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Termodinâmica

Cláudio Melo

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 1


Escopo do Curso
• Conceitos Básicos de Termodinâmica
• Propriedades de uma substância pura
• Primeira lei da termodinâmica para sistemas
• Primeira lei da termodinâmica para volumes
de controle
• Segunda lei da termodinâmica para volumes
de controle

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 2


CAPÍTULO

Conceitos Básicos de
Termodinâmica

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Definição
• A palavra termodinâmica vem do grego:
• Therme = calor
• Dynamics = potência
• Reflete os esforços antigos de converter
calor em trabalho.
• Termodinâmica estuda a energia e as
relações entre as propriedades da matéria.
• Energia pode ser entendida como a
capacidade de provocar modificações.
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Locomotiva a Vapor

steam-engine.swf

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Refrigerador Doméstico

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Geladeira

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Colheita de Gelo

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Sistema Termodinâmico
• Um sistema termodinâmico é definido como uma quantidade de
matéria, com massa e identidade fixas, escolhida para estudo.

Fronteira móvel

Apenas energia cruza a fronteira de controle

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Volume de Controle
• Num volume de controle existem fluxos de massa e energia
através da superfície de controle.

Massa e energia cruzam a superfície de controle

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Formas de Energia

• A soma de todas as formas


de energia de um sistema é
denominada de energia total.
Ela é composta pelas
energias interna, cinética e
potencial. A energia interna
representa a energia
molecular do sistema e pode
existir na forma sensível,
latente , química e nuclear.

Energia interna = Soma da energias microscópicas

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Propriedades
• Uma grandeza termodinâmica é uma propriedade se e
somente se uma mudança de valor entre dois estados
for independente do processo utilizado. Ex. m, T, v, P.
• As propriedades dependentes da massa são
denominadas propriedades extensivas e as outras são
denominadas propriedades intensivas.

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Volume Específico e Densidade
• Propriedades extensivas por unidade de massa são
propriedades intensivas

massa m
ρ= =
volume V

volume V
v= =
massa m

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Estado

• Considere um sistema que


não está sofrendo nenhuma
variação. Nesta condição
todas as propriedades podem
ser medidas ou calculadas.
Este conjunto de propriedades
define o estado do sistema. Se
qualquer uma das Estado 2
propriedades mudar de valor o Estado 1
estado também se modificará.

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Postulado de Estado

• O estado de um sistema compressível simples é


completamente especificado através de duas
propriedades independentes e intensivas.
• Um sistema compressível simples é aquele onde
não ocorrem efeitos elétricos, magnéticos,
gravitacional e de movimento, geralmente
desprezíveis em aplicações de engenharia. Ex.
P,v ; P, T.

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Equilíbrio

• Um sistema está em equilíbrio termodinâmico


quando ele está em equilíbrio térmico
(temperatura), mecânico (pressão), fase (cada fase
em equilíbrio) e químico (sem variação da
composição química).

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Processo

• Qualquer mudança de
um estado de equilíbrio
para outro é
denominada de
processo.

Processo de compressão

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Processo Quase-Estático

• Durante um processo quase-


estático ou de quase-
equilíbrio, o sistema
permanece praticamente em
equilíbrio durante todo o
tempo.
• Muitos processos reais
podem ser modelados com
razoável precisão, através da
hipótese de quase-equilíbrio.

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 18


Ciclo

• Uma seqüência de
processos onde os
estados final e inicial
são coincidentes é
denominado ciclo.

Ciclo de refrigeração por


compressão mecânica de vapor

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Pressão
• Pressão é força por unidade de área. Sua unidade
no sistema SI é pascal. As pressões absolutas e
manométricas são relacionadas por:

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Manômetro

• Pressões pequenas e
moderadas podem ser
medidas por um
manômetro. Uma coluna de
fluido de altura h
corresponde a uma
diferença de pressão de

onde ρ é a densidade do
fluido e g é a aceleração da
gravidade

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Temperatura
• É a medida da energia cinética das moléculas
• Propriedade que determina quando dois sistemas
estão em equilíbrio térmico
• Propriedade associada com a noção de frio e calor
• Um processo onde não há variação de temperatura é
dito isotérmico
• Um processo onde não há interação térmica entre o
sistema e a vizinhança é denominado adiabático.

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Escalas de Temperatura

∆T ( R ) = ∆T ( F ) o

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Exercícios
• (1-1) Determine a pressão mínima para o abastecimento do
reservatório de água esquematizado abaixo, considerando que
H = 25 m e que a pressão do ar no topo do reservatório é de 125
kPa.

ρ água = 1000kg / m 3
Pfundo = Pmin = Ptopo + ρgH
Pmin = 125 x103 + 1000 x9.81x35
Pmin = 468,3kPa

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Exercícios
• (1-2) Dois cilindros são conectados por um pistão, como
esquematizado na figura abaixo. O cilindro A contém óleo na
pressão de 500kPa. A massa do pistão é de 25 kg. Determine a
pressão do gás no cilindro B.

AA = πD 2 / 4 = π (0,1) 2 / 4 = 0,00785m 2
AB = πD 2 / 4 = π (0,025) 2 = 0,00049m 2
PB . AB + m p .g + Patm ( AA − AB ) = PA AA
PA AA m p .g Patm ( AA − AB )
PB = − −
AB AB AB
PB = 6,0 MPa

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Exercícios
• (1-3) Dois sistemas pistão-cilindro, A e B, são conectados por um
tubo, como ilustra a figura abaixo. Determine a massa necessária
ao cilindro B para que nenhum dos dois pistões atinja o fundo.
AA = 75 cm2, AB = 25 cm2, mA = 25 kg, Po = 100 kPa.

P. AA = m pA .g + Po AA
P. AB = m pB .g + Po AB
m pA .g m pB .g
+ Po =
AA AB
m pB = 8,33kg

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Exercícios
• (1-4) Um pistão de 5kg é montado num cilindro de 100 mm de diâmetro, onde
existe uma mola com ação linear (ver esquema abaixo). A pressão da mola é nula
quando o pistão toca o fundo do cilindro. Na situação ilustrada o volume é de 0,4
litros e a pressão de 400kPa. A válvula é então aberta, fazendo com que o pistão
se eleve 2cm. Determine a nova pressão no interior do cilindro.

Ap = π (0,1) 2 / 4 = 0,00785m 2
m p. g
Pfundo = Po + = 106,25kPa
Ap
V2 = V1 + ∆L. Ap = 0,557l
P1 − Pfundo P2 − P1
=
V1 − V fundo V2 − V1
P2 = 515,3kPa

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CAPÍTULO

Propriedades de uma
Substância Pura

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 28


Substância Pura
• Uma substância pura é aquela que tem composição
química invariável e homogênea.
• Uma substância pura não precisa ser constituída por
um único elemento químico. Ar, por exemplo, é
frequentemente tratado como uma substância pura.
• Pode existir em mais de uma fase, desde que a
composição química seja a mesma.

Nitrogênio e ar no estado gasoso


são substâncias puras
Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 29
Fases de uma Substância Pura
• Substâncias existem na natureza em diferentes
fases. Uma fase é caracterizada por uma estrutura
molecular distinta, homogênea e com fronteiras bem
definidas.

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Fases de uma Substância Pura
• Uma substância pode ter diversas fases, dentro de
uma fase principal, cada uma com uma estrutura
molecular diferente.

Ferro Água
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Processo de Mudança de Fase de
Substâncias Puras a Pressão Constante

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Líquido Subresfriado e Vapor
Superaquecido

• Uma substância está no estado de


líquido subresfriado ou comprimido
quando uma eventual adição de calor
não provoca vaporização.

• Uma substância está no estado de


vapor superaquecido quando uma
eventual remoção de calor não
provoca condensação.

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Pressão e Temperatura de
Saturação
• Temperatura de saturação: temperatura na qual uma
substância muda de fase, numa dada pressão.
• Pressão de saturação: pressão na qual uma
substância muda de fase numa dada temperatura.
• Durante a saturação, pressão e temperatura são
variáveis dependentes.

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Diagrama T-v para uma
Substância Pura

(fig. 2-16)

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Ponto Crítico
• No ponto crítico os estado de líquido e vapor saturado
são coincidentes.
• Acima da pressão crítica não há mais duas fases. O
volume específico do fluido aumenta sempre com a
temperatura.
• Temperatura crítica de alguns fluidos de refrigeração:
• R-134a – 101,1oC
• R- 600a – 134,7oC
• R-22 – 96,1oC
• CO2 – 31oC

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Diagrama T-v para uma
Substância Pura

(Fig. 2-18)

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Diagrama P-v para Substâncias
Puras

(Fig. 2-19)

SUPERHEATED

Tsat (1MPa) = 179,9o C


Psat (150o C ) = 0,4758MPa

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Diagrama P-T para Substâncias
Puras

(Fig. 2-25)

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Ponto Triplo

• No ponto triplo as três fases coexistem


em equilíbrio.
• Abaixo de Ptriplo ⇒ sem possibilidade de
fase líquida
• Para substâncias que contraem ao
solidificar ⇒ abaixo de Ttriplo ⇒ sem
possibilidade de fase líquida
• Para substâncias que expandem ao
solidificar ⇒mesmo abaixo de Ttriplo, mas
com altas pressões ⇒ fase líquida.

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Pressure (bar-a) Diagrama P-T para o CO2
1000

Liquid Supercritical
Solid – Liquid
100 equilibrium
73.6 bar-a
Critical point
Solid
Liquid – Vapour
10 equilibrium
5.2 bar-a Triple point Vapour

Solid – Vapour
equilibrium
1
-80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 100
- 56.6 Deg.C 31. Deg.C Temperature (Deg.C)

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Propriedades Termodinâmicas
• As propriedades termodinâmicas de uma substância
são usualmente expressas através de tabelas.
• Algumas propriedades podem ser facilmente medidas
(P, T, v) e outras não (h, s, u), sendo necessário calcula-
las a partir de relações entre elas e as propriedades
mensuráveis.
• A entalpia especifica é simplesmente o resultado de
uma combinação de propriedades
h = u + Pv
• Entalpia vem da palavra grega “enthalpien” que
significa aquecer.

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Líquido e Vapor Saturado

• Como T = f (P) e P = f (T),


apenas uma propriedade
define o estado.

u fg = ug − u f
h fg = hg − h f
s fg = sg − s f

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Mistura de Líquido e Vapor Saturado
• Uma mistura de líquido e vapor saturado pode ser
tratada como uma mistura homogênea com
propriedades ponderadas pelo título (x).
masssaturated vapor mg
x= =
masstotal m f + mg

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Mistura de Líquido e Vapor Saturado

V = V f + Vg
m = m f + mg
V = mv , V f = m f v f , Vg = mg v g

mv = m f v f + mg v g mg mg
x= =
m m f + mg
mf v f mg v g
v= + mf m − mg
m m = = 1− x
m m

v = (1 − x )v f + xv g v = v f + x (v g − v f )

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Mistura de Líquido e Vapor
Saturado
(Fig. 2-41)

y = y f + x( yg − y f )
= y f + x y fg

y − yf
x=
y fg

y = (u , s, h, v)

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Vapor Superaquecido
• T > Tsat para uma dada pressão
• P < Psat para uma dada temperatura

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Liquido Subresfriado
• T < Tsat para uma dada pressão
• P > Psat para uma dada temperatura

(Fig. 2-19)

SUPERHEATED

y ≅ y f @T

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Estados de Referência
• As propriedades u, h e s não podem sem medidas
diretamente. Elas são calculadas a partir de propriedades
mensuráveis utilizando correlações termodinâmicas.
• Tais correlações, entretanto, permitem apenas o cálculo
da variação das propriedades e não do valor absoluto da
propriedade num determinado estado.
• Necessidade de estabelecer estados de referência.
• hl e sl = 0 , quando T = - 40 oC (ASHRAE)
• hl = 200 kJ/kg e sl = 1,0 kJ/kgK, quando T = 0oC (IIR)

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 49


Equação de Estado para um Gás Ideal

• Qualquer equação que relacione P, T e v é


denominada de equação de estado. A mais simples
e mais conhecida é a equação de gás ideal

Pv = RT
hsup = h(T )
P1V1 P2V2
=
T1 T2

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 50


Gás Ideal – Vapor d’água

vreal − videal
E= .100
vreal E=

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 51


Fator de Compressibilidade
Z = f ( Pr , Tr )
Pv P T
Z= Pr = Tr =
RT Pcrit Tcrit
• Em pressões muito baixas (Pr<<1), os gases se
comportam como um gás ideal, independentemente da
temperatura
• Em altas temperaturas (Tr > 2), os gases também se
comportam como gás ideal.
• O desvio atinge o máximo valor nas proximidades do
ponto crítico (Tr =1, Pr =1)

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 52


Diagrama de Compressibilidade

A variação de Z com Tr e Pr é a mesma para todas as substâncias

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Exercícios
• (2-1) Um tubo selado contém R-22 vapor a 20oC. Sabe-se que quando o tubo é
resfriado para -20oC, gotas de líquido podem ser vistas sobre a superfície do tubo.
Determine a pressão no interior do tubo.

T = −20o C ⇒ condensação
v = fixo(V e m) são fixos
vv (20o C ) = 0,002599m 3 / kg
v = vv (−20o C ) = 0,092678m 3 / kg
v > vv ⇒ vapor sup eraquecido
(T , v) ⇒ P = 0,29 MPa

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Exercícios
• (2-2) Um tubo selado de 2m3 contém uma mistura de líquido e vapor saturado de
R-134a a 10oC. A fase líquida desaparece completamente quando o tubo atinge a
temperatura de 50oC. Determine a pressão nessa condição e a massa inicial de
líquido contida no tubo.

P2 = Psat (50o C ) = 1,318MPa


v2 = vv (50o C ) = 0,015089m 3 / kg
v1 = v2
v1 − vl 0,015089 − 0,000793
x1 = = = 0,2938
vv − vl 0,049442 − 0,000793
V
mt = = 132,54kg
v1
ml = (1 − x1 )mt = 93,60kg
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Exercícios
• (2-3) Ar contido no interior de um pneu está inicialmente a -10oC e a 190kPa.
Determine a pressão no interior do pneu quando a temperatura passa para 10oC.

hipótese de gas perfeito


P1V1 P2V2
=
T1 T2
V1 = V2
190.(10 + 273,15)
P2 = = 204,4kPa
(−10 + 273,15)

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 56


Exercícios
• (2-4) Um tanque selado de 5 m3 contém argônio a -30oC e 3 MPa. Determine a
massa de argônio usando o fator de compressibilidade. Avalie o erro da utilização
do modelo de gás ideal.
Pcrit = 4,863MPa
Tcrit = 150,69 K
P
Pr = = 0,616
Pcrit
T
Tr = = 1,61
Tcrit
Diagrama de compressibilidade ⇒ Z = 0,96
PV 3000 x5
mreal = = = 308,75kg
ZRT 0,96 x0,20813 x(−30 + 273,15)
PV
mideal = = 296,48kg
RT
m − mideal
E = real = 3,97%
mreal
Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 57
Exercícios
• (2-5) Um sistema pistão-cilindro é montado com uma mola de ação linear e está sujeito
a pressão atmosférica (ver esquema abaixo). Na situação ilustrada o cilindro contém 0,1
m3 de água a 400oC e 5 MPa. Sabe-se que quando o pistão está no fundo do cilindro a
pressão exercida pela mola é de 200kPa. Determine a massa de água contida no cilindro
e o estado final (T2 e v2) quando o sistema é resfriado e a pressão atinge 1200kPa.
Tsat (5MPa) = 263,99o C < 400o C ⇒ vapor sup eraquecido
P = 5MPa, T = 400 o C ⇒ v1 = 0,05781 m 3 / kg
V 0,1
m= = = 1,73kg
v1 0,05781
P2 − Pfundo P1 − Pfundo (1200 − 200)
= ⇒ v2 = .v1 = 0,01204m 3 / kg
v2 − v fundo v1 − v fundo (5000 − 200)
vv (1,2 MPa) = 0,1633m 3 / kg vl (1,2 MPa) = 0,00139m 3 / kg
vl < v < vv ⇒ mistura de líquido e vapor
T = Tsat (1,2 MPa) = 187,99o C

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CAPÍTULO

Primeira Lei da
Termodinâmica
para Sistemas

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 59


Calor e Trabalho

• Energia pode atravessar as fronteiras de um sistema sob


a forma de calor ou trabalho.

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 60


Calor
• Calor é a forma de energia que é transferida sob a ação
de uma diferença de temperatura. Calor é energia em
trânsito.

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 61


Sistema Adiabático
• Um sistema onde não ocorre transferência de calor é
denominado de adiabático. Apalavra adiabático vem do
grego “adiabatos”, que significa não passa.

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 62


Trabalho
• Se a energia que estiver atravessando a fronteira de um
sistema não for calor (ação de ∆T) ela deve ser trabalho.
• Trabalho é a transferência de energia associada coma
ação de uma força ao longo de uma distância.

2
W = ∫ F .ds
1

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 63


Convenção de Sinais
• Calor e trabalho são quantidades direcionais, o que
significa que é necessário especificar tanto a magnitude
como a direção.

(+)
(-)

(-)
(+)

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 64


Funções do Caminho
• Calor e trabalho são funções do caminho (a magnitude
depende do caminho seguido durante um processo e
também dos estados inicial e final)

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 65


Trabalho de Fronteira

• Trabalho associado com a


compressão ou expansão de um gás
dentro de um sistema pistão-
cilindro.
• Assumindo o processo como quase-
estático pode-se calcular o trabalho
realizado durante o processo
através da adição de todos os
trabalhos infinitesimais. δW = F .ds = P. A.ds = PdV
2
W = ∫ PdV
1

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 66


Trabalho de Fronteira
• Para integrar a equação é necessário conhecer a relação
entre P e V (caminho). A área sob a curva P-V representa
o trabalho realizado durante um processo de
expansão/compressão quase-estático.

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 67


Trabalho Líquido

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 68


Processo de Expansão Politrópico

P2V2 − P1V1 (n ≠ 1)
W=
1− n
Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 69
Balanço de Energia

(Fig. 3-52)

Ein − Eout = ∆E system Qnet − Wnet = ∆E system

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 70


Balanço de Energia

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 71


Energy Change for a Cycle

∆Esistema = E2 − E1 = 0

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 72


Calor Específico

• Quantidade de energia
necessária para elevar a
temperatura de 1kg de uma
substância em 1oC.

• Cp > Cv devido a energia


adicional requerida para o
processo de expansão.

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 73


3-32

Calor Específico
• Para gases ideais Cv e Cp são apenas funções da
temperatura. Logo,

• Para gases ideais Cv e Cp são relacionados por:


h = u + Pv
dh = du + d ( RT )
CP dT = CV dT + RdT
CP = CV + R
Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 74
Exercícios
• (3-1) O sistema pistão-cilindro esquematizado na figura abaixo, contém ar a 150kPa
e 400oC. O sistema é resfriado para a temperatura ambiente de 20oC. Determine : a)
a pressão final no interior do cilindro, b) se o pistão atinge o batente e c) o trabalho
específico realizado sobre o ar durante o processo.
Se o pistão atingir o batente
V1 V2 = 2
P1V1 P2V2 VT P
= ⇒ P2 = 1 2 1 = 130,7 kPa
T1 T2 V2T1
P2 < P1 (150kPa = Patm + peso) ⇒ atinge o batente
2
W = ∫ PdV = P1 (V2 − V1 )
1

V1  1  − PV
V2 = ⇒ W = P1V1  − 1 = 1 1
2 2  2
mRT1
P1V1 = mRT1 ⇒ V1 =
P1
− mRT1 W − RT1 − 0,287.673,2
W= ⇒ω = = = = −96,6kJ / kg
2 m 2 2
Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 75
Exercícios
• (3-2) O sistema pistão-cilindro esquematizado na figura ao lado,
contém 2 kg de água. O pistão possui massa desprezível e sofre a
ação de uma mola linear e da pressão atmosférica. Na situação
inicial o volume é de 0,2 m3, a força da mola é nula e a pressão
P1=Po=100kPa. Quando o pistão atinge o batente o volume é de 0,8
m3 e a temperatura de 600oC. Calor é adicionado ao sistema até que
a pressão atinja 1,2 MPa. Determine a temperatura final da água
contida no cilindro e o trabalho realizado durante o processo.
V 0,8
V 0,2 v2 = = = 0,4m 3 / kg
v1 = = = 0,1m 3 / kg m 2
m 2 v2 > vv (600o C ) ⇒ sup eraquecido
vl (100kPa) = 0,001043m 3 / kg v2 , T2 ⇒ P2 = 1MPa
vv (100kPa) = 1,6940m 3 / kg P3 = 1,2MPa, v3 = v2 = 0,4m 3 / kg ⇒ T3 = 770o C
vl < v1 < vv ⇒ líquido + vapor W = 100 + 1000 (0,8 − 0,2) = 330kJ
2
Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 76
Exercícios
• (3-3) O sistema pistão-cilindro esquematizado na figura abaixo possui dois pistões,
sendo que o superior está inicialmente apoiado no batente. A área da seção transversal
dos cilindros é 7,012 cm2. A massa do pistão superior 1 é de 100kg e a do inferior é
desprezível. A massa de água é de 2 kg. A força da mola é nula quando o pistão inferior
atinge o fundo do cilindro. Quando o pistão inferior atinge o batente o volume é de 0,3
m3. A água, inicialmente a 50kPa e V=0,00206m3 é então aquecida até a condição de
vapor saturado. Determine: a) a Temperatura inicial e a pressão necessária para mover
o conjunto e b) o trabalho realizado pela água.

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 77


Exercícios
V1 0,00206
P1 = 50kPa, v1 = = = 0,00103m 3 / kg ⇒ liq sat ⇒ T1 = Tsat (50kPa) = 81,33o C
m 2
Pressão necessária para movimentar todo o conjunto:

Pmov =P +
(m p1 + m p 2 )g
= 101,325 +
(100 + 0)9,81
= 1500kPa
0 −4 3
Ap 7,012.10 .10
Mola de ação linear:

P2 − 0 P1 − 0 P2 v1 1500.0,00103
= ⇒ v2 = = = 0,0309m 3 / kg
v2 − 0 v1 − 0 P1 50

vl (1500kPa) = 0,001154m 3 / kg , vv (1500kPa) = 0,13177 m 3 / kg


vl < v2 < vv ⇒ liquido + vapor ⇒ T2 = Tsat (1500kPa) = 198,32 o C

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 78


Exercícios
Caso o pistão inferior atinja o batente na pressão de 1500kPa,
V 0,3
v3 = = = 0,15m 3 / kg
m 2

Como o calor é transferido apenas até a condição de saturação (vv(1500kPa)=


0,13177m3/kg), conclui-se que o pistão inferior não atinge o batente.

P2 + P1
W= m(v2 − v1 ) + P2 m(v f − v2 )
2
1500 + 50
W= .2.(0,039 − 0,00103) + 1500.2.(0,13177 − 0,0309)
2
W = 348,91kJ

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 79


Exercícios
• (3-4) O sistema pistão-cilindro esquematizado na figura ao lado contém 1 kg de água, a 100 kPa e
V= 0,5 m3. A ação da mola é linear e o pistão encontra-se inicialmente apoiado no batente. A
pressão necessária para movimentar o cilindro é de 300kPa. Quando o volume atinge 1,5 m3 a
pressão é de 500 kPa. Calor é então adicionado ao sistema até que a pressão atinja 400 kPa.
Determine: a) a temperatura e o volume inicial e b) o trabalho e o calor transferidos durante o
processo.
V1 0,5
v1 = = = 0,5m 3 / kg
m 1
vl < v < vv ⇒ liq + vapor ⇒ T = Tsat (100kPa)
P2 = 400kPa ⇒ v2 = 1,0m 3 / kg (linear ) ⇒ sup eraquecido
2
400 + 300
W = ∫ PdV = (1 − 0,5) = 175kJ
1
2
Ein − Eout = m(u2 − u1 ) ⇔ Q − W = m(u2 − u1 )
v − vl 0,5 − 0,001043
x1 = = = 0,2947
vv − vl 1,6940 − 0,001043
Q = 2434,1kJ
Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 80
Exercícios
• (3-5) O sistema pistão-cilindro B é conectado com um tanque A, conforme esquema
mostrado na figura abaixo. Inicialmente A contém água no estado de vapor saturado a
100 kPa e B contém água a 400oC e 300 kPa. VA = VB=1m3. A válvula é então aberta,
permitindo que A e B atinjam o equilíbrio. Determine: a) as massas em A e B e b) o
trabalho e o calor durante o processo considerando que a temperatura final é de 200oC.

VA 1
mA = = = 0,5903kg
v A 1,6940
T = 400o C , P = 300kPa ⇒ sup eraquecido
VB 1
mB = = = 0,9695kg
vB 1,03151
mt = m A + mB = 1,5598kg

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 81


Exercícios
Ao abrir a válvula: se VB > 0 ⇒ P2 = PB. Se P2< PB ⇒ pistão atinge o fundo do
reservatório B e v2 = VA/mt = 0,641 m3/kg.

T2 = 200o C , P2 = 300kPa ⇒ v2 = 071629m 3 / kg ⇒ P2 = 300kPa


V2 = mt .v2 = 1,5598.0,71629 = 1,1173m 3
u2 = 2650,7 kJ / kg , u A = 2506,1kJ / kg , u B = 2965,5kJ / kg
W = 300(V2 − V1 ) = 300(1,1173 − 2) = −264,82kJ
Q − W = mt u2 − (m Au A + mB u B )
Q = −484,6kJ

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 82


Exercícios
• (3-7) Um tanque rígido de volume igual a 10 litros contém R-22 a -10oC e com título de
80%. Uma corrente de 10A, oriunda de uma bateria de 6V, passa durante 10 minutos por
uma resistor colocado no interior do tanque, elevando a temperatura para 40oC.
Determine o calor transferido para ou do tanque durante este processo.

v1 = vl + xvlv = 0,000759 + 0,8.0,06481 = 0,05242m 3 / kg


u1 = ul + xulv = 32,74 + 0,8.190,25 = 184,94kJ / kg
V 0,010
m= = = 0,1908kg
v1 0,05242
T2 = 40o C , v2 = v1 ⇒ sup eraquecido ⇒ P2 = 535kPa, u2 = 250,2kJ / kg
6.10.(10.60)
W = V .I .∆t = = 36kJ
1000
Ein − Eout = m(u 2 − u1 ) ⇒ 36 − Q = 0,1908(250,2 − 184,94) = 23,54kJ

Termodinâmica – Prof. Cláudio Melo 83

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