Citologia
Citologia
Citologia
A citologia, ou biologia celular, é um ramo da Biologia que estuda as células, suas estruturas e funções. É uma
disciplina fundamental para compreender a complexidade dos seres vivos, pois as células são as unidades básicas
que formam todos eles. Foi por meio da citologia que os cientistas descobriram que todas as formas de vida são
compostas por células, que podem variar em tamanho, forma e função.
Teoria celular
A teoria que rege os primeiros estudos da citologia é a teoria celular. Essa teoria foi criada por Mathias Scheiden e
Theodor Schwann e afirma que as células são as menores unidades morfofisiológicas dos seres vivos. Além
disso, ela fala que as novas células só surgem a partir de outras pré-existentes. Só é possível observar as células a
partir do microscópio, essa invenção foi fundamental para que o estudo da citologia avançasse. Para saber mais
sobre a teoria celular, clique aqui.
Fragmento de um tecido para demonstrar células observadas em um microscópio.
Tipos de células
As células são diferentes entre si, e podemos dividi-las de forma simples em células procarióticas e eucarióticas,
como pode ser visto a seguir.
Procarióticas: são células que possuem uma estrutura mais simples e não possuem carioteca. Nesse tipo
de células, não há compartimentos membranosos nem núcleo individualizado. A maioria das organelas
celulares encontra-se ausente nas procarióticas. Entre as poucas organelas presentes, estão os ribossomos.
Como exemplo de organismos compostos por células procarióticas temos os seres do reino Monera.
Eucarióticas: são células que possuem uma estrutura mais complexa, possuindo um núcleo organizado e
com a presença de carioteca. Nesse tipo de célula, é possível encontrar uma diversidade de organelas, que
desempenham funções metabólicas. Componentes do reino Animal e Fungi são alguns dos organismos
compostos por células eucarióticas.
→ Membrana plasmática
A membrana plasmática é a parte mais externa da célula e é ela quem cria uma espécie de proteção. É uma
membrana composta por uma associação de moléculas de fosfolipídios com proteínas, por isso é chamada de
lipoproteica.
Assim como todas as partes de uma célula, a membrana desempenha diversas funções que são de extrema
importância à célula, por exemplo, a delimitação do espaço celular, separando o meio externo e o meio interno. Além
disso, realiza o controle das substâncias que saem e que entram na célula, e tanto recebe quanto detecta sinais
externos à célula. Para saber mais sobre essa membrana, clique aqui.
→ Citoplasma
Já o citoplasma pode ser comparado a um grande pátio de uma fábrica, onde as peças citoplasmáticas
(organelas) funcionam como verdadeiros operários, atuando no trabalho de limpeza, transporte, síntese,
armazenamento, secreção e digestão. O interior das células possui diversas organelas, que desempenham funções
específicas, como veremos a seguir.
Organelas celulares
o Ribossomos: tem a função de síntese de proteínas, por mecanismo de união entre aminoácidos.
o Retículo endoplasmático liso: possui cavidades em forma de tubos sem ribossomos aderidos à sua
membrana. Em suas cavidades, é possível encontrar um conjunto de enzimas responsáveis pela
síntese de lipídios.
o Retículo endoplasmático rugoso: possui uma série de cavidades achatadas com ribossomos
aderidos à parte externa da membrana, exatamente na parte de contato com o citoplasma.
o Complexo golgiense: é formado por um conjunto de cavidades delimitadas por membranas
lipoproteicas. Sua função principal é a secreção celular e a produção do acrossomo dos
espermatozoides.
o Mitocôndrias: são organelas que possuem uma membrana externa lisa e uma membrana interna
com cristas (dobras). Sua função é promover a respiração celular.
o Lisossomos: são pequenas bolsas de formato arredondado que apresentam, em seu interior,
substâncias que destroem ou modificam compostos orgânicos.
→ Núcleo
Por último, temos a parte mais interna da célula, chamada de núcleo, que é o centro de controle das atividades
celulares. Foi descoberto pelo botânico escocês Robert Brown (1773–1858), que observou a existência de um
corpúsculo geralmente arredondado no interior da célula e o nomeou “núcleo”.
O núcleo é envolto por uma membrana dupla dotada de poros chamada de carioteca, que facilita a troca de substân-
cias entre o meio interno e o citoplasma. Para saber mais sobre o núcleo, clique aqui.
Importância da citologia
Os estudos da citologia possuem grande importância em diversas áreas. Um dos exemplos mais significativos é
no diagnóstico de doenças. É por meio de exames citológicos que algumas alterações celulares podem ser
identificadas, ou seja, células diferentes, o que pode significar lesões pré-cancerosas.
Assim como é usada na prevenção, a análise das células pode ser usada como monitoramento de tratamentos,
para verificar se houve ou não mais modificações celulares e, assim, obter uma análise da eficácia dos tratamentos.
Os estudos sobre as células também são de extrema importância para outros ramos da Biologia, como a genética e a
biologia molecular.
Citologia no Enem
As questões do Enem são de assuntos diversos vistos ao longo da vida do estudante; citologia é um dos assuntos
que mais caem na prova. A prova de Ciências da Natureza é composta por assuntos de Química, Física e
Matemática, e a parte de células e tecidos chega a ocupar quase 8% das questões da prova.
É importante deixar claro que o Enem, atualmente, é uma prova que contempla muito mais do que conceitos. Por
isso, apesar de o assunto ser extenso e denso, você precisa entender a base de cada coisa, e não decorar, pois é
isso que o Enem exige dos estudantes. Para que você se dê bem nas questões do Enem, é importante saber
alguns pontos:
História da citologia
A história da citologia começa há muitos anos, com Robert Hooke (1635–1703), que foi um grande cientista inglês
que desenvolveu um microscópio adaptado com duas lentes sobrepostas. Dessa maneira, ele pôde observar
pequenos objetos, animais e plantas com mais detalhes.
Hooke dedicou-se ao estudo das cortiças, material leve e flutuante de origem vegetal. A curiosidade o levou a dividir
uma cortiça em fatias bem finas para que pudessem ser observadas em seu microscópio. Ele percebeu que esse
material era formado por pequenos compartimentos delimitados por paredes espessas e chamou-os de celas, que
em latim significa “quartos” ou “pequenos compartimentos”. Posteriormente, esse material foi chamado de célula.
Com o passar do tempo, os estudos sobre a estrutura celular tornaram-se mais efetivos, e, em 1838, o botânico
alemão Matthias Schleiden (1804–1881) afirmou que a célula era responsável pela composição de todos os
vegetais. Logo em seguida, em 1839, o zoólogo alemão Theodor Schwann (1810–1882) declarou que todos os seres
vivos eram compostos de células. A união dessas duas descobertas deu origem ao que conhecemos hoje como
teoria celular.
O cientista alemão Rudolf Virchow (1821–1902) declarou, em 1858, que as células só poderiam se originar de outras
células preexistentes. Logo, de acordo com a teoria celular, todo ser vivo é formado por células e toda célula deriva
de outra preexistente.
Considerando a estratégia metodológica descrita, qual organela celular poderia ser utilizada para inserção de
transgenes em leveduras?
a) Lisossomo.
b) Mitocôndria.
c) Peroxissomo.
d) Complexo golgiense.
e) Retículo endoplasmático.
Resposta:
Letra B. É a mitocôndria a organela que possui DNA próprio. Por esse motivo, seria a organela utilizada para a
transgenia de leveduras.
Questão 2
No início da década de 1970, dois cientistas (Singer e Nicholson) esclareceram definitivamente como é a estrutura
das membranas celulares, propondo o modelo denominado mosaico fluido. Nesse conceito, todas as membranas
presentes nas células animais e vegetais são constituídas basicamente pelos seguintes componentes:
c) lipídios e enzimas.
d) enzimas e glicídios.
e) lipídios e proteínas.
Resposta:
Letra E. As membranas celulares são compostas por uma dupla camada de lipídios e algumas proteínas.
Fontes:
AMBRÓSIA, Maria. Biologia contextualizada 2. 2 ed. Recife: Sucesso Sistema de Ensino, 2021, p. 27-31.
JUNQUEIRA L.C.U.; CARNEIRO J. Biologia Celular e Molecular. 8ª. Edição. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2005, p. 352.
CITOLOGIA
Postado por Alana Caiusca em 04/12/2018
A citologia é um ramo da biologia que estuda a célula, a menor unidade estrutural que compõe os seres
vivos. O termo citologia deriva das palavras gregas kytos (célula) e logos (estudo).
Esse ramo desenvolveu-se a partir da criação do microscópio (1590), já que a maioria das células são
minúsculas e a sua visualização depende de um equipamento que as amplie.
O físico Robert Rooke fazia várias observações de plantas, animais e pequenos objetos no microscópio,
ao mesmo tempo que tentava aperfeiçoar o equipamento. No ano de 1665, ao examinar um pedaço de
cortiça no microscópio, Rooke descobriu a célula.
Já em 1838, o botânico alemão Matthias Schleiden, fundador da Teoria Celular, conseguiu comprovar a
existência de células em plantas. No ano seguinte o fisiologista alemão Theodor Schwann mostrou que os
seres humanos também possuíam células.
Em 1858, o médico Rudolf Ludwig Karl Virchow pôde concluir que as células dão origem a outras células.
Pouco tempo depois, em 1870 o anatomista suíço Wilhelm His inventou o micrótomo, mais um grande
avanço nos estudos na citologia.
Com posse dos instrumentos de micromanipulação, em 1922, Chambers realizou microdissecações. Na
década seguinte, em 1932, Max Knoll e Ernst Ruska criaram o primeiro microscópio eletrônico, cujos
equipamentos mais atuais permitem ampliações de 5 mil a 500 mil vezes.
Tipos de células
A biologia é um campo de estudo muito amplo, deste modo ela se organiza em níveis e cada um
representa uma área de estudo. Na ordem crescente dos níveis, a citologia ocupa a segunda posição:
Molécula --> Célula --> Tecido --> Órgão --> Sistema --> Organismo --> População --> Comunidade -->
Ecossistema --> Biosfera
Todos os seres vivos possuem no mínimo um célula, esta por sua vez pode ser definida como uma massa
de substância viva limitada por uma membrana que protege o citoplasma e o núcleo. Elas são divididas
em dois tipos: procarióticas e eucarióticas.
As células procarióticas são primitivas e possuem uma estrutura simples, os organismos que as abrigam
são chamados de procariontes. O núcleo desse tipo de célula não é individualizado, pois não há
cariomembrana; não possuem organelas membranosas e o material nuclear está disperso no citoplasma.
Os organismos que pertencem aos Domínios Bacteria e Archaea (Reino Monera), são procariontes, como
as bactérias e as cianobactérias.
Célula procariótica. (Foto: Wikipédia)
Já as células eucarióticas, cujo organismo que as abrigam são chamados de eucariontes, apresentam
uma estrutura mais completa se comparada com a anterior. O núcleo da célula eucariótica é
individualizado; o material nuclear é envolvido pela cariomembrana e possuem organelas membranosas.
Todos os organismos pertencentes aos demais reinos de seres são eucariontes, como os animais (Reino
Animal, Animalia ou Metazoa), vegetais (Reino Plantae, Reino Vegetal ou Metaphyta) e os protozoários
(Reino Protozoa ou Reino Portista). Os vírus não possuem células, logo não são considerados seres
vivos.
Célula animal x Célula vegetal - os animais e vegetais são organismo eucariontes e apresentam poucas
diferenças entre suas células que vão além do formato. Por exemplo, as células animais possuem uma
organela chamada lisossomos, que é ausente nos vegetais; as células vegetais possuem parede celular e
plastos, enquanto a animal não.
Partes da célula
As principais partes da célula eucariótica são: membrana plasmática, citoplasma e núcleo celular.
Membrana plástica - também conhecida como membrana celular é uma película que encobre e protege a
célula. A membrana possui uma característica muito importante: a permeabilidade seletiva, que regula a
entrada e a saída de substâncias pequenas, bloqueando também a passagem de substâncias grandes.
Citoplasma - região delimitada pela membrana plasmática, onde é encontrado o núcleo e as organelas
(estruturas que funcionam como pequenos órgãos da célula).
• Centríolos: pequenas estruturas que participam da divisão celular. Os centríolos também produzem os
cílios e os flagelos;
• Plastos: estruturas membranosas encontradas apenas nas células vegetais, disponíveis nas células
como cloroplastos, leucoplastos e cromoplastos;
• Complexo de Golgi: formado por várias unidades (dictiossomos) e apresenta diversas funções como
auxílio no processo de excreção da célula e formação dos lisossomos;
• Lisossomos: são encontrados apenas nas células animais e exercem a função de digestão celular;
• Mitocôndrias: liberam energia necessária para o trabalho celular;
• Peroxissomos: liberam enzimas que destroem as moléculas tóxicas;
• Retículo endoplasmático liso: formado por membrana lipoproteicas, essa estrutura desenvolve várias
funções como facilitação das reações enzimáticas, transporte e armazenamento de substâncias;
• Retículo endoplasmático rugoso: desempenha as mesmas funções do retículo liso, além de ser
composto por ribossomos;
• Ribossomos: produzem as proteínas;
• Vacúolos digestivos: resultados da fusão de fagossomos com os lisossomos (fagocitose e
pinocitose);
• Vacúolos pulsáteis ou contráteis: realizam a osmorregulação (controle das concentrações de sais
nas células);
• Vacúolos de suco celular ou armazenamento: encontrado geralmente nas células vegetais, essas
estruturas saculiformes desempenham funções como armazenamento de substâncias, controle osmótico e
manutenção do pH celular.
Núcleo celular - considerado o cérebro da célula, o núcleo geralmente apresenta uma forma esférica e
porosa. Também abriga o material genético (DNA) dos organismos unicelulares (uma célula) e
multicelulares (mais que uma célula), bem como é o lugar que acontece a reprodução celular.