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COMEX

08/08/2024
BALANÇA COMERCIAL – registra as exportações (Free on Board) e importações
(Free on Board). Se a exportação for maior que a importação é superavit comercial. Se a
importação for maior que a exportação é déficit comercial.
15/08
COMÉRCIO INTERNACIONAL
Organismos Internacionais
 CONFERÊNCIA DE BRETTON WOODS:
https://www.politize.com.br/conferencia-de-bretton-woods/
 CEPAL
https://www.youtube.com/watch?v=jaQ1i-kPuQc
As teorias de comércio internacional procuram responder as seguintes perguntas:
 Qual a vantagem de importar um produto que pode ser produzido
domesticamente, gerando renda e emprego para a população do país?
 Que produtos o país vai exportar e quais vai importar?
 Como os preços de equilíbrio são determinados no mercado mundial
 É possível todos os países se beneficiarem do comércio internacional
 Quais são os impactos sobre a distribuição de renda decorrentes do comércio
internacional?
Teorias do comércio internacional
 1776 - Adam Smith = Teoria das Vantagens Absolutas
 Teoria das Vantagens Comparativas= David Ricardo
 Teoria Neoclássica (Teorema Heckscher-Ohlin)
 Novas teorias= Staffan Burenstam Linder ; Raimond Vernon (Teoria do Ciclo de
vida do produto)
22/08
BLOCOS ECONÔMICOS
 Os blocos econômicos surgiram em contexto amplo de difusão da globalização,
a qual faz com que as economias do mundo todo se conectem, transformando o
planeta em uma grande rede de trocas comerciais, culturais, políticas, sociais e
várias outras possíveis.
 Esses blocos passaram a se formar com o intuito de diminuir as fronteiras
impostas pelos países, havendo trocas significativas, como mão de obra,
serviços, capitais e fluxo de mercadorias. Além disso, também é um objetivo
aumentar o Produto Interno Bruto (PIB), o lucro das empresas e,
consequentemente, os empregos nos países envolvidos.
 Mas o que são blocos econômicos?
 Um bloco econômico pode ser considerado como um grande grupo de países que
visam a aumentar as trocas comerciais regionais, expandindo seus dados
econômicos, como PIB, empregos, multinacionais no país, poder de compra da
população, entre outros.
 Muitos autores chamam esses blocos de mercados regionais, em razão da
restrição dos acordos à região dos países envolvidos, ou megablocos regionais,
dada a grandeza de alguns, como a União Europeia.
 Em um mundo cada vez mais globalizado, é natural que países queiram proteger
suas economias da concorrência global. Isso porque, em muitas localidades,
alguns fatores deixam a mercadoria mais atrativa a investidores, como a
disponibilidade de mão de obra ou mesmo os incentivos fiscais oferecidos pelos
governos.
 Diante disso, após a Segunda Guerra Mundial, surgiu a ideia da criação de um
mercado restrito para um grupo de países, a fim de incentivar suas economias.
Esse era o objetivo da criação do Benelux (palavra que corresponde às três
sílabas iniciais de cada país-membro), formado por Bélgica, Holanda
(Netherlands, em inglês) e Luxemburgo.
 Depois, outros blocos surgiram ao longo do século XX, como a União Europeia,
o Mercosul, o Nafta (Atual USMC), entre outros.
Tipos de blocos econômicos
Para compreendermos como funcionam os blocos econômicos, é necessário
compreender como eles são criados. Existem vários blocos econômicos pelo mundo,
mas cada um possui um nível de integração diferente dos demais. O que caracteriza
essa integração é o desejo dos países-membros de intensificar mais ou menos as
relações econômicas entre as nações.
 Zona de livre comércio: os países unem-se para a liberação gradual de
mercadorias e capitais dentro dos limites territoriais do bloco. É uma integração
tímida, visando apenas aos produtos e aos lucros obtidos nessa produção. Como
exemplo, podemos citar o USMCA, que envolve os três países da América do
Norte: Canadá, Estados Unidos e México.
 União aduaneira: trata-se de uma evolução da zona livre de comércio. Além da
liberação das mercadorias e produtos, é estabelecida uma Tarifa Externa Comum
(TEC) aos países de fora do bloco. Isso significa que, quando um país do bloco
negociar com outro país que não pertença ao bloco, haverá uma taxa de
importação padronizada, igual para todos os que participam da integração
econômica. O Mercado Comum do Sul (Mercosul) é um exemplo de bloco que
possui a TEC.
 Mercado comum: possui a integração mais evoluída. Há as duas características
anteriores, como a zona de livre comércio e o estabelecimento da TEC, e outras
para promover uma ampliação das relações entre os envolvidos. Essa ampliação
busca padronizar leis trabalhistas, legislações econômicas, além da livre
circulação de pessoas. Além disso, empresas nacionais podem expandir seus
negócios, instalando-se em qualquer um dos países do bloco que está nesse nível
de integração.
 União econômica e monetária: Conforme as relações se intensificam e avançam,
o bloco econômico pode chegar ao seu estágio máximo e completo: a adoção de
uma moeda única e criação de um banco central do bloco. É o caso da União
Europeia, que adotou o euro como moeda oficial em 2002. Porém, essa moeda
não é adotada em todos os países que fazem parte desse bloco.
Vantagens e desvantagens
 Os blocos são vantajosos para a maioria dos países envolvidos, pois a troca
econômica é bem ampla, o que contribui para que empresas de um país instalem-
se em outro, para a circulação de bens, serviços e capital, além da circulação de
pessoas, como o caso da União Europeia e do Mercosul.
 Entretanto, as economias mais frágeis do bloco ficam prejudicadas em alguns
quesitos, como é o caso do México no USMCA. Indústrias estadunidenses
instalam-se no país latino, usam mão de obra mais barata para produzir suas
mercadorias e vendem, com um preço elevado, para mexicanos e
estadunidenses, além dos canadenses. O poder de compra dos Estados Unidos é
maior que o dos mexicanos, ou seja, a aquisição de um bem não depende, nesse
caso, da origem do produto, mas sim do preço que lhe é colocado.
 Outra desvantagem, em tempos de globalização, é o protecionismo econômico
que há em alguns blocos em relação a produtos que vêm de outros países não
pertencentes ao bloco.
 Há, também, situações em que a xenofobia está presente, como na União
Europeia. Em muitos países, como na França, a Frente Nacional, partido de
extrema-direita, defende a França para os franceses, slogan utilizado em algumas
eleições e que se posiciona contra a integração dos países. Para esse partido e
seus apoiadores, a livre entrada de pessoas deve ser revista, com restrições a
determinadas nacionalidades.

29/08/2024
POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA
Principais premissas PE
 A política externa brasileira obedece a premissas normativas essenciais: a busca
da autonomia e do desenvolvimento; o compromisso com a paz mundial e a
valorização do caminho da negociação e solução de controvérsias na
convivência entre os membros da comunidade internacional. Tais premissas
estão calçadas sobre um tripé identitário: o pertencimento ao Sul Global; a
inserção regional latino-americana e caribenha e a condição histórico/cultural
ocidental desde a formação da nacionalidade brasileira
Parcerias Externas
 Dois níveis de parcerias externas com sentido estratégico, determinados pela
incidência geopolítica global e o lugar que ocupam na inserção internacional do
Brasil.
 As parcerias de primeiro nível remetem às potências mundiais – Estados Unidos
e China – que se destacam no cenário mundial devido a seus atributos de poder e
capacidade de influência nos campos político, militar e econômico.
 As vinculações de segundo nível dizem respeito a laços cujo valor estratégico
para o país se definem a partir de funcionalidades essenciais específicas: a
importância de sua atuação no Sul global, com a Índia; a capacidade de
incidência na geopolítica mundial como a Rússia; o lugar que ocupa na
economia mundial, como a União Europeia; o lugar do vínculo no contexto
regional sul-americano, como a Argentina.
https://www.gov.br/mre/pt-br/assuntos/Embaixadas-Consulados-Missoes
Política Externa Brasileira
 Para a primeira opção: as grandes perguntas da atualidade com incidência sobre
a PEB: estamos ingressando numa nova Guerra Fria? É irrefreável a crise do
internacionalismo liberal? A ordem internacional estará determinada por um
equilíbrio entre polos de poder? Que modelo de bilateralismo com os Estados
Unidos e a China deve ser buscado pelo Brasil numa ordem internacional pós
ocidental?
 A segunda abordagem se debruça sobre as dinâmicas internas envolvendo atores
e interesses que influenciam os diferentes campos de relacionamento (comércio,
investimento, cooperação militar, transferência tecnológica, cultural educação,
diplomacia multilateral, política regional, entre tantas) com os Estados Unidos e
a China
Governança Global
 Urgência do aperfeiçoamento institucional da governança global a uma bandeira
central para o Brasil, o que implica diálogo e a identificação de interesses
comuns e parceiros afins tanto no Sul regional e global, como no Norte. Este é
um campo de observação que extrapola o Sistema das Nações Unidas; sua
expansão indica uma nova intersecção entre versatilidades temáticas de agendas
globais e os interesses do país. O conhecimento crítico das instituições
multilaterais evoca os dois universos da governança global; o da paz e
segurança, como o foco posto no funcionamento do Conselho de Segurança, e o
da arquitetura financeira internacional, com a atenção dirigida ao Fundo
Monetário Internacional e o Banco Mundial.
 A PEB destaca a importância do desenvolvimento sustentável em lugar do uso
desmedido dos espaços multilaterais com fins geopolíticos. Sua insistência sobre
a urgência de atenção aos países pobres do Sul, gravemente endividados, recorre
a uma resposta de sentido ético por parte das nações mais ricas. O conteúdo
propositivo da diplomacia brasileira está ancorado nos trunfos de seu papel no
espaço da governança ambiental e a articulação simultânea que sugere entre
governos, o setor privado e a agenda social global, com menção à agenda das
ODS.
 O triênio 2023-25 da governança global é de especial relevância para a PEB e o
fortalecimento de sua comunidade epistêmica. São múltiplos e variados os
estímulos para intensificar o diálogo entre governo, empresários, meio
acadêmico e ativistas que amplifica simultaneamente o poder de agenda e
capacidade de agência para o Brasil, proporcionando-lhes a realização de
encontros com grande projeção internacional. Afora o envolvimento da
academia no fornecimento de subsídios para a definição das posições brasileiras
em cada fórum, será importante elevar sua capacidade de observação crítica para
monitorar os desdobramentos das ações multilaterais do país.
América Latina e o Regionalismo
 A expansão do campo de estudos de RI no Brasil sempre implicou um foco
sobre a agenda regional, com especial atenção aos vínculos do Brasil com o
Cone Sul. Nas últimas duas décadas, foram notáveis os avanços no
conhecimento do “outro” Sul- Americano, estimulado pela circunstância
geográfica de oito vizinhos soberanos (e um território colonial) ou pela
responsabilidade política e econômica do Brasil na configuração do
regionalismo latino-americano.
 A presença do Brasil nos âmbitos da governança regional se pauta pela
prudência e o gradualismo, valorizado mais o canal bilateral e a diplomacia
presidencial do que propostas institucionais coletivas. As dificuldades
encontradas para avançar nesta direção contrastam com as urgências da agenda
sul e latino-americana e certamente são um reflexo da atual crise do
regionalismo latino-americano e das diferenças políticas intrarregionais.
Quais os caminhos?
 Identificar um grupo de núcleos temáticos relevantes na atuação internacional do
Brasil, tomando em consideração o tipo de especialização diplomática que
envolvem e as possibilidade de estudo e seguimento crítico que demandam.
Foram selecionados dez núcleos: meio ambiente e mudança climática;
desenvolvimento; comércio; energia; ciência e tecnologia; direitos humanos;
ação humanitária; saúde global; defesa e segurança; atores subnacionais e
fronteira.
 A diplomacia ambiental é um campo de atenção central para a PEB. A agenda
ambiental externa, além de reunir um conjunto de compromissos internos e
externos constitui um campo propício a iniciativas público- privadas que
projetem o Brasil como ator de liderança e inovação, estimulem novas áreas de
pesquisa nacionais/internacionais e contribuam para um monitoramento crítico
da inserção do país em redes de políticas globais. Para tanto, é essencial
acompanhar os parâmetros das posições compartilhadas pelo Ministério do Meio
Ambiente e Mudança do Clima e o Itamaraty para lidar com questões sensíveis
da agenda. Destacam-se: o financiamento climático e a utilização do mercado de
carbono; a cooperação ambiental Sul-Sul e intraamazônica; a revisão dos
compromissos do Brasil de emissões de acordo no marco do acordo de Paris e o
tratamento da questão ambiental em diversas agendas bilaterais, especialmente
com os Estados Unidos, a União Europeia e alguns de seus membros.
Continuando
 As mudanças no tratamento internacional do desenvolvimento merecem atenção
no fazer e pensar da atuação internacional do Brasil. De um lado, a questão da
capacidade industrial adquire nova relevância na economia internacional com
resultado de estratégias das economias de alta rendas que conclamam suas
cadeias internas como um atributo de poder global entrelaçado com seus
recursos de segurança estratégica. De outro, as economias em desenvolvimento,
além de enfrentarem novas condições de desigualdade competitiva em termos
tecnológicos, de capacidade produtiva e de controle e acesso a mercados,
convivem com os riscos de uma inserção econômica externa crescentemente
incerta e crescentemente securitizada.
 A diplomacia comercial do Brasil representa um campo consolidado na atuação
externa do país. Não obstante, a reflexão sobre novas estratégias de articulação
com o sistema de comércio internacional faz-se necessária. Tornou-se visível a
colisão entre as revitalizadas concepções protecionistas e o funcionamento de
um sistema baseado em regras e normativas previamente consensuadas, tão
relevantes para o funcionamento da Organização Mundial do Comércio. O
Brasil deve ajustar-se a um cenário externo de turbulências, especialmente
aquelas causadas por tensões geopolíticas e pelas crises decorrentes das
mudanças climáticas mundiais.
E atenção para...
 A articulação entre diplomacia e ciência atravessa atualmente um momento de
reconfiguração, tanto no que se refere a conteúdos como atores envolvidos.
Deve-se ter presente o papel essencial dos âmbitos do conhecimento e
desenvolvimento científico, a presença decisiva de corporações, fundações
privadas e redes transnacionais para lidar com as novas tecnologias presentes na
vida cotidiana. A PEB lida neste caso com os desafios e as oportunidades da
internacionalização da atividade científica do país.
 O lugar estelar da Inteligência Artificial (IA) neste cenário não deve ofuscar
outros celeiros de inovação e transformação, com menção às áreas da produção
agrícola e de informação digital. Cabe ainda mencionar a conexão entre este
núcleo temático e os campos de tecnologia dual, como a nuclear e a
aerospacial, considerados como de natureza sensível por suas implicações para
interesses estratégicos do país.
 A diplomacia energética está atrelada ao papel do Brasil na transição energética
mundial acelerada pela agenda da mudança climática. No campo energético, o
Brasil é um país produtor de recursos fósseis e, ao mesmo tempo, fortemente
dependente de recursos renováveis. Esta condição permite-lhe ter voz e
incidência na agenda climática global, especialmente a da relação entre
descarbonização e sustentabilidade do desenvolvimento. Entre os temas
relevantes para a PEB, destacam-se os da regulação do hidrogênio verde, dos
biocombustíveis e da energia eólica offshore. O fato de que energia e mineração
são atividades articuladas na gestão governamental brasileira amplia as
possibilidades de colaboração de entrelaçamento como uma expertise
diplomática
E importante também destacar
 O governo de Lula 3.0 deu novo impulso à diplomacia dos direitos humanos.
Entre os temas de destaque deste núcleo sublinham-se: a atuação brasileira nos
espaços da governança global e regional (especialmente na Comissão de Direitos
Humanos da ONU e na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da
OEA), e a visibilidade externa à representação e voz política dos povos
indígenas e das minorias sociais. Este constitui um campo de pesquisa que lida
com atores e interesses engajados no processo de aprofundamento da
democracia brasileira.
 Na atualidade, a diplomacia humanitária ganhou sentido de urgência no contexto
mundial, seja em função de um novo cenário de desastres naturais vinculados às
mudanças climática ou da escalada de conflitos e guerras que afetam
dramaticamente a vida cotidiana de populações civis em diferentes partes do
planeta. Neste caso, a eficácia das ações internacionais depende de estreita
articulação de governos com as organizações não governamentais e as agências
multilaterais, especialmente do sistema ONU. Ações de ajuda demandam um
conhecimento aprofundado e sistemático sobre o sistema internacional em crises
severas e sua articulação com o direito humanitário internacional.
Continuando...
 Desde o início do século XXI, o Brasil mostrou-se um país atuante na
diplomacia da saúde, com presença em âmbitos regionais e globais somada a
potentes ações de cooperação sul-sul18. Até 2016, o envolvimento brasileiro na
Organização Mundial da Saúde (OMS) e na Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS) foi um reflexo das transformações do sistema sanitário nacional,
especialmente o Sistema Único de Saúde (SUS). Durante os anos do governo
Bolsonaro, a militarização da gestão da saúde pública nacional afetou a
colaboração do país com o sistema sanitário global e limitou a utilização do
capital acumulado pela diplomacia da saúde do Brasil. Graças a um acelerado
esforço do atual governo, vêm-se reconstruindo os laços de confiança globais e
regionais da diplomacia da saúde. Este empenho tem dado ênfase a questões de
igualdade de gênero, acesso a direitos reprodutivos e à proteção a grupos.
 Defesa e Segurança Internacional: As aspirações de maior reconhecimento do
Brasil nos espaços de governança internacional com expressão na agenda
geopolítica global, em particular o Conselho de Segurança da ONU, impõe uma
contínua expansão de capacidades e inovação deste núcleo temático na
comunidade epistêmica da PEB. Torna-se imprescindível estreitar canais de
troca e aprendizagem junto aos centros de poder mundial, identificar sinergias
em campos de interesse comuns com parceiros do Sul Global, a começar dos
vizinhos latino-americanos e caribenhos. Agendas de pesquisa sobre conflito,
mediação de conflito e processos de paz devem ser ampliadas. A expansão de
programas de estudos em nível de pós-graduação nos centros militares de
formação e capacitação brasileiros, somada a uma nova geração de estudiosos de
temas de segurança, favorece este tipo de impulso.

Termos econômicos
Taxa de câmbio
 Conceito: medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países;
 Determinação:
o pela decisão das autoridades econômicas (taxas fixas);
o pelo funcionamento do mercado (taxas flexíveis);
 Demanda e oferta de divisas: a demanda é realizada pelos importadores e a
oferta pelos exportadores.
 Valorização e desvalorização cambial:
o Valorização: É preciso de menos reais para comprar moeda estrangeira.
o Desvalorização: É preciso mais reais para comprar moeda estrangeira.
 A quem interessa: valorização aos importadores e desvalorização aos
exportadores;
 Taxas sobrevalorizada: surge efeito contrário, desestimula as exportações e
favorece nas importações.
Valorização cambial e inflação
 Moeda nacional valorizada, permite importar mais, aumenta a competição do
produto importado com os produtos nacionais.
 Permite “ancorar” os preços internos e reduzir a taxa de inflação.
 O Plano Real (1994) utilizou a valorização cambial para controlar a inflação.
Facilitou as importações de bens de capital.
 Desvantagens: prejudicar os setores despreparados, prejudicar os importadores,
gerar déficit na balança comercial e pode causar uma “armadilha cambial” para
o país.
Desvalorização cambial e inflação
 A desvalorização cambial gera efeito contrário: aumenta os preços dos produtos
que importamos, provocando aumento nos custos de produção internos, gerando
a inflação de custos.
 O efeito da desvalorização cambial sob a taxa de inflação é chamada de pass-
through ou repasse cambial.
Efeito da elevação da inflação interna sobre a taxa de câmbio
 Círculo vicioso: A relação entre preços internos-preços externos encarece os
produtos nacionais, pioram o saldo da balança comercial. Para recuperar o
governo desvaloriza o câmbio nominal para desestimular a compra de produtos
importados, mas para outros produtos importados essenciais, ocorre uma
elevação de seus preços. Caracteriza-se a inflação de custos, a relação entre
preços internos e externos se eleva novamente e o círculo vicioso continua.
Valorização real e valorização nominal do câmbio
 Valorização real é igual a valorização nominal, menos a taxa de inflação do
período.
 A taxa de câmbio pode variar 20% no mês, mas se a inflação for de 20% ocorre
uma desvalorização nominal. Os aumentos dos preços para os exportadores são
nulos.
 Para que ocorra desvalorização real, é preciso também que a inflação interna
seja superior à inflação internacional.
 Para avaliar a competitividade dos produtos brasileiros no comércio exterior, o
conceito de câmbio real é relevante.
Políticas externas: política cambial
Mesmo dentro de um regime de câmbio flutuante, o Banco Central interfere
indiretamente = dirty floating ou flutuação suja, que também é adotado pela maioria dos
países.
1. Alterações das tarifas sobre importações: aumenta/diminui as tarifas sobre
importações para incentivar/desestimular a atividade econômica nacional.
2. Regulamentação do comércio exterior: entraves burocráticos que dificultam as
transições com o exterior, estabelecimento de cotas ou proibições às exportações
de determinados produtos.
 A Organização Mundial do Comércio (OMC) tem como principal papel coibir,
políticas protecionistas e práticas de dumping.

26/09/2024
TEORIA DA POLÍTICA COMERCIAL
 Nas relações contemporâneas o livre comércio é mais exceção do que regra,
tanto nos países menos desenvolvidos como nas economias industrializadas.
 O governo intervém para favorecer o produtor nacional frente aos concorrentes
estrangeiros.
 A proteção pode-se dar por meio de diversos instrumentos de intervenção
pública sobre o comércio exterior, em seu conjunto denominado política
comercial.
 Considerando M como o conjunto de bens cuja produção doméstica, no nível de
preço internacional seja insuficiente para atender à demanda interna.
M=importação.
 Se houver liberdade de comercio haverá importação de M porque o país tem
desvantagem comparativa na sua produção.
 Em contrapartida X representa o conjunto de bens que o país tem vantagens
comparativas, ao preço internacional, e liberdade de comércio, geram-se
excedentes para exportação.
TARIFAS
Tarifa: imposto cobrado sobre a mercadoria no Brasil
 Tarifa ad valorem: tarifa cobrada em bases percentuais sobre o valor da
mercadoria. Por exemplo, uma tarifa de 5% significa que o imposto de
importação equivale a 5% do valor estimado da mercadoria.
 Tarifa específica: tarifa fixada em termos de encargos monetários específicos por
unidade ou quantidade de bem importado. Por exemplo, U$100,00 por tonelada
métrica de determinado bem.
 Tarifa mista: tarifa que combina tantas ad valorem e específicas.
 Tarifas-cota: sistema de proteção ao comércio em que a alíquota de uma tarifa é
mais baixa no caso de importações de quantidades específicas de determinada
mercadoria e mais alta quando o volume das importações supere tais
quantidades. Em geral a cota é definida pelo governo periodicamente, uma vez
ao ano, por exemplo.
Custos e benefícios das tarifas
 Objetivo básico = proteger o produtor doméstico da concorrência internacional.
 É preciso analisar como os consumidores, produtores, governos ganham ou
perdem.
 A tarifa sobre importações pode gerar perda para os consumidores, quando não
há produção suficiente e eficiente por parte dos produtores e para o governo
aumento de arrecadação.
 Se há perdas para a comunidade, o que explica a continuidade de adoção de
políticas protecionistas?
 Explicação interessante: o fato de as perdas serem difusas e os benefícios
concentrados, esto é, como existem muitos consumidores, cada um acaba
pagando uma pequena parte dos custos das medidas protecionistas e têm pouco
poder para se contrapor a elas.
 Produtores e trabalhadores do setor protegido são os maiores beneficiados, e
estão concentrados em determinadas áreas geográficas do país e, conseguem
criar lobbies e pressionar as autoridades para implementação de medidas
protecionistas.
Efeito sobre a produção
 Se, sob a liberdade de comercio a produção interna de um bem é insuficiente
para atender a demanda, a diferença é coberta por importações
 A produção que excede pode gerar exportações
 Em situação de pleno emprego de recursos em uma economia a aplicação de
tarifas de importação pode levar a necessidade de se sacrificar parte dos
produtos exportados.
 Com capacidade ociosa, a tarifa pode ser empregada para expandir a produção
dos produtos importados e exportados.
Efeito da distribuição de renda
 Num país onde os produtos importados são intensivos em capital e os
exportados são intensivos em trabalho, a tarifa sobre importações transfere renda
a favor dos capitalistas, em detrimento dos trabalhadores.
 “quantas sacas custam esse trator?”, pergunta um agricultor, “179”, responde o
vendedor sobre o veículo de R$92 mil. “E essa roçadeira?”, questiona outro
produtor, que ouve como resposta: “menos de duas sacas”
Efeito sobre a receita do governo
 Em economias menos desenvolvidas e com pouca mão de obra treinada na
cobrança de impostos, a tribulação sobre comércio externo pode ser utilizada
como importante fonte de receita.
 Isso pode ser explicado visto que a cobrança de tarifas alfandegárias exige
controle de portas de embarque, facilitando a administração.
Efeito sobre a concorrência
 Se a proteção é oferecida a um bem no mercado concorrencial, mesmo que as
importações venham a ser excluídas, ainda haverá concorrência entre muitos
produtores domésticos.
 No mercado com setores oligopolizados ou monopolistas, ocorre a exclusão dos
concorrentes estrangeiros resulta em pouca disputa no mercado e
consequentemente desestimula para redução dos preços e melhoria da qualidade
dos produtos.
 A proteção sempre reduz a eficiência da produção e gera perdas para os
consumidores, agravando quando se cria reserva de mercado para algumas
empresas.
Efeito sobre a balança de pagamento
 Balança comercial: a imposição de uma tarifa reduz o déficit externo, mas pode
ser neutralizada e gerar expectativas de futuras desvalorizações cambiais.
 Portanto se a finalidade da imposição de tarifas é reduzir o déficit no BP, a
própria desvalorização cambial seria a melhor alternativa, até porque as
consequências positivas não se restringiriam às importações.
 Balança comercial: exportações – FOB importação FOB
Outras formas de proteção
 Quotas de importação: restrições quantitativas impostas sobre o volume ou o
valor das importações; podem ser fixadas em acordos entre países ou ser
resultado de decisão unilateral.
o Importante destacar que esse sistema é preferível a tarifas, pois pode
resultar em insuficiência de oferta e alta de preços também e não gerar
receita para o governo.
 Controles cambiais: restrições administrativas sobre transações que envolvam
divisas.
 Proibição de importações: forma mais direta de controle e pode ser seletiva em
função da mercadoria ou do país de origem.
 Monopólio estatal: situação em que o próprio governo centraliza a importação
de determinado produto e impede a atuação de outros agentes.
 Leis de compras de produtos nacionais: similar nacional.
 Depósito prévio à importação.
 Barreiras não-tarifárias: restrições relacionadas a regulamentos sanitários e de
saúde, normas técnicas, padrões de segurança, dificuldades relativas à
documentação, inspeção e outras práticas que dificultam ou impedem o
comércio.

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