho. Já a plenitude
do Reino de Deus, será uma realidade
definitiva quando o Senhor Jesus voltar a
essa Terra. Enquanto isso não acontece,
vivamos de forma digna de cidadãos do
Reino do céu (Sl 15).
APROFUNDANDO-SE
5. Como o Reino de Deus será uma reali
Dá-se o nome de “teologia da subs
dade completa para o mundo?
tituição" à ideia de que a Igreja é o novo
Israel. A fim de advertir-nos acerca do
perigo que se verifica na falta de enten
dimento desse conceito que, inclusive
acometeu Israel, foi que o apóstolo Paulo
disse: “Porque, se Deus não poupou os
ramos naturais, teme que te não poupe a
ti também" (Rm 11.21).
VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO
1. Como é possível falar da “natureza" do
Reino de Deus se ele não foi definido?
Você Sabia?
Que Israel não conta a passagem do
tempo como nós, isto é. não há “a.C."
2. Explique como é possível o Reino de (antes de Cristo) e “d.C." (depois de
Deus ser temporal e eterno, material e Cristo). Uma vez que eles não aceitaram
espiritual, presente e futuro. Jesus como Messias, ainda não chegou
o novo tempo para o povo escolhido.
Por isso, em Israel, vive-se o ano 5775-
42 Discipulando Aluno 1
A Morte
de Jesus
Dísctpulando Alfjgb 1
ção, torna-se, na perspectiva divina, e dos
O paradoxo da- que acolheram a palavra do Evangelho,
uma manifestação do “poder de Deus" (1
cruz é que ela, ins Co 1.27-31).
2.2 - Escândalo para os judeus. Em
trumento de exe uma de suas mensagens, ao falar de sua
morte e de como ela se daria, Jesus foi
cução, torna-se, na interpelado pela sua audiência com a
seguinte objeção: “Nós temos ouvido da
perspectiva divina lei que o Cristo permanece para sempre, e
como dizes tu que convém que o Filho do
e dos que acolhe Homem seja levantado? Quem é esse Filho
do Homem?” (Jo 12.34). Como já foi dito em
ram a palavra do lições anteriores, o grave problema dos ju
deus era alimentar uma expectativa irreal
Evangelho, uma acerca do Cristo ou Messias. Enquanto eles
esperavam um rei político que reconstru
manifestação do ísse o templo e restabelecesse o culto
judaico, o Enviado de Deus encerraria tal
'poder de Deus'. sistema oferecendo-se, Ele próprio, como
sacrifício (Hb 7 22-28; 9.23-28; 10.11-18).
Além disso, havia também uma cláusula
gravíssima, na lei, para quem fosse exe
cutado com morte de cruz (Gl 3.13). Dai o
justiça que cobrara e, ao mesmo tempo, porquê de o judeu achar a pregação da
mostrando à humanidade, igualmente em
cruz um escândalo (1 Co 1.23).
seu Filho, que era possível resistir ao pe
cado deixando de fazer a própria vontade 2.3 - Loucura para os gregos. Como
para fazer a do Pai (Mt 3.15; Jo 6.38). é do conhecimento de todos, os gregos
supervalorizavam o conhecimento e a fi
2.0 SIGNIFICADO DA CRUZ losofia. Quem nunca ouviu falar da retórica
2.1 - A palavra da cruz é loucura e, ao grega destilada através de uma oratória
mesmo tempo, poder. É interessante pen impecável? Assim se formavam as escolas
sar acerca do fato de que o sacrifício de de filosofia. Quanto mais poderoso, elo
Jesus na cruz reúne, em si, o extremo dos quente, persuasivo e convincente fosse o
sentimentos. O apóstolo Paulo afirma que argumento, mais adeptos se amealhavam
“a palavra da cruz é loucura para os que para aquela escola. Assim, quando o após
perecem: mas para nós, que somos salvos, tolo Paulo fala que os “gregos buscam sa
é o poder de Deus" (1 Co 1.18). Loucura bedoria" e que, de sua boca eles ouviríam
era um dos diagnósticos mais sombrios apenas a pregação acerca de “Cristo cru
da antiguidade, pois tirava a pessoa do cificado”, na verdade, ele está revelando
convívio da família, submetendo-a a um que se recusa a fazer um discurso cuja fé
estilo de vida extremamente precário e das pessoas se apoiem em sua oratória e
sofrido. Contrariamente, o poder, desde não no Evangelho (1 Co 1.22,23 cf. 2.1-5). O
sempre foi, e ainda o é, um dos maiores que os gregos achavam loucura, explica-
desejos da frágil humanidade. O paradoxo -se pelo fato de que, na mitologia grega,
da cruz é que ela, instrumento de execu os humanos foram alçados à condição de
Primeiro Ciclo 45
divindades, sendo os chamados semideu- mas justamente 0 contrário, é vivermos
ses. Uma mistura híbrida que resultara em na condição humana, da forma como o
um ser imortal. Falar de um Deus que deixa Criador projetou-nos para que fôssemos
a condição de imortalidade submetendo- (Cl 3.1-17). Tal padrão não se encontra na
-se a mortalidade é algo que equivale a figura do primeiro Adão, e sim na do Últi
Loucura para a mente racionalista grega. mo, que findara perfeito (Ef 4.13).
Além do mais, para algumas correntes da
3.3 - Livres da tentação de acharmos
filosofia grega, o corpo era por si mesmo,
algo ruim e, portanto, a prisão da alma. que somos bons. Desde a completa dege-
Logo, não havia nenhum sentido em um neração antidiluviana (Gn 6.5,6,11,12), veri
Deus tornar-se um ser humano. ficamos que a humanidade não consegue
produzir a boa vida e, consequentemente,
3. NA MORTE DE CRISTO, ser boa. Há em nossa natureza uma pro
NOSSA REDENÇÃO pensão natural para a prática do mal. E isso
3.1 - Livres da tentação de querer a tal ponto, que o apóstolo Paulo chega a
mos nos autossalvar. Todos os sistemas dizer que 0 bem que ele desejava fazer não
religiosos baseiam-se na premissa de que conseguia, mas 0 mal que intentava evitar
precisamos fazer alguma coisa para me era uma constante em sua vida (Rm 7.18-
recermos a salvação. O sacrifício do Filho 20). Nisso mais uma vez vemos a graça de
de Deus livra-nos dessa tentação, pois Deus, pois a despeito de sermos assim, Ele
somos salvos pela graça de Deus, pelo nos salvou sem que praticássemos o bem,
dom imerecido do Pai que, através de Je ou mesmo fôssemos bons (Rm 5.8). Assim,
sus Cristo, cumpriu todas as exigências do a bondade deve fluir de nossa vida como
sistema sacrifical, garantindo-nos salvação resultado de termos acolhido a palavra
(Ef 2.8). Pelo lado da lei Ele “cumpriu toda do Evangelho e de sermos imitadores de
a justiça" (Mt 3.13-15), Pelo lado humano, Cristo (Ef 5.1; Fp 2.5-11).
Ele em tudo foi tentado, porém, não pecou,
demonstrando que o casal progenitor po CONCLUSÃO
dería ter resistido à tentação a que foram A morte de Jesus Cristo, diferente
submetidos (Hb 2.14-18; 4.14-16; Mt 4.1). mente da imagem derrotista que ali
3.2 - Livres da tentação de queremos mentamos acerca dos que sucumbem
ser “deus”. O grande pecado da humani na batalha, não foi fruto de fraqueza. Ao
dade sempre foi querer ser como Deus. contrário, Ele morreu porque voluntaria
No Éden, a proposta foi exatamente essa: mente deu a sua vida e também autori
“sereis como Deus" (Gn 3.5). Após pecar, dade para que alguém o executasse (Jo
a humanidade embruteceu, perdendo a 10.11,17,18; 19.9-11). Longe de uma derrota,
foi a maior vitória que alguém já obteve,
sensibilidade humana. Tal sensibilidade é
pois representou o cumprimento irrestrito
novamente demonstrada em Jesus que,
de um caminho que todos os seres hu
sendo perseguido, traído e mesmo morto,
manos fazem de forma imperfeita: Jesus
continuou amando e não se desumanizou nasceu, cresceu, desenvolveu e morreu,
revidando na mesma moeda (Mt 5.38-47; sem nunca ter desobedecido ao Pai. Ele
Lc 23.34). É por isso que o Senhor ensina venceu e, como a nossa fé apoia-se nEle.
mos a sermos “perfeitos, como é perfeito podemos descansar na confiança de que
0 [nosso] Pai, que está nos céus” (Mt 5.48). a cruz é suficiente para proporcionar-nos
Ser santo, não significa tornar-se um deus, salvação (Jo 16.33).
46 Discipuiando Aiuno 1
APROFUNDANDO-SE 3. Fale sobre a visão do grego acerca da
palavra da cruz ser loucura.
Como não havia motivo para os sacer
dotes executar Jesus Cristo, eles então
plantaram várias mentiras para justificar
sua morte. Nesse aspecto, pode-se dizer
que não foram os romanos que mataram o
Mestre, e sim os seus próprios irmãos. Os
romanos, nesse caso, apenas executaram.
Por que será que os líderes religiosos de
Israel tinham tanta raiva do Filho de Deus?
4. A morte de Jesus, entre outras coisas,
Se Ele apenas fez o bem e curou o povo de
nos livra de três grandes tentações. Ci
suas moléstias, o que justifica sua morte?
te-as.
A leitura de alguns textos bíblicos nos dá
uma pista (Mt 27.18; Mc 15.10; Jo 11.48).
SUGESTÃO
DE LEITURA
Teologia do Novo Testamento
5. Das três tentações do último tópico, com
Esta obra oferece uma nova percepção qual delas você mais se identificava antes
e compreenção da disciplina teológica. de acolher a palavra do Evangelho?
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minical de sua igreja.
VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO
1. Por que Jesus teve de morrer?
Você Sabia?
Primeiro Ciclo 47
A Ressurreição
de Jesus
Primeiro Ciclo 49
momento chegara, as reações que eles 2. 0 PROPOSITO DAS
tiveram evidenciaram que os seguidores APARIÇÕES DO SENHOR
do Senhor não estavam preparados para
2.1 - O período da aparição. Com os
enfrentar tal situação (Mt 26.31; Mc 14.27;
exemplos de incredulidade dos discípulos
Jo 20.19). Além disso, eles demonstraram
de Jesus relatados nas Escrituras, vê-se o
total desconhecimento bíblico acerca do
quanto foi importante a permanência do
que fora profetizado sobre o Messias, pois
Senhor por quarenta dias entre os seus
tudo o que aconteceu, estava predito na
seguidores (At 1.3). Esse aspecto é mais
Palavra de Deus (Mt 21.42; 26.54,56; Mc
um ponto crucial da ressurreição, pois em
14.49; Lc 24.25-27,44-46). Como já ampla
uma de suas últimas aparições públicas,
mente frisado, os discípulos alimentavam
de acordo com o apóstolo Paulo, “foi visto
expectativas irreais a respeito do Cristo
por mais de quinhentos irmãos” que, à
e por isso sentiram-se decepcionados.
época em que escrevera a epístola, ainda
A dificuldade em aceitar o fato de que o
viviam (1 Co 15.6). O que isso significa? Se
Senhor ressuscitara, não é uma descrença
alguém não conseguisse, por fé, crer na
atual, mas algo que se manifestou nas pri
ressurreição, podia se dirigir a essas pes
meiras horas que se seguiram à aparição
soas e comprovar por si mesmo. Apesar
(Lc 24.13-35).
de esta prática não ser recomendável, era
1.3 - A realidade da ressurreição.
uma alternativa à descrença a respeito
Não foi com um corpo “espiritual” ou
de isso ter acontecido e não ser fruto de
holográfico que Jesus se apresentara aos
alucinação coletiva.
seus discípulos. Na verdade, ao aparecer
2.2 - A mensagem de Jesus no período
a eles pela primeira vez. conforme relata
Lucas, os discípulos ficaram “espantados da aparição. O mesmo texto de Atos 1.3.
informa que o teor da mensagem de Jesus
e atemorizados, [pois] pensavam que
nesse período de quarenta dias, consistiu
viam algum espírito” (Lc 24.37). O Mestre
então lhes respondera: “Vede as minhas justamente do mesmo conteúdo que Ele
mãos e os meus pés, que sou eu mesmo: pregara durante os três anos e meio. Lucas
tocai-me e vede, pois um espírito não informa que o Mestre desenvolvera um
tem carne nem ossos, como vedes que ministério junto aos seus discípulos, “aos
eu tenho" (Lc 24 39). Em seguida Ele mos quais também, depois de ter padecido, se
trou-lhes as mãos e os pés que, como apresentou vivo, com muitas e infalíveis
sabemos, foram furados e traspassados provas, sendo visto por eles por espaço
quando de sua crucificação. Para que de quarenta dias e falando do que res
não restasse dúvida alguma por parte peita ao Reino de Deus". Mesmo após ter
de seus seguidores acerca da “materia sido brutalmente morto, ressurreto, Jesus
lidade” do corpo do Mestre, Jesus então continuou falando acerca do projeto divino
solicitara: “Tendes aqui alguma coisa do Reino de Deus. Continuou servindo ao
que comer?” (Lc 24.41). Imediatamente, Pai que o designara a realizar tal missão.
diz Lucas, “eles apresentaram-lhe parte Aos discípulos que, mesmo depois de tê-lo
de um peixe assado e um favo de mel, ouvido durante todo aquele período, não
o que ele tomou e comeu diante deles" entenderam o porquê de Ele ter morrido
(Lc 24.41-43). Em outra ocasião, o Senhor (e tal falta de entendimento, parece ter
aguardara os seus seguidores na beira da atingido-os em sua totalidade), o Mestre
praia, e lá eles o encontraram assando se dispôs a ensiná-los mais uma vez (Lc
peixe (Jo 21.9-15). 24.27,44,45).
50 Discipulando Aluno ,1
terra ressuscitarão, uns para a vida eterna
Primeiro Ciclo 51
da ressurreição. Como gregos que eram, VERIFIQUE SEU
os coríntios tinham dificuldade de crer
naquilo que eles não encontravam lógica, APRENDIZADO
pois analisavam todas as coisas pelo viés 1. Por que a ressurreição é uma questão
da filosofia. O apóstolo então os instrui cla de fé?
ramente e diz algo muito grave que serve,
inclusive para nós atualmente: “Ora, se se
prega que Cristo ressuscitou dos mortos,
como dizem alguns dentre vós que não há
ressurreição de mortos? E, se não há res
surreição de mortos, também Cristo não 2.0 corpo ressurreto de Jesus era material
ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, ou “espiritual"?
logo é vã a nossa pregação, e também é
vã a vossa fé” (1 Co 15.12-14). A ressurrei
ção é a esperança central do Evangelho,
pois nela se cumpre a vontade do Criador
que, momentaneamente, foi desfeita pela
desobediência e a introdução da morte no 3. Por que Jesus apareceu por quarenta
mundo (1 Co 15.24-28,50-57: Ap 21.4). dias após ter ressuscitado?
CONCLUSÃO
A palavra de Jesus a Tomé desenco
raja qualquer tentativa de “provar” que
Ele ressuscitara: “Porque me viste, Tomé,
creste; bem-aventurados os que não viram 4. Explique o motivo de Jesus ser o “pri
e creram!” (Jo 20.29). Em outras palavras, mogênito” dos ressuscitados.
não se deve querer ver para crer, mas jus
tamente o contrário, só se pode crer se não
exigirmos ver! A nossa felicidade consiste
exatamente no fato de que cremos sem 5. Por que a ressurreição é a esperança
que tenhamos contemplado. central do Evangelho?
APROFUNDANDO-SE
A ordem de Jesus a que os seus discí
pulos pregassem o Evangelho por todo o
mundo, e não apenas aos judeus como dá
a impressão de ter sido ordenado por Ele
em vida, com exceção do texto de Marcos
Você Sabia?
13.10, parece ter acontecido apenas após
a ressurreição (Mt 28.16-20; Mc 16.9-20; Lc Que apesar de ter um corpo ressurreto
24.44-49; At 1.1-8). Por quê? Se a ideia era Jesus manterá os ferimentos que lhe
produzir esperança, e o Mestre não res foram causados para mostrá-los aos
suscitasse, como seria possível acreditar judeus na Segunda Vinda (Zc 13 6)?
que o projeto de Deus para a humanidade
não se acabara?
52 Discipulando Aluno 1
Lição 11
A Salvação
em Cristo
1. A SALVAÇÃO NA
PERSPECTIVA BÍBLICA
1.1 - A arrogância da autonomia
humana. Apesar de o Criador ter dotado
a humanidade de vontade própria não
querendo fazer-nos robôs ou meros fan
toches, e sim seres responsáveis pelas
próprias decisões, é fato que se esperava
sensatez em vez de arrogância, lucidez
em lugar de delirio e gratidão em vez de
rebeldia. Lamentavelmente, a humanidade
degenerou-se passando a viver segundo
seu embrutecimento. Assim, em Gênesis
vemos que a humanidade corrompeu-se a
tal ponto que Terra encheu-se de violência
e, em Romanos, que o coração insensato
da humanidade obscureceu-se de tal
-U Discipulando Aluno 1
decorrência disso, conheceríam a verdade Evangelho fora dirigido primeiramente a
e esta os libertariam. Indignados, osjudeus judeus, a boa notícia parece ser exclu
objetaram alegando serem descendência sivamente para este povo (At 4.12; 5.31;
de Abraão e de nunca terem servido nin 13 23,26-37), todavia, quando os apóstolos
guém e, por isso, questionaram o porquê passaram a proclamar a mensagem do
de Jesus ter oferecido a eles liberdade. Reino de Deus, vemos claramente que a
O Mestre então respondeu-lhes: “Em salvação é extensiva a toda a humanida
verdade, em verdade vos digo que todo de: “Seja-vos, pois, notório, varões irmãos,
aquele que comete pecado é servo do que por este se vos anuncia a remissão
pecado” (Jo 8.34). Em termos diretos, Je dos pecados. E de tudo o que, pela lei
sus estava dizendo que é um equivoco a de Moisés, não pudestes ser justificados,
pessoa viver imersa no pecado achando por ele é justificado todo aquele que crê"
que está livre, pois tal pessoa, na verdade, (At 13 38,39). “Salvação”, na perspectiva
é escrava do pecado! Quando se acolhe bíblica e, portanto, divina, não é outra coi
a palavra do Evangelho, é comum que as sa senão a libertação da humanidade da
pessoas digam que agora não podemos escravidão do pecado.
mais fazer de tudo, pois deixamos de ser
livres. Lamentavelmente, tais pessoas não 2. O PARADOXO
entendem que a falta de domínio de seus DA SALVAÇÃO
vícios, paixões e outros excessos que as 2.1 - A oferta divina diante do livre-
maltratam, na realidade, não indicam que -arbitrio da humanidade. É evidente que
elas são livres, mas exatamente o oposto. a humanidade continuará buscando, por
1.3 - O anseio humano e a salvação na suas próprias forças, a melhor maneira
perspectiva divina. A humanidade subju de viver, sem, contudo, reconhecer que
gada pelo mal que parece existir desde precisa de orientação segura sobre sua
sempre, tenta por si mesma produzir a origem e destino (Lc 12.13-21). Todavia, o
“salvação" (traduzida na desesperada retorno ao paraíso, o restabelecimento da
busca de evitar a dor e aumentar o prazer), harmonia com o Criador, consigo mesmo,
mas como se pode constatar durante todo com os semelhantes e até com a natureza,
o drama humano, o máximo de solução não se dará pela religião, filosofia, ciência
que consegue não passa de um alívio ou qualquer outra produção humana,
momentâneo que não excede a resolução mas pelo acolhimento da mensagem do
circunstancial de um único problema. O Evangelho (Mc 1.15). Ocorre que, pres
vazio existencial assola indiscriminada cindindo do Criador, a humanidade não
mente ricos e pobres, grandes e pequenos, pode, por suas próprias forças, reconhecer
famosos e anônimos. Ninguém escapa o seu grande problema e, por isso mes
do problema do pecado. Mesmo porque, mo. jamais buscará salvar-se do pecado
esse é o real problema da humanidade que distorce sua natureza. Poucos dirão
e dele ela não pode se autolibertar. Foi como Paulo que reconhecia o fato de que
justamente isso que José ouvira de um “Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar
anjo do Senhor que lhe dissera, em sonho, os pecadores, dos quais [ele achava-sei o
que recebesse a Maria como sua mulher, principal" (1 Tm 1.15). Justamente por isso
pois o filho que nela fora gerado era obra o Mestre disse que enviaria o Consolador,
do Espírito Santo e que o nome dele seria o Espírito Santo, e este convencería a hu
Jesus, pois Ele salvaria o “seu povo dos manidade do pecado, da justiça e do juízo
seus pecados" (Mt 1.21). Uma vez que o (Jo 16.7-11). Ele é responsável por dar-nos
Primeiro Ciclo 55
essa consciência, pois de nós mesmos, verdadeiro e mais profundo "eu", o qual
não temos condição de assim nos vermos. fora deformado pelo pecado.
2.2 - A possibilidade de rejeição 3. A MANIFESTAÇÃO DO
humana diante do processo de con
vencimento divino. Ainda que o Criador
AMOR DE DEUS PELA
tenha destinado o Espirito Santo para HUMANIDADE
desempenhar tal papel entre nós, o 3.1 - A salvação em seu sentido pleno.
preço de Ele ter nos criado como seres Após cumprir a vontade de Deus, o Filho
dotados de vontade própria, por incrivel glorificou ao Pai por Este ter permitido
que pareça, “submete-o” à possibilidade que Ele concedesse a vida eterna a to
de sofrer rejeição de nossa parte, meros dos os que o Mestre pôde evangelizar.
seres mortais (Hb 37-15). Há abundantes Tal vida eterna significa ter lhes dado a
exemplos dessa verdade na Bíblia, desde possibilidade de conhecer a Deus, que é
o Antigo até o Novo Testamento (Gn 4.6,7; único e verdadeiro, e Jesus como o real
2 Cr 36.15,16; Jr 7.13,21-28; 11.1-10; 25.1-14; enviado do Pai (Jo 17 3). Tal ato de fé já
26.1-6; 29.15-19; 32.26-34; 35.12-17; 44.1-30; significava a vida eterna e não apenas algo
Mt 21.32; Mc 10.17-27; Fp 1.28; 2 Tm 3.1-9). que se concretizaria no futuro. Mas não
As desculpas para tal rejeição são as mais haverá uma vida eterna no sentido literal
variadas possíveis e vão desde o apego às da palavra? Sim haverá, mas esta só será
coisas materiais até a ganância do poder desfrutada pelos que agora já creem em
e da posição É por isso que a Bíblia diz Jesus e acolhem o seu Evangelho. Estes
que apesar de muitos dos principais da já podem contar com a alegria de terem
sinagoga terem crido em Jesus, “não o os seus nomes escritos no céu (Lc 10.20).
confessavam por causa dos fariseus, para
3.2 - Deus estava em Cristo reconci
não serem expulsos da sinagoga. Porque
liando o mundo. Sendo Deus puro amor
amavam mais a glória dos homens do que
(1 Jo 4.16), e tendo Ele amado “o mundo de
a glória de Deus" (Jo 12.42,43).
tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
2.3 - O caráter paradoxal da salva
para que todo aquele que nele crê não pe
ção na perspectiva divina. Aos ouvidos
reça, mas tenha a vida eterna" (Jo 316), sig
modernos soa contraditório e paradoxal a
nifica que, através de Cristo, reconciliou-se
afirmação de Jesus de que os interessados
o Criador com a sua criação em todos os
em salvar a própria vida devem, por amor
sentidos (2 Co 5.18,19; Ef 1,7-10). Por causa
a Ele, “perdê-la”, e que quem assim o fizer,
disso, o apóstolo Paulo informa-nos que
na verdade, a encontra (Mt 16.25; Mc 8.35;
nós, os que cremos, passamos a ser uma
Lc 9.24; 17.33). No entanto, basta estudar
nova criação diante de Deus (1 Co 15.17,21).
um pouco o contexto para certificar-se
de que se trata da mais pura verdade. O 3.3 - Deus concedeu-nos a palavra
Senhor Jesus está falando da conversão, da reconciliação. Uma vez que fomos tão
de uma mudança radical e completa que agraciados pelo Pai, o apóstolo Paulo infor-
desconstrói o “eu" produzido pela socie ma-nos ainda que o Senhor incumbiu-nos
dade pervertida, para reconstrui-lo sob a de anunciar a palavra de reconciliação ao
égide do governo divino e do reinado de mundo (2 Co 5.18-20). Em termos diretos,
Deus em nossa vida (Jo 3.1-8). A pretensa o Reino de Deus já chegou e uma nova
autonomia humana passa a ser instruída e oportunidade já foi estendida, mas as pes
direcionada pelo Espírito Santo de Deus, soas não sabem, por isso, é preciso anun-
onde cada um pode encontrar-se com seu ciar-lhes a palavra do Evangelho (Mc 1.15).
56 DiscipuTando Aluno 1
CONCLUSÃO 4. Em que consiste o caráter paradoxal da
Mais do que uma “fuga” dessa Terra, salvação?
a salvação, no sentido bíblico, vai além
dessa visão, sendo muito mais ampla e
abrangente. O próprio Senhor Jesus, em
uma de suas orações, pediu ao Pai que
não nos tirasse do mundo, e sim que nos
5.0 que é salvação em seu sentido pleno?
livrasse do mal (Jo 17.15).
APROFUNDANDO-SE
É possível apostatar-se do Evangelho e
assim perder a salvação mesmo depois de
haver encontrado a Cristo? Pelo texto de He-
breus 6.4-6. é possível. Entretanto, o assunto
não se refere a quem, momentamente, deixa
de servir a Deus, mas tem consciência de
estar errado e volta arrependido. É preciso
que haja uma distinção entre apostasia, que
é a rejeição ostensiva e deliberada de Deus,
e afastamento, por fraqueza ou qualquer
outra situação (Gl 6.1; 1 Co 10.12).
VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO
1. Viver à parte de Deus significa o quê?
Você Sabia?
Que os judeus ficaram 430 anos no
Egito e foram levados cativos diversas
2. O que é a salvação na perspectiva bí
vezes? Será que eles se esqueceram
blica e divina?
desse fato quando responderam a
Jesus que nunca serviram a ninguém
e que. por isso, não precisavam de
liberdade? Além disso, naquele exato
momento os judeus viviam sob a tute
la do império Romano não tendo so
3. Por que é possível rejeitar o convenci
berania alguma. É no mínimo estranho
mento do Espírito Santo?
tal falta de consciência. Na realidade
este é um grande perigo para os seres
humanos: Estarem presos, porém,
achando-se livres.
Primeiro Ciclo 57
Lição 12
Estudada em / /
Sendo um
Discípulo
de Jesus
Primeiro Ciclo 59
não servindo para mais nada, não restando 2.3 - A glorificação do Pai através da
alternativa alguma a não ser jogá-la fora, vida do discípulo. Além de agradecer a
pois como já foi dito, ela secará e acabará Deus pela chuva, a boa qualidade do solo
recolhida e lançada no fogo para ser quei e também das condições climáticas, uma
mada (Jo 15.6), das primeiras coisas que alguém faz ao
deparar-se com uma bonita plantação,
2. VIVENDO PARA é parabenizar o agricultor, pois qualquer
A GLÓRIA DE DEUS um sabe que de sua dedicação também
2.1 - O significado da metáfora. Quan depende o sucesso da lavoura. Da mes
do o Senhor utiliza a metáfora da videira ma forma, Jesus ensinou que se dermos
para exemplificar a relação entre o Pai, “muito fruto", nisto o Pai será glorificado
Ele e nós; deixa claro que há uma inter (Jo 15.8).
dependência entre todos os elementos 3. O AMOR COMO
envolvidos na narrativa, pois é evidente CARACTERÍSTICA
que se os ramos não estiverem ligados,
ou fazendo parte da videira, significa que
IDENTITÁRIA
estarão mortos (Jo 15.4-6). Por outro lado, DO DISCÍPULO DE JESUS
ao dizer que Ele é a videira, ou seja, o “tron 3.1 - A frutificação abundante como
co" e nós, os ramos, Jesus deixa claro que prova do discipulado. Atrelada à realidade
nós somos quem damos frutos, pois quem da glorificação do Pai através da abundân
conhece uma videira, ou “pé de uva”, sabe cia da nossa frutificação, Jesus também
que a fruta não brota, ou nasce, no tronco condicionou a veracidade do nosso disci
e sim nos ramos, nas extremidades das va pulado, ou seja, o Mestre afirmou que, além
ras! Dessa maneira, o nosso amado Jesus de desse ato glorificar ao Pai, tal será uma
digna-se a conceder-nos a participação prova de que somos, de fato, seus discípu
em seu Reino, dando uma importância sem los (Jo 15.8). O “fruto subjetivo”, que é a vi
igual, pois o troncojamais é cortado, e sim vência do amor, produzirá o “fruto objetivo",
os ramos. Logo, o Pai trata-nos diretamen que é justamente o testemunho externo de
te quando estamos em Jesus. nossa fé e do reinado de Deus em nossa
vida que, automaticamente, resultará na
2.2 - A petição do discípulo. Nesse
ponto há muitos equívocos, pois as pesso glorificação do Pai e na atração de outras
as não atinam para o fato de que o “pedir" pessoas que quererão juntar-se a nós,
está diretamente relacionado ao estar em 3.2 - A marca identitária é também
Jesus (Jo 15.7). Assim, as petições de quem a prova definitiva. Jesus insiste no ponto
amalgamou-se, isto é, misturou-se a Jesus de que devemos permanecer nos seus
a ponto de ser confundido com Ele (Jo 6.57; mandamentos, mas, se lembrarmos bem,
10.30; Gl 2.20; Fl 1.21), jamais serão egoísti- basta recordarmos que há apenas um
cas e mesquinhas, pois estarão em conso mandamento o qual é justamente o do
nância com a natureza dEle que, como já amor: “O meu mandamento é este: Que
foi falado em lições anteriores, glorificava vos ameis uns aos outros, assim como eu
ao Pai pelas bênçãos que o Criador conce vos amei" (Jo 15.12). É por isso que o Mestre
dia aos discípulos (Mt 11.25). Só poderemos insiste em colocar-se, Ele e o Pai, como
pedir tudo o que quisermos se estivermos autorreferências para os seus discípulos,
em Cristo e, estando nEle, certamente as pois se nós realmente estivermos nEle e
nossas petições serão condizentes com a Ele em nós. tal deverá ser assim, pois não
vontade dEle (Jo 434; 530: 638). tem como ser diferente (Jo 15.9,10).
60 Discipulando Àluno 1
3.3 - A prova definitiva é a identifica
ção completa com a natureza divina. Mui
to diferente do que alguém pensa, Jesus
não reivindica a anulação dos discípulos,
ao contrário, ao oferecer o seu amor, bem
como o do Pai, Ele quer que a sua alegria
permaneça em nós, pois assim a nossa 2, Qual é o significado da metáfora?
alegria será completa, sem nada faltar (Jo
15.11). Ainda que tenhamos problemas, e
certamente os teremos, nada poderá nos
“separar do amor de Deus, que está em
3. Por que o discípulo pode pedir o que
Cristo Jesus, nosso Senhor!” (Rm 8.39).
quiser estando em Cristo e as palavras de
CONCLUSÃO Cristo estando nele?
APROFUNDANDO-SE
A oferta de Jesus para os seus discí
pulos não se trata de um chamado para
o ativismo e muito menos uma teorização
sem nexo algum com a realidade. O Mestre
viveu na íntegra tal proposta, pois deixou
de fazer a sua vontade para realizar a do Você Sabia?
Pai, amou a todos os seus discípulos, mes
mo quando eles o abandonaram e assim Que um discípulo não era simples
cumpriu em si mesmo o que recomendara mente um aluno ou aprendiz, mas,
que devemos fazer. Em vez de um capricho de certa forma um partidário, dai o
ou coisa parecida, na realidade, o Filho de porquê de o Senhor ter dito que o
Deus visa à completude de nossa alegria. “discipulo não é superior a seu mestre,
mas todo o que for perfeito será como
o seu mestre" (Lc 6.40). Em outras
VERIFIQUE SEU palavras, o aluno aprende para ser o
que quiser, enquanto o discípulo, o
APRENDIZADO seguidor, deve tornar-se tal como o
1. A quem Jesus comparou a videira, o seu mestre.
lavrador e os ramos?
Primeiro Ciclo 61
Lição 13
Estudada em / /
Igreja: A
Expressão do *
Reino de Deus Ik
14 - E eles disseram; Uns. João Batista; luz; vós que, em outro tempo, não
outros. Elias, e outros. Jeremias ou um éreis povo, mas, agora, sois povo de
dos profetas. Deus; que não tinheis alcançado mi
sericórdia, mas, agora, alcançastes
15 - Disse-lhes ele: E vós. quem dizeis que
misericórdia” (1 Pe 2.9,10),
eu sou?
16 - E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu
és o Cristo, o Filho do Deus vivo.
17 - E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-
-aventurado és tu. Simào Barjonas. porque
não foi carne e sangue quem to revelou, REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
mas meu Pai. que está nos céus. • SEGUNDA - Mateus 16.13-18
18 - Pois também eu te digo que tu és • TERÇA - Mateus 18.17
Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha
• QUARTA - Atos 2.47
igreja, e as portas do inferno não prevale
cerão contra ela. • QUINTA - 1 Corintios 10.32
• SEXTA - 1 Corintios 14 33
• SÁBADO - Efésios 1.22
Primeiro Ciclo 63
do ensinamento do apóstolo Paulo, só há 3.3 - O poder da Igreja. Jesus é quem
um “cabeça" na Igreja que é Cristo, nós fundou e sustenta a Igreja, por isso, Ela é
somos seus membros em particular (1 Co mantida pelo poder de Deus (Mc 16.20).
12.12-27; Ef 1.22; 4-15.16). Não é obra humana, nem propriedade
de ninguém. A Igreja pertence ao próprio
2.2 - ServiçaL Jesus instituiu a Igreja para
Jesus (Ef 5.22-33).
que ela seja uma extensão de seu ministério.
E qual foi o ministério de Jesus? Servir as CONCLUSÃO
pessoas. Assim é que Ele ensina-nos a que
Com a lição de hoje você teve a opor
igualmente sirvamos (Lc 24,27; Jo 13.1-20).
tunidade de conhecer um pouco sobre a
2.3 - Comunitária. Não é sem propósito identidade da “Noiva do Cordeiro” (Ap 19.7).
que a Igreja é comparada a um corpo ou Tal conhecimento está apenas começando,
a uma família, pois essa deve ser a sua pois como parte desse povo, você se de
natureza. A Igreja do primeiro século assim senvolverá e, certamente, conhecerá ainda
viveu e deixou-nos o exemplo (At 2.42-47). mais sobre o seu papel no Reino de Deus.
3. A MISSÃO
E O SUSTENTO DA IGREJA VERIFIQUE SEU
3.1 - Chamados para dar os frutos do APRENDIZADO
Reino. Há entre nós um grande perigo de 1. Comente sobre o projeto do Reino de Deus.
acharmos que ocupamos o lugar do povo
de Israel para dominarmos o mundo. Essa
equivocada ideia, chamada de “teologia
da substituição", é defendida como se a
2. Após a rejeição de Israel, como as pessoas
Igreja, tida como “Israel de Deus", pudesse
são alcançadas e se tornam filhas de Deus?
desfrutar de todas as bênçãos materiais
prometidas pelo Criador ao seu povo no
Antigo Testamento. Entretanto, ao se 3. O que significa a natureza igualitária da
estudar o contexto da parábola dos maus Igreja de Cristo?
vinhateiros, ou lavradores, por exemplo,
veremos que foi justamente o abuso de
terem se achado em posição superior, 4. Para quê a Igreja foi chamada?
que os vitimara (Mt 21.33-46). E é neste
contexto que Jesus fala acerca de “tirar"
5. Qual é a missão da Igreja?
a representatividade do Reino deles e
de entregá-la a outros para que deem os
frutos do Reino (Mt 21.43: Mc 12.9; Lc 20.16).
3.2 - A missão da Igreja. Conforme
instrui-nos o apóstolo Pedro, a missão da Você Sabia?
Igreja, como “geração eleita, sacerdócio
real, nação santa e povo adquirido", assim Que a Igreja possui um aspecto es
como Israel o fora, é anunciar “as virtudes piritual e universal e outro visível e
daquele que [nosl chamou das trevas para local? E que é possível ser membro de
a sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9), e repre uma igreja local sem o ser do Corpo
sentar o que significa ser governado por de Cristo?
Deus, nada tendo com domínio do mundo.
64 Discipulando Aluno 1
CENTENÁRIO
HARPA
CRISTÃ
O HINÁRIO PENTECOSTAL DO BRASIL
http://www.harpacrista.com.br