Aula 02
Aula 02
Aula 02
AULA
Homomorfismos
Meta da aula
Apresentar o conceito de homomorfismo de anel
e suas propriedades básicas.
objetivos
Pré-requisitos
Você vai precisar dos conhecimentos sobre anéis e ideais,
desenvolvidos nas Aulas 21 a 23 do curso de Álgebra I.
Álgebra II | Homomorfismos
Definição 2
Definição 3
16 CEDERJ
Vejamos agora dois dos exemplos mais simples de homomorfismo
2
de anéis.
AULA
Exemplo 1
O exemplo mais simples de todos é o homomorfismo identidade.
Dado um anel A, o homomorfismo identidade é definido pela função
identidade em A, ou seja, id : A → A, id(a) = a. Vamos verificar que a
identidade é, de fato, um homomorfismo de anéis. Para isso, precisamos
verificar os três axiomas de homomorfismos. Sejam a, b ∈ A, então
Exemplo 2
Seja n ∈ Z, n > 1. Considere a função ƒ: Z → Zn definida por
ƒ(a) = a , onde a é classe residual módulo n do inteiro a. Vamos verificar
que ƒ é um homomorfismo de anéis. De fato, dados a, b ∈ Z, então
CEDERJ 17
Álgebra II | Homomorfismos
Proposição 1
Demonstração
18 CEDERJ
3. Temos
2
ƒ(a – b) = ƒ(a + (– b))
AULA
= ƒ(a)+ ƒ(– b),
= ƒ(a)+ (–ƒ(b)), pela propriedade 2
= ƒ(a) – ƒ(b).
ATIVIDADE
CEDERJ 19
Álgebra II | Homomorfismos
ATIVIDADE
20 CEDERJ
ƒ(a . b) = ƒ(a) . ƒ(b) ∈ J,
2
AULA
ou seja, a . b ∈ ƒ−1 (J). Assim, concluímos que ƒ−1 (J) é um ideal de A.
ATIVIDADE
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
______________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
CEDERJ 21
Álgebra II | Homomorfismos
Proposição 2
Demonstração
22 CEDERJ
ƒ(a) . ƒ(a–1) = ƒ(a . a –1), pois ƒ é homomorfismo
2
= ƒ(1A)
AULA
= 1B , pois ƒ é homomorfismo.
Exemplo 3
Vamos descrever um homomorfismo muito importante, chamado
homomorfismo canônico (ou homomorfismo projetor). Seja A um anel
e I um ideal de A. Seja π : A → A/I, definida por π(a) = � , onde � = a
+ I ∈ A/I é a classe residual de a ∈ A módulo I. Vamos verificar, agora,
que π é um homomorfismo de anéis. De fato, sejam a, b ∈ A, então
Proposição 3
CEDERJ 23
Álgebra II | Homomorfismos
ATIVIDADES FINAIS
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
c. ƒa é um homomorfismo?
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
2. Prove a Proposição 3.
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
24 CEDERJ
2
RESUMO
AULA
Nesta aula, foram apresentados os seguintes resultados:
satisfaz:
RESPOSTAS
Atividade 1
Como A' ≠ ∅, segue que ƒ(A') ≠ ∅. Agora, dados ƒ(a), ƒ(b) ∈ ƒ(A'), temos,
aplicando a propriedade 3,
e, também,
CEDERJ 25
Álgebra II | Homomorfismos
Atividade 2
ou seja, ƒ(a) . (b) ∈ ƒ(I). Assim, concluímos que ƒ(I) é um ideal de ƒ(A).
Atividade 3
Dados x, y ∈ B, sejam a = ƒ–1 (x) e b = ƒ–1 (y), ou seja, ƒ(a) = x e ƒ(b) = y. Como ƒ
é um homomorfismo, sabemos que
= a + b, pois ƒ–1 ° ƒ = id
= a . b, pois ƒ–1 ° ƒ = id
Finalmente, como ƒ(1A) = 1B e ƒ é bijetora, segue que ƒ–1 (1B) = 1A. Concluímos,
assim, que ƒ–1 : B → A é um homomorfismo.
26 CEDERJ
Atividade Final 1
2
AULA
a. (⇒) Suponha que ƒa é sobrejetora. Vamos mostrar que a é invertível.
De fato, como ƒa é sobrejetora, existe a' ∈ A tal que ƒa (a') = 1A, isto é, a . a' = 1A.
Logo, a' é o elemento inverso de a, isto é, a é invertível.
= (a . a−1) . b
= 1A . b, pois a é invertível
= b.
Mostramos, assim, que para qualquer que seja b ∈ A, existe x = a-1 . b tal que
ƒa (x) = a. Portanto, concluímos que ƒa é sobrejetora.
ƒa (x . y) = a . (x . y )
ƒa (x) . ƒa (y) = a2 . (x . y ).
CEDERJ 27
Álgebra II | Homomorfismos
Atividade Final 2
H1.
H2.
H3.
= 1C , pois ƒ é homomorfismo.
28 CEDERJ