APÊNDICE A – PROPOSTA PRELIMINAR DE PROJETO – PPP (1º ao 7º

semestre)

PROPOSTA PRELIMINAR
DE PROJETO

Título do Projeto: A ergonomia que as costureiras aprendem hereditariamente e o reflexo para o

desenvolvimento da LER.

Nome e logomarca da equipe: Modistas

Tópico: A ergonomia como ferramenta para proporcionar conforto, segurança saúde dos
trabalhadores e desempenho eficiente no trabalho.

Componentes da equipe
Professor: Luzia Leticia Lima dos Santos
e-mail institucional:
Líder (Especialista 1): Nataly Santos Mendes Telefone: (73) 98229-9224
Profissão: Medicina Veterinária e-mail institucional:
nataly.mendes@ftc.edu.br
Vice-líder Especialista 2: Alexandra Carolina Goes Telefone: (73) 99160-3422
Policarpo
Profissão: Medicina Veterinária e-mail institucional:
 alexandra.policarpo@ftc.edu.br
Especialista 3: Geovane Araújo Santos Telefone: (73) 98229-9440
Profissão: Nutrição e-mail institucional:
geovane.santos7@ftc.edu.br
Especialista 4: Jacyra Souza Gomes Telefone: (73) 98804-7440
Profissão: Medicina Veterinária e-mail institucional:
jacyra.gomes@ftc.edu.br
Especialista 5: Jhuliene Nascimento da Silva Telefone: (73) 98181-4495
Profissão: Psicologia e-mail institucional:
jhuliene.silva@ftc.edu.br
Especialista 6: Letícia Maria Santos Lima Telefone: (73) 98173-0128
Profissão: Medicina Veterinária e-mail institucional:
leticia.lima2@ftc.edu.br
Especialista 7: Nataly da Pena Santana Telefone: (73) 99824-2184
Profissão: Enfermagem e-mail institucional:
nataly.santana@ftc.edu.br
Especialista 8: Telefone:
Profissão: e-mail institucional:

Problema priorizado: A prevalência de lombalgia ocupacional em costureiras da cidade de Itabuna-

Ba.

Objetivos da proposta de intervenção: O objetivo do nosso campo de pesquisa é aumentar a

conscientização sobre a lombalgia entre costureiras em Itabuna, com o auxílio da gestão municipal e
equipes de saúde multidisciplinares. Dessa forma, pretendemos reeducar e prevenir o
desenvolvimento de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), oferecendo
soluções práticas, realizações de medidas ergonômicas, promovendo boas práticas de trabalho e
promover apoio inclusivo, com o objetivo final de melhorar a qualidade de vida das costureiras,
prevenindo, bem como, tratando a recorrência das posturas inadequadas e movimentos repetitivos no
contexto atual do mercado.

Metodologia e seu processo de integração: Para dar-se início ao projeto, houve a necessidade uma
análise aprofundada em relação às costureiras em Itabuna, Bahia. Foi realizado pesquisas em sites
acadêmicos, como Pubmed, SciELO e Google Acadêmico, com foco em publicações com no mínimo
10 anos. Esta pesquisa foi conduzida com base bibliográfica, aplicada e qualitativa. Durante
interações nas ruas e vias públicas, identificou-se um acúmulo de Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORTs) de maneira evidente. Essa observação foi corroborada por
entrevistas realizadas ao longo de uma semana com senhoras de 40 a 70 anos, através de uma
pesquisa de campo. Suas principais queixas foram dores lombares decorrentes do excesso de
movimentos repetitivos e posições inadequadas relacionadas ao trabalho de costura. Essa carência
no presente município exige atenção imediata. Para aprofundar o entendimento, buscou-se
informações junto à gestão municipal atual, esclarecendo as principais queixas desse grupo
específico. Como ação intervencionista, utilizamos um carro de som para informar às costureiras
sobre as delimitações e endereços nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Firmamos um acordo
entre a prefeitura, órgãos de saúde e uma equipe multidisciplinar para oferecer acompanhamento e
fisioterapia, visando a prevenção de doenças por repetição excessiva ou má postura. Foi proposto a
criação de espaços gratuitos chamados CSD (Costureiras Sem DORT) em cada cidade, oferecendo
acompanhamento totalmente gratuito para esse grupo. A equipe realizará visitas domiciliares para
profissionais que não tenham condições de ir ao CSD por motivos de saúde, para assim, reeducar as
posições inadequadas e o manuseio das máquinas, minimizando dores musculares. Além disso, serão
distribuídos panfletos para alertar as profissionais sobre os pontos de atendimento, instruções de
cadastro no CSD e informações relevantes, estimulando o interesse e conscientizando sobre as ações
disponíveis. O panfleto abordará temas como "Você sabe o que é a DORT?" e/ou "Lombalgia e o
acúmulo de exercícios repetitivos: o desafio das costureiras". Incluirá informações sobre a localização
dos serviços e terapias disponíveis, como fisioterapeutas e psicólogos. O objetivo é proporcionar
conhecimento e orientações para uma postura adequada, promovendo um desenvolvimento
profissional saudável. Essa ação visa não apenas um conhecimento específico, mas busca impactar
toda a população de Itabuna, prevenindo danos futuros. Dada a tradição do saber costurar, transmitido
de geração em geração, torna-se essencial uma intervenção e compreensão profundas para preservar
esse.

Revisão Bibliográfica:

Para Oliveira et al. (2023), a dor lombar é uma condição caracterizada por dor na coluna lombar.

Essa alteração afeta homens e mulheres, sendo mais comum em mulheres. A dor lombar tornou-se
hoje um distúrbio funcional comum, devido às exigências de uma sociedade mais industrial, que se
manifesta no ambiente de trabalho, além da pressão psicológica que o corpo aos poucos vai
introduzindo no mundo. tem postura adequada e movimentos repetitivos., começa a causar dores
simples, que são corrigidas gradativamente com atividade física e consulta com fisioterapeuta. E em
casos graves ou persistentes, o tratamento será mais invasivo, até mesmo cirúrgico. Portanto, a
importância da medicina ocupacional nas empresas é apoiar e evitar que uma vida se perca até ser
mobilizada.

Segundo Correa e Boletti (2015), ergonomia refere-se às condições em que o trabalho é realizado e
ao tempo que uma pessoa permanece na mesma posição durante a execução de determinada
atividade. Quando movimentos repetitivos e má postura causam lesões, o trabalho deve ser analisado
cuidadosamente para evitar lesões. Esta análise está no cerne do design ergonômico.

De acordo com Smith e Silva (2020), A transmissão da ergonomia, na profissão de costureira aparenta
ser uma tradição passada de geração em geração, um conhecimento hereditário que pode induzir
diretamente a ocorrência da LER (Lesão por Esforço Repetitivo).
Pôde-se observar diante do pensamento do autor que a ergonomia na profissão de costureira é
transmitida de forma hereditária, geralmente passada da mãe para filha, além disso, essa profissão
exige uma série de movimentos frequentes, que em sua maioria das vezes, leva o sujeito a
desenvolver lesões, que são desencadeadas pelo esforço repetitivo do movimento.

Segundo Gomes (2018), a ergonomia busca à saúde do trabalhador, bem como, o conforto, evitando
que os trabalhadores realizem atividades de forma inadequada para não desenvolver problemas de
saúde por repetição e evitar possíveis riscos de acidentes. Com todas as precauções, diminui a
sobrecarta e os futuros acidentes no local de trabalho.

Um estudo de Mazini Filho et al. (2015), as costureiras queixaram-se de fortes dores nas costas,
ombros e pescoço e constataram que a distância e que a distância das cadeiras utilizadas até a
máquina não é adequada ao trabalho. Orientações e precauções são adequadas para reduzir o
desconforto no ambiente de trabalho e são necessárias para garantir conforto, bem-estar e qualidade
ao trabalhador.

Mazini Filho et al. (2015) oferece algumas sugestões de procedimentos e modificações que visam
melhorar as condições de vida das costureiras, levando a melhores rendimentos e maior
produtividade.
Alguns dos modos relevantes que ele mencionou são:

- A cadeira deve ser devidamente estofada, para reduzir a pressão na região das coxas, assim
permitindo a circulação e a redução da pressão dos discos vertebrais;

- Revestimento do assento deve ser antiderrapante e dissipador de calor;

- O estofamento de assento não pode ser muito duro nem macio demais, recomendando ser
intermediário;

- Altura do assento ajustável;

- Bordas devidamente arredondadas dos assentos;

- Assento giratório para evitar torção do tronco;

- Encosto levemente adaptado ao corpo para proteção da lombar.

Resultados Esperados: Diante do projeto apresentado, espera-se que a recorrência do DORT em

profissional de costura seja cada vez menor. Com o auxílio dos profissionais de saúde do CSD, para
dar a assistência necessária as profissionais, para quem assim elas possam se reeducar quanto a
postura e movimentos repetidos sem os devidos cuidados, tendo sempre acompanhamento e fazendo
consultas regularmente para trabalhar os problemas que tenham adquiridos com sua profissão.
Assim, observando o bem-estar e saúde das pessoas, promovendo uma mudança positiva em suas
vidas , aumento da eficiência no trabalho, maior renda, satisfação pessoal e profissional.

Cronograma de execução semanal: (marcar com um X a semana correspondente do mês prevista para execução
de cada etapa)
AÇÃO MÊS 1 MÊS 2 MÊS 3 MÊS 4

Formar equipes interprofissionais x

Delinear território para intervenção x
Realizar diagnóstico situacional em saúde x
Identificar problema de saúde priorizado x
Elaborar proposta inovadora para intervenção
x
sobre o problema identificado
Finalizar o PPP x
Evidenciar o processo construindo um resumo
simples
Sintetizar o processo de trabalho da equipe e a
produção realizada por meio de um vídeo
Publicar o resumo simples e o link do vídeo na
página de projeto

Referências Bibliográficas

CRUZ, C. S. et al. Ergonomia no trabalho. 2021.

CORREA, Vanderlei Moraes; BOLETTI, Rosane Rosner. Ergonomia: fundamentos e aplicações.

Bookman Editora, 2015.

DE OLIVEIRA, Janaina Gonçalves et al. Lombalgia e estilo de vida. Journal of Health Sciences, v.
16, n. 4, 2014.

MAZINI FILHO, Mauro Lúcio et al. A visão de costureiras em relação a seus postos de trabalhos e os
problemas relacionados ao mesmo. Revista Ação Ergonômica, v. 9, n. 2, 2014.

HELFENSTEIN JUNIOR, Milton; GOLDENFUM, Marco Aurélio; SIENA, César. Lombalgia

ocupacional. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 56, p. 583-589, 2010.

FERREIRA, Ana Patricia Bastos; DA SILVA, Mikaella Roberta Oliveira; DE VASCONCELOS, Ludimilla
Araújo Vieira. Desconforto musculoesquelético em costureiras: uma análise comparativa.
Revista de trabalhos acadêmicos-universo recife, v. 3, n. 3, 2016.
GOMES, HÊMILY ANA. Análise ergonômica do trabalho e dos aspectos psíquicos da atividade
de costura em uma cooperativa. [manuscrito], 2018.

AMBROSI, D.; QUEIROZ, M. DE F. F. Compreendendo o trabalho da costureira: um enfoque para

a postura sentada. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, v. 29, n. 109, p. 11–19, 2004.