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Famerp – 20 pontos.
Correção 0-14 x 12x1,42 – 17,2
É possível, também, utilizar dois períodos para essa parte. No primeiro deles, o candidato deve, além de
relacionar o tema ao repertório, apresentar o ponto de vista que será defendido na tese. No período
seguinte, o candidato deve explicitar a polarização do debate proposto pela banca.
Diante disso, surge o debate sobre a redução da maioridade penal. Uns defendem a ideia de que seria uma
medida útil para a redução da violência. Outros, no entanto, dizem que isso é ineficaz.
3⁰ Período - Tese
A tese corresponde à parte que determinará todo o restante da redação, por isso é a parte mais
estratégica do texto. Em redações bilaterais, ela corresponderá a duas partes escritas em um único
período:
3.1. RESPOSTA À PERGUNTA
Aqui o candidato responde à pergunta proposta, optando por um dos dois lados existentes na questão.
Nesse viés, fica claro que a redução é inútil,
3.2. JUSTIFICATIVA DO LADO ESCOLHIDO
Ainda no último período da introdução, é preciso selecionar os núcleos da tese, que determinarão o
conteúdo dos próximos parágrafos. O candidato, então, deve apresentar duas justificativas (dois núcleos)
para o ponto de vista selecionado.
pois não ataca as causas do problema, além de promover apenas um espírito revanchista contra crianças
infratoras.
E SE EU NÃO LEMBRAR DE NENHUM REPERTÓRIO? – PARTE 1
Em 2017, um menor matou a mãe a facadas, pois ela insistia que ele realizasse
tarefas domésticas. Nesse contexto, alguns acreditam que a redução da
maioridade penal reduziria crimes dessa natureza. Outros, no entanto discordam,
ao defender a ideia de que isso apenas serviria para piorar a situação dos
adolescentes. Dessa forma, é evidente que tal diminuição seria negativa, uma
vez que serviria apenas para produzir um sentimento revanchista quanto seguir
não enfrentando as reais causas do problema.
PARTE 2 – A ARGUMENTAÇÃO
Tema: A redução da maioridade penal reduzirá os crimes no Brasil?
Tese: Nesse viés, fica claro que a redução é inútil, pois não ataca as causas do problema, além
de promover apenas um espírito revanchista contra crianças infratoras.
Inicialmente, é importante considerar que a redução de crimes terá impacto mínimo na diminuição de atos
violentos. Para comprovar tal fato, basta considerar que, segundo dados do IBGE, a esmagadora maioria
de crimes associados a menores ocorre por conta do tráfico de drogas entre as camadas mais pobres da
população. Isso apenas demonstra que o real problema da desigualdade e da ausência de oportunidades
não será atacado pelas autoridades competentes, já que não se resolve um problema atacando apenas
seus resultados. Essa omissão terá, por consequência, apenas o aumento da lacuna de oportunidades
entre as classes sociais, apenas reforçando as desigualdades e condenando – para sempre – essas
pessoas ao crime. Em suma, a tendência é que os índices de violações da lei até aumentem, com mais
crianças e adolescentes sendo aliciadas pelos grandes criminosos.
Período 1: Reforço da resposta à pergunta = POSICIONAMENTO.
Período 2: Uso de dados a fim de comprovar a TESE. (Podem ser usados filmes, séries, animes,
sociologia, filosofia, História...)
Períodos 3 e 4: Relação entre EXEMPLO e TESE.
Período 5: Síntese dos argumentos.
MODELO DE PARÁGRAFO:
Inicialmente, é válido apontar que (retomada da JUSTIFICATIVA 1). Para ilustrar tal fato, basta considerar
que (EXEMPLO CONCRETO QUE REFORCE O POSICIONAMENTO). Isso apenas demonstra que
(EXPLICAÇÃO DA RELEVÂNCIA DO EXEMPLO DIANTE DO SEU POSICIONAMENTO). Em suma,
(CONCLUSÃO A PARTIR DOS PERÍODOS ANTERIORES).
PARTE 3 – A CONCLUSÃO
Portanto, as cotas e outras políticas afirmativas são essenciais como forma de reparação histórica. Isso
porque, embora alguns acreditem que essas medidas possam gerar novas formas de exclusão, é
evidente que elas são fundamentais para corrigir desigualdades profundas e promover a inclusão social.
Por isso, exemplos como o filme “Cidade de Deus” e os princípios da Constituição Brasileira justificam a
necessidade e a eficácia das políticas afirmativas para construir uma sociedade mais justa e equitativa.
MODELO DE CONCLUSÃO
TEXTO I
Ao contrário de países que, na esteira da revolução sexual, nas últimas décadas
ganharam legislações mais liberais para a interrupção voluntária da gravidez, o Brasil
tem há 80 anos um mesmo ordenamento penal para o aborto. A única alteração ocorreu
há oito anos – e por via jurídica, não legislativa. Em 1940, um decreto do então
presidente Getúlio Vargas passou a prever no Código Penal casos em que o aborto não
se constituiria crime, se praticado por um médico: estupro e risco à vida da gestante.
Desde então, a lei pune com um a três anos de prisão a mulher que realiza o
procedimento fora da previsão legal. Em 2012, o STF (Supremo Tribunal Federal)
determinou que a interrupção da gestação de fetos anencéfalos não configura crime.
https://www.otempo.com.br/brasil/brasilia-ve-chance-remota-de-alterar-leis-do-aborto-
apos-decisao-da-colombia-1.2619585
TEXTO II
A inviolabilidade do direito à vida é um direito constitucional, e qualquer lei que viole esse
direito é uma lei inconstitucional, é uma lei nula, que não pode ser cumprida. O artigo 2º do
Código Civil brasileiro diz que "a personalidade civil da pessoa começa do nascimento com
vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro". É assegurado à
gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal. Ou seja, o
Estado tem a obrigação de oferecer condições para a gestante ter o filho sadio e em
condições dignas, conforme está previsto no artigo 8º do Estatuto da Criança e do
Adolescente. Não tem, pois, o direito de oferecer condições para a morte. O direito à vida,
desde o momento da concepção, ganha destaque na Convenção de Direitos Humanos,' no
art. 4º.1, que diz· "Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. Esse direito deve
ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção.
O aborto não é a solução para nenhum problema pessoal. Na verdade, ele agrava qualquer
situação, sobretudo para a mulher, pois é um atentado contra a sua saúde física, mental,
emocional e espiritual, além de ser crime, previsto no Código Penal, podendo o ato ser
punido com pena de detenção ou reclusão. É bom lembrar que a legislação contra o aborto
no Brasil está em vigor e que muitas pessoas já foram condenadas e estão cumprindo penas
por causa de aborto.
https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/artigos-discursos-e-entrevistas/
artigos/2010/contra-o-aborto-desembargador-roberval-casemiro-belinati
TEXTO III
Deveria, pois essa omissão tem consequências graves. O aborto pode ser bastante
seguro. Se feito seguindo as recomendações técnicas da OMS (Organização Mundial da
Saúde), seus custos e riscos são baixos, e o procedimento sequer depende de
internação. O Brasil faz, com segurança, abortos seguindo essas recomendações nos
casos previstos em lei. No entanto, quando feito de forma insegura, o aborto pode trazer
uma série de consequências para as mulheres, que vão de danos para a capacidade
reprodutiva à morte. Em outras palavras, pela omissão das políticas da saúde, quase um
quinto das mulheres comuns brasileiras está exposta a um risco totalmente
desnecessário e facilmente evitável. Ainda pior: esse risco é provocado sob altos custos
para o sistema de saúde do país. O Ministério da Saúde estimou em 2018 que gastou
na década anterior quase R$ 500 milhões para tratar consequências de abortos
inseguros. Pela omissão das políticas da saúde, quase um quinto das mulheres comuns
brasileiras está exposta a um risco totalmente desnecessário e facilmente evitável. Parte
importante do problema deve-se ao fato de o aborto ser tratado como crime no Brasil. A
política de criminalização reflete muito mais um moralismo de base religiosa do
que uma intenção clara de impedir o aborto no país. Mulheres sempre fizeram e
farão aborto, e não é a criminalização que irá reduzir isso. Ao contrário, a criminalização
está piorando bastante o problema.
Link para matéria: https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/2021/Aborto-%C3%A9-problema-de-saude-
publica
PLANO:
1) Leitura atenta da coletânea a fim de entender o tema e os lados da polarização;
2) Pedir para fazerem a introdução, menos a TESE;
3) Pedir para alunos fazerem a TESE COM duas justificativas.
ESTRUTURA COMPLETA
(DEFINIÇÃO/COMENTÁRIO A PARTIR DA LEITURA DE TEXTOS DA COLETÂNEA). Nesse contexto,
alguns acreditam que (EXPOSIÇÃO DO LADO QUE VOCÊ NÃO CONCORDA). Outros, no entanto,
defendem a ideia de que (EXPOSIÇÃO DO LADO QUE VOCÊ CONCORDA). Assim sendo, é evidente que
(RESPOSTA À PERGUNTA), uma vez que (JUSTIFICATIVA 1), além de (JUSTIFICATIVA 2).
Numa primeira análise, (RETOMADA DO ARGUMENTO 1). Para ilustrar, basta considerar o exemplo de
(MENÇÃO A UMA PESQUISA/FILME/SÉRIE/CONHECIMENTO DE MUNDO/ATUALIDADES/PESQUISA
CLARAMENTE ASSOCIADA AO SEU PONTO DE VISTA). Esse exemplo atesta que (EXPLICAÇÃO DO
EXEMPLO E QUAL A RELEVÂNCIA DELE PARA A DEFESA DO PONTO DE VISTA). Isso gera, como
consequência, (MENÇÃO A UMA CONSEQUÊNCIA). Em resumo, (REAFIRMAR POSCIONAMENTO 1).
Ademais, (RETOMADA DO ARGUMENTO 2). Como amostra, basta considerar o exemplo de (MENÇÃO A
UMA PESQUISA/FILME/SÉRIE/CONHECIMENTO DE MUNDO/ATUALIDADES/PESQUISA CLARAMENTE
ASSOCIADA AO SEU PONTO DE VISTA). Nesse sentido, (EXPLICAÇÃO DO EXEMPLO E QUAL A
RELEVÂNCIA DELE PARA A DEFESA DO PONTO DE VISTA). Tal fato (MENÇÃO A UMA
CONSEQUÊNCIA). Em síntese, (REAFIRMAR POSCIONAMENTO 2).
Portanto, (REFORÇO DO POSICIONAMENTO). Embora os defensores da (MENÇÃO AO LADO QUE
NÃO CONCORDA) devam ser respeitados, é notável que (MENÇÃO AO LADO QUE CONCORDA). Isso
é claro, já que (RETOMADA DO ARGUMENTO 1) e (RETOMADA DO ARGUMENTO 2).