Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Et - Armazém e Moagem

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 31

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

DE ARQUITECTURA

RESPONSÁVEL: ENGENHEIRO BELCHIOR MWEHÁMA PIRES PAULO

OBRA: ARMAZÉM E MOAGEM;

LOCAL: INSTITUTO DE INVESTIGAÇÃO VETERINÁRIA (IIV) - BAIRRO SANTO


ANTÓNIO - HUAMBO

1
PARTE I – CONSIDERAÇÕES GERAIS

As obras serão executadas de acordo com o cronograma apresentado pelo


EMPRETEIRO, aprovado pelo dono da obra.

CONTROLES TECNOLÓGICOS, VERIFICAÇÕES E ENSAIOS

O EMPREITEIRO se obrigará a efetuar um rigoroso controle tecnológico dos


elementos utilizados na obra, seguindo recomendações das normas técnicas
pertinentes.

De maneira essencial, deverá ser efetuado pelo EMPREITEIRO rigoroso controle


tecnológico dos materiais componentes da estrutura das obras, tais como
betão, varões de aço e perfis metálicos.

Ainda de maneira essencial, deverá ser efetuado pelo EMPREITEIRO rigoroso


controle tecnológico dos materiais e serviços de impermeabilização.

O controle tecnológico acima citado inclui a apresentação de Laudo Técnico de


Ensaios atestando a conformidade das características do material em relação às
recomendações técnicas, sejam elas definidas por normas técnicas vigentes,
sejam elas definidas a partir dos projetos das obras.

AMOSTRAS

O EMPREITEIRO deverá submeter à apreciação da Fiscalização amostras dos


materiais e acabamentos a serem utilizados na obra, as quais poderão ser
danificadas no processo de verificação.

As despesas decorrentes do fornecimento destas amostras correrão por conta


do EMPREITEIRO.

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Após o recebimento provisório das obras ou serviços, e até o seu recebimento


definitivo, o EMPREITEIRO deverá fornecer toda a assistência técnica necessária

2
à solução das imperfeições detectadas na vistoria final, bem como às surgidas
neste período.

ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO
Todas as despesas (licenças, taxas etc.) exigidas por quaisquer
órgãos/repartições públicas municipais, como requisito legal para o início da
construção serão a cargo do EMPREITEIRO.

LIGAÇÕES DEFINITIVAS

Após o término da obra ou serviço, o EMPREITEIRO deverá providenciar as


ligações definitivas de energia elétrica, cabeamento estruturado, água fria, água
pluvial, esgoto e quaisquer outras que se fizerem necessárias.

IMPOSTOS

Correrão por conta do EMPREITEIRO as despesas referentes a impostos em


geral, sejam eles municipais ou não.

SEGUROS

O EMPREITEIRO deverá providenciar Seguro de Risco de Engenharia para o


período de duração da obra.

Compete ao EMPREITEIRO providenciar, também, seguro contra acidentes,


contra terceiros e outros.

CONSUMO DE ÁGUA, ENERGIA, TELEFONE ETC.

As despesas referentes ao consumo de água, energia elétrica, telefone etc.


correrão por conta do EMPREITEIRO durante o período de execução dos
serviços de sua responsabilidade.

MATERIAIS DE ESCRITÓRIO

As despesas referentes a materiais de escritório serão por conta do


EMPREITEIRO.

3
TRANSPORTE DE PESSOAL

As despesas decorrentes do transporte de pessoal administrativo e técnico,


bem como de operários, serão de responsabilidade do EMPREITEIRO.

TRANSPORTE DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

O transporte de materiais e equipamentos referentes à execução da obra ou


serviço será de responsabilidade do EMPREITEIRO.

CÓPIAS E PLOTAGENS

As despesas referentes a cópias heliográficas, plotagens e outras correrão por


conta do EMPREITEIRO.

O EMPREITEIRO deverá manter obrigatoriamente na obra, no mínimo, dois


conjuntos completos dos seguintes documentos da obra: projetos, caderno de
especificações técnicas, planilha orçamentária e cronograma físico financeiro.

Após a conclusão dos serviços de limpeza, o EMPREITEIRO se obrigará a


executar todos os retoques e arremates necessários, apontados pela
Fiscalização das obras.

ESTADIA E ALIMENTAÇÃO DE PESSOAL

As despesas decorrentes de estadia e alimentação de pessoal no local de


realização das obras ou serviços serão de responsabilidade do EMPREITEIRO.

TRABALHO EM ALTURA

Todo trabalho realizado acima de um desnível superior a 2,00 m (dois metros)


em relação ao nível inferior, onde haja risco de queda, é considerado Trabalho
em Altura.

Apenas trabalhadores capacitados para Trabalho em Altura poderão realizá-lo.


Consideram-se trabalhadores capacitados aqueles submetidos e aprovados em

4
treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de 08 (oito) horas,
cujo conteúdo programático inclua:

a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

b) análise de Risco e condições impeditivas;

c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e


controle;

d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção,


inspeção, conservação e limitação de uso;

f) acidentes típicos em trabalhos em altura;

g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de


resgate e de primeiros socorros.

VIGILÂNCIA

É de responsabilidade do EMPREITEIRO, exercer severa e completa vigilância na


obra, 24 (vinte e quatro) horas por dia, em todos os dias da semana.
OUTRAS DISPOSIÇÕES

Os serviços e obras serão realizados em rigorosa observância aos desenhos dos


projetos e respectivos detalhes, bem como em estrita obediência às exigências
contidas neste Caderno de Especificações e às Normas Técnicas da DIN.

Para a perfeita execução e completo acabamento das obras e serviços referidos


no presente caderno, o EMPREITEIRO se obriga, sob as responsabilidades legais
vigentes, a prestar toda a assistência técnica e administrativa necessária para
imprimir andamento conveniente aos trabalhos.

5
Nenhuma alteração nos Projetos e Detalhes fornecidos, bem como nas
Especificações, poderá ser feita sem a autorização, por escrito, do Dono da obra
ou seu representante.

Todas as comunicações entre o EMPREITEIRO e o Dono da obra ou seu


representante, ou vice-versa, correspondentes às obras e serviços serão
transmitidas por escrito no Diário de Obras, em 03 (três) vias, pelo Encarregado
ou Engenheiro/Arquiteto residente da parte do EMPREITEIRO, e pelo
Engenheiro/Arquiteto Fiscal.

Todos os detalhes de execução de serviços constantes dos desenhos e não


mencionados nestas Especificações, assim como todos os detalhes de serviços
mencionados nas Especificações e que não constarem dos desenhos, serão
interpretados como partes integrantes dos Projetos.

Salvo o que for expressamente excluído adiante, o orçamento o EMPREITEIRO


compreenderá o fornecimento de materiais, equipamentos e mão-de-obra para
a execução de serviços, obras e instalações necessárias à completa e perfeita
edificação do conjunto referido neste Caderno e pranchas dos Projetos.

O EMPREITEIRO assumirá a obra no estado em que se encontra, entendendo-se


que, antes da elaboração de sua Proposta, visitou o local onde se
desenvolverão os trabalhos, não podendo, portanto, alegar desconhecimento
da situação física e nem das eventuais dificuldades para a implantação dos
serviços necessários e de sua utilização para a execução das obras.

DISCREPÂNCIAS E PRIORIDADES

Para efeito de interpretação entre os documentos contratuais abaixo


discriminados, fica estabelecido que:

 O Caderno de Especificações Técnicas prevalecerá sempre, sobre os Projetos


de Arquitetura;

 O projeto de Arquitetura prevalecerá sempre, em qualquer estágio de obra,


sobre os Projetos Complementares (estrutura, instalações etc.);
6
 Em caso de divergências entre cotas dos desenhos e suas dimensões tomadas
em escala, prevalecerão sempre as primeiras;

 Em casos de divergências entre os desenhos de escalas diferentes,


prevalecerão sempre os de maior escala;

 Em caso de divergência entre arquivos de datas diferentes, prevalecerão


sempre os mais Recentes.

PARTE II – OBRAS CIVIS

O objeto trata-se da Reablitação do Edifício que alberga o Armazém e


MOAGEM, localizado no Instituto de Investigação Veterinária (IIV), na Províncoa
do Huambo. A seguir são apresentados os procedimentos técnicos a serem
adotados em cada uma das etapas de execução da obra.

PLACA DE OBRA

Antes do início efetivo dos serviços de execução, deverá ser colocada Placa de
Obra no canteiro, em local de fácil visibilidade.

SERVIÇOS GERAIS INTERNOS

Será procedida, pelo EMPREITEIRO, periódica remoção de entulhos e detritos


acumulados no canteiro no decorrer da obra, não podendo, de forma alguma,
existir acúmulos de entulhos fora de caçambas apropriadas.

Deverão ser devidamente removidos da obra todos os materiais e


equipamentos, assim como as peças remanescentes e sobras utilizáveis de
materiais, ferramentas e acessórios.
Deverá ser realizada a remoção de todo o entulho da obra, deixando-a
completamente desimpedida de todos os resíduos de construção, bem como
cuidadosamente varridos os seus acessos, ao longo de toda a sua execução.

7
A limpeza dos elementos deverá ser realizada de modo a não danificar outras
partes ou componentes das edificações, utilizando-se produtos que não
prejudiquem as superfícies a serem limpas. Particular cuidado deverá ser
aplicado na remoção de quaisquer detritos ou salpicos de argamassa
endurecida das superfícies.

Deverão ser cuidadosamente removidas todas as manchas e salpicos de tinta de


todas as partes e componentes das edificações, dando-se especial atenção à
limpeza dos vidros, ferragens, esquadrias, luminárias e peças, metais e
sanitários.

Para assegurar a entrega das edificações em perfeito estado, o EMPREITEIRO


deverá executar todos os arremates que julgar necessários, bem como os
determinados pela FISCALIZAÇÃO.

CARGA E TRANSPORTE MECANIZADO

São de responsabilidade do EMPREITEIRO toda a carga e transporte


mecanizado, que deverão ser feitos obedecendo as normas de segurança do
trabalho.

ANDAIMES E PROTEÇÕES

1. Os andaimes deverão ser construídos bem firmes e escorados a uma


altura que permita o trabalho, ou seja, a mobilidade e o acesso de
pessoas ou materiais;
2. Externa e internamente, para grandes pés direitos, somente serão aceitos
os andaimes tubulares metálicos;
3. O contraventamento necessário e feito em 45 graus em todas as direções
de possíveis deslocamentos;
4. Nos andaimes externos ou de altura elevada, acima de 2,0 m, deverá
sempre existir um guarda-corpo.
1 . R E TO Q U ES E F I S S U R A S

1.1. RETOQUES

8
1.1.1. ALVENARIA EXPOSTA

• Escarificação do revestimento existente no entorno da abertura, para obter


melhor aderência com o revestimento novo;

• Limpeza da superfície a ser revestida, deixando-a isenta de pó ou outros


contaminantes;

• Aplicação de chapisco, emboço e reboco, conforme especificações da


arquitetura.

• Remoção de todo material orgânico da região e verificação de possíveis


pontos de patologia remanescentes, principalmente pontos de infiltração, caso
seja detectada alguma avaria no revestimento, executar o mesmo
procedimento de recomposição descrito acima.

1.2. FISSURAS

1.2.1. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

Abrir a trinca com ferramenta especial ou espátula de aço, em forma de "v",


com 10mm de largura por 8mm de profundidade ou outra estipulada em
projeto.

Remover toda a pintura e parte superficial do reboco (1 a 2 mm) numa faixa de


10 a 20 cm de largura (conforme largura da tela), sendo que o eixo da trinca
deve ficar sempre no centro;

Remover todo o pó da trinca e das faixas laterais;

Aplicar na trinca e nas faixas laterais uma demão de fundo preparador de


paredes. Utilizar uma trincha para aplicação.

Aguardar secagem;

Preencher a trinca aberta sela trinca, utilizando uma espátula ou aplicador.

Aplicar apenas no veio da trinca, preservando-se as faixas laterais.

Aguardar intervalo secagem;

9
Aplicar a segunda demão do l sela trinca sobre a trinca, da mesma forma que no
item anterior.

Aguardar 24 horas para secagem;

Para tratamento de fissura em parede de alvenaria, recomenda-se reforço


estrutural com tela Q138 – aço CA-60, através de toda a fissura, conforme
procedimento abaixo:

• Remover o revestimento da região a ser reforçada;

• Limpar região a ser reforçada, de modo que fique isenta de pó ou outros


contaminantes;

• Aplicar chapisco na região a ser reforçada, para melhor aderência das telas na
alvenaria;

• Posicionar as telas conforme, centralizando a fissura nas telas;

• Fixar telas na alvenaria, utilizando finca-pino com espaçamento, com cuidado


para não danificar alvenaria existente;

• Aplicar revestimento argamassado, conforme especificações da arquitetura e


somente executar a pintura após a cura do revestimento, a fim de evitar futuras
patologias.

10
2 . CO B E RT U R A

2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

2.1.1. Cobertura

Toda a cobertura da construção será em chapas metálicas caneladas, zincadas e


lacadas de 5mm, no edifício principal, varandas frontal e posterior, incluindo a
estrutura metálica de apoio, em tubos fortes e todos os trabalhos e acessórios
complementares e necessários para a sua perfeita execução, conforme
especificação abaixo:

Revestimento Superior: Aço pré-pintado trapezoidal TP30, espessura técnica de


0,50mm, cromatizada com primer epóxi (4 a 6 microns) e pintura de
acabamento em poliéster (18 a 22 microns).

Núcleo: espuma rígida de PUR (poliuretano), espessura 30 mm, com densidade


média de 38 a 42 Kg/m³.

Revestimento Inferior: idem ao revestimento superior.

Os rufos dentados deverão ser pré-pintados, os rufos lisos serão em chapa de


aço galvanizado #26, conforme detalhes do projeto.

A execução da Estrutura Metálica da cobertura deverá obedecer rigorosamente


ao projeto estrutural e a suas especificações, bem como às normas técnicas que
regem o assunto.

As especificações apresentadas, mesmo que não constem no projeto técnico,


também deverão ser executadas rigorosamente.

Qualquer modificação que se fizer necessária, tanto no projeto de Engenharia


como na execução do serviço, deverá ser autorizada pela FISCALIZAÇÃO.

O EMPREITEIRO deverá executar o serviço com profissionais devidamente


habilitados, e será responsável por todos os atos dos seus operários dentro do
canteiro de obra.

11
O EMPREITEIRO deverá manter permanentemente durante a execução do
serviço, um profissional tecnicamente habilitado, para prestar assistência
técnica ao serviço e observar diariamente o projeto técnico.

2.2. CONSTRUÇÃO DA ESTRUTURA METÁLICA

O EMPREITEIRO deverá limpar toda a área onde será executada a estrutura,


retirar todos os obstáculos que possam prejudicar o bom andamento dos
serviços.

A Estrutura Metálica deverá ser confecionada devidamente no local indicado,


seguindo as orientações do projeto específico.

As peças devem ser desempenadas segundo as tolerâncias especificadas no


projecto ou, na falta dessa indicação, segundo as tolerâncias usuais;

Os cortes efectuados a maçarico ou por arco eléctrico serão posteriormente


afagadas sempre que a irregularidade da zona de corte prejudique a execução
das ligações;

Toda Estrutura Metálica será executada em perfil detalhado em projeto


específico de chapa de aço carbono de baixa liga e alta resistência mecânica e
bastante resistente à corrosão atmosférica, fy=3,40 tf/cm2 (SAC-41).

2.2.1. NA EXECUÇÃO DE LIGAÇÕES APARAFUSADAS CORRENTES, ESTAS


SERÃO DE AÇO DA ALTA RESISTÊNCIA ASTM A-325 E RESPEITAR-SE-ÃO
AS SEGUINTES CONDIÇÕES:

a) O roscado dos parafusos deve sobressair pelo menos um filete das


respectivas porcas;

b) O aspecto dos parafusos deve ser suficiente para garantir a eficiência das
ligações, tendo-se em atenção que um aperto exagerado produz estados de
tensão desfavoráveis nos parafusos;

c) Os parafusos serão, em geral, munidos de anilha em cuja espessura deve


terminar a parte roscada. Só se poderá dispensar o uso de anilhas desde que as
ligações sejam pouco importantes e se verifique que a zona lisa da arreigada do
parafuso é suficiente para transmitir à chapa os esforços a que o parafuso está
sujeito;

12
d) No caso de as superfícies sobre as quais se faz o aperto dos parafusos não
serem normais ao eixo destes devem colocar-se anilhas de cunha, de modo a
que o aperto não introduza esforços secundários nos parafusos;
e) Sempre que se verifiquem condições que possam conduzir ao desaperto dos
parafusos em serviço, por exemplo vibrações, devem utilizar-se dispositivos que
impeçam esse desaperto, tais como anilhas de mola ou contraporcas.

2.2.2. NA EXECUÇÃO DE LIGAÇÕES SOLDADAS EMPREGAR-SE-Á A


SOLDADURA POR ARCO ELÉCTRICO, ELETRODO E-7018 2,5MM,
DEVENDO RESPEITAR-SE AS CONDIÇÕES ENUNCIADAS A SEGUIR:

a) O trabalho de soldadura, no qual deve ser utilizada aparelhagem


conveniente, só poderá ser executada por pessoal devidamente qualificado,
segundo a Norma P- 434 - Soldadura por Arco Eléctrico - Qualificação de
soldadura Manual de Chapa e Perfilados;

b) As características da corrente e a natureza e o diâmetro dos eléctrodos


devem ser apropriados à qualidade dos materiais e ao tipo de ligações a
efectuar;

c) As superfícies a soldar devem estar limpas e sem escórias. No caso do cordão


ser obtido por várias passagens deve proceder-se, antes de cada nova
passagem, à repicagem das escórias por um processo adequado e à limpeza a
escova de arame;

d) Tanto as zonas a soldar como os eléctrodos devem estar bem secos;

e) Os cordões devem ficar isentos de irregularidades, poros, fendas, cavidades


ou outros defeitos;

f) Na realização das soldaduras devem tomar-se precauções convenientes para


reduzir as tensões devidas às operações de soldadura e para que as peças
fiquem nas posições pretendidas;

g) Deve-se procurar reduzir ao indispensável o número de soldaduras a efectuar


fora da oficina.
Todo o material deve ser decapado a jacto de areia húmida, sendo a
granulometria de areia seleccionada como limite máximo pelo peneiro de 30
malhas por polegada e limite mínimo pelo peneiro de 80 malhas por polegada.

13
Todas as peças em estrutura metálica deverão receber aplicação de primer
sintético à base de cromato de zinco verde, não devendo apresentar sinais de
corrosão no ato de sua entrega na obra.

3 . R E V EST I M E N TO S

3.1. REVESTIMENTO DE PAREDES

3.1.1. SUPERFÍCIE DE ASSENTAMENTO

Antes da aplicação do reboco, devem em regra ser realizadas as seguintes


operações na superfície de assentamento: Tapamento de roços, aberturas e
cavidades existentes nas paredes, com uma argamassa idêntica à do reboco.
Esta actividade não deve ser realizada sem a vistoria e autorização da
Fiscalização.
Humidificação por aspersão de água. Aferroamento ou decapagem de
superfícies muito lisas. Limpeza de argamassa saliente das juntas ou da
argamassa pouco resistente.

3.1.2. CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO

Generalidades
A parede base deverá estar devidamente preparada para receber o reboco.
Todas as superfícies a cobrir deverão apresentar-se totalmente
desembaraçadas de partículas mal aderentes ou de quaisquer outros corpos
que possam afectar a argamassa do reboco, regulares, homogéneas, bem como
isentas pó, gorduras, fuligem de fogo, fendilhações ou quaisquer defeitos que
prejudiquem o seu bom acabamento.

A mesma superfície a rebocar deverá apresentar a rigidez indispensável e estar


perfeitamente desempenada para que se não tenha de empregar espessuras de
argamassa superiores a 2,5 cm.

Imediatamente antes da aplicação do reboco, a parede base deverá ser


abundantemente molhada de modo que se encontre totalmente húmida na
altura da aplicação da argamassa, sem que, contudo, apresente qualquer

14
cavidade com água retida. Paredes bases de alvenaria quando não seja possível
evitar irregularidades no desempeno da parede base, superiores às tolerâncias
admissíveis, deverão todas as depressões ser, previamente, cheias de
argamassa idêntica à do reboco, aplicada por camadas, consoante as espessuras
que constituirão a base do reboco a executar posteriormente. A espessura de
cada camada não deverá exceder 2 cm.

3.1.3. APLICAÇÃO DE REBOCOS

Generalidades
A argamassa deverá ser utilizada após o seu fabrico, devendo ser totalmente
aplicada antes de se iniciar a presa.

Durante o período em que aguarde aplicação, deverá estar protegida do sol,


chuva e vento. Será interdito o aproveitamento de argamassa já endurecida,
mesmo com adição de água.
Considera-se que a argamassa está endurecida quando apresentar quebra de
trabalhabilidade ou tiver sido amassada há mais de 1 hora no verão e 2 horas
nas outras estações.

A medição dos emboços e massas de areia é obtida em metros quadrados da


superfície realmente rebocada, não se considerando alhetas ou outros
elementos de remate como parâmetros e tectos.

Condições Atmosféricas

A aplicação dos rebocos exteriores deverá ser interdita sempre que se


verifiquem temperaturas inferiores a 3° C ou superiores a 30° C, vento forte,
chuva, ou quando se preveja a formação de geada.

No caso de rebocos interiores, poderá recorrer-se a aquecedores para manter a


temperatura a nível conveniente, mas estes devem ser colocados a uma
distância da parede que não provoque aquecimento ou secagem exagerados.

3.1.4. MÉTODOS DE APLICAÇÃO TRADICIONAL

15
Espessura do reboco

Salvo determinação em contrário da Fiscalização, sempre que a espessura total


do reboco exceda 1,5 cm, deverá ser aplicado em duas camadas intervaladas no
mínimo de 24 horas. A primeira camada deverá ter 2 cm de espessura (emboço)
e a segunda 1 cm a diferença para a espessura total.

3.1.5. IMPERMEABILIZAÇÃO

No reboco das paredes exteriores, salvo determinação em contrário, a


argamassa da primeira camada, no caso de ser feito por duas camadas, deverá
conter um produto hidrófugo previamente aprovado pela Fiscalização.

Deverá dar-se preferência a produtos hidrófugos que se misturem previamente


com a água de amassadura, líquidos ou a diluir antes da amassadura. Não será
permitida, sem aprovação da Fiscalização, a utilização de produtos em pó que
alcancem o efeito hidrófugo à custa do grau de figura, como é o caso das
diatomites ou outros pós muito finos.

3.1.6. EXECUÇÃO DO TRABALHO

Quando se trata de duas camadas, a primeira será projectada e bem apertada


com a colher e só depois será sarrafada. A segunda será igualmente projectada,
apertada e, conforme o acabamento pretendido, sarrafada, talochada, passada
à esponja, espátula ou queimada à colher.

A segunda camada poderá ser feita com o mesmo tipo de areia da camada
superficial, não deverá conter grãos de dimensões superiores a 1,5m/m e o seu
acabamento será feito, após o respectivo desempeno, à talocha, de modo a
obter uma superfície fechada, não riscada e de aspecto homogéneo. Este
acabamento poderá ser melhor obtido algum tempo após a execução da
camada.

3.1.7. REMENDOS OU REPARAÇÕES EM REBOCOS

16
Todos os remendos ou reparações deverão ser feitos de modo a que se
obtenham acabamentos iguais aos circundantes e com linhas ou remates que
não representem descontinuidades nas superfícies vistas.

Havendo o acordo da Fiscalização, a extensão do remendo ou reparação deverá


ser tal que as linhas de remate coincidam com arestas, alhetas ou outras linhas
singulares de construção. No caso de remendos ou reparações de rebocos
antigos, embora possa ser permitida pela Fiscalização a utilização de materiais
diferentes dos já colocados, terá que se ter o cuidado de remover previamente,
em toda a extensão do trabalho, as argamassas antigas, assim como qualquer
outro material que possa constituir má base para o novo reboco.

3.1.8. APLICAÇÃO MECÂNICA DO REBOCO

Com o acordo da Fiscalização, os rebocos poderão ser aplicados


mecanicamente, seguindo-se as instruções correspondentes ao tipo de
máquina utilizada para o efeito. No entanto, e sem prejuízo das instruções a
seguir em cada caso, poderão ser adoptadas as regras seguintes:

- a boca da pistola deverá manter-se numa posição perpendicular ao


paramento a revestir.
- a velocidade do material à saída da pistola deverá ser condicionada pelo
diâmetro da boca.
- a pressão da água deverá ser maior que a do ar, para garantir uma molhagem
mais completa dos materiais e facilitar ao operador uma regulação mais rápida
e mais eficaz.
- O desempeno segue-se imediatamente à projecção, antes do início da presa
da argamassa.

3.1.9. CURA DE REBOCOS

Quando se verifiquem temperaturas elevadas, sol quente ou vento forte,


deverão os rebocos recém colocados manter-se permanentemente húmidos,
durante o mínimo de 3 dias, o que poderá ser feito por meio de rega, de

17
aspersão ou qualquer outro sistema adequado. Só a Fiscalização poderá
dispensar o cumprimento desta determinação.
Em regra os rebocos só deverão ser inciados depois da conclusão de todos os
trabalhos de tosco que interessam às superfícies a rebocar e depois do
assentamento dos aros e das aduelas da mesma superfície.

De preferência deve ser executada só uma camada de reboco de espessura não


superior a 1,5 cm. Se excepcionalmente o estado da superfície o exigir, serão
aplicadas duas camadas emboço e reboco cuja espessura não deve, em regra,
ser superior a 1,0 cm.

A argamassa deve ser fortemente projectada, sobre a base húmida, apertada à


colher e sarrafada, com movimentos de baixo para cima.

Não são permitidas interrupções de rebocos em superfícies do mesmo


paramento.
Até 1,50 m de altura, os ângulos salientes devem ser, sempre que a Fiscalização
o determine, protegidos com cantoneiras de madeira ou metálicas.

Os rebocos devem ser mantidos húmidos durante, pelo menos, cinco dias e
devem ser protegidos das correntes de ar e de grandes exposições ao sol, neste
caso o reboco deve ser regado com a frequência necessária para evitar que a
rápida secagem provoque o seu fendilhamento. Para isso o empreiteiro deve
dispor do material de rega por aspersão necessário, assim como as ligações de
água nos locais que forem considerados mais importantes pela Fiscalização.

Quando nada em contrário for determinado pela Fiscalização, a tolerância


admitida, ou seja a diferença entre pontos da parede mais salientes e os mais
reentrantes, não deverá ser superior a 2,5 mm.

3.1.10. REBOCO EM PAREDES INTERIORES PARA RECEBER PINTURA OU


ESTUQUE

A argamassa a utilizar deverá ser de cimento e areia ao traço 1:4.

18
O acabamento deverá ser o afagamento à colher.

3.1.11. REBOCO EM PAREDES INTERIORES PARA RECEBER REVESTIMENTO


DE AZULEJO

A argamassa a utilizar deverá ser de cimento e areia ao traço 1:4.

A alvenaria da parede a revestir deverá estar devidamente solidarizada.

A argamassa de regularização deve ser apertada à colher e sarrafada de modo a


que a superfície se apresente rugosa.

Sobre esta argamassa de regularização suficientemente endurecida será,


aplicada a argamassa de assentamento.

3.2. REVESTIMENTOS DE PAVIMENTO

3.2.1. BETONILHAS COMUNS

As betonilhas destinam-se a constituir superfícies de desgaste ou a estabelecer


transição entre um pavimento resistente e um revestimento de acabamento
final.

A composição da argamassa para a betonilha, deverá garantir o máximo de


compacidade.
As betonilhas destinadas a construir uma camada de enchimento e
regularização, sendo elemento de transição para um revestimento final, terão o
acabamento que melhor assegure o bom assentamento do material definido
como revestimento.

3.2.2. SUPERFÍCIE DE ASSENTAMENTO

Quando a base de assentamento já tenha feito presa ou não garanta uma


perfeita ligação, deve ser previamente picada, limpa e bem molhada. Qualquer
aditivo ou produto destinado a melhorar a ligação, carecerá da aprovação da
Fiscalização.

19
3.2.3. CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO

Previamente à execução das betonilhas serão realizadas mestras em número


suficiente que garantam um bom nivelamento e desempeno da superfície. A
argamassa deverá ser aplicada tão depressa quanto possível, após o seu fabrico,
devendo ser aplicada antes de iniciar presa.

Durante o período em que aguarde aplicação, deverá estar protegida do sol,


chuva ou vento. Será interdito o aproveitamento de argamassa já endurecida,
não sendo permitida a adição de água para lhe tornar a conferir
trabalhabilidade.

Não será permitido executar betonilhas com mais de 4 cm de espessura em


cada camada, seja qual for a espessura de enchimento a executar para
cumprimento das cotas de Projecto.

Cada camada será aplicada antes da precedente ter terminado a presa e deverá
ser fortemente apertada e comprimida.

Haverá o cuidado de manter as betonilhas húmidas nos primeiros dez dias


subsequentes à sua execução.

O acabamento das superfícies deverá resultar de acordo com o fim que se


pretende. Em qualquer caso, porém, ficará devidamente desempenada e de
aspecto uniforme, com uma tolerância de 3 mm de flecha, observada sobre um
mesmo ponto com uma régua de 2 m de comprimento colocada em diversas
direcções.
O pavimento das duas dependências constituido por camada de betão, deve ter
uma certa declividade que permita o fácil escoamento, para o exterior, das
águas pluviais, lavagens e demais fluidos.

A sala destinada à oficina não apresenta nenhuma particularidade, apenas as


suas paredes devem ser bem sólidas, para poder suportar as vibrações de
máquinas, que aí se queira assenter, de consolos para mancais, etc.

20
4 . R E D ES T ÉC N I C A S

4.1. INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS


(Ver Especificações Técnicas de Electricidade);

4.2. CANALIZAÇÃO
(Ver Especificações Técnicas da rede Hidráulica);

5 . ES Q UA D R I A S

5.1. SERRALHARIAS

5.1.1. PORTAS E JANELAS

Os elementos de alumínio normalmente usados em trabalhos de construção


civil, são perfis tubulares ou não, obtidos por extrusão e de secção constante.

A uniformidade da secção dos perfis e as suas principais características


mecânicas, são-lhes dadas pelas operações de extrusão, tempera, estiramento,
correcção, estabilização, etc..

No estado bruto, isto é, sem nenhum acabamento superficial, o alumínio é


susceptível de ser atacado e corroído pelos agentes atmosféricos,
nomeadamente a poluição e a humidade. A fim de garantir a sua protecção
superficial bem como melhorar o seu aspecto estético deverá, de acordo com a
NORMA NFP 24351, ser sujeito a um dos seguintes acabamentos:

1 - ANODIZAÇÃO

21
Altera a superfície do alumínio criando uma camada de alumina (óxido de
alumínio), extremamente dura, impermeável à água e à maior parte dos
agentes químicos.

A anodização comporta as seguintes operações:

a) Preparação dos perfis.


Escovagem - operação mecânica com abrasivo para obter acabamento
fino com brilho mate e agradável à vista, fazendo desaparecer pequenos
defeitos.
Polimento - operação idêntica à anterior com o objectivo de acentuar o
brilho.

b) Anodização
Esta operação consiste na imersão dos objectos a anodizar num banho
contendo uma solução de 18 a 20% de ácido sulfúrico a uma temperatura
compreendida entre 18 e 21ºC.

c) Coloração
A coloração obtida depende das condições da electrólise e da composição
do banho. Todos os pigmentos a utilizar neste processo deverão ser de
natureza mineral de molde a poderem garantir um bom comportamento
no tempo às exposições aos ultravioletas.
d) Colmatagem
Consiste numa hidratação da alumina por imersão num banho de água
desmineralizada (Ph 5,5 a 6,5) em ebulição. Os poros fecham-se duma
maneira hermética, aprisionando os corantes. A colmatagem deverá ser
feita e verificada de acordo com a NORMA NFA 91409..

22
6. PINTURAS

6.1. CONDIÇÕES COMUNS A TODAS AS PINTURAS

Antes de iniciar a execução das pinturas, o empreiteiro deve proceder à


verificação do estado das superfícies a pintar e propor à Fiscalização a solução
de qualquer problema que, eventualmente, dificulte a obtenção de uma boa
qualidade de execução (humidade, alcalinidade ou qualquer outra
particularidade).

O empreiteiro deverá tomar as precauções necessárias para assegurar a


protecção das superfícies que possam ser atacadas, manchadas ou alteradas
pelas pinturas.
Essas precauções devem ser sujeitas à aprovação da Fiscalização antes do início
dos trabalhos.

Os paramentos devem estar bem secos sem formação de eflorescências


aquando da aplicação da pintura.

A tinta será de primeira qualidade, de fabricante aceite pela Fiscalização, e


deverá dar entrada na obra embalagens de origem.

Na execução dos trabalhos serão integralmente cumpridas todas as instruções


dos fabricantes dos materiais aplicados, com especial atenção no que se refere
a diluição e tempos de secagem.

Sejam quais forem os materiais a utilizar ou o seu modo de emprego, não


deverão aplicar-se camadas excessivamente espessas, pois originam
escoamentos nas superfícies inclinadas e formam rugosidades nas superfícies
horizontais, causando, em qualquer dos casos, um aspecto deficiente que será
motivo de rejeição das pinturas que se apresentem com esses defeitos.

23
A aplicação dos materiais deve, em todos os casos, ser feita de maneira
uniforme, de modo a evitar estriações e desigualdades de aspecto, procurando-
se obter um acabamento homogéneo. Deverá haver especial cuidado em evitar
que as tintas engrossem nas depressões, curvas ou reentrâncias, ou que
tenham tendência a fugir das arestas, deixando partículas excessivamente finas.
Antes do início dos trabalhos de pintura, o Empreiteiro apresentará à
Fiscalização a especificação técnica da tinta que pretende aplicar.

A espessura final a obter para o conjunto de todas as camadas de tinta


aplicadas sobre cada superfície, será definida conforme o sistema a aplicar. A
superfície a pintar deverá estar bem limpa e sem humidade. Além disso,
tratando-se de uma segunda demão, só deverá ser executada depois da
primeira estar convenientemente seca. Se a película de tinta se apresentar
muito dura e lisa, terá de ser lixada para se obter melhor aderência.

No caso particular dos trabalhos a executar com tintas ou vernizes de reacção


(dois ou mais componentes), deverão respeitar-se as instruções dos fabricantes,
em especial no que se refere às proporções da mistura dos diversos
componentes e ao "POT-LIFE" (tempo de aplicabilidade do produto depois de
efectuada a mistura de base com o catalisador).

6.2. ARMAZENAGEM DAS TINTAS

Todas as tintas e diluentes deverão ser armazenados em locais bem ventilados


e protegidos de faíscas, chamas, acção directa dos raios solares e do calor
excessivo.

Todas as embalagens deverão ser conservadas por abrir, até à sua utilização, as
que tenham sido abertas deverão ser usadas em primeiro lugar.

Na armazenagem das tintas, o empilhamento das latas deverá ser efectuado de


modo a tornar sempre possível utilizar em primeiro lugar as tintas mais antigas
e não as das remessas recentemente chegadas. A rotulagem das embalagens
deverá ter todos os elementos originários do fabricante bem legíveis durante
todo o tempo de utilização.

O empreiteiro terá de ter sempre em depósito as quantidades de materiais


necessárias para garantir o andamento normal dos trabalhos.

6.3. DILUIÇÃO DAS MISTURAS

24
Se, devido a armazenagem prolongada, as tintas apresentarem uma “pele”
contínua e espessa à superfície, deverá ser cortada junto à parede do recipiente
e retirá-la. Se a “pele” for pouco espessa ou descontínua, bastará passar a tinta
por uma rede fina. Depois de retirada a “pele” deve-se mexer a tinta para
desfazer completamente o “depósito” de pigmentos que possa existir. Quando
se proceder a diluições de tintas ou vernizes, elas deverão ser feitas nas
percentagens indicadas pelo fabricante.
Para cada tipo de tintas ou vernizes só podem ser indicados os diluentes
indicados pelo fabricante. Nunca se poderá adicionar quaisquer produtos às
tintas sem o conhecimento e acordo da Fiscalização.

6.4. PREPARAÇÃO DAS SUPERFÍCIES

A preparação das superfícies será a especificada com um grau de preparação


conforme as normas americanas do “Steel Structures Painting Council”, ou dos
“Stands Visuais Suecos SIS 0559001967”, com as equivalências conhecidas.
Óleos, gorduras, terras, pó ou quaisquer outras matérias estranhas que por
qualquer motivo se tenham depositado na superfície a pintar, terão de ser
completamente removidas antes da aplicação da tinta. As pinturas terão que
ser programadas de modo a evitar-se que poeiras ou quaisquer outros corpos
estranhos que possam vir a depositar-se sobre superfícies com tinta húmida.
Todas as superfícies que não devam ser pintadas, terão de ser cuidadosamente
resguardadas dos trabalhos de pintura.

6.5. REMOÇÃO DE ÓLEOS E GORDURAS

A presença de óleos e gorduras, mesmo em quantidades muito pequenas,


podem comprometer a adesão do sistema de protecção, conduzindo-o a uma
deterioração prematura. Vulgarmente a sua remoção é efectuada através de
panos embebidos em solventes. É essencial que os contaminantes sejam
efectivamente removidos e não apenas espalhados sobre a superfície. É
fundamental que se realizem várias lavagens com solventes e panos limpos.

6.6. APLICAÇÃO DA TINTA

Na execução dos trabalhos serão integralmente cumpridas todas as instruções


do fabricante dos materiais aplicados, com especial atenção no que se refere a
diluições e tempos de secagem. Sejam quais forem os materiais a utilizar ou o
seu modo de emprego, não deverão aplicar-se camadas excessivamente

25
espessas, pois originam escorrimentos nas superfícies inclinadas e formam
rugosidades nas superfícies horizontais, causando em qualquer dos casos um
aspecto deficiente, que será motivo de rejeição das pinturas que se apresentem
com esses defeitos.

6.7. APLICAÇÃO A ROLO

A aplicação a rolo é mais rápida que à trincha e está mais adaptada a superfícies
relativamente uniformes, tais como tanques e paredes. As trinchas são
necessárias para o trabalho de “recorte”.
Os rolos de pêlo curto ou médio adaptam-se melhor a superfícies lisas. Os rolos
com pêlo longo são melhores para superfícies rugosas ou irregulares. Tal como
na aplicação à trincha, os filmes de espessura elevada são difíceis de obter.

6.8. APLICAÇÃO COM PISTOLA CONVENCIONAL

Dado que as tintas variam nas suas características e viscosidade, torna-se


essencial a utilização de pistolas do tipo adequado, bem assim como o
equipamento necessário que lhe está associado, em conformidade com as
características do produto a utilizar.
É fundamental uma selecção correcta dos bicos, agulhas e espalhadores de ar
em conjunção com os ajustamentos necessários ao bom funcionamento da
pistola.

A maioria das tintas podem ser satisfatoriamente aplicadas através de


equipamentos alimentados sob pressão, embora a adição de algum solvente
seja habitualmente necessária para tintas de elevada viscosidade.

Este método apresenta como desvantagens a dificuldade em evitar o excesso


de pulverização e a pulverização seca, além de que a adição de solventes pode
limitar a espessura do filme e retardar a secagem.

O ângulo do leque de pulverização deverá ser ajustado de molde a ajustá-lo à


dimensão e forma da estrutura/superfície onde a tinta vai ser aplicada. Durante
a utilização da pistola nunca deverão ser colocadas as mãos ou os dedos em
frente ao jacto de tinta. O choque da tinta pressurizada pode causar lesões
importantes.

26
6.9. PINTURA A TINTA DE ÁGUA

A tinta será de primeira qualidade, de fabricante aceite pela Fiscalização, e


deverá dar entrada na obra em embalagens de origem.

Deverá ser dado um isolante antes da aplicação da tinta. As demãos de isolante


a dar, assim como as de tinta deverão ser as indicadas pelo fabricante,
garantindo a tonalidade pretendida e um bom recobrimento.

6.10. PINTURA A TINTA DE ESMALTE

O empreiteiro deve, obrigatoriamente, no período de preparação da execução


da obra, submeter à aprovação da Fiscalização, quer as tintas que pretende
aplicar, quer as técnicas da sua aplicação.

6.11. PINTURA COM TINTA ESPECIAL PARA REVESTIMENTO DE BETÃO

6.11.1. Características Gerais

O produto a utilizar será uma tinta de um só componente à base de resinas


acíclicas, pigmentadas com cargas lamelares seccionadas, e pigmentos variáveis
conforme a cor, com solventes alifáticos e aromáticos.

Deverá formar uma película de grande dureza, residente a lavagens frequentes


e ao envelhecimento. Como principal característica deverá apresentar grande
resistência à alcalinidade provocada pelos constituintes de betão.

6.11.2. Condições de execução

Preparação da superfície
As superfícies devem estar secas, isentas de gorduras, pó, óleos ou sujidades,
pelo que antes da aplicação do produto se deverá proceder a uma limpeza que
remova completamente todas as matérias estranhas.

A limpeza deverá ser efectuada de modo a que as partículas da superfície que


estejam em desagregação sejam retiradas completamente.

6.11.3. Aplicação da tinta

27
- Primeira demão de impregnação - Esta primeira demão será efectuada com
uma diluição que permita uma boa penetração de tinta no betão, garantindo
assim uma perfeita aderência de todo o sistema de pintura.

Esta primeira demão com diluição poderá ser substituída pela aplicação de um
primário com as mesmas características e fornecido pelo fabricante das tintas. -
Duas demãos de tinta com a diluição normal de aplicação.

6.12. PINTURA COM TINTA DE EMULSÃO SINTÉTICA (TINTA DE ÁGUA)

A aplicação desta tinta compreende as seguintes operações:


Liberta a parede de areia mal ligadas, utilizando uma escova rija ou taco de
madeira. No caso de se utilizar o processo de encovarem, é necessário proceder
de modo a não alterar a textura da superfície a pintar.

Isolamento das superfícies a pintar com um produto apropriado incluindo os


betumes quando necessário, e segundo as instruções do fabricante.

Antes começar as pinturas verificar se as paredes encontram completamente


secas, pois a existência de humidade é factor impeditivo da aplicação da tinta.

Aplicar uma demão de selante anti-alcalino diluído correctamente com "WHITE-


SPRIT", nas proporções recomendadas pelo fabricante das tintas, a fim de obter
uma boa penetração nas paredes. Depois serão aplicadas pelo menos três
camadas da tinta com resinas acíclicas (ou de tinta de emulsão sintética)
diluídas em água, sendo 25% a 30% a diluição na 1ª demão e 15% a 20% a
diluição nas outras demãos. Após a última demão, a superfície deverá
apresentar um fundo completamente coberto e um acabamento uniforme, pois
não se verificando estas condições, terão que se aplicar as demãos necessárias
até se conseguir esse aspecto.

Onde for necessário podem fazer-se reparações em fendilhados, pequenas


mossas, etc., com massa feita com a própria tinta, gesso ou cré.

A tinta a utilizar será de base aquosa (tinta plástica) com resinas sintéticas
finamente incorporadas e de fabrico reconhecido.

28
7 . CO N C LU SÃO D O S T R A BA L H O S

7.1. LIMPEZA DE REVESTIMENTOS E PAVIMENTAÇÃO

Todas as alvenarias, pavimentações, revestimentos, cimentados, azulejos etc.


serão abundantemente limpos, cuidadosamente lavados e tomadas todas as
precauções no sentido de evitar danos aos materiais de acabamento.

Os pisos e cerâmicas deverão ser lavados com água e sabão e esfregados com
enceradeira elétrica.

7.1.1. De Metais
Os metais quando cromados ou niquelados, serão limpos com removedor
adequado e flanela, para posterior polimento.

7.1.2. De Vidros
Para os vidros será obedecido o que se segue: Respingos de tinta: removê-los
com removedor adequado e palha de aço fina, tipo “Bom - Bril”; Lavar com
água e papel absorvente;

Remoção dos excessos de massa com espátula fina, sem causar danos à
esquadria.

7.1.3. De Entulhos
O desentulho da obra deverá ser feito periodicamente e de acordo com as
recomendações da FISCALIZAÇÃO.

Ao término dos serviços, será removido todo o entulho, sendo cuidadosamente


limpos e varridos os acessos.

29
7.2. VERIFICAÇÃO FINAL
Será procedida por parte da Fiscalização, cuidadosa verificação das perfeitas
condições de funcionamento e segurança de todas as instalações, equipamento
diversos, esquadrias, ferragens, enfim, todos os componentes da obra, de
responsabilidade da contratada, para o recebimento provisório da mesma.

7.3. ADMINISTRAÇÃO DA OBRA

O Empreiteiro colocará, para a direção do canteiro de obras, profissionais


devidamente habilitados, que responderão a qualquer tempo pela integridade
do canteiro e dos serviços ali executados.

Os responsáveis técnicos pelos serviços de execução deverão ser: um


engenheiro civil ou arquiteto, um engenheiro eletricista e um engenheiro
mecânico.
Exige-se também, que haja, em regime integral, um mestre de obras no local.

As marcas e modelos constantes neste caderno e na planilha orçamentária são


referências dos materiais especificados e que devem ser empregados na obra.
Poderão ser utilizados materiais de marcas diferentes, desde que os mesmos
sejam equivalentes aos descritos, quanto à qualidade, linha de fabricação e
características.

8 . E R RO S E O M I S S Õ ES NA ES P EC I F I C AÇ ÃO T ÉC N I C A E
CO M P O N E N T ES D E O B R A

Todos os trabalhos, fornecimentos e serviços necessários à execução da


obra, compreendem o seu fornecimento, montagem e execução em
conformidade com a legislação e normas aplicáveis, instruções técnicas dos
respectivos fabricantes, produtores e fornecedores, por forma a garantir o
perfeito funcionamento, aparência e remate de cada material, assim como a
sua longevidade e qualidade em sintonia com as prescrições dos fabricantes.

Todos os trabalhos serão executados em sintonia com as peças escritas e


desenhadas do projecto.

30
Em caso de erros ou omissões, quer nas quantidades quer na qualidade
ou na listagem dos materiais e trabalhos a executar para completa realização da
obra, o Empreiteiro deverá fornecer, com a sua proposta, os aditamentos que
entender necessários uma vez que após a adjudicação da empreitada e no
decurso da obra, não serão aceites erros, omissões ou rectificações às
quantidades.

31

Você também pode gostar