Relatório_do_Experimento_4_e_5
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FACULDADE DE TECNOLOGIA
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA
MANAUS-AM
2024
Hugo Daniel da Silva Rossetti - 22352263
Luanne Gomes Vasconcelos - 22350972
MANAUS-AM
2024
Resumo
Sumário
1 Introdução 4
2 Fundamentação Teórica 5
2.1 Campo Elétrico e Magnetismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Lei de Ampère . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3 Lei de Ohm e Circuitos Resistivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.4 Associação de Resistores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.5 Leis de Kirchhoff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.6 Circuitos Oscilantes e Ressonância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.7 Capacitores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.7.1 Carga e Descarga de um Capacitor . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.8 Indutores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3 Metodologia 21
3.1 Parte I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.1.1 Materiais Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.2 Parte II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
3.2.1 Materiais Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3 Parte III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
3.3.1 Materiais Utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4 Resultados 23
4.1 Parte I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.2 Parte II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.3 Parte III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
5 Conclusões 28
6 Referências 29
1 INTRODUÇÃO 4
1 Introdução
Neste experimento, exploramos os fundamentos do eletromagnetismo aplicados a
diferentes configurações e dispositivos, com o objetivo de entender fenomenos magnéticos
e sua relação com correntes elétricas. O estudo foi dividido em quatro partes principais,
cada uma abordando aspectos especı́ficos dos efeitos eletromagnéticos e sua aplicação
prática. Esses tópicos incluem a construção de uma bobina de Tesla, análise de circuitos
oscilantes LC, observação de forças magnéticas em condutores e a aplicação de compo-
nentes eletromagnéticos como transformadores, alto-falantes e relés.
Na primeira parte, investigamos os princı́pios da geração de campos através da
construção de uma bobina de Tesla. O objetivo foi acender uma lâmpada fluorescente
sem contato direto, utilizando os campos gerados pela bobina. Para isso, foram utilizados
materiais simples, como fio elétrico, fonte de tensão e um molde cilı́ndrico, demonstrando
na prática os conceitos de indução eletromagnética e ressonância.
A segunda parte do experimento concentrou-se nos circuitos oscilantes LC, também
conhecidos como circuitos tanque. Esses circuitos operam na frequência de ressonância,
onde a energia oscila entre o capacitor e o indutor. Medimos a resposta do circuito e
observamos o comportamento das oscilações, explorando o impacto de parâmetros como
capacitância e indutância na frequência de ressonância.
Na terceira parte, foi realizada uma análise das forças magnéticas que surgem
quando correntes elétricas passam por condutores. Utilizando fios condutores e uma fonte
de tensão, observamos as interações entre os campos magnéticos gerados, verificando as
forças que surgem devido às correntes paralelas e suas implicações práticas.
Por fim, a quarta parte do experimento abordou o estudo de componentes ele-
tromagnéticos, como transformadores, alto-falantes, relés e disjuntores eletromagnéticos.
Montamos circuitos utilizando esses dispositivos e analisamos como o efeito magnético é
aplicado em sistemas reais, desde a conversão de energia elétrica até a geração de som e
proteção contra sobrecargas.
As medições e observações realizadas ao longo do experimento foram compara-
das com os valores teóricos, permitindo avaliar a precisão dos modelos eletromagnéticos e
compreender os desvios devido a condições reais. Dessa forma, o estudo integrou conceitos
fundamentais do eletromagnetismo e sua aplicação prática, oferecendo uma visão abran-
gente dos fenômenos magnéticos e sua importância em dispositivos e sistemas modernos.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5
2 Fundamentação Teórica
Campo Elétrico
O campo elétrico é uma região do espaço onde uma carga elétrica experimenta
uma força de origem elétrica. Ele é gerado por cargas elétricas, é descrito pela expressão
(1)
⃗
⃗ =F
E (1)
q
⃗ é o campo elétrico, F⃗ é a força elétrica, e q é a carga de prova.
E
A intensidade do campo elétrico criado por uma carga pontual Q em um ponto
localizado a uma distância r é dada pela expressão (2)
ke |Q|
E= (2)
r2
ke é a constante eletrostática, ke ≈ 8, 99 × 109 N·m2 /C2 .
O campo elétrico é uma grandeza vetorial que aponta na direção da força que seria
exercida sobre uma carga positiva colocada em sua presença, gerado por cargas elétricas
estáticas ou em movimento. É visualizado por linhas de campo, que apontam do positivo
para o negativo e cuja densidade indica a intensidade do campo.
Uma aplicação prática do campo elétrico é encontrada nos capacitores, dispo-
sitivos que armazenam energia elétrica ao criar um campo uniforme entre suas placas
condutoras. Capacitores são amplamente utilizados em circuitos eletrônicos e sistemas de
armazenamento de energia.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6
Magnetismo
O magnetismo, por sua vez, é o fenômeno associado a forças exercidas por cargas
elétricas em movimento. Essas cargas geram campos magnéticos, cuja interação com
outras correntes ou materiais magnéticos resulta nas forças observadas.
⃗ é descrito como uma região onde forças magnéticas
O campo magnético (B)
podem ser detectadas, geralmente em torno de ı́mãs, correntes elétricas ou materiais
magnetizados. Sua intensidade é medida em tesla (T), e as linhas de campo magnético
formam trajetórias fechadas que indicam a direção da força magnética.
Quando uma corrente elétrica percorre um condutor, ela cria um campo magnético
ao seu redor. Esse fenômeno pode ser descrito pela Lei de Ampère:
I
⃗ · d⃗l = µ0 I
B (3)
Indução Magnética
dΦB
E =− (4)
dt
⃗ ·A
E é a força eletromotriz (fem) induzida, ΦB = B ⃗ é o fluxo magnético, definido
I
⃗ · d⃗l = − dΦB
E (5)
dt
Por outro lado, a oscilação de campos elétricos também gera campos magnéticos,
conforme descrito pela Lei de Ampère-Maxwell:
I
⃗ · d⃗l = µ0 ϵ0 dΦE
B (6)
dt
ϵ0 é a permissividade elétrica do vácuo.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8
A lei de Ampère é análoga à lei de Gauss para o campo elétrico. Essa lei foi
proposta originalmente por André-Marie Ampère no século XVIII e diz que “a circulação
do campo magnético ao longo de um percurso fechado é igual à permeabilidade magnética
no vácuo vezes a corrente total que atravessa a área envolvida”, dada pela seguinte integral
de linha:
I
B · dl = µ0 I (7)
abcd. Dessa forma, a corrente total que atravessa essa área pode ser expressa como
IT = N · I, onde I é a corrente em cada espira.
Aplicando a Lei de Ampère, é possı́vel determinar que a magnitude do campo
magnético gerado por um solenóide longo é dada pela expressão:
N
B = µ0 I (8)
L
No contexto apresentado, a constante µ0 representa a permeabilidade magnética
do vácuo, cujo valor é 4π × 10−7 T·m/A. A variável I corresponde à corrente elétrica que
percorre o solenóide, enquanto N indica o número de espiras presentes ao longo de um
determinado comprimento L.
É importante destacar que o campo magnético é uniforme e constante apenas na
região central do solenóide. Nos solenóides reais, que possuem comprimento finito, ocorre o
chamado efeito de borda próximo às extremidades. Nessa região, o campo magnético decai
gradativamente do valor encontrado no interior do solenóide até alcançar praticamente
zero na parte externa. A distribuição do campo magnético ao longo do solenóide, incluindo
as extremidades, é ilustrada na Figura 2. Nesse gráfico, os valores do campo magnético
em diferentes pontos foram normalizados em relação ao valor máximo (B0 ) encontrado
no centro do solenóide. O comprimento efetivo do solenóide pode ser aproximado pela
largura correspondente à meia altura do gráfico, conforme indicado.
Figura 3: Gráfico da razão entre o campo magnético (B) e o campo magnético máximo
(B0) no interior de um solenóide.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 10
V =R·I (9)
Materiais que não obedecem à Lei de Ohm são denominados não ôhmicos. A
relação entre a corrente elétrica e a tensão para esses materiais não obedecem a nenhuma
relação especı́fica e sua representação gráfica pode ser qualquer tipo de curva, exceto uma
reta (DESOER, 1979)4 .
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 11
Resistores em Serie
n
X
Req = R1 + R2 + · · · + Rn = Ri (10)
i=1
Resistores em Paralelo
R1 R2
Req = (11)
R1 + R2
em duas partes: a Lei das Correntes de Kirchhoff (LCK) e a Lei das Tensões de Kirchhoff
(LTK).
Para entender esses termos, é fundamental conhecer os conceitos de nó, malha
e ramo. Um nó é um ponto de junção onde dois ou mais terminais de componentes do
circuito estão conectados. Na Figura 6, pode-se identificar três nós, designados como a, b
e c. Um ramo é o segmento de circuito entre dois nós, ao longo do qual a corrente elétrica
é uniforme. Por fim, uma malha é um circuito fechado, qualquer caminho que retorna ao
ponto de partida sem passar por qualquer nó mais de uma vez.
A Lei das Correntes de Kirchhoff (LKC), também conhecida como Primeira Lei
de Kirchhoff, postula que a soma algébrica das correntes que entram e saem de um nó (ou
junção) em um circuito é igual a zero (BOYLESTAD, 2012)2 . Matematicamente, esta lei
pode ser expressa pela equação (17).
n
X
Ik = 0 (12)
k=1
Onde Ik representa a corrente que entra ou sai do nó. Este princı́pio deriva
diretamente da conservação da carga elétrica, implicando que a carga não pode acumular-
se em um ponto de junção, mas deve ser conservada ao longo do circuito. Em termos
práticos, a (LKC) é utilizada para estabelecer equações que descrevem a distribuição de
correntes em um circuito.
A Lei das Tensões de Kirchhoff (LKT), ou Segunda Lei de Kirchhoff, afirma que
a soma das diferenças de potencial elétrico (ou tensões) em qualquer malha fechada de
um circuito é igual a zero. Esta lei pode ser formalizada como:
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13
n
X
Vk = 0 (13)
k=1
Frequência de Ressonância
1
f0 = √ (14)
2π LC
f0 é a frequência de ressonância (em hertz), L é a indutância (em henrys) e C é
a capacitância (em farads).
A frequência de ressonância representa o ponto em que o circuito oscila com
máxima eficiência, minimizando perdas e permitindo a transferência ideal de energia entre
os dois componentes.
Oscilações no Circuito LC
ω0 L
Q= (15)
R
ω0 é a frequência angular de ressonância (ω0 = 2πf0 ),L é a indutância e R é a
resistência.
Quanto maior o fator Q, menor o amortecimento e mais ”pura”será a oscilação
do circuito.
2.7 Capacitores
Q=C ·V (16)
V
IC,M AX = (17)
R
Outro caso especı́fico ocorre quando o tempo tende a infinito, ou seja, quando o
circuito permanece ligado por muito tempo. Neste caso, o valor da tensão no capacitor
tende a se igualar com a tensão da fonte de alimentação. É comum considerar que o
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 17
capacitor está completamente carregado, quando o tempo que o circuito está ligado é
maior ou igual a 10 vezes a constante de tempo. essa afirmação se prova através das
seguintes equações.
V
Vc = V − V · e−10RC/RC = V − V · e−10 = V − (18)
e10
V
Vc = V − ; V − 0; V (19)
22020
Quando o circuito chega nessa situação, dizemos que o capacitor está carregado
(VC,M AX = V) e que a corrente que flui pelo circuito é zero (IC = 0). Uma vez que não
há tensão sobre o resistor, pois toda a tensão de alimentação está aplicada ao capacitor.
Tipos de Capacitores
2.8 Indutores
Estrutura e Funcionamento
dI
V =L (20)
dt
dI
V é a tensão induzida no indutor, L é a indutância, medida em henrys (H) e dt
• Área da Secção Transversal (A): Um núcleo com maior área proporciona maior
capacidade de armazenar fluxo magnético.
N 2A
L=µ (21)
l
L é a indutância, µ é a permeabilidade magnética do material do núcleo, N é o
número de espiras, A é a área da secção transversal e l é o comprimento do indutor.
1
E = LI 2 (22)
2
XL = 2πf L (23)
3 Metodologia
3.1 Parte I
• Fonte de tensão;
• Lâmpada fluorescente.
3.2 Parte II
• Capacitor;
• Indutor;
• Fonte de tensão;
• Protoboard.
Esse experimento consiste em observar a força magnética causada por uma cor-
rente que trafega por um condutor, conforme a Figura 16. Deve ser analisado o compor-
tamento desses fios elétricos quando colocados em paralelo com uma certa distância os
separando.
Figura 13: Força magnética sobre um conduntor conduzido por corrente elétrica.
• Fonte de tensão;
• Resistor 1 kΩ;
• Protoboard;
4 Resultados
Nesta seção, são detalhados os resultados obtidos a partir da realização dos ex-
perimentos, fornecendo uma análise minuciosa e explicativa de cada etapa.
4.1 Parte I
4.2 Parte II
onde ele atua como um filtro passa-faixa, permitindo a passagem apenas da frequência
desejada.
Alguns cálculos foram realizados para saber qual a frequência de ressonância do
circuito:
Figura 17: Montagem do sistema para manter os fios percorridos por corrente em paralelo.
5 Conclusões
A partir da realização deste experimento, foi possı́vel aprofundar a compreensão
sobre os fenômenos eletromagnéticos e suas aplicações práticas, especialmente nas in-
terações entre correntes elétricas e campos magnéticos. O estudo, que envolveu a cons-
trução de uma bobina de Tesla, a análise de circuitos oscilantes LC, as forças magnéticas
em condutores e a aplicação de componentes eletromagnéticos, proporcionou uma visão
mais clara das diferenças entre os comportamentos teóricos e práticos desses sistemas,
considerando variáveis como resistência interna, indutância, capacitância e caracterı́sticas
fı́sicas dos componentes.
Durante o experimento, a montagem da bobina de Tesla foi fundamental para ob-
servar a indução eletromagnética e a ressonância, evidenciando a importância dos campos
magnéticos gerados pela corrente elétrica. A comparação entre o comportamento teórico
e os resultados experimentais mostrou a influência das condições reais, como a precisão
dos componentes e a configuração do circuito, nos desvios observados. A aplicação de
osciloscópios e outros instrumentos de medição foi essencial para analisar as oscilações no
circuito LC, permitindo a comparação com a teoria e revelando as limitações práticas em
relação aos modelos ideais.
A análise das forças magnéticas entre condutores com corrente elétrica confir-
mou o comportamento esperado, porém também evidenciou o impacto das caracterı́sticas
fı́sicas dos condutores e das conexões nos resultados obtidos. A interação entre os cam-
pos magnéticos gerados pelos condutores foi visı́vel e permitiu-nos entender melhor os
fenômenos de atração e repulsão, mas também destacou a necessidade de ajustes nas
condições experimentais para melhorar a precisão das observações.
Além disso, o estudo de componentes eletromagnéticos, como transformadores e
alto-falantes, demonstrou a aplicabilidade dos conceitos teóricos em sistemas reais, como
a conversão de energia elétrica e a geração de som. A comparação entre os resultados ex-
perimentais e teóricos foi crucial para identificar os fatores que influenciam o desempenho
desses componentes em um contexto prático.
O experimento reforçou a importância da calibração e precisão dos instrumentos
utilizados, destacando como as incertezas e variáveis externas podem afetar os resultados.
A análise das forças magnéticas e das oscilações em circuitos LC contribuiu para consolidar
o entendimento sobre a relação entre teoria e prática.
6 REFERÊNCIAS 29
6 Referências
1. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos
de fı́sica. Tradução de Ronaldo Sérgio de Biasi. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.