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Trabalho Final Redes

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Aprendizado Baseado em Problema(ABP)


Cabeamento Estruturado

Henrique Forgiarini da Silva

Resumo: Este trabalho apresenta uma análise abrangente dos principais conceitos e elementos
que compõem as redes de computadores. São explorados tópicos fundamentais, como tipos de
redes, topologias e os modelos de referência ISO/OSI e TCP/IP, que estruturam a
comunicação entre dispositivos de forma organizada e eficiente. São abordadas as diferentes
tecnologias de cabeamento e os padrões de cabeamento estruturado, incluindo as normas NBR
14565 e EIA/TIA 568 e 606, que asseguram a padronização e segurança das infraestruturas
físicas de rede.

Além disso, o trabalho analisa os modos de transmissão de dados e a evolução das redes sem
fio, abrangendo a história, os padrões e a importância das frequências de operação, que
tornam possível a comunicação móvel e sem cabos. Esse panorama completo sobre as redes
de computadores ressalta a importância de entender e implementar corretamente os elementos
de uma rede, promovendo desempenho, segurança e capacidade de expansão nas mais
diversas aplicações tecnológicas.

Palavras-chave: Redes. Dispositivos.

1 INTRODUÇÃO

As redes de computadores tornaram-se indispensáveis no mundo atual, conectando


dispositivos e permitindo o compartilhamento de dados em uma escala global. Com o
crescimento acelerado da tecnologia e a demanda por comunicações rápidas e eficientes,
entender os conceitos fundamentais de redes tornou-se essencial tanto para profissionais
quanto para entusiastas da área. Este trabalho aborda diversos aspectos relevantes para o
entendimento das redes de computadores, desde os tipos de redes e topologias empregadas até
os modelos de referência ISO/OSI e TCP/IP, que fornecem a base para a comunicação entre
dispositivos.

A importância do cabeamento estruturado, com normas específicas como a NBR 14565 e os


padrões EIA/TIA 568 e 606, é explorada para destacar a necessidade de padronização e
segurança nas redes físicas. Além disso, são apresentados os tipos de cabos e os modos de
transmissão de dados, os quais afetam diretamente o desempenho e a confiabilidade das
conexões. O trabalho também examina a evolução das redes sem fio, incluindo seus padrões,
frequências e velocidades, refletindo a transformação dos meios de transmissão e o papel
crescente das tecnologias de mobilidade. Ao reunir todos esses tópicos, o trabalho oferece
uma visão abrangente sobre os principais componentes e normas que orientam o
desenvolvimento das redes de computadores modernas, destacando sua importância e os
desafios que surgem com sua constante expansão.
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1 Conceitos Fundamentais

1.1 Redes de computadores


São sistemas que interconectam dispositivos, como computadores, impressoras e
servidores, permitindo a troca de dados e recursos. O principal objetivo é facilitar a
comunicação e o compartilhamento de informações.

1.2 Tipos de Redes


Os tipos de redes de computadores variam de acordo com o tamanho, a área de
cobertura, a estrutura e a finalidade. Cada tipo atende a diferentes necessidades de
conectividade, segurança e alcance. Abaixo, estão os principais tipos de redes:
 LAN (Rede Local): Conecta dispositivos em uma área geográfica restrita, como um
escritório.
 Exemplo: Rede de computadores em uma escola, onde todos os dispositivos estão
conectados em um único espaço.

 MAN (Rede Metropolitana): Cobre uma área maior que uma LAN, mas menor que uma
WAN, como uma cidade.
 Exemplo: Rede que interconecta várias filiais de uma empresa em uma cidade.

 WAN (Rede de Longa Distância): Conecta redes que estão em locais distantes, como
diferentes cidades ou países.
 Exemplo: A Internet é a maior WAN do mundo, conectando redes ao redor do globo.

 PAN (Rede Pessoal): Conecta dispositivos pessoais em um espaço muito próximo, como
um smartphone e um laptop.
 Exemplo: Conexões entre dispositivos pessoais, como um smartphone, tablet e laptop
via Bluetooth.
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1.3 Topologia

A topologia de rede se refere à disposição física ou lógica dos dispositivos e conexões em


uma rede de computadores. A escolha da topologia influencia a eficiência, a escalabilidade e a
manutenção da rede. Existem várias topologias, cada uma com suas características e
aplicações. Aqui estão as principais:

1. Estrela: Todos os dispositivos estão conectados a um ponto central (como um switch


ou hub).
o Se um cabo falhar, apenas o dispositivo conectado a ele é afetado; fácil de
adicionar ou remover dispositivos.
o Se o ponto central falhar, toda a rede para.
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2. Barramento: Todos os dispositivos estão conectados a um único cabo (barramento)


que transporta dados.
o Simples e econômica para pequenas redes.
o Se o cabo falhar, toda a rede para de funcionar. Dificuldade na identificação de
falhas.

3. Anel: Cada dispositivo está conectado a dois outros, formando um anel. Os dados
circulam em uma direção.
o Pode oferecer desempenho consistente, pois há menos colisões de dados.
o Se um dispositivo falhar, a rede pode ser interrompida.
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4. Malha: Cada dispositivo é conectado a vários outros, criando múltiplos caminhos para
os dados.
o Alta redundância e confiabilidade; se uma conexão falhar, os dados podem
encontrar outro caminho.
o Complexa e cara para implementar, especialmente em grandes redes.

5. Árvore: Combina características das topologias em estrela e barramento. Possui um


dispositivo central que se ramifica em outras redes em estrela.
o Flexível e escalável; permite adicionar dispositivos facilmente.
o Se o dispositivo central falhar, pode afetar várias sub-redes.
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Cada uma tem seus usos específicos, dependendo das necessidades da rede e do ambiente em
que está inserida.

1.4 Modelo ISO


O Modelo OSI (Open Systems Interconnection) é uma estrutura conceitual que
padroniza a comunicação em redes de computadores. Ele divide o processo de comunicação
em sete camadas, cada uma com suas funções específicas. O objetivo do modelo é facilitar a
interoperabilidade entre diferentes sistemas e tecnologias. Aqui estão as sete camadas do
Modelo OSI:
1. Camada Física: Transmissão de dados brutos pela mídia física, como cabos, fibras
ópticas ou ondas de rádio.
o Exemplos de Protocolos e Tecnologias: Ethernet, USB, Bluetooth.
2. Camada de Enlace: Criação de uma conexão confiável entre dispositivos na mesma
rede local. Também cuida da detecção e correção de erros.
3. Camada de Rede: Roteamento de pacotes de dados entre redes diferentes, garantindo
que eles cheguem ao destino correto.
4. Camada de Transporte: Garantir a entrega confiável de dados, segmentando grandes
blocos de dados e garantindo a integridade da transmissão.
5. Camada de Sessão: Estabelecer, manter e encerrar sessões de comunicação entre
aplicativos. Gerencia o diálogo entre eles.
6. Camada de Apresentação: Traduzir e formatar os dados, garantindo que sejam
compreensíveis para a camada de aplicação. Isso inclui codificação, compressão e
criptografia.
7. Camada de Aplicação: Prover serviços de rede diretamente aos aplicativos do
usuário final. É a camada com a qual os usuários interagem
o HTTP, FTP, SMTP.
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1.5 Modelo TCP/IP

O modelo TCP/IP (Transmission Control Protocol/Internet Protocol) é uma arquitetura de


rede que serve como base para a comunicação na Internet e em muitas redes de computadores.
Ele é composto por quatro camadas principais, que correspondem a diferentes aspectos da
comunicação de rede. Aqui estão as camadas do modelo TCP/IP e suas funções:

1. Camada de Aplicação: Prover serviços de rede diretamente aos aplicativos. Essa


camada é responsável por protocolos que definem como os dados são apresentados e
trocados entre aplicações.

2. Camada de Transporte: Transporte de dados (ex: TCP, UDP).

3. Camada de Internet: Roteamento de pacotes de dados entre diferentes redes. Essa


camada é responsável por endereçar e encaminhar os pacotes. (ex: IP).

4. Camada de Acesso à Rede: Define como os dados são fisicamente transmitidos pela
rede, incluindo a especificação dos meios de transmissão e protocolos de acesso à
rede.

1.6 Cabos e Padrões (Tipos e Segurança)

Os cabos e padrões de redes são elementos fundamentais para a transmissão de dados em


redes de computadores, sendo responsáveis pela interligação de dispositivos e pelo transporte
da informação. Existem diversos tipos de cabos e padrões, cada um com características
específicas que determinam sua utilização, velocidade, e distância máxima de transmissão:

 Cabos de Par Trançado: Consistem em pares de fios de cobre trançados, que ajudam
a reduzir a interferência eletromagnética. Usados em redes Ethernet.
o CAT 5: suporta velocidades de até 100 Mbps.
o CAT 5e: permite velocidades de até 1 Gbps.
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o CAT 6 e CAT 6a: suportam até 10 Gbps, com maior resistência a


interferências.
o CAT 7 e CAT 8: são ainda mais avançados, oferecendo maior largura de
banda e sendo usados em ambientes que exigem alta velocidade.

 Cabos Coaxiais: Consistem em um fio central cercado por um material isolante, uma
malha condutora e uma capa externa. Utilizados principalmente para transmissão de
dados e sinais de TV.

o Comuns em redes de TV a cabo e em algumas redes locais.

 Fibra Óptica: Diferente dos cabos de cobre, a fibra óptica transmite dados por pulsos
de luz, o que a torna imune a interferências eletromagnéticas e permite velocidades
muito maiores, além de alcance de quilômetros sem perda significativa de sinal.

 Padrão de rede

o Ethernet: É o padrão mais comum para redes locais (LAN). A Ethernet define
aspectos como velocidade, conectorização e tipos de cabo.

o Wi-Fi (IEEE 802.11): É o padrão de rede sem fio. Dividido em várias versões
(802.11a, b, g, n, ac, ax), cada uma com melhorias em termos de alcance,
velocidade e resistência a interferências, o Wi-Fi permite a conexão de
dispositivos móveis sem necessidade de cabos.

o Bluetooth: Apesar de ser mais voltado para conexões pessoais de curta


distância, como entre dispositivos móveis e periféricos, o Bluetooth (padrão
IEEE 802.15) também é utilizado em redes de sensores e para conectar
dispositivos da Internet das Coisas (IoT).

o Redes de Fibra para Usuário Final (FTTH): É um padrão que utiliza fibra
óptica até a residência do usuário. Esse tipo de rede, promovida por padrões
como o GPON (Gigabit Passive Optical Network), permite que provedores de
internet ofereçam altas velocidades com grande estabilidade.

1.7 Modos de Transmissão (Sentido, Meios, etc.)


Os modos de transmissão referem-se à forma como os dados são transferidos entre
dispositivos em uma rede de comunicação. Eles determinam a direção e a simultaneidade da
troca de dados e são classificados em três tipos principais: simplex, half-duplex e full-
duplex:
 Simplex: os dados são transmitidos em apenas uma direção, sem possibilidade de
resposta ou feedback do dispositivo receptor. Esse modo é semelhante a uma “mão
única” e é comum em sistemas onde apenas a transmissão de dados é necessária,
sem necessidade de retorno.
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 Half-Duplex: os dados podem ser transmitidos em ambas as direções, mas não


simultaneamente; ou seja, um dispositivo transmite enquanto o outro apenas
recebe, e vice-versa. Esse modo é semelhante a uma "mão dupla alternada", onde
um dispositivo espera que o outro finalize a transmissão para, então, iniciar sua
própria
 Full-Duplex: No modo full-duplex, os dados são transmitidos em ambas as
direções simultaneamente, permitindo que os dispositivos enviem e recebam dados
ao mesmo tempo. Esse modo é similar a uma “mão dupla contínua” e é mais
eficiente, pois permite maior velocidade e redução do tempo de espera entre
transmissões.

A escolha do modo de transmissão adequado depende da necessidade de simultaneidade,


velocidade e complexidade da comunicação desejada em cada contexto de rede.

1.8 Redes sem fio (História, Padrões, Velocidade e Frequência)


As redes sem fio (Wi-Fi) transformaram a maneira como as pessoas se conectam à
internet e compartilham dados, eliminando a necessidade de cabos e permitindo mobilidade.
Desde sua criação, a tecnologia Wi-Fi evoluiu significativamente em termos de velocidade,
alcance e confiabilidade.

História
 A história das redes sem fio começa na década de 1970, quando pesquisadores
começaram a explorar comunicações de rádio para transmissão de dados em ambientes
fechados. Em 1997, o IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) lançou
o primeiro padrão Wi-Fi, conhecido como 802.11, com velocidades de até 2 Mbps.
Com o avanço da tecnologia, novos padrões foram introduzidos, permitindo maior
velocidade e eficiência, estabelecendo o Wi-Fi como a tecnologia mais utilizada para
conexões de rede local (LAN) sem fio.

Principais Padrões de Redes Sem Fio

Os padrões Wi-Fi são identificados pelo número 802.11 seguido de uma letra (ou conjunto de
letras) e referem-se às especificações técnicas da tecnologia. Cada nova versão aprimora
aspectos como velocidade, alcance e resistência a interferências. Os principais padrões Wi-Fi
são:
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 802.11 (1997): O primeiro padrão Wi-Fi, com velocidade de até 2 Mbps e operando na
frequência de 2,4 GHz. Ele foi rapidamente superado devido à sua baixa taxa de
transferência.
 802.11b (1999): A primeira versão amplamente adotada, com velocidade de até 11
Mbps e operando na frequência de 2,4 GHz. Esse padrão marcou o início do uso
comercial do Wi-Fi, mas sofria com interferências de outros dispositivos que
operavam na mesma frequência.
 802.11a (1999): Introduzido junto com o 802.11b, mas operando na frequência de 5
GHz para evitar interferências. Oferecia velocidades de até 54 Mbps, mas com alcance
limitado em comparação ao 802.11b.
 802.11g (2003): Combina as melhores características dos padrões anteriores, operando
em 2,4 GHz e com velocidades de até 54 Mbps. Esse padrão foi muito popular devido
à sua compatibilidade com dispositivos 802.11b.
 802.11n (Wi-Fi 4, 2009): Um marco importante, com velocidades de até 600 Mbps
usando múltiplas antenas (MIMO) e operando tanto em 2,4 GHz quanto 5 GHz,
permitindo maior velocidade e melhor alcance.
 802.11ac (Wi-Fi 5, 2013): Focado em redes de alta velocidade, oferece velocidades de
até 3,5 Gbps, opera na frequência de 5 GHz e usa tecnologia MIMO mais avançada,
sendo ideal para ambientes com múltiplos dispositivos conectados.
 802.11ax (Wi-Fi 6, 2019): O padrão mais recente, com velocidade de até 9,6 Gbps e
compatível com as frequências de 2,4 GHz e 5 GHz. O Wi-Fi 6 oferece maior
eficiência em ambientes com alta densidade de dispositivos conectados, além de
menor latência e melhor gerenciamento de energia.
 Wi-Fi 6E (2020): Uma extensão do Wi-Fi 6, que opera na nova frequência de 6 GHz.
Essa frequência adiciona canais não congestionados, o que melhora o desempenho em
locais com alta densidade de dispositivos.

Principais Padrões de Redes Sem Fio


 Cada padrão Wi-Fi oferece uma velocidade e opera em uma frequência específica, que
impacta o alcance e a interferência. A frequência mais baixa (2,4 GHz) tem maior
alcance e penetração de obstáculos, enquanto a frequência mais alta (5 GHz e 6 GHz)
permite maiores velocidades, porém com alcance menor e menor capacidade de
penetração.
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Frequência e interferência

A frequência de operação impacta diretamente a velocidade e a estabilidade das redes sem fio:

 2,4 GHz: Maior alcance e melhor penetração, mas sujeita a mais interferência (de
micro-ondas, Bluetooth e outros dispositivos).
 5 GHz: Menor alcance, porém oferece maior velocidade e menos interferência, sendo
ideal para ambientes com dispositivos que exigem maior largura de banda.
 6 GHz: Recente e disponível para Wi-Fi 6E e Wi-Fi 7, com canais menos
congestionados, permitindo melhor desempenho em ambientes com muitos
dispositivos conectados.

As redes sem fio evoluíram para atender a crescente demanda por velocidade e eficiência,
resultando em padrões que aumentam a capacidade e a confiabilidade das redes Wi-Fi atuais e
futuras.

1.9 Normas de Cabeamento Estruturado (NBR 14565, EIA/TIA 568, EIA/TIA 606)
As normas de cabeamento estruturado são fundamentais para garantir a
organização, desempenho e padronização das instalações de rede. Elas estabelecem padrões
para a instalação, manutenção e gerenciamento do cabeamento, de forma que a infraestrutura
possa ser mantida e expandida de maneira eficiente ao longo do tempo. As principais normas
incluem a NBR 14565 no Brasil e os padrões internacionais EIA/TIA 568 e EIA/TIA 606.

NBR 14565
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 A NBR 14565 é a norma brasileira para cabeamento estruturado, criada pela


Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Publicada em 2000, ela
estabelece os critérios para a instalação de cabeamento estruturado em redes de
telecomunicações no Brasil, alinhando-se às normas internacionais, mas considerando
as particularidades locais.
o Define a infraestrutura de cabeamento, como o uso de cabos de par trançado
(como CAT 5e, CAT 6 e CAT 6A) e cabos de fibra óptica. Ela estabelece a
estrutura física de dutos, racks, patch panels, e outros elementos para assegurar
a organização e a segurança da rede.
EIA/TIA 568
 A EIA/TIA 568 é uma das normas mais amplamente adotadas no mundo para
cabeamento estruturado. Criada pela Electronic Industries Alliance (EIA) e pela
Telecommunications Industry Association (TIA), a norma abrange diversos
aspectos do cabeamento para telecomunicações em edifícios comerciais e industriais.

EIA/TIA 606
 A EIA/TIA 606 complementa a EIA/TIA 568, focando especificamente na
padronização do gerenciamento e da identificação do cabeamento estruturado. Essa
norma é essencial para grandes redes e ambientes corporativos, onde a documentação
e o gerenciamento dos sistemas de cabeamento são cruciais.

O respeito a essas normas assegura que o cabeamento estruturado seja instalado e gerenciado
corretamente, promovendo uma infraestrutura de rede eficiente, segura e adaptável às
mudanças tecnológicas e de demanda.

2 Desenvolvimento do trabalho

2.0.1 Planta baixa do modelo


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Disponibilizado abaixo a planta baixa de dois setores, referentes as áreas contidas


no prédio, sendo a parte de Contabilidade e Administrativa.

2.0.2 Disposição de leitos para cabeamento


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As calhas e conduletes são componentes essenciais na infraestrutura de


cabeamento em ambientes corporativos. As calhas, também conhecidas como leitos de cabos,
são estruturas metálicas ou de PVC instaladas ao longo das paredes, tetos ou pisos para
organizar e proteger os cabos, facilitando a manutenção e evitando danos. Elas permitem uma
distribuição eficiente dos cabos de rede, energia e telefonia, mantendo-os organizados e
seguros.
Segue abaixo a planta com as calhas.

2.0.3 Disposição física dos ativos de rede e cabeamento.


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Na disposição física dos ativos de rede e cabeamento, todos os principais


dispositivos, como switches e roteadores, estão centralizados em um rack localizado na sala
do administrativo, garantindo um ponto de controle único para o gerenciamento da rede. Cada
mesa de trabalho no setor contábil e administrativo possui pontos de rede estratégicos,
permitindo o acesso direto à rede corporativa. As calhas foram instaladas ao longo das
paredes, guiando o cabeamento de maneira segura e organizada. Essa organização
proporciona um fluxo de dados estável e seguro para todos os setores

2.0.4 Cálculo de estimativa de cabos


Para o setor contábil, serão necessários aproximadamente 72 metros de cabos.
Cada ponto de rede precisará agora de 1 metro (descida entre os andares) + 5 metros
(distância média horizontal até cada dispositivo no andar de baixo), totalizando 6 metros por
ponto de rede. Com 12 pontos de rede, temos: 12 pontos×6 metros =72 metros.

Para o setor administrativo, cada ponto de rede precisará de 5 metros de cabo para cobrir a
distância horizontal entre o rack e os dispositivos, e 1,5 metros para descer do rack até o piso,
totalizando 6,5 metros por ponto. Com 9 pontos de rede, o cálculo será:
9 pontos×6,5 metros=58,5 metros.

2.0.5 Material e serviços

1. Rack:
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a. Quantidade: 1 unidade
b. Parafusos de cabeça sextavada com arruelas lisas – 4 unidades
c. Buchas de 12mm – 4 unidades
2. Eletrodutos para Cabeamento de Dados:
a. Primeiro andar: 60 metros (aproximadamente) para cobrir a área de
contabilidade.
b. Segundo andar: 58,5 metros (aproximadamente) para o setor administrativo.
c. Total necessário: Aproximadamente 118,5 metros de eletroduto.
3. Conduletes:
a. Para ambos os andares, considerando que o eletroduto tem 118,5 metros e que
cada condulete deve ser colocado a cada 3 metros: 40 conduletes.
4. Tomadas RJ45:
a. Tomadas RJ45 – 21 unidades
5. Cabos de Rede (Cabo UTP Cat5e ou Cat6):
a. Aproximadamente 130,5 metros, considerando uma margem de segurança de
10% para cortes e ajustes, arredondamos para 144 metros.

3 Modelo lógico
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A rede que você configurou foi dividida em dois setores: Contábil e Administrativo, com 12 e
9 dispositivos, respectivamente. O modelo lógico da rede utiliza VLANs para separar os dois
setores e permitir a comunicação entre eles, além de proporcionar o gerenciamento adequado
de endereçamento IP e o serviço de DHCP. Abaixo, segue uma descrição detalhada do
modelo lógico da rede, incluindo os componentes e protocolos envolvidos.

1. Divisão da Rede (VLANs e Endereçamento IP):


a. VLAN 10 – Contábil:
i. Essa VLAN contém os dispositivos do setor contábil, que são 12 no
total.

ii. Endereço IP da subrede: 192.168.10.0/28 (intervalo de endereços de


192.168.10.1 a 192.168.10.14).

iii. O endereço 192.168.10.1 é o gateway da subrede, atribuído à


subinterface do roteador GigabitEthernet0/0.10.

b. VLAN 20 – Administrativo:
i. Essa VLAN contém os dispositivos do setor administrativo, com 9
dispositivos.

ii. Endereço IP da subrede: 192.168.20.0/28 (intervalo de endereços de


192.168.20.1 a 192.168.20.14).

iii. O endereço 192.168.20.1 é o gateway da subrede, atribuído à


subinterface do roteador GigabitEthernet0/0.20.

2. Roteador
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a. O roteador foi configurado para realizar o roteamento inter-VLAN (entre


VLAN 10 e VLAN 20). Para isso, utilizou-se o conceito de Router-on-a-Stick,
onde:
i. O roteador tem uma única interface física (por exemplo,
GigabitEthernet0/0) conectada ao switch, mas com subinterfaces para
cada VLAN

ii. As subinterfaces são configuradas com o protocolo 802.1Q para


encapsulação VLAN. Cada subinterface é responsável por uma VLAN
específica:

iii. O roteador realiza o roteamento entre VLANs, permitindo que os


dispositivos em diferentes VLANs se comuniquem entre si, com o
tráfego sendo encaminhado entre as subinterfaces correspondentes.
3. Switch
a. O switch utilizado tem 24 portas, e foi configurado para suportar as VLANs 10
e 20. O switch foi configurado para trabalhar com encapsulação 802.1Q no
port trunk para permitir o tráfego de múltiplas VLANs.

4. Serviço DHCP
a. O roteador foi configurado para fornecer endereços IP de forma automática aos
dispositivos em cada uma das VLANs.

5. Funcionamento do Roteamento
a. Quando um dispositivo da VLAN 10 deseja se comunicar com um dispositivo
da VLAN 20, o tráfego é enviado para o roteador (porta de trunk).

b. O roteador recebe o tráfego de uma VLAN em sua subinterface correspondente


(por exemplo, GigabitEthernet0/0.10 ou GigabitEthernet0/0.20), realiza o
roteamento entre as VLANs e reenvia o tráfego para a VLAN de destino.
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3 ANÁLISE DOS DADOS

3.1 Desempenho da Rede:


Com base na configuração da rede, podemos observar que o desempenho da
comunicação entre dispositivos dentro da mesma VLAN e entre VLANs está diretamente
relacionado à eficiência da configuração de roteamento e da alocação de recursos como
largura de banda e tráfego de dados.
O roteador foi configurado para suportar o tráfego entre as VLANs de forma
eficiente. A utilização do protocolo 802.1Q para encapsulação de VLANs permite o
tráfego de pacotes com informações de diferentes VLANs pela mesma linha de
comunicação. Como as portas de switch estão configuradas para operar em Full-Duplex e
100Mbps, espera-se que o tráfego entre os dispositivos seja rápido, uma vez que a
capacidade de transmissão é adequada para o número de dispositivos em cada setor
(Contábil e Administrativo). A perda de pacotes observada durante os testes de ping
(25%) pode estar relacionada a questões de congestionamento ou configurações
inadequadas de buffer ou de roteamento, que podem ser otimizadas posteriormente.

3.2 Eficiência do DHCP:


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O protocolo DHCP foi utilizado para facilitar a alocação automática de endereços


IP aos dispositivos nas VLANs 10 e 20. Esse protocolo simplifica a configuração da
rede, reduzindo o trabalho manual e o risco de erros. No entanto, deve-se considerar a
configuração adequada de reservas DHCP para garantir que dispositivos críticos recebam
sempre o mesmo endereço IP e que o pool de endereços não fique esgotado em caso de
aumento de dispositivos.
O roteador foi configurado com dois pools de DHCP, um para cada VLAN, com
as faixas de IP configuradas corretamente. Para a VLAN 10 (Contábil), o pool DHCP vai
de 192.168.10.2 a 192.168.10.14, e para a VLAN 20 (Administrativo), o pool vai de
192.168.20.2 a 192.168.20.14. Essas faixas são suficientes para o número de
dispositivos.

3.3 Uso de Recursos e Eficiência de Cabeamento:


A eficiência do cabeamento e da infraestrutura física é essencial para garantir a
continuidade do serviço e reduzir o risco de falhas na rede. O switch de 24 portas foi
uma escolha adequada para atender aos 21 dispositivos nas duas VLANs, deixando
portas suficientes para eventuais expansões. A utilização da porta trunk (porta 24) para a
comunicação com o roteador também foi uma decisão acertada, já que isso permite a
transmissão de tráfego de múltiplas VLANs por uma única conexão física,
economizando recursos e reduzindo a complexidade.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento e a implementação


de um modelo lógico de rede para um ambiente corporativo, com a criação de uma
infraestrutura de cabeamento estruturado, segmentação de rede via VLANs e a
configuração de roteamento para permitir a comunicação entre diferentes setores da
organização. Ao longo deste trabalho, foram utilizados diversos conceitos
fundamentais de redes de computadores, protocolos de comunicação e técnicas de
cabeamento, com foco na organização, segurança e eficiência da rede.
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REFERÊNCIAS

Exemplo numérico:

[1] https://www.infraserve.com.br/2021/06/28/cabeamento-de-rede-quais-sao-os-
tipos-e-os-mais-adequados/

[2] https://a3aengenharia.com.br/blog/sistema-de-cabeamento-estruturado/

[3] https://learn.microsoft.com/pt-br/windowsserver/networking/technologies/dhcp/
dhcp-top

[4] https://www.mksolutions.com.br/topologia-de-rede/#:~:text=Topologia%20de
%20rede%20%C3%A9%20a,e%20como%20eles%20se%20comunicam.

[5] https://mesonpiold.cbpf.br/redes/modeloosi.html

[6] https://olhardigital.com.br/2023/11/03/dicas-e-tutoriais/quais-sao-os-principais-
cabos-de-rede-e-suas-indicacoes-de-uso/

[7] https://a3aengenharia.com.br/blog/transmissao-de-dados/

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