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1. DEFINIÇÃO – Primeiros Socorros são as providências iniciais que devem ser adotadas em
acidentes com vítima, a fim de minimizar seu sofrimento e evitar o agravamento das lesões, até
a chegada do resgate.
2. SOCORRISTA – Não precisa ser da área de saúde. Deve ser calmo, solidário, ter o controle da
situação, não agir com impulsividade.
Não ser omisso, porém limitar-se a fazer o que realmente sabe e não expor a própria
integridade a riscos.
3. PRIMEIRAS AÇÕES – Não perca tempo, pois os primeiros cinco minutos são decisivos e
podem determinar entre a vida e a morte das vítimas. Adote imediatamente as seguintes
providências:
b. Sinalize o local conforme regulamentado pelo CONTRAN. A sinalização deve ser colocada
numa distância proporcional à velocidade máxima para a via. Ex.: 40 km/h – 40m ou 40 passos
largos (nunca menos que 30m. Utilize o triângulo de
segurança do veículo, arbustos/galhos, caixa de papelão, latas e outros materiais que não
ofereçam risco de acidentes.
►192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) quando em cidades com este
serviço;
6. SINAIS VITAIS – São parâmetros que servem para avaliar o quadro clínico da vítima. Os mais
comuns são:
b. Pulsação – o normal para um adulto está entre 60 e 80 batimentos por minuto (BPM);
c. Pressão arterial – o normal para um adulto é 120x80 (MMHG). Difícil de ser constatado pelo
socorrista.
d. Temperatura Corporal – considerada normal, para qualquer idade, índices entre 36° e 37°.
Não sofre variação com a idade.
b. Obstrução das vias aéreas (boca, nariz e garganta) – pode ocorrer por materiais como
próteses dentárias, secreções, sangue coagulado ou alguma coisa que a vítima pudesse estar
comendo. Promova a imediata desobstrução e continue observando os sinais vitais.
8. PUPILA – conhecida como “meninas dos olhos” é um ponto escuro no centro do olho.
a. Nas hemorragias internas - A vítima apresenta sintomas como palidez, ânsia de sede, queda
de pressão arterial e baixa temperatura corporal. O socorrista deve limitar-se a lateralizar a
cabeça da vítima de maneira a evitar uma possível asfixia em razão da formação de coágulo
sanguíneo nas vias aéreas. É obrigatório o atendimento médico.
Obs.: nas hemorragias nasais coloque a vítima com a cabeça abaixada para frente e faça
compressão com os dedos, polegar e indicador, por cerca de 10 minutos. Também é adequado
fazer compressa encharcada em água gelada e aplicação de bolsa de gelo sobre as narinas.
Neste caso, nem sempre será necessário o atendimento médico.
b. Nas hemorragias externas deve-se fazer compressão sobre o ferimento utilizando uma
compressa limpa (pano, gaze, camisa, toalha e outros).
Obs.: Não utilizar técnicas domésticas como: colocar açúcar, sal, pó de café, cinza e outras.
11. FEBRE ou HIPOTERMIA – se a vítima apresenta temperatura corporal acima de 37° dizemos
que ela está com “febre”. Se a temperatura tiver abaixo de 36° considera-se “hipotermia”.
12. LESÕES NA COLUNA – para diagnosticar possíveis lesões nesta região provoque estímulos
físicos na vítima, para testar sua capacidade de mobilidade e sensibilidade. Caso suspeite de
lesão, a primeira providência é imobilizar a região do pescoço utilizando,
para isso, um colar cervical (mesmo que seja improvisado). Se necessário transportá-la, faça
isso utilizando uma maca, porta, tábua ou qualquer outro material que permita a imobilização
total da vítima. Todo cuidado pode ser pouco nesta situação, pois uma lesão na coluna pode
provocar traumas irreversíveis, deixando a vítima permanentemente paraplégica.
13. FRATURAS, ENTORSES ou LUXAÇÕES – são as lesões mais comuns em acidentes de trânsito.
Qualquer delas deve ser tratada com a imobilização da região afetada. Faça compressas
geladas no local para amenizar a dor e o inchaço. Em caso de fraturas expostas (quando o osso
rompe a pele e fica exposto) faça um curativo sobre o ferimento e proceda como nas fraturas
fechadas.
Obs.: Não é adequada qualquer tentativa de recolocar o osso ou membro fraturado na posição
natural.
Apresenta sintomas como: lábios azulados ou arroxeados (cianose); respiração curta, rápida e
irregular; salivação em excesso. Neste caso proceda da seguinte forma:
a. Procure identificar a causa que levou ao estado de choque e controle-a (hemorragia, lesões
graves, abalo emocional...);
19.OBJETOS ENCRAVADOS NO CORPO – caso haja objetos transfixados ao corpo, não remova.
Apenas faça um curativo sobre o ferimento e encaminhe para o socorro especializado. Se o
objeto estiver nos olhos, mesmo que seja em apenas um deles, cubra os dois olhos da vítima,
se possível, com gaze esterilizada.
20. CONTATO COM FIOS ELÉTRICOS – em caso de colisões que resultem em contato com fios
elétricos, isole o local e não retire as pessoas de dentro do veículo. Não tente remover o cabo
de eletricidade, deixe isso para pessoal especializado.
22. TRANSPORTE DE ACIDENTADO - esqueça a ideia de colocar a vítima no primeiro carro que
passar e conduzi-la correndo para o hospital mais próximo. Lembre-se que uma vítima só deve
ser removida do local do acidente se houver risco real de desabamento, incêndio, explosão,
afogamento ou outra situação de perigo iminente. Caso seja inevitável, transporte-a
preferencialmente numa maca (mesmo que seja improvisada). Utilize da ajuda de várias
pessoas para fazer o manuseio dela, todas trabalhando em sincronia, procurando minimizar ao
máximo seus movimentos.
REGRAS “SAGRADAS”
Cuide da sua segurança em primeiro lugar.
Proteja-se, evite contato com sangue ou secreções e use Equipamento de Proteção
Individual (EPI)
Boca a boca, somente com equipamento apropriado e por pessoal treinado
Não ofereça ou aplique medicamentos
Não dar líquido para a vítima com suspeita de lesão interna (mesmo que ela peça)
Não utilize as técnicas de garroteamento ou torniquete
Não mexa num membro fraturado, limite-se a imobilizá-lo
Evite remover a vítima. Se inevitável, movimente o mínimo necessário com ela
Não retirar ou movimentar os veículos envolvidos, sob a hipótese de prejudicar o
trabalho da perícia