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Estenose Hipertrófica Do Piloro

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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE DE JUIZ DE FORA

ESTENOSE HIPERTRÓFICA
DE PILORO
ROBERTA MÉDICE FONSECA

DISCIPLINA: CIRURGIA PEDIÁTRICA


PROFESSOR: PAULO FRANK MELIN
Estenose hipertrófica do piloro

Introdução
O piloro é o esfíncter muscular localizado na união entre o estômago e o duodeno

Contrai para manter a comida no estômago para digestão e relaxa para que a comida passe
para o intestino delgado para absorção

Pode haver um espessamento / hipertrofia do musculatura do piloro, levando ao


estreitamento e fechamento (estenose) do canal pilórico, bloqueando a saída do alimento
do estômago para o intestino

= ESTENOSE HIPERTRÓFICA DO PILORO


Estenose hipertrófica do piloro

Introdução
Estenose hipertrófica do piloro

Epidemiologia
Rara (3:1.000)
Maior incidência: 2 primeiros meses (raro surgimento dos sintomas ao nascimento ou
após 5 meses)
Sexo masculino (3:1)
Primogênito
História familiar
Uso de ATB (ex.: eritromicina) nos primeiros dias de vida

Obs.: raramente crianças mais velhas podem desenvolver obstrução pilórica causada por
inchaço devido a úlceras pépticas ou gastroenterites eosofinílicas
Estenose hipertrófica do piloro

Quadro clínico
Sintomas surgem entre 3 a 6 semanas de vida, com piora progressiva

Vômitos não-biliosos e em jato após a refeição

Apetite preservado

Desidratação e subnutrição

Após alguns dias ou semanas, os bebês ficam emagrecidos e ictéricos

Alcalose metabólica hipoclorêmica (decorrente da perda de ácido clorídrico e hipovolemia)


Estenose hipertrófica do piloro

Exame físico

Hiperperistalse gástrica: ondas peristálticas vigorosas


(ondas de Kussmaul), orientadas do QSE para o QSD

Distensão do andar superior do abdome

Massa palpável firme, móvel, de 2 a 3cm (OLIVA PILÓRICA)


no QSD ou região umbilical = sinal patognômico
Estenose hipertrófica do piloro

Diagnóstico
ULTRASSONOGRAFIA ABDOMINAL:
Altamente sensível, pois permite a visualização direta da
musculatura pilórica

Releva aumento do espessamento (≥ 4 mm) e alongamento


(>16mm) do piloro

Outros achados ecográficos: sinal do alvo, sinal do cordão ou do trilho de trem,


esvaziamento gástrico retardado do líquido para o bulbo, ondas peristálticas exageradas e
peristalse retrógrada
Estenose hipertrófica do piloro

Diagnóstico

SERIOGRAFIA DO TRATO GASTROINTESTINAL:


Realizar se a ecografia for negativa ou inconclusiva

Permite confirmar ou descartar EHP

Avalia outras possíveis causas de vômito (ex.: DRGE, má-rotação intestinal, obstruções
duodenais)
Estenose hipertrófica do piloro

Tratamento:
Cuidados pré-operatórios:
Restabelecer condições estáveis do bebê

Reposição de fluidos

Descompressão abdominal

Corrigir alterações eletrolíticas

Restaurar o equilíbrio ácido-base


Estenose hipertrófica do piloro

Tratamento:
PILOROMIOTOMIA:
Tratamento sempre é cirúrgico, sob anestesia geral

Laparotomia: incisão longitudinal acima da região


hipertrofiada, deixando a mucosa intacta e separando as fibras musculares incisadas

Videolaparoscópica: 3 pequenas incisões no abdome

Prognóstico bom

Complicações são raras


Estenose hipertrófica do piloro

Pontos-chave:
Suspeitar de estenose hipertrófica do piloro se:
a. Vômitos em jato
b. Lactentes nos 2 primeiros meses de vida
c. Apetite preservado

O diagnóstico é feito por USG

O tratamento é sempre cirúrgico


Estenose hipertrófica do piloro

Questões:
Simulado EMED – Residência Médica - 2023:

Em relação à estenose hipertrófica de piloro, assinale a alternativa INCORRETA:

A) O diagnóstico geralmente é feito entre a 2ª a 8ª semana de vida


B) Na radiografia simples de abdome, podemos encontrar o sinal da dupla bolha
C) No exame físico, podemos palpar a oliva pilórica
D) O uso de eritromicina é um fator de risco
E) Os vômitos são tipicamente não biliosos
Estenose hipertrófica do piloro

Questões:
Simulado EMED – Residência Médica - 2023:

Em relação à estenose hipertrófica de piloro, assinale a alternativa INCORRETA:

A) O diagnóstico geralmente é feito entre a 2ª a 8ª semana de vida


B) Na radiografia simples de abdome, podemos encontrar o sinal da dupla bolha
C) No exame físico, podemos palpar a oliva pilórica
D) O uso de eritromicina é um fator de risco
E) Os vômitos são tipicamente não biliosos
Estenose hipertrófica do piloro

Questões:

Sinal da dupla bolha:


Dilatação gasosa do estômago e da porção proximal do
duodeno, sem a presença de gás no restante do
intestino.

Altamente sugestiva de atresia duodenal.


Estenose hipertrófica do piloro

Questões:
COPESE – UFT - 2019
Paciente de dois (2) meses de idade, apresentando vômitos pós-prandiais em jato não biliares há sete (7) dias,
associados: perda de peso progressiva e astenia. Durante a avaliação inicial na palpação de epigástrio,
evidencia-se massa palpável. Associado ao quadro: desidratação e alcalose metabólica hipoclorêmica. Assinale a
alternativa CORRETA referente ao quadro clínico em questão.

A) A alcalose metabólica hipoclorêmica ocorre devido ao edema de alças intestinais e por translocação de bactérias
por desuso do intestino.
B) A desidratação e os distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos não necessitam de correção pré-operatória, pois
a própria cirurgia, em caráter de urgência, é suficiente para corrigi-los.
C) Trata-se de um quadro clínico típico de estenose hipertrófica do piloro.
D) Trata-se de um quadro clínico típico de invaginação intestinal.
E) A ausência de bile no vômito deste paciente é sinal específico de estenose ou atrofia de esôfago.
Estenose hipertrófica do piloro

Questões:
COPESE – UFT - 2019
Paciente de dois (2) meses de idade, apresentando vômitos pós-prandiais em jato não biliares há sete (7) dias,
associados: perda de peso progressiva e astenia. Durante a avaliação inicial na palpação de epigástrio,
evidencia-se massa palpável. Associado ao quadro: desidratação e alcalose metabólica hipoclorêmica. Assinale a
alternativa CORRETA referente ao quadro clínico em questão.

A) A alcalose metabólica hipoclorêmica ocorre devido ao edema de alças intestinais e por translocação de bactérias
por desuso do intestino.
B) A desidratação e os distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos não necessitam de correção pré-operatória, pois
a própria cirurgia, em caráter de urgência, é suficiente para corrigi-los.
C) Trata-se de um quadro clínico típico de estenose hipertrófica do piloro.
D) Trata-se de um quadro clínico típico de invaginação intestinal.
E) A ausência de bile no vômito deste paciente é sinal específico de estenose ou atrofia de esôfago.
Estenose hipertrófica do piloro

OBRIGADA!
ROBERTAMEDICE@HOTMAIL.COM

Figueirêdo SS, Araújo Junior CR, Nóbrega BB, Jacob BM, Esteves E, Teixeira KISS.
Estenose hipertrófica do piloro: caracterização clínica, radiológica e ecográfica. Radiol
Bras 2003;36(2):111-16.

Manual MSD Versão para Profissionais de Saúde. Estenose hipertrófica do piloro.


Available from: URL: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/searchresults?
query=estenose+pilórica+hipertrófica&icd9=750.5. Accessed September 8th, 2024.

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